1. 1
BPM Global Trends
Green BPM
Setembro 2012
José Davi Furlan
Director of Education Services
ABPMP International
2. 2
Todos ganham, certo?
Indústria de insumos
fatura $$$ vendendo
para outras indústrias
Indústria de produtos ao
consumidor fatura $$$
com produção e vendas
Governo arrecada
$$$ com atividade
econômica
Logística fatura $$$ com
transporte e distribuição
Varejo e bancos faturam $$$
com venda ao consumidor
Consumidor feliz com a
oferta para consumo
4. 4
Business as usual
“A humanidade precisa definir se quer viver agora e
pagar depois (business as usual) ou pagar agora e
continuarvivendo depois”
Eduardo Giannetti da Fonseca, Economista
“A humanidade precisa definir se quer viver agora e
pagar depois (business as usual) ou pagar agora e
continuarvivendo depois”
Eduardo Giannetti da Fonseca, Economista
Organizações, governo e consumidoresbuscam lucrar,
arrecadarou satisfazer suas necessidades isoladamente , e
o fazem bem. Coletivamente,contudo, caminham para o
ecocídio
Organizações, governo e consumidoresbuscam lucrar,
arrecadarou satisfazer suas necessidades isoladamente , e
o fazem bem. Coletivamente,contudo, caminham para o
ecocídio
A humanidade está movimentando cerca de 48 bilhões
de toneladas de materiaispor ano -- desse valor 30
bilhões viram lixo
Fonte: Waldman, Mauricio – “Lixo: cenários e desafios “. Ed. Cortez, 2011
A humanidade está movimentando cerca de 48 bilhões
de toneladas de materiaispor ano -- desse valor 30
bilhões viram lixo
Fonte: Waldman, Mauricio – “Lixo: cenários e desafios “. Ed. Cortez, 2011
5. 5
“Business as usual é sinônimo de ecocídio”(*)
Pela visão organizacional
Processos desenhados
para grande consumo de
recursos, pilhagem do meio
ambiente, emprego de
tóxicos, geração de lixo,
degradação, desperdício e
produção ineficiente
Pela visão organizacional
Processos desenhados
para grande consumo de
recursos, pilhagem do meio
ambiente, emprego de
tóxicos, geração de lixo,
degradação, desperdício e
produção ineficiente
Pela visão da sociedade
Pessoas com carência
material eterna e um senso
de competição do ter,
consumo desnecessário e
desperdício associados
visceralmente ao modo de
vida moderno
Pela visão da sociedade
Pessoas com carência
material eterna e um senso
de competição do ter,
consumo desnecessário e
desperdício associados
visceralmente ao modo de
vida moderno
(*) Frase de André Trigueiro
6. 6
A formulação do consumidor segundo Lebow
“Nossa enorme economia produtiva
demanda que façamos o consumo nosso
modo de vida, que transformemos a
compra e uso de produtos em rituais,
que busquemos nossa satisfação
espiritual e de ego em consumo... O
maior sentido de significância de nossas
vidas expressadas em termos de
consumo... Precisamos que as coisas
sejam consumidas, queimadas,
desgastadas, substituídas e descartadas
a um ritmo cada vez maior...”
“Nossa enorme economia produtiva
demanda que façamos o consumo nosso
modo de vida, que transformemos a
compra e uso de produtos em rituais,
que busquemos nossa satisfação
espiritual e de ego em consumo... O
maior sentido de significância de nossas
vidas expressadas em termos de
consumo... Precisamos que as coisas
sejam consumidas, queimadas,
desgastadas, substituídas e descartadas
a um ritmo cada vez maior...”
7. 7
Triple Bottom Line
“Atender as necessidades atuais sem
comprometer a habilidade de futuras gerações
atender as suas”
Definição de desenvolvimento sustentávelde acordo com WCED – World Commission on Economic Development, 1987, p.43
“Atender as necessidades atuais sem
comprometer a habilidade de futuras gerações
atender as suas”
Definição de desenvolvimento sustentávelde acordo com WCED – World Commission on Economic Development, 1987, p.43
Prosperi-
dade
Econômi-
ca
Prosperi-
dade
Econômi-
ca
Equidade
Social
Equidade
Social
Integridade
Ambiental
Integridade
Ambiental
8. 8
Princípios para Processos Sustentáveis
Logística reversa
Extensão do ciclo de vida de produtos e serviços
Novas acepções de consumo
Eliminação de desperdício
Produtos como parte de serviços
Pensamento outside-in e simplificação
9. 9
Princípios para Processos Sustentáveis
Logística reversa
Extensão do ciclo de vida de produtos e serviços
Novas acepções de consumo
Eliminação de desperdício
Produtos como parte de serviços
Pensamento outside-in e simplificação
10. 10
Política Nacional de Resíduos Sólidos
No Brasil, em 2010 foi
implantada a Política Nacional
dos Resíduos Sólidos, a PNRS
Lei nº 12.305
Aplica o princípio da
responsabilidade
compartilhada entre as três
esferas de governo, cidadãos e
iniciativa privada
Até 2014, municípios terão de se
adaptar a ela
Não só o governo, mas
produtores e consumidores
também serão responsáveis pela
destinação do lixo
11. 11
Definições
Ciclo de vida do
produto/serviço
Série de etapas que
envolvem o
desenvolvimento do
produto/serviço, a
obtenção de matérias-
primas e insumos, o
processo produtivo, o
consumo e a disposição
final
Ciclo de vida do
produto/serviço
Série de etapas que
envolvem o
desenvolvimento do
produto/serviço, a
obtenção de matérias-
primas e insumos, o
processo produtivo, o
consumo e a disposição
final
Logística reversa
Conjunto de ações,
procedimentos e meios
destinados a viabilizar a coleta
e a restituição dos resíduos ao
setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu
ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra
destinação final
ambientalmente adequada
Logística reversa
Conjunto de ações,
procedimentos e meios
destinados a viabilizar a coleta
e a restituição dos resíduos ao
setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu
ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra
destinação final
ambientalmente adequada
12. 12
Pros:
•Mudança de paradigmas
•Redução de custos
•Criação de novos produtos
•Novos consumidores
Cons:
•Business as usual
•Resistência a investir
•Manutenção do status quo
Pros:
•Sentirem-se parte da onda
•Novas acepções de consumo
•Menor culpa ao consumir
Cons:
•Não se engajar
•Transferir responsabilidade
•Não fazer sua parte
•Resistência à mudança
Pros:
•Redução do custo com tratamento lixo
•Redução do impacto ambiental
Cons:
•Não atendimento da demanda
•Rupturas em mudanças de governo
Pros:
•Resgate cidadania de catadores
•Profissionalização de recicladores
•Elo inicial da logística reversa
Cons:
•Depende de apoio do poder público
•Depende de apoio da iniciativa privada
Mu n ic ipalid ad e
C ooper at iv as
Produtores
Consumidores
13. 13
Embalagens de cosméticos
Garrafas PET
Embalagens de agrotóxicos
Vidro, metal, plástico
Papel, papelão, isopor
Embalagens de cosméticos
Garrafas PET
Embalagens de agrotóxicos
Vidro, metal, plástico
Papel, papelão, isopor
Logística reversa
Óleo lubrificante
Pilhas e baterias
Pneus usados
Eletrônicos e utensílios
Entulho de obras
Óleo lubrificante
Pilhas e baterias
Pneus usados
Eletrônicos e utensílios
Entulho de obras
14. 14
Todos pensam no processo
de construção do produto,
mas poucos pensam no
processo de desconstrução
16. 16
Princípio para Processos Sustentáveis #01:
Resíduos convertidos em insumos: Processos de
logística reversa participando da cadeia de valor
das organizações
Forças contrárias:
Manutenção do status-quo, foco
intraorganizacional , desconexão com mundo
exterior, não contabilização dos verdadeiros
custos associados à atividade econômica
17. 17
Princípios para Processos Sustentáveis
Logística reversa
Extensão do ciclo de vida de produtos e serviços
Novas acepções de consumo
Eliminação de desperdício
Produtos como parte de serviços
Pensamento outside-in e simplificação
18. 18
Extensão do ciclo de vida do produto
Refil/Reuso
Recarga, reutilização de forma
diferente
Reforma/recondicionamento
Limpeza, lubrificação ou outra
melhoria
Reparo
Substituição de componentes
danificados para que o produto
retorne às suas funções originais
Reimplantação e canibalização
Utilização de partes funcionais em
outro produto
Remanufatura
Retratamento completo do produto
para garantir desempenho funcional
e atualizado do produto
Organizaçõespoderão não querer,
mas os consumidoresvão insistir
nisso
20. 20
Ciclo de vida completo do produto/serviço
Foco do cliente expandido para
foco da sociedade
Visão interorganizacional ponta-a-
ponta prevalecendo sobre a visão
intraorganizacional e funcional
21. 21
Processos ponta-a-ponta de ciclo completo
Matéria prima ou
reprocessada
Processamento Consumo Descarte Reprocessamento
Procure to Pay
Order to Delivery
Consumption to Discard
Discard to Reprocessing
Production to Stock
22. 22
Princípio para Processos Sustentáveis #02:
Processos de negócio pensados ponta-a-ponta no
ciclo de vida completo do produto/serviço e não
ponta-a-ponta do pedido a entrega ao cliente
Forças contrárias:
Pensamento inside-out e funcional, resultados financeiros
é o que importa, visão de curto prazo, cliente descartável
ou sem identidade para a organização, operação
virtualizada desconectada da realidade
23. 23
Princípios para Processos Sustentáveis
Logística reversa
Extensão do ciclo de vida de produtos e serviços
Novas acepções de consumo
Eliminação de desperdício
Produtos como parte de serviços
Pensamento outside-in e simplificação
24. 24
Acepções de status e consumo requerem revisão
Consumo emocional
Compra impulsiva ou irracional
(psicológica) de itens de baixa ou
nenhuma utilidade que, muito
rapidamente, são destinados ao
desuso e ao descarte
Consumo de ostentação
Compra de itens especialmente
caros e não necessários de forma
à pessoa ser notada ou ter
destaque na sociedade
Consumo pelo vicio
Consumo consciente
Consumo racional (econômico)
baseado em necessidades reais e
uma vida saudável
Processo não sustentável Processo sustentável
Muitas organizações não
sobreviveriam a uma
sociedade pautada pelo
consumo consciente, mas
abriria oportunidade para
criação de novos tipos de
negócio
Muitas organizações não
sobreviveriam a uma
sociedade pautada pelo
consumo consciente, mas
abriria oportunidade para
criação de novos tipos de
negócio
25. 25
Pessoas ávidas por incorporar velhos hábitos
Como será possível satisfazer a necessidade de novos
consumidores ou de consumidores ascendendo a
pirâmide social sem incorrer em falhas do passado?
Sonham em adotar os mesmos padrões e hábitos que
coletivamente nos remetem ao colapso
Tragédia dos comuns
26. 26
“...Produtos e serviços devem ser
oferecidos ao consumidor com
especial urgência. Não apenas levá-
lo a um consumo forçado, mas
também a um consumo caro.
Precisamos que as pessoas comam,
bebam, vistam-se, desloquem-se,
vivam através de um consumo cada
vez mais complicado e, portanto,
constantemente mais caro”
“...Produtos e serviços devem ser
oferecidos ao consumidor com
especial urgência. Não apenas levá-
lo a um consumo forçado, mas
também a um consumo caro.
Precisamos que as pessoas comam,
bebam, vistam-se, desloquem-se,
vivam através de um consumo cada
vez mais complicado e, portanto,
constantemente mais caro”
A formulação do consumidor segundo Lebow
27. 27
Consumo consciente
“Quanto maior a pressão
sobre o indivíduo para se
conformar à segurança e
aos padrões sociais aceitos,
maior será a tendência de
expressar suas aspirações e
individualidade em termos
do que veste, dirige, come,
sua casa, seu carro, seus
hábitos de alimentação,
hobbies”
“Quanto maior a pressão
sobre o indivíduo para se
conformar à segurança e
aos padrões sociais aceitos,
maior será a tendência de
expressar suas aspirações e
individualidade em termos
do que veste, dirige, come,
sua casa, seu carro, seus
hábitos de alimentação,
hobbies”
28. 28
Princípio para Processos Sustentáveis #03:
Organizações moldando hábitos sustentáveis em
seus consumidores para perpetuar seus próprios
produtos e serviços
Forças contrárias:
Resultados financeiros de curto prazo,
mentalidade de exploração até esgotamento,
negócio fundamentado em consumo não
consciente
29. 29
Princípios para Processos Sustentáveis
Logística reversa
Extensão do ciclo de vida de produtos e serviços
Novas acepções de consumo
Eliminação de desperdício
Produtos como parte de serviços
Pensamento outside-in e simplificação
31. 31
Desperdício e custos não contabilizados
Hoje
Desperdício como padrão
organizacional e social
Custos de impactos não
contabilizados
Amanhã
Fazer mais com menos ou
com o mesmo
Atender mais pessoas com
menor impacto ambiental
Mudar padrões ineficientes
por padrões eficientes
Contabilizar custos reais
Washington Novaes
32. 32
Foco no que realmente agrega valor
Reduzir ou eliminar gastos, consumos
e uso de recursos em processos que
não agregam valor
Redução de insumos
Menos embalagens, menos cores em
embalagens, menos sacolas descartáveis,
menos papel, menos dinheiro em espécie,
menos consumo de água, menos
fertilizantes, menos agrotóxicos
Redução do uso de energia
Redução da quantidade de passos em
processos
Rever produtos e serviços para focar
na essência e não no acessório
33. 33
O ponto de venda
completa o ciclo de
vida do produto ao
recolher, reciclar e
vender as partes
Ganha com a venda, uma
possível nova venda de
reposição e com as
commodities derivadas da
reciclagem e fechamento
do ciclo de vida do
produto
O ponto de venda
completa o ciclo de
vida do produto ao
recolher, reciclar e
vender as partes
Ganha com a venda, uma
possível nova venda de
reposição e com as
commodities derivadas da
reciclagem e fechamento
do ciclo de vida do
produto
Programa de sustentabilidade da Best Buy
Reciclagem requer a desmontagem do produto
ao nível de material componente para que seja
reprocessado em novas formas :
•Mesmos materiais: Closed loop recycling
•Novos materiais: Open loop recycling
37. 37
Princípio para Processos Sustentáveis #04:
Processos, produtos e serviços desenhados
visando redução de desperdícios, redução de
insumos e energia, reaproveitamento de materiais
e resíduos, e autossustentáveis
Forças contrárias:
Pedagogia do desperdício, mentalidade produtiva
atrasada, perpetuação de métodos obsoletos com
tecnologia melhorada,
38. 38
Princípios para Processos Sustentáveis
Logística reversa
Extensão do ciclo de vida de produtos e serviços
Novas acepções de consumo
Eliminação de desperdício
Produtos como parte de serviços
Pensamento outside-in e simplificação
39. 39
Produtos como parte de serviços
Uma economia onde as necessidades das pessoas
são satisfeitas com em vez de produtos
otimiza a utilização de recursos e permite acesso
por um número maior de pessoas
Quando não é possível substituir produtos por
serviços que incluam o produto, prover meios para
substituir antigos produtos por novos
Ex: Programas trade-in
40. 40
Exemplo: Traduzindo produtos em serviços
Car sharing
Em vez de carro como
propriedade particular, utilizá-
los por km e tempo viajado
Não ter de investir em algo que
deprecia 15% ao ano e que é
utilizado somente 15% do
tempo
Não ter de se preocupar com
seguro, impostos, manutenção,
abastecimento
Não ter de pagar ou se
preocupar com estacionamento
41. 41
Usar sem adquirir
Estabilidade versus
flexibilidade: Ser
proprietário ou locatário
Da sociedade da
propriedade para a
sociedade da locação
Consumidores seguindo
um padrão já adotado
pelas organizações
Otimiza a utilização dos
ativos pelo uso
compartilhando evitando
desperdícios
by The Wall Street Journal
43. 43
Princípio para Processos Sustentáveis #05:
Produtos como parte de serviços em vez de
produtos como fins em si mesmos
Forças contrárias:
Apego à posse, insegurança material, insegurança
macroeconômica, conveniência da propriedade
mesmo que custosa
44. 44
Princípios para Processos Sustentáveis
Logística reversa
Extensão do ciclo de vida de produtos e serviços
Novas acepções de consumo
Eliminação de desperdício
Produtos como parte de serviços
Pensamento outside-in e simplificação
45. 45
Outside-in process design
Desenho de processos de
fora para dentro da
organização: Foco DO
cliente
A era das organizações
imporem seus produtos e
serviços ficou para trás
Em vez de empurrar,
produtos e serviços serão
puxados pelos clientes
Não adianta melhorarmos o
que nem deveria existir
46. 46
Simplicidade é a sofisticação máxima
Simplificação do modus
operandi organizacional
Os clientes estão cada vez
mais sobrecarregados de
complexidade
desnecessária, e buscam
uma forma de viver mais
fluída e simplificada
Simplificar, simplificar,
simplificar
Quanto mais simples, menor
o impacto
“Besides the noble art of getting things
done, there is the noble art of leaving things
undone. The wisdom of life consistsin the
elimination of non-essentials”
— Lin Yutang
47. 47
Pensamento “Outside-in”
Estabelecer a experiência do cliente como ponto focal para
o desenho de processo (outside-in process design)
Descobrir como cliente define pontos de início e fim, tempo de
resposta aceitável, e critérios de satisfação são elementos críticos
para compreender a experiência do cliente no processo
48. 48
Princípio para Processos Sustentáveis #06:
Desenho de processos com foco do cliente,
simplificação de processos, foco no que realmente
agrega valor e eliminação do que não importa
Forças contrárias:
Dificuldade de se colocar no lugar do cliente,
cliente deve ser mantido à distância, mentalidade
de “empurrar” produtos e serviços, encarar
organizações como acima dos clientes
50. 50
Princípios para Processos Sustentáveis – Sumário
Processos de logística reversa
participando da cadeia de valor das
organizações
Processos de negócio pensados
ponta-a-ponta no ciclo de vida
completo do produto/serviço
Organizações moldando hábitos
sustentáveis em seus consumidores
para perpetuar seus próprios
produtos e serviços
Redução de desperdícios, redução
de insumos e energia e
reaproveitamento de materiais em
processos
Produtos como parte de serviços
Desenho de processos com foco do
cliente, simplificação de processos,
foco no que realmente agrega valor e
eliminação do que não importa
Vendo o mundo através de novas lentes
“Carta da Terra”