O documento descreve o sistema nervoso, incluindo sua anatomia, fisiologia e componentes. O sistema nervoso é dividido em central e periférico, sendo o central composto pelo cérebro, cerebelo e medula espinhal e o periférico por nervos e gânglios. O documento também explica os tipos de neurônios, sinapses e potenciais pós-sinápticos, bem como os eventos que ocorrem na junção neuromuscular.
2. O sistema nervoso é uma rede complexa que
permitem que o organismo se comunique com
o ambiente
3. SISTEMA NERVOSO
- Divisão anatômica:
Sistema Nervoso
Central
Encéfalo
Cérebro – 2 hemisférios cerebrais (telencéfalo)
Cerebelo – equilíbrio, coordenação motora e
tônus muscular (metencéfalo)
Tronco encefálico – respiração, pressão arterial,
coração, movimentos peristálticos e vômito
(mielencéfalo)
Medula espinhal – ligação com o sist. nervoso periférico e reflexos
Sistema Nervoso
Periférico
Nervos – axônios + dendritos
Gânglios nervosos – corpos celulares
Cranianos – 12 pares
Raquidianos – 31 pares
( sensoriais e motores)
Receptores sensoriais
4. Sistema Nervoso Somático
(voluntário)
Sistema Nervoso Visceral
(autônomo)
Fibras motoras
Sistema Nervoso Simpático
Sistema Nervoso Parassimpático
- Divisão Fisiológico :
SISTEMA NERVOSO
SNP
12. NERVOS
Nervos são formados por várias fibras nervosas
e cada fibra nervosa é formada por um único
axônio e seus dendritos.
13. Nervos Espinhais: 31 pares
-Nervos sensoriais (aferentes): carreiam a informação para a
medula espinhal a partir da pele, articulações, músculos, e
vísceras.
- Nervos motores (eferente) : carreiam a informação à partir
da medula espinhal para a periferia, sendo nervos motores
somáticos que inervam os músculos esqueléticos e os nervos
do sistema nervoso autônomo, que inervam as vísceras.
14. 12 pares de nervos cranianos
31 pares de nervos raquidianos
15.
16. Divisão Fisiológica do Sistema Nervoso
- SNP Voluntário ou Somático tem por função
reagir a estímulos provenientes do ambiente
externo. Ele é constituído por fibras motoras
que conduzem impulsos do sistema nervoso
central aos músculos esqueléticos. O corpo
celular de uma fibra motora do SNP voluntário
fica localizado dentro do SNC e o axônio vai
diretamente do encéfalo ou da medula até o
músculo que inerva.
Ex: Movimento do dedo dos pés, dos olhos, dos
braços .
17. Sistema Nervoso Parassimpático
Sistema Nervoso Simpático
- SNP Autônomo ou Visceral: funciona
independentemente de nossa vontade
e tem por função regular o ambiente
interno do corpo, controlando a
atividade dos sistemas digestório,
cardiovascular, excretor e endócrino. Ele
contém fibras nervosas que conduzem
impulsos do sistema nervoso central
aos músculos lisos das vísceras e à
musculatura do coração
Divisão Fisiológica do Sistema Nervoso
20. Estrutura Básica do Neurônio
Corpo celular: local onde está armazenado o núcleo e o citoplasma (soma).
Dendritos: fino prolongamento que atuam como receptores de estímulos , funcionando
como a “antena” para o neurônio.
Axônio: filamentos longos que atuam como condutores dos estímulos nervosos.
A parte final do axônio é conhecida como botão terminal ( local onde ocorrem as
sinapses).
23. Células da glia: são células não neuronais do sistema nervoso central que
proporcionam suporte, nutrição e defesa dos neurônios.
24. 1- Neurônios receptores ou sensitivos
(aferentes): são os que recebem
estímulos sensoriais e conduzem o
impulso nervoso ao sistema nervoso
central.
2. Neurônios motores ou efetuadores
(eferentes): transmitem os impulsos
motores (respostas ao estímulo).
3.Neurônios associativos ou
interneurônios: estabelecem ligações
entre os neurônios receptores e os
neurônios motores
Divisão Fisiológica dos neurônios
32. Regiões funcionais do encéfalo
O tálamo processa quase todas a informação
sensorial que chega ao córtex e quase toa a
informação motora que vem do córtex e vai para o
tronco encefálico e medula espinhal
Hipotálamo: Principal centro integrador das
atividades dos órgãos viscerais, sendo um dos
principais reguladores da homeostase. Controla a
temperatura corporal, regula o apetite e o balanço
de água no corpo, o sono e está envolvido na
emoção e no comportamento sexual . É também
uma glândula endócrina que controla as secreções
hormonais da hipófise.
Tálamo + Hipotálamo = Diencéfalo = meio do
cérebro
33. Cerebelo
Assim como os núcleos da bases está
relacionado ao movimento, além de ser
uma das principais regiões relacionadas
com o equilíbrio. Está posicionado entre
o córtex e a medula espinhal integrando
as informações sensoriais sobre a posição
da medula, e a informação sobre o
equilíbrio vindo dos orgãos vestibulares
da orelha.
35. Tronco Encefálico
Tronco Encefálico / Bulbo e ponte
Funções:
Respiração
Ritmo dos batimentos cardíacos
Pressão Arterial
Mesencéfalo
Funções:
Visão
Audição
Movimento dos Olhos
Movimento do corpo
40. Dentro do sistema nervoso , a informação nervosa se propaga, sendo transmitida de
neurônio para neurônio até alcançar seu destino.
O local onde se faz essa transmissão e chamado SINAPSE
41. Sinapse entre duas células nervosas
é chamada de Sinapse neurônio-neurônio
Sinapse entre uma célula nervosa e uma
célula muscular é denominado junção
neuromuscular
42. Na sinapse a célula transmissora é chamada de célula pré-sináptica e a célula que
recebe a informação de pós-sináptica.
A ligação neurônio – neurônio pode ocorrer de diferentes modos:
a- Sinapse axo-dendrítica
b- Sinapse axo-somática
c- Sinapse axo-axônica
43. Com base nas características morfológicas e seus mecanismos de transmissão da
informação, as sinapses são classificadas em dois tipos: sinapse elétrica e sinapse química
44. Sinapse elétrica: A sinapse elétrica permite o fluxo de corrente de uma célula excitável
para a outra através de um estrutura especial denominada junções comunicantes.
45. Essa sinapse é observada no músculo cardíaco e em alguns tipos de músculos lisos,
sendo responsável pela condução extremamente rápida verificada nesses tecidos. A
rápida condução de célula a célula que ocorre nos ventrículos cardíaco ,no útero, na
bexiga, permite que todas as fibras contraiam ao mesmo tempo de modo ritmado.
A sinapse elétrica pode ocorrer em ambos sentidos.
46. Sinapse Química: Na sinapse química existe um espaço entre as membranas da célula pré-
sináptica e pós-sináptica denominada fenda sináptica. A informação é transmitida através
de neurotransmissores.
Essa sinapse é constituído por alguns elementos:
- Membrana pré-sinaptica
- Fenda sináptica
- Vesícula sináptica
- Neurotransmissor
- Membrana pós-sináptica
- Receptor sináptico
47. Sinapse química inicia-se na membrana pré-sináptica , onde se encontra um grande
número de vesículas sináptica, que contém os neurotransmissores. O neurotransmissor é
liberando na fenda sináptica e ligam-se nos receptores presentes na membrana pós
sináptica. A sinapse química ocorre somente em um sentido (pré- sináptico para pós
sináptico).
49. Liberação dos neurotransmissores
1- O potencial de ação propagado através do axônio chega ao terminal sináptico e
despolariza a membrana pré sináptica.
2- A despolarização abre canais de Ca2+ dependente de voltagem. A entrada de Ca2+
estimula a exocitose das vesículas sinápticas, liberando o neurotransmissor na fenda
sináptica.
3- O neurotransmissor de difunde pela fenda sináptica e atinge a membrana pós-sináptica,
alcançando o receptor pós-sináptico.
4- A interação do neurotransmissor com o receptor provoca a alteração na permeabilidade
da membrana pós-sináptica
5- Essa alteração de permeabilidade leva a mudança do potencial de membrana pós-
sináptico, que é chamado de pós-potencial sináptico (PPS)
51. A Junção Neuromuscular é um exemplo de sinapse química
- A junção neuromuscular é formada por unidade motora. A unidade motora
compreende um único motoneurônio (neurônios eferentes que inervam a fibra muscular)
e as fibras musculares que ele inerva.
- As unidades motoras variam consideravelmente em tamanho. Um único motoneurônio
pode ativar umas poucas ou mesmo milhares de fibras musculares.
Dessa forma, pequenas unidade motoras estão envolvidas em atividades musculares
finas (ex: expressão facial) , e unidades motoras maiores estão envolvidas em atividades
musculares grosseiras (ex. músculos quadríceps utilizados em corridas).
Atividade muscular grosseira: cerca de 200 fibras musculares por neurônio
Atividade muscular fina: cerca de 8 fibras
musculares por neurônio
53. Seqüências de Eventos na Junção Neuromuscular
Um potencial de ação no motoneurônio produz um potencial de ação na fibra muscular que
ele inerva pela sequência dos seguintes eventos:
1- Potencial de ação propagam-se ao longo do motoneurônio. O terminal pré-sináptico é
despolarizado e essa despolarização causa abertura de canais de Ca2+ sensíveis a voltagem.
2- Quando os canais de Ca2+ se abrem a permeabilidade do íon Ca2+ no terminal pré-sináptico
aumenta e esse íon flui para o interior do terminal.
3- A captação do de Ca2+ pelo terminal causa a liberação do neurotransmissor acetilcolina ,
que foi previamente sintetizada e armazenada nas vesículas sinápticas.
(A Ach é formada a partir da colina + acetil CoA pela ação da enzima colina acetiltransferase ).
4- A ACh difunde-se através da fenda sináptica para a membrana pós-sinaptica. Essa região
especializada da fibra muscular é chamada de placa motora terminal , e contém receptores
nicotínicos para ACh ( canal de Na+ e K+). Com isso é propagado o potencial de ação pelo
músculo
54.
55. Agentes que Alteram a Função da Junção Neuromuscular :
-Vários agentes interferem na atividade normal da junção neuromuscular, e seus
mecanismos de ação podem ser alterados nas diferentes etapas envolvidas da transmissão
neuromuscular:
•Toxina Botulínica: Toxina utilizada em clínica de estética. A toxina bloqueia a liberação de
ACh dos terminais pré-sináptico, causando bloqueio total da transmissão neuromuscular,
paralisando o músculo esquelético. Pode promover morte por falência respiratória.
•Curare: Um droga utilizada antigamente pelos índios, extraído de uma planta. O curare
compete com a ACh pelo receptor nicotínico, diminuíndo o potencial de ação . Quando
administrado em doses máxima , o curare causa paralisia e morte.
-Um simular do curare ( D- turbocurarina) é utilizado terapeuticamente para promover
relaxamento do músculo esquelético durante a anestesia.
•Inibidores de acetilconesterase ( anticolinesterásicos) : Já é um medicamento utilizado na
clínica, para tratamento da Miasteniase Gravis – doença caracterizada por fraqueza e
fadiga muscular esquelética, na qual os receptores de ACh estão bloqueados por anti-
corpos. Ex: neostigmina.
56. -Outro exemplo de ação dos anticolinesterásicos são os remédios utilizados para
demência, que afeta os idosos com Alzheimer ( morte de neurônios colinérgicos). Um dos
principais efeitos colaterais desse medicamente, é a excessiva desaceleração do nodo
Sino-atrial.
•Hemocolínio : bloqueia a recaptação de colina nos terminais pré-sinápticos, assim
depletando os estoques de colina do motoneurônio terminal e diminuindo a síntese de
ACh.
57. Tipos de Potencias Pós- Sinápticos
Conforme o tipo de sinapse ( ou seja, o receptor sináptico ou neurotransmissor liberado) , o
PPS pode ser no sentido de despolarização ou hiperpolarização na membrana, sendo então
um potencial pós-sináptico excitatório (PPSE) ou potencial pós- sináptico inibitório (PPSI)
A célula pós- sináptica integra todas as informações e se o sinal elétrico for o suficiente para
conduzir a célula pós-sinaptica até o limiar, então, deflagrará um potencial de ação.
58. Tipos de Potencias Pós- Sinápticos
Potencial pós-sináptico excitatório (PPSE) – São entradas sinápticas que despolarizam a célula
pós sináptica, levando o potencial de membrana pra próximo do limiar e próximo de disparar o
PA. Os PPSE são produzidos pela abertura de canais de Na+ . Ex de neurotransmissores
excitatórios: Ach, Norepinefrina, Epinefrina, Dopamina, Glutamato e Serotonina
59. Tipos de Potencias Pós- Sinápticos
Potencial pós sináptico inibitório (PPSI): São entradas sinápticas que hiperpolarizam a célula
pós-sináptica tornando o potencial de membrana muito afastado do limiar e mais distante
de disparar um potencial ação. Os PPSI são produzidos por abertura de canais de K+ e de Cl-
. Ex de neurotrasmissores inibitório: GABA e Glicina.
60.
61. Processamento de informações do SNC
A base do funcionamento do SNC é a organização sináptica existente na sua estrutura,
já que sobre cada um dos seus neurônios ocorrem milhares de sinapses, através das
quais chegam informações de outros neurônios.
Em média cada neurônio apresenta 1000 sinapses espalhadas por todo o corpo celular
e dendritos, e estimativas mostram que 80% da superfície dendrítica-somática é
coberta por sinapse.
Na estimulação simultânea de sinapses excitatórias e inibitórias , o resultado será a
soma algébrica de PPSE e PPSI
62. Integração da Informação Sináptica
A- Sinapse
B- Somação espacial = duas ou mais entradas
pré-sinapticas surgem em simultâneo. Se ambas são
excitatórias produziram uma maior despolarização.
Se for excitatorio e inibitória, elas se anularão.
C- Somação Temporal = quando duas entradas
chegam na célula em rápidas sucessão. Devido as
entradas se sobrepõem no tempo, elas se somam.
63. Tradução da força do sinal em uma série
de impulsos nervosos, de frequência
modulada, mostrando a força do sinal
(em cima) e os impulsos nervosos
separados (embaixo). Esse é um
exemplo de somação temporal.
69. Sistema Nervoso motor (eferente) apresenta dois compartimentos:
SOMÁTICO
AUTÔNOMO
Esses dois sistemas se diferem principalmente pelo tipo de órgãos
efetores que inervam e pelos tipos de função que controlam
70. O Sistema Fisiológico é dividido em Sistema Nervoso Somático e Sistema Nervoso Visceral
-Sistema Nervoso Somático tem como função a interação do organismo como meio
externo
-Sistema Nervoso Visceral é formado pelo conjunto de estruturas que se ocupam do
controle do meio interno.
Cada um desses dois sistemas é constituído por uma parte aferente (recebe) e uma parte
eferente (executa).
Sistema Nervoso Visceral Sistema Nervoso Somático
Músculo Liso Músculo estriado cardíaco Músculo estriado esquelético
(involuntário) (voluntário)
71. Sistema Nervoso Somático: É o sistema motor voluntário
Sistema Nervoso Autônomo: É o sistema involuntário que controla
e modula basicamente as funções viscerais
72. Uma característica importante do Sistema Nervoso Autônomo é:
Presença de dois neurônios que se interpõem entre o SNC e o órgão efetor; são eles:
neurônios pré ganglionares, cujo corpo celular se encontra alojado no SNC e o seu axônio
que faz sinapse em um gânglio visceral; e o neurônio pós-sináptico, com o corpo celular
localizado num gânglio e o axônio se estende até as vísceras.
Neurônio pré-ganglionar Neurônio pós-ganglionar
SNC
73. Organização do Sistema Nervoso Autônomo
SNA apresenta duas divisões: Simpático e Parassimpático . Esses dois sistemas
freqüentemente agem contrabalanceando a ação um do outro nos órgãos efetores.
-O termo simpático e parassimpático são estritamente anatômicos e se referem a origem
dos neurônios pré-ganglionares no SNC.
- Os neurônios pré-ganglionares da divisão simpática se originam na medula toracolombar,
já os neurônios parassimpáticos se originam no tronco encefálico e na medula sacral.
Sistema Simpático
-Neurônios pré-sinápticos originam nos segmentos torácico e lombar da medula
espinhal (T1-L3)
-Sistema Parassimpático: Os neurônios pré-ganglionares se originam nos núcleos do
tronco encefálico e na medula sacral (S2-S4) da medula espinhal.
74.
75. Todos os neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso autônomo liberam o
neurotransmissor ACh. Os neurônios pós ganglionares liberam ACh ou noradrenalina,
dependendo do tipo de ação que o corpo irá desenvolver.
76. Os termos adrenérgicos e colinérgicos são usados para descrever os neurônios de ambas
as divisões, de acordo com o neurotransmissor que eles sintetizem e liberam .
-Neurônios adrenérgicos liberam noradrenalina: os receptores para noradrenalina , nos
órgãos efetores são chamados de receptores adrenérgicos. Estes receptores podem ser
ativados pela noradrenalina , que é liberada pelos neurônios adrenérgicos ou pela
adrenalina (epinefrina) , que é secretado na circulação pela medula adrenal.
-Neurônios colinérgicos liberam ACh, os receptores de ACh são chamados de receptores
colinérgicos.
Tanto neurônios pré-sinápticos da divisão simpática quanto
neurônios pré-sinápticos da divisão parassimpática liberam ACh e
assim, são chamados de colinérgicos. Já os neurônios pós-
sinápticos podem ser adrenérgicos (adrenalina) ou colinérgicos
(ACh)
77. Sistema Nervoso Simpático
Quando uma pessoa é exposta a situação de estresse o sistema nervoso simpático é
ativado, resposta conhecida como “ LUTA OU FUGA”.
O simpático atua continuamente para modular funções de vários órgãos como: coração,
vasos sanguíneos, sistema gastrointestinais, brônquios e glândulas sudoríparas
A ativação do sistema nervoso simpático promove:
-Aumento da pressão arterial;
-Aumento do fluxo sanguíneo para ativar os músculos,
-Aumento da taxa metabólica;
-Aumento da concentração de glicose no sangue;
-Aumento da atividade cerebral e do estado de alerta.
78. Origem dos neurônios pré-ganglionares simpático
Os neurônios pré-ganglionares se originam de núcleos nos segmentos torácicos e lombar
da medula espinhal. Do primeiro segmento torácico ao terceiro segmento lombar (T1-L3). A
partir disso, a divisão simpática é referida como toracolombar.
- A origem dos neurônios pré-ganglionares na medula espinhal esta anatomicamente
relacionada com a projeção para a periferia:
Ex: -Órgão no tórax (p.ex, coração) tem neurônio pré-ganglionares que se originam no
segmento torácico superior da medula espinhal.
- Neurônios pré-ganglionares das vias simpáticas para o órgão na pelve (p.ex. colo e
genitália) se originam do segmento lombar da medula espinhal
79. Neurotransmissores e Tipos de Receptores
Neurônios pré ganglionares da divisão simpática liberam SEMPRE ACh , que interagem com
o receptor nicotínico nos corpos celulares dos neurônios pós-ganglionares ( colinérgico).
Neurônios pós-ganglionares da divisão simpática liberaram sempre neurotransmissores
adrenérgicos em todos os órgão efetores ( noradrenalina /epinefrina).
Os órgãos efetores que são inervados pelos neurônios adrenérgicos simpáticos apresentam
4 tipos de receptores : alfa 1 (α1) , alfa 2 (α2) , beta 1 (β1) , beta (β2).
81. A organização do sistema parassimpático inclui neurônios pré-ganglionares que têm
seus corpos celulares localizados no tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo)
ou na medula sacral .
Os axônios pré-ganglionares se projetam para uma série de gânglios localizados nas
proximidades ou no próprio órgão efetor.
82. Origem dos neurônios Pré-ganglionares
Os neurônios pré-ganglionares se originam dos núcleos dos nervos cranianos ( III, VII, IX , X e
dos segmentos S2 – S4 da medula sacral ) , por esse motivo a divisão é craniossacral .
83.
84. Localização dos gânglios Autônomos
Ao contrário dos gânglios simpáticos, que se localizam próximos do SNC, os gânglios
parassimpáticos se localizam próximos , juntos ou mesmo no interior dos órgãos efetores,
Ex: gânglio submandibular e ótico.
A partir disso , a relação do comprimento dos axônios pré-ganglionares e pós-ganglionares
na divisão parassimpática é oposto ao comprimento do simpático; dessa forma os
neurônios pré-ganglionares têm axônios longos, e neurônios pró ganglionares tem axônio
curto.
85.
86. Neurotransmissores e Tipos de Receptores
Assim como na divisão simpática, todos os neurônios pré-ganglionares parassimpáticos são
colinérgicos por secretarem ACh, que interage com receptores nicotínicos nos corpos celulares
dos neurônios pós-ganglionares.
Os neurônios pós-ganglionares da divisão parassimpática também é colinérgicos. Os receptores
para ACh nos órgãos efetores são mais do tipo muscarínico do que do tipo nicotínico.
Divisão pré-ganglionar = ACh = receptor nicotínico
Divisão pós-ganglionar = ACh = receptor muscarínico
87. Inervação Autônoma dos Sistemas de Órgãos
A maioria dos órgãos apresentam ambas as inervações, simpática e parassimpática.
Essas inervações operam alternadas ou sinergicamente para produzir as respostas
coordenadas.
EX: - Coração funciona alternadamente para regular a freqüência cardíaca e a velocidade
de condução e força de contratilidade.
- Músculo liso das paredes do sistema gastrointestinal e da bexiga possui ambos tipos
de inervação, sendo que o simpático produz o relaxamento e o parassimpático a
contração.
- O músculo radial da íris é responsável pela dilatação da pupila ( simpático) e o músculo
circular da íris é responsável pela constrição da pupila ( parassimpático).
88. Receptores Colinérgicos
Existem dois tipos de receptores colinérgicos: Nicotínico e Muscarínico.
-Receptores Nicotínicos são encontrados nas placas motoras do músculo esquelético, em
todos os neurônios pós-ganglionares do sistema simpático e parassimpático e nas células
da medula adrenal.
- Receptores Muscarínicos são encontrados nos órgãos efetores da divisão
parassimpática.
89. Receptores Nicotínicos
O mecanismo de ação dos receptores nicotínicos, tanto nos gânglios
quanto nas placas motoras, é baseado no fato de que o receptor de ACh é também
um canal iônico para Na+ e K + . Quando o receptor nicotínico é ativado pela ACh o Na+
e o K+ fluem a favor do seu gradiente de concentração, Na+ entra e K sai , com cada
ion tentando impulsionar o potencial de membrana para o seu potencial de
equilibrio.
90. Receptores Muscarínicos
Os receptores muscarínicos são encontrados em todos os órgãos efetores do sistema
nervoso parassimpático: coração, sistema gastrointestinal, bronquíolos , bexiga nos
órgão sexuais feminino e masculino. São encontrados também em órgãos efetores do
simpático, especificamente na glândula sudorípara.
Alguns receptores muscarínicos apresentam o mesmo mecanismo de ação dos
receptores α1. A ação ocorre através de proteína Gi que indiretamente promove a
abertura de canais de K+
91. Diferenças entre o SNS e o SNP
1º Localização dos corpos dos neurônios :
- Simpático :
Encontram-se na região torácico e lombar da
medula espinhal.
Os neurônios pré ganglionares são curtos e
os pós- ganglionares são longos.
O principal neurotransmissor envolvido na
sinapse é a noradrenalina
- Parassimpático:
Encontram-se em diversos núcleos viscerais
do tronco encefálico e da medula sacral.
Os neurônios pré - ganglionares são longos e
os pós- ganglionares são curtos.
O principal neurotransmissor envolvido na
sinapse é a acetilcolina
93. ESTUDO DIRIGIDO
1- Conceitue sistema nervoso autônomo. Qual é a sua função no organismo?
2- Qual é a divisão do SNA do ponto de vista anatômico?
3- Qual é o neurotransmissor simpático? Quais são os seus receptores? Cite ações desse
neurotransmissor nos receptores.
4- Qual é o neurotransmissor parassimpático? Quais são os seus receptores? Cite ações
desse neurotransmissor nos receptores.
5- Explique a ação do neurotransmissor acetilcolina na contração muscular.
6- Cite os agentes que podem alterar a função da junção neuromuscular, citando os
mecanismos de ação.
94. Músculo esquelético
• Geralmente associado aos ossos do esqueleto (exceção: língua)
• Responsável pelos movimentos amplos e vigorosos: caminhar, correr, levantar peso
• Responsável por movimentos delicados e pequenos: manipulação de objetos, movimentação
dos olhos, sorriso
• Controle voluntário: marcha, fala
• Alguns funcionam de forma automática: respiração, pestanejar das pálpebras
• Função secundária: produção de calor
95. 40% do corpo é constituído por
músculo esquelético
O músculo esquelético
96. A fibra muscular esquelética
Cada fibra muscular é inervada por apenas uma terminação
nervosa (motoneurônio), localizada próximo a parte média da
fibra
97. A fibra muscular esquelética -componentes
•Sarcolema
•Miofibrilas
(filamento fino e filamento grosso)
•Sarcoplasma
•Retículo Sarcoplasmático
(túbulo T )
•Sârcomero
98. Sarcoplasma e Retículo Sarcoplasmático
• Sarcoplasma é a matriz intracelular da fibra. Contém íons, enzimas e
mitocrôndrias
• Retículo Sarcoplasmático – Vesícula importante no acoplamento excitação-
contração
99. Miofibrilas
•Formadas por filamentos de actina e miosina
Actina : 3 proteínas:
Actina,
- tropomiosina: bloqueia o local de ligação da actina pela miosina
- troponina: troponica C, local onde Ca 2+ se liga para promover a
contração.
Miosina: proteína de miosina
100. Elementos estruturais de uma fibra muscular esquelética
Os filamentos finos deslizam-se sobre os grossos na presença de
Ca.
SARCÔMERO: unidade contrátil da fibra muscular
104. Junção Neuromuscular
• As fibras musculares esqueléticas são inervadas por grandes fibras nervosas
mielinizadas, com origem nos cornos anteriores da medula espinhal
• O terminal axonal é rico em mitocrôndrias que fornecem ATP para a síntese de
acetilcolina
• Acetilcolina é armazenada em vesículas sinápticas
105.
106. Os túbulos transversos
•A fibra é tão grande que o potencial de ação
não se propagaria para o interior da fibra.
•O potencial percorre os túbulos T e assim
todas miofibrilas recebem o estímulo à
contração.
•O estímulo chega ate até o retículo
sarcoplasmático onde está armazenado o íon
Ca2+ fundamental para a contração
•Canais importantes: Liberação de Ca2+ =
receptor de rianodina
•Recaptação de Ca2+ = Ca ATPase
107. Acoplamento Excitação-contração
• Retículo sarcoplasmático contém altas concentrações de íons
cálcio.
• Quando o PA dos túbulos T chega ao retículo sarcoplasmático, ele
libera cálcio sobre as miofibrilas e se liga fortemente a troponinaC
108. Tá difícil??? Vamos relembrar!
1.Motoneurônio libera acetilcolina
na placa motora
2.Potencial de ação é gerado e
percorre os túbulos T
3.O PA chega no retículo
sarcoplasmático e ele libera cálcio
4.o cálcio liberado se liga a
troponinaC
109. Mecanismo molecular da contração muscular
•A miosina tem uma “cabeça” ATPAse
•O filamento de actina é formado por 3 componentes: actinaG,
troponina e tropomiosina
110. Mecanismo molecular da contração muscular
• O complexo troponina-tropomiosina estão ligados à actina de tal
forma que o sítio onde a miosina poderia ligar fica ocupado.
• Quando cálcio se liga a troponinaC, o sítio da actina é liberado e
a cabeça da miosina se liga nele.
• A cabeça da miosina desliza sobre a actina e gera encurtamento
do sarcômero. (Pontes cruzadas)
• Este processo consome ATP pois a cabeça da miosina cliva ATP
em ADP e este último fica fixado até a miosina se ligar a actina.
• Para retornar a posição novo ATP é necessário
111. TETANIA
Um único potencial de ação resulta na liberação de uma quantidade fixa de
Ca2+ do retículo sarcoplasmático que produz uma única contração. A
contração termina (ocorre o relaxamento) quando o retículo sarcoplasmático
recapta esse Ca2+.
Se o músculo é estimulado repetidamente , não há tempo suficiente para o
retículo recaptar esse Ca2+ e a concentração do íon intracelular não voltar ao
basal.
Se o nível do íon Ca2+ permanecer elevado , resultando numa ligação
continuada com a tropinina C permanecerá as pontes cruzadas. Neste caso a
contração e mantida chamado de tétano .
113. Fadiga: fraqueza progressiva e perda da capacidade de contratilidade pelo
uso prolongado
Causas: Queda na disponibilidade de ATP
– Alteração no potencial de membrana
– Inibição enzimática pelo acúmulo de ácido lático (pH ácido)
- Esgotamento de acetilcolina
114. Caimbra : A falta de aporte energético (ATP) e do balanço
hidroeletrolítico promove uma contração forte e prolongada do
músculo.
Uma das formas de diminuir o processo da caimbra é a injestão
de K+ responsável pelo relaxamento muscular. Ex: banana
115. Tipos de fibras musculares
• tipo 1 -fibras de contração lenta ( vermelha) -aeróbicas, esportes de
longa duração
• tipo 2 (A, B, C) (branca) -contração rápida -anaeróbicas, esportes de
velocidade
116. Rigor Mortis (Rigidez cadavérica)
• Começa após 3 to 4 h da morte e atinge o pico máximo em 12 h. Diminui dentro de
48h.
• A deterioração do reticulo sarcoplasmático libera Ca2+
• Estimula a formação de pontes cruzadas
• Não há ATP para causar o relaxamento
Rigidez cadavérica