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O papel da escola e da
sociedade na inclusão de
pessoas com múltiplas
deficiências
Fonte: revista Ciranda da Inclusão,
abril de 2010
Profª: M. Bárbara Floriano
Entre os educadores existe um consenso
de que todos os alunos têm
necessidades educativas que estão no
mesmo plano das diversidades étnicas,
de gênero, idade e classe social. Node gênero, idade e classe social. No
entanto, existem casos em que as
necessidades possuem contornos muito
mais específicos e isso exige a utilização
de apoios especializados como é o caso
dos estudantes com múltiplas
deficiências.
Os apoios especializados incluem a
adaptação de estratégias, recursos,
conteúdos, processos, procedimentos, e
instrumentos, além da utilização de
tecnologias de apoio. Nesse sentido, é
muito importante que os gestores
educacionais e professores não encaremeducacionais e professores não encarem
essas estratégias como exclusividade dos
alunos com múltiplas deficiências, mas
também como medidas de mudança no
contexto escolar e social para que o
processo de inclusão possa acontecer de
fato.
De acordo com pesquisas, o aluno com
múltipla deficiência em escolas
regulares, que muitas vezes é tratado
como educando com necessidades
educacionais “mais acentuadas” ainda
é, segundo o MEC (2002), uma realidade
muito recente na educação brasileira.muito recente na educação brasileira.
As pesquisas de educadores e do próprio
MEC têm mostrado que as instituições
públicas que acolhem estudantes nessas
circunstâncias apresentam condições
incipientes de atendimento tais como:
Ausência de uma rede de serviços
referenciada, para dar apoio às escolas e
aos pais;
Ausência de equipes multiprofissionais;
Ausência de espaços adequados para os
usuários.
O papel da escola é tão importanteO papel da escola é tão importante
quanto o das políticas de inclusão já que o
espaço de socialização e de observação
das diversas demandas desse público-alvo
está ao alcance dos
profissionais que nela se
encontram.
Se, por um lado, a instituição escolar
tem avançado bastante no trato com
os cegos, os surdos, os alunos com
problemas motores, os alunos com
deficiências intelectuais, que são
acolhidos dentro das estratégiasacolhidos dentro das estratégias
pedagógicas, o mesmo ainda está
distante de acontecer com os
discentes com múltiplas deficiências,
em função da complexidade
e da diversidade de
cada caso.
Se, por um lado, as escolas têm enfrentado
esses problemas,as iniciativas da sociedade
civil por meio de organizações não
governamentais têm se mostrado mais
eficientes no trato com as pessoas com
múltiplas deficiências. Por todo Brasil,
existem entidades que prestam assistência,
informações e fazem campanhas deinformações e fazem campanhas de
inclusão social específicas. Entre elas,
algumas se destacam: Grupo Brasil de
Apoio ao Surdocego e ao Múltiplo
Deficiente Sensorial e Instituto Benjamim
Constant.
Outra alternativa é entrar em contato com o
IBDD- Instituto Brasileiro de Defesa dos
Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência,
cujo site é www.ibdd.org.br. Além disso, as
pessoas com múltiplas deficiências já
contam com mais um instrumento jurídico
de pressão diante da União, dos Estados ede pressão diante da União, dos Estados e
Municípios, visando a sua inclusão na pauta
das políticas públicas. Trata-se da
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência da Organização das Nações
Unidas, assinado em Nova Iorque em 30 de
março de 2007 e ratificado pelo Senado
brasileiro em julho de 2008.
Isso significa que as escolas e
os demais órgãos públicos
podem se mobilizar para
garantir que os Direitos
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concretas e a inclusão deixe de ser umconcretas e a inclusão deixe de ser um
problema, tornando-se uma oportunidade
para que possamos nos aproximar de outros
países que já adotaram a mesma convenção.
Por Jonas Dias (sociólogo, professor universitário e
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Inclusão de pessoas com múltiplas deficiências

  • 1. O papel da escola e da sociedade na inclusão de pessoas com múltiplas deficiências Fonte: revista Ciranda da Inclusão, abril de 2010 Profª: M. Bárbara Floriano
  • 2. Entre os educadores existe um consenso de que todos os alunos têm necessidades educativas que estão no mesmo plano das diversidades étnicas, de gênero, idade e classe social. Node gênero, idade e classe social. No entanto, existem casos em que as necessidades possuem contornos muito mais específicos e isso exige a utilização de apoios especializados como é o caso dos estudantes com múltiplas deficiências.
  • 3. Os apoios especializados incluem a adaptação de estratégias, recursos, conteúdos, processos, procedimentos, e instrumentos, além da utilização de tecnologias de apoio. Nesse sentido, é muito importante que os gestores educacionais e professores não encaremeducacionais e professores não encarem essas estratégias como exclusividade dos alunos com múltiplas deficiências, mas também como medidas de mudança no contexto escolar e social para que o processo de inclusão possa acontecer de fato.
  • 4. De acordo com pesquisas, o aluno com múltipla deficiência em escolas regulares, que muitas vezes é tratado como educando com necessidades educacionais “mais acentuadas” ainda é, segundo o MEC (2002), uma realidade muito recente na educação brasileira.muito recente na educação brasileira. As pesquisas de educadores e do próprio MEC têm mostrado que as instituições públicas que acolhem estudantes nessas circunstâncias apresentam condições incipientes de atendimento tais como:
  • 5. Ausência de uma rede de serviços referenciada, para dar apoio às escolas e aos pais; Ausência de equipes multiprofissionais; Ausência de espaços adequados para os usuários. O papel da escola é tão importanteO papel da escola é tão importante quanto o das políticas de inclusão já que o espaço de socialização e de observação das diversas demandas desse público-alvo está ao alcance dos profissionais que nela se encontram.
  • 6. Se, por um lado, a instituição escolar tem avançado bastante no trato com os cegos, os surdos, os alunos com problemas motores, os alunos com deficiências intelectuais, que são acolhidos dentro das estratégiasacolhidos dentro das estratégias pedagógicas, o mesmo ainda está distante de acontecer com os discentes com múltiplas deficiências, em função da complexidade e da diversidade de cada caso.
  • 7. Se, por um lado, as escolas têm enfrentado esses problemas,as iniciativas da sociedade civil por meio de organizações não governamentais têm se mostrado mais eficientes no trato com as pessoas com múltiplas deficiências. Por todo Brasil, existem entidades que prestam assistência, informações e fazem campanhas deinformações e fazem campanhas de inclusão social específicas. Entre elas, algumas se destacam: Grupo Brasil de Apoio ao Surdocego e ao Múltiplo Deficiente Sensorial e Instituto Benjamim Constant.
  • 8. Outra alternativa é entrar em contato com o IBDD- Instituto Brasileiro de Defesa dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, cujo site é www.ibdd.org.br. Além disso, as pessoas com múltiplas deficiências já contam com mais um instrumento jurídico de pressão diante da União, dos Estados ede pressão diante da União, dos Estados e Municípios, visando a sua inclusão na pauta das políticas públicas. Trata-se da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas, assinado em Nova Iorque em 30 de março de 2007 e ratificado pelo Senado brasileiro em julho de 2008.
  • 9. Isso significa que as escolas e os demais órgãos públicos podem se mobilizar para garantir que os Direitos Universais das Pessoas com Deficiência se transformem em ações concretas e a inclusão deixe de ser umconcretas e a inclusão deixe de ser um problema, tornando-se uma oportunidade para que possamos nos aproximar de outros países que já adotaram a mesma convenção. Por Jonas Dias (sociólogo, professor universitário e especialista em Desenvolvimento Social. Ex- consultor da UNESCO, da GTZ- Alemanha; AVSI- Itália e Obras Sociais Irmã Dulce.
  • 10. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiências