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PROMOÇÃO DE DESTINO
TURÍSTICO – REGIÃO
AUTÓNOMA DA MADEIRA
Nome: Renata Filipa
Turma: 11º F
Disciplina: Informação Turística e Marketing
Curso: Técnica de receção
MADEIRA
O arquipélago da Madeira encontra-se situado no Oceano
Atlântico, distância que, traduzida em minutos, representa
90 minutos de voo a partir da cidade de Lisboa. Encontra-se
entre 30° e 33° de latitude norte, quase à mesma latitude de
Casablanca, a 978 km a sudoeste de Lisboa, cerca de 700
km a oeste da costa africana, e 450 km a norte das Ilhas
Canárias.
Este arquipélago é formado pela Ilha da Madeira com uma
área de 740,7 km², pelo Porto Santo com 42,5 km², pelas
Ilhas Desertas com um total de 14,2 km², no conjunto das
suas 3 ilhas desabitadas e ainda pelas Ilhas Selvagens cujo
conjunto de 3 ilhas e dezasseis ilhéus desabitados detêm
uma área de 3,6 km². Das oito ilhas, apenas as duas
maiores (Madeira e Porto Santo) são habitadas, tendo,
como principais acessos, o Aeroporto da Madeira no
Funchal e o Aeroporto do Porto Santo.
FACTOS E NÚMEROS ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA
Capital: Funchal
Principais Cidades: Caniço, Câmara de Lobos, Funchal, Machico, Santana
Língua Oficial: Português
Sistema Político: Região Autónoma
Bandeiras: Três faixas verticais nas cores Azul, Amarelo e Azul, com insígnia da Ordem de Cristo (cor
vermelha)
Moeda: Euro
Clima Marítimo Temperado
PRODUTOS TURÍSTICOS( VINHOS)
O vinho da Madeira, ou simplesmente vinho Madeira, é um vinho fortificado, com elevado teor alcoólico,
produzido nas encostas e adegas da Região Demarcada da Ilha da Madeira. É o produto principal da
economia da Região Autônoma da Madeira e um símbolo da Madeira em todo o mundo. Segundo fabricantes
portugueses desde 1808, que "o segredo é da uva local de excelente qualidade e os tonéis em que são
envelhecidos, madeira local da ilha, com sabor de mar".
Este ‘néctar dos Deuses’, que é um dos ex-líbris da Ilha da Madeira, é apreciado em todo o mundo. Foi
escolhido para celebrar a Independência dos EUA a 4 de Julho de 1776, elogiado por Shakespeare em
algumas das suas peças, e admirado por reis, príncipes, generais e exploradores.
O Vinho Madeira provém do fruto das vinhas, que na Madeira são cultivadas à mão em pequenos recintos de
terra, conhecidos por ‘poios’, suportados por paredes de terra (terraços) nas encostas das montanhas, que
são muitas vezes de difícil acesso. O solo e o clima únicos da Ilha da Madeira, tal como o processo de
produção
e o tipo de uva cultivada contribuíram para a distinção inigualável do Vinho Madeira ao longo dos tempos.
PATRIMÓNIO PAISAGÍSTICO
-FLORESTA LAURISSILVA-
É na exuberância da paisagem que se encontra um dos maiores atrativos turísticos da ilha da Madeira. A sua luxuriante vegetação, cuja
floresta indígena foi reconhecida pela UNESCO, em 1999, como Património Mundial Natural da Humanidade, certamente o irá fascinar.
Esta floresta remonta ao Período Terciário da Terra e, nas últimas glaciações, viu a sua existência reduzida à área geográfica da
Macaronésia, ou seja, nos Arquipélagos da Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde.
Compõe-se de árvores como o til (Ocotea foetens), o loureiro (Laurus novo canariensis), o vinhático (Persea indica), o folhado (Clethra
arbórea) e o pau branco (Picconia excelsa), bem como de musgos e muitos outros arbustos como as urzes (Erica scoparia ssp maderensis e
Erica aborea), a uveira da serra (Vaccinium padifolium) e o azevinho (Ilex perado ssp perado). Entre as plantas herbáceas há a destacar as
leitugas (Sonchus pinnatus), o piorno (Genista tenera), o goivo da serra (Erysimum bicolor), a ameixieira de espinho (Berberis maderensis) e
a raríssima orquídea da serra (Dactylorhiza foliosa), única no Mundo.
Ao nível da avifauna destacam-se raras espécies como o pombo trocaz (Columba trocaz), espécie endémica exclusiva da Ilha da Madeira, a
freira da Madeira (Pterodroma madeira), o francelho (Falco tinnunculus canariensis), o tentilhão (Fringila coelebs maderensis) e o bisbis
(Regulus ignicapillus maderensis).
Sendo considerada uma relíquia viva, a quase totalidade da sua área de ocorrência está incluída no Parque Natural da Madeira com o
estatuto máximo de Reserva Integral.
PATRIMÓNIO CULTURAL
-PARQUE NATURAL DA MADEIRA-
Visando a salvaguarda dum vasto património natural, que constitui uma raridade a nível mundial, foi criado em 1982, o Parque Natural da
Madeira, Parque classificado como Reserva Biogenética, na qual se encontram uma flora e fauna únicas.
O parque engloba cerca de 2/3 do território da ilha e nele estão definidas reservas naturais integrais e parciais, paisagens protegidas e zonas
para recreio.
Inclui o maciço montanhoso oriental, no qual se destaca o Pico Ruivo e o maciço montanhoso ocidental, com o extenso planalto do Paul da
Serra.
Dos 1300 aos 700 metros de altitude no Sul da Ilha, e nos 200 metros no Norte, concentra-se a maior área de Floresta Laurissilva da
Macaronésia. Esta Floresta, Património da Humanidade, está maioritariamente concentrada na área do Parque Natural.
No limite inferior desta floresta exótica estão geralmente localizados os campos agrícolas, com os seus caraterísticos poios, os quais são
irrigados através de Levadas.
No extremo este da Ilha da Madeira surge a Ponta de São Lourenço, uma península com cerca de 328 hectares e uma altitude média de 100
metros. A paisagem é bem distinta da restante, sendo mais plana e árida, e praticamente desprovida de árvores, mas apresentando várias
plantas endémicas.
Na parte oeste do Parque Natural, o território compreende atividades agrícolas e pecuárias tradicionais que dão um valor especial à paisagem,
tornando-a muito rural.
PATRIMÓNIO HISTÓRICO
-RESERVA DA BIOSFERA – SANTANA-
O concelho de Santana, localizado no norte da ilha da Madeira, foi agraciado pela UNESCO, em
junho de 2011, com a distinção de “Reserva da Biosfera”, um reconhecimento à riqueza de um
ecossistema que procura conciliar a conservação da biodiversidade ao seu uso sustentável.
Esta reserva integra uma componente terrestre, correspondente a toda a superfície emersa do
município e ainda uma componente marinha, apresentando uma grande diversidade de valores
naturais e humanos, paisagísticos, ambientais e culturais singulares de interesse local, regional,
nacional e internacional.
A diversidade natural manifesta-se por uma riqueza faunística e floral que incorpora um alto grau
de endemismo e uma representação integral das unidades ecológicas mais relevantes da ilha da
Madeira, desde os ecossistemas marinhos e costeiros até à vegetação de altitude, passando pela
Floresta Laurissilva, Património Natural Mundial da UNESCO desde 1999.
O QUE FAZER E QUE VISITAR NA REGIÃO AUTÓNOMA DA
MADEIRA
-O MONTE E OS CARROS DE CESTO-
O Monte, também conhecida como “a freguesia dos carrinhos”, é uma das mais emblemáticas freguesias da cidade do Funchal, e local “obrigatório” a visitar, não só pela sua
história, mas também pela vista panorâmica sobre a baía do Funchal.
Por entre jardins e imenso arvoredo, o centro da pequena localidade do Monte permite tranquilos passeios a pé, com paragens na Igreja de Nossa Senhora do Monte,
erguida em honra da padroeira da Madeira e que inclui, no seu interior, o túmulo de Carlos I, Imperador da Áustria, e na Quinta Jardins do Imperador, última morada do
referido monarca. Aqui se celebram todos os anos a 15 de Agosto, as festas em honra de Nossa Senhora do Monte, padroeira da ilha.
Ainda merecedor de paragem, o Jardim Tropical Monte Palace possui uma coleção de plantas exóticas provenientes de todos os continentes e inúmeras obras de arte
espalhadas pelos jardins, para além das que estão reunidas no Museu que faz parte deste complexo.
Explorando os jardins do Parque Municipal do Monte, também conhecido como Parque Leite Monteiro, podemos descobrir muitas espécies endémicas e exóticas e árvores
centenárias. Para visitar o Monte e posteriormente regressar ao Funchal, sugerimos duas excelentes opções: subir no teleférico e descer nos carros de cesto.
O Teleférico do Monte efetua a ligação entra a zona histórica do Funchal e o Monte. A viagem tem uma duração aproximada de 15 minutos e permite desfrutar de uma vista
panorâmica da cidade.
É do Monte que partem os tradicionais carros de cesto, feitos em vime e montados sobre patins de madeira, que são arrastados por dois homens, os "carreiros" (tipicamente
vestidos de branco e com chapéu de palha) os quais controlam a velocidade do carro com a ajuda de cordas. O percurso de 2 km vai desde o Monte até ao Livramento, em
aproximadamente 10 minutos e é o ideal para complementar a subida ao Monte por teleférico.
CALHETA
A Calheta fica na costa sudoeste e é um dos pontos turísticos mais escaldantes da Madeira com a sua linda marina e duas praias de areia dourada (artificiais). É um dos locais favoritos
não só dos locais mas também daqueles que nos visitam. Fundada em 1430 a Calheta tem várias igrejas de grande valor histórico e foi um dos primeiros locais a ser explorado pelos
primeiros colonizadores.
O Centro das Artes Casa das Mudas é um novo pólo artístico localizado no topo duma falésia sobranceira ao mar. Foi construída para albergar excepcionais exposições, concertos e
muitos outros eventos.
A Calheta é também famosa por produzir a melhor aguardente da ilha, ingrediente essencial da tipicamente madeirense poncha. Se estiver interessado em saber como é feita a
aguardente poderá fazer uma visita ao Engenho da Calheta, a destilaria onde poderá passear e experimentar o produto.
A Calheta é uma encantadora vila, sede de concelho, situada entre o Sul e o extremo Oeste da fantástica Ilha da Madeira, sendo famosa pela sua posição estratégica e pelos férteis
solos que produzem o muito apreciado Vinho da Madeira e as famosas Bananas Madeirenses.
O topónimo da vila provém dos tempos de colonização da Ilha, por volta de 1420, quando nestes locais mais a sul, devido à facilidade de acessos, foram estabelecidos postos de
cobrança, denominados de “calhetas”, sobre os direitos dos bens que a ilha fornecia, como o açúcar, as importantes madeiras, entre outros.
Hoje em dia uma região muito desenvolvida, a Calheta ainda mantém a sua importância e faceta agrícola e piscatória, aproveitando o melhor que os solos e o rico mar oferecem,
embora pela região se tenham desenvolvido ao longo dos tempos várias industrias, muitos serviços e, claro, um franco crescimento Turístico.
Vale a pena aproveitar o muito que a vila tem para oferecer, como a Manuelina Igreja Matriz do Espírito Santo, que possui um tabernáculo de ébano e prata que lhe foi doado pelo rei
Dom Manuel I, ou a Casa da Misericórdia de 1535. O Centro das Artes Casa das Mudas, numa moderna arquitetura, promove as Artes e Cultura da região, num complexo que alberga
espaço expositivo, biblioteca, auditório, lojas, restauração e serviços pedagógicos.
Terra de grande tradição e poderia na produção de cana de açúcar noutros tempos, mantém ainda hoje um dos poucos engenhos de cana-de-açúcar ainda em laboração na Ilha da
Madeira: o Engenho da Sociedade de Engenhos da Calheta, que vale a pena conhecer.
Outros grandes valores turísticos e de lazer da Calheta é o seu Porto de Recreio, com espaços verdes, esplanadas, restaurantes, percursos pedestres, levadas, atividades como o surf,
parapente, Canioning, mergulho, observação de cetáceos..., e a Praia de Areia Amarela, trazida de Marrocos e da Figueira da Foz, que contrasta fortemente com as restantes praias de
calhau da Ilha.
A região da Calheta é também famosa por outra característica bem Madeirense: o seu típico artesanato, com saberes e técnicas bem antigas, vão-se manufaturando peças em
tecelagem, azulejaria, madeira, as muito célebres figuras em palha de bananeira, a cestaria e o muito conceituado bordado da madeira.
POTENCIALIDADES TURÍSTICAS
-O CLIMA E O TURISMO-
O clima aparece, muitas vezes, como um argumento principal para o desenvolvimento de uma série de
atividades turísticas. Praticamente todas as modalidades turísticas se encontram influenciadas pelo tempo e
pelo clima. Enquanto algumas delas se mostram sensíveis ao tempo meteorológico, outras são totalmente
dependentes do clima. Numa perspetiva a curto prazo, é o tempo meteorológico que determina o momento
adequado para realizar uma determinada prática turística ou programar toda uma série de atividades (Martín,
1999). Para este autor, “o clima é um importante recurso turístico natural já que é um elemento que, por
intermédio da atividade humana e dos meios com que conta, torna possível a atividade turística e satisfaz as
necessidades da procura” (Martín, 1999:25).
A presença de um bom clima pode constituir uma das maiores atrações turísticas de uma região. No caso da
Madeira, ele é um recurso turístico bastante importante. Muitos dos turistas, nomeadamente da Alemanha e
Reino Unido, deslocam-se à ilha por causa do seu clima ameno (Marujo, 2004). Portanto, o clima é
considerado um fator fundamental nas definições estruturais e ambientais de qualquer destino, uma vez que
“…possui influência preponderante na sazonalidade, na continuidade e na própria regularidade das correntes
turísticas que se direcionam ou se dirigem ao núcleo recetivo” (Andrade, 2002:103). Assim sendo, pode-se
afirmar que os fatores climáticos favorecem o turismo na região. Ou seja, o clima (estável) permite aos
promotores do turismo o planeamento e gestão de diversos programas associados ao lazer. Por outro lado o
clima, de acordo com as expetativas dos turistas, pode permitir o encontro destes com a natureza da Ilha.
-A PAISAGEM E O TURISMO-
O turismo e a paisagem são dois elementos que estão intimamente associados e, particularmente, ancorados no território. No turismo a paisagem,
para além de constituir um recurso imprescindível para o desenvolvimento da atividade, é um elemento essencial para a promoção e captação de
muitos turistas (Marujo e Santos, 2012).
A singularidade geográfica da Ilha da Madeira, associada ao seu testemunho histórico e cultural, é beneficiada pela sua envolvente paisagística. É na
exuberância da paisagem que se encontra um dos maiores atrativos turísticos da Ilha da Madeira. A sua luxuriante vegetação continua a fascinar
todos aqueles que mantêm um forte relacionamento com a natureza. Por isso, a paisagem é um recurso de grande valor na consolidação da oferta
turística da Ilha, e constitui também uma das principais motivações dos turistas para visitarem a região. Sublinhe-se que são as singularidades de um
lugar que atraem o ‘olhar’ do turista e, portanto, a autêntica experiência em turismo consiste naquela em que o turista direciona o seu ‘olhar’ para os
diferentes cenários culturais da paisagem que visita (Marujo e Santos, 2012).
Nos atrativos da paisagem, pode-se destacar a Laurissilva e as Levadas 3 (Figura II). A Laurissilva (floresta indígena) da região, distinguida pela
UNESCO como Património Natural Mundial (1999), funciona como um dos atributos promocionais do destino. Por outro lado as levadas, consideradas
como um monumento vivo da cultural madeirense (Fernandes, 2012), “são as mais belas peças do património cultural da Ilha da Madeira e a
expressão viva de como foi possível a intervenção humana sem criar ruturas significativas no funcionamento dos ecossistemas” (Quintal, 2011: 137).
Refira-se que a origem das levadas madeirenses remonta aos primeiros povoadores, que atraídos pela necessidade de cultivo, decidiram aproveitar
as águas abundantes paras as culturas agrícolas e engenhos açucareiros (Fernandes, 2010). Hoje, e de acordo com esta autora, “as levadas são um
espaço de consumo e fruição cultural pelos turistas” (Fernandes, 2010: 530) que as percorrem para experienciarem o património cultural e natural
associado a elas. “As levadas desvendam uma Madeira majestosa que escapa ao turista apressado e ao residente acomodado ao automóvel. Através
delas é possível descobrir recantos de beleza indescritível e estudar uma flora rica em espécies únicas no mundo” (Quintal, 2011: 137). De facto, os
percursos pelas levadas da Ilha da Madeira proporcionam aos turistas a descoberta de uma flora com espécies únicas no mundo.
TURISMO NA MADEIRA
Os visitantes encontram nesta ilha uma população hospitaleira, um clima maravilhoso e um crescente aumento de hotéis
e outras acomodações turísticas para todos os gostos e feitios. Os primeiros turistas na Madeira foram passageiros dos
grandes navios de cruzeiro. A Madeira constituía uma paragem obrigatória para o abastecimento de carvão e uma
excursão pelo campo era uma óptima pausa na travessia do Atlântico.
Em 1894, William Reid abriu o seu primeiro hotel na zona oeste da baía do Funchal, onde ainda hoje é servido o chá
inglês, para os apreciadores. Um rol de figuras famosas visitou a Madeira nessa época, desde George Bernard Shaw,
que tirou algum tempo para aprender a dançar, a Winston Chruchill que pintou a, na altura, Vila de Câmara de Lobos. A
Madeira também albergou uma parte de exilados de Napoleão, que paravam no seu caminho para St. Helena, e Carlos,
o Arquiduque da Áustria e último Imperador da Casa dos Habsburg, que morreu e foi enterrado no Monte.
Seguindo o sucesso do Sr. Reid um grande número de hotéis abriu portas, mas o número de quartos era limitado, até à
abertura do Aeroporto em 1963. Hoje em dia, a maioria dos turistas chega da Alemanha e Reino Unido, de avião, à
procura de algum sol de Inverno, paz e sossego. Nos meses de Verão nota-se uma maior afluência de visitantes dos
países da Europa do Sul, que vêm à Madeira para escapar ao sol tórrido e ao grande afluxo de turistas, verificado nas
suas terras.
Como um eco do passado, muitas pessoas ainda chegam de barco, porque o porto do Funchal é uma paragem
obrigatória para os Cruzeiros do Atlântico. Nos últimos anos tem-se notado que aos poucos o turismo se tem estendido
às zonas rurais. Muitos dos turistas visitam a Madeira para a prática do surf, pesca desportiva, para fazer levadas e
montanhismo.

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  • 1. PROMOÇÃO DE DESTINO TURÍSTICO – REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA Nome: Renata Filipa Turma: 11º F Disciplina: Informação Turística e Marketing Curso: Técnica de receção
  • 2. MADEIRA O arquipélago da Madeira encontra-se situado no Oceano Atlântico, distância que, traduzida em minutos, representa 90 minutos de voo a partir da cidade de Lisboa. Encontra-se entre 30° e 33° de latitude norte, quase à mesma latitude de Casablanca, a 978 km a sudoeste de Lisboa, cerca de 700 km a oeste da costa africana, e 450 km a norte das Ilhas Canárias. Este arquipélago é formado pela Ilha da Madeira com uma área de 740,7 km², pelo Porto Santo com 42,5 km², pelas Ilhas Desertas com um total de 14,2 km², no conjunto das suas 3 ilhas desabitadas e ainda pelas Ilhas Selvagens cujo conjunto de 3 ilhas e dezasseis ilhéus desabitados detêm uma área de 3,6 km². Das oito ilhas, apenas as duas maiores (Madeira e Porto Santo) são habitadas, tendo, como principais acessos, o Aeroporto da Madeira no Funchal e o Aeroporto do Porto Santo.
  • 3. FACTOS E NÚMEROS ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA Capital: Funchal Principais Cidades: Caniço, Câmara de Lobos, Funchal, Machico, Santana Língua Oficial: Português Sistema Político: Região Autónoma Bandeiras: Três faixas verticais nas cores Azul, Amarelo e Azul, com insígnia da Ordem de Cristo (cor vermelha) Moeda: Euro Clima Marítimo Temperado
  • 4. PRODUTOS TURÍSTICOS( VINHOS) O vinho da Madeira, ou simplesmente vinho Madeira, é um vinho fortificado, com elevado teor alcoólico, produzido nas encostas e adegas da Região Demarcada da Ilha da Madeira. É o produto principal da economia da Região Autônoma da Madeira e um símbolo da Madeira em todo o mundo. Segundo fabricantes portugueses desde 1808, que "o segredo é da uva local de excelente qualidade e os tonéis em que são envelhecidos, madeira local da ilha, com sabor de mar". Este ‘néctar dos Deuses’, que é um dos ex-líbris da Ilha da Madeira, é apreciado em todo o mundo. Foi escolhido para celebrar a Independência dos EUA a 4 de Julho de 1776, elogiado por Shakespeare em algumas das suas peças, e admirado por reis, príncipes, generais e exploradores. O Vinho Madeira provém do fruto das vinhas, que na Madeira são cultivadas à mão em pequenos recintos de terra, conhecidos por ‘poios’, suportados por paredes de terra (terraços) nas encostas das montanhas, que são muitas vezes de difícil acesso. O solo e o clima únicos da Ilha da Madeira, tal como o processo de produção e o tipo de uva cultivada contribuíram para a distinção inigualável do Vinho Madeira ao longo dos tempos.
  • 5. PATRIMÓNIO PAISAGÍSTICO -FLORESTA LAURISSILVA- É na exuberância da paisagem que se encontra um dos maiores atrativos turísticos da ilha da Madeira. A sua luxuriante vegetação, cuja floresta indígena foi reconhecida pela UNESCO, em 1999, como Património Mundial Natural da Humanidade, certamente o irá fascinar. Esta floresta remonta ao Período Terciário da Terra e, nas últimas glaciações, viu a sua existência reduzida à área geográfica da Macaronésia, ou seja, nos Arquipélagos da Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde. Compõe-se de árvores como o til (Ocotea foetens), o loureiro (Laurus novo canariensis), o vinhático (Persea indica), o folhado (Clethra arbórea) e o pau branco (Picconia excelsa), bem como de musgos e muitos outros arbustos como as urzes (Erica scoparia ssp maderensis e Erica aborea), a uveira da serra (Vaccinium padifolium) e o azevinho (Ilex perado ssp perado). Entre as plantas herbáceas há a destacar as leitugas (Sonchus pinnatus), o piorno (Genista tenera), o goivo da serra (Erysimum bicolor), a ameixieira de espinho (Berberis maderensis) e a raríssima orquídea da serra (Dactylorhiza foliosa), única no Mundo. Ao nível da avifauna destacam-se raras espécies como o pombo trocaz (Columba trocaz), espécie endémica exclusiva da Ilha da Madeira, a freira da Madeira (Pterodroma madeira), o francelho (Falco tinnunculus canariensis), o tentilhão (Fringila coelebs maderensis) e o bisbis (Regulus ignicapillus maderensis). Sendo considerada uma relíquia viva, a quase totalidade da sua área de ocorrência está incluída no Parque Natural da Madeira com o estatuto máximo de Reserva Integral.
  • 6. PATRIMÓNIO CULTURAL -PARQUE NATURAL DA MADEIRA- Visando a salvaguarda dum vasto património natural, que constitui uma raridade a nível mundial, foi criado em 1982, o Parque Natural da Madeira, Parque classificado como Reserva Biogenética, na qual se encontram uma flora e fauna únicas. O parque engloba cerca de 2/3 do território da ilha e nele estão definidas reservas naturais integrais e parciais, paisagens protegidas e zonas para recreio. Inclui o maciço montanhoso oriental, no qual se destaca o Pico Ruivo e o maciço montanhoso ocidental, com o extenso planalto do Paul da Serra. Dos 1300 aos 700 metros de altitude no Sul da Ilha, e nos 200 metros no Norte, concentra-se a maior área de Floresta Laurissilva da Macaronésia. Esta Floresta, Património da Humanidade, está maioritariamente concentrada na área do Parque Natural. No limite inferior desta floresta exótica estão geralmente localizados os campos agrícolas, com os seus caraterísticos poios, os quais são irrigados através de Levadas. No extremo este da Ilha da Madeira surge a Ponta de São Lourenço, uma península com cerca de 328 hectares e uma altitude média de 100 metros. A paisagem é bem distinta da restante, sendo mais plana e árida, e praticamente desprovida de árvores, mas apresentando várias plantas endémicas. Na parte oeste do Parque Natural, o território compreende atividades agrícolas e pecuárias tradicionais que dão um valor especial à paisagem, tornando-a muito rural.
  • 7. PATRIMÓNIO HISTÓRICO -RESERVA DA BIOSFERA – SANTANA- O concelho de Santana, localizado no norte da ilha da Madeira, foi agraciado pela UNESCO, em junho de 2011, com a distinção de “Reserva da Biosfera”, um reconhecimento à riqueza de um ecossistema que procura conciliar a conservação da biodiversidade ao seu uso sustentável. Esta reserva integra uma componente terrestre, correspondente a toda a superfície emersa do município e ainda uma componente marinha, apresentando uma grande diversidade de valores naturais e humanos, paisagísticos, ambientais e culturais singulares de interesse local, regional, nacional e internacional. A diversidade natural manifesta-se por uma riqueza faunística e floral que incorpora um alto grau de endemismo e uma representação integral das unidades ecológicas mais relevantes da ilha da Madeira, desde os ecossistemas marinhos e costeiros até à vegetação de altitude, passando pela Floresta Laurissilva, Património Natural Mundial da UNESCO desde 1999.
  • 8. O QUE FAZER E QUE VISITAR NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA -O MONTE E OS CARROS DE CESTO- O Monte, também conhecida como “a freguesia dos carrinhos”, é uma das mais emblemáticas freguesias da cidade do Funchal, e local “obrigatório” a visitar, não só pela sua história, mas também pela vista panorâmica sobre a baía do Funchal. Por entre jardins e imenso arvoredo, o centro da pequena localidade do Monte permite tranquilos passeios a pé, com paragens na Igreja de Nossa Senhora do Monte, erguida em honra da padroeira da Madeira e que inclui, no seu interior, o túmulo de Carlos I, Imperador da Áustria, e na Quinta Jardins do Imperador, última morada do referido monarca. Aqui se celebram todos os anos a 15 de Agosto, as festas em honra de Nossa Senhora do Monte, padroeira da ilha. Ainda merecedor de paragem, o Jardim Tropical Monte Palace possui uma coleção de plantas exóticas provenientes de todos os continentes e inúmeras obras de arte espalhadas pelos jardins, para além das que estão reunidas no Museu que faz parte deste complexo. Explorando os jardins do Parque Municipal do Monte, também conhecido como Parque Leite Monteiro, podemos descobrir muitas espécies endémicas e exóticas e árvores centenárias. Para visitar o Monte e posteriormente regressar ao Funchal, sugerimos duas excelentes opções: subir no teleférico e descer nos carros de cesto. O Teleférico do Monte efetua a ligação entra a zona histórica do Funchal e o Monte. A viagem tem uma duração aproximada de 15 minutos e permite desfrutar de uma vista panorâmica da cidade. É do Monte que partem os tradicionais carros de cesto, feitos em vime e montados sobre patins de madeira, que são arrastados por dois homens, os "carreiros" (tipicamente vestidos de branco e com chapéu de palha) os quais controlam a velocidade do carro com a ajuda de cordas. O percurso de 2 km vai desde o Monte até ao Livramento, em aproximadamente 10 minutos e é o ideal para complementar a subida ao Monte por teleférico.
  • 9. CALHETA A Calheta fica na costa sudoeste e é um dos pontos turísticos mais escaldantes da Madeira com a sua linda marina e duas praias de areia dourada (artificiais). É um dos locais favoritos não só dos locais mas também daqueles que nos visitam. Fundada em 1430 a Calheta tem várias igrejas de grande valor histórico e foi um dos primeiros locais a ser explorado pelos primeiros colonizadores. O Centro das Artes Casa das Mudas é um novo pólo artístico localizado no topo duma falésia sobranceira ao mar. Foi construída para albergar excepcionais exposições, concertos e muitos outros eventos. A Calheta é também famosa por produzir a melhor aguardente da ilha, ingrediente essencial da tipicamente madeirense poncha. Se estiver interessado em saber como é feita a aguardente poderá fazer uma visita ao Engenho da Calheta, a destilaria onde poderá passear e experimentar o produto. A Calheta é uma encantadora vila, sede de concelho, situada entre o Sul e o extremo Oeste da fantástica Ilha da Madeira, sendo famosa pela sua posição estratégica e pelos férteis solos que produzem o muito apreciado Vinho da Madeira e as famosas Bananas Madeirenses. O topónimo da vila provém dos tempos de colonização da Ilha, por volta de 1420, quando nestes locais mais a sul, devido à facilidade de acessos, foram estabelecidos postos de cobrança, denominados de “calhetas”, sobre os direitos dos bens que a ilha fornecia, como o açúcar, as importantes madeiras, entre outros. Hoje em dia uma região muito desenvolvida, a Calheta ainda mantém a sua importância e faceta agrícola e piscatória, aproveitando o melhor que os solos e o rico mar oferecem, embora pela região se tenham desenvolvido ao longo dos tempos várias industrias, muitos serviços e, claro, um franco crescimento Turístico. Vale a pena aproveitar o muito que a vila tem para oferecer, como a Manuelina Igreja Matriz do Espírito Santo, que possui um tabernáculo de ébano e prata que lhe foi doado pelo rei Dom Manuel I, ou a Casa da Misericórdia de 1535. O Centro das Artes Casa das Mudas, numa moderna arquitetura, promove as Artes e Cultura da região, num complexo que alberga espaço expositivo, biblioteca, auditório, lojas, restauração e serviços pedagógicos. Terra de grande tradição e poderia na produção de cana de açúcar noutros tempos, mantém ainda hoje um dos poucos engenhos de cana-de-açúcar ainda em laboração na Ilha da Madeira: o Engenho da Sociedade de Engenhos da Calheta, que vale a pena conhecer. Outros grandes valores turísticos e de lazer da Calheta é o seu Porto de Recreio, com espaços verdes, esplanadas, restaurantes, percursos pedestres, levadas, atividades como o surf, parapente, Canioning, mergulho, observação de cetáceos..., e a Praia de Areia Amarela, trazida de Marrocos e da Figueira da Foz, que contrasta fortemente com as restantes praias de calhau da Ilha. A região da Calheta é também famosa por outra característica bem Madeirense: o seu típico artesanato, com saberes e técnicas bem antigas, vão-se manufaturando peças em tecelagem, azulejaria, madeira, as muito célebres figuras em palha de bananeira, a cestaria e o muito conceituado bordado da madeira.
  • 10. POTENCIALIDADES TURÍSTICAS -O CLIMA E O TURISMO- O clima aparece, muitas vezes, como um argumento principal para o desenvolvimento de uma série de atividades turísticas. Praticamente todas as modalidades turísticas se encontram influenciadas pelo tempo e pelo clima. Enquanto algumas delas se mostram sensíveis ao tempo meteorológico, outras são totalmente dependentes do clima. Numa perspetiva a curto prazo, é o tempo meteorológico que determina o momento adequado para realizar uma determinada prática turística ou programar toda uma série de atividades (Martín, 1999). Para este autor, “o clima é um importante recurso turístico natural já que é um elemento que, por intermédio da atividade humana e dos meios com que conta, torna possível a atividade turística e satisfaz as necessidades da procura” (Martín, 1999:25). A presença de um bom clima pode constituir uma das maiores atrações turísticas de uma região. No caso da Madeira, ele é um recurso turístico bastante importante. Muitos dos turistas, nomeadamente da Alemanha e Reino Unido, deslocam-se à ilha por causa do seu clima ameno (Marujo, 2004). Portanto, o clima é considerado um fator fundamental nas definições estruturais e ambientais de qualquer destino, uma vez que “…possui influência preponderante na sazonalidade, na continuidade e na própria regularidade das correntes turísticas que se direcionam ou se dirigem ao núcleo recetivo” (Andrade, 2002:103). Assim sendo, pode-se afirmar que os fatores climáticos favorecem o turismo na região. Ou seja, o clima (estável) permite aos promotores do turismo o planeamento e gestão de diversos programas associados ao lazer. Por outro lado o clima, de acordo com as expetativas dos turistas, pode permitir o encontro destes com a natureza da Ilha.
  • 11. -A PAISAGEM E O TURISMO- O turismo e a paisagem são dois elementos que estão intimamente associados e, particularmente, ancorados no território. No turismo a paisagem, para além de constituir um recurso imprescindível para o desenvolvimento da atividade, é um elemento essencial para a promoção e captação de muitos turistas (Marujo e Santos, 2012). A singularidade geográfica da Ilha da Madeira, associada ao seu testemunho histórico e cultural, é beneficiada pela sua envolvente paisagística. É na exuberância da paisagem que se encontra um dos maiores atrativos turísticos da Ilha da Madeira. A sua luxuriante vegetação continua a fascinar todos aqueles que mantêm um forte relacionamento com a natureza. Por isso, a paisagem é um recurso de grande valor na consolidação da oferta turística da Ilha, e constitui também uma das principais motivações dos turistas para visitarem a região. Sublinhe-se que são as singularidades de um lugar que atraem o ‘olhar’ do turista e, portanto, a autêntica experiência em turismo consiste naquela em que o turista direciona o seu ‘olhar’ para os diferentes cenários culturais da paisagem que visita (Marujo e Santos, 2012). Nos atrativos da paisagem, pode-se destacar a Laurissilva e as Levadas 3 (Figura II). A Laurissilva (floresta indígena) da região, distinguida pela UNESCO como Património Natural Mundial (1999), funciona como um dos atributos promocionais do destino. Por outro lado as levadas, consideradas como um monumento vivo da cultural madeirense (Fernandes, 2012), “são as mais belas peças do património cultural da Ilha da Madeira e a expressão viva de como foi possível a intervenção humana sem criar ruturas significativas no funcionamento dos ecossistemas” (Quintal, 2011: 137). Refira-se que a origem das levadas madeirenses remonta aos primeiros povoadores, que atraídos pela necessidade de cultivo, decidiram aproveitar as águas abundantes paras as culturas agrícolas e engenhos açucareiros (Fernandes, 2010). Hoje, e de acordo com esta autora, “as levadas são um espaço de consumo e fruição cultural pelos turistas” (Fernandes, 2010: 530) que as percorrem para experienciarem o património cultural e natural associado a elas. “As levadas desvendam uma Madeira majestosa que escapa ao turista apressado e ao residente acomodado ao automóvel. Através delas é possível descobrir recantos de beleza indescritível e estudar uma flora rica em espécies únicas no mundo” (Quintal, 2011: 137). De facto, os percursos pelas levadas da Ilha da Madeira proporcionam aos turistas a descoberta de uma flora com espécies únicas no mundo.
  • 12. TURISMO NA MADEIRA Os visitantes encontram nesta ilha uma população hospitaleira, um clima maravilhoso e um crescente aumento de hotéis e outras acomodações turísticas para todos os gostos e feitios. Os primeiros turistas na Madeira foram passageiros dos grandes navios de cruzeiro. A Madeira constituía uma paragem obrigatória para o abastecimento de carvão e uma excursão pelo campo era uma óptima pausa na travessia do Atlântico. Em 1894, William Reid abriu o seu primeiro hotel na zona oeste da baía do Funchal, onde ainda hoje é servido o chá inglês, para os apreciadores. Um rol de figuras famosas visitou a Madeira nessa época, desde George Bernard Shaw, que tirou algum tempo para aprender a dançar, a Winston Chruchill que pintou a, na altura, Vila de Câmara de Lobos. A Madeira também albergou uma parte de exilados de Napoleão, que paravam no seu caminho para St. Helena, e Carlos, o Arquiduque da Áustria e último Imperador da Casa dos Habsburg, que morreu e foi enterrado no Monte. Seguindo o sucesso do Sr. Reid um grande número de hotéis abriu portas, mas o número de quartos era limitado, até à abertura do Aeroporto em 1963. Hoje em dia, a maioria dos turistas chega da Alemanha e Reino Unido, de avião, à procura de algum sol de Inverno, paz e sossego. Nos meses de Verão nota-se uma maior afluência de visitantes dos países da Europa do Sul, que vêm à Madeira para escapar ao sol tórrido e ao grande afluxo de turistas, verificado nas suas terras. Como um eco do passado, muitas pessoas ainda chegam de barco, porque o porto do Funchal é uma paragem obrigatória para os Cruzeiros do Atlântico. Nos últimos anos tem-se notado que aos poucos o turismo se tem estendido às zonas rurais. Muitos dos turistas visitam a Madeira para a prática do surf, pesca desportiva, para fazer levadas e montanhismo.