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1. DROGAS VASOATIVAS 
O termo droga vasoativa é atribuído às substâncias que apresentam efeitos vasculares periféricos, 
pulmonares ou cardíacos, sejam eles diretos ou indiretos, atuando em pequenas doses e com 
respostas dose dependente de efeito rápido e curto, através de receptores situados no endotélio 
vascular. Então, a maioria das vezes, é necessário o uso da monitorização hemodinâmica, invasiva, 
quando da utilização dessas substâncias, pois suas potentes ações determinam mudanças drásticas 
tanto em parâmetros circulatórios como respiratórios, podendo, do seu uso inadequado, advirem 
efeitos colaterais indesejáveis, graves e deletérios, que obrigam sua suspensão. 
A oferta de oxigênio aos tecidos depende diretamente do débito cardíaco e do conteúdo 
arterial de oxigênio. Por outro lado, o consumo de oxigênio varia de acordo com necessidades 
metabólicas, sendo estas extremamente mutáveis e dependentes dos mecanismos envolvidos na 
agressão e integridade teciduais. As drogas vasoativas têm ação, principalmente, sobre os 
parâmetros que regulam o débito cardíaco, o qual é determinado pelo produto do volume sistólico e 
frequência cardíaca. O volume sistólico depende das pressões e dos volumes de enchimento 
ventricular (pré-carga), da contratilidade do miocárdio e da resistência ao esvaziamento ventricular 
(pós-carga) 
A perfusão tecidual e a oxigenação celular representam o mais importante objetivo da 
circulação, que é o suprimento do metabolismo corporal mesmo em condições não ideais. A oferta 
de oxigênio é a medida mais direta da função circulatória e o consumo de oxigênio é a medida mais 
direta da atividade metabólica. Imagina-se, então, que a distribuição inadequada de oxigênio, em 
face da demanda metabólica aumentada devido a fatores como trauma, perda de sangue e infecção, 
produzam hipoxemia tecidual, disfunção orgânica e morte.
O conhecimento sobre as indicações, limitações e efeitos hemodinâmicos das drogas 
vasoativas é essencial para uma utilização consciente e crítica desses potentes medicamentos, pois 
estes podem se tornar uma importante causa de iatrogenia, caso utilizados de maneira inadequada. 
As drogas vasoativas mais empregadas são as catecolaminas, também denominadas aminas 
vasoativas ou drogas simpatomiméticas. Dentre elas, destacam- se a noradrenalina (NA), a 
adrenalina, a dopamina, a dopexamina, a dobutamina e o isoproterenol. Dispomos, também, da 
amrinone e dos vasodilatadores (nitroprussiato de sódio, nitratos, clorpromazina, prazozin,captopril, 
enalapril e bloqueadores de cálcio). 
CATECOLAMINAS 
As ações das catecolaminas são determinadas pelas ligações dessas drogas às três classes principais 
de receptores: alfa, beta e dopa. Esses receptores são apresentados na Tabela 1. 
Tabela 1 Diferentes tipos de receptores, sua localização e efeitos. 
Fonte: OSTINI ET AL, 2008 
CLASSIFICAÇÃO DAS CATECOLAMINAS 
DOPAMINA: é o precursor imediato da noradrenalina. Possui inúmeros efeitos, pois estimula 
todos os tipos de receptores, sendo estes dose-dependentes. Em baixas doses, possui efeito 
dopaminérgico predominante, causando aumento do débito cardíaco; diminuição da resistência 
vascular sistêmica e vasodilatação renal e mesentérica. Em doses médias, possui um efeito beta 
predominante, aumentando o débito cardíaco; a pressão arterial e a diurese. Em doses elevadas, o
efeito predominante é o alfa, causando aumento da resistência vascular sistêmica e da pressão 
arterial e diminuição do fluxo sanguíneo renal. Assim, as indicações principais da dopamina estão 
relacionadas aos estados de baixo débito com volemia controlada ou aumentada (efeito beta 
adrenérgico). Pelo fato de essa droga vasoativa possuir, em baixas doses, um efeito vasodilatador 
renal, é também indicada em situações nas quais os parâmetros hemodinâmicos estejam estáveis, 
porém com oligúria persistente (efeito dopaminérgico). Ela pode, também, ser utilizada em 
condições de choque com resistência periférica diminuída (efeito alfa adrenérgico). 
DOBUTAMINA: é uma droga simpatomimética sintética, com ação predominantemente beta 1 
agonista. Esta droga possui baixa afinidade por receptores beta 2 e é quase desprovida de efeitos 
alfa adrenérgicos. A dobutamina apresenta poucos efeitos sobre a frequência cardíaca, aumenta a 
contratilidade miocárdica e o índice cardíaco, não agindo sobre a resistência vascular periférica. A 
droga é utilizada para melhorar a função ventricular e o desempenho cardíaco, em pacientes nos 
quais a disfunção ventricular acarreta diminuição no volume sistólico e no débito cardíaco como por 
exemplo, choque cardiogênico e insuficiência cardíaca congestiva. O consumo de oxigênio do 
miocárdio, sob o uso da dobutamina, é menor do que sob a ação de outras catecolaminas. 
A dobutamina perde seu efeito hemodinâmico durante infusão prolongada, presumivelmente por 
causa da diminuição da atividade dos receptores adrenérgicos (“down regulation”), mas mantém o 
seu efeito hemodinâmico melhor que a dopamina, uma vez que esta depleta as reservas de 
noradrenalina do miocárdio). A dobutamina possui vida média de dois (2) minutos, seu início de 
ação é rápido, não havendo, então, necessidade de dose de ataque. A sua excreção é renal. Além 
disso, a dobutamina apresenta poucos efeitos sobre a FC, aumenta a contratilidade miocárdica e o 
índice cardíaco, não agindo sobre a resistência vascular, periférica, em doses médias. 
NORADRENALINA: é o neurotransmissor do sistema nervoso simpático e precursor da 
adrenalina. A noradrenalina possui atividade tanto no receptor alfa, como beta 1 adrenérgico, com 
pouca ação sobre receptores beta 2. Dependendo da dose utilizada, obtém-se aumento do volume 
sistólico, diminuição reflexa da frequência cardíaca e importante vasoconstrição periférica, com 
aumento da pressão arterial. A noradrenalina é também um potente vasoconstritor visceral e renal, o 
que limita sua utilização clínica. É também vasoconstritora sobre a rede vascular, sistêmica e 
pulmonar, e deve ser usada com prudência, em pacientes com hipertensão pulmonar. Por outro lado, 
é uma droga de eleição no choque séptico, cuja finalidade é elevar a PA em pacientes hipotensos, 
que não responderam à ressuscitação por volume e a outros inotrópicos menos potentes.
A noradrenalina é uma droga de eleição no choque séptico, cuja finalidade é elevar a PA em 
pacientes hipotensos, que não responderam à ressuscitação por volume e a outros inotrópicos menos 
potentes. Além disso, essa potente droga vasoativa é quase sempre utilizada durante as manobras da 
ressuscitação cardiopulmonar (RCP), como droga vasoconstritora. A droga é rapidamente eliminada 
do plasma após a sua administração intravenosa, com vida média de dois (2) a dois e meio (2,5) 
minutos, embora haja grande variação individual. A sua degradação é hepática e a eliminação renal. 
ADRENALINA: é um potente estimulador alfa e beta adrenérgico, cujo efeito vasopressor é muito 
conhecido. O mecanismo da elevação da pressão arterial causado pela adrenalina, é devido a uma 
ação direta no miocárdio, com aumento da contração ventricular, um aumento da freqüência 
cardíaca e uma vasoconstrição em muitos leitos vasculares (arteríolas da pele, rins e vênulas). Na 
musculatura lisa, sua ação predominante é de relaxamento através da ativação de receptores alfa e 
beta adrenérgicos. A droga exerce também broncodilatação, pela interação com receptores beta 2 do 
músculo liso bronquial, combinada à inibição da degranulação de mastócitos. A adrenalina também 
eleva as concentrações de glicose (aumento da neoglicogênese e inibição da secreção de insulina e 
do lactato sérico. As principais indicações da adrenalina incluem estados de choque circulatório que 
não respondem às outras catecolaminas menos potentes, em particular no choque cardiogênico, 
quando de uso combinado com agentes redutores da pós-carga. Recomenda-se esta droga no 
tratamento de brocoespamos severos. É também indicada no tratamento da anafilaxia e, durante as 
manobras de ressuscitação cardiopulmonar, é o agente farmacológico de efeito vasoconstritor mais 
eficaz. A absorção da adrenalina, quando administrada por via subcutânea, é lenta. Todavia, é mais 
rápida, quando usada por via intravenosa ou intramuscular. As ações se restringem ao trato 
respiratório, quando a droga é nebulizada, podendo, entretanto, ocorrerem reações sistêmicas, 
acompanhadas de arritmias. A sua metabolização é hepática, sendo que sua vida média é de, 
aproximadamente, três (3) minutos. 
ISOPROTERENOL: é uma catecolamina sintética, de estrutura semelhante à adrenalina. É um 
potente agonista beta adrenérgico, com afinidade muito baixa pelos receptores alfa. Portanto, exerce 
efeitos potentes no sistema cardiovascular, como aumento da contratilidade, freqüência e 
velocidade de condução do estímulo elétrico cardíaco. Observa-se um aumento no débito cardíaco e 
no consumo de oxigênio do miocárdio. A estimulação dos receptores beta adrenérgicos resulta num 
relaxamento da musculatura lisa vascular ao mesmo tempo em que a resistência vascular sistêmica e 
a pressão diastólica caem. O músculo liso da via aérea brônquica e vascular pulmonar também são 
relaxados pelo isoproterenol, ocasionando uma diminuição da resistência vascular pulmonar e 
reversão de broncoespamos. Está indicado principalmente nas síndromes de baixo débito com 
pressões de enchimento elevadas e resistência periférica e pulmonar também elevadas (choque
cardiogênico). É também indicado para tratar os casos de bradicardia com repercussão 
hemodinâmica até que uma terapia definitiva (marcapasso) seja utilizada. 
O músculo liso da via aérea, brônquica e vascular, pulmonar também são relaxados pelo 
Isoproterenol, ocasionando uma diminuição da resistência vascular, pulmonar e reversão de 
broncoespamos. Esse efeito pode levar a situações de aumento do “shunt” intrapulmonar por 
alteração da relação ventilação/perfusão, com predomínio da perfusão, agravando a hipoxemia 
arterial. O isoproterenol não produz o mesmo grau de hiperglicemia que a adrenalina, 
provavelmente porque a estimulação beta adrenérgica aumenta a liberação de insulina. A droga 
pode ser absorvida, quando administrada por via parenteral ou na forma de aerossol, sendo 
metabolizada, primariamente, no fígado e em outros tecidos pela COMT, possuindo uma meia-vida 
de cerca de dois (2) minutos. 
DOPEXAMINA: é uma catecolamina sintética com atividade dopaminérgica e beta 2 agonista, 
com fraco efeito beta 1 adrenérgico e ausência de efeitos em receptores alfa. Quando comparada à 
dopamina, a dopexamina tem menor potência ao estimular receptores dopaminérgicos, ao passo que 
seus efeitos beta 2 são cerca de sessenta vezes mais potentes. Assim, o estímulo de receptores beta 
resulta em aumento no débito cardíaco, queda da resistência vascular sistêmica e aumento no 
volume urinário e na excreção de sódio, por estimulação dopaminérgica. Além disso, a droga 
potencializa os efeitos da noradrenalina endógena, pelo bloqueio da recaptação da mesma. A 
dopexamina pode ser utilizada no tratamento da insuficiência cardíaca aguda e congestiva e nos 
pacientes em pós-operatório de cirurgia cardíaca, que evoluem com baixo débito. Além disso, a 
dopexamina pode, também, ser utilizada no choque séptico, em associação com a noradrenalina, na 
tentativa de prevenção da insuficiência renal aguda e no incremento do fluxo mesentérico e da 
perfusão gastrintestinal. 
VASODILATADORES 
A falência circulatória aguda possui muitas etiologias, porém os mecanismos determinantes são: a 
diminuição do volume circulante, a diminuição do débito cardíaco e a diminuição da resistência 
vascular periférica. O uso de drogas com ação vasodilatadora é útil nos casos em que a reposição 
volêmica adequada e a otimização do débito cardíaco com os agentes inotrópicos, já mencionados, 
não reverteram a condição de baixo débito persistente. O uso de vasodilatadores não altera 
significativamente a frequência cardíaca e, particularmente, o vasodilatador mais utilizado em 
terapia intensiva é o nitroprussiato de sódio.
Nitroprussiato de sódio: é um vasodilatador misto, com efeitos sobre os territórios arterial e 
venoso. Age diretamente na musculatura lisa vascular. Não apresenta efeito direto sobre as fibras 
musculares cardíacas, sendo seu incremento no débito cardíaco devido à ação vasodilatadora. O 
fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular são mantidos e a secreção de renina, pelo 
organismo, é aumentada. 
A droga promove então, diminuição da resistência periférica total, da pressão arterial e do consumo 
de oxigênio do miocárdio, pouca alteração da frequência cardíaca e diminuição da resistência 
vascular pulmonar. O metabólito ativo da droga é o óxido nítrico, que parece ser o responsável pela 
ação vasodilatadora. O nitroprussiato de sódio é uma molécula instável, que sofre decomposição em 
condições alcalinas e quando exposto à luz. É indicado no tratamento das emergências hipertensivas 
e como droga auxiliar nos estados de choque circulatório, com pressões de enchimento ventricular e 
resistência periférica aumentadas. 
Os estados de baixo débito, associados à disfunção celular grave são de ocorrência relativamente 
comum nas Unidades de Terapia Intensiva. O emprego das drogas vasoativas é de importância vital 
para a reversão desta situação, melhorando o prognóstico e a sobrevida dos pacientes. Essas drogas 
possuem, em geral, ação rápida e potente, porém seu índice terapêutico é baixo, devendo ser 
administradas mediante adequada monitorização hemodinâmica e laboratorial. 
Referências 
OSTINI FM et al. The use of vasoactives drugs in the intensive care unit. Medicina, Ribeirão 
Preto, 31: 400-411, july/sept. 1998. 
CINTRA, E.A; NISHIDE, V.M.; NUNES, W.A. Assistência de Enfermagem ao Paciente 
Gravemente Enfermo. São Paulo: Atheneu, 2003.
2. ÚLCERAS POR PRESSÃO 
Uma das consequências mais comuns, resultante de longa permanência em hospitais, é o aparecimento de 
alterações de pele. A manutenção da integridade da pele dos pacientes restritos ao leito tem por base o 
conhecimento e a aplicação de medidas de cuidado relativamente simples. A maioria das recomendações 
para avaliação da pele e as medidas preventivas podem ser utilizadas de maneira universal, ou seja, tem 
validade tanto para a prevenção de úlcera por pressão (UPP) como paraquaisquer outras lesões da pele. 
A úlcera por pressão é considerada qualquer lesão que se desenvolve a partir da pressão 
prolongada sobre tecidos moles ou superfície da pele que causa dano ao tecido subjacente, principalmente 
em locais de proeminências ósseas, sendo sua gravidade associada à intensidade e duração da pressão e 
a tolerância dos tecidos. E apesar dos avanços nos cuidados em saúde nos últimos anos, as úlceras por 
pressão continuam sendo uma importante causa de morbidade e mortalidade, cons tituindo grande impacto 
na qualidade de vida do paciente e de seus familiares, gerando um problema social, econômico e de saúde 
pública. 
A úlcera por pressão é uma ferida crônica por ser de longa duração e com reincidência frequente, 
de cicatrização difícil, uma vez que ocorre considerável desconforto e dor, influenciando no aumento de dias 
de permanência no hospital, dificultando o retorno ao convívio familiar. Também induz à necessidade de 
tratamentos cirúrgicos, fisioterápicos e medicamentosos, aumentando os custos hospitalares e risco de 
infecção secundária, além de afetar a autoimagem e autoestima dos pacientes, levando-os a evidenciar 
problemas emocionais, psicossociais e econômicos. Para tanto, torna-se importante reconhecer a úlcera por 
pressão como um problema extenso, capaz de interferir na qualidade de vida do paciente. Neste sentido, 
além do desconforto e sofrimento causados ao paciente que já se encontra enfermo, o tratamento constitui 
um gasto financeiro muito maior do que a prevenção3. Ao evitar as úlceras por pressão, diminuem- se os 
custos diretos e indiretos, a permanência do cliente em ambiente hospitalar e consequentemente o risco de 
infecções secundárias que pode resultar em morte por septicemia. 
O Estadiamento de Ulceras Por Pressão – UPP auxilia na descrição clínica da profundidade observável 
de destruição tecidual, são: 
Estágio I: eritema não branqueável 
Pele intacta, com rubor não branqueável, numa área localizada, normalmente sobre uma 
proeminência óssea. O estágio I pode ser difícil de identificar em indivíduos com tons de pele 
escuros, visto que nestes o branqueamento pode não ser visível, a sua cor, porém, pode ser diferente 
da pele ao redor. A área pode estar dolorida, endurecida, mole, mais quente ou mais fria 
comparativamente ao tecido adjacente. Este estágio pode ser indicativo de pessoas “em risco”. 
1. Estágio II: perda parcial da espessura da pele 
Perda parcial da espessura da derme, que se apresenta como uma ferida superficial (rasa) com leito 
vermelho – rosa sem esfacelo. Pode também se apresentar como flictena fechada ou aberta, 
preenchida por líquido seroso ou sero-hemático. Apresenta-se ainda, como uma úlcera brilhante ou 
seca, sem crosta ou equimose (um indicador de lesão profunda). As características deste estágio não 
devem ser confundidas com fissuras de pele, queimaduras por abrasão, dermatite associada à 
incontinência, maceração ou escoriações. 
Estágio III: Perda total da espessura da pele 
Perda total da espessura tecidual. Neste caso, o tecido adiposo subcutâneo pode ser visível, mas não 
estão expostos os ossos, tendões ou músculos. Pode estar presente algum tecido desvitalizado (fibrina 
úmida), mas este não oculta a profundidade da perda tecidual. Pode incluir lesão cavitária e 
encapsulamento. A profundidade de uma úlcera de estágio III varia de acordo com a localização 
anatômica. A asa do nariz, orelhas, região occipital e maléolos não têm tecido subcutâneo e uma 
ulcera de estágio III pode ser superficial. Em contrapartida, em zonas com tecido adiposo abundante 
podem desenvolver-se úlceras por pressão de estágio III extremamente profundas. O osso e o tendão 
não são visíveis ou diretamente palpáveis. 
Estágio IV: Perda total da espessura dos tecidos
Perda total da espessura dos tecidos com exposição dos ossos, tendões ou músculos. Neste caso, o 
tecido desvitalizado (fibrina úmida) e/ou tecido necrótico podem estar presentes. A profundidade de uma 
úlcera por pressão de estágio IV varia com a localização anatômica. Frequentemente são cavitadas e 
fistulizadas. A asa do nariz, orelhas, região occipital e maléolos não têm tecido subcutâneo (adiposo) e estas 
úlceras podem ser superficiais. Uma úlcera de estágio IV pode atingir o músculo e/ou estruturas de suporte 
(fáscia, tendão ou cápsula articular), tornando a osteomielite e a osteíte prováveis de acontecer. Existe osso 
ou músculo visível ou diretamente palpável. 
Outros estágios: 
1. Inclassificáveis/Não graduáveis: Perda total da espessura da pele ou de tecidos – profundidade 
indeterminada. 
2. Perda total da espessura dos tecidos, na qual a profundidade atual da úlcera está bloqueada pela 
presença de tecido necrótico (amarelo, acastanhado, cinzento, verde ou castanho) e/ou escara (tecido 
necrótico amarelo escuro, castanho ou preto) no leito da ferida. 
3. Até que seja removido tecido necrótico suficiente para expor a base da ferida, a verdadeira 
profundidade não pode ser determinada; é no entanto uma úlcera de estágio III ou IV. 
Obs. Uma escara estável (seca, aderente, intacta e sem eritema ou flutuação) nos calcâneos, serve 
como penso biológico natural e não deve ser removida. 
Suspeita de lesão nos tecidos profundos: 
Área vermelha escura ou púrpura localizada em pele intacta e descorada ou flictena preenchida com 
sangue, provocadas por danos no tecido mole subjacente pela pressão e/ou forças de torção. A área pode 
estar rodeada por tecido mais doloroso, firme, mole, úmido, quente ou frio comparativamente ao tecido 
adjacente. A lesão dos tecidos profundos pode ser difícil de identificar em indivíduos com tons de pele 
escuros. A evolução pode incluir uma flictena de espessura fina sobre o leito de uma ferida escura. A ferida 
pode evoluir adicionalmente ficando coberta por uma fina camada de tecido necrótico (escara). A sua 
evolução pode ser rápida expondo outras camadas de tecido adicionais mesmo com o tratamento adequado. 
As seis etapas essenciais de uma estratégia de prevenção de UPP são: 
ETAPA 1 
Avaliação de úlcera por pressão na admissão de todos os pacientes 
A avaliação de admissão dos pacientes apresenta dois componentes: 
- A avaliação do risco de desenvolvimento de UPP e; 
- A avaliação da pele para detectar a existência de UPP ou lesões de pele já instaladas. 
A pronta identificação de pacientes em risco para o desenvolvimento de UPP, por meio 
da utilização de ferramenta validada, permite a adoção imediata de medidas preventivas. A avaliação de risco 
deve contemplar os seguintes fatores: 
a) mobilidade; 
b) incontinência; 
c) déficit sensitivo e; 
d) estado nutricional (incluindo desidratação). 
Obs. A escala de Braden é a ferramenta mais amplamente utilizada dentre as várias disponíveis. Em casos de 
pacientes pediátricos, deve-se utilizar uma ferramenta apropriada, como por exemplo, a escala de Braden Q. 
Todo paciente deverá ser avaliado sistematicamente na admissão. Essa avaliação deve levar em 
consideração as fragilidades, vulnerabilidades e fatores de risco para o desenvolvimento de alterações de 
pele. Devem ser utilizadas escalas preditivas, com elevado grau de confiabilidade e especificidade. A 
avaliação do risco para desenvolvimento de UPP deverá ser executada através da Escala de Braden Q para
crianças de 1 a 5 anos e Escala de Braden para pacientes com mais de 5 anos. A classificação do risco dá-se 
de maneira inversamente proporcional à pontuação, ou seja, quanto maior o número de pontos, menor é a 
classificação de risco para a ocorrência dessa lesão. 
Medidas preventivas para úlcera por pressão conforme classificação de risco 
Os fatores de risco identificados na fase de avaliação fornecem informações para o desenvolvimento do 
plano de cuidados. Segue as recomendações das medidas preventivas conforme a classificação do risco: 
Risco baixo (15 a 18 pontos na escala de Braden). 
Cronograma de mudança de decúbito; 
Otimização da mobilização; 
Proteção do calcanhar; 
Manejo da umidade, nutrição, fricção e cisalhamento, bem como uso 
de superfícies de redistribuição de pressão. 
Risco moderado (13 a 14 pontos na escala de Braden). 
Continuar as intervenções do risco baixo; 
Mudança de decúbito com posicionamento a 30°. 
Risco alto (10 a 12 pontos na escala de Braden). 
Continuar as intervenções do risco moderado; 
Mudança de decúbito frequente; 
Utilização de coxins de espuma para facilitar a lateralização a 30º. 
Risco muito alto (≤ 9 pontos na escala de Braden). 
Continuar as intervenções do risco alto; 
Utilização de superfícies de apoio dinâmico com pequena perda de 
ar, se possível; 
Manejo da dor.
A intubação orotraqueal é um dos mais importantes procedimentos, a princípio médico, utilizado nos 
centros de saúde. Ele decorre da introdução de um tubo na traquéia pela boca (via orotraqueal). A 
introdução do tubo pode ainda ser feita pelo nariz (via nasotraqueal). 
Indicações 
- Checagem de nível de consciência (intubar pacientes que apresentam escala de Glasgow ≤ 8); 
-Em casos de ventilação inadequada; 
- Em casos de parada cardiorespiratória, embora deva-se resguardar os procedimentos de reanimação; 
- Em determinadas cirurgias, como de cabeça e pescoço. 
Equipamentos básicos: 
- Luvas; 
- Estetoscópio; 
- Sistema de aspiração; 
- Laringoscópio (lâmina curva ou reta); 
- Tubo orotraqueal com guia e seringa; 
- Fonte de oxigênio; 
- Fixador de tubo (sendo utilizado em alguns casos fita adesiva); 
- Oxímetro. 
Pode-se ainda fazer uso de sedativos, sendo o midazolan o mais utilizado, e bloqueadores musculares para 
auxiliar na prática e reduzir o desconforto dos pacientes. 
Após a inserção do tubo traqueal o balonete deve ser inflado e a ventilação assistida iniciada. A 
colocação correta do tubo traqueal é sugerida, porém não confirmada, pela ausculta de ruídos 
respiratórios em ambos os campos pulmonares e pela inexistência de borborigmos no epigástrio. A 
presença de ruídos gargarejantes no epigástrio durante a insuflação é sugestiva de intubação 
esofagiana e exige a recolocação do tubo. A medida do dióxido de carbono expirado final, pelo 
método calorimétrico, é eficaz para determinação do posicionamento intratraqueal do tubo, porém 
não é disponibilizado para utilização rotineira em nosso meio. 
O tubo deve ser adequadamente fixado, depois que houver certeza de que encontra-se em posição 
correta. Se o paciente tiver que ser mobilizado, deve-se reavaliar o posicionamento do tubo, para 
certificar-se que está correto. 
Para o paciente inconsciente, que sofreu traumatismo fechado, e que, antecipadamente se sabe, vai 
necessitar de uma via aérea definitiva, deve-se estabelecer a urgência necessária para a obtenção 
desta via aérea. Se não houver necessidade imediata, deve-se, então, providenciar uma radiografia 
da coluna cervical. Quando a radiografia de perfil da coluna cervical for normal, este fato assegura a 
exeqüibilidade de intubação orotraqueal. Entretanto, uma radiografia normal da coluna cervical, em 
perfil, não exclui a existência de lesão da coluna cervical. Por isso, a imobilização da coluna deve 
ser mantida e o procedimento deve ser realizado por duas pessoas, a que vai realizar o 
procedimento, e outra, que irá manter a estabilização manual da cabeça e da coluna cervical que 
deverá estar protegida também pelo colar cervical. 
Técnica de intubação orotraqueal 
01. Ventilar e oxigenar o paciente com Ambú/máscara conectado a uma fonte de O2 a 15 l/m. 
Certificar-se que um aspirador rígido estará prontamente disponível caso seja necessário.
02. Testar o balonete do tubo traqueal. 
03. Um assistente deve imobilizar manualmente o pescoço e a cabeça, que não devem ser 
movimentados sob nenhuma hipótese durante o procedimento. 
04. Segurar o laringoscópio com a mão esquerda. 
05. Inserir o laringoscópio no lado direito da boca do paciente, deslocando a língua para a esquerda. 
06. Examinar a glote e: 
- Utilizando lâmina curva, a extremidade distal da mesma deve avançar até a valécula quando então 
todo conjunto do laringoscópio será tracionado para cima, sem alavanca. Este movimento levantará 
a epiglote expondo as cordas vocais. 
- Utilizando lâmina reta, a extremidade distal da mesma deve avançar diretamente até a epiglote que 
será levantada pela lâmina, sem alavanca, expondo as cordas vocais. 
07. Inserir delicadamente o tubo na traquéia sem aplicar pressão sobre os dentes e as partes moles 
da boca. 
08. Insuflar o balonete do tubo com volume de ar suficiente para conseguir uma vedação adequada. 
Não hiperinsufle o balonete. 
09. Observar visualmente a expansão pulmonar com a ventilação. 
10. Auscultar o tórax e o abdome com estetoscópio para conferir a posição do tubo. 
11. Fixar o tubo. Se o paciente for transportado, a posição do tubo deve ser reavaliada. 
Se a intubação endotraqueal não for conseguida num prazo de 30 segundos, ou no tempo que o 
médico que executa o procedimento consegue manter-se sem respirar, interromper a tentativa e 
ventilar o paciente com ambu e máscara antes de tentar novamente. 
Posicionamento da lâmina do laringoscópio 
Técnica de intubação orotraqueal com estabilização cervical
As complicações pós-intubação endotraqueal têm causas e gravidade muito diversas. Mais 
comumente são complicações laríngeas locais e quanto maior o tempo de intubação maior será o 
risco de elas existirem. Pode haver também complicações extra-laríngeas, como intubação 
esofágica; intubação seletiva, atingindo apenas um dos brônquios; indução ao vômito, levando à 
aspiração; luxação da mandíbula; laceração de partes moles das vias aéreas; trauma das vias aéreas, 
podendo resultar em hemorragia; fratura de dentes; ruptura ou vazamento do balonete do tubo, 
resultando em perda da vedação; lesão da coluna cervical, etc. 
As complicações da intubação endotraqueal podem ser evitadas, entre outras medidas, por: 
 Cuidado na introdução do tubo. 
 Escolha do tamanho ideal do tubo. 
 Imobilização adequada dos pacientes, que não devem mexer a cabeça em hipótese nenhuma, 
durante a colocação do tubo. 
 Cuidados na aspiração traqueal. 
EXTUBAÇÃO: 
Antes de retirar o tubo endotraqueal, deve-se fazer a aspiração completa dele, da orofaringe e das vias 
aéreas, com cuidados para prevenir contaminação e infecção. Ao retirar o tubo, um médico deve ter à mão 
um “ambu”, para o caso de haver necessidade de assistência ventilatória imediatamente após a extubação. 
O “ambu”, também chamado de “reanimador manual”, é composto por um balão, uma válvula 
unidirecional, uma válvula para o reservatório de gás, uma máscara facial e um reservatório de gás, e é 
adequado para ventilação manual do paciente. 
Assistência de enfermagem em ventilação mecânica invasiva 
A equipe de enfermagem, ao prestar assistência ao paciente sob ventilação mecânica, deve sempre 
ter presente que este é o elemento mais importante na situação assistencial e que todos os membros 
da equipe devem trabalhar de forma eficiente e integrada. A atuação da enfermagem na ventilação 
mecânica é intensa, extensa e complexa. 
Na tentativa de propor um eixo norteador da prática de enfermagem na ventilação mecânica, é 
importante que a enfermagem saiba relacionar e executar os cuidados descritos a seguir: 
1 Vigilância constante 
O paciente nunca deve ser deixado sozinho e deve estar localizado de forma a ser visualizado 
continuamente, pois alterações súbitas podem ocorrer, levando à necessidade de ser reavaliada a 
modalidade respiratória à qual o mesmo está sendo submetido. (Olive ira, 2003, p 4 e 5). 
A vigilância contínua inclui a necessidade de uma observação globalizada, constante e rápida, por 
parte de toda a equipe, observando-se os seguintes aspectos: 
Nível de consciência;
Coloração da pele; 
Grau de distensão de veias das regiões: cervical e supra claviculares; 
Padrão respiratório: expansão torácica, simetria e uso de musculatura acessória; 
Batimentos de asa de nariz; 
Avaliação abdominal: ausculta, palpação, percussão e movimentação; 
Sinais vitais; 
Eliminações: vômitos, diurese, evacuações, drenagens por sondas, sudorese 
Pressão venosa central (PVC); 
Sinais de retenção hídrica; 
Circuitos respiratórios: posicionamento, escape de ar, acotovelamento e tracionamento do circuito; 
Avaliação dos sinais vitais e monitorização cardiovascular. 
2 Controle de sinais vitais e monitorização cardiovascular 
Os dados vitais refletem o estado geral do paciente qualquer anormalidade na ventilação mecânica 
refletirá nas suas funções básicas como: frequência respiratória, temperatura, pressão arterial, pulso, 
pressão intracraniana e pressão arterial média, que devem ser periodicamente controladas pela 
enfermagem. Pacientes sob ventilação mecânica com altas pressões, terão as pressões intratorácica e 
intracardíaca elevadas durante a inspiração, refletindo, desta forma, na pressão venosa central 
(PVC), na pressão arterial pulmonar (PAP) e no débito cardíaco (DC). (Furcolin & Bajay, 2006, p 
17). 
Para a verificação da PVC nos pacientes que se encontram sob ventilação mecânica, não é 
necessária a desconexão do circuito nem a alteração do ângulo da cabeceira, pois os parâmetros 
sofrem mínima alteração nos resultados, desde que tenha sido usado este critério no momento da 
instalação da coluna da PVC em relação ao ponto zero. Esta orientação deve ser uniforme para 
todos os horários de verificação. (Furcolin & Bajay, 2006, p 17). 
Dentre as alterações relacionadas às consequências da ventilação, poderiam ser citados a 
bradicardia associada ao baixo débito cardíaco (que pode indicar fluxo inadequado nas coronárias) e 
o aumento da frequência respiratória (que pode indicar hipoxemia). A ventilação inadequada ou a 
presença de hipoxemia pode desencadear no paciente, desorientação, hipertensão ou hipotensão e 
‘arritmias, principalmente taquicardia ou bradicardia repetitivas. A enfermagem deve ser capaz de 
reconhecer e diferenciar os sinais e sintomas de hipoxemia e a manifestação de angústia 
respiratória. Na hipoxemia, especialmente em se tratando de insuficiência aguda, observa-se 
cianose, bradicardia e hipotensão arterial; na angustia respiratória, sudorese, taquicardia, 
hipertensão, agitação e o paciente “compete” com o ventilador. (Furcolin & Bajay, 2006, p 17).
3 Monitorização de trocas gasosas e padrão respiratório 
Observar o padrão respiratório do paciente a expansão e as deformidades na parede torácica, na 
tentativa de detectar precocemente situações como pneumotórax, barotrauma, entre outras 
patologias que diminuem a expansibilidade torácica; 
Observar e controlar dor torácica, pois esta pode provocar hipoventilação e diminuição da expansão 
pulmonar, levando à hipóxia; 
Monitorizar as trocas gasosas através da gasometria arterial e da capnografia e oximetria de pulso. 
3.1 Na capnografia 
Monitorar valores de PetCO2 de 25 a 3OmmHg, pois valores maiores sugerem insuficiência de 
troca gasosa; 
Evitar obstrução do capilar do capnógrafo por muco de condensação, pois com isto ocorre tempo de 
resposta mais longo, indicando valores baixos de PCO2; 
Evitar condensação de vapor de água no circuito do ventilador para que as leituras não sejam 
falsamente elevadas; 
Manter o sensor próximo ao tubo orotraqueal; 
Calibrar o equipamento de 12 em 12 horas, para maior fidedignidade da leitura. 
3.2 Na oximetria de pulso 
Monitorar constantemente a saturação de oxigênio, que deve ser mantida igual a (ou maior do que) 
95%; 
Escolher o local adequado de acordo com o tipo do sensor (digital ou auricular); 
Manter oximetria fidedigna, observando as condições que podem interferir na leitura: sensor em 
local inadequado, luminosidade, movimentação ou tremores do paciente, vasoconstrição, 
hipotermia, uso de esmalte , hiperbilirrubinemia, hiperpigmentação da pele do paciente, 
hipotensão; 
Observar constantemente se o sensor está conectado ao paciente; 
Avaliar o grau de perfusão periférica (cianose); 
Realizar o rodízio do local do sensor; 
Observar sinais vitais, pois taquicardia e taquipnéia são parâmetros indicativos de hipóxia; 
Proceder à ausculta pulmonar, observando ruídos adventícios;
Em razão da não ventilação dos pulmões, a conduta de emergência recomendada é a pronta 
desconexão do paciente do ventilador e a instalação da ventilação manual com ressuscitador, desde 
que não seja em decorrência de alteração da complacência pulmonar ou por aumento na resistência 
de vias aéreas. 
4 Observação dos sinais neurológicos 
Segundo Furcolin & Bajay, (2006) a evolução de nível de consciência, os sinais, oculares como: 
miose, midríase, fotomotricidade e simetria, o reflexo córneo-palpebral, as respostas 
neuromusculares aos estímulos dolorosos, os reflexos da tosse e movimentos respiratórios devem 
ser constante e criteriosamente observados. 
As alterações do nível de consciência tais como agitação, inquietação ou depressão, podem ser 
sinais de hipoventilação provocada pela retenção de gás carbônico e diminuição da perfusão 
cerebral relacionada com o aumento da pressão intratorácica. 
5 Aspiração de secreções pulmonares 
A obstrução das vias aéreas por aumento de secreções estimula a tosse, gerando pressão 
intrapulmonar aumentada, na qual se apoiará a pressão preestabelecida do ventilador, diminuindo o 
volume corrente. 
Aspirar secreções sempre que necessário, utilizando, técnica asséptica, acompanhada pela oximetria 
de pulso; respeitando o tempo de aspiração, a escolha do calibre da sonda, a sequencia no ato de 
aspirar e a oxigenação prévia a 100%, de acordo com o protocolo de cada serviço; 
Proceder à ausculta pulmonar antes e após aspiração; 
Investigar áreas de resistência ou obstrução do tubo endotraqueal; 
Caso a obstrução seja devida ao acúmulo de secreções, tentar desobstruir injetando água destilada 
estéril/soro fisiológico de acordo com protocolo do serviço e aspirar em seguida; 
Observar e registrar : características da secreção: tipo, cor e odor, pois estes elementos são 
indicativos de infecção pulmonar ou fistula traqueoesofágica; 
Secreção espessa em grande quantidade quase sempre indica má aspiração e má umidificação; 
Em pacientes neonatais, o tempo da aspiração não deverá ultrapassar dez segundos. A aspiração 
prolongada causando oclusão do tubo traqueal é uma das causas de barotrauma. É preferível fazer 
aspiração de curta duração, observando-se sempre o nível oxímetro de pulso. Vale salientar que, 
quanto mais próximo o sensor do oxímetro estiver da área pulmonar, mais fidedigna será a leitura; 
Os neonatos em uso de sonda nasal deverão ser submetidos periodicamente (a cada duas horas) à 
instilação com soro fisiológico, e logo após, aspiração das narinas, para que as mesmas estejam 
sempre desobstruídas; 
Observar sinais de hiperinsuflação;
Observar programação do ventilador quanto ao volume corrente predeterminado. Observar a, 
quantidade de oxigênio oferecido (FIO2). 
6 Higiene oral, fixação, mobilização do TOT troca do TQT 
A higiene oral deve ser realizada de 4 em 4 horas com solução anti-séptica. 
A troca do posicionamento e fixação do TOT implica, preferencialmente, a presença de dois 
profissionais, com a finalidade de evitar o risco de extubação acidental ou de mobilização do TOT 
da posição correta, que pode provocar intubação seletiva. 
A troca da fixação faz-se necessária, tendo em vista a limpeza do mesmo e a prevenção de escara na 
região bucal e região auricular. Deve ser feita diariamente e sempre que necessária. 
A fixação do TOT deve ser preferencialmente centralizada, pois, desta forma, diminui o risco de 
erosão da comissura labial. 
A troca da posição do TOT deve ser feita, no mínimo, a cada 12 horas, evitando-se, assim, lesões 
em língua e lábios. 
É interessante, marcar a altura do TOT ao nível da comissura labial, reposicionando-o se necessário. 
Evitar tracionamento do TOT/TQT para que não ocorram lesões traqueais com a mobilização do 
balão cuff insuflado. 
Evitar manipulação excessiva da cabeça, atentar para reflexo exacerbado da deglutição, tosse e 
agitação psicomotora. 
Em caso de TQT, realizar palpação em região cervical e torácica, pois, nas primeiras 48 a 72 horas, 
pode haver formação de enfisema subcutâneo, hemorragias e lesões cervicais pela fixação 
inadequada. 
Não se recomenda a troca periódica do TQT, exceto na existência de problemas mecânicos que 
possam interferir na ventilação. 
Nos pacientes neonatais, o tubo traqueal deverá ser introduzido, sempre que possível, por via nasal, 
pois isto facilita a fixação. Esta deverá ser trocada diariamente pelo enfermeiro ou quando se fizer 
necessário, anotando o número correspondente do tubo em relação à asa do nariz e colocando esta 
numeração de forma visível no leito do paciente. Quando for processada a fixação, deve-se proteger 
a pele do paciente com tintura de benjoim e colocar fita hipoalergênica antes de fixar o tubo com 
esparadrapo comum, pois se evita, assim, a escarificação da pele ao retirá-lo, evitando-se também 
mais uma porta de entrada aos microorganismos. O tubo deverá ser ajustado confortavelmente 
dentro da narina, sem que haja pressão excessiva sobre a asa do nariz, para evitar necrose. (Furcolin 
& Bajay, 2006, p 24). 
7 Controle de pressão do balonete 
Furcolin & Bajay (2006), chama nos a atenção para um dos mais importantes riscos da intubação 
traqueal prolongada é a lesão da laringe e da traqueia. O balonete insuflado pode acarretar necrose
da mesma ou ainda fistula traqueoesofágica. Na tentativa de minimizar esta ocorrência, algumas 
medidas podem ser tomadas pela enfermagem, tais como: 
Insuflar o balonete com volume de ar suficiente para impedir escape de ar e movimentação do tubo 
na traqueia. A insuflação do cuff deve ser verificada, no mínimo, a cada 12 horas. Em casos de 
escape de ar, o balonete pode estar danificado ou furado, nestes casos deve ser providenciada 
imediatamente a troca do mesmo; 
Manter e conferir a pressão no interior do balonete, que deve ser inferior à 25mmHg; 
Atentar para sinais e sintomas de extubação inadvertida que incluem: vocalização, disparo do 
alarme de pressão baixa, alterações na ausculta respiratória e distensão gástrica; 
Atentar continuamente para sinais e sintomas de tubo traqueal mal posicionado que incluem: 
dispneia, desvio da traqueia, agitação, mudanças unilaterais na ausculta, esforço respiratório 
aumentado, expansão torácica assimétrica e evidência radiológica da extremidade distal do tubo 
endotraqueal a menos de 2 cm ou a mais de 8cm acima da carina. 
8 Monitorização do balanço hidroeletrolítico e peso corporal 
Na tentativa de estabelecer um controle, é importante pesar o paciente sempre que possível. O peso 
é demonstrativo do balanço hídrico do paciente. E comum encontrar ganho de peso no paciente em 
ventilação mecânica. Deve-se estar atento aos níveis de potássio, cálcio, magnésio, sódio e fósforo, 
pois estes eletrólitos influenciam diretamente na estabilidade hemodinâmica e na força da 
musculatura respiratória. 
9 Controle do nível nutricional 
Como a ingestão nutricional está limitada pela intubação, deve-se ser dada atenção extra a ela para 
garantir uma nutrição enteral e parenteral adequada. A associação entre o estado nutricional e a 
função pulmonar está bem estabelecida, na medida em que a nutrição inadequada diminui a massa 
muscular do diafragma, reduzindo o desempenho da função pulmonar e aumentando os requisitos 
de ventilação mecânica. Manter a cabeceira elevada a 45°, se não houver contra-indicação; 
Obedecer rigorosamente aos horários de administração das dietas , garantindo a sua ingestão de 
forma adequada; 
Cuidados especiais aos balonetes das cânulas devem ser observados neste momento, certificando-se 
da insuflação dos mesmos, durante a administração das dietas . 
10 Umidificação e aquecimento do gás inalado 
Sobre a umidificação e aquecimento do gás inalado Furcolin & Bajay (2006) afirma que o gás seco 
é altamente prejudicial para as vias aéreas, pois causa ressecamento e inflamação da mucosa. Nos 
ventiladores que usam água, a água dos umidificadores deverá ser trocada diariamente e sempre que 
for preciso para manter o nível adequado. É importante ressaltar que o nível da água não deve ser
complementado e, sim, ela ser completamente substituída. A água dos ventiladores pode tomar-se 
um meio de cultura para microorganismos resistente. 
A adequação do nível da água no umidificador é necessária para não ocorrer ressecamento ou hiper-hidratação 
das secreções. Deve-se estar atento à temperatura de aquecedores e alarmes. A 
temperatura do vapor úmido, ao chegar à cânula, deve ser em torno de 30 a 32C, pois é a 
temperatura fisiológica protetora da mucosa ciliada e de outras estruturas. Já nos casos de utilização 
de filtros de barreira, a escolha é feita com base no peso corporal do paciente e no tipo de secreção, 
estando contra-indicados para o caso de secreção espessa e hipersecreção. Estes filtros devem ser 
trocados a cada 24 horas e sempre que necessário. (Furcolin & Bajay, 2006, p 30). 
11 Observação do circuito do ventilador 
Esvaziar a água condensada no circuito, sempre que necessário, pois ela aumenta a resistência, a 
PEEP e a contaminação. Evitar adaptações nos circuitos, elas podem promover o escape aéreo, o 
que sugere inadequação na quantidade e no fluxo oferecido ao paciente, causando hipoventilação. 
Trocar os circuitos dos ventiladores sempre que necessário. (Furcolin & Bajay, 2006, p 31). 
12 Observação dos alarmes do ventilador 
Para uma avaliação e uma conduta adequada, nos casos disfunção do ventilador é importante 
determinar o motivo do disparo dos vários alarmes existentes nos ventiladores mecânicos, bem 
como conhecer os parâmetros utilizados. (Furcolin & Bajay, 2006, p 31). 
13 Nível de sedação do paciente e utilização de bloqueadores neuromusculares 
Furcolin & Bajay (2006) sugere que os pacientes em uso de ventilação mecânica geralmente 
utilizam bloqueadores neuromusculares e sedativos, a enfermagem deve: 
Observar e controlar o fluxo da droga prescrita; 
Avaliar a eficácia da terapêutica implementada (evidenciada por um sincronismo paciente x 
ventilador); 
Atentar para possíveis efeitos colaterais, tais como: tremores, taquicardia e hipertensão ou 
hipotensão arterial. 
14 Observação do sincronismo entre o paciente e a máquina 
Furcolin & Bajay (2006) aborda também que a falta de sincronismo pode ocorrer em algumas 
situações, como: o paciente ventilado em modo controlado ou assistido sem uma adequada sedação. 
Erro de programação de fluxo no aparelho.
15 Preenchimento de formulários de controle 
Anotar, registrar , prescrever são funções importantes do enfermeiro. No registro devem constar: 
Modalidade ventilatória; 
Valores de oxicapnografia; 
PEEP e auto-PEEP; 
Número de dias de intubação. 
16 Comunicação e apoio emocional ao paciente 
É muito importante que seja estabelecida uma comunicação efetiva entre a equipe de enfermagem e 
o paciente. O mesmo deve ser esclarecido quanto a todas as dúvidas que possam surgir inclusive às 
relacionadas à sua localização no tempo e no espaço, além disso, deve ser explicada, sempre que 
possível, a função dos equipamentos de monitorização, do tubo orotraqueal (TOT) e do ventilador. 
Isto é extremamente importante, pois os pacientes mais orientados tendem a ser mais cooperativos, 
influenciando na sua adaptação à ventilação mecânica. (Barbas & Rothman, 1994, p 312-346). 
Deve ser permitido ao paciente expressar-se, através de gesto ou da escrita. Para isto, a equipe deve 
prover meios alternativos de comunicação, seja com o uso de gestos, cartões, ou lápis e papel . O 
profissional da equipe de enfermagem deve transmitir conforto e segurança ao paciente, 
comunicando-se com ele, mesmo se ele não estiver plenamente consciente. (Barbas & Rothman, 
1994, p 312-346). 
17 Controle de infecção 
Barbas & Rothman (1994), afirmam que o paciente intubado perde suas barreiras naturais de defesa 
das vias aéreas superiores. Além disso, a equipe de saúde, através das suas mãos e do equipamento 
respiratório, constitui a maior fonte de contaminação exógena. 
Lavar as mãos; 
Utilizar corretamente as precauções básicas de barreira; 
Utilizar técnicas corretas de aspiração traqueal; 
Providenciar, esterilização adequada dos circuitos respiratórios; 
Proteger a extremidade distal do circuito respiratório ao desconectar do paciente; 
Fazer acompanhamento do resultado de culturas. 
18 Desmame
Deve ser iniciado quando atendidas as exigências de estabilidade clínica, hemodinâmica, funcional 
respiratória e gasométrica. 
Observar o nível de consciência e colaboração do paciente; 
Avaliar valores de oxicapnografia e hemogasometria; 
Padrão respiratório. 
18.1 Cuidados na extubação 
Suspender dieta enteral; 
Manter cabeceira elevada a 45°; 
Fazer aspiração na seqüência traqueo-naso-oral antes da retirada do TOT/TQT; 
Depois da retirada do TOT/TQT, observar padrão respiratório e oximetria de pulso; 
Fazer acompanhamento hemogasométrico; 
Fazer instalação de oxigenoterapia de acordo com prescrição médica; 
Fazer verificação e registro, de 15 em 15 minutos, da FR, FC e SaO2 nas duas primeiras horas após 
a extubação traqueal.

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Drogas vasoativas e suas ações

  • 1. 1. DROGAS VASOATIVAS O termo droga vasoativa é atribuído às substâncias que apresentam efeitos vasculares periféricos, pulmonares ou cardíacos, sejam eles diretos ou indiretos, atuando em pequenas doses e com respostas dose dependente de efeito rápido e curto, através de receptores situados no endotélio vascular. Então, a maioria das vezes, é necessário o uso da monitorização hemodinâmica, invasiva, quando da utilização dessas substâncias, pois suas potentes ações determinam mudanças drásticas tanto em parâmetros circulatórios como respiratórios, podendo, do seu uso inadequado, advirem efeitos colaterais indesejáveis, graves e deletérios, que obrigam sua suspensão. A oferta de oxigênio aos tecidos depende diretamente do débito cardíaco e do conteúdo arterial de oxigênio. Por outro lado, o consumo de oxigênio varia de acordo com necessidades metabólicas, sendo estas extremamente mutáveis e dependentes dos mecanismos envolvidos na agressão e integridade teciduais. As drogas vasoativas têm ação, principalmente, sobre os parâmetros que regulam o débito cardíaco, o qual é determinado pelo produto do volume sistólico e frequência cardíaca. O volume sistólico depende das pressões e dos volumes de enchimento ventricular (pré-carga), da contratilidade do miocárdio e da resistência ao esvaziamento ventricular (pós-carga) A perfusão tecidual e a oxigenação celular representam o mais importante objetivo da circulação, que é o suprimento do metabolismo corporal mesmo em condições não ideais. A oferta de oxigênio é a medida mais direta da função circulatória e o consumo de oxigênio é a medida mais direta da atividade metabólica. Imagina-se, então, que a distribuição inadequada de oxigênio, em face da demanda metabólica aumentada devido a fatores como trauma, perda de sangue e infecção, produzam hipoxemia tecidual, disfunção orgânica e morte.
  • 2. O conhecimento sobre as indicações, limitações e efeitos hemodinâmicos das drogas vasoativas é essencial para uma utilização consciente e crítica desses potentes medicamentos, pois estes podem se tornar uma importante causa de iatrogenia, caso utilizados de maneira inadequada. As drogas vasoativas mais empregadas são as catecolaminas, também denominadas aminas vasoativas ou drogas simpatomiméticas. Dentre elas, destacam- se a noradrenalina (NA), a adrenalina, a dopamina, a dopexamina, a dobutamina e o isoproterenol. Dispomos, também, da amrinone e dos vasodilatadores (nitroprussiato de sódio, nitratos, clorpromazina, prazozin,captopril, enalapril e bloqueadores de cálcio). CATECOLAMINAS As ações das catecolaminas são determinadas pelas ligações dessas drogas às três classes principais de receptores: alfa, beta e dopa. Esses receptores são apresentados na Tabela 1. Tabela 1 Diferentes tipos de receptores, sua localização e efeitos. Fonte: OSTINI ET AL, 2008 CLASSIFICAÇÃO DAS CATECOLAMINAS DOPAMINA: é o precursor imediato da noradrenalina. Possui inúmeros efeitos, pois estimula todos os tipos de receptores, sendo estes dose-dependentes. Em baixas doses, possui efeito dopaminérgico predominante, causando aumento do débito cardíaco; diminuição da resistência vascular sistêmica e vasodilatação renal e mesentérica. Em doses médias, possui um efeito beta predominante, aumentando o débito cardíaco; a pressão arterial e a diurese. Em doses elevadas, o
  • 3. efeito predominante é o alfa, causando aumento da resistência vascular sistêmica e da pressão arterial e diminuição do fluxo sanguíneo renal. Assim, as indicações principais da dopamina estão relacionadas aos estados de baixo débito com volemia controlada ou aumentada (efeito beta adrenérgico). Pelo fato de essa droga vasoativa possuir, em baixas doses, um efeito vasodilatador renal, é também indicada em situações nas quais os parâmetros hemodinâmicos estejam estáveis, porém com oligúria persistente (efeito dopaminérgico). Ela pode, também, ser utilizada em condições de choque com resistência periférica diminuída (efeito alfa adrenérgico). DOBUTAMINA: é uma droga simpatomimética sintética, com ação predominantemente beta 1 agonista. Esta droga possui baixa afinidade por receptores beta 2 e é quase desprovida de efeitos alfa adrenérgicos. A dobutamina apresenta poucos efeitos sobre a frequência cardíaca, aumenta a contratilidade miocárdica e o índice cardíaco, não agindo sobre a resistência vascular periférica. A droga é utilizada para melhorar a função ventricular e o desempenho cardíaco, em pacientes nos quais a disfunção ventricular acarreta diminuição no volume sistólico e no débito cardíaco como por exemplo, choque cardiogênico e insuficiência cardíaca congestiva. O consumo de oxigênio do miocárdio, sob o uso da dobutamina, é menor do que sob a ação de outras catecolaminas. A dobutamina perde seu efeito hemodinâmico durante infusão prolongada, presumivelmente por causa da diminuição da atividade dos receptores adrenérgicos (“down regulation”), mas mantém o seu efeito hemodinâmico melhor que a dopamina, uma vez que esta depleta as reservas de noradrenalina do miocárdio). A dobutamina possui vida média de dois (2) minutos, seu início de ação é rápido, não havendo, então, necessidade de dose de ataque. A sua excreção é renal. Além disso, a dobutamina apresenta poucos efeitos sobre a FC, aumenta a contratilidade miocárdica e o índice cardíaco, não agindo sobre a resistência vascular, periférica, em doses médias. NORADRENALINA: é o neurotransmissor do sistema nervoso simpático e precursor da adrenalina. A noradrenalina possui atividade tanto no receptor alfa, como beta 1 adrenérgico, com pouca ação sobre receptores beta 2. Dependendo da dose utilizada, obtém-se aumento do volume sistólico, diminuição reflexa da frequência cardíaca e importante vasoconstrição periférica, com aumento da pressão arterial. A noradrenalina é também um potente vasoconstritor visceral e renal, o que limita sua utilização clínica. É também vasoconstritora sobre a rede vascular, sistêmica e pulmonar, e deve ser usada com prudência, em pacientes com hipertensão pulmonar. Por outro lado, é uma droga de eleição no choque séptico, cuja finalidade é elevar a PA em pacientes hipotensos, que não responderam à ressuscitação por volume e a outros inotrópicos menos potentes.
  • 4. A noradrenalina é uma droga de eleição no choque séptico, cuja finalidade é elevar a PA em pacientes hipotensos, que não responderam à ressuscitação por volume e a outros inotrópicos menos potentes. Além disso, essa potente droga vasoativa é quase sempre utilizada durante as manobras da ressuscitação cardiopulmonar (RCP), como droga vasoconstritora. A droga é rapidamente eliminada do plasma após a sua administração intravenosa, com vida média de dois (2) a dois e meio (2,5) minutos, embora haja grande variação individual. A sua degradação é hepática e a eliminação renal. ADRENALINA: é um potente estimulador alfa e beta adrenérgico, cujo efeito vasopressor é muito conhecido. O mecanismo da elevação da pressão arterial causado pela adrenalina, é devido a uma ação direta no miocárdio, com aumento da contração ventricular, um aumento da freqüência cardíaca e uma vasoconstrição em muitos leitos vasculares (arteríolas da pele, rins e vênulas). Na musculatura lisa, sua ação predominante é de relaxamento através da ativação de receptores alfa e beta adrenérgicos. A droga exerce também broncodilatação, pela interação com receptores beta 2 do músculo liso bronquial, combinada à inibição da degranulação de mastócitos. A adrenalina também eleva as concentrações de glicose (aumento da neoglicogênese e inibição da secreção de insulina e do lactato sérico. As principais indicações da adrenalina incluem estados de choque circulatório que não respondem às outras catecolaminas menos potentes, em particular no choque cardiogênico, quando de uso combinado com agentes redutores da pós-carga. Recomenda-se esta droga no tratamento de brocoespamos severos. É também indicada no tratamento da anafilaxia e, durante as manobras de ressuscitação cardiopulmonar, é o agente farmacológico de efeito vasoconstritor mais eficaz. A absorção da adrenalina, quando administrada por via subcutânea, é lenta. Todavia, é mais rápida, quando usada por via intravenosa ou intramuscular. As ações se restringem ao trato respiratório, quando a droga é nebulizada, podendo, entretanto, ocorrerem reações sistêmicas, acompanhadas de arritmias. A sua metabolização é hepática, sendo que sua vida média é de, aproximadamente, três (3) minutos. ISOPROTERENOL: é uma catecolamina sintética, de estrutura semelhante à adrenalina. É um potente agonista beta adrenérgico, com afinidade muito baixa pelos receptores alfa. Portanto, exerce efeitos potentes no sistema cardiovascular, como aumento da contratilidade, freqüência e velocidade de condução do estímulo elétrico cardíaco. Observa-se um aumento no débito cardíaco e no consumo de oxigênio do miocárdio. A estimulação dos receptores beta adrenérgicos resulta num relaxamento da musculatura lisa vascular ao mesmo tempo em que a resistência vascular sistêmica e a pressão diastólica caem. O músculo liso da via aérea brônquica e vascular pulmonar também são relaxados pelo isoproterenol, ocasionando uma diminuição da resistência vascular pulmonar e reversão de broncoespamos. Está indicado principalmente nas síndromes de baixo débito com pressões de enchimento elevadas e resistência periférica e pulmonar também elevadas (choque
  • 5. cardiogênico). É também indicado para tratar os casos de bradicardia com repercussão hemodinâmica até que uma terapia definitiva (marcapasso) seja utilizada. O músculo liso da via aérea, brônquica e vascular, pulmonar também são relaxados pelo Isoproterenol, ocasionando uma diminuição da resistência vascular, pulmonar e reversão de broncoespamos. Esse efeito pode levar a situações de aumento do “shunt” intrapulmonar por alteração da relação ventilação/perfusão, com predomínio da perfusão, agravando a hipoxemia arterial. O isoproterenol não produz o mesmo grau de hiperglicemia que a adrenalina, provavelmente porque a estimulação beta adrenérgica aumenta a liberação de insulina. A droga pode ser absorvida, quando administrada por via parenteral ou na forma de aerossol, sendo metabolizada, primariamente, no fígado e em outros tecidos pela COMT, possuindo uma meia-vida de cerca de dois (2) minutos. DOPEXAMINA: é uma catecolamina sintética com atividade dopaminérgica e beta 2 agonista, com fraco efeito beta 1 adrenérgico e ausência de efeitos em receptores alfa. Quando comparada à dopamina, a dopexamina tem menor potência ao estimular receptores dopaminérgicos, ao passo que seus efeitos beta 2 são cerca de sessenta vezes mais potentes. Assim, o estímulo de receptores beta resulta em aumento no débito cardíaco, queda da resistência vascular sistêmica e aumento no volume urinário e na excreção de sódio, por estimulação dopaminérgica. Além disso, a droga potencializa os efeitos da noradrenalina endógena, pelo bloqueio da recaptação da mesma. A dopexamina pode ser utilizada no tratamento da insuficiência cardíaca aguda e congestiva e nos pacientes em pós-operatório de cirurgia cardíaca, que evoluem com baixo débito. Além disso, a dopexamina pode, também, ser utilizada no choque séptico, em associação com a noradrenalina, na tentativa de prevenção da insuficiência renal aguda e no incremento do fluxo mesentérico e da perfusão gastrintestinal. VASODILATADORES A falência circulatória aguda possui muitas etiologias, porém os mecanismos determinantes são: a diminuição do volume circulante, a diminuição do débito cardíaco e a diminuição da resistência vascular periférica. O uso de drogas com ação vasodilatadora é útil nos casos em que a reposição volêmica adequada e a otimização do débito cardíaco com os agentes inotrópicos, já mencionados, não reverteram a condição de baixo débito persistente. O uso de vasodilatadores não altera significativamente a frequência cardíaca e, particularmente, o vasodilatador mais utilizado em terapia intensiva é o nitroprussiato de sódio.
  • 6. Nitroprussiato de sódio: é um vasodilatador misto, com efeitos sobre os territórios arterial e venoso. Age diretamente na musculatura lisa vascular. Não apresenta efeito direto sobre as fibras musculares cardíacas, sendo seu incremento no débito cardíaco devido à ação vasodilatadora. O fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular são mantidos e a secreção de renina, pelo organismo, é aumentada. A droga promove então, diminuição da resistência periférica total, da pressão arterial e do consumo de oxigênio do miocárdio, pouca alteração da frequência cardíaca e diminuição da resistência vascular pulmonar. O metabólito ativo da droga é o óxido nítrico, que parece ser o responsável pela ação vasodilatadora. O nitroprussiato de sódio é uma molécula instável, que sofre decomposição em condições alcalinas e quando exposto à luz. É indicado no tratamento das emergências hipertensivas e como droga auxiliar nos estados de choque circulatório, com pressões de enchimento ventricular e resistência periférica aumentadas. Os estados de baixo débito, associados à disfunção celular grave são de ocorrência relativamente comum nas Unidades de Terapia Intensiva. O emprego das drogas vasoativas é de importância vital para a reversão desta situação, melhorando o prognóstico e a sobrevida dos pacientes. Essas drogas possuem, em geral, ação rápida e potente, porém seu índice terapêutico é baixo, devendo ser administradas mediante adequada monitorização hemodinâmica e laboratorial. Referências OSTINI FM et al. The use of vasoactives drugs in the intensive care unit. Medicina, Ribeirão Preto, 31: 400-411, july/sept. 1998. CINTRA, E.A; NISHIDE, V.M.; NUNES, W.A. Assistência de Enfermagem ao Paciente Gravemente Enfermo. São Paulo: Atheneu, 2003.
  • 7. 2. ÚLCERAS POR PRESSÃO Uma das consequências mais comuns, resultante de longa permanência em hospitais, é o aparecimento de alterações de pele. A manutenção da integridade da pele dos pacientes restritos ao leito tem por base o conhecimento e a aplicação de medidas de cuidado relativamente simples. A maioria das recomendações para avaliação da pele e as medidas preventivas podem ser utilizadas de maneira universal, ou seja, tem validade tanto para a prevenção de úlcera por pressão (UPP) como paraquaisquer outras lesões da pele. A úlcera por pressão é considerada qualquer lesão que se desenvolve a partir da pressão prolongada sobre tecidos moles ou superfície da pele que causa dano ao tecido subjacente, principalmente em locais de proeminências ósseas, sendo sua gravidade associada à intensidade e duração da pressão e a tolerância dos tecidos. E apesar dos avanços nos cuidados em saúde nos últimos anos, as úlceras por pressão continuam sendo uma importante causa de morbidade e mortalidade, cons tituindo grande impacto na qualidade de vida do paciente e de seus familiares, gerando um problema social, econômico e de saúde pública. A úlcera por pressão é uma ferida crônica por ser de longa duração e com reincidência frequente, de cicatrização difícil, uma vez que ocorre considerável desconforto e dor, influenciando no aumento de dias de permanência no hospital, dificultando o retorno ao convívio familiar. Também induz à necessidade de tratamentos cirúrgicos, fisioterápicos e medicamentosos, aumentando os custos hospitalares e risco de infecção secundária, além de afetar a autoimagem e autoestima dos pacientes, levando-os a evidenciar problemas emocionais, psicossociais e econômicos. Para tanto, torna-se importante reconhecer a úlcera por pressão como um problema extenso, capaz de interferir na qualidade de vida do paciente. Neste sentido, além do desconforto e sofrimento causados ao paciente que já se encontra enfermo, o tratamento constitui um gasto financeiro muito maior do que a prevenção3. Ao evitar as úlceras por pressão, diminuem- se os custos diretos e indiretos, a permanência do cliente em ambiente hospitalar e consequentemente o risco de infecções secundárias que pode resultar em morte por septicemia. O Estadiamento de Ulceras Por Pressão – UPP auxilia na descrição clínica da profundidade observável de destruição tecidual, são: Estágio I: eritema não branqueável Pele intacta, com rubor não branqueável, numa área localizada, normalmente sobre uma proeminência óssea. O estágio I pode ser difícil de identificar em indivíduos com tons de pele escuros, visto que nestes o branqueamento pode não ser visível, a sua cor, porém, pode ser diferente da pele ao redor. A área pode estar dolorida, endurecida, mole, mais quente ou mais fria comparativamente ao tecido adjacente. Este estágio pode ser indicativo de pessoas “em risco”. 1. Estágio II: perda parcial da espessura da pele Perda parcial da espessura da derme, que se apresenta como uma ferida superficial (rasa) com leito vermelho – rosa sem esfacelo. Pode também se apresentar como flictena fechada ou aberta, preenchida por líquido seroso ou sero-hemático. Apresenta-se ainda, como uma úlcera brilhante ou seca, sem crosta ou equimose (um indicador de lesão profunda). As características deste estágio não devem ser confundidas com fissuras de pele, queimaduras por abrasão, dermatite associada à incontinência, maceração ou escoriações. Estágio III: Perda total da espessura da pele Perda total da espessura tecidual. Neste caso, o tecido adiposo subcutâneo pode ser visível, mas não estão expostos os ossos, tendões ou músculos. Pode estar presente algum tecido desvitalizado (fibrina úmida), mas este não oculta a profundidade da perda tecidual. Pode incluir lesão cavitária e encapsulamento. A profundidade de uma úlcera de estágio III varia de acordo com a localização anatômica. A asa do nariz, orelhas, região occipital e maléolos não têm tecido subcutâneo e uma ulcera de estágio III pode ser superficial. Em contrapartida, em zonas com tecido adiposo abundante podem desenvolver-se úlceras por pressão de estágio III extremamente profundas. O osso e o tendão não são visíveis ou diretamente palpáveis. Estágio IV: Perda total da espessura dos tecidos
  • 8. Perda total da espessura dos tecidos com exposição dos ossos, tendões ou músculos. Neste caso, o tecido desvitalizado (fibrina úmida) e/ou tecido necrótico podem estar presentes. A profundidade de uma úlcera por pressão de estágio IV varia com a localização anatômica. Frequentemente são cavitadas e fistulizadas. A asa do nariz, orelhas, região occipital e maléolos não têm tecido subcutâneo (adiposo) e estas úlceras podem ser superficiais. Uma úlcera de estágio IV pode atingir o músculo e/ou estruturas de suporte (fáscia, tendão ou cápsula articular), tornando a osteomielite e a osteíte prováveis de acontecer. Existe osso ou músculo visível ou diretamente palpável. Outros estágios: 1. Inclassificáveis/Não graduáveis: Perda total da espessura da pele ou de tecidos – profundidade indeterminada. 2. Perda total da espessura dos tecidos, na qual a profundidade atual da úlcera está bloqueada pela presença de tecido necrótico (amarelo, acastanhado, cinzento, verde ou castanho) e/ou escara (tecido necrótico amarelo escuro, castanho ou preto) no leito da ferida. 3. Até que seja removido tecido necrótico suficiente para expor a base da ferida, a verdadeira profundidade não pode ser determinada; é no entanto uma úlcera de estágio III ou IV. Obs. Uma escara estável (seca, aderente, intacta e sem eritema ou flutuação) nos calcâneos, serve como penso biológico natural e não deve ser removida. Suspeita de lesão nos tecidos profundos: Área vermelha escura ou púrpura localizada em pele intacta e descorada ou flictena preenchida com sangue, provocadas por danos no tecido mole subjacente pela pressão e/ou forças de torção. A área pode estar rodeada por tecido mais doloroso, firme, mole, úmido, quente ou frio comparativamente ao tecido adjacente. A lesão dos tecidos profundos pode ser difícil de identificar em indivíduos com tons de pele escuros. A evolução pode incluir uma flictena de espessura fina sobre o leito de uma ferida escura. A ferida pode evoluir adicionalmente ficando coberta por uma fina camada de tecido necrótico (escara). A sua evolução pode ser rápida expondo outras camadas de tecido adicionais mesmo com o tratamento adequado. As seis etapas essenciais de uma estratégia de prevenção de UPP são: ETAPA 1 Avaliação de úlcera por pressão na admissão de todos os pacientes A avaliação de admissão dos pacientes apresenta dois componentes: - A avaliação do risco de desenvolvimento de UPP e; - A avaliação da pele para detectar a existência de UPP ou lesões de pele já instaladas. A pronta identificação de pacientes em risco para o desenvolvimento de UPP, por meio da utilização de ferramenta validada, permite a adoção imediata de medidas preventivas. A avaliação de risco deve contemplar os seguintes fatores: a) mobilidade; b) incontinência; c) déficit sensitivo e; d) estado nutricional (incluindo desidratação). Obs. A escala de Braden é a ferramenta mais amplamente utilizada dentre as várias disponíveis. Em casos de pacientes pediátricos, deve-se utilizar uma ferramenta apropriada, como por exemplo, a escala de Braden Q. Todo paciente deverá ser avaliado sistematicamente na admissão. Essa avaliação deve levar em consideração as fragilidades, vulnerabilidades e fatores de risco para o desenvolvimento de alterações de pele. Devem ser utilizadas escalas preditivas, com elevado grau de confiabilidade e especificidade. A avaliação do risco para desenvolvimento de UPP deverá ser executada através da Escala de Braden Q para
  • 9. crianças de 1 a 5 anos e Escala de Braden para pacientes com mais de 5 anos. A classificação do risco dá-se de maneira inversamente proporcional à pontuação, ou seja, quanto maior o número de pontos, menor é a classificação de risco para a ocorrência dessa lesão. Medidas preventivas para úlcera por pressão conforme classificação de risco Os fatores de risco identificados na fase de avaliação fornecem informações para o desenvolvimento do plano de cuidados. Segue as recomendações das medidas preventivas conforme a classificação do risco: Risco baixo (15 a 18 pontos na escala de Braden). Cronograma de mudança de decúbito; Otimização da mobilização; Proteção do calcanhar; Manejo da umidade, nutrição, fricção e cisalhamento, bem como uso de superfícies de redistribuição de pressão. Risco moderado (13 a 14 pontos na escala de Braden). Continuar as intervenções do risco baixo; Mudança de decúbito com posicionamento a 30°. Risco alto (10 a 12 pontos na escala de Braden). Continuar as intervenções do risco moderado; Mudança de decúbito frequente; Utilização de coxins de espuma para facilitar a lateralização a 30º. Risco muito alto (≤ 9 pontos na escala de Braden). Continuar as intervenções do risco alto; Utilização de superfícies de apoio dinâmico com pequena perda de ar, se possível; Manejo da dor.
  • 10. A intubação orotraqueal é um dos mais importantes procedimentos, a princípio médico, utilizado nos centros de saúde. Ele decorre da introdução de um tubo na traquéia pela boca (via orotraqueal). A introdução do tubo pode ainda ser feita pelo nariz (via nasotraqueal). Indicações - Checagem de nível de consciência (intubar pacientes que apresentam escala de Glasgow ≤ 8); -Em casos de ventilação inadequada; - Em casos de parada cardiorespiratória, embora deva-se resguardar os procedimentos de reanimação; - Em determinadas cirurgias, como de cabeça e pescoço. Equipamentos básicos: - Luvas; - Estetoscópio; - Sistema de aspiração; - Laringoscópio (lâmina curva ou reta); - Tubo orotraqueal com guia e seringa; - Fonte de oxigênio; - Fixador de tubo (sendo utilizado em alguns casos fita adesiva); - Oxímetro. Pode-se ainda fazer uso de sedativos, sendo o midazolan o mais utilizado, e bloqueadores musculares para auxiliar na prática e reduzir o desconforto dos pacientes. Após a inserção do tubo traqueal o balonete deve ser inflado e a ventilação assistida iniciada. A colocação correta do tubo traqueal é sugerida, porém não confirmada, pela ausculta de ruídos respiratórios em ambos os campos pulmonares e pela inexistência de borborigmos no epigástrio. A presença de ruídos gargarejantes no epigástrio durante a insuflação é sugestiva de intubação esofagiana e exige a recolocação do tubo. A medida do dióxido de carbono expirado final, pelo método calorimétrico, é eficaz para determinação do posicionamento intratraqueal do tubo, porém não é disponibilizado para utilização rotineira em nosso meio. O tubo deve ser adequadamente fixado, depois que houver certeza de que encontra-se em posição correta. Se o paciente tiver que ser mobilizado, deve-se reavaliar o posicionamento do tubo, para certificar-se que está correto. Para o paciente inconsciente, que sofreu traumatismo fechado, e que, antecipadamente se sabe, vai necessitar de uma via aérea definitiva, deve-se estabelecer a urgência necessária para a obtenção desta via aérea. Se não houver necessidade imediata, deve-se, então, providenciar uma radiografia da coluna cervical. Quando a radiografia de perfil da coluna cervical for normal, este fato assegura a exeqüibilidade de intubação orotraqueal. Entretanto, uma radiografia normal da coluna cervical, em perfil, não exclui a existência de lesão da coluna cervical. Por isso, a imobilização da coluna deve ser mantida e o procedimento deve ser realizado por duas pessoas, a que vai realizar o procedimento, e outra, que irá manter a estabilização manual da cabeça e da coluna cervical que deverá estar protegida também pelo colar cervical. Técnica de intubação orotraqueal 01. Ventilar e oxigenar o paciente com Ambú/máscara conectado a uma fonte de O2 a 15 l/m. Certificar-se que um aspirador rígido estará prontamente disponível caso seja necessário.
  • 11. 02. Testar o balonete do tubo traqueal. 03. Um assistente deve imobilizar manualmente o pescoço e a cabeça, que não devem ser movimentados sob nenhuma hipótese durante o procedimento. 04. Segurar o laringoscópio com a mão esquerda. 05. Inserir o laringoscópio no lado direito da boca do paciente, deslocando a língua para a esquerda. 06. Examinar a glote e: - Utilizando lâmina curva, a extremidade distal da mesma deve avançar até a valécula quando então todo conjunto do laringoscópio será tracionado para cima, sem alavanca. Este movimento levantará a epiglote expondo as cordas vocais. - Utilizando lâmina reta, a extremidade distal da mesma deve avançar diretamente até a epiglote que será levantada pela lâmina, sem alavanca, expondo as cordas vocais. 07. Inserir delicadamente o tubo na traquéia sem aplicar pressão sobre os dentes e as partes moles da boca. 08. Insuflar o balonete do tubo com volume de ar suficiente para conseguir uma vedação adequada. Não hiperinsufle o balonete. 09. Observar visualmente a expansão pulmonar com a ventilação. 10. Auscultar o tórax e o abdome com estetoscópio para conferir a posição do tubo. 11. Fixar o tubo. Se o paciente for transportado, a posição do tubo deve ser reavaliada. Se a intubação endotraqueal não for conseguida num prazo de 30 segundos, ou no tempo que o médico que executa o procedimento consegue manter-se sem respirar, interromper a tentativa e ventilar o paciente com ambu e máscara antes de tentar novamente. Posicionamento da lâmina do laringoscópio Técnica de intubação orotraqueal com estabilização cervical
  • 12. As complicações pós-intubação endotraqueal têm causas e gravidade muito diversas. Mais comumente são complicações laríngeas locais e quanto maior o tempo de intubação maior será o risco de elas existirem. Pode haver também complicações extra-laríngeas, como intubação esofágica; intubação seletiva, atingindo apenas um dos brônquios; indução ao vômito, levando à aspiração; luxação da mandíbula; laceração de partes moles das vias aéreas; trauma das vias aéreas, podendo resultar em hemorragia; fratura de dentes; ruptura ou vazamento do balonete do tubo, resultando em perda da vedação; lesão da coluna cervical, etc. As complicações da intubação endotraqueal podem ser evitadas, entre outras medidas, por:  Cuidado na introdução do tubo.  Escolha do tamanho ideal do tubo.  Imobilização adequada dos pacientes, que não devem mexer a cabeça em hipótese nenhuma, durante a colocação do tubo.  Cuidados na aspiração traqueal. EXTUBAÇÃO: Antes de retirar o tubo endotraqueal, deve-se fazer a aspiração completa dele, da orofaringe e das vias aéreas, com cuidados para prevenir contaminação e infecção. Ao retirar o tubo, um médico deve ter à mão um “ambu”, para o caso de haver necessidade de assistência ventilatória imediatamente após a extubação. O “ambu”, também chamado de “reanimador manual”, é composto por um balão, uma válvula unidirecional, uma válvula para o reservatório de gás, uma máscara facial e um reservatório de gás, e é adequado para ventilação manual do paciente. Assistência de enfermagem em ventilação mecânica invasiva A equipe de enfermagem, ao prestar assistência ao paciente sob ventilação mecânica, deve sempre ter presente que este é o elemento mais importante na situação assistencial e que todos os membros da equipe devem trabalhar de forma eficiente e integrada. A atuação da enfermagem na ventilação mecânica é intensa, extensa e complexa. Na tentativa de propor um eixo norteador da prática de enfermagem na ventilação mecânica, é importante que a enfermagem saiba relacionar e executar os cuidados descritos a seguir: 1 Vigilância constante O paciente nunca deve ser deixado sozinho e deve estar localizado de forma a ser visualizado continuamente, pois alterações súbitas podem ocorrer, levando à necessidade de ser reavaliada a modalidade respiratória à qual o mesmo está sendo submetido. (Olive ira, 2003, p 4 e 5). A vigilância contínua inclui a necessidade de uma observação globalizada, constante e rápida, por parte de toda a equipe, observando-se os seguintes aspectos: Nível de consciência;
  • 13. Coloração da pele; Grau de distensão de veias das regiões: cervical e supra claviculares; Padrão respiratório: expansão torácica, simetria e uso de musculatura acessória; Batimentos de asa de nariz; Avaliação abdominal: ausculta, palpação, percussão e movimentação; Sinais vitais; Eliminações: vômitos, diurese, evacuações, drenagens por sondas, sudorese Pressão venosa central (PVC); Sinais de retenção hídrica; Circuitos respiratórios: posicionamento, escape de ar, acotovelamento e tracionamento do circuito; Avaliação dos sinais vitais e monitorização cardiovascular. 2 Controle de sinais vitais e monitorização cardiovascular Os dados vitais refletem o estado geral do paciente qualquer anormalidade na ventilação mecânica refletirá nas suas funções básicas como: frequência respiratória, temperatura, pressão arterial, pulso, pressão intracraniana e pressão arterial média, que devem ser periodicamente controladas pela enfermagem. Pacientes sob ventilação mecânica com altas pressões, terão as pressões intratorácica e intracardíaca elevadas durante a inspiração, refletindo, desta forma, na pressão venosa central (PVC), na pressão arterial pulmonar (PAP) e no débito cardíaco (DC). (Furcolin & Bajay, 2006, p 17). Para a verificação da PVC nos pacientes que se encontram sob ventilação mecânica, não é necessária a desconexão do circuito nem a alteração do ângulo da cabeceira, pois os parâmetros sofrem mínima alteração nos resultados, desde que tenha sido usado este critério no momento da instalação da coluna da PVC em relação ao ponto zero. Esta orientação deve ser uniforme para todos os horários de verificação. (Furcolin & Bajay, 2006, p 17). Dentre as alterações relacionadas às consequências da ventilação, poderiam ser citados a bradicardia associada ao baixo débito cardíaco (que pode indicar fluxo inadequado nas coronárias) e o aumento da frequência respiratória (que pode indicar hipoxemia). A ventilação inadequada ou a presença de hipoxemia pode desencadear no paciente, desorientação, hipertensão ou hipotensão e ‘arritmias, principalmente taquicardia ou bradicardia repetitivas. A enfermagem deve ser capaz de reconhecer e diferenciar os sinais e sintomas de hipoxemia e a manifestação de angústia respiratória. Na hipoxemia, especialmente em se tratando de insuficiência aguda, observa-se cianose, bradicardia e hipotensão arterial; na angustia respiratória, sudorese, taquicardia, hipertensão, agitação e o paciente “compete” com o ventilador. (Furcolin & Bajay, 2006, p 17).
  • 14. 3 Monitorização de trocas gasosas e padrão respiratório Observar o padrão respiratório do paciente a expansão e as deformidades na parede torácica, na tentativa de detectar precocemente situações como pneumotórax, barotrauma, entre outras patologias que diminuem a expansibilidade torácica; Observar e controlar dor torácica, pois esta pode provocar hipoventilação e diminuição da expansão pulmonar, levando à hipóxia; Monitorizar as trocas gasosas através da gasometria arterial e da capnografia e oximetria de pulso. 3.1 Na capnografia Monitorar valores de PetCO2 de 25 a 3OmmHg, pois valores maiores sugerem insuficiência de troca gasosa; Evitar obstrução do capilar do capnógrafo por muco de condensação, pois com isto ocorre tempo de resposta mais longo, indicando valores baixos de PCO2; Evitar condensação de vapor de água no circuito do ventilador para que as leituras não sejam falsamente elevadas; Manter o sensor próximo ao tubo orotraqueal; Calibrar o equipamento de 12 em 12 horas, para maior fidedignidade da leitura. 3.2 Na oximetria de pulso Monitorar constantemente a saturação de oxigênio, que deve ser mantida igual a (ou maior do que) 95%; Escolher o local adequado de acordo com o tipo do sensor (digital ou auricular); Manter oximetria fidedigna, observando as condições que podem interferir na leitura: sensor em local inadequado, luminosidade, movimentação ou tremores do paciente, vasoconstrição, hipotermia, uso de esmalte , hiperbilirrubinemia, hiperpigmentação da pele do paciente, hipotensão; Observar constantemente se o sensor está conectado ao paciente; Avaliar o grau de perfusão periférica (cianose); Realizar o rodízio do local do sensor; Observar sinais vitais, pois taquicardia e taquipnéia são parâmetros indicativos de hipóxia; Proceder à ausculta pulmonar, observando ruídos adventícios;
  • 15. Em razão da não ventilação dos pulmões, a conduta de emergência recomendada é a pronta desconexão do paciente do ventilador e a instalação da ventilação manual com ressuscitador, desde que não seja em decorrência de alteração da complacência pulmonar ou por aumento na resistência de vias aéreas. 4 Observação dos sinais neurológicos Segundo Furcolin & Bajay, (2006) a evolução de nível de consciência, os sinais, oculares como: miose, midríase, fotomotricidade e simetria, o reflexo córneo-palpebral, as respostas neuromusculares aos estímulos dolorosos, os reflexos da tosse e movimentos respiratórios devem ser constante e criteriosamente observados. As alterações do nível de consciência tais como agitação, inquietação ou depressão, podem ser sinais de hipoventilação provocada pela retenção de gás carbônico e diminuição da perfusão cerebral relacionada com o aumento da pressão intratorácica. 5 Aspiração de secreções pulmonares A obstrução das vias aéreas por aumento de secreções estimula a tosse, gerando pressão intrapulmonar aumentada, na qual se apoiará a pressão preestabelecida do ventilador, diminuindo o volume corrente. Aspirar secreções sempre que necessário, utilizando, técnica asséptica, acompanhada pela oximetria de pulso; respeitando o tempo de aspiração, a escolha do calibre da sonda, a sequencia no ato de aspirar e a oxigenação prévia a 100%, de acordo com o protocolo de cada serviço; Proceder à ausculta pulmonar antes e após aspiração; Investigar áreas de resistência ou obstrução do tubo endotraqueal; Caso a obstrução seja devida ao acúmulo de secreções, tentar desobstruir injetando água destilada estéril/soro fisiológico de acordo com protocolo do serviço e aspirar em seguida; Observar e registrar : características da secreção: tipo, cor e odor, pois estes elementos são indicativos de infecção pulmonar ou fistula traqueoesofágica; Secreção espessa em grande quantidade quase sempre indica má aspiração e má umidificação; Em pacientes neonatais, o tempo da aspiração não deverá ultrapassar dez segundos. A aspiração prolongada causando oclusão do tubo traqueal é uma das causas de barotrauma. É preferível fazer aspiração de curta duração, observando-se sempre o nível oxímetro de pulso. Vale salientar que, quanto mais próximo o sensor do oxímetro estiver da área pulmonar, mais fidedigna será a leitura; Os neonatos em uso de sonda nasal deverão ser submetidos periodicamente (a cada duas horas) à instilação com soro fisiológico, e logo após, aspiração das narinas, para que as mesmas estejam sempre desobstruídas; Observar sinais de hiperinsuflação;
  • 16. Observar programação do ventilador quanto ao volume corrente predeterminado. Observar a, quantidade de oxigênio oferecido (FIO2). 6 Higiene oral, fixação, mobilização do TOT troca do TQT A higiene oral deve ser realizada de 4 em 4 horas com solução anti-séptica. A troca do posicionamento e fixação do TOT implica, preferencialmente, a presença de dois profissionais, com a finalidade de evitar o risco de extubação acidental ou de mobilização do TOT da posição correta, que pode provocar intubação seletiva. A troca da fixação faz-se necessária, tendo em vista a limpeza do mesmo e a prevenção de escara na região bucal e região auricular. Deve ser feita diariamente e sempre que necessária. A fixação do TOT deve ser preferencialmente centralizada, pois, desta forma, diminui o risco de erosão da comissura labial. A troca da posição do TOT deve ser feita, no mínimo, a cada 12 horas, evitando-se, assim, lesões em língua e lábios. É interessante, marcar a altura do TOT ao nível da comissura labial, reposicionando-o se necessário. Evitar tracionamento do TOT/TQT para que não ocorram lesões traqueais com a mobilização do balão cuff insuflado. Evitar manipulação excessiva da cabeça, atentar para reflexo exacerbado da deglutição, tosse e agitação psicomotora. Em caso de TQT, realizar palpação em região cervical e torácica, pois, nas primeiras 48 a 72 horas, pode haver formação de enfisema subcutâneo, hemorragias e lesões cervicais pela fixação inadequada. Não se recomenda a troca periódica do TQT, exceto na existência de problemas mecânicos que possam interferir na ventilação. Nos pacientes neonatais, o tubo traqueal deverá ser introduzido, sempre que possível, por via nasal, pois isto facilita a fixação. Esta deverá ser trocada diariamente pelo enfermeiro ou quando se fizer necessário, anotando o número correspondente do tubo em relação à asa do nariz e colocando esta numeração de forma visível no leito do paciente. Quando for processada a fixação, deve-se proteger a pele do paciente com tintura de benjoim e colocar fita hipoalergênica antes de fixar o tubo com esparadrapo comum, pois se evita, assim, a escarificação da pele ao retirá-lo, evitando-se também mais uma porta de entrada aos microorganismos. O tubo deverá ser ajustado confortavelmente dentro da narina, sem que haja pressão excessiva sobre a asa do nariz, para evitar necrose. (Furcolin & Bajay, 2006, p 24). 7 Controle de pressão do balonete Furcolin & Bajay (2006), chama nos a atenção para um dos mais importantes riscos da intubação traqueal prolongada é a lesão da laringe e da traqueia. O balonete insuflado pode acarretar necrose
  • 17. da mesma ou ainda fistula traqueoesofágica. Na tentativa de minimizar esta ocorrência, algumas medidas podem ser tomadas pela enfermagem, tais como: Insuflar o balonete com volume de ar suficiente para impedir escape de ar e movimentação do tubo na traqueia. A insuflação do cuff deve ser verificada, no mínimo, a cada 12 horas. Em casos de escape de ar, o balonete pode estar danificado ou furado, nestes casos deve ser providenciada imediatamente a troca do mesmo; Manter e conferir a pressão no interior do balonete, que deve ser inferior à 25mmHg; Atentar para sinais e sintomas de extubação inadvertida que incluem: vocalização, disparo do alarme de pressão baixa, alterações na ausculta respiratória e distensão gástrica; Atentar continuamente para sinais e sintomas de tubo traqueal mal posicionado que incluem: dispneia, desvio da traqueia, agitação, mudanças unilaterais na ausculta, esforço respiratório aumentado, expansão torácica assimétrica e evidência radiológica da extremidade distal do tubo endotraqueal a menos de 2 cm ou a mais de 8cm acima da carina. 8 Monitorização do balanço hidroeletrolítico e peso corporal Na tentativa de estabelecer um controle, é importante pesar o paciente sempre que possível. O peso é demonstrativo do balanço hídrico do paciente. E comum encontrar ganho de peso no paciente em ventilação mecânica. Deve-se estar atento aos níveis de potássio, cálcio, magnésio, sódio e fósforo, pois estes eletrólitos influenciam diretamente na estabilidade hemodinâmica e na força da musculatura respiratória. 9 Controle do nível nutricional Como a ingestão nutricional está limitada pela intubação, deve-se ser dada atenção extra a ela para garantir uma nutrição enteral e parenteral adequada. A associação entre o estado nutricional e a função pulmonar está bem estabelecida, na medida em que a nutrição inadequada diminui a massa muscular do diafragma, reduzindo o desempenho da função pulmonar e aumentando os requisitos de ventilação mecânica. Manter a cabeceira elevada a 45°, se não houver contra-indicação; Obedecer rigorosamente aos horários de administração das dietas , garantindo a sua ingestão de forma adequada; Cuidados especiais aos balonetes das cânulas devem ser observados neste momento, certificando-se da insuflação dos mesmos, durante a administração das dietas . 10 Umidificação e aquecimento do gás inalado Sobre a umidificação e aquecimento do gás inalado Furcolin & Bajay (2006) afirma que o gás seco é altamente prejudicial para as vias aéreas, pois causa ressecamento e inflamação da mucosa. Nos ventiladores que usam água, a água dos umidificadores deverá ser trocada diariamente e sempre que for preciso para manter o nível adequado. É importante ressaltar que o nível da água não deve ser
  • 18. complementado e, sim, ela ser completamente substituída. A água dos ventiladores pode tomar-se um meio de cultura para microorganismos resistente. A adequação do nível da água no umidificador é necessária para não ocorrer ressecamento ou hiper-hidratação das secreções. Deve-se estar atento à temperatura de aquecedores e alarmes. A temperatura do vapor úmido, ao chegar à cânula, deve ser em torno de 30 a 32C, pois é a temperatura fisiológica protetora da mucosa ciliada e de outras estruturas. Já nos casos de utilização de filtros de barreira, a escolha é feita com base no peso corporal do paciente e no tipo de secreção, estando contra-indicados para o caso de secreção espessa e hipersecreção. Estes filtros devem ser trocados a cada 24 horas e sempre que necessário. (Furcolin & Bajay, 2006, p 30). 11 Observação do circuito do ventilador Esvaziar a água condensada no circuito, sempre que necessário, pois ela aumenta a resistência, a PEEP e a contaminação. Evitar adaptações nos circuitos, elas podem promover o escape aéreo, o que sugere inadequação na quantidade e no fluxo oferecido ao paciente, causando hipoventilação. Trocar os circuitos dos ventiladores sempre que necessário. (Furcolin & Bajay, 2006, p 31). 12 Observação dos alarmes do ventilador Para uma avaliação e uma conduta adequada, nos casos disfunção do ventilador é importante determinar o motivo do disparo dos vários alarmes existentes nos ventiladores mecânicos, bem como conhecer os parâmetros utilizados. (Furcolin & Bajay, 2006, p 31). 13 Nível de sedação do paciente e utilização de bloqueadores neuromusculares Furcolin & Bajay (2006) sugere que os pacientes em uso de ventilação mecânica geralmente utilizam bloqueadores neuromusculares e sedativos, a enfermagem deve: Observar e controlar o fluxo da droga prescrita; Avaliar a eficácia da terapêutica implementada (evidenciada por um sincronismo paciente x ventilador); Atentar para possíveis efeitos colaterais, tais como: tremores, taquicardia e hipertensão ou hipotensão arterial. 14 Observação do sincronismo entre o paciente e a máquina Furcolin & Bajay (2006) aborda também que a falta de sincronismo pode ocorrer em algumas situações, como: o paciente ventilado em modo controlado ou assistido sem uma adequada sedação. Erro de programação de fluxo no aparelho.
  • 19. 15 Preenchimento de formulários de controle Anotar, registrar , prescrever são funções importantes do enfermeiro. No registro devem constar: Modalidade ventilatória; Valores de oxicapnografia; PEEP e auto-PEEP; Número de dias de intubação. 16 Comunicação e apoio emocional ao paciente É muito importante que seja estabelecida uma comunicação efetiva entre a equipe de enfermagem e o paciente. O mesmo deve ser esclarecido quanto a todas as dúvidas que possam surgir inclusive às relacionadas à sua localização no tempo e no espaço, além disso, deve ser explicada, sempre que possível, a função dos equipamentos de monitorização, do tubo orotraqueal (TOT) e do ventilador. Isto é extremamente importante, pois os pacientes mais orientados tendem a ser mais cooperativos, influenciando na sua adaptação à ventilação mecânica. (Barbas & Rothman, 1994, p 312-346). Deve ser permitido ao paciente expressar-se, através de gesto ou da escrita. Para isto, a equipe deve prover meios alternativos de comunicação, seja com o uso de gestos, cartões, ou lápis e papel . O profissional da equipe de enfermagem deve transmitir conforto e segurança ao paciente, comunicando-se com ele, mesmo se ele não estiver plenamente consciente. (Barbas & Rothman, 1994, p 312-346). 17 Controle de infecção Barbas & Rothman (1994), afirmam que o paciente intubado perde suas barreiras naturais de defesa das vias aéreas superiores. Além disso, a equipe de saúde, através das suas mãos e do equipamento respiratório, constitui a maior fonte de contaminação exógena. Lavar as mãos; Utilizar corretamente as precauções básicas de barreira; Utilizar técnicas corretas de aspiração traqueal; Providenciar, esterilização adequada dos circuitos respiratórios; Proteger a extremidade distal do circuito respiratório ao desconectar do paciente; Fazer acompanhamento do resultado de culturas. 18 Desmame
  • 20. Deve ser iniciado quando atendidas as exigências de estabilidade clínica, hemodinâmica, funcional respiratória e gasométrica. Observar o nível de consciência e colaboração do paciente; Avaliar valores de oxicapnografia e hemogasometria; Padrão respiratório. 18.1 Cuidados na extubação Suspender dieta enteral; Manter cabeceira elevada a 45°; Fazer aspiração na seqüência traqueo-naso-oral antes da retirada do TOT/TQT; Depois da retirada do TOT/TQT, observar padrão respiratório e oximetria de pulso; Fazer acompanhamento hemogasométrico; Fazer instalação de oxigenoterapia de acordo com prescrição médica; Fazer verificação e registro, de 15 em 15 minutos, da FR, FC e SaO2 nas duas primeiras horas após a extubação traqueal.