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Parasitologia
Ms. Brunno Lemes
Introdução
O parasito obtém alimento do hospedeiro consumindo-lhe os tecidos e
humores (líquido tecidual) ou o conteúdo intestinal. Esse relacionamento do
parasita com seu hospedeiro tem base nutricional e, preferencialmente, não
deve lesá-lo drasticamente, evitando alterações comprometedoras que o
levem à morte rapidamente – quanto mais tempo o hospedeiro viver maior
será o sucesso do parasita.
A – Imagem microscópica do
Trypanosoma cruzi (protozoário), o
agente infeccioso da Doença de
Chagas. B - Fotografia de uma tênia
adulta (helminto
achatado-platelminto)
Parásitas Microscopios
Os helmintos parasitos são macroscópicos e podem ser observados a olho nu,
tais como os vermes causadores da teníase e da esquistossomose e as
lombrigas.
Também macroscópico, um grupo de artrópodos, Miíase, tem a capacidade
de se alimentar de tecido animal em decomposição (miíases
traumáticas-bicheira) e de tecido animal vivo (miíase furunculares-berne).
A maioria dos artródodos são ectoparasitos e causam,
portanto, infestações e não infecções, tais como os insetos
Parásitas Microscopios
Os protozoários não podem ser vistos a olho nu, são seres unicelulares
nucleados e, portanto, Eucariontes. É impossível estudar sua morfologia sem
o auxílio de um microscópio. São semelhantes às bactérias, que são menores,
também causam doença e não possuem núcleo, sendo elas, portanto,
Procariontes.
São diversos os agentes causadores de protozooses no ser
humano, entre eles podemos citar o Trypanossoma cruzi (Doença
de Chagas), Giardia lamblia (Giardíase), Entamoeba hytolitica
(Amebíase), Plasmodium malariae (Malária), Toxoplama gondii
(Toxoplasmose), Leishmania sp (Leishimaniose) e outros.
Infecção X Infestação
• Infecção: de uma maneira simples, podemos dizer está relacionada com o
parasitismo causado por endoparasitas, ou seja, causado por parasitas que
adentrem o hospedeiro. Uma definição mais completa é que o parasita
penetra no hospedeiro, alimente-se, desenvolva-se, reproduza-se e cause
danos aos seus tecidos.
• Infestação: corresponde ao parasitismo causado no organismo por
ectoparasita, que se fixa, alimenta-se e lesiona os tecidos externos do corpo,
como os piolhos e os carrapatos
Hospedeiro
Hospedeiro é o organismo que serve de habitat para outro que o parasito se
instala e encontre condições de sobrevivência. Os hospedeiros podem ser
classificados em três tipos: definitivo, intermediário e paratênico.
O hospedeiro definitivo apresenta o parasito em fase de atividade sexual (fase de
maturidade).
O hospedeiro intermediário apresenta o parasito em fase assexuada (larvária).
O hospedeiro paratênico (ou de transporte) é o hospedeiro intermediário no qual o
parasito não sofre desenvolvimento, mas permanece encistado até que o hospedeiro
definitivo o ingira.
Agente Etiológico
Agente etiológico é o causador ou o responsável pela origem da doença. Pode
ser um vírus, uma bactéria, um fungo, um protozoário ou um helminto.
Vetor
A maioria dos vetores são artrópodos, mas podem ser moluscos ou outro
veículo que transmite o parasito entre dois hospedeiros. O vetor mecânico
somente transporta e dissemina o parasito. No vetor biológico, o parasito,
além de ser transportado e disseminado, realiza parte de seu ciclo de
biológico, ou seja, desenvolve-se, multiplica-se.
Portador
É um hospedeiro susceptível a um patógeno, manifestando a parasitose em
maior (sintomático) ou menor grau (assintomático), mas capaz de transmiti-lo
a outros hospedeiros, também conhecido como “portador assintomático”.
Quando ocorre doença e o portador pode contaminar outras pessoas em
diferentes fases, temos o “portador em incubação”, “portador convalescente”,
“portador temporário”, “portador crônico”.
Ciclos
Ciclo Monoxeno: parasitos que
completam seu ciclo biológico em
um hospedeiro, a exemplo do
agente etiológico da ancilostomose
Ciclos
Ciclo Heteroxeno: parasitos que
necessitam de dois ou mais
hospedeiros para completar o ciclo
biológico. O agente infeccioso da
esquistossomose passa à fase
larvária em um caramujo e à fase
de maturidade no ser humano
Tipos de Parasitismo
• Obrigatório: quando o parasito é incapaz de sobreviver sem seu hospedeiro.
• Errático: quando o parasito se instala e consegue se alimentar em um local que não é o
normal, a exemplo do StrongyIodes stercoraIis, que usualmente parasita as paredes do
jejuno, mas já foi encontrado no pâncreas.
• Acidental: quando o parasito instala e consegue se alimentar em um hospedeiro que não é
o normal, como o Dipylidium caninum, que é um parasita canino e pode infectar crianças.
• Facultativo: quando o ser vivo possui vida livre e vida parasitária, a exemplo das larvas de
mosca Sarcophagidae que se desenvolvem tanto em feridas necrosadas como em matéria
orgânica em decomposição, que podem ser animais mortos, esterco e outros.
Ação dos parasitos sobre o Hospedeiro
• Espoliativa: o parasita absorve nutrientes (Ancilostomídeos) ou sangue do
hospedeiro (hematofagismo de mosquitos).
• Mecânica (obstrutiva): presença de Ascaris lumbricoides em grande
quantidade causa obstrução da alça intestinal.
• Tóxica: os metabólitos de alguns parasitos podem ser tóxicos e produzir
reações alérgicas nos teciduais no hospedeiro. Ascaris lumbricoides produz
tais metabólitos.
• Enzimática: enzimas produzidas por cercárias do Schistosoma mansoni
auxiliam sua penetração na pele do ser humano.
Ação dos parasitos sobre o Hospedeiro
• Irritativa: provocada pela ação de ventosas como as de Taenia sp.
• Traumática: provocada pela migração de larvas como as de Plasmodium
falciparum, que rompem as hemácias.
• Anóxia: provocada por parasitos que utilizam O2 da hemoglobina, como os
Plasmodium sp, e matam células humanas.
• Anêmica: provocada por qualquer parasito que destruas as hemácias e,
portanto, cause anemia. Geralmente causadas por Plasmodium e infecções
maciças de Ancylostomas
Referências
BORGES, A. P. A.; COIMBRA, A. M. C. Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.
Educação a Distância; organizado por Ana Paula Abreu Borges e Angela Maria
Castilho Coimbra. – Rio de Janeiro: EAD/ENSP, 2008. DE CARLI, G. A.
Parasitologia Clínica: Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para o
Diagnóstico das Parasitoses Humanas. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2007.
FERREIRA, M. U. Parasitologia Contemporânea. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2012.
Créditos
Ms. Esp. Brunno Lemes de Melo
https://www.linkedin.com/in/brunno-lemes-de-melo-05723610b/
http://lattes.cnpq.br/9727135734775467

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Parasitologia

  • 2. Introdução O parasito obtém alimento do hospedeiro consumindo-lhe os tecidos e humores (líquido tecidual) ou o conteúdo intestinal. Esse relacionamento do parasita com seu hospedeiro tem base nutricional e, preferencialmente, não deve lesá-lo drasticamente, evitando alterações comprometedoras que o levem à morte rapidamente – quanto mais tempo o hospedeiro viver maior será o sucesso do parasita. A – Imagem microscópica do Trypanosoma cruzi (protozoário), o agente infeccioso da Doença de Chagas. B - Fotografia de uma tênia adulta (helminto achatado-platelminto)
  • 3. Parásitas Microscopios Os helmintos parasitos são macroscópicos e podem ser observados a olho nu, tais como os vermes causadores da teníase e da esquistossomose e as lombrigas. Também macroscópico, um grupo de artrópodos, Miíase, tem a capacidade de se alimentar de tecido animal em decomposição (miíases traumáticas-bicheira) e de tecido animal vivo (miíase furunculares-berne). A maioria dos artródodos são ectoparasitos e causam, portanto, infestações e não infecções, tais como os insetos
  • 4. Parásitas Microscopios Os protozoários não podem ser vistos a olho nu, são seres unicelulares nucleados e, portanto, Eucariontes. É impossível estudar sua morfologia sem o auxílio de um microscópio. São semelhantes às bactérias, que são menores, também causam doença e não possuem núcleo, sendo elas, portanto, Procariontes. São diversos os agentes causadores de protozooses no ser humano, entre eles podemos citar o Trypanossoma cruzi (Doença de Chagas), Giardia lamblia (Giardíase), Entamoeba hytolitica (Amebíase), Plasmodium malariae (Malária), Toxoplama gondii (Toxoplasmose), Leishmania sp (Leishimaniose) e outros.
  • 5. Infecção X Infestação • Infecção: de uma maneira simples, podemos dizer está relacionada com o parasitismo causado por endoparasitas, ou seja, causado por parasitas que adentrem o hospedeiro. Uma definição mais completa é que o parasita penetra no hospedeiro, alimente-se, desenvolva-se, reproduza-se e cause danos aos seus tecidos. • Infestação: corresponde ao parasitismo causado no organismo por ectoparasita, que se fixa, alimenta-se e lesiona os tecidos externos do corpo, como os piolhos e os carrapatos
  • 6. Hospedeiro Hospedeiro é o organismo que serve de habitat para outro que o parasito se instala e encontre condições de sobrevivência. Os hospedeiros podem ser classificados em três tipos: definitivo, intermediário e paratênico. O hospedeiro definitivo apresenta o parasito em fase de atividade sexual (fase de maturidade). O hospedeiro intermediário apresenta o parasito em fase assexuada (larvária). O hospedeiro paratênico (ou de transporte) é o hospedeiro intermediário no qual o parasito não sofre desenvolvimento, mas permanece encistado até que o hospedeiro definitivo o ingira.
  • 7. Agente Etiológico Agente etiológico é o causador ou o responsável pela origem da doença. Pode ser um vírus, uma bactéria, um fungo, um protozoário ou um helminto. Vetor A maioria dos vetores são artrópodos, mas podem ser moluscos ou outro veículo que transmite o parasito entre dois hospedeiros. O vetor mecânico somente transporta e dissemina o parasito. No vetor biológico, o parasito, além de ser transportado e disseminado, realiza parte de seu ciclo de biológico, ou seja, desenvolve-se, multiplica-se.
  • 8. Portador É um hospedeiro susceptível a um patógeno, manifestando a parasitose em maior (sintomático) ou menor grau (assintomático), mas capaz de transmiti-lo a outros hospedeiros, também conhecido como “portador assintomático”. Quando ocorre doença e o portador pode contaminar outras pessoas em diferentes fases, temos o “portador em incubação”, “portador convalescente”, “portador temporário”, “portador crônico”.
  • 9. Ciclos Ciclo Monoxeno: parasitos que completam seu ciclo biológico em um hospedeiro, a exemplo do agente etiológico da ancilostomose
  • 10. Ciclos Ciclo Heteroxeno: parasitos que necessitam de dois ou mais hospedeiros para completar o ciclo biológico. O agente infeccioso da esquistossomose passa à fase larvária em um caramujo e à fase de maturidade no ser humano
  • 11. Tipos de Parasitismo • Obrigatório: quando o parasito é incapaz de sobreviver sem seu hospedeiro. • Errático: quando o parasito se instala e consegue se alimentar em um local que não é o normal, a exemplo do StrongyIodes stercoraIis, que usualmente parasita as paredes do jejuno, mas já foi encontrado no pâncreas. • Acidental: quando o parasito instala e consegue se alimentar em um hospedeiro que não é o normal, como o Dipylidium caninum, que é um parasita canino e pode infectar crianças. • Facultativo: quando o ser vivo possui vida livre e vida parasitária, a exemplo das larvas de mosca Sarcophagidae que se desenvolvem tanto em feridas necrosadas como em matéria orgânica em decomposição, que podem ser animais mortos, esterco e outros.
  • 12. Ação dos parasitos sobre o Hospedeiro • Espoliativa: o parasita absorve nutrientes (Ancilostomídeos) ou sangue do hospedeiro (hematofagismo de mosquitos). • Mecânica (obstrutiva): presença de Ascaris lumbricoides em grande quantidade causa obstrução da alça intestinal. • Tóxica: os metabólitos de alguns parasitos podem ser tóxicos e produzir reações alérgicas nos teciduais no hospedeiro. Ascaris lumbricoides produz tais metabólitos. • Enzimática: enzimas produzidas por cercárias do Schistosoma mansoni auxiliam sua penetração na pele do ser humano.
  • 13. Ação dos parasitos sobre o Hospedeiro • Irritativa: provocada pela ação de ventosas como as de Taenia sp. • Traumática: provocada pela migração de larvas como as de Plasmodium falciparum, que rompem as hemácias. • Anóxia: provocada por parasitos que utilizam O2 da hemoglobina, como os Plasmodium sp, e matam células humanas. • Anêmica: provocada por qualquer parasito que destruas as hemácias e, portanto, cause anemia. Geralmente causadas por Plasmodium e infecções maciças de Ancylostomas
  • 14. Referências BORGES, A. P. A.; COIMBRA, A. M. C. Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa. Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Educação a Distância; organizado por Ana Paula Abreu Borges e Angela Maria Castilho Coimbra. – Rio de Janeiro: EAD/ENSP, 2008. DE CARLI, G. A. Parasitologia Clínica: Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para o Diagnóstico das Parasitoses Humanas. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. FERREIRA, M. U. Parasitologia Contemporânea. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
  • 15. Créditos Ms. Esp. Brunno Lemes de Melo https://www.linkedin.com/in/brunno-lemes-de-melo-05723610b/ http://lattes.cnpq.br/9727135734775467