1. Cirurgia Plástica
Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados da
Santa Casa de Misericórdia de
São José do Rio Preto
Regente: Valdemar Mano Sanches
2. - Dermatologia, HIV e HAART -
1996 – introdução da HAART
“Combater cedo e combater agressivamente”
Problemas associados à HAART:
– Toxicidade
– Resistência
– Efeitos colaterais
Conduta atual:
“Começá-la somente quando necessário
e mudá-la somente quando for preciso”
3. - Dermatologia, HIV e HAART -
Pacientes recebendo HAART:
– Diminuição de 40% no número de problemas
dermatológicos
– Diminuição de 63% no número de visitas ao
dermatologista
(Calista D., Morri M., Boschini A. Am.J.Clin.Derm 2002; 3(1):59-62)
4. - Dermatologia, HIV e HAART -
Mulheres HIV(+) recebendo HAART têm menos:
- Eczemas
- Xerose cutânea
- Foliculite
- Tinha pedis
(Women’s Cohort Study, 2003 – 5 Centros)
Independente de CD4 ou CV
5. - Dermatologia, HIV e HAART -
1%
20%
21%
53%
Pós-HAART*
1%
8%
25%
66%
Pré-HAART
Neoplasias
Reações
a drogas
Doenças
Inflamatórias
Infecções
Cutâneas
(Calista D., Morri M., Boschini A. Am.J.Clin.Derm 2002; 3(1):59-62)
* 5% das visitas relacionadas a problemas “cosméticos”
19. - Erupções Medicamentosas -
100 X mais comuns em indivíduos HIV(+)
Mais frequente com contagem de CD4 < 50
Afeta 25% dos pacientes recebendo HAART
Mecanismo: Provavelmente reação alérgica
Risco ! a despeito da composição química
ou classe farmacológica do medicamento em
questão
21. - Abacavir -
Erupção cutânea em 15% dos pacientes
Hipersensibilidade em 3-5% of patients
Início: primeiras 8 semanas (média 11 dias)
Urticária, febre, diarréia, fatiga, linfadenopatia,
sintomas respiratórios / músculo-esqueléticos
Sintomas sistêmicos " suspender imediatamente
NUNCA MAIS usar a mesma droga
Hypersensibilidade possivelmente relacionada a
tipos de HLA
23. - NNRTI’s -
Todos podem causar erupção cutânea
10% (efavirenz), 15-17% (delavirdina, nevirapina)
Stevens-Johnsons em 0.3% (nevirapina)
Mais comumente: exantema de curta duração
Início durante o primeiro mês de tratamento
Bem controlados com anti-histamínicos
Suspender em caso de: febre, progressão, bolhas,
lesões mucosas, # transaminases
Reação grave: NÃO usar nenhum NNRTI
27. - “Reatores Múltiplos ” -
Múltiplos tipos de reações a múltiplas drogas
Geralmente quando CD4 nadir < 50
Período Vulnerável : 8-12 semanas após TARV
Supressão: prednisona 60mg/dia com TARV
Começar profilaxia de I.O. uma por vez (1 por
semana )
Diminuir dose de prednisona lentamente - parar
em 8-12 semanas
28. - Lipoatrofia Facial -
Associada com:
– NRTI’s e IP’s
– Uso de IP > 2 anos
– Idade > 40 anos
– HIV de longa duração
– CD4 nadir < 100
– Raça: >> caucasóides
29. - Lipoatrofia Facial -
Tratamento
Médico: ainda não eficaz
Cirúrgico:
– Cirurgia Plástica (face lifts)
– Implantes (maleáveis ou rígidos)
– Expansão de tecidos moles
(preenchimentos faciais)
30. - Preenchimentos Faciais -
Temporários:
Colágeno Zyplast
Transplante de gordura autóloga
Fascian
Aloderme Micronizado (Cymetra)
Ácido Polyláctico (Nufill)
Gel de ácido hialurônico (Restilene, Perlene)
Permanentes:
Silicone (SilSkin)
Polimetil metacrilato
PMM em colágeno bovino
31. DERMATOSES E CONTAGEM
DE CÉLULAS CD4
CONTAGEM DE CÉLULAS CD4 NÃO
É MAIS UM PARÂMETRO
CONFIÁVEL PARAA PREVISÃO DE
AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS
32. - Doenças Cutâneas e
Restauração Imunológica-
Infecções mucocutâneas pelo HSV
Herpes Zoster
Foliculite
Infecções micobacterianas
Sarcoidose
Verrugas
37. - HPV e câncer anal -
HPV em >90% dos CEC cervicais
Incidência de CEC cervical de 40/100,000 para
8/100,000 com exame citológico de rotina
HPV em ~85% dos casos de CEC anal
Incidência de CEC anal na população geral é baixa
(~0.8/100,000) – mais comum em mulheres
Incidência de CEC anal em HSH, HIV(-) com
história de sexo anal receptivo ~ 35/100,000
38. - Câncer Anal : Incidência -
Homens brancos, 40-64 anos, em San
Francisco County, 1973-1999
1973-1978 " 3.7 casos por 100,000
1984-1990 " 8.6 casos por 100,000
1996-1999 " 20.6 casos por 100,000
(Cress RD, Holly EA: Prev Med 36: 555-560, 2003)
39. - Câncer Anal em Indivíduos HIV(+) -
Incidência é >> que em indivíduos HIV (-)
Em HSH HIV(+), incidência é 2X > que em
HSH HIV(-)
RR de cancer anal invasivo (US AIDS Cancer Registry Match Study):
– 37 em homens HIV(+)
– 6.8 em mulheres HIV(+)
Incidência estimada : 70-100 por 100,000
em HSH HIV(+)
41. - Exame Papanicolaou Anal -
“LIEAG anal é lesão precursora de CEC anal”
Objetivo: detecção precoce de CEC anal
Sensibilidade: 80% em HIV-positivos
51% em HIV-negativos
Citologia não se correlaciona bem com histologia
Amostra adequada
Papanicolaou + anoscopia → ↑↑↑sensibilidade
43. Quem deve ser triado?
HSH (independente de HIV)
Homens e mulheres HIV(+) (independente
da orientação sexual)
Mulheres c/ história de displasia cervical ou
vulvar
Homens e mulheres c/ história de verrugas
perianais
Transplantados
44. - “Recomendações” -
HIV-positivos:
– Papanicolaou como parte da avaliação inicial
– Qualquer grau de displasia ou LIASD: exame
anoscópico
–Normal: repetir Papanicolaou em 6 meses
– Segundo Papanicolaou continua normal: repetir
Papanicolaou anualmente
45. - Conclusões -
Estado de “desregulação imunológica” é responsável
por muitos dos problemas dermatológicos vistos na
era da HAART
Doenças inflamatórias se tornaram o problema
dermatológico mais comum em pacientes com HIV
A pele pode ser usada como ponto de referência
podendo nos ajudar a determinar quando começar ou
mudar medicações e até a assessar se o paciente esta
aderindo ao tratamento ou não
Reações medicamentosas são frequentes: saibam
identificá-las e decidir quando interromper o
tratamento ou não
46. - Conclusões -
A incidência de câncer anal está aumentando em
certas populações específicas
Displasia anal de alto grau (LIEAG) é muito
provavelmente a lesão precursora de CEC anal
Recomendações oficiais ainda são necessárias
Papanicolaou anal se tornará o exame básico e
rotineiro para investigação inicial de câncer anal