SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  1
Reabsorção tubular distal ou difusão passiva através do epitélio tubular
O epitélio tubular tem constituição lipoprotéica, portanto, os fármacos lipossolúveis têm
maior facilidade de serem reabsorvidos pelo túbulo, diminuindo a excreção renal, inclusive
as formas não-ionizadas são mais lipossolúveis e menos hidrossolúveis.
Os fármacos polares são mais facilmente excretados porque estes possuem baixa
permeabilidade tubular, não são lipossolúveis, assim, não sendo reabsorvidos, sendo
facilmente eliminados pela urina, inclusive pode chegar a ter 100 vezes mais concentração
do fármaco na urina do que no plasma. Com esta finalidade de facilitar a excreção, as fases
I e/ou II da metabolização modificam os fármacos para se tornarem mais polares
(geralmente, os fármacos conjugados são ionizados).
Em relação aos ácidos fracos, como, por exemplo, a aspirina e o fenobarbital (Gardenal)
podem ter sua excreção aumentada ou bloqueada, de acordo com o pH da urina. O pH final
da urina varia de 4,5 a 8,0, sendo a urina normal mais ácida do que o plasma devido a
secreção de H+ no túbulo distal. Assim, na urina normal que é ácida, estes fármacos têm
aumentado a parte da forma não-ionizada, conseqüentemente, a lipossolubilidade, sendo
reabsorvida através do túbulo renal, diminuindo a excreção renal.
A penicilina depois de secretada pelos túbulos, apresenta-se altamente ionizada na urina
tubular, por este motivo é quase totalmente excretada, pois, sofre uma reabsorção mínima.
Entretanto, se ocorrer a alcalinização da urina, por exemplo, através do uso do bicarbonato
de sódio, (aumentando a quantidade de HCO3- na urina ) estes ácidos fracos se tornam
mais ionizados, tornando-se mais hidrossolúveis, e, menos lipossolúveis, portanto, não
sofrendo reabsorção tubular, sendo excretados pela urina.
Por exemplo, em caso intoxicação por aspirina, a alcalinização da urina com o bicarbonato
de sódio aumenta a forma ionizada da aspirina (e conseqüentemente, menor reabsorção
tubular) aumentando a excreção através da urina, e, menor nível sangüíneo da aspirina (os
principais sintomas do uso excessivo da aspirina consistem em confusão, zumbido, pulso
acelerado, e, respiração aumentada).
A droga básica é mais rapidamente excretada na urina ácida, pois, o pH baixo no interior do
túbulo favorece a ionização, portanto, inibindo a reabsorção (a ionização torna o fármaco
hidrossolúvel, e, não lipossolúvel).
Os fármacos mais usados que acidificam a urina são: Fosfato de potássio e ácido
ascórbico (Vitamina C).
A acidificação da urina leva ao aumento de prótons do fármaco (no caso, base fraca), e,
conseqüentemente, à ionização e a excreção renal.
Por exemplo, na prevenção e tratamento da litíase urinária provocada pelo excesso de ácido
úrico na circulação sangüínea, provocando a alcalinização da urina com a administração de
citrato de potássio (Litocit), ocorre a ionização do ácido úrico, conseqüentemente, torna a
droga menos lipossolúvel, o que dificulta a reabsorção do ácido no túbulo distal,
aumentando a excreção renal o que evita a formação a litíase (cálculo renal) provocada pelo
excesso de ácido úrico. Quanto maior a excreção renal, menor a concentração da respectiva
droga na circulação sangüínea, e, pode-se afirmar que a concentração plasmática reflete a
taxa de excreção do fármaco.
Como exemplos de bases orgânicas, temos a anfetamina, e, a morfina que tem a excreção
renal aumentadas com a acidificação da urina, pois, aumenta as formas ionizadas destas
drogas, portanto, reduzindo os níveis sangüíneos.

Contenu connexe

Tendances

Aula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
Aula - Farmacologia básica - FarmacodinâmicaAula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
Aula - Farmacologia básica - FarmacodinâmicaMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula - Farmacologia básica - Distribuição e Metabolismo
Aula - Farmacologia básica - Distribuição e MetabolismoAula - Farmacologia básica - Distribuição e Metabolismo
Aula - Farmacologia básica - Distribuição e MetabolismoMauro Cunha Xavier Pinto
 
Anti-hipertensivos
Anti-hipertensivosAnti-hipertensivos
Anti-hipertensivosresenfe2013
 
12 diureticos ds
12 diureticos ds12 diureticos ds
12 diureticos dsMeninacerta
 
Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacos
Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacosAula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacos
Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacosMauro Cunha Xavier Pinto
 
Exames de Laboratório
Exames de LaboratórioExames de Laboratório
Exames de LaboratórioSheyla Amorim
 
introdução à farmacologia
 introdução à farmacologia introdução à farmacologia
introdução à farmacologiaJaqueline Almeida
 
Aula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & DistribuiçãoAula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & DistribuiçãoMauro Cunha Xavier Pinto
 
Farmacos do sistema cardiovascular
Farmacos do sistema cardiovascularFarmacos do sistema cardiovascular
Farmacos do sistema cardiovascularJoel Santos Nogueira
 
Farmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinéticaFarmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinéticaLeonardo Souza
 
Aula de Farmacocinética e Vias de Administração
Aula de Farmacocinética e Vias de AdministraçãoAula de Farmacocinética e Vias de Administração
Aula de Farmacocinética e Vias de AdministraçãoJaqueline Almeida
 
Introdução a Homeopatia
Introdução a HomeopatiaIntrodução a Homeopatia
Introdução a HomeopatiaSafia Naser
 
Farmacologia da depressão + anticonvulsivantes.
Farmacologia da depressão + anticonvulsivantes.Farmacologia da depressão + anticonvulsivantes.
Farmacologia da depressão + anticonvulsivantes.MAIQUELE SANTANA
 

Tendances (20)

Ansiolíticos
AnsiolíticosAnsiolíticos
Ansiolíticos
 
Aula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
Aula - Farmacologia básica - FarmacodinâmicaAula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
Aula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
 
Aula - Farmacologia básica - Distribuição e Metabolismo
Aula - Farmacologia básica - Distribuição e MetabolismoAula - Farmacologia básica - Distribuição e Metabolismo
Aula - Farmacologia básica - Distribuição e Metabolismo
 
Farmacologia das drogas do snc
Farmacologia das drogas do sncFarmacologia das drogas do snc
Farmacologia das drogas do snc
 
Anti-hipertensivos
Anti-hipertensivosAnti-hipertensivos
Anti-hipertensivos
 
12 diureticos ds
12 diureticos ds12 diureticos ds
12 diureticos ds
 
Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacos
Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacosAula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacos
Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacos
 
Exames de Laboratório
Exames de LaboratórioExames de Laboratório
Exames de Laboratório
 
introdução à farmacologia
 introdução à farmacologia introdução à farmacologia
introdução à farmacologia
 
Aula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & DistribuiçãoAula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & Distribuição
 
Aula - SNC - Antidepressivos
Aula - SNC - AntidepressivosAula - SNC - Antidepressivos
Aula - SNC - Antidepressivos
 
Aula - SNC - Anticonvulsivantes
Aula -  SNC - AnticonvulsivantesAula -  SNC - Anticonvulsivantes
Aula - SNC - Anticonvulsivantes
 
Farmacos do sistema cardiovascular
Farmacos do sistema cardiovascularFarmacos do sistema cardiovascular
Farmacos do sistema cardiovascular
 
Aula
AulaAula
Aula
 
Farmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinéticaFarmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinética
 
Agonista e antagonista colinérgico
Agonista e antagonista colinérgicoAgonista e antagonista colinérgico
Agonista e antagonista colinérgico
 
Aula de Farmacocinética e Vias de Administração
Aula de Farmacocinética e Vias de AdministraçãoAula de Farmacocinética e Vias de Administração
Aula de Farmacocinética e Vias de Administração
 
Introdução a Homeopatia
Introdução a HomeopatiaIntrodução a Homeopatia
Introdução a Homeopatia
 
Farmacologia da depressão + anticonvulsivantes.
Farmacologia da depressão + anticonvulsivantes.Farmacologia da depressão + anticonvulsivantes.
Farmacologia da depressão + anticonvulsivantes.
 
Adrenergicos e colinergicos
Adrenergicos e colinergicosAdrenergicos e colinergicos
Adrenergicos e colinergicos
 

Plus de Bernadete Soares

Colinomiméticos e antimuscarinicos
Colinomiméticos e antimuscarinicosColinomiméticos e antimuscarinicos
Colinomiméticos e antimuscarinicosBernadete Soares
 
Anestesicos locais unesa - vet - 2010-1
Anestesicos locais   unesa - vet - 2010-1Anestesicos locais   unesa - vet - 2010-1
Anestesicos locais unesa - vet - 2010-1Bernadete Soares
 
Anotaçoes soluções de dispersão com als
Anotaçoes   soluções de dispersão com alsAnotaçoes   soluções de dispersão com als
Anotaçoes soluções de dispersão com alsBernadete Soares
 
Anotaçoes soluções de dispersão com als
Anotaçoes   soluções de dispersão com alsAnotaçoes   soluções de dispersão com als
Anotaçoes soluções de dispersão com alsBernadete Soares
 
Estudo dirigido farmacologia dos sistemas
Estudo dirigido   farmacologia dos sistemasEstudo dirigido   farmacologia dos sistemas
Estudo dirigido farmacologia dos sistemasBernadete Soares
 
Formas de expressar a concentração
Formas de expressar a concentraçãoFormas de expressar a concentração
Formas de expressar a concentraçãoBernadete Soares
 

Plus de Bernadete Soares (9)

Farmaco ii 2011.2
Farmaco ii 2011.2Farmaco ii 2011.2
Farmaco ii 2011.2
 
Colinomiméticos e antimuscarinicos
Colinomiméticos e antimuscarinicosColinomiméticos e antimuscarinicos
Colinomiméticos e antimuscarinicos
 
Anestesicos locais unesa - vet - 2010-1
Anestesicos locais   unesa - vet - 2010-1Anestesicos locais   unesa - vet - 2010-1
Anestesicos locais unesa - vet - 2010-1
 
Anotaçoes soluções de dispersão com als
Anotaçoes   soluções de dispersão com alsAnotaçoes   soluções de dispersão com als
Anotaçoes soluções de dispersão com als
 
Anotaçoes soluções de dispersão com als
Anotaçoes   soluções de dispersão com alsAnotaçoes   soluções de dispersão com als
Anotaçoes soluções de dispersão com als
 
Estudo dirigido farmacologia dos sistemas
Estudo dirigido   farmacologia dos sistemasEstudo dirigido   farmacologia dos sistemas
Estudo dirigido farmacologia dos sistemas
 
Formas de expressar a concentração
Formas de expressar a concentraçãoFormas de expressar a concentração
Formas de expressar a concentração
 
ED - BIOQUIMICA
ED - BIOQUIMICAED - BIOQUIMICA
ED - BIOQUIMICA
 
Antiparasitários med vet
Antiparasitários   med vetAntiparasitários   med vet
Antiparasitários med vet
 

Dernier

aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)a099601
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...Leila Fortes
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfjuliperfumes03
 

Dernier (7)

aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
 

Acidificar e alcalinizar a urina reabsorção tubular distal ou difusão passiva através do epitélio tubular

  • 1. Reabsorção tubular distal ou difusão passiva através do epitélio tubular O epitélio tubular tem constituição lipoprotéica, portanto, os fármacos lipossolúveis têm maior facilidade de serem reabsorvidos pelo túbulo, diminuindo a excreção renal, inclusive as formas não-ionizadas são mais lipossolúveis e menos hidrossolúveis. Os fármacos polares são mais facilmente excretados porque estes possuem baixa permeabilidade tubular, não são lipossolúveis, assim, não sendo reabsorvidos, sendo facilmente eliminados pela urina, inclusive pode chegar a ter 100 vezes mais concentração do fármaco na urina do que no plasma. Com esta finalidade de facilitar a excreção, as fases I e/ou II da metabolização modificam os fármacos para se tornarem mais polares (geralmente, os fármacos conjugados são ionizados). Em relação aos ácidos fracos, como, por exemplo, a aspirina e o fenobarbital (Gardenal) podem ter sua excreção aumentada ou bloqueada, de acordo com o pH da urina. O pH final da urina varia de 4,5 a 8,0, sendo a urina normal mais ácida do que o plasma devido a secreção de H+ no túbulo distal. Assim, na urina normal que é ácida, estes fármacos têm aumentado a parte da forma não-ionizada, conseqüentemente, a lipossolubilidade, sendo reabsorvida através do túbulo renal, diminuindo a excreção renal. A penicilina depois de secretada pelos túbulos, apresenta-se altamente ionizada na urina tubular, por este motivo é quase totalmente excretada, pois, sofre uma reabsorção mínima. Entretanto, se ocorrer a alcalinização da urina, por exemplo, através do uso do bicarbonato de sódio, (aumentando a quantidade de HCO3- na urina ) estes ácidos fracos se tornam mais ionizados, tornando-se mais hidrossolúveis, e, menos lipossolúveis, portanto, não sofrendo reabsorção tubular, sendo excretados pela urina. Por exemplo, em caso intoxicação por aspirina, a alcalinização da urina com o bicarbonato de sódio aumenta a forma ionizada da aspirina (e conseqüentemente, menor reabsorção tubular) aumentando a excreção através da urina, e, menor nível sangüíneo da aspirina (os principais sintomas do uso excessivo da aspirina consistem em confusão, zumbido, pulso acelerado, e, respiração aumentada). A droga básica é mais rapidamente excretada na urina ácida, pois, o pH baixo no interior do túbulo favorece a ionização, portanto, inibindo a reabsorção (a ionização torna o fármaco hidrossolúvel, e, não lipossolúvel). Os fármacos mais usados que acidificam a urina são: Fosfato de potássio e ácido ascórbico (Vitamina C). A acidificação da urina leva ao aumento de prótons do fármaco (no caso, base fraca), e, conseqüentemente, à ionização e a excreção renal. Por exemplo, na prevenção e tratamento da litíase urinária provocada pelo excesso de ácido úrico na circulação sangüínea, provocando a alcalinização da urina com a administração de citrato de potássio (Litocit), ocorre a ionização do ácido úrico, conseqüentemente, torna a droga menos lipossolúvel, o que dificulta a reabsorção do ácido no túbulo distal, aumentando a excreção renal o que evita a formação a litíase (cálculo renal) provocada pelo excesso de ácido úrico. Quanto maior a excreção renal, menor a concentração da respectiva droga na circulação sangüínea, e, pode-se afirmar que a concentração plasmática reflete a taxa de excreção do fármaco. Como exemplos de bases orgânicas, temos a anfetamina, e, a morfina que tem a excreção renal aumentadas com a acidificação da urina, pois, aumenta as formas ionizadas destas drogas, portanto, reduzindo os níveis sangüíneos.