O documento resume o Modernismo no Brasil, com ênfase na Semana de Arte Moderna de 1922. Ele descreve os antecedentes do movimento modernista no país, os principais artistas e suas obras, as influências européias, as críticas recebidas e o legado deixado pela Semana de Arte Moderna, que marcou o início do modernismo brasileiro.
3. ANTECEDENTES DA S.A.M
1912: chegada de Oswald de
Andrade da europa com (ideias)
cubistas e futuristas.
Afirmou: “ estamos atrasados 50
anos em cultura, chafurdados ainda em
pleno parnasianismo.”
Nasce a ideia de Romper com a arte
formal,cheia de regras.
Parnasianismo é uma escola literária
ou um movimento literário
essencialmente poético,
contemporâneo do Realismo-
Naturalismo. Um estilo de época
que se desenvolveu na poesia a partir
de 1850, na França, com o objetivo de
retomar a cultura clássica.
6. 1917: EXPOSIÇÃO DE
ANITA MALFATTI
Causa o 1º confronto
aberto entre o velho
Monteiro Lobato e a
artista, em um artigo para o
jornal.
Depois das críticas ela
recuou do projeto ousado,
ainda participou da semana
de arte moderna,mas os
modernistas foram se
afastando dela.
A BOBA
9. “Há duas espécies de artistas. Uma
composta dos que vêem
normalmente as coisas(..) A outra
espécie é formada pelos que vêem
anormalmente a natureza e
interpretam-na à luz de teorias
efêmeras, sob a sugestão estrábica
de escolas rebeldes, surgidas cá e lá
como furúnculos da cultura
excessiva. (...) Embora eles se dêem
como novos, precursores de uma
arte a vir, nada é mais velho do que
a arte anormal ou teratológica:
nasceu com a paranoia e com a
mistificação.(...)
10. 1920: EXIBIÇÃO DA MAQUETE DA
OBRA “MONUMENTO AS
BANDEIRAS” DE
VICTOR BRECHERET
11.
12. SEMANA DE ARTE MODERNA
*onde foi?
Ocorreu na cidade de São Paulo entre os dias 11 e 18 de
fevereiro de 1922. Tendo como palco o
Teatro Municipal de São Paulo;
Marco inicial do modernismo no Brasil.
13.
14. A Semana de Arte Moderna de 1922,
*O que pretendiam?
Capa de
Di Cavalcanti
para o Catálogo da Exposição.
Teve como principal propósito
renovar, transformar o contexto
artístico e cultural urbano, tanto na
literatura, quanto nas artes plásticas,
na arquitetura e na música.
Criar uma arte essencialmente
brasileira , embora em sintonia com as
novas tendências européias;
( AS VANGUARDAS ) essa
era basicamente a intenção dos
modernistas.
15. Durante uma semana a cidade
entrou em plena ebulição cultural,
sob a inspiração de novas
linguagens, de experiências
artísticas, de uma liberdade
criadora sem igual, com o
consequente rompimento com
o passado.
Novos conceitos foram difundidos
e despontaram talentos como:
Mário e Oswald de Andrade na
literatura.
Víctor Brecheret na escultura.
Anita Malfatti na pintura.
* O que aconteceu lá?
16. *Quem e Porquê ?
A nova geração intelectual brasileira sentiu a necessidade de
transformar os antigos conceitos do século XIX.
Embora o principal centro de insatisfação estética seja, nesta
época, a literatura, particularmente a poesia;
movimentos como:
Futurismo Cubismo Expressionismo
Começavam a influenciar os artistas brasileiros.
Anita Malfatti trazia da Europa,experiências vanguardistas que
marcaram intensamente o trabalho desta jovem, que em 1917
realizou a que ficou conhecida como a primeira exposição do
Modernismo brasileiro.
17. *Qual o contexto ?
O movimento modernista surgiu em um contexto repleto
de agitações políticas, sociais, econômicas e
culturais;
Em meio a este redemoinho histórico surgiram as
vanguardas artísticas e linguagens liberadas de regras
e de disciplinas;
A Semana, como toda inovação, não foi bem acolhida
pelos tradicionais paulistas, e a crítica não poupou
esforços para destruir suas ideias ;
A elite, habituada aos modelos estéticos europeus
mais arcaicos, sentiu-se violentada em sua sensibilidade
e afrontada em suas preferências artísticas.
18. * E o contexto
histórico?
Em plena vigência da República
Velha, encabeçada por oligarcas
do café e da política
conservadora que então
dominava o cenário brasileiro.
Aumento do número de
imigrantes europeus,
principalmente os italianos.
Surgimento da burguesia
industrial ,principalmente em São
Paulo e descontentamento desta
burguesia industrial com a política
voltada para a produção e a
exportação apenas do café,
(política do café com leite).
19. * Quais são as INFLUÊNCIAS ?
Vanguardas: movimento formado por grupos de pessoas,
que por seus conhecimentos ou por uma tendência natural,
são precursores,pioneiros em determinado movimento
artístico ou científico.
Cubismo: geometria
Futurismo: um novo olhar
Expressionismo: impacto
Fauvismo: o poder das cores
Dadaísmo: destruidor
Surrealismo: o irreal
21. O catálogo da Semana apresenta nomes
como os de:
Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Yan de Almeida Prado, John
Graz, Oswaldo Goeldi, entre outros, na Pintura e no
Desenho;
Victor Brecheret, Hildegardo Leão Velloso e Wilhelm
Haarberg, na Escultura;
Antonio Garcia Moya e Georg Przyrembel, na
Arquitetura.
Entre os escritores encontravam-se Mário e Oswald de
Andrade, Menotti Del Picchia, Sérgio Milliet, Plínio Salgado,
e outros mais.
A música estava representada por autores consagrados,
como Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernani Braga e
Frutuoso Viana.
22. * O EVENTO...
Graça Aranha aderiu ao
movimento e abre a semana
com um poema.
conferências dos artistas.
recitais.
exposições de arte.
leitura.
Convenções
apresentação do novo projeto
da arte.
23. * As críticas...
“ É preciso que se saiba
que nos manicômios
se produzem poemas,
partituras, quadros e
estátuas, e que essa
arte de doidos tem o
mesmo característico
da arte dos futuristas e
cubistas que andam
soltos por aí ’’.
Jornal do Comércio
fevereiro de 1922
24. “ Foi como se esperava, um notável fracasso a
récita de ontem na pomposa Semana de Arte
Moderna, que melhor e mais acertadamente
deveria chamar-se Semana de Mal – às artes’’.
Jornal Folha da Noite
fevereiro de 1922
“ As colunas da secção livre deste jornal estão à
disposição de todos aqueles que, atacando a
Semana de Arte Moderna, defendam o nosso
patrimônio artístico’’.
Jornal O Estado de São Paulo
fevereiro de 1922
25. * Quais as consequencias dessa nova forma de
pensar?
REVISTAS DE ARTE:
KLAXON (SP)
A FESTA (RJ)
A REVISTA (BELO HORIZONTE)
MANIFESTOS:
PAU-BRASIL
ANTROPÓFAGO OU ANTROPOFÁGICO
VERDE-AMARELO
ANTA
MOSTRAM AS IDEIAS E A NOVA FORMA DE PENSAR DOS
ARTISTAS BRASILEIROS.
IDEIAS LANÇADAS DURANTE A SEMANA DE 22
26. * Quais as características ?
Desintegração do passado: que não importa mais.
Atualização intelectual: Vanguardas
Pesquisa: aprofundamento da nossa cultura.
Criação estética: renovação,inovações e mistura.
Consciência nacional: arte brasileira
27. *Qual o legado deixado pela S.A.M?
O principal legado da
Semana de Arte
Moderna foi libertar a
arte brasileira da
reprodução nada
criativa de padrões
europeus, e dar início à
construção de uma
cultura essencialmente
nacional.
28. TARSILA DO AMARAL 1886-1973
Iniciou nas artes aos 30
anos.
Não participou da
semana de arte
moderna ,pois estava em
Paris.
Voltou ao Brasil em
junho de 1922, entrou
em contato com os
modernistas.
1ºfase: “Pau-Brasil”,
geometrização cubista.
Tarsila e Oswald
casaram-se em 1926.
29. Biografia
Nasceu em1886, em Capivari, interior do Estado de São Paulo.
Passou a infância nas fazendas de seu pai.
Estudou em São Paulo e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez
seu primeiro quadro, ‘Sagrado Coração de Jesus’, em 1904.
Quando voltou, casou-se com André Teixeira Pinto, com quem teve
a única filha, Dulce.
Separaram-se alguns anos depois e então iniciou seus estudos em
arte.
Começou com escultura, com Zadig, passando a ter aulas de
desenho e pintura no ateliê de Pedro Alexandrino em 1918, onde
conheceu a pintora Anita Malfatti.
Em 1920, foi estudar em Paris, na Académie Julien e com Émile
Renard.
Ficou lá até junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna
(que aconteceu em fevereiro de 1922) através das cartas da amiga
Anita Malfatti.
30. Autorretrato de Tarsila do
Amaral de 1923
Quando voltou ao Brasil,
Anita a introduziu no grupo
modernista e Tarsila começou
a namorar o escritor Oswald
de Andrade.
Formaram o grupo dos cinco:
Tarsila, Anita, Oswald, e os
escritores Mário de Andrade
e Menotti Del Picchia.
Agitaram culturalmente São
Paulo com reuniões, festas,
conferências.
Em dezembro de 22, ela
voltou a Paris e em seguida
Oswald foi encontrá-la.
31. 1923... A Negra, 1923, Tarsila do Amaral
Neste ano, Tarsila encontrava-se
em Paris acompanhada do seu
namorado Oswald de Andrade.
Ela estudou com o mestre cubista
Fernand Léger.
Tarsila mostrou a ele a tela ‘A
Negra’. Léger ficou entusiasmado
e até chamou os outros alunos
para ver o quadro.
A figura da Negra tinha muita
ligação com sua infância, pois essas
negras eram geralmente filhas de
escravos que tomavam conta das
crianças e, algumas vezes, serviam
até de amas de leite.
Com esta tela, Tarsila entrou para
a história da arte moderna
brasileira.
32. Pau Brasil
O Mamoeiro (1925)
‘Encontrei em Minas as cores que adorava
em criança. Ensinaram-me depois que
eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-
me da opressão, passando-as para as
minhas telas: o azul puríssimo, rosa
violáceo, amarelo vivo, verde cantante, …’
E essas cores tornaram-se uma das
marcas da sua obra, assim como a
temática brasileira, com as paisagens
rurais e urbanas do nosso país, além da
nossa fauna, flora, folclore e do nosso
povo.
Além do tema e das cores, Tarsila trouxe a
técnica do cubismo aprendida em Paris
para os seus trabalhos.
Esta fase da sua obra é chamada de Pau
Brasil, e temos quadros maravilhosos
como ‘Carnaval em Madureira’, ‘Morro da
Favela’, ‘O Mamoeiro’, ‘O Pescador’,
dentre outros.
33. Carnaval em
Madureira (1924)
Em 1926, Tarsila fez sua
primeira Exposição individual
em Paris, com uma crítica
bem favorável. Neste mesmo
ano, ela casou-se com
Oswald.
O casal passou longas
temporadas na fazenda de
Tarsila onde recebiam os
amigos modernista.
Ainda desta viagem a artista
fez uma das suas melhores
séries de desenhos que
inspirou Oswald no livro de
poesias intitulado Pau-Brasil,
e Cendrars no livro Feuilles
de route – Le formose.
36. Antropofagia
‘A Lua’ 1928
Em 1928, Tarsila deu um presente
de aniversário ao seu marido,
Oswald de Andrade. Pintou o
‘Abaporu’. Quando Oswald viu,
ficou impressionado e disse que era
o melhor quadro que Tarsila já
havia feito.
Batizou-se o quadro de Abaporu,
que significa homem que come
carne humana, o antropófago.
Oswald escreveu o Manifesto
Antropófago e fundaram o
Movimento Antropofágico.
A figura do Abaporu simbolizou o
Movimento que queria deglutir,
engolir, a cultura européia, que
era a cultura vigente na época,
e transformá-la em algo bem
brasileiro. Valorizando o nosso
país.
37. ABAPOROU
1928
Tarsila deu a Oswald
o Abaporou de
presente, que significa
em língua indígena,
“ANTROPÓFAGO”.
A artista contou que o Abaporu
era fruto de imagens do seu
inconsciente, e tinha a ver
com as histórias que as
negras contavam para ela em
sua infância.
38. CARACTERÍSTICAS DA PINTURA
ANTROPOFÁGICA
“Antropofagia 1929”
Gigantismo, violenta deformação,
pureza cromática, redução da
palheta a alguns tons essenciais,
despojamento da composição por
um lado e por outro apelo
fantástico, ao mágico e ao onírico.
Essa fase durou apenas de 1928 e
1929.
Nos anos 30, ela pintou temas
sociais, como operários(1933).
Antropofagia é um ato ritual de comer uma parte ou
várias partes de um ser humano. Os povos que
praticavam a antropofagia a faziam pensando que, assim,
iriam adquirir as habilidades e força das pessoas que
comiam e a sua virilidade.
39. Sol Poente - 1927 Outros exemplos de quadros desta fase
Antropofágica são: ‘Sol Poente’, ‘A
Lua’, ‘Cartão Postal’, ‘O Lago’,
‘Antropofagia’, etc.
Nesta fase ela usou bichos e
paisagens imaginárias, além das cores
fortes.
Em 1929 Tarsila fez sua primeira
Exposição Individual no Brasil, e a
crítica dividiu-se, pois ainda muitas
pessoas não entendiam sua arte.
Neste ano de 1929, teve a crise da
bolsa de Nova Iorque e a crise do café
no Brasil, e assim a realidade de Tarsila
mudou.
Seu pai perdeu muito dinheiro, teve as
fazendas hipotecadas e ela teve que
trabalhar.
Separou-se de Oswald, pois este a traiu
com a estudante de 18 anos Patrícia
Galvão, conhecida como Pagu.
43. Fase Social
Segunda Classe 1933
Em 1931, já com novo namorado, o médico
comunista Osório Cesar, Tarsila expôs em
Moscou. Lá, sensibilizou-se com a causa
operária,
Na volta ao Brasil participou de reuniões no
Partido Comunista Brasileiro e foi presa por
um mês. Depois deste episódio, terminou o
namoro com Osório e nunca mais se
envolveu com política.
Em 1933 pintou a tela ‘Operários’, pioneira
da temática social no Brasil. Desta fase,
temos também a tela ‘Segunda Classe’ e
outras que podemos atribuir ao social, mas
com menos destaque como ´Costureiras´ e
´Orfanato´.
Em meados dos anos 30, Tarsila uniu-se
com o escritor Luís Martins, mais de vinte
anos mais novo que ela. O romance durou
18 anos.
Trabalhou como colunista nos Diários
Associados do seu amigo Assis
Chateaubriand de 1936 até meados dos
anos 50.
45. NeoPau Brasil
O Porto, Tarsila do Amaral
Em 1950, ela voltou com a temática do
Pau Brasil com a tela ‘Fazenda’. Outras
telas desta fase são ‘Vilarejo com ponte e
mamoeiro´, ´Povoação I´ e ´Porto ´.
Em 1949, sua única neta Beatriz morreu
afogada, tentando salvar uma amiga em
um lago em Petrópolis. As duas meninas
faleceram.
Tarsila participou da I Bienal de São
Paulo em 1951, teve sala especial na VII
Bienal de São Paulo, e participou da
Bienal de Veneza em 1964.
Em 1969, a doutora e curadora Aracy
Amaral realizou a Exposição, ‘Tarsila 50
anos de pintura’. Sua filha faleceu antes
dela, em 1966.
Tarsila faleceu em janeiro de 1973.
47. Pagu
( 1910-1962 )
Escritora, jornalista e uma das grandes
mulheres do movimento modernista
brasileiro, essa foi Patrícia Rehder
Galvão. Ganhou do poeta Raul Bopp o
apelido Pagu,
Apresentada aos artistas Oswald de Andrade
e Tarsila do Amaral, Pagu aos 18 anos se
integra ao movimento antropofágico, de
cunho modernista.
Após 2 anos casa-se com Oswald e tem seu
primeiro filho, Rudá de Andrade.
Jovem, bonita e burguesa, e então junto ao
seu marido inicia na vida política, tornando-
se militante do Partido Comunista.
Em 1935 filiou-se ao PC na França, onde
também fez cursos na Sorbonne, em Paris, lá
é presa como comunista estrangeira,
com identidade falsa, ia ser deportada para a
Alemanha nazista, quando o embaixador
brasileiro Souza Dantas conseguiu mandá-la
de volta ao Brasil.
48. Aos 20 anos incendiou o bairro do
Cambuci em protesto contra o governo
provisório.
Comanda uma greve de estivadores em
Santos, e é presa pela primeira vez, das 23
que ainda iriam ocorrer, tornando-se a
primeira mulher presa no Brasil por
motivos políticos.
Em 1933 publica o romance Parque
Industrial, sob o pseudônimo de Mara
Lobo, considerado o primeiro romance
proletário brasileiro.
Nesse mesmo ano partiu para uma viagem
pelo mundo, quando estréia como
repórter, deixando no Brasil o marido
Oswald e seu filho.
49. Separa-se de Oswald e então
retoma a atividade jornalística.
É novamente presa e torturada
pelas forças da Ditadura, ficando
na cadeia por cinco anos.
Desligou-se do PCB em 1940,
assim que saiu da prisão.
Correspondente de vários
jornais, Pagu visitou os Estados
Unidos, o Japão e a China.
Entrevistou Sigmund Freud e
assistiu à coroação do último
imperador chinês.
Foi por intermédio dele que
Pagu conseguiu sementes de
soja, enviadas ao Brasil e
introduzidas na economia
agrícola brasileira.
Morre de câncer em 1962
Na véspera de sua morte, um
último texto seu é publicado, o
poema "Nothing“.
“Nada mais do que nada
Porque vocês querem
que exista apenas o
nada
Pois existe o só nada”
55. Residiu em Paris e
interessou-se pelo
surrealismo.
A partir de 1945
pioneiro na arte
abstrata no Brasil.
Nos anos 1960, voltou á
pintura figurativa.
56.
57. FLÁVIO DE CARVALHO(1899-1973)
Flávio de Carvalho é o
nome artístico de Flavio
Rezende de Carvalho.
Flávio Carvalho foi um dos
grandes nomes da geração
modernista brasileira,
atuando como arquiteto,
engenheiro, cenógrafo,
teatrólogo, pintor,
desenhista, escritor,
filósofo, músico e outros
rótulos.
58.
59.
60. OSWALDO GOELDI
1895-1961
Gravador e desenhista.
Influenciado por Edward
Munch, é considerado
pioneiro do
expressionismo no Brasil.
A presença de Oswaldo
Goeldi na semana foi
anunciada em jornais, mas,
ao que tudo indica, ele não
participou.
Goeldi representa uma
outra vertente do
modernismo brasileiro, de
forte influência
expressionista
61.
62.
63.
64. EMILIANO DI CAVALCANTI 1897-1976
Criou o cartaz e expôs 12
obras na semana de Arte
ModernS.
Depois de 1922 viajou para
Europa e conviveu com
artistas como Picasso,
Lérger, Braque, Matisse,
dentre outros.
É dessa época o interesse
pelas mulatas brasileiras,
que marcariam sua obra.
68. LASAR SEGALL 1891-1957
Foi um pintor, escultor e
gravurista judeu nascido no
território da atual Lituânia.
O trabalho de Segall teve
influências do
impressionismo,
expressionismo e
modernismo.
Seus temas mais
significativos foram
representações pictóricas do
sofrimento humano: a guerra
e a perseguição.
74. Livros “Pauliceia desvairada” , entrou para a
História como o livro central da poesia
modernista, em que Mário de Andrade
defende a liberdade e a polifonia.
Três anos depois de “Pauliceia desvairada”,
Oswald de Andrade publicava “Pau-Brasil”.
O livro foi um desdobramento de seu
“Manifesto da Poesia Pau-Brasil”, que
chamava os modernistas à criação de uma
“poesia de exportação”, em 1924.
75. Macunaíma
Seis anos depois, já a partir de suas
pesquisas sobre o folclore, Mário
escreve “Macunaíma, o herói sem
nenhum caráter”, em que a
polifonia se evidencia na linguagem
e na narrativa, na busca do que o
escritor denominava “entidade
nacional”.
Nas leituras da obra ao longo dos
anos, o anti herói — interpretado
por Grande Otelo e Paulo José no
filme homônimo de Joaquim Pedro
de Andrade (1969) — se tornou, de
forma caricata, retrato do brasileiro
malandro.
76. Um dos maiores sucessos de crítica e
público do Cinema Novo.
78. MURALISMO NO MÉXICO: DIEGO RIVERA,OROZCO E DAVID
SIQUEIROS.
NO BRASIL INFLIÊNCIOU, DI CAVALCANTI E PORTINARI.
79. Muralismo
O Muralismo é um movimento artístico que surgiu no
México, no início do século XX, criado por um grupo de
intelectuais pintores mexicanos, após a Revolução
Mexicana, reforçado pela grande depressão e pela
primeira guerra mundial.
82. Portinari 1903-1962
foi um pintor brasileiro, um dos
principais nomes do Modernismo
cujas obras alcançaram renome
internacional, como o painel Guerra e
Paz, na sede da ONU em Nova
Iorque e a série, Emigrantes do
acervo do Museu de Arte de São
Paulo (MASP).
Durante sua trajetória, ele estudou na
Escola de Belas-Artes do Rio de
Janeiro; visitou muitos países, entre
eles, a Espanha, a França e a Itália,
onde finalizou seus estudos.
83. No ano de 1935 ele
recebeu uma premiação
em Nova Iorque por sua
obra "Café". Deste
momento em diante, sua
obra passou a ser
mundialmente conhecida.
A morte de Cândido
Portinari teve como causa
aparente uma intoxicação
causada por elementos
químicos presentes em
certas tintas.
95. Guerra e Paz são dois painéis de, aproximadamente,
14 x 10 m cada um produzidos pelo pintor brasileiro
Cândido Portinari , entre 1952 e 1956 .
Os painéis foram encomendados pelo governo
brasileiro para presentear a sede da organização das
Nações Unidas (ONU) em Nova York , mas antes de
partirem, em 1956, foram expostos numa cerimônia
no Teatro Municipal do Rio de Janeiro , que contou
com a presença do então Presidente Juscelino
Kubitschek.
101. Arquitetura modernista
Em 1929 Le Corbusier (1887-1965) visitou pela 1º vez o Brasil onde conheceu
jovens arquitetos como:
Lucio Costa (1902-1998)
Oscar Niemeyer (1907-2012)
O contato com Le Corbusier foi decisivo para o desenvolvimento da arquitetura
moderna no Brasil, de um lado as controvérsias em torno do projeto e o extremo
impacto obtido pelo resultado final serviram de plataforma para a divulgação de
ideias, formas e estéticas dessa nova arquitetura.
102. Características da
arquitetura moderna.
Se pudermos resumir em poucas palavras, a arquitetura
moderna privilegia a simplicidade, mas ao mesmo tempo
não é simplória.
Ela prioriza formas simples e geométricas, livres de
muitas ornamentações. O concreto armado também é
uma das principais características desse estilo.
103. Ministério da Educação e Saúde (atual Palácio
Capanema), Rio de Janeiro. Lúcio Costa e equipe.
114. Oswald de Andrade
Oswald de Andrade (1890-1954) foi o mais
transgressor e experimental dos modernistas, autor
de irônicos discursos e artigos de ataque aos
“passadistas”, nos meses próximos à Semana de 1922,
da qual foi um dos idealizadores.
“A alegria é a prova dos nove”, declarou no
“Manifesto Antropófago” de 1928, que defendia de
forma poética uma língua brasileira e a metáfora do
canibalismo do índio que deglute o estrangeiro. Era a
ideia de antropofagia como caminho para a cultura
brasileira, reaproriada pela Tropicália nos anos 1960.
115. Anita Malfatti
Em 1917, depois de estudar pintura em Berlim —
onde teve contato com o expressionismo alemão —
e Nova York, Anita Malfatti (1889-1964) fez a
primeira exposição no país a se autodenominar
“moderna”.
A mostra entrou para a História pela crítica feroz de
Monteiro Lobato, que condenou sua “arte
caricatural” tipicamente europeia, vinculando-a à
perturbação mental.
Já para Oswald de Andrade, sua pintura causava
“impressão de originalidade e de diferente visão”.
Cinco anos depois, Anita foi uma das principais
atrações da exposição que abriu a Semana de Arte
Moderna, com telas como “O homem amarelo”, “A
estudante russa” e “A ventania”. A maior parte dessas
obras, no entanto, era de anos anteriores, porque em
1922 Anita já tinha voltado à pintar de forma mais
convencional.
116. Mário de Andrade
Um dos principais articuladores da Semana,
Mário de Andrade (1893-1945) foi um
teórico central do modernismo brasileiro.
O prefácio de “Pauliceia desvairada”,
publicado pouco depois da Semana, inspirou a
fase inicial do movimento.
A pesquisa folclórica e a linguagem inventiva
de “Macunaíma” (1928) definiram o lugar que
o modernismo ocupa até hoje no imaginário
nacional.
Nas décadas seguintes, foi interlocutor de
autores das novas gerações, como
Drummond e Sabino, e publicou trabalhos
importantes sobre música tradicional
brasileira.
117. Menotti Del Picchia
Publicado em 1917, o poema “Juca
Mulato”, de Menotti del Picchia (1892-
1988) chamou atenção por mesclar formas
clássicas, disposição gráfica ousada e temas
nacionais.
Em 1922, teve atuação incendiária na
Semana, com uma palestra sobre estética
modernista que recebeu aplausos
entusiasmados e vaias indignadas.
Mais tarde, alinhou-se a um ramo
nacionalista do movimento, o “verde-
amarelismo”, com Cassiano Ricardo e
Plinio Salgado (que também participou da
Semana e, em 1932, fundou a Ação
Integralista Brasileira, de extrema-direita).
118. Heitor Villa-Lobos
Se a Semana de 1922 foi um evento de São Paulo,
sua grande estrela foi um carioca. Convocado pelos
modernistas paulistas em viagem ao Rio, Heitor
Villa-Lobos (1887-1959) teve 20 composições
interpretadas nos três dias de programação, e um
dia todo dedicado a ele, único compositor
brasileiro na Semana.
Foi aplaudido e também vaiado, pela estranheza
causada pelos tambores e instrumentos populares
de congado incorporados à orquestra.
Mais do que a participação intensiva na semana, a
importância do maestro para o modernismo
brasileiro está na criação de uma linguagem própria
na música nacional, unindo elementos de músicas
folclóricas e indígenas já no fim dos anos 1910.
119. Victor Brecheret
Nascido Vittorio em Farnese, na Itália, Victor Brecheret
(1894-1955) foi adotado pelo grupo modernista como o
“Rodin brasileiro”, o representante da escultura na
exposição da Semana de Arte Moderna de 1922.
Na década de 1910, Brecheret estudou artes no Liceu
de Artes e Ofícios, orgulho da São Paulo que se
modernizava, e depois em Roma.
De volta à capital paulista, o artista se destacou num
ambiente de poucas experimentações na escultura.
Em 1954, o desbravamento do país pelos bandeirantes,
tão valorizado pelos modernistas paulistas, foi retratado
por Brecheret na obra “Monumento às bandeiras”, no
Parque do Ibirapuera, nas comemorações dos 400 anos
de São Paulo.
120. Di Cavalcanti
Foi de Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976) a ideia da
realização de uma Semana de Arte Moderna em São
Paulo — é o que conta a maior parte das versões de
uma história repleta delas.
Naquele momento, ele era um artista diferente
daquele que se tornaria célebre com a pintura de
paisagens brasileiras, retratos de mulatas e
preocupação social.
Di Cavalcanti apresentou sobretudo desenhos e pastéis
na exposição da Semana de 1922, além de ter sido o
autor de seu cartaz e da capa do catálogo com a
programação.
Em seus anos mais experimentais, Di criou ilustrações
para revistas modernistas como a “Klaxon” e para
livros como “Carnaval”, obra de Manuel Bandeira cujo
poema “Os sapos” foi lido durante a Semana e chocou
parte da plateia.