1. A atividade industrial voltou a crescer moderadamente em julho após quatro meses de retração, com aumento de 2,6% nas horas trabalhadas e de 1,2% no faturamento real.
2. No entanto, o mercado de trabalho industrial continuou enfraquecido, com queda de 0,2% no emprego e na massa salarial real pelo quinto mês consecutivo.
3. A utilização da capacidade instalada industrial avançou 0,6 ponto percentual em julho, para 81%, interrompendo quatro meses
Termômetros da Sociedade Brasileira | Junho 2014 | Divulgação 30/06/2014
Indicadores Industriais | Julho 2014 | Divulgação 04/09/2014
1. 1
A atividade industrial voltou a crescer em julho, ainda que moderadamente,
após quatro meses seguidos de retração. O indicador dessazonalizado de horas
trabalhadas na produção subiu 2,6%, na passagem de junho para julho, enquanto
o faturamento real cresceu 1,2% no mesmo tipo de comparação.
Com o crescimento no ritmo de operação, a Utilização da Capacidade Instalada
(UCI) avançou 0,6 ponto percentual (p.p.), alcançando 81,0% em julho.
Deve-se atribuir parte do crescimento desses indicadores ao menor número
de dias úteis afetados pela Copa do Mundo em julho na comparação com junho.
Mesmo com o crescimento das horas trabalhadas, do faturamento e do uso do
parque fabril, o quadro na indústria ainda é de desaquecimento. O mercado de
trabalho registrou a quinta baixa consecutiva em julho, com o emprego e a massa
salarial real caindo 0,2%.
Indústria cresce em julho
Deflator: IPA/OG-FGV
O resultado atual
é 5,1% inferior ao
apurado em julho do
ano passado
JULHO 2014
Variação frente a junho – com ajuste sazonal
Faturamento real
Dessazonalizado - Índice base: média 2006 = 100
Crescimento de 2,6%
Horas trabalhadas
na produção
Crescimento de 0,6 p.p.
Utilização da
capacidade instalada
Queda de 0,2%
Emprego
Queda de 0,2%
Massa salarial real
Crescimento de 0,1%
Rendimento médio real
Crescimento de 1,2%
Faturamento real
Baixa de 1,7%
na comparação
dos primeiros
sete meses de
2014 com o
mesmo período
de 2013
INDICADORES
INDUSTRIAIS
Indicadores CNI
ISSN 1983-621X • Ano 16 • Número 7 • Julho de 2014
O faturamento real
dessazonalizado subiu
1,2% em julho, mas isso
não foi suficiente para
reverter a tendência de
queda no ano
2. Indicadores Industriais
ISSN 1983-621X • Ano 16 • Número 7 • Julho de 2014
Retomada do crescimento após
quatro meses de queda
Resultado de julho interrompe
sequência negativa
Julho marca a quinta queda consecutiva
Horas trabalhadas na produção
Utilização da capacidade instalada
Emprego
As horas trabalhadas na produção
(indicador dessazonalizado) subiram 2,6%
em julho frente a junho, rompendo com
uma sequência de quatro quedas seguidas.
Na comparação com o ano passado, no
entanto, o resultado ainda é negativo. O
indicador atual é 2,3% inferior ao apurado
há 12 meses e mostra queda de mesma
intensidade ao se comparar os primeiros sete
meses de 2014 com igual período de 2013.
A indústria operou, em média, com 81,0% da
capacidade instalada em julho — segundo
o dado dessazonalizado —, 0,6 p.p. acima
do registrado em junho. Essa foi a primeira
alta depois de quatro meses seguidos de
retração da UCI.
Mesmo com o crescimento no mês, o
indicador está 1,4 p.p. abaixo do nível
apurado em julho de 2013.
O crescimento da atividade não foi
suficiente para frear a redução no quadro
de trabalhadores da indústria. O indicador
dessazonalizado de emprego caiu 0,2% em
julho frente a junho, marcando a quinta
queda consecutiva.
Na comparação com julho do ano passado,
o resultado é ainda mais negativo, com
retração de 0,6%. No acumulado do ano,
contudo, nota-se crescimento do emprego,
de 0,7%.
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
Dessazonalizado (percentual médio)
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
81%
3. Indicadores Industriais
ISSN 1983-621X • Ano 16 • Número 7 • Julho de 2014
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Veja mais
Mais informações como série histórica
e metodologia da pesquisa em:
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Trajetória cadente se mantém
pelo quinto mês
Comportamento estável se
repete em julho
Massa salarial real
Rendimento médio real
A piora no mercado de trabalho da indústria
também é percebida na evolução da massa
salarial real, que caiu 0,2% entre junho e julho
— feito o ajuste sazonal —, estendendo a série
de baixas para cinco meses.
Com isso, o indicador atual situou-se em
nível 0,2% inferior ao apurado em julho do
ano passado.
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
1 Deflator: IPA/OG-FGV - 2 Deflator: INPC-IBGE
Indústria de Transformação
Jul14/
Jun14
Dessaz.
Jul14/
Jul13
Jan-Jul14/
Jan-Jul13
Faturamento real1 1,2 -5,1 -1,7
Horas trabalhadas 2,6 -2,3 -2,3
Emprego -0,2 -0,6 0,7
Massa salarial real2 -0,2 -0,2 3,2
Rendimento médio real2 0,1 0,4 2,5
Indústria de Transformação Jul14 Jun14 Jul13
Utilização da capacidade
instalada - Dessazonalizada
81,0 80,4 82,4
Utilização da capacidade
instalada
81,4 79,7 82,8
INDICADORES INDUSTRIAIS - JULHO 2014
Variação percentual Percentual médio
Deflator: INPC-IBGE Deflator: INPC-IBGE
O rendimento médio real do trabalhador
subiu 0,1% em julho frente a junho, ou
seja, o indicador dessazonalizado mostra
estabilidade.
Comparado com o rendimento médio
registrado há 12 meses, verifica-se que o
dado atual é 0,4% maior. Embora ainda seja
positiva, essa taxa desacelerou fortemente
nos últimos quatro meses.
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