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Ministério da Saúde
Secretaria de Ciência,Tecnologia e Insumos Estratégicos
Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde
Fabiana Raynal Floriano
Utilidade dosTestes diagnósticos
para decisões em saúde
Tecnologista
Teoria da Medida
Importante: ter critérios bem definidos para estabelecer o
diagnóstico.
Definir claramente cada variável
Utilização de instrumentos com validade e precisão para
medir o fenômeno epidemiológico.
Componentes das medidas
– Erro-variação randômica, aleatória, indeterminada resultado da
dispersão inerente a qualquer medida, resíduo das repetições ou
circunstancias adversas de realização da medida.
– Bias, viés ou tendenciosidade – variação sistemática, com
grau conhecido de determinação, resultado do desvio ou da distorção
da própria operação de medida, do seu instrumento ou do seu aplicador
– Precisão – o oposto do Erro, avaliada pelos indicadores de
confiabilidade, re-teste, índice Kappa
– Validade – o oposto de Viés, sensibilidade, especificidade, acurácia
e valor preditivo
Teoria da Medida
A epidemiologia lida com
alvos móveis o tempo
inteiro, assim deve ter o
cuidado de usar medidas
válidas e de alta
precisão.
Teoria da Medida –Validade e Precisão
 Entrevistado ou informante
– Identificar condições que favorecesse a mentira do entrevistado,
avaliar se não é influenciado por depoimentos de outros
 Entrevistador
– Cuidado para não induzir respostas através de entonação e
postura frente ao entrevistado, confiabilidade-padronização
 Instrumento de coleta de dados
– Falta de padronização das respostas
– Respostas induzidas
– Dupla interpretação das questões
Problema nas medidas
Necessidade de avaliar os testes
Componentes para estabelecer a validade operacional:
Sensibilidade, Especificidade, Acurácia, Valores preditivos
SENSIBILIDADE
Avalia a capacidade de um teste detectar os
verdadeiros positivos entre os indivíduos
doentes, ou seja, detectar a doença quando ela está
de fato presente.
Validade Operacional
ESPECIFICIDADE
Avalia a capacidade de um teste detectar os
verdadeiros negativos entre os indivíduos não
doentes, ou seja, afasta a doença quando ela está
de fato ausente.
Validade Operacional
ACURÁCIA
Refere-se ao número de sujeitos corretamente
classificados pelo instrumento em uma dada
população.
Validade Operacional
ACHADO DO
TESTE
A VERDADE (padrão ouro)
Doentes Não Doentes TOTAL
Teste positivo (+) a b a+b
Teste negativo (-) c d c+d
TOTAL a + c b + d a+b+c+d
a = doentes detectados pelo teste
b = não doentes que foram considerados doentes pelo teste
c = doentes que foram considerados não doentes pelo teste
d = não doentes que também foram considerados como não doentes
pelo teste
Tabela 2 x 2
Sensibilidade, Especificidade e Acurácia
Sensibilidade =
a
a + c
Especificidade =
d
b + d
Acurácia =
a+d
a+b+c+d
VALOR PREDITIVO
Pode ser positivo ou negativo
É a probabilidade que tem cada positivo ou negativo
de ser, pelo teste respectivamente, um caso ou um
sadio.
Validade Operacional
ACHADO DO
TESTE
A VERDADE (padrão ouro)
Doentes Não Doentes TOTAL
Teste positivo (+) a b a+b
Teste negativo (-) c d c+d
TOTAL a + c b + d a+b+c+d
a = doentes detectados pelo teste
b = não doentes que foram considerados doentes pelo teste
c = doentes que foram considerados não doentes pelo teste
d = não doentes que também foram considerados como não doentes
pelo teste
Tabela 2 x 2
Valor Preditivo Positivo e Negativo
VPP + =
a
a + b
VPN - =
d
c + d
Determinantes doValor Preditivo
- Não é propriedade do teste
- É determinado pela sensibilidade, especificidade e
prevalência da doença na população.
- Para um mesmo teste, quando maior a prevalência da
doença, maior o valor preditivo positivo e menor o valor
preditivo negativo.
- Quanto mais sensível o teste, maior o seu valor preditivo
negativo.
- Quanto mais específico o teste, maior o seu valor
preditivo positivo.
O VPP de um teste é função da prevalência da doença, da
sensibilidade e fundamentalmente da especificidade.
VPP + =
SxP
(SxP) + (1-E) x (1-P)
VPP - =
E x (1-P)
(1-S) x P + E x (1-P)
Determinantes doValor Preditivo
Relação entre sensibilidade e especificidade
- Existe um contra balanço (trade-off) entre essas suas
propriedades, quando uma aumenta a outra diminui e vice-
versa.
- Teste com escala continua é necessário determinar um ponto
de corte (cut off) entre os valores considerados normais e
anormais.
- O ponto de corte deve ser escolhido no valor onde exista o
menor erro possível, tanto de falso positivo quanto de falso
negativo.
- Não existe instrumento com erro absoluto ou acerto completo
- Qual o melhor ponto de corte (cutt-off)? Uma curva ROC
auxilia nesta resposta.
- A curva ROC expressa graficamente a relação entre a
sensibilidade e especificidade de um teste.
- Também é utilizada para comparar dois ou mais testes
diagnósticos para a mesma doença.
Curvas ROC
(Receiver-operating characteristic curves)
- Ao escolher um teste diagnóstico, leva-se em
consideração a sensibilidade e especificidade.
- Quando um teste ganha em sensibilidade, perde em
especificidade e vice-versa.
- Testes sensíveis muito usados para rastreamento de
doença em grupos populacionais.
- Testes específicos são utilizados pra confirmar
diagnóstico.
Validade Operacional
- A utilização de múltiplos testes na prática clinica,
aumenta a qualidade do diagnostico, diminuindo o numero
de resultados falsos.
- Para o calculo da sensibilidade e especificidade dos
testes múltiplos é fundamental que os teste isolados sejam
independentes entre si.
Testes múltiplos (em paralelo ou em serie)
– Para diagnostico rápido
– Solicitados todos ao mesmo tempo
– Qualquer resultado positivo identifica um caso.
– Resultado negativo será considerado se todos
resultarem negativo.
– Os testes em paralelo têm por objetivo aumentar a
sensibilidade e consequentemente, o valor preditivo
negativo aumenta. Por outro lado, a especificidade e
o valor preditivo positivo diminuem.
Testes em paralelo
Tp+ = A+ u B+
Tp+ Teste paralelo positivo
A+ Resultado positivo no teste A
B+ Resultado positivo o teste B
Sp = Sa + Sb – Sa x Sb
Sp Sensibilidade combinada dos testes
Sa Sensibilidade do teste A
Sb Sensibilidade do teste B
Ep = Ea x Eb
Ep Especificidade combinada dos teste
Ea Especificidade do teste A
Eb Especificidade do teste B
VPP e VPN usa a formula considerando a Prevalência da doença
Testes em paralelo
– Usado nos processo diagnóstico sem urgência, ou
testes caros ou que oferecem risco ao paciente.
– Inicialmente utiliza o teste mais seguro e depois os
mais caros ou de risco
– Novos testes são solicitados em função do resultado
do teste anterior.
– É considerado positivo se todos os testes resultarem
positivo.
– Aumentam a especificidade do diagnóstico e o valor
preditivo positivo, entretanto o valor da sensibilidade
combinada e o valor preditivo negativo diminuem.
Testes em série
Ts+ = A+ ∩ B+
Ts+ Teste em serie positivo
A+ Resultado positivo no teste A
B+ Resultado positivo o teste B
Ss = Sa x Sb
Ss Sensibilidade combinada dos testes
Sa Sensibilidade do teste A
Sb Sensibilidade do teste B
Es = Ea + Eb - Ea x Eb
Es Especificidade combinada dos teste
Ea Especificidade do teste A
Eb Especificidade do teste B
VPP e VPN usa a formula considerando a Prevalência da doença
Testes em série
CONCEITO:
É a capacidade de um instrumento não variar em seus
resultados, sendo utilizados por diferentes operadores ou
em distintos momentos no tempo.
Confiabilidade
- CLASSIFICAÇÃO:
– Confiabilidade re-teste: estabilidade de testes e
instrumentos em dimensão temporal.
– Confiabilidade de aplicação: mesmos resultados dos
testes quando aplicados por diferentes operadores.
– Confiabilidade de avaliação: equivalência de
julgamento do resultado do teste por diferentes
operadores.
Confiabilidade
- Análise dos resultados
– Variáveis contínuas: Coeficiente de
Correlação de Pearson.
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de Spearman.
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concordância – Índice de Kappa.
Confiabilidade
 Medronho, RA. Epidemiologia. Cap18
 Rouquayrol, MZ. Introdução a epidemiologia. Cap5
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  • 1. K P S Ministério da Saúde Secretaria de Ciência,Tecnologia e Insumos Estratégicos Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde Fabiana Raynal Floriano Utilidade dosTestes diagnósticos para decisões em saúde Tecnologista
  • 2. Teoria da Medida Importante: ter critérios bem definidos para estabelecer o diagnóstico. Definir claramente cada variável Utilização de instrumentos com validade e precisão para medir o fenômeno epidemiológico.
  • 3. Componentes das medidas – Erro-variação randômica, aleatória, indeterminada resultado da dispersão inerente a qualquer medida, resíduo das repetições ou circunstancias adversas de realização da medida. – Bias, viés ou tendenciosidade – variação sistemática, com grau conhecido de determinação, resultado do desvio ou da distorção da própria operação de medida, do seu instrumento ou do seu aplicador – Precisão – o oposto do Erro, avaliada pelos indicadores de confiabilidade, re-teste, índice Kappa – Validade – o oposto de Viés, sensibilidade, especificidade, acurácia e valor preditivo Teoria da Medida
  • 4. A epidemiologia lida com alvos móveis o tempo inteiro, assim deve ter o cuidado de usar medidas válidas e de alta precisão. Teoria da Medida –Validade e Precisão
  • 5.  Entrevistado ou informante – Identificar condições que favorecesse a mentira do entrevistado, avaliar se não é influenciado por depoimentos de outros  Entrevistador – Cuidado para não induzir respostas através de entonação e postura frente ao entrevistado, confiabilidade-padronização  Instrumento de coleta de dados – Falta de padronização das respostas – Respostas induzidas – Dupla interpretação das questões Problema nas medidas
  • 6. Necessidade de avaliar os testes Componentes para estabelecer a validade operacional: Sensibilidade, Especificidade, Acurácia, Valores preditivos SENSIBILIDADE Avalia a capacidade de um teste detectar os verdadeiros positivos entre os indivíduos doentes, ou seja, detectar a doença quando ela está de fato presente. Validade Operacional
  • 7. ESPECIFICIDADE Avalia a capacidade de um teste detectar os verdadeiros negativos entre os indivíduos não doentes, ou seja, afasta a doença quando ela está de fato ausente. Validade Operacional
  • 8. ACURÁCIA Refere-se ao número de sujeitos corretamente classificados pelo instrumento em uma dada população. Validade Operacional
  • 9. ACHADO DO TESTE A VERDADE (padrão ouro) Doentes Não Doentes TOTAL Teste positivo (+) a b a+b Teste negativo (-) c d c+d TOTAL a + c b + d a+b+c+d a = doentes detectados pelo teste b = não doentes que foram considerados doentes pelo teste c = doentes que foram considerados não doentes pelo teste d = não doentes que também foram considerados como não doentes pelo teste Tabela 2 x 2
  • 10. Sensibilidade, Especificidade e Acurácia Sensibilidade = a a + c Especificidade = d b + d Acurácia = a+d a+b+c+d
  • 11. VALOR PREDITIVO Pode ser positivo ou negativo É a probabilidade que tem cada positivo ou negativo de ser, pelo teste respectivamente, um caso ou um sadio. Validade Operacional
  • 12. ACHADO DO TESTE A VERDADE (padrão ouro) Doentes Não Doentes TOTAL Teste positivo (+) a b a+b Teste negativo (-) c d c+d TOTAL a + c b + d a+b+c+d a = doentes detectados pelo teste b = não doentes que foram considerados doentes pelo teste c = doentes que foram considerados não doentes pelo teste d = não doentes que também foram considerados como não doentes pelo teste Tabela 2 x 2
  • 13. Valor Preditivo Positivo e Negativo VPP + = a a + b VPN - = d c + d
  • 14. Determinantes doValor Preditivo - Não é propriedade do teste - É determinado pela sensibilidade, especificidade e prevalência da doença na população. - Para um mesmo teste, quando maior a prevalência da doença, maior o valor preditivo positivo e menor o valor preditivo negativo. - Quanto mais sensível o teste, maior o seu valor preditivo negativo. - Quanto mais específico o teste, maior o seu valor preditivo positivo.
  • 15. O VPP de um teste é função da prevalência da doença, da sensibilidade e fundamentalmente da especificidade. VPP + = SxP (SxP) + (1-E) x (1-P) VPP - = E x (1-P) (1-S) x P + E x (1-P) Determinantes doValor Preditivo
  • 16. Relação entre sensibilidade e especificidade - Existe um contra balanço (trade-off) entre essas suas propriedades, quando uma aumenta a outra diminui e vice- versa. - Teste com escala continua é necessário determinar um ponto de corte (cut off) entre os valores considerados normais e anormais. - O ponto de corte deve ser escolhido no valor onde exista o menor erro possível, tanto de falso positivo quanto de falso negativo. - Não existe instrumento com erro absoluto ou acerto completo
  • 17. - Qual o melhor ponto de corte (cutt-off)? Uma curva ROC auxilia nesta resposta. - A curva ROC expressa graficamente a relação entre a sensibilidade e especificidade de um teste. - Também é utilizada para comparar dois ou mais testes diagnósticos para a mesma doença. Curvas ROC (Receiver-operating characteristic curves)
  • 18.
  • 19.
  • 20. - Ao escolher um teste diagnóstico, leva-se em consideração a sensibilidade e especificidade. - Quando um teste ganha em sensibilidade, perde em especificidade e vice-versa. - Testes sensíveis muito usados para rastreamento de doença em grupos populacionais. - Testes específicos são utilizados pra confirmar diagnóstico. Validade Operacional
  • 21. - A utilização de múltiplos testes na prática clinica, aumenta a qualidade do diagnostico, diminuindo o numero de resultados falsos. - Para o calculo da sensibilidade e especificidade dos testes múltiplos é fundamental que os teste isolados sejam independentes entre si. Testes múltiplos (em paralelo ou em serie)
  • 22. – Para diagnostico rápido – Solicitados todos ao mesmo tempo – Qualquer resultado positivo identifica um caso. – Resultado negativo será considerado se todos resultarem negativo. – Os testes em paralelo têm por objetivo aumentar a sensibilidade e consequentemente, o valor preditivo negativo aumenta. Por outro lado, a especificidade e o valor preditivo positivo diminuem. Testes em paralelo
  • 23. Tp+ = A+ u B+ Tp+ Teste paralelo positivo A+ Resultado positivo no teste A B+ Resultado positivo o teste B Sp = Sa + Sb – Sa x Sb Sp Sensibilidade combinada dos testes Sa Sensibilidade do teste A Sb Sensibilidade do teste B Ep = Ea x Eb Ep Especificidade combinada dos teste Ea Especificidade do teste A Eb Especificidade do teste B VPP e VPN usa a formula considerando a Prevalência da doença Testes em paralelo
  • 24. – Usado nos processo diagnóstico sem urgência, ou testes caros ou que oferecem risco ao paciente. – Inicialmente utiliza o teste mais seguro e depois os mais caros ou de risco – Novos testes são solicitados em função do resultado do teste anterior. – É considerado positivo se todos os testes resultarem positivo. – Aumentam a especificidade do diagnóstico e o valor preditivo positivo, entretanto o valor da sensibilidade combinada e o valor preditivo negativo diminuem. Testes em série
  • 25. Ts+ = A+ ∩ B+ Ts+ Teste em serie positivo A+ Resultado positivo no teste A B+ Resultado positivo o teste B Ss = Sa x Sb Ss Sensibilidade combinada dos testes Sa Sensibilidade do teste A Sb Sensibilidade do teste B Es = Ea + Eb - Ea x Eb Es Especificidade combinada dos teste Ea Especificidade do teste A Eb Especificidade do teste B VPP e VPN usa a formula considerando a Prevalência da doença Testes em série
  • 26. CONCEITO: É a capacidade de um instrumento não variar em seus resultados, sendo utilizados por diferentes operadores ou em distintos momentos no tempo. Confiabilidade
  • 27. - CLASSIFICAÇÃO: – Confiabilidade re-teste: estabilidade de testes e instrumentos em dimensão temporal. – Confiabilidade de aplicação: mesmos resultados dos testes quando aplicados por diferentes operadores. – Confiabilidade de avaliação: equivalência de julgamento do resultado do teste por diferentes operadores. Confiabilidade
  • 28. - Análise dos resultados – Variáveis contínuas: Coeficiente de Correlação de Pearson. – Variáveis ordinais: Coeficiente de Correlação de Spearman. – Variáveis nominais: Percentuais de concordância – Índice de Kappa. Confiabilidade
  • 29.  Medronho, RA. Epidemiologia. Cap18  Rouquayrol, MZ. Introdução a epidemiologia. Cap5 Referencias
  • 30. K P S