SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  42
Télécharger pour lire hors ligne
Tecnologia de
processamento de frutas
PROFA MS. CAMILA MORESCO
TECNOLOGIA DE ALIMENTOS II
Segundo a Resolução nº 12 de 1978
“Compota ou fruta em calda é o produto obtido de frutas inteiras ou
em pedaços, com ou sem sementes ou caroços, com ou sem casca, e
submetida a cozimento incipiente, envasadas em lata ou vidro,
praticamente cruas, cobertas com calda de açúcar. Depois de
fechado em recipientes, o produto é submetido a um tratamento
térmico adequado”
Designação
 O produto é designado "compota" seguido do nome da fruta ou das
frutas;
Ex.: "Compota de figo" ou "Figo em calda", "Compota de Laranja e
pêssego" ou "Laranja e pêssego em calda".
 O produto preparado com mais de três espécies, recebe a
designação genérica de "Salada de frutas“ ou de Miscelânea de
frutas", seguida da expressão "em calda".
Classificação
Compota simples - preparado com apenas uma espécie de frutas;
Compota mista ou fruta mista em calda – preparado com duas
espécies de frutas;
Salada de frutas ou miscelânea de frutas - preparado com três ou
mais espécies de frutas;
Características gerais
Deve ser preparado de frutas sãs, limpas, isentas de matéria terrosa, de
parasitos e de detritos animais ou vegetais;
Não deve ser colorido nem aromatizado artificialmente;
Somente para a cereja é permitida a recoloração;
Pode ser adicionado de glicose ou açúcar invertido;
As frutas devem obedecer às classificações e graduações de tamanho
específico para cada espécie;
O espaço livre dos recipientes não devem exceder de 10% da altura dos
mesmos;
Características organoléticas e físicas-
químicas
Aspecto: frutas inteiras ou em pedaços;
Cor: própria da fruta ou das frutas de origem;
Cheiro: próprio;
Sabor: próprio;
Densidade da calda em graus Brix: entre 14 e 40°D.
Características microbiológicas
Após 14 dias de incubação a 35°C:
Não devem observar sinais de alterações das embalagens (estufamentos,
alterações, vazamentos, corrosões internas);
Modificações de natureza física, química ou organoléptica do produto;
Deverão ser efetuadas determinações de outros micro-organismos e/ou de
substâncias tóxicas de origem microbiana;
Ausência de sujidades, parasitas e larvas.
Etapas de processamento de frutas em
calda (industrial)
1. Colheita e transporte
2. Recepção e Estocagem
3. Lavagem, Classificação e Seleção
4. Descasamento e Corte
5. Branqueamento e Resfriamento
6. Enchimento e Exaustão
7. Recravação e Tratamento térmico
8. Resfriamento, Rotulagem e Armazenamento
Colheita e transporte
Recepção e estocagem
Variedade da fruta;
Grau de maturação;
Grau de sanidade;
 Estocagem, maturação ou processamento;
 Processamento:
- Goiabas: 12 horas;
- Abacaxi: 24 horas;
Seleção e classificação
Uniformidade do produto final;
Padronização dos métodos de preparo, tratamento e conservação;
Valor comercial de com acordo tipo: Padrão, Extra ou Seleto;
Retirada de pequenos defeitos;
◦ Frutas grandes: produção de pedaços;
◦ Frutas médias: produção de fatias;
◦ Frutas pequenas: produção de suco.
Câmara de Maturação e Fria
T = 8 a 13°C
UR (%) = 85 a 90%
Gases: etileno e o acetileno.
Descascamento e corte
Descascamento está diretamente relacionado com a qualidade;
Tipo da fruta e embalagem;
Descascamento: manual, vapor ou imersão em água fervente seguida da
aspersão de água fria;
Métodos mecânicos: raspagem por abrasão e lixiviação;
Cortadas em fatias, metades, rodelas, tiras, cubos ou embaladas inteiras;
Branqueamento e resfriamento
Não é realizada em todas as frutas, ex. Abacaxi;
• Manga, maçã, figos, goiaba e caju;
• Retira o ar dos tecidos e inativa as enzimas, amolecendo as frutas;
• Facilita a embalagem;
• Banhos de água quente ou jatos de vapor;
• Resfriamento: aspersão de água;
Enchimento
• Latas e vidros são embalagens mais utilizadas;
• Manual e mecânico (semiautomático e totalmente automático) ;
• Temperatura da calda: 75°C;
• Calda: água, sacarose e xarope de glicose (até 25%);
• Aquecimento da calda no mínimo por 5 minutos;
• Concentração: 14 a 40°Brix;
- Abacaxi: 22°Brix;
- Goiaba: 35°Brix;
- Manga: 30°Brix;
Exaustão
• Retirada de ar do interior das embalagens;
• Forma-se um vácuo dentro da lata;
• Os métodos utilizados são:
- Térmico: túnel de exaustão;
- Mecânico: retira o ar com bomba de vácuo acoplada à recravadeira;
- Injeção de vapor: utilizado vapor de água, recravando-se o
recipiente em seguida;
Tratamento térmico
• Transmissão de calor por convecção;
• Produto estável, melhor textura, sabor e aparência;
• Latas são melhores condutoras de calor;
• Calda concentradas reduz a penetração de calor;
• Rotação ou agitação das latas causam correntes mais rápida de
calor;
• Tempo de acordo com equipamento.
Resfriamento
• Após o tratamento térmico;
• Evita o desenvolvimento de bactérias termófilas;
• Temperatura: 35 a 40°C;
• Equipamentos: sistemas contínuos ou descontínuos, saída da pasteurização
(jatos);
• Tempo: mesmo no tratamento térmico.
Segundo a Resolução nº 12 de 1978
“Geleia de Fruta é o produto
obtido pela cocção de frutas,
inteiras ou em pedaços, polpa
ou suco de frutas, com açúcar e
água e concentrado até
consistência gelatinosa.”
Classificação
Comum: quando preparadas numa proporção de 40 partes de
frutas frescas, ou seu equivalente, para 60 partes de açúcar;
As geléias de marmelo, laranja e maçã podem ser preparadas com
35 partes de frutas, ou seu equivalente à fruta fresca, e 65 partes de
açúcar;
Extra: quando preparadas numa proporção de 50 partes de frutas
frescas, ou seu equivalente, para 50 partes de açúcar.
Características gerais
O produto deve ser preparado de frutas sãs, limpas, isentas de matéria terrosa,
parasitos, detritos, animais ou vegetais, e de fermentação;
 Poderá ser adicionado de glicose ou açúcar invertido (glicose, frutose e
sacarose);
 Não deve conter substâncias estranhas à sua composição normal;
Isento de pedúnculos e de cascas, mas pode conter fragmentos da fruta;
Não pode ser colorido e nem aromatizado artificialmente;
É tolerada a adição de acidulantes e de pectina;
Características organoléticas
As geleias devem apresentar-se sob o aspecto de bases gelatinosa;
Manter-se no estado semissólido;
Elasticidade ao toque, retornando à sua forma primitiva após ligeira
pressão;
Cor e o cheiro devem ser próprios da fruta de origem;
O sabor deve ser doce, semi-ácido, de acordo com a fruta de
origem;
Características organoléticas
As geleias devem apresentar-se sob o aspecto de bases gelatinosa;
Manter-se no estado semissólido;
Elasticidade ao toque, retornando à sua forma primitiva após ligeira
pressão;
Cor e o cheiro devem ser próprios da fruta de origem;
O sabor deve ser doce, semi-ácido, de acordo com a fruta de
origem;
Características microbiológicas
As geleias de frutas devem obedecer ao seguinte padrão:
• Bactérias do grupo coliforme: máximo, 102/g.
• Bactérias do grupo coliforme de origem fecal, ausência em 1g.
• Salmonelas: ausência em 25g.
• Bolores e leveduras: máximo, 103/g.
Condições da fruta
Estado de maturação ótimo, apresentam seu melhor sabor, cor e aroma e são
ricas em açúcar e pectina;
Frutas verdes - podem desenvolver cor castanha no produto final;
Frutas maduras - sofrem perda de pectina e contaminação por
microorganismos;
Aproveitar o descarte de processamento de frutas;
Utilizadas polpas de frutas ou frutas pré-processadas, congeladas, ou
preservadas quimicamente;
Aproveita-se a época de safra das frutas para preservá-las e guardá-las para
ocasiões posteriores;
Importância dos açúcares
Utiliza-se a sacarose, ou seja, o açúcar de cana ou de beterraba;
Durante a cocção da geleia, a sacarose sofre um processo de inversão em meio
ácido que a transforma parcialmente em glicose e frutose;
A inversão parcial é necessária para evitar a cristalização que pode ocorrer em
determinadas ocasiões de armazenamento;
Concentração final de mais de 65% de sólidos solúveis totais (açúcar total), é
necessário substituir parte da sacarose, cerca de 30 a 40%, usando glicose de
milho ou açúcar invertido;
Várias são as vantagens da utilização da
glicose:
Evita a cristalização da sacarose;
Mantém a maciez;
Melhora a qualidade da geleia (brilho);
Diminui a sinérese (liberação da fase líquida);
Reduz a doçura da geleia;
Reduz o tempo de cozimento;
Pectina
Maçã , maracujá e as frutas cítricas são as fontes;
Obtida por extração ácida do albedo (parte branca);
Comercializadas em pó ou em forma de concentrados;
A graduação é medida do seu poder de geleificação (SAG);
Graus SAG são o número de gramas de sacarose que é capaz de geleificar
usando-se 1 grama de pectina, dando um gel de determinados graus Brix,
consistência e pH;
Ex: Pectina 150° SAG – Quando 1 grama de pectina geleifica 150 gramas de
sacarose;
Em geleias, a percentagem utilizada é em torno de 1% sobre o açúcar total;
Ácidos
Adequada geleificação, o pH final deve estar entre 3,0 e 3,2;
Necessário a acidificação da matéria-prima;
O ácido cítrico é o mais usado pois se encontra em praticamente todas as
frutas e também devido ao seu sabor agradável;
O ácido tartárico tem sabor menos detectável;
O ácido málico tem um sabor ácido menos intenso, porém mais persistente.
A quantidade em geleias é de 0,2% sobre o açúcar total;
Em relação a acidez total titulável, deve estar entre 0,5 a 0,8%
Etapas de processamento de geléia de
frutas
1. Fruta (in natura/ polpas / congelada)
2. Recepção
3. Seleção / Lavagem / Sanificação
4. Preparo da fruta e extração de suco
5. Formulação
6. Cocção / Determinação do “ponto”
7. Envasamento
8. Rotulagem e Armazenamento
Mesmo processo já descrito
para as compotas
Preparo da fruta e extração de suco
Despolpadeiras: Retirar cascas, sementes e material fibroso
Frutas sólidas: maçã, marmelo, pêra e goiaba;
- Cortadas em pedaços e colocadas para cozinhar;
- Quantidade de água: 20% do peso das frutas;
Frutas macias: uvas, amora, morango e jabuticaba;
- Podem ser esmagadas e cozidas;
- Quantidade água: 20% do peso das frutas;
Cozidas até ficarem macias e coadas em peneiras;
Geleia clara: coar novamente o suco;
Formulação
Adição de açúcar;
Adição de pectina;
Adição de ácido;
Observação: Avaliação do teor de pectina e
acidez da fruta de acordo com a classificação.
Cocção e Determinação do ponto
Concentração a pressão atmosférica e a vácuo;
• Contínua ou descontínua;
• Temperatura: 50-60º ou 85-90ºC
• Determinação do Ponto: Índice de refração
62º Brix - Geleia comum
65º Brix - Geléia Extra;
Cálculo do rendimento
Defeitos da geleia
• Quantidade insuficiente de pectina na fruta;
• Adição insuficiente de pectina;
• Baixa qualidade da pectina natural ou adicionada;
• Hidrólise da pectina – cocção prolongada;
• Acidez excessiva (pH baixo) – gel se rompe;
• Pouca acidez (pH muito alto) – impede a formação do gel;
• Excesso de açúcar – desequilíbrio;
• Movimentação excessiva do recipiente da geleia;
• Concentração inadequada - retirada antes do ponto ideal;
Quais as causas???? Questionário de estudo!!!!
Geleia muito duro?
Sinérese?
Cristalização?
Separação da fruta do gel?
Pedaços duros de fruta?
Alteração da cor?
Desenvolvimento de microorganismos?
Perda de aroma?
Geleia opaca?
Geleia puxenta?
Qual defeito pode ser
consertado????
Segundo a Resolução nº 9 de 1978
“Doce em massa, também denominado doce em pasta ou doce de
corte, é um produto resultante do processamento adequado das
partes comestíveis desintegradas de frutas com açúcares, com ou
sem adição de água, pectina, ajustador do pH e outros ingredientes
e aditivos permitidos por estes padrões até uma consistência
apropriada (pastosa até ponto de corte).”
Classificação
Quanto a fruta utilizada:
• Simples: quando preparado com uma única fruta. Ex. goiaba, manga, banana,
etc;
• Mista: quando preparado com mais de duas frutas. Ex. banana com abacaxi;
Quanto à consistência:
• Cremoso: quando a pasta for homogênea e de consistência mole, não devendo
oferecer resistência nem possibilidade de corte.
• Massa: quando a pasta for homogênea e de consistência que possibilite o
corte.
Ingredientes obrigatórios
• Frutas;
• Sacarose, glicose, açúcar invertido e seus xaropes.
Ingredientes opcionais
• Pectina;
• Ácidos;
• Suco de frutas;
• Mel de abelha;
• Especiarias (cravo, canela,...);
• Conservantes, antioxidantes e estabilizantes
Formulação
O doce em pasta deve ser elaborado a partir de uma mistura que contenha não
menos que 50 partes de frutas para cada 50 partes em peso de açúcar;
• A proporção mínima de 650g de açúcar para cada quilo de massa a ser
processada;
• A proporção mínima de cada fruta será de 20% sobre o total dos ingredientes
vegetais quando utilizar mais de uma fruta na composição do produto;
• O teor de sólidos solúveis do produto final não deve ser inferior a 55% para os
cremosos e 65% para os doces de corte;
Fatores que influenciam na qualidade
Cor e odor
Sabor
Consistência
Ausência de defeitos
Acondicionamento
Processamento
SEMELHANTE AO DA GELEIA
O QUE MUDA NESSE PROCESSO???

Contenu connexe

Tendances

Aula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de soluto
Aula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de solutoAula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de soluto
Aula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de solutoAlvaro Galdos
 
Tecnologia de cereais
Tecnologia de cereaisTecnologia de cereais
Tecnologia de cereaisAlvaro Galdos
 
Aula 6 métodos de conservação de alimentos pelo frio
Aula 6 métodos de conservação de alimentos pelo frioAula 6 métodos de conservação de alimentos pelo frio
Aula 6 métodos de conservação de alimentos pelo frioAlvaro Galdos
 
Processamento de sucos de frutas
Processamento de sucos de frutasProcessamento de sucos de frutas
Processamento de sucos de frutasPatricia Poletto
 
Bioquimica da maturação das frutas
Bioquimica da maturação das frutasBioquimica da maturação das frutas
Bioquimica da maturação das frutasUERGS
 
Tecnologia de carnes
Tecnologia de carnesTecnologia de carnes
Tecnologia de carnesAlvaro Galdos
 
Conservação dos alimentos pelo uso de aditivos
Conservação dos alimentos pelo uso de aditivosConservação dos alimentos pelo uso de aditivos
Conservação dos alimentos pelo uso de aditivosAlvaro Galdos
 
Tecnologia de óleos e gorduras
Tecnologia de óleos e gordurasTecnologia de óleos e gorduras
Tecnologia de óleos e gordurasAlvaro Galdos
 
Pós colheita em Frutas: pesquisa, armazenagem e transporte
Pós colheita em Frutas: pesquisa, armazenagem e transportePós colheita em Frutas: pesquisa, armazenagem e transporte
Pós colheita em Frutas: pesquisa, armazenagem e transporteAgricultura Sao Paulo
 
Aula 02-alimentacao-e-alteracoes-em-alimentos (1)
Aula 02-alimentacao-e-alteracoes-em-alimentos (1)Aula 02-alimentacao-e-alteracoes-em-alimentos (1)
Aula 02-alimentacao-e-alteracoes-em-alimentos (1)Rossana Martins
 
Cm tecnologia de produção frutas desidratadas
Cm   tecnologia de produção frutas desidratadasCm   tecnologia de produção frutas desidratadas
Cm tecnologia de produção frutas desidratadasCamila Moresco
 
Aula 2 controle de matérias primas
Aula 2 controle de matérias primasAula 2 controle de matérias primas
Aula 2 controle de matérias primasAlvaro Galdos
 
aspectos fisologicos de frutas e hortaliças
 aspectos fisologicos de  frutas  e hortaliças aspectos fisologicos de  frutas  e hortaliças
aspectos fisologicos de frutas e hortaliçasSusan Marcos Bernal
 
Conservação pelo uso do frio
Conservação pelo uso do frioConservação pelo uso do frio
Conservação pelo uso do frioUERGS
 
Apresentação pós colheita
Apresentação pós colheitaApresentação pós colheita
Apresentação pós colheitaÍtalo Arrais
 

Tendances (20)

Aula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de soluto
Aula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de solutoAula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de soluto
Aula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de soluto
 
tecnologia alimentos
tecnologia alimentostecnologia alimentos
tecnologia alimentos
 
5621293.ppt
5621293.ppt5621293.ppt
5621293.ppt
 
H processamento mínimo
H  processamento mínimoH  processamento mínimo
H processamento mínimo
 
Tecnologia de cereais
Tecnologia de cereaisTecnologia de cereais
Tecnologia de cereais
 
Aula 6 métodos de conservação de alimentos pelo frio
Aula 6 métodos de conservação de alimentos pelo frioAula 6 métodos de conservação de alimentos pelo frio
Aula 6 métodos de conservação de alimentos pelo frio
 
Processamento de sucos de frutas
Processamento de sucos de frutasProcessamento de sucos de frutas
Processamento de sucos de frutas
 
Bioquimica da maturação das frutas
Bioquimica da maturação das frutasBioquimica da maturação das frutas
Bioquimica da maturação das frutas
 
Tecnologia de carnes
Tecnologia de carnesTecnologia de carnes
Tecnologia de carnes
 
MMP - Minimamente processados
MMP - Minimamente processadosMMP - Minimamente processados
MMP - Minimamente processados
 
Conservação dos alimentos pelo uso de aditivos
Conservação dos alimentos pelo uso de aditivosConservação dos alimentos pelo uso de aditivos
Conservação dos alimentos pelo uso de aditivos
 
Tecnologia de óleos e gorduras
Tecnologia de óleos e gordurasTecnologia de óleos e gorduras
Tecnologia de óleos e gorduras
 
Pós colheita em Frutas: pesquisa, armazenagem e transporte
Pós colheita em Frutas: pesquisa, armazenagem e transportePós colheita em Frutas: pesquisa, armazenagem e transporte
Pós colheita em Frutas: pesquisa, armazenagem e transporte
 
Aula 02-alimentacao-e-alteracoes-em-alimentos (1)
Aula 02-alimentacao-e-alteracoes-em-alimentos (1)Aula 02-alimentacao-e-alteracoes-em-alimentos (1)
Aula 02-alimentacao-e-alteracoes-em-alimentos (1)
 
Aula 1 controle de qualidade na ind. de alimentos
Aula 1   controle de qualidade na ind. de alimentosAula 1   controle de qualidade na ind. de alimentos
Aula 1 controle de qualidade na ind. de alimentos
 
Cm tecnologia de produção frutas desidratadas
Cm   tecnologia de produção frutas desidratadasCm   tecnologia de produção frutas desidratadas
Cm tecnologia de produção frutas desidratadas
 
Aula 2 controle de matérias primas
Aula 2 controle de matérias primasAula 2 controle de matérias primas
Aula 2 controle de matérias primas
 
aspectos fisologicos de frutas e hortaliças
 aspectos fisologicos de  frutas  e hortaliças aspectos fisologicos de  frutas  e hortaliças
aspectos fisologicos de frutas e hortaliças
 
Conservação pelo uso do frio
Conservação pelo uso do frioConservação pelo uso do frio
Conservação pelo uso do frio
 
Apresentação pós colheita
Apresentação pós colheitaApresentação pós colheita
Apresentação pós colheita
 

En vedette

Preparo de geleias artesanais embrapa
Preparo de geleias artesanais embrapaPreparo de geleias artesanais embrapa
Preparo de geleias artesanais embrapaalicerossib
 
Cm tecnologia de produção de frutas liofilizadas
Cm   tecnologia de produção de frutas liofilizadasCm   tecnologia de produção de frutas liofilizadas
Cm tecnologia de produção de frutas liofilizadasCamila Moresco
 
Fabricação de polpa e néctar de frutas
Fabricação de polpa e néctar de frutasFabricação de polpa e néctar de frutas
Fabricação de polpa e néctar de frutasCamila Moresco
 
Apresentação o mundo das compotas e geleias
Apresentação o mundo das compotas e geleiasApresentação o mundo das compotas e geleias
Apresentação o mundo das compotas e geleiasCarlos Barbosa
 
Polpa de frutas 600 kg dia
Polpa de frutas 600 kg diaPolpa de frutas 600 kg dia
Polpa de frutas 600 kg diatortugan
 
Doces e geleias
Doces e geleiasDoces e geleias
Doces e geleiastortugan
 
A química que nos alimenta.
A química que nos alimenta.A química que nos alimenta.
A química que nos alimenta.Quimica2016
 
Linha de frutas
Linha de frutasLinha de frutas
Linha de frutastortugan
 
Mesa de Seleção e Preparo 2
Mesa de Seleção e Preparo 2Mesa de Seleção e Preparo 2
Mesa de Seleção e Preparo 2tortugan
 
Polpa de frutas 2400 kg dia
Polpa de frutas 2400 kg diaPolpa de frutas 2400 kg dia
Polpa de frutas 2400 kg diatortugan
 
Pesticides registration brazil 2012
Pesticides registration brazil 2012Pesticides registration brazil 2012
Pesticides registration brazil 2012Aline Ebone
 
Hortaliças minimamente processadas
Hortaliças minimamente processadasHortaliças minimamente processadas
Hortaliças minimamente processadasLenildo Araujo
 
HISTOLOGIA PRÁTICA TECIDOS .
HISTOLOGIA PRÁTICA TECIDOS .HISTOLOGIA PRÁTICA TECIDOS .
HISTOLOGIA PRÁTICA TECIDOS .day ....
 
Pectinas y alginatos
Pectinas y alginatosPectinas y alginatos
Pectinas y alginatosmirella1930
 

En vedette (20)

Preparo de geleias artesanais embrapa
Preparo de geleias artesanais embrapaPreparo de geleias artesanais embrapa
Preparo de geleias artesanais embrapa
 
Cm tecnologia de produção de frutas liofilizadas
Cm   tecnologia de produção de frutas liofilizadasCm   tecnologia de produção de frutas liofilizadas
Cm tecnologia de produção de frutas liofilizadas
 
Fabricação de polpa e néctar de frutas
Fabricação de polpa e néctar de frutasFabricação de polpa e néctar de frutas
Fabricação de polpa e néctar de frutas
 
Apresentação o mundo das compotas e geleias
Apresentação o mundo das compotas e geleiasApresentação o mundo das compotas e geleias
Apresentação o mundo das compotas e geleias
 
Polpa de frutas 600 kg dia
Polpa de frutas 600 kg diaPolpa de frutas 600 kg dia
Polpa de frutas 600 kg dia
 
Doces e geleias
Doces e geleiasDoces e geleias
Doces e geleias
 
Cereais- produtos e sub-produtos
Cereais- produtos e sub-produtosCereais- produtos e sub-produtos
Cereais- produtos e sub-produtos
 
Hortaliças minimamente processadas embrapa
Hortaliças minimamente processadas embrapaHortaliças minimamente processadas embrapa
Hortaliças minimamente processadas embrapa
 
A química que nos alimenta.
A química que nos alimenta.A química que nos alimenta.
A química que nos alimenta.
 
Linha de frutas
Linha de frutasLinha de frutas
Linha de frutas
 
Mesa de Seleção e Preparo 2
Mesa de Seleção e Preparo 2Mesa de Seleção e Preparo 2
Mesa de Seleção e Preparo 2
 
Polpa de frutas 2400 kg dia
Polpa de frutas 2400 kg diaPolpa de frutas 2400 kg dia
Polpa de frutas 2400 kg dia
 
Pesticides registration brazil 2012
Pesticides registration brazil 2012Pesticides registration brazil 2012
Pesticides registration brazil 2012
 
Solos - manejo integrado ecologico
Solos - manejo integrado ecologicoSolos - manejo integrado ecologico
Solos - manejo integrado ecologico
 
Hortaliças minimamente processadas
Hortaliças minimamente processadasHortaliças minimamente processadas
Hortaliças minimamente processadas
 
Tomate
TomateTomate
Tomate
 
HISTOLOGIA PRÁTICA TECIDOS .
HISTOLOGIA PRÁTICA TECIDOS .HISTOLOGIA PRÁTICA TECIDOS .
HISTOLOGIA PRÁTICA TECIDOS .
 
Antiespumante
AntiespumanteAntiespumante
Antiespumante
 
Acidulantes
Acidulantes Acidulantes
Acidulantes
 
Pectinas y alginatos
Pectinas y alginatosPectinas y alginatos
Pectinas y alginatos
 

Similaire à Processamento de frutas

AULA TD 1 - FRUTAS.ppt
AULA TD 1 - FRUTAS.pptAULA TD 1 - FRUTAS.ppt
AULA TD 1 - FRUTAS.pptkiara106494
 
Extracto glicólico
Extracto glicólicoExtracto glicólico
Extracto glicólicogema2013
 
414 negocios-fabricacao-de-geleia-de-fruta
414 negocios-fabricacao-de-geleia-de-fruta414 negocios-fabricacao-de-geleia-de-fruta
414 negocios-fabricacao-de-geleia-de-frutaCelso Vernareccia
 
Processamento artesanal de frutas licor
Processamento artesanal de frutas   licorProcessamento artesanal de frutas   licor
Processamento artesanal de frutas licorJulio C Finkbeiner
 
Curso de congelar alimentos parte 3/4
Curso de congelar alimentos   parte 3/4Curso de congelar alimentos   parte 3/4
Curso de congelar alimentos parte 3/4ABCursos OnLine
 
(Q) tecnologia alimenticia
(Q) tecnologia alimenticia(Q) tecnologia alimenticia
(Q) tecnologia alimenticiaAgnaldo silva
 
Relatório geléia e curtido.docx
Relatório geléia e curtido.docxRelatório geléia e curtido.docx
Relatório geléia e curtido.docxAndrezaCardinalle
 
Projeto geleia de maçã com linhaça
Projeto geleia de maçã com linhaçaProjeto geleia de maçã com linhaça
Projeto geleia de maçã com linhaçaCarima Atiyel
 
Agroindústria processamento artesanal de frutas - geléias
Agroindústria processamento artesanal de frutas - geléiasAgroindústria processamento artesanal de frutas - geléias
Agroindústria processamento artesanal de frutas - geléiasleomdecastro
 
Newsletter licinia de campos 54 carambola
Newsletter licinia de campos 54   carambolaNewsletter licinia de campos 54   carambola
Newsletter licinia de campos 54 carambolaMarcos Azevedo
 
Receitas de 100 sucos
Receitas de 100 sucos Receitas de 100 sucos
Receitas de 100 sucos danieladod
 
290481009-Processamento-Creme-de-Leite-Manteiga-e-Margarina.pptx
290481009-Processamento-Creme-de-Leite-Manteiga-e-Margarina.pptx290481009-Processamento-Creme-de-Leite-Manteiga-e-Margarina.pptx
290481009-Processamento-Creme-de-Leite-Manteiga-e-Margarina.pptxAlessandraSoaresFeli
 
Processamento de Leite Condensado e Requeijão
Processamento de Leite Condensado e RequeijãoProcessamento de Leite Condensado e Requeijão
Processamento de Leite Condensado e RequeijãoJeniffer Kelly Rodrigues
 

Similaire à Processamento de frutas (20)

suco tropical.pptx
suco tropical.pptxsuco tropical.pptx
suco tropical.pptx
 
Refrigerantes
RefrigerantesRefrigerantes
Refrigerantes
 
AULA TD 1 - FRUTAS.ppt
AULA TD 1 - FRUTAS.pptAULA TD 1 - FRUTAS.ppt
AULA TD 1 - FRUTAS.ppt
 
Extracto glicólico
Extracto glicólicoExtracto glicólico
Extracto glicólico
 
414 negocios-fabricacao-de-geleia-de-fruta
414 negocios-fabricacao-de-geleia-de-fruta414 negocios-fabricacao-de-geleia-de-fruta
414 negocios-fabricacao-de-geleia-de-fruta
 
Processamento artesanal de frutas licor
Processamento artesanal de frutas   licorProcessamento artesanal de frutas   licor
Processamento artesanal de frutas licor
 
Curso de congelar alimentos parte 3/4
Curso de congelar alimentos   parte 3/4Curso de congelar alimentos   parte 3/4
Curso de congelar alimentos parte 3/4
 
(Q) tecnologia alimenticia
(Q) tecnologia alimenticia(Q) tecnologia alimenticia
(Q) tecnologia alimenticia
 
Relatório geléia e curtido.docx
Relatório geléia e curtido.docxRelatório geléia e curtido.docx
Relatório geléia e curtido.docx
 
Projeto geleia de maçã com linhaça
Projeto geleia de maçã com linhaçaProjeto geleia de maçã com linhaça
Projeto geleia de maçã com linhaça
 
28911035 a-cura-saude-alimentos-01-cap-19
28911035 a-cura-saude-alimentos-01-cap-1928911035 a-cura-saude-alimentos-01-cap-19
28911035 a-cura-saude-alimentos-01-cap-19
 
Frutas
FrutasFrutas
Frutas
 
Aula processamento de mamão
Aula processamento de mamãoAula processamento de mamão
Aula processamento de mamão
 
Agroindústria processamento artesanal de frutas - geléias
Agroindústria processamento artesanal de frutas - geléiasAgroindústria processamento artesanal de frutas - geléias
Agroindústria processamento artesanal de frutas - geléias
 
Newsletter licinia de campos 54 carambola
Newsletter licinia de campos 54   carambolaNewsletter licinia de campos 54   carambola
Newsletter licinia de campos 54 carambola
 
Receitas de 100 sucos
Receitas de 100 sucos Receitas de 100 sucos
Receitas de 100 sucos
 
Fermentação
FermentaçãoFermentação
Fermentação
 
Uísque
UísqueUísque
Uísque
 
290481009-Processamento-Creme-de-Leite-Manteiga-e-Margarina.pptx
290481009-Processamento-Creme-de-Leite-Manteiga-e-Margarina.pptx290481009-Processamento-Creme-de-Leite-Manteiga-e-Margarina.pptx
290481009-Processamento-Creme-de-Leite-Manteiga-e-Margarina.pptx
 
Processamento de Leite Condensado e Requeijão
Processamento de Leite Condensado e RequeijãoProcessamento de Leite Condensado e Requeijão
Processamento de Leite Condensado e Requeijão
 

Processamento de frutas

  • 1. Tecnologia de processamento de frutas PROFA MS. CAMILA MORESCO TECNOLOGIA DE ALIMENTOS II
  • 2. Segundo a Resolução nº 12 de 1978 “Compota ou fruta em calda é o produto obtido de frutas inteiras ou em pedaços, com ou sem sementes ou caroços, com ou sem casca, e submetida a cozimento incipiente, envasadas em lata ou vidro, praticamente cruas, cobertas com calda de açúcar. Depois de fechado em recipientes, o produto é submetido a um tratamento térmico adequado”
  • 3. Designação  O produto é designado "compota" seguido do nome da fruta ou das frutas; Ex.: "Compota de figo" ou "Figo em calda", "Compota de Laranja e pêssego" ou "Laranja e pêssego em calda".  O produto preparado com mais de três espécies, recebe a designação genérica de "Salada de frutas“ ou de Miscelânea de frutas", seguida da expressão "em calda".
  • 4. Classificação Compota simples - preparado com apenas uma espécie de frutas; Compota mista ou fruta mista em calda – preparado com duas espécies de frutas; Salada de frutas ou miscelânea de frutas - preparado com três ou mais espécies de frutas;
  • 5. Características gerais Deve ser preparado de frutas sãs, limpas, isentas de matéria terrosa, de parasitos e de detritos animais ou vegetais; Não deve ser colorido nem aromatizado artificialmente; Somente para a cereja é permitida a recoloração; Pode ser adicionado de glicose ou açúcar invertido; As frutas devem obedecer às classificações e graduações de tamanho específico para cada espécie; O espaço livre dos recipientes não devem exceder de 10% da altura dos mesmos;
  • 6. Características organoléticas e físicas- químicas Aspecto: frutas inteiras ou em pedaços; Cor: própria da fruta ou das frutas de origem; Cheiro: próprio; Sabor: próprio; Densidade da calda em graus Brix: entre 14 e 40°D.
  • 7. Características microbiológicas Após 14 dias de incubação a 35°C: Não devem observar sinais de alterações das embalagens (estufamentos, alterações, vazamentos, corrosões internas); Modificações de natureza física, química ou organoléptica do produto; Deverão ser efetuadas determinações de outros micro-organismos e/ou de substâncias tóxicas de origem microbiana; Ausência de sujidades, parasitas e larvas.
  • 8. Etapas de processamento de frutas em calda (industrial) 1. Colheita e transporte 2. Recepção e Estocagem 3. Lavagem, Classificação e Seleção 4. Descasamento e Corte 5. Branqueamento e Resfriamento 6. Enchimento e Exaustão 7. Recravação e Tratamento térmico 8. Resfriamento, Rotulagem e Armazenamento
  • 10. Recepção e estocagem Variedade da fruta; Grau de maturação; Grau de sanidade;  Estocagem, maturação ou processamento;  Processamento: - Goiabas: 12 horas; - Abacaxi: 24 horas;
  • 11. Seleção e classificação Uniformidade do produto final; Padronização dos métodos de preparo, tratamento e conservação; Valor comercial de com acordo tipo: Padrão, Extra ou Seleto; Retirada de pequenos defeitos; ◦ Frutas grandes: produção de pedaços; ◦ Frutas médias: produção de fatias; ◦ Frutas pequenas: produção de suco.
  • 12. Câmara de Maturação e Fria T = 8 a 13°C UR (%) = 85 a 90% Gases: etileno e o acetileno.
  • 13. Descascamento e corte Descascamento está diretamente relacionado com a qualidade; Tipo da fruta e embalagem; Descascamento: manual, vapor ou imersão em água fervente seguida da aspersão de água fria; Métodos mecânicos: raspagem por abrasão e lixiviação; Cortadas em fatias, metades, rodelas, tiras, cubos ou embaladas inteiras;
  • 14. Branqueamento e resfriamento Não é realizada em todas as frutas, ex. Abacaxi; • Manga, maçã, figos, goiaba e caju; • Retira o ar dos tecidos e inativa as enzimas, amolecendo as frutas; • Facilita a embalagem; • Banhos de água quente ou jatos de vapor; • Resfriamento: aspersão de água;
  • 15. Enchimento • Latas e vidros são embalagens mais utilizadas; • Manual e mecânico (semiautomático e totalmente automático) ; • Temperatura da calda: 75°C; • Calda: água, sacarose e xarope de glicose (até 25%); • Aquecimento da calda no mínimo por 5 minutos; • Concentração: 14 a 40°Brix; - Abacaxi: 22°Brix; - Goiaba: 35°Brix; - Manga: 30°Brix;
  • 16. Exaustão • Retirada de ar do interior das embalagens; • Forma-se um vácuo dentro da lata; • Os métodos utilizados são: - Térmico: túnel de exaustão; - Mecânico: retira o ar com bomba de vácuo acoplada à recravadeira; - Injeção de vapor: utilizado vapor de água, recravando-se o recipiente em seguida;
  • 17. Tratamento térmico • Transmissão de calor por convecção; • Produto estável, melhor textura, sabor e aparência; • Latas são melhores condutoras de calor; • Calda concentradas reduz a penetração de calor; • Rotação ou agitação das latas causam correntes mais rápida de calor; • Tempo de acordo com equipamento.
  • 18. Resfriamento • Após o tratamento térmico; • Evita o desenvolvimento de bactérias termófilas; • Temperatura: 35 a 40°C; • Equipamentos: sistemas contínuos ou descontínuos, saída da pasteurização (jatos); • Tempo: mesmo no tratamento térmico.
  • 19. Segundo a Resolução nº 12 de 1978 “Geleia de Fruta é o produto obtido pela cocção de frutas, inteiras ou em pedaços, polpa ou suco de frutas, com açúcar e água e concentrado até consistência gelatinosa.”
  • 20. Classificação Comum: quando preparadas numa proporção de 40 partes de frutas frescas, ou seu equivalente, para 60 partes de açúcar; As geléias de marmelo, laranja e maçã podem ser preparadas com 35 partes de frutas, ou seu equivalente à fruta fresca, e 65 partes de açúcar; Extra: quando preparadas numa proporção de 50 partes de frutas frescas, ou seu equivalente, para 50 partes de açúcar.
  • 21. Características gerais O produto deve ser preparado de frutas sãs, limpas, isentas de matéria terrosa, parasitos, detritos, animais ou vegetais, e de fermentação;  Poderá ser adicionado de glicose ou açúcar invertido (glicose, frutose e sacarose);  Não deve conter substâncias estranhas à sua composição normal; Isento de pedúnculos e de cascas, mas pode conter fragmentos da fruta; Não pode ser colorido e nem aromatizado artificialmente; É tolerada a adição de acidulantes e de pectina;
  • 22. Características organoléticas As geleias devem apresentar-se sob o aspecto de bases gelatinosa; Manter-se no estado semissólido; Elasticidade ao toque, retornando à sua forma primitiva após ligeira pressão; Cor e o cheiro devem ser próprios da fruta de origem; O sabor deve ser doce, semi-ácido, de acordo com a fruta de origem;
  • 23. Características organoléticas As geleias devem apresentar-se sob o aspecto de bases gelatinosa; Manter-se no estado semissólido; Elasticidade ao toque, retornando à sua forma primitiva após ligeira pressão; Cor e o cheiro devem ser próprios da fruta de origem; O sabor deve ser doce, semi-ácido, de acordo com a fruta de origem;
  • 24. Características microbiológicas As geleias de frutas devem obedecer ao seguinte padrão: • Bactérias do grupo coliforme: máximo, 102/g. • Bactérias do grupo coliforme de origem fecal, ausência em 1g. • Salmonelas: ausência em 25g. • Bolores e leveduras: máximo, 103/g.
  • 25. Condições da fruta Estado de maturação ótimo, apresentam seu melhor sabor, cor e aroma e são ricas em açúcar e pectina; Frutas verdes - podem desenvolver cor castanha no produto final; Frutas maduras - sofrem perda de pectina e contaminação por microorganismos; Aproveitar o descarte de processamento de frutas; Utilizadas polpas de frutas ou frutas pré-processadas, congeladas, ou preservadas quimicamente; Aproveita-se a época de safra das frutas para preservá-las e guardá-las para ocasiões posteriores;
  • 26. Importância dos açúcares Utiliza-se a sacarose, ou seja, o açúcar de cana ou de beterraba; Durante a cocção da geleia, a sacarose sofre um processo de inversão em meio ácido que a transforma parcialmente em glicose e frutose; A inversão parcial é necessária para evitar a cristalização que pode ocorrer em determinadas ocasiões de armazenamento; Concentração final de mais de 65% de sólidos solúveis totais (açúcar total), é necessário substituir parte da sacarose, cerca de 30 a 40%, usando glicose de milho ou açúcar invertido;
  • 27. Várias são as vantagens da utilização da glicose: Evita a cristalização da sacarose; Mantém a maciez; Melhora a qualidade da geleia (brilho); Diminui a sinérese (liberação da fase líquida); Reduz a doçura da geleia; Reduz o tempo de cozimento;
  • 28. Pectina Maçã , maracujá e as frutas cítricas são as fontes; Obtida por extração ácida do albedo (parte branca); Comercializadas em pó ou em forma de concentrados; A graduação é medida do seu poder de geleificação (SAG); Graus SAG são o número de gramas de sacarose que é capaz de geleificar usando-se 1 grama de pectina, dando um gel de determinados graus Brix, consistência e pH; Ex: Pectina 150° SAG – Quando 1 grama de pectina geleifica 150 gramas de sacarose; Em geleias, a percentagem utilizada é em torno de 1% sobre o açúcar total;
  • 29. Ácidos Adequada geleificação, o pH final deve estar entre 3,0 e 3,2; Necessário a acidificação da matéria-prima; O ácido cítrico é o mais usado pois se encontra em praticamente todas as frutas e também devido ao seu sabor agradável; O ácido tartárico tem sabor menos detectável; O ácido málico tem um sabor ácido menos intenso, porém mais persistente. A quantidade em geleias é de 0,2% sobre o açúcar total; Em relação a acidez total titulável, deve estar entre 0,5 a 0,8%
  • 30.
  • 31. Etapas de processamento de geléia de frutas 1. Fruta (in natura/ polpas / congelada) 2. Recepção 3. Seleção / Lavagem / Sanificação 4. Preparo da fruta e extração de suco 5. Formulação 6. Cocção / Determinação do “ponto” 7. Envasamento 8. Rotulagem e Armazenamento Mesmo processo já descrito para as compotas
  • 32. Preparo da fruta e extração de suco Despolpadeiras: Retirar cascas, sementes e material fibroso Frutas sólidas: maçã, marmelo, pêra e goiaba; - Cortadas em pedaços e colocadas para cozinhar; - Quantidade de água: 20% do peso das frutas; Frutas macias: uvas, amora, morango e jabuticaba; - Podem ser esmagadas e cozidas; - Quantidade água: 20% do peso das frutas; Cozidas até ficarem macias e coadas em peneiras; Geleia clara: coar novamente o suco;
  • 33. Formulação Adição de açúcar; Adição de pectina; Adição de ácido; Observação: Avaliação do teor de pectina e acidez da fruta de acordo com a classificação.
  • 34. Cocção e Determinação do ponto Concentração a pressão atmosférica e a vácuo; • Contínua ou descontínua; • Temperatura: 50-60º ou 85-90ºC • Determinação do Ponto: Índice de refração 62º Brix - Geleia comum 65º Brix - Geléia Extra; Cálculo do rendimento
  • 35. Defeitos da geleia • Quantidade insuficiente de pectina na fruta; • Adição insuficiente de pectina; • Baixa qualidade da pectina natural ou adicionada; • Hidrólise da pectina – cocção prolongada; • Acidez excessiva (pH baixo) – gel se rompe; • Pouca acidez (pH muito alto) – impede a formação do gel; • Excesso de açúcar – desequilíbrio; • Movimentação excessiva do recipiente da geleia; • Concentração inadequada - retirada antes do ponto ideal;
  • 36. Quais as causas???? Questionário de estudo!!!! Geleia muito duro? Sinérese? Cristalização? Separação da fruta do gel? Pedaços duros de fruta? Alteração da cor? Desenvolvimento de microorganismos? Perda de aroma? Geleia opaca? Geleia puxenta? Qual defeito pode ser consertado????
  • 37. Segundo a Resolução nº 9 de 1978 “Doce em massa, também denominado doce em pasta ou doce de corte, é um produto resultante do processamento adequado das partes comestíveis desintegradas de frutas com açúcares, com ou sem adição de água, pectina, ajustador do pH e outros ingredientes e aditivos permitidos por estes padrões até uma consistência apropriada (pastosa até ponto de corte).”
  • 38. Classificação Quanto a fruta utilizada: • Simples: quando preparado com uma única fruta. Ex. goiaba, manga, banana, etc; • Mista: quando preparado com mais de duas frutas. Ex. banana com abacaxi; Quanto à consistência: • Cremoso: quando a pasta for homogênea e de consistência mole, não devendo oferecer resistência nem possibilidade de corte. • Massa: quando a pasta for homogênea e de consistência que possibilite o corte.
  • 39. Ingredientes obrigatórios • Frutas; • Sacarose, glicose, açúcar invertido e seus xaropes. Ingredientes opcionais • Pectina; • Ácidos; • Suco de frutas; • Mel de abelha; • Especiarias (cravo, canela,...); • Conservantes, antioxidantes e estabilizantes
  • 40. Formulação O doce em pasta deve ser elaborado a partir de uma mistura que contenha não menos que 50 partes de frutas para cada 50 partes em peso de açúcar; • A proporção mínima de 650g de açúcar para cada quilo de massa a ser processada; • A proporção mínima de cada fruta será de 20% sobre o total dos ingredientes vegetais quando utilizar mais de uma fruta na composição do produto; • O teor de sólidos solúveis do produto final não deve ser inferior a 55% para os cremosos e 65% para os doces de corte;
  • 41. Fatores que influenciam na qualidade Cor e odor Sabor Consistência Ausência de defeitos Acondicionamento
  • 42. Processamento SEMELHANTE AO DA GELEIA O QUE MUDA NESSE PROCESSO???