2. O Terceiro Setor, no mundo inteiro tem
principalmente ONGs pequenas. Embora
não existam estatísticas publicadas na
Inglaterra a U.K.Civil Society em seu
Almanac 2014 apresenta os seguintes
dados. No total há 162.226 organizações
catalogadas que assim s distribuem:
4. As Micro e Pequenas representam 83.9%
da totalidade mas, apenas captam 5.3%.
Já as Maiores e Principais são 3% das
Ongs mas captam 78%.
No Brasil a pesquisa da Fasfil (Fundações
Privadas e Associações sem Fins
Lucrativos) informa que das 290.692
entidades, 210.692 ou seja 72.55 não
tem nenhuma pessoa assalariada. Se
adicionássemos as que tem um ou dois
chegaríamos a 83.3% do total.
5. Se olharmos as que tem de 100 para mais
funcionários assalariados totalizaríamos
4.972 ou seja 1.7%.
Estivemos pessoalmente com inúmeras
entidades em todos países da America
Latina. Podemos afirmar que a situação é
a mesma. A maioria das Ongs é pequena
e, conseguem apenas uma parcela
diminuta do total captado.
6. Vimos também que a quase totalidade das
entidades foram criadas em função a uma
causa (por vezes pessoal) e, com muito
carinho e dedicação por parte do (da)
fundadora. Esta reuniu na seu redor um
grupo de amigas com muito boas
intenções, porém como muitos dizem “O
caminho do inferno está todo pavimentado
de boas intenções”
7. O que falta?
Como fazer crescer estas entidades?
A resposta pode ser sintetizada em uma
palavra: PROFISSIONALISMO.
8. Como desenvolver este Profissionalismo?
Cuidando com qualidade de fatores que
elevarão o nível da Ong que será mais
profissional e competente, tornando-se
melhor, mais respeitada e exitosa em sua
geografia de atuação . Vamos à estes
fatores!
9. 1 - Missão: É a “razão de ser” da entidade
deve comunicar para quê a entidade
existe. Que lograria caso exitosa. A
Missão serve de referência/teste para que
se julguem eventuais projetos os quais
somente deverão ser efetivados se
estiverem de acordo com a Missão. A
Missão deve ser curta e objetiva. Seu
linguajar fácil de entender. Se o leitor tiver
que ir ao dicionário, algo está errado.
10. 2 - Gestão: Definitivamente a maior
debilidade das organizações do Terceiro
Setor. É importante que haja um
organograma das funções, estabelecendo
deveres e responsabilidades para cada
cargo. Deve estar bem claro que função
faz o quê. Se houver um Conselho de
Administração (que recomendamos)
deverá estar bem definida a interface do
Conselho com a Diretoria.
11. 3 - Motivação da Instituição: É
imprescindível para o sucesso de projetos
e o crescimento da Instituição, que se
tenha o apoio concreto da Direção e das
pessoas influentes, da Instituição. É
importante que as pessoas se sintam
motivadas para atingir os objetivos, que se
sintam co-responsáveis pelos resultados.
A consultoria estará pronta para lograr
este objetivo através dialogo,
esclarecimento de dúvidas, palestra.
12. 4 - Planejamento/Objetivos: É o cérebro
das atividades. Determina ações.
Recomenda-se o exercício do SWOT. Um
bom planejamento deve ter “Indicadores
de Êxito”, preferencialmente quantitativos.
O indicador de Êxito determinará se
cumpriu-se bem com o objetivo. O
Planejamento deverá priorizar os objetivos
e estabelecer quando os diversos itens
deverão ser feitos.
13. 5 - Orçamento: O orçamento é um
“retrato” do planejamento. Deverá
considerar todos os itens de gastos e
entradas no momento em que ocorrerem.
Deverá ser projetado mensalmente e
revisado mensal ou trimestralmente.
Deveremos definir um critério para
analisar as diferenças entre o orçado e o
real. O orçamento será base para
estabelecer metas de Captação de
Recursos.
14. 6 - “Caso”: Este é o documento básico
que apresenta a instituição. Comunica sua
Missão, apresenta seus maiores logros,
define seus principais objetivos atuais e o
resultado que se conseguirá com a boa
execução dos mesmo. Estabelece
necessidades financeiras, e nomeia os
dirigentes responsáveis. O “caso” também
serve para treinamento e comunicação
interna.
15. 7 - Definição das prioridades de
Captação: É necessário hierarquizar por
urgência definindo seus responsáveis.
Importante detalhar por ordem prioritária
cada item específico, seu valor e a data
em que se faz necessário. Devemos
pensar ”grande” para não retornar com
novas solicitações para o mesmo fim,
mais adiante. Não esquecer de incluir os
custos de manutenção (overhead) da
organização.
16. • 8 - Identificação de potenciais
doadores: Aqui devemos considerar
pessoas físicas e jurídicas, tanto do setor
publico como privado. Pensar em captar
no exterior. Importante ter um Banco de
Dados com anotações sobre possíveis
alvos. Analisar potenciais parceiros em
função de sua proximidade da Missão e
da entidade.
17. • 9 - Captação de Recursos: Deve-se
definir claramente quem participará do
processo. Quem será principalmente um
“abridor de portas”. O planejamento
incluirá níveis de doações esperadas. A
primeira fase da Captação deverá ser
“silenciosa”. Só quando esta (que inclue
as maiores doações) estiver completada é
que deveremos ir a publico, quando
poderemos anunciar que já obtivemos
“ X% da meta”.