4. Certamente, em algum momento, em uma conversa despretensiosa, você
comentou com um colega sobre um filme que assistiu e que gostou. Fez um
resumo, apresentando as partes principais, comentou sobre os atores e os
personagens; também citou as cenas que julgou mais interessantes e aquelas
que não gostou também e no final da conversa sobre o filme recomendou ao
colega que o assistisse. Se você já passou por uma situação semelhante, isso
significa dizer que você já resenhou um filme, por exemplo. Esse mesmo diálogo
pode acontecer sobre um objeto cultural diferente: um livro, um cd, um show,
uma exposição, enfim, as possibilidades são muitas.
6. Cine Holliúdy: Uma resenha rápida sobre o filme
Chega aos cinemas o filme Cine Holliúdy. Direção e roteiro de Halder
Gomes e protagonizado por Edmilson Filho (o Francisglaydson). A origem do
longa vem do curta homônimo, adicionando-se apenas o subtítulo O Astista
Contra o Caba do Mal, que fora rodado em 2004/2005.
Um filme que se encaixa perfeitamente no já conhecido ótimo clichê da
Sessão da Tarde: altas confusões, muitas aventuras e uma galera que se
diverte pra valer, mas que ao mesmo tempo consegue ser diferente daquilo ao
qual estamos acostumados a assistir. Sob direção de Halder Gomes, Cine
Holliúdy é um filme para aqueles que têm sonhos e são apaixonado por cinema.
Quem cresceu no interior jogando bola ou se escondendo da mãe pra
brincar mais um pouco e fugir das obrigações da escola, vai ter um motivo a
mais para dar risada. Nas palavras do próprio diretor, Cine Holliúdy é "uma
homenagem ao cinema, à música e ao Bruce Lee". Um longa que cumpre com
excelência o seu papel: divertir o público. E tem coisa melhor? Em tempos de
produções caríssimas e grandiosas, Cine Holliúdy sai do Ceará cheio de
simplicidade e nos lembra, em 90 minutos, que sempre vale a pena lutar por
um sonho e reconhecer o valor das pessoas que nos incentivam a realizá-los.
Um filme para o Ceará, para o Brasil e, por que não, para o mundo!
7. Resenha de CD
Título: Dois Quartos
Artista: Ana Carolina
Gravadora: Sony BMG
Título que alude ao fato de o quarto álbum solo de Ana Carolina ser duplo,
Dois Quartos traduz também a dualidade da boa cantora e compositora mineira
neste trabalho marcado por excessos. Há duas Anas no CD. A que anseia por
renovação, ciente do desgaste iminente de seu cancioneiro confessional, e a que
se sente cobrada (pela gravadora Sony BMG e por ela própria) a se manter em
alta nas paradas radiofônicas. Para estas, há - por ora - a banal Rosas, música
do gaúcho Antonio Villeroy aditivada com levada de pop rock pelo produtor
Marcelo Sussekind (pouco afeito a ousadias...).
A propósito, o eclético time de produtores - formado por Dunga, Guto
Graça Mello e Nilo Romero, com colaborações eventuais de Afo Verde, DJ Zé
Pedro, Ana e do citado Sussekind - trabalhou em parceria com a artista,
aparentemente decidida a tomar as rédeas de seu trabalho. Mas, talvez
justamente pela liderança onipresente da artista, faltou rigor na seleção do
repertório. Dois Quartos poderia ter rendido um ótimo CD simples. Em seu
formato duplo, dividido em dois discos subintitulados Quarto e Quartinho, acaba
resultando repetitivo. Com uma (ligeira) supremacia do primeiro.
8. Considerando-se que os eventos do país que sediará o Mundial de Futebol em 2014
transcendem a esfera esportiva, promovendo de forma significativa o sentimento da nacionalidade e
pertencimento nos cidadãos o Museu Casa de Portinari realiza a exposição temporária, temática, a
partir de uma obra emblemática de Candido Portinari, sendo ele um artista que fez um profundo
completo e apaixonado retrato de seu país e das coisas de seu povo.
A obra FUTEBOL escolhida para objeto e tema da exposição tem um duplo sentido, além de
retratar a cena de um jogo de futebol entre meninos, tem por cenário Brodowski, terra natal do pintor,
reforçando a ligação de Portinari com a cidade.
O futebol de rua, em Brodowski, apareceu já nos primeiros anos do século passado; antes mesmo, de construir-se, no antigo largo a
Igreja de Santo Antonio, meninos de todas as idades jogavam ali o futebol, à época, com bolas de meia ou de bexiga de boi; mais
tarde, como tema da arte de Portinari, que transporta as lembranças da infância para a sua obra, a cena ficaria eternizada pelo pintor.
Também, será uma forma de ressignificar a obra através de uma releitura para os dias atuais, cultivando a presença dos “meninos” e
dos cidadãos na esplanada do Museu e na Praça onde o museu está instalado; valorizando, assim as nossas manifestações
culturais, nossa identidades e patrimônios, contribuindo para a oferta cultural nas ações do mundial de futebol.
Ainda, em nome do “Brodowski Futebol Clube” e do “Clube Atlético Bandeirante” prestamos as nossas homenagens ao futebol local,
sempre presente na história da cidade, que fez campeões locais, regionais e estaduais; também, aos incontáveis times de várzea
que mobilizaram e mobilizam atletas e torcedores fiéis e abnegados.
Para além de uma competição entre países o mundial de futebol pode, enquanto um dos principais eventos esportivos, assistido no
mundo inteiro, incentivar a paz e contribuir para a transmissão dos valores do universalismo e do respeito às diferenças e
pluralidades culturais.
Brodowski – Junho/2014
Angelica Fabbri
Diretora do Museu Casa de Portinari
9. “Como eu era antes de você” conta a história de Will Traynor e Louisa Clark.
Will era um homem ativo, inteligente, que adorava praticar esportes, namorar e amava seu trabalho,
mas sua vida muda completamente, quando ao atravessar uma rua ele é atropelado por uma moto e
fica tetraplégico.
Louisa Clark é uma jovem de 26 anos que ainda mora com os pais, é garçonete em um
pequeno café e namora a quase sete anos Patrick, um atleta que só pensa em calorias, exercícios e
campeonatos. Porém, o dono do café onde ela trabalha, resolve fechá-lo e aí ela começa a procurar
um novo emprego, pois ela precisa ajuda com as despesas de casa. Como Clark não tem muitas
qualificações, acaba se tornando quase impossível conseguir um novo trabalho, até que a única opção
que lhe resta é se tornar cuidadora de um tetraplégico de 35 anos.
Após algumas semanas no trabalho, Clark descobre que Will já tentou se suicidar e que seu
contrato é para o período de seis meses, porque Will pretende ir para Dignitas (uma clinica na Suíça)
para morrer. Quando Clark descobre isso, ela fica apavorada e pensa em desistir do emprego, mas ela
resolve tentar convencer Will que apesar de todas as limitações dele, ele ainda pode continuar vivendo
e ser feliz, e para isso ela elabora uma série de atividades e passeios para tentar anima-lo.
Jojo Moyes aborda temas delicados nesse livro, nos fazendo refletir sobre como lidar com
situações tão complexas e humanas. A autora consegue transmitir toda dor e sofrimento de Will de
forma muito clara e isso me tocou muito, pois tenho um caso parecido na família.
Se você quer um livro que te emocione e que te faça refletir sobre as decisões e atitudes tanto
suas como das pessoas que estão passando por problemas, “Como eu era antes de você” é o livro:
sensível, emocionante e triste.
Com certeza a história irá tocar você também, recomendo.
10. O programa de Pedro Bial, Conversa, na Globo, é o
exemplo pronto e acabado de como para a televisão também é
possível contornar as muitas dificuldades que o atual e outros
tantos momentos nos impõem.
Agora, nesta sua volta, ele só ganhou com essa facilidade
de entrevistar as pessoas, cada um da sua casa.
O próprio ambiente, sem a suntuosidade dos cenários ou
frieza dos estúdios, propicia um clima de maior intimidade, a
conversa direta, olho no olho.
Todos se sentem mais confortáveis para falar sobre
diferentes assuntos e até os seus próprios, basta verificar a
repercussão das entrevistas de Lima Duarte, William Bonner,
Glória Maria e Anitta, entre outros, só nessas duas semanas em
que o programa voltou a ser exibido.
Está aí mais uma demonstração que é perfeitamente
possível fazer boa televisão, sem gastar tanto, só se valendo de
maior criatividade e das facilidades que o mercado hoje dispõe.
No fundo, no fundo, esse é o mundo tão sonhado de tantas
TVs. Só falta coragem de fazer. A Globo e o Bial tiveram.
11.
12. Resenha – também conhecida como crítica – é um gênero textual
que jornalístico, de opinião, que procura fazer uma avaliação elogiosa,
construtiva ou negativa de um objeto sociocultural, como um show, um
DVD, um filme, um espetáculo, um livro, etc.
Resenhar é uma atitude reflexiva, interpretativa, crítica, que exige
critério e organização das ideias.
13. O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural - livros, filmes
peças de teatro, etc. Por isso a resenha é um texto de caráter efêmero, pois
"envelhece" rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa”
As resenhas são lidas pelas pessoas que pretendem saber algo acerca de
um conteúdo (do que se trata ou se é bem avaliado pela crítica, por exemplo). Por
isso, elas podem influenciar a escolha do leitor, que tem dúvida sobre ler um livro
ou outro, e do espectador, que ainda não decidiu se quer ou não consumir um
objeto cultural.
14. A resenha se dirige ao público-alvo do objeto resenhado.
Porém, ao produzir a resenha de um filme infantil, por exemplo, o
resenhista deve se dirigir a interlocutores adultos, pois serão os
pais os responsáveis por avaliar o interesse desse filme para seus
filhos.
15. A resenha pode ser publicada em
Jornais;
Revistas;
Livros;
Sites e blogs especializados.
16.
17. descritiva: o resenhista descreve o texto com suas palavras, oferecendo um apanhado da
obra;
opinativa (o resenhista emite a sua opinião sobre o objeto cultural);
breve (a ideia do texto é despertar o interesse do público pela obra resenhada e não contar
tudo sobre ela);.
objetiva (é preciso ir direto ao ponto);
argumentativa (é necessário argumentar e defender a sua opinião sobre o objeto
resenhado);
recomendação (é imprescindível recomendar ou não a obra);
Avaliação (é necessário apresentar os pontos positivos e negativos).
18. Capacidade de síntese, interpretação e crítica;
Linguagem simples e acessível, respeitando a norma culta, podendo sofrer
algumas alterações a depender da obra resenhada;
Presença de juízo valorativo, comentário e crítica;
O seu tamanho geralmente varia e é, geralmente, curto;
Objetividade, clareza e concisão;
Exige conhecimentos de outras obras a fim de estabelecer relações.
19. São três os tipos de resenha: a crítica, a descritiva e a temática. Elas
seguem por caminhos parecidos mas chegam a destinos diferentes. As
semelhanças são o texto construído com imparcialidade, impessoalidade
e cientificidade. O que distingue as duas primeiras é que uma contará
com a opinião de quem a escreve, enquanto a outra atua apenas como
um resumo mais detalhado de determinada obra.
20. Resenha crítica
Avalia e julga obras culturais como filmes, livros e peças teatrais, bem como
trabalhos acadêmicos. É um texto que descreve o objeto do qual trata e apresenta o juízo
de valor do resenhista sobre tal.
A resenha crítica precisa ter uma contextualização da obra avaliada, assim como
suas referências completas, de acordo com as regras da ABNT; título a partir do enfoque
da análise; considerações sobre o que foi avaliado; crítica a respeito dos conteúdos; e
indicação para alunos de áreas afins ou possível público de interesse. Mas, apesar de
haver a inferência do aluno que disserta, o texto deve ser escrito em terceira pessoa.
21.
22. Resenha descritiva
Ela sintetiza uma obra, apresentando seu autor e seus aspectos formais
além de contextualizar seus assuntos. Mas, aqui, diferentemente da resenha
crítica, não há inferência do resenhista, sendo assim, não cabe avaliação ou
juízo de valor.
23.
24. Resenha temática
Esse tipo de resenha é caracterizado por abordar vários textos cuja temática seja
a mesma, ou seja, textos que tratem sobre um mesmo assunto. É aquela que fala de
vários textos ao mesmo tempo, que tenham assuntos em comum. Basicamente, o
objetivo é fazer um paralelo entre suas ideias e expor uma opinião sobre elas. Sua
elaboração é mais simples do que a elaboração das resenhas críticas e descritivas.
Pode apresentar e comparar posicionamentos de diferentes autores sobre um
mesmo tema (por exemplo, podemos construir uma resenha temática com o propósito
de demonstrar como os autores X, Y e Z definem cultura).
25. Referencias:
http://www.psicologia.pt/
Artigo - Bullying em contexto escolar: uma proposta de intervenção de Mónica Machado WWW.scielo.br
Artigo - Bullying . Comportamento agressivo entre estudantes de Aramis A. Lopes Neto*
Rosilane Valentim, estudante de Contabilidade da UNEB. http://rosilanevalentim.blogspot.com/2012/03/resenha-
tematica-o-bullying-na-escola.html
26.
27. A composição de uma resenha exige os seguintes aspectos:
Introdução breve que contextualiza o autor, o assunto da obra lida, seus objetivos e sua
relevância para um leitor interessado no assunto.
Resumo da obra que pode ser com crítica ou sem crítica.
Sem crítica, apresenta apenas uma descrição das ideias contidas na obra.
Com crítica, apresenta as ideias, já colocando a opinião, ou seja, indicando pontos positivos e/ou
negativos, revelando ideologias etc. Nesse caso, podem aparecer citações entre aspas (citações
formais), normalmente acompanhada das páginas de onde elas foram extraídas.
No resumo deve constar, ainda, informações sobre a obra: se é dividida em capítulos (estrutura)
– quantos, quais, como? (se houve um mais importante – por quê?) e esclarecer se o livro tem
citações.
28. Opinião - o resenhista ao produzir seu texto responde a algumas questões, assumindo um
posicionamento e, consequentemente, argumentando com exemplos , associando a outras obras
da mesma natureza ou mesmo tema.