Os Lusíadas é um poema épico escrito por Luís Vaz de Camões publicado em 1572. A obra é dividida em dez cantos e narra a viagem de Vasco da Gama às Índias, exaltando os feitos heroicos dos portugueses e a expansão do Império Português. O poema também aborda temas mitológicos e desenvolve uma história sobre as disputas entre deuses do Olimpo.
1. Os Lusíadas
“Os Lusíadas” é uma epopeia do escritor
português Luís Vaz de Camões, que tem como
assunto a viagem de Vasco da Gama às Índias.
A Narrativa é dividida em dez cantos que são
organizados em 1.102 estrofes, cada uma com
oito versos, todos decassílabos heroicos, e com
rima ABABABCC.
2. • Mais que uma obra literária, pode-se dizer
que é uma obra de arte, tal foi o empenho do
autor em mantê-la com esta regularidade formal.
Considerado o maior poema épico da língua
portuguesa, foi publicado em 1572, com o apoio
do Rei D. Sebastião. O poema conta histórias sobre
as perigosas viagens marítimas e a descoberta de
novas terras, povos e culturas, exaltando o
heroísmo do homem, que, navegador, aventureiro,
cavalheiro e amante, é também destemido e
bravo, e enfrenta mares desconhecidos em busca
dos seus objetivos.
4. • Sabe-se que o maior poeta português, Luís Vaz de Camões, nasceu
provavelmente em Lisboa (Portugal), por volta de 1524 e pertenceu a uma
família da pequena nobreza, de origem galega.
•
• Este poeta do classicismo português possui obras que o coloca a altura dos
grandes poetas do mundo. Seu poema épico Os Lusíadas divide-se em dez cantos
repartidos em oitavas. Esta epopéia tem como tema os feitos dos portugueses:
suas guerras e navegações.
•
• Dono de um estilo de vida boêmio, este escritor lusitano foi freqüentador da
Corte, viajou para o Oriente, esteve preso, passou por um naufrágio, foi também
processado e terminou em miséria. Seus últimos anos de vida foram na mais
completa pobreza.
•
• A bagagem literária deixada pelo escritor é de inestimável valor literário. Ele
escreveu poesias líricas e épicas, peças teatrais, sonetos que em sua maior parte
são verdadeiras obras de arte.
•
• Criador da linguagem clássica portuguesa, teve seu reconhecimento e prestígio
cada vez mais elevados a partir do século XVI. Faleceu em Lisboa, Portugal, no
ano de 1580. Seus livros vendem milhares de exemplares atualmente, sendo que
foram traduzidos para diversos idiomas (espanhol, inglês, francês, italiano,
alemão entre outros). Seus versos continuam vivos em diversos filmes, músicas e
roteiros.
5. • Obras de Camões
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• 1572- Os Lusíadas
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• Lírica
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• 1595 - Amor é fogo que arde sem se ver
• 1595 - Eu cantarei o amor tão docemente
• 1595 - Verdes são os campos
• 1595 - Que me quereis, perpétuas saudades?
• 1595 - Sobolos rios que vão
• 1595 - Transforma-se o amador na cousa amada
• 1595 - Sete anos de pastor Jacob servia
• 1595 - Alma minha gentil, que te partiste
• 1595 - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
• 1595 - Quem diz que Amor é falso ou enganoso
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• Teatro
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• 1587 - El-Rei Seleuco.
• 1587 - Auto de Filodemo.
• 1587 - Anfitriões
6.
7. • Os Lusíadas é o nome de um poema épico de Luís Vaz
de Camões, publicado em 1572. A obra está dividida
em 10 cantos, com número variável de estrofes. O
tema do poema é a história de Portugal desde os
primórdios até o tempo de Camões, com uma narrativa
idealizada e alusões frequentes à mitologia e cultura
clássica. É, geralmente, considerada a obra maior da
literatura portuguesa, quer pela qualidade poética
reconhecida, quer pelo sentimento patriótico de que
faz testemunho.Ao longo de dez cantos, Os
Lusíadas possui 1.102 estrofes de versos decassílabos,
ou seja, de dez sílabas rímicas, somando ao todo 8.816
versos.
• O esquema rímico de cada estrofe é AB AB AB CC. Os
primeiros seis versos são cruzados e os dois últimos
emparelhados.
8. • 1
As armas e os barões assinalados
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
2
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis, que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles, que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando;
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
3
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram:
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
9. • 4
E vós, Tágides minhas, pois criado
Tendes em mim um novo engenho ardente,
Se sempre em verso humilde celebrado
Foi de mim vosso rio alegremente,
Dai-me agora um som alto e sublimado,
Um estilo grandíloquo e corrente,
Porque de vossas águas, Febo ordene
Que não tenham inveja às de Hipocrene.
5
Dai-me uma fúria grande e sonorosa,
E não de agreste avena ou frauta ruda,
Mas de tuba canora e belicosa,
Que o peito acende e a cor ao gesto muda;
Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Gente vossa, que a Marte tanto ajuda;
Que se espalhe e se cante no universo,
Se tão sublime preço cabe em verso.
6
E vós, ó bem nascida segurança
Da Lusitana antiga liberdade,
E não menos certíssima esperança
De aumento da pequena Cristandade;
Vós, ó novo temor da Maura lança,
Maravilha fatal da nossa idade,
Dada ao mundo por Deus, que todo o mande,
Para do mundo a Deus dar parte grande;
10. • Além de narrar o caminho para a descoberta
das índias, a epopeia fala sobre as grandes navegações,
o império português no Oriente, os reis e heróis de
Portugal, dentre outros fatos que o tornam um poema
histórico, enciclopédico. Em paralelo, desenvolve-se
também uma história mitológica, envolvendo lutas
entre os deuses do Olimpo: Vênus e Marte, Baco e
Netuno.
• Em Os Lusíadas podemos encontrar ideais
renascentistas, imperialistas e nacionalistas, cristãos e
pagãos, épicos e líricos, ufanistas e críticos, clássicos e
barrocos. Com esta quantidade de contrapontos que se
cruzam, Camões foi reconhecido como grande literato,
elaborando uma obra com uma linguagem muito rica.
11. • Quanto à história, o enredo é dividido em cinco partes, como
manda a tradição clássica a uma epopeia. São elas:
1. Proposição - Apresentação da obra e síntese do assunto,
ressaltando o heroísmo, o antropocentrismo, o ufanismo, dentre
outras características do homem.
2. Invocação das Tágides - É um pedido do autor às musas Tágides,
ninfas do rei Tejo, para virem lhe dar inspiração.
3. Dedicatória ao Rei D. Sebastião - O rei é apresentado como um
menino, aos 14 anos assumindo o trono, exaltando-o como jovem e
esperança da pátria.
4. Narração - Parte mais consistente da história, como já dito, foca-se
em três pontos principais: a viagem de Vasco da Gama às Índias, a
narrativa da história de Portugal e as lutas e intervenções dos
deuses do Olimpo. Ao mesmo tempo, o autor faz descrições de
fenômenos como a tromba marítima, e disserta sobre a moral, o
ouro, as riquezas, entre outros interesses do homem renascentista.
5. Epílogo - última parte, contém críticas do poeta, lamentações sobre
a realidade, exortações ao rei, etc. O tom destas últimas 12
estrofes é pessimista, criticando a decadência do país, e reforçando
a exaltação ao Rei D. Sebastião.