SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  26
Serviços Farmacêuticos nas
Farmácias do Brasil

Cassyano J Correr, BPharm, MSc, PhD
Departamento de Farmácia
Universidade Federal do Paraná, Brasil




1º Simpósio Luso-Brasileiro de Farmácia
Lisboa, 01 de novembro de 2012
Serviços Ambulatoriais de Farmácia no Brasil

       SETOR PÚBLICO

                 Rede
               Farmácia
                                         SETOR PRIVADO
                Popular
Unidades
de Saúde
                                      Farmácias Privadas
  (APS)
                          Programa         ~80.000
                          “Aqui tem
                          Farmácia
                           Popular”
 Farmácias
Comunitárias
  Públicas


         Farmácias
          Especiais
        Ambulatoriais
Farmácias Públicas
Farmácia Popular     Farmácia Comunitária Pública




Farmácia Especial    Serviço de Farmácia - USF
Farmácias Públicas
Farmácia Popular     Farmácia Comunitária Pública




Farmácia Especial    Serviço de Farmácia - USF
Farmácias Privadas
Livre propriedade, farmácias de rede e independentes
Crescimento                     Crescimento
          13,9% - 2 anos                  26,5% - 5 anos




Número de Farmácias no Brasil
Crescimento mais lento nos últimos anos
Distribuição das Farmácias Privadas




de Castro MS, Correr CJ. Ann Pharmacother. 2007 Sep;41(9):1486-93.
Regulamentação dos Serviços nas Farmácias
Normas recentes

ANVISA                   CFF
 RDC nº. 44, de 2009,    Resoluções nº 499
  dispõe sobre as          de 2008 e nº 505 de
  boas práticas            2009 que dispõem
  farmacêuticas em         sobre a prestação
  farmácias e              de serviços
  drogarias                farmacêuticos, em
                           farmácias e
                           drogarias, e dá
                           outras providências.
BPF: ANVISA RDC 44/2009




 Dispõe sobre as boas práticas de dispensação e a prestação
  de serviços farmacêuticos nas farmácias e drogarias
ANVISA: A atenção farmacêutica deve ter como objetivos a
prevenção, detecção e resolução de problemas relacionados a
medicamentos, promover o uso racional dos medicamentos, a fim de
melhorar a saúde e qualidade de vida dos usuários.
Declaração de Serviço Farmacêutico




Correr CJ, Otuki MF. A prática farmacêutica na farmácia comunitária. Porto Alegre: Artmed,
A prática




Correr CJ, Otuki MF. A prática farmacêutica na farmácia comunitária. Porto Alegre: Artmed,
Estudo descritivo com 91 farmacêuticos do município de Jundiaí-SP
                           Saude soc. vol.18 no.1 São Paulo jan./mar. 2009
Evidências sobre os serviços
farmacêuticos no Brasil
Estudos clínicos controlados
Estudo controlado em farmácias comunitárias,
com duração de 12 meses


Controle glicêmico em diabéticos
 Arq Bras Endocrinol Metab. 2009;53(7):825-33.
2010: R$ 76,00 (U$ 37,62) para cada 1% de redução
na HbA1.




 Custo do serviço ao diabético
 Arq Bras Endocrinol Metab. 2009;53(7):825-33.
Redução do risco nos pacientes do grupo
intervenção em 36 meses




  Redução do Risco Coronariano
  J Pharm Pharm Sci. 2011;14(2):249-63.
Usuários mais
                                        satisfeitos em
                                        farmácia privada
                                        com serviço de
                                        atenção
                                        farmacêutica
                                        p<0,01




Satisfação dos pacientes
Braz. J. Pharm. Sci. vol.45 no.2 São Paulo Apr./June 2009
As percepções dos farmacêuticos sobre seu
      trabalho nas farmácias privadas - RJ
   A prática profissional nas farmácias comunitárias

   “A dispensação de medicamentos é com os
    balconistas, os [medicamentos] controlados, sou
    eu. É assim: chega a receita, tem o genérico e o
    similar que é mais barato. Geralmente, o cliente
    leva o mais barato. Eles entregam o medicamento.
    Na maioria das vezes, eu faço serviço burocrático,
    lançando nota fiscal. É raro eu participar da
    dispensação. Só quando é controlado mesmo.
    Antigamente, era a subgerente que lançava as
    notas fiscais da loja; depois que ela saiu, eu fiquei
    lançando. Se eu não tiro dúvidas, o balconista tira.
    No início, quando eu via erros (dos balconistas), eu
    falava muito, depois eu fui parando. Eu estou em
    farmácia só há dois anos, já os balconistas tem
    mais tempo”

   (farmacêutico de farmácia de rede estadual)
                              Ciênc. saúde coletiva vol.15  supl.3 Rio de Janeiro nov. 2010
As percepções dos farmacêuticos sobre seu
trabalho nas farmácias privadas - RJ
           Satisfação dos farmacêuticos com o trabalho na
            farmácia

           “Eu acho que tinha que ter um espaço para o
            farmacêutico, para poder estar chamando e
            atendendo o paciente. Mas um espaço mesmo, que
            ninguém pudesse te interromper e o paciente
            pudesse contar realmente o que está se passando.
            Porque, num cantinho do balcão que a gente possa
            usar para falar com o cliente, às vezes ele se sente
            envergonhado de contar, às vezes é um homem
            querendo falar de um problema de disfunção erétil
            ou alguma coisa parecida. Mesmo aqui dentro... É a
            minha sala com o armário de controlados, não posso
            trazer para cá. As redes, a meu ver, teriam que
            investir mais no farmacêutico, nas suas condições de
            trabalho.”

           (farmacêutico de farmácia de rede estadual)
A necessidade de um novo
marco para os serviços
farmacêuticos em farmácias no
Brasil
Serviços clínicos prestados pelo
                          farmacêutico:

                          • Rastreamento
                          • Educação em Saúde
                          • Dispensação
                          • Revisão da Farmacoterapia
                          • Seguimento Farmacoterapêutico
                          • Prescrição Farmacêutica




Expansão da carteira de serviços
farmacêuticos
Uniformização de termos
Conclusões

 Houve avanços importantes nos serviços
  farmacêuticos na última década
 Os serviços atuais são demasiado focados em
  procedimentos, não propriamente serviços
 A dispensação continua sendo a atividade
  principal
 Demais serviços são incipientes e geralmente
  sem um modelo de negócio estruturado
 Ainda falta aos farmacêuticos formação
  clínica adequada
Pontos para o futuro:

        1. Realização de um amplo diagnóstico
           dos serviços farmacêuticos no Brasil

        2. Desenvolvimento de novos modelos de
           negócio na farmácia baseados em
           serviços farmacêuticos

        3. Fixação dos serviços farmacêuticos para
           além do balcão

        4. Amadurecimento do modelo de
           competências, formação e certificação
           do farmacêutico clínico no Brasil
Obrigado!
cassyano@ufpr.br

Contenu connexe

Tendances

13 30 Lorenzo Bandeira Cuidado Farmac%E Autico A Pacientes Hipertensos E Di...
13 30 Lorenzo Bandeira   Cuidado Farmac%E Autico A Pacientes Hipertensos E Di...13 30 Lorenzo Bandeira   Cuidado Farmac%E Autico A Pacientes Hipertensos E Di...
13 30 Lorenzo Bandeira Cuidado Farmac%E Autico A Pacientes Hipertensos E Di...
Jose Eduardo
 
Efeitos da atenção farmacêutica em pacientes com diabetes tipo 2 em farmácia ...
Efeitos da atenção farmacêutica em pacientes com diabetes tipo 2 em farmácia ...Efeitos da atenção farmacêutica em pacientes com diabetes tipo 2 em farmácia ...
Efeitos da atenção farmacêutica em pacientes com diabetes tipo 2 em farmácia ...
Cassyano Correr
 
Prescrição Farmacêutica
Prescrição FarmacêuticaPrescrição Farmacêutica
Prescrição Farmacêutica
Rinaldo Ferreira
 
Ciclo da assistência farmacêutica1
Ciclo da assistência farmacêutica1Ciclo da assistência farmacêutica1
Ciclo da assistência farmacêutica1
Suzana Zaba Walczak
 

Tendances (20)

Projeto Piloto de Cuidado Farmacêutica na Atenção Básica em Curitiba- Aprese...
Projeto Piloto de Cuidado  Farmacêutica na Atenção Básica em Curitiba- Aprese...Projeto Piloto de Cuidado  Farmacêutica na Atenção Básica em Curitiba- Aprese...
Projeto Piloto de Cuidado Farmacêutica na Atenção Básica em Curitiba- Aprese...
 
13 30 Lorenzo Bandeira Cuidado Farmac%E Autico A Pacientes Hipertensos E Di...
13 30 Lorenzo Bandeira   Cuidado Farmac%E Autico A Pacientes Hipertensos E Di...13 30 Lorenzo Bandeira   Cuidado Farmac%E Autico A Pacientes Hipertensos E Di...
13 30 Lorenzo Bandeira Cuidado Farmac%E Autico A Pacientes Hipertensos E Di...
 
Serviços Farmacêuticos Clínicos: O que dizem as Revisões Sistemáticas?
Serviços Farmacêuticos Clínicos: O que dizem as Revisões Sistemáticas?Serviços Farmacêuticos Clínicos: O que dizem as Revisões Sistemáticas?
Serviços Farmacêuticos Clínicos: O que dizem as Revisões Sistemáticas?
 
Gestão Clínica de Medicamentos na Atenção Primária à Saúde
Gestão Clínica de Medicamentos na Atenção Primária à SaúdeGestão Clínica de Medicamentos na Atenção Primária à Saúde
Gestão Clínica de Medicamentos na Atenção Primária à Saúde
 
Gestao clinica de medicamentos na atenção primária a saude cassyano correr ufpr
Gestao clinica de medicamentos na atenção primária a saude cassyano correr ufprGestao clinica de medicamentos na atenção primária a saude cassyano correr ufpr
Gestao clinica de medicamentos na atenção primária a saude cassyano correr ufpr
 
Noções de semiologia e cuidado farmacêutico crfmg 2015_final
Noções de semiologia e cuidado farmacêutico crfmg 2015_finalNoções de semiologia e cuidado farmacêutico crfmg 2015_final
Noções de semiologia e cuidado farmacêutico crfmg 2015_final
 
Âmbito Farmacêutico: Atividades que o farmacêutico pode desenvolver
Âmbito Farmacêutico: Atividades que o farmacêutico pode desenvolverÂmbito Farmacêutico: Atividades que o farmacêutico pode desenvolver
Âmbito Farmacêutico: Atividades que o farmacêutico pode desenvolver
 
O que são transtornos menores?
O que são transtornos menores?O que são transtornos menores?
O que são transtornos menores?
 
Assistência e Atenção Farmacêutica - Histórico, Conceitos e embasamento legal
Assistência e Atenção Farmacêutica - Histórico, Conceitos e embasamento legalAssistência e Atenção Farmacêutica - Histórico, Conceitos e embasamento legal
Assistência e Atenção Farmacêutica - Histórico, Conceitos e embasamento legal
 
Efeitos da atenção farmacêutica em pacientes com diabetes tipo 2 em farmácia ...
Efeitos da atenção farmacêutica em pacientes com diabetes tipo 2 em farmácia ...Efeitos da atenção farmacêutica em pacientes com diabetes tipo 2 em farmácia ...
Efeitos da atenção farmacêutica em pacientes com diabetes tipo 2 em farmácia ...
 
Curso Rdc 44/09 CRF-SP (Dr. AdrianoFalvo)
Curso   Rdc 44/09 CRF-SP (Dr. AdrianoFalvo)Curso   Rdc 44/09 CRF-SP (Dr. AdrianoFalvo)
Curso Rdc 44/09 CRF-SP (Dr. AdrianoFalvo)
 
Atenção farmacêutica aula i
Atenção farmacêutica    aula iAtenção farmacêutica    aula i
Atenção farmacêutica aula i
 
ATENÇÃO FARMACÊUTICA NA HIPERTENSÃO ARTERIAL
ATENÇÃO FARMACÊUTICA NA HIPERTENSÃO ARTERIALATENÇÃO FARMACÊUTICA NA HIPERTENSÃO ARTERIAL
ATENÇÃO FARMACÊUTICA NA HIPERTENSÃO ARTERIAL
 
Cuidados farmacêuticos atuação clínica na farmácia - apostila
Cuidados farmacêuticos   atuação clínica na farmácia - apostilaCuidados farmacêuticos   atuação clínica na farmácia - apostila
Cuidados farmacêuticos atuação clínica na farmácia - apostila
 
Prescrição Farmacêutica
Prescrição FarmacêuticaPrescrição Farmacêutica
Prescrição Farmacêutica
 
A Importância do Farmacêutico Clínico
A Importância do Farmacêutico ClínicoA Importância do Farmacêutico Clínico
A Importância do Farmacêutico Clínico
 
Ciclo da assistência farmacêutica1
Ciclo da assistência farmacêutica1Ciclo da assistência farmacêutica1
Ciclo da assistência farmacêutica1
 
Avaliação Global da Farmacoterapia
Avaliação Global da FarmacoterapiaAvaliação Global da Farmacoterapia
Avaliação Global da Farmacoterapia
 
Introdução à Atenção Farmacêutica
Introdução à Atenção FarmacêuticaIntrodução à Atenção Farmacêutica
Introdução à Atenção Farmacêutica
 
Atenã ã o farmaceutica e farmacia clinica -implantaã_ao na farmacia hospitalar
Atenã ã o farmaceutica e farmacia clinica -implantaã_ao na farmacia hospitalarAtenã ã o farmaceutica e farmacia clinica -implantaã_ao na farmacia hospitalar
Atenã ã o farmaceutica e farmacia clinica -implantaã_ao na farmacia hospitalar
 

Similaire à Lisboa Simposio Luso-Brasileiro - out 2012

Desafios Para a Implantação da Farmácia Clínica em Farmácias Comunitárias na ...
Desafios Para a Implantação da Farmácia Clínica em Farmácias Comunitárias na ...Desafios Para a Implantação da Farmácia Clínica em Farmácias Comunitárias na ...
Desafios Para a Implantação da Farmácia Clínica em Farmácias Comunitárias na ...
Helen Ramos
 
Cd f v5_n1_2_p09_23_1989
Cd f v5_n1_2_p09_23_1989Cd f v5_n1_2_p09_23_1989
Cd f v5_n1_2_p09_23_1989
SilviaZZ
 
Boas práticas de faarmácia 2009
Boas práticas de faarmácia 2009Boas práticas de faarmácia 2009
Boas práticas de faarmácia 2009
Denise Carvalho
 
Palestra farma&farma 2012
Palestra farma&farma 2012Palestra farma&farma 2012
Palestra farma&farma 2012
farmaefarma
 
Cartilha farmã¡cia hospitalar 2a ediã§ã£o(reimpressã£o 22julho2010)
Cartilha farmã¡cia hospitalar 2a ediã§ã£o(reimpressã£o 22julho2010)Cartilha farmã¡cia hospitalar 2a ediã§ã£o(reimpressã£o 22julho2010)
Cartilha farmã¡cia hospitalar 2a ediã§ã£o(reimpressã£o 22julho2010)
Natalya Maia
 
Noções de legislação farmacêutica
Noções de legislação farmacêuticaNoções de legislação farmacêutica
Noções de legislação farmacêutica
Leonardo Souza
 
boas-praticas-farmaceuticas-em-farmacias-e-drogarias.pdf
boas-praticas-farmaceuticas-em-farmacias-e-drogarias.pdfboas-praticas-farmaceuticas-em-farmacias-e-drogarias.pdf
boas-praticas-farmaceuticas-em-farmacias-e-drogarias.pdf
AnieleLarice
 

Similaire à Lisboa Simposio Luso-Brasileiro - out 2012 (20)

Desafios Para a Implantação da Farmácia Clínica em Farmácias Comunitárias na ...
Desafios Para a Implantação da Farmácia Clínica em Farmácias Comunitárias na ...Desafios Para a Implantação da Farmácia Clínica em Farmácias Comunitárias na ...
Desafios Para a Implantação da Farmácia Clínica em Farmácias Comunitárias na ...
 
Cd f v5_n1_2_p09_23_1989
Cd f v5_n1_2_p09_23_1989Cd f v5_n1_2_p09_23_1989
Cd f v5_n1_2_p09_23_1989
 
MÓDULO IV - BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE (2) [Salvo a...
MÓDULO IV - BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE (2) [Salvo a...MÓDULO IV - BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE (2) [Salvo a...
MÓDULO IV - BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE (2) [Salvo a...
 
2015 - PALESTRA2_RDC_44 -_ANVISA resumo.pdf
2015 - PALESTRA2_RDC_44 -_ANVISA resumo.pdf2015 - PALESTRA2_RDC_44 -_ANVISA resumo.pdf
2015 - PALESTRA2_RDC_44 -_ANVISA resumo.pdf
 
2015 - PALESTRA2_RDC_44 -_ANVISA resumo.pdf
2015 - PALESTRA2_RDC_44 -_ANVISA resumo.pdf2015 - PALESTRA2_RDC_44 -_ANVISA resumo.pdf
2015 - PALESTRA2_RDC_44 -_ANVISA resumo.pdf
 
Manual 7 -_cessacao_tabagica
Manual 7 -_cessacao_tabagicaManual 7 -_cessacao_tabagica
Manual 7 -_cessacao_tabagica
 
Boas práticas de faarmácia 2009
Boas práticas de faarmácia 2009Boas práticas de faarmácia 2009
Boas práticas de faarmácia 2009
 
Assistência Clínica na Farmacoterapia Antineoplásica Oral: uma experiência pr...
Assistência Clínica na Farmacoterapia Antineoplásica Oral: uma experiência pr...Assistência Clínica na Farmacoterapia Antineoplásica Oral: uma experiência pr...
Assistência Clínica na Farmacoterapia Antineoplásica Oral: uma experiência pr...
 
Farmacoté..
Farmacoté..Farmacoté..
Farmacoté..
 
Palestra farma&farma 2012
Palestra farma&farma 2012Palestra farma&farma 2012
Palestra farma&farma 2012
 
Manual 4 -_revisao_da_farmacoterapia_e_acompanhamento_do_paciente
Manual 4 -_revisao_da_farmacoterapia_e_acompanhamento_do_pacienteManual 4 -_revisao_da_farmacoterapia_e_acompanhamento_do_paciente
Manual 4 -_revisao_da_farmacoterapia_e_acompanhamento_do_paciente
 
atencao-farmaceutica farmacia clinica.pdf
atencao-farmaceutica farmacia clinica.pdfatencao-farmaceutica farmacia clinica.pdf
atencao-farmaceutica farmacia clinica.pdf
 
Manual 2 -_dislipidemias_e_risco_cardiovascular
Manual 2 -_dislipidemias_e_risco_cardiovascularManual 2 -_dislipidemias_e_risco_cardiovascular
Manual 2 -_dislipidemias_e_risco_cardiovascular
 
Farmcia clnica.apostila pdf
Farmcia clnica.apostila pdfFarmcia clnica.apostila pdf
Farmcia clnica.apostila pdf
 
GESTÃO HOSPITALAR ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO
GESTÃO HOSPITALAR ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICOGESTÃO HOSPITALAR ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO
GESTÃO HOSPITALAR ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO
 
Cartilha farmã¡cia hospitalar 2a ediã§ã£o(reimpressã£o 22julho2010)
Cartilha farmã¡cia hospitalar 2a ediã§ã£o(reimpressã£o 22julho2010)Cartilha farmã¡cia hospitalar 2a ediã§ã£o(reimpressã£o 22julho2010)
Cartilha farmã¡cia hospitalar 2a ediã§ã£o(reimpressã£o 22julho2010)
 
Big Cim
Big CimBig Cim
Big Cim
 
Artigo+sobre+farmácias
Artigo+sobre+farmáciasArtigo+sobre+farmácias
Artigo+sobre+farmácias
 
Noções de legislação farmacêutica
Noções de legislação farmacêuticaNoções de legislação farmacêutica
Noções de legislação farmacêutica
 
boas-praticas-farmaceuticas-em-farmacias-e-drogarias.pdf
boas-praticas-farmaceuticas-em-farmacias-e-drogarias.pdfboas-praticas-farmaceuticas-em-farmacias-e-drogarias.pdf
boas-praticas-farmaceuticas-em-farmacias-e-drogarias.pdf
 

Plus de Cassyano Correr

Revisão sobre Adesão ao Tratamento
Revisão sobre Adesão ao TratamentoRevisão sobre Adesão ao Tratamento
Revisão sobre Adesão ao Tratamento
Cassyano Correr
 
Cuidados farmacêuticos na gravidez
Cuidados farmacêuticos na gravidezCuidados farmacêuticos na gravidez
Cuidados farmacêuticos na gravidez
Cassyano Correr
 
Condições oftálmicas e colírios
Condições oftálmicas e colíriosCondições oftálmicas e colírios
Condições oftálmicas e colírios
Cassyano Correr
 
Avaliação da pressão arterial na farmácia comunitária
Avaliação da pressão arterial na farmácia comunitáriaAvaliação da pressão arterial na farmácia comunitária
Avaliação da pressão arterial na farmácia comunitária
Cassyano Correr
 
Avaliação da glicemia capilar na farmácia comunitária
Avaliação da glicemia capilar na farmácia comunitáriaAvaliação da glicemia capilar na farmácia comunitária
Avaliação da glicemia capilar na farmácia comunitária
Cassyano Correr
 
7 passos para a implementação de serviços farmacêuticos na farmácia comunitária
7 passos para a implementação de serviços farmacêuticos na farmácia comunitária7 passos para a implementação de serviços farmacêuticos na farmácia comunitária
7 passos para a implementação de serviços farmacêuticos na farmácia comunitária
Cassyano Correr
 

Plus de Cassyano Correr (19)

Serviços Clínicos Farmacêuticos - Estrutura e Função
Serviços Clínicos Farmacêuticos - Estrutura e FunçãoServiços Clínicos Farmacêuticos - Estrutura e Função
Serviços Clínicos Farmacêuticos - Estrutura e Função
 
Livro - Farmácia Clínica e Serviços Farmacêuticos
Livro - Farmácia Clínica e Serviços FarmacêuticosLivro - Farmácia Clínica e Serviços Farmacêuticos
Livro - Farmácia Clínica e Serviços Farmacêuticos
 
Revisão sobre Adesão ao Tratamento
Revisão sobre Adesão ao TratamentoRevisão sobre Adesão ao Tratamento
Revisão sobre Adesão ao Tratamento
 
Revisão sobre Hipertensão Arterial
Revisão sobre Hipertensão ArterialRevisão sobre Hipertensão Arterial
Revisão sobre Hipertensão Arterial
 
Revisão sobre Diabetes Mellitus
Revisão sobre Diabetes MellitusRevisão sobre Diabetes Mellitus
Revisão sobre Diabetes Mellitus
 
Cuidados farmacêuticos na gravidez
Cuidados farmacêuticos na gravidezCuidados farmacêuticos na gravidez
Cuidados farmacêuticos na gravidez
 
Pirâmide de Aprendizagem
Pirâmide de AprendizagemPirâmide de Aprendizagem
Pirâmide de Aprendizagem
 
Método Clínico para os Cuidados Farmacêuticos
Método Clínico para os Cuidados FarmacêuticosMétodo Clínico para os Cuidados Farmacêuticos
Método Clínico para os Cuidados Farmacêuticos
 
Asma Brônquica
Asma BrônquicaAsma Brônquica
Asma Brônquica
 
Boas práticas para revisões sistemáticas
Boas práticas para revisões sistemáticasBoas práticas para revisões sistemáticas
Boas práticas para revisões sistemáticas
 
Complexidade da farmacoterapia
Complexidade da farmacoterapiaComplexidade da farmacoterapia
Complexidade da farmacoterapia
 
Picadas e mordidas de artrópodes, pediculose e escabiose
Picadas e mordidas de artrópodes, pediculose e escabiosePicadas e mordidas de artrópodes, pediculose e escabiose
Picadas e mordidas de artrópodes, pediculose e escabiose
 
Condições oftálmicas e colírios
Condições oftálmicas e colíriosCondições oftálmicas e colírios
Condições oftálmicas e colírios
 
QSSF-Brasil
QSSF-BrasilQSSF-Brasil
QSSF-Brasil
 
Avaliação da pressão arterial na farmácia comunitária
Avaliação da pressão arterial na farmácia comunitáriaAvaliação da pressão arterial na farmácia comunitária
Avaliação da pressão arterial na farmácia comunitária
 
Avaliação da glicemia capilar na farmácia comunitária
Avaliação da glicemia capilar na farmácia comunitáriaAvaliação da glicemia capilar na farmácia comunitária
Avaliação da glicemia capilar na farmácia comunitária
 
7 passos para a implementação de serviços farmacêuticos na farmácia comunitária
7 passos para a implementação de serviços farmacêuticos na farmácia comunitária7 passos para a implementação de serviços farmacêuticos na farmácia comunitária
7 passos para a implementação de serviços farmacêuticos na farmácia comunitária
 
Farmacoterapia baseada em evidências: Uma abordagem sobre os processos da far...
Farmacoterapia baseada em evidências: Uma abordagem sobre os processos da far...Farmacoterapia baseada em evidências: Uma abordagem sobre os processos da far...
Farmacoterapia baseada em evidências: Uma abordagem sobre os processos da far...
 
Os problemas dos MIPs
Os problemas dos MIPsOs problemas dos MIPs
Os problemas dos MIPs
 

Dernier

8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
Leila Fortes
 

Dernier (7)

ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 

Lisboa Simposio Luso-Brasileiro - out 2012

  • 1. Serviços Farmacêuticos nas Farmácias do Brasil Cassyano J Correr, BPharm, MSc, PhD Departamento de Farmácia Universidade Federal do Paraná, Brasil 1º Simpósio Luso-Brasileiro de Farmácia Lisboa, 01 de novembro de 2012
  • 2. Serviços Ambulatoriais de Farmácia no Brasil SETOR PÚBLICO Rede Farmácia SETOR PRIVADO Popular Unidades de Saúde Farmácias Privadas (APS) Programa ~80.000 “Aqui tem Farmácia Popular” Farmácias Comunitárias Públicas Farmácias Especiais Ambulatoriais
  • 3. Farmácias Públicas Farmácia Popular Farmácia Comunitária Pública Farmácia Especial Serviço de Farmácia - USF
  • 4. Farmácias Públicas Farmácia Popular Farmácia Comunitária Pública Farmácia Especial Serviço de Farmácia - USF
  • 5. Farmácias Privadas Livre propriedade, farmácias de rede e independentes
  • 6. Crescimento Crescimento 13,9% - 2 anos 26,5% - 5 anos Número de Farmácias no Brasil Crescimento mais lento nos últimos anos
  • 7. Distribuição das Farmácias Privadas de Castro MS, Correr CJ. Ann Pharmacother. 2007 Sep;41(9):1486-93.
  • 9. Normas recentes ANVISA CFF  RDC nº. 44, de 2009,  Resoluções nº 499 dispõe sobre as de 2008 e nº 505 de boas práticas 2009 que dispõem farmacêuticas em sobre a prestação farmácias e de serviços drogarias farmacêuticos, em farmácias e drogarias, e dá outras providências.
  • 10. BPF: ANVISA RDC 44/2009  Dispõe sobre as boas práticas de dispensação e a prestação de serviços farmacêuticos nas farmácias e drogarias
  • 11. ANVISA: A atenção farmacêutica deve ter como objetivos a prevenção, detecção e resolução de problemas relacionados a medicamentos, promover o uso racional dos medicamentos, a fim de melhorar a saúde e qualidade de vida dos usuários.
  • 12. Declaração de Serviço Farmacêutico Correr CJ, Otuki MF. A prática farmacêutica na farmácia comunitária. Porto Alegre: Artmed,
  • 13. A prática Correr CJ, Otuki MF. A prática farmacêutica na farmácia comunitária. Porto Alegre: Artmed,
  • 14. Estudo descritivo com 91 farmacêuticos do município de Jundiaí-SP Saude soc. vol.18 no.1 São Paulo jan./mar. 2009
  • 15. Evidências sobre os serviços farmacêuticos no Brasil Estudos clínicos controlados
  • 16. Estudo controlado em farmácias comunitárias, com duração de 12 meses Controle glicêmico em diabéticos Arq Bras Endocrinol Metab. 2009;53(7):825-33.
  • 17. 2010: R$ 76,00 (U$ 37,62) para cada 1% de redução na HbA1. Custo do serviço ao diabético Arq Bras Endocrinol Metab. 2009;53(7):825-33.
  • 18. Redução do risco nos pacientes do grupo intervenção em 36 meses Redução do Risco Coronariano J Pharm Pharm Sci. 2011;14(2):249-63.
  • 19. Usuários mais satisfeitos em farmácia privada com serviço de atenção farmacêutica p<0,01 Satisfação dos pacientes Braz. J. Pharm. Sci. vol.45 no.2 São Paulo Apr./June 2009
  • 20. As percepções dos farmacêuticos sobre seu trabalho nas farmácias privadas - RJ  A prática profissional nas farmácias comunitárias  “A dispensação de medicamentos é com os balconistas, os [medicamentos] controlados, sou eu. É assim: chega a receita, tem o genérico e o similar que é mais barato. Geralmente, o cliente leva o mais barato. Eles entregam o medicamento. Na maioria das vezes, eu faço serviço burocrático, lançando nota fiscal. É raro eu participar da dispensação. Só quando é controlado mesmo. Antigamente, era a subgerente que lançava as notas fiscais da loja; depois que ela saiu, eu fiquei lançando. Se eu não tiro dúvidas, o balconista tira. No início, quando eu via erros (dos balconistas), eu falava muito, depois eu fui parando. Eu estou em farmácia só há dois anos, já os balconistas tem mais tempo”  (farmacêutico de farmácia de rede estadual) Ciênc. saúde coletiva vol.15  supl.3 Rio de Janeiro nov. 2010
  • 21. As percepções dos farmacêuticos sobre seu trabalho nas farmácias privadas - RJ  Satisfação dos farmacêuticos com o trabalho na farmácia  “Eu acho que tinha que ter um espaço para o farmacêutico, para poder estar chamando e atendendo o paciente. Mas um espaço mesmo, que ninguém pudesse te interromper e o paciente pudesse contar realmente o que está se passando. Porque, num cantinho do balcão que a gente possa usar para falar com o cliente, às vezes ele se sente envergonhado de contar, às vezes é um homem querendo falar de um problema de disfunção erétil ou alguma coisa parecida. Mesmo aqui dentro... É a minha sala com o armário de controlados, não posso trazer para cá. As redes, a meu ver, teriam que investir mais no farmacêutico, nas suas condições de trabalho.”  (farmacêutico de farmácia de rede estadual)
  • 22. A necessidade de um novo marco para os serviços farmacêuticos em farmácias no Brasil
  • 23. Serviços clínicos prestados pelo farmacêutico: • Rastreamento • Educação em Saúde • Dispensação • Revisão da Farmacoterapia • Seguimento Farmacoterapêutico • Prescrição Farmacêutica Expansão da carteira de serviços farmacêuticos Uniformização de termos
  • 24. Conclusões  Houve avanços importantes nos serviços farmacêuticos na última década  Os serviços atuais são demasiado focados em procedimentos, não propriamente serviços  A dispensação continua sendo a atividade principal  Demais serviços são incipientes e geralmente sem um modelo de negócio estruturado  Ainda falta aos farmacêuticos formação clínica adequada
  • 25. Pontos para o futuro: 1. Realização de um amplo diagnóstico dos serviços farmacêuticos no Brasil 2. Desenvolvimento de novos modelos de negócio na farmácia baseados em serviços farmacêuticos 3. Fixação dos serviços farmacêuticos para além do balcão 4. Amadurecimento do modelo de competências, formação e certificação do farmacêutico clínico no Brasil