Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Geração perdida
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PEÇA TEATRAL (Em colaboração)
GERAÇÃO PERDIDA
Performance em 1 ato
Autor: Celso Corrêa de Freitas
Personagens:
Pai > Lucas
Filho> Caio
Amigos do Filho > Não necessariamente todos adultos
Coro> Vozes de fundo
Cenário> A ideia de uma sala, com uma TV e um telefone.
Introdução:
“Não se pode pensar que o tempo passou, quando ainda existem muitas
coisas para serem feitas!”
O telefone toca, insistentemente até que o senhor Lucas se levanta para
atender a ligação.
Era seu filho, que morava e estudava em São Paulo.
Garoto de ouro, na visão do Sr. Lucas. Estudava e trabalhava numa
Empresa de Engenharia. Tudo o que ele queria ser na sua vida era
Engenheiro!
- Oi filhão!
- Oi pai, demorou a atender. Já estava ficando preocupado. Algum
problema?
- Nada filho, é que tava rolando uma cena braba no filme que estou
vendo, e não queria perde-la. Desculpa ai filho!
- Eh Pai! Tudo bem ai com o senhor?
- Tranquilo filho e você?
- Legal pai! Estou aqui com uns amigos da faculdade preparando o
material que vamos usar logo mais na Paulista durante a passeata.
- Ô filho, não se envolva com essa turma, deixa isso pra lá...
- Como não pai? Imagina, vamos gritar cantar e agitar até o mundo todo
nos ouvir.
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- Mas é perigoso filho! A polícia está descendo a lenha.
- Está pai, mas a causa é maior do que as porradas recebidas.
- Não vale a pena filho!
- Vale sim pai! O problema é que a sua geração se omitiu quando devia
fazer o que estamos fazendo, e agora à bola está com a gente.
- Mas quem é que ia imaginar que o Brasil ia ficar assim, nesta
desmoralização filho!
- Pois é pai, agora sobrou pra nós. E nós vamos fazer o que vocês não
fizeram. Vamos botar esses merdas para correr.
- Cuidado filho!
- Pode deixar pai, vou ter.
- Se começar a baderna, senta onde você estiver para a policia ver que
você não está envolvido.
- Ok pai, vou fazer assim.
- Deus te proteja filho!
- Valeu pai...agora preciso desligar pois o pessoal esta me chamando.
Temos muito que fazer ainda. Tchaw pai, te cuida! Da um beijo na mãe
por mim. Qualquer hora eu apareço ai!
- Sim, sim, não demore filho. Estamos com saudades!
Seu Lucas volta para o sofá, para o seu filme. Mas, já não olhava para a
tela como antes, seu pensamento estava distante. Pensava no seu filho.
Quantas necessidades que precisavam; e seu filho lá estava protestando
para isso, virar realidade.
Foi quando um clamor de vozes, ele ouviu. Este clamor passava pela sua
rua e chegava até a sua sala, claramente.
“Vem prá rua, Vem prá rua, vem prá rua...”
Ele se levanta e....
De um em um que foi chegando no seu tempo certo, mais um déspota se
fudeu.
FIM