SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  62
Télécharger pour lire hors ligne
1 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
AGRICULTURA URBANA: Um estudo de caso nas comunidades Chico Mendes e Jardim Janaina 
. 
Acadêmica: Letícia Silva Melo 
Florianópolis, junho de 2010.
2 
AGRADECIMENTOS 
A minha família por todo o apoio dado 
Aos meus amigos pela amizade construída e preservada 
Ao meu filho pelo sopro de vida que me deu para terminar esta jornada. 
Te amo!!!
3 
SUMÁRIO 
1. Delimitação do tema 
2. Objetivo geral 
2.1. Objetivo especifico 
3. Formulação do problema 
4. Hipótese 
5. Justificação 
6. Revisão bibliográfica 
6.1. Agricultura urbana 
6.2. Contexto da agroecologia 
6.2.1. Prática agroecológicas 
6.2.2. Adubação orgânica e Cobertura morta 
6.2.3. Defensivos naturais e Controle de pragas 
6.2.4. Rotação de culturas e Manejo do solo 
6.2.5. Reciclagem do resíduo orgânico ( compostagem) 
7. Histórico do CEPAGRO 
7.1. Histórico Biguaçu 
7.2. Histórico Chico Mendes 
8. Metodologia 
9. Resultados e Discussões 
10. Considerações Finais
4 
LISTA DE ABREVIATURAS 
AU – Agricultura Urbana 
ASA – Ação Social Arquidiocesana 
ASSJE – Ação Social da Igreja São João Evangelista 
AS-PTA – Alternativa Assessoria e Serviços a projetos em Agricultura 
CESE 
CEASA 
CEPAGRO – Centro de estudo e Promoção da Agricultura de Grupo 
FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura 
HC – Horta Comunitária 
IFPRI – International Food Policy Research Institute 
MEC – Ministério da Educação 
NEAD - Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural 
ONG – Organização Não Governamental 
REDE – Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas 
SEAG-ES- Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura e Pesca do Espírito Santo 
SESAN- Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional. 
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina
5 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1: Principais adubos orgânicos e seus eleitos químicos e biológicos 
Figura 2: Horta Comunitária locada na Igreja São João Evangelista
6 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1: Estratégias para o controle de pragas e suas praticas adotadas na agroecologia. 
Tabela 2: Cidade de origem, grau de escolaridade e profissão das entrevistadas. 
Tabela 3: Renda familiar em reais (RF) dos entrevistados, RF per capita e número de integrantes da família. 
Tabela 4: Mudas plantadas na Horta comunitária Jardim Janaina
7 
RESUMO
8 
1. Delimitação do Tema 
Atualmente a Educação Ambiental é uma peça chave para o desenvolvimento, formação e conscientização das pessoas, quanto à degradação do Meio Ambiente. No entanto, para muitas delas ainda é um assunto desconhecido. 
Na sociedade em que vivem, bilhões de pessoas, grande parte dos recursos naturais é explorado, e a maioria dos espaços onde a civilização ocupa sofre intensa modificação. Alem das intervenções no ambiente ocorrem vários distúrbios na sociedade, tais como: desigualdade social, falta de emprego, problemas no sistema de saúde, nas relações de convivência e a violência como um todo. 
A agricultura moderna utiliza indiscriminadamente os recursos naturais. Alem de gerar muitos resíduos e degradar os espaços ocupados, exclui famílias criando riscos à saúde. 
Diante deste contexto de degradação, na década de 80 surge o conceito de sustentabilidade. Ele passou a ser utilizado e indica novas propostas nas áreas de economia, social e ambiental, objetivando a busca de outra forma de desenvolvimento. 
É nesse contexto que a Agricultura Urbana (AU) se encaixa, incentivada como forma de combater a insegurança alimentar e nutricional que atinge as comunidades carentes, contribuindo para a conservação da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida urbana. 
A criação de Horta Comunitária (HC) é uma iniciativa, que busca o desenvolvimento de comunidade de baixa renda, levando esta a uma melhor inclusão social e efetivação do exercício da cidadania, através de atividades que tenham como objetivo a promoção da saúde, ações educativas voltadas a aspectos ambientais e sociais. 
Na AU vários princípios da Agroecológia são utilizados, buscando manter a agricultura como uma atividade menos impactante ao meio ambiente, com melhores contribuições às populações, proporcionando um ambiente saudável, tendo como resultado alimentos de boa qualidade, equilíbrio das famílias e das relações de cidadania. 
Neste sentido, este trabalho visa identificar práticas de AU. O estágio será executado através do Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (CEPAGRO), a ser realizado na cidade de Florianópolis no bairro Monte Cristo, na comunidade Chico Mendes e no município de Biguaçu, no bairro Jardim Janaina.
9 
Tendo este como objetivo, o gerenciamento comunitário dos resíduos orgânicos de forma articulada em instituições de ensino, entidades comunitárias, iniciativa privada e poder público. Para a coleta dos resíduos e transformação deste em composto orgânico a serem utilizados em hortas escolares, quintais e espaços comunitários.
10 
2. Objetivo Geral 
Acompanhar o andamento dos Projetos de Agricultura Urbana nas comunidades Jardim Janaina e Chico Mendes. 
2.1. Objetivo Específico 
•Visitar, implantar e acompanhar os projetos de AU. 
•Desenvolver práticas de AU a partir dos princípios da agroecologia 
•Avaliar o desenvolvimento dos projetos e seus participantes. 
3. Formulação do Problema 
Muitas famílias saem do meio rural em busca de melhores condições de vida, entretanto, nem todas as pessoas conseguem ter uma vida melhor do que a que tinham no meio rural. A falta de emprego aliado à falta de especialização para o trabalho dificulta a possibilidade de se ter uma vida melhor. Nesse contesto grande parte dos moradores que formam as comunidades de periferia das cidades, são de origem rural, devido à falta de recursos financeiros, baixa escolaridade aliados a falta de medidas publicas com sistema de esgoto adequado, assistência a saúde e moradia, muitas dessas pessoas vivem em condições de miséria, vivendo de doações e sem nenhuma noção de higiene o que eleva a agravar os problemas fitossanitários da comunidade. 
Por conta disso foi feito contado com as lideranças locais, quando foi feita a exposição do projeto. Na apresentação foi deixado claro a sua viabilidade social e econômica, com um provável bom resultado as comunidades envolvidas. 
4. Hipótese 
A educação ambiental e alimentar se inserem nos temas transversais de Meio Ambiente e de Saúde. A horta e a coleta do resido orgânico para produção de composto oferece vastas possibilidades de se desenvolver educação ambiental e alimentar, numa perspectiva ampla e contextualizada, por se tratar de uma ferramenta capaz de agregar diversos campos do conhecimento.
11 
5. Justificação 
Com o crescente êxodo rural, onde famílias inteiras mudan- se para as cidades em busca de uma melhor condição de vida, segurança alimentar e educação. O nível de qualidade de vida das comunidades urbanas vem baixando cada vez mais, gerando nos grandes centros urbanos uma maior demanda na busca de empregos e moradia. 
Nem sempre quem se muda para as grandes cidades consegue estabelecer uma vida melhor do que a que tinha no campo, o que leva estas pessoas a morarem nas periferias das cidades e quase sempre em precárias condições de vida. Devido à falta de capacitação muitos vivem de empregos informais e sem nenhuma segurança alimentar. 
Na busca por alternativas para este problema, a AU dentro das comunidades busca melhorar a qualidade de vida das famílias. “Neste ponto a agricultura urbana, desenvolvida de forma planejada, promove diversas melhorias nas estruturas sociais de uma região, pois favorece o dialogo e a integração familiar, assim como estimula o trabalho comunitário e coletivo, além de ser um trabalho recreativo e útil” (SIAL & YURJEVIC, 1993) citado por Abreu (2004, p.11). 
A partir dos princípios agroecológicos tenta-se fornecer e garantir um meio ambiente equilibrado com educação ambiental, segurança alimentar e geração de renda. 
Sendo assim este projeto buscou resgatar as heranças rurais e possibilitar uma melhor alimentação para as famílias, vista que muitos vieram de áreas rurais. O cultivo em HC, quintais, escolas e a coleta de resíduos orgânicos, visam melhorar as condições de higiene e saúde da comunidade. 
Porem a oportunidade de praticar um bem social ecológico, ajudar, tecer amizades, e adquirir conhecimentos são fundamentais para o bom desenvolvimento do trabalho.
12 
6. Revisão Bibliográfica 
6.1. Agricultura Urbana 
De acordo com UN-HABITAT (2007), em 1976, um terço da população mundial vivia em cidades, Trinta anos depois, metade da população do mundo vive em centros urbanos e até 2050 espera-se que chegue a 60% da população mundial, totalizando seis bilhões de pessoas. Especialmente em países em desenvolvimento ocorre um crescimento desordenado, com até 50% da população vivendo em situações precárias de habitação, saneamento, saúde e serviços. (UN-HABITAT, 2007) citado por (VIEIRA, 2009). 
Segundo autor Van Veenhuizen (2006) ressaltado por (VIEIRA, 2009) afirmam que 40% da população da Cidade do México e um terço da de São Paulo vivem abaixo da linha da pobreza. A América Latina é considerada a região mais urbanizada dos países em desenvolvimento, com mais de 75% da população vivendo em cidades, número que segundo previsões deve subir para 81%, em 2020. Nessa região, com exceção do Brasil, o padrão de urbanização de vários países consiste em apenas uma grande cidade, concentrar grande proporção da população urbana. 
Um dos maiores desafios que a humanidade tem enfrentado é o crescimento populacional e o aumento da urbanização. Em 1998, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) sinalizava que a população da época já ultrapassava mais de seis bilhões divididas igualmente entre as cidades e as áreas rurais, com a expectativa de que por volta de 2005 as áreas urbanas ultrapassassem as áreas rurais em termos populacionais (FAO-SOFA, 1998). Outro estudo indica que em 2015, 26 cidades no mundo deverão ter uma população de 10 milhões ou mais de pessoas. Para alimentar uma cidade deste porte - Tokyo, São Paulo, Cidade do México – pelo menos 6000 toneladas de alimentos serão necessárias por dia (UN, 2004). (CRIBB & CRIBB, 2009). 
Em países em desenvolvimento, a capacidade dos governos em administrar este crescimento urbano, tem sido muito difícil (Drescher, Jacobi e Amend 2000) ressaltado por (CRIBB & CRIBB, 2009). Encontrar meios de fornecer alimentos, moradia e serviços básicos aos habitantes de uma cidade é desafio para as autoridades de muitas cidades do mundo. Segundo os autores citados acima, a segurança alimentar nos grandes centros depende de vários fatores, dentre os quais, destacam-se:
13 
· disponibilidade de alimentos - (nas áreas urbanas e rurais) referente à produção, comercialização e distribuição de alimentos, infra-estrutura, disponibilidade de combustível; 
· acesso a alimentos - depende do poder aquisitivo das famílias, produção de subsistência, vínculos campo-cidade, etc.; 
· qualidade do alimento - depende da conservação do alimento, da qualidade da produção, do abuso de pesticidas durante as etapas produtivas, da qualidade da água utilizada na produção, como se apresentam as condições sanitárias nos mercados. 
O rápido crescimento populacional nas cidades é causado não só pela migração da população rural para os centros urbanos, mas também pelo seu crescimento nas próprias cidades. Desemprego, baixa qualidade dos serviços básicos e a falta de alimentos são algumas conseqüências desse crescimento, alem da elevada densidade populacional e a carência de planejamento urbano. (CRIBB & CRIBB, 2009). 
Para uma correta compreensão de agricultura urbana devem-se levar em consideração as várias atividades familiares, para obter segurança alimentar e para gerar renda. A produção alimentar individual e comunitária nas cidades vai ao encontro de necessidades adicionais da população urbana, tais como desenvolvimento urbano sustentável, geração de emprego e renda, proteção ambiental, entre outros aspectos (IFPRI 1998, Smit, 1994). (CRIBB & CRIBB, 2009). 
O conceito de agricultura urbana começou a ser estudado e experimentado no Brasil recentemente, com resultados bastante interessantes, mas ainda isolados. Já em outros países, a pesquisa agropecuária desenvolvida nas cidades é bastante adiantada, a exemplo de Cuba conforme o Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural. . (NEAD, 2003) 
A agricultura urbana e peri urbana se desenvolvem dentro dos limites ou ao redor das cidades de todo o mundo, incluindo atividades agrícolas propriamente ditas, mas também atividades pecuárias e florestais e serviços ambientais associados (FAO,1999). 
Conforme a localização surge as denominações agricultura, intra-urbana e peri urbana. A agricultura intra-urbana é praticada no interior das cidades aproveitando espaços vazios como terraços, pátios residências ou áreas subutilizadas como as margens de rios ou rodovias, espaços impróprios para construção civil (próximos a aeroportos, embaixo de redes elétricas), além de áreas públicas ou privadas com potencial para serem cultivadas. De maneira geral, a agricultura intra-urbana é de menor escala e orientada para a subsistência. (FAO, 2007).
14 
Já agricultura peri-urbana é praticada nos arredores ou periferias das cidades. As dinâmicas destes locais – urbanização crescente, migração de populações rurais e urbanas e aumento do preço da terra fazem com que este tipo de sistema de produção esteja em constante transformação, com tendências a uma escala menor e uso mais intensivo. Em diversos países como Cuba, Argentina, Líbano e Vietnam os empreendimentos agrícolas localizados nas bordas das cidades são, de maneira geral, maiores que aqueles situados dentro dos centros urbanos e tendem a ser mais orientado para o mercado. (FAO, 2007). 
A agricultura urbana pode ser realizada em pequenas áreas dentro de uma cidade, tais como jardins, terrenos baldios e escolas ou no seu entorno (Peri- urbana), sendo esta destinada à produção de cultivos para o consumo próprio ou para a venda em pequena escala (ROESE, 2003). 
Um do aspecto em que a agricultura urbana difere da rural é o ambiente. “A agricultura urbana pode ser realizada em qualquer ambiente urbano ou periurbano, podendo ser praticada diretamente no solo, em canteiros suspensos, em vasos, ou onde a criatividade sugerir” (ROESE, 2003). Segundo Jacob & Amend (2007, p.2) o sistema agrícola urbano é uma combinação de muitas atividades diferentes: a horticultuta, a produção de alimentos básicos, a coleta, a caça e inclusive a silvicultura. 
As hortaliças constituem um grupo de alimentos ricos em substâncias nutritivas variadas, podendo contribuir para amenizar o desequilíbrio nutricional (CARDOSO, 1997) citado por FRAXE e outros 2005. Desta forma o cultivo de hortaliças em um espaço coletivo é uma alternativa promissora para elevar a segurança alimentar, pois, visa o aumento na oferta de alimentos de elevado valor nutritivo, melhoria nas condições de vida de grupos sociais em situação de insegurança alimentar e estimulo para a produção de hortaliças para o consumo e comercialização, através de técnicas de produção de alimentos por meio de processos educativos e agroecológicos (FRAXE e outros 2005). 
Segundo a Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SESAN, 2007), a AU é multifuncional, pois, tem como objetivo abranger a produção, a transformação, a comercialização e a prestação de serviços para a geração de produtos agrícolas e pecuários, de forma a aproveitar os recursos locais, tais como, solo, água, resíduos, mão-de-obra e saberes. 
Até recentemente acreditava-se que a agricultura em geral e a produção de alimentos que abastecia as populações urbanas só eram realizadas na zona rural. Mas a
15 
agricultura urbana, mesmo sendo uma prática antiga, só agora tem despertado o interesse de pesquisadores, governos locais, ONGs e movimentos sociais. Hoje, tem-se detectado o fenômeno de um número crescente de moradores urbanos que se dedicam às atividades agrícolas, especialmente nos países menos desenvolvidos (WEITZMAN, 2007) 
Assim conforme Monteiro; Mendonça, (2007). Uma das principais contribuições sociais da agricultura urbana é em relação à segurança alimentar das populações de baixa renda que vivem nas grandes áreas urbanas. Uma característica que se manifesta de forma repetitiva em meio a essas famílias se deve à combinação de dois fatores interdependentes: a dificuldade de acesso aos alimentos em razão dos baixos níveis de renda familiar e a tendência à homogeneização dos hábitos alimentares, em que prevalece a baixa qualidade nutricional das dietas, em geral carentes de vitaminas e sais minerais. 
Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca do Estado do Espírito Santo (SEAG-ES) a olericultura é uma atividade agroeconômica altamente intensiva em seus mais variados aspectos, em contraste com outras atividades agrícolas extensivas. (SEAG-ES, 2007). Os produtos advindos da área da horticultura são responsáveis por uma renda per capita que somente perde para o setor das grandes culturas (FILGUEIRA, 2000). 
Na produção de hortaliças, o horticultor enfrenta problemas que contribuem para a baixa produtividade, dentre esses, as pragas e doenças (GALLO et al, 2002). Para MAKISHIMA (1993), as pragas que causam danos às hortaliças são: lagarta (Oryzophagus oryzae), pulgão (Metopolophium dirhodum), ácaros (Polyphagotarso nemus), entre outros. 
Segundo Dias (2000), a agricultura urbana proporciona a saúde como um todo. Tendo em vista que a saúde está diretamente ligada as condições ambientais, e em comunidades de baixa renda, o nível de doenças se intensificam. Devido a baixa qualidade dos alimentos consumidos e a exposição constante a agentes externos, pois, parte dos quintais domésticos e terrenos ociosos tornam-se depósitos para lixos e entulhos. A utilização dessas áreas para o plantio e outras formas de produção leva a melhoria do ambiente local e assim diminuindo a proliferação de vetores de doenças, como ratos e insetos. Ressaltado por (MACHADO E MACHADO 2002). 
Sendo assim, conforme os autores mencionam a implantação e desenvolvimento de Hortas Comunitárias (HC) propicia a promoção da saúde da população onde ela está
16 
inserida, através de ações educativas, trabalhar aspectos ambientais, sociais e educativos, criar vínculos afetivos e solidários entre os participantes e a comunidade local, promover a segurança alimentar e agregar valores a renda das famílias através da produção de alimentos sadios (GALLO, SPAVOREK & MARTINS, 2004). 
Hortas urbanas e comunitárias são hortas instaladas nas comunidades, nas quais os próprios moradores trabalham em coletividade produzindo hortaliças, as quais podem ser utilizadas para consumo próprio e o excedente comercializado (ROSA, 1995). 
Conforme Philippi (1999) citado por FRAXE (2005) ressalta que a educação e a conscientização são fundamentais a qualquer programa que se queira conduzir e para que ele se sustente e se enraíze na sociedade. A busca da cidadania ambiental faz parte de uma dinâmica participativa e solidária, que pode transformar profundamente os lugares e as comunidades em que se implanta. 
A recreação proporciona a oportunidade de realização de atividades ao ar livre, em contato com a natureza, podendo ser desenvolvidas atividades como o plantio e a manutenção, o que desenvolve também o espírito de equipe (ARRUDA, 2006). A educação ambiental serve de apoio e alternativa para as atividades da rede formal de ensino (VASCONCELLOS, 2006). 
Segundo Stapp et al. (1969) definiram educação ambiental como um processo que deve objetivar a formação de cidadãos, cujos conhecimentos acerca do ambiente biofísico e seus problemas associados possam alertá-los e habilitá-los a resolver seus problemas. 
Para Mellowes (1972) a educação ambiental seria o processo no qual deveria ocorrer um desenvolvimento progressivo de um senso de preocupação com o meio ambiente, baseado em um completo e sensível entendimento das relações do homem com o ambiente a sua volta. 
A problemática ambiental é uma das principais preocupações da sociedade moderna, desencadeando, por isso, uma serie de iniciativas no sentido de reverter á situação atual de vida na terra. Uma dessas iniciativas e a Educação Ambiental que as instituições de educação básica estão procurando implementar, na busca da formação de cidadãos conscientes e comprometidos com as principais preocupações da sociedade (SERRANO, 2003). 
Para o Ministério da Educação (MEC), para que um programa de Educação Ambiental seja efetivo deve promover o desenvolvimento de conhecimentos, de atitudes e habilidades necessárias á preservação e melhoria da qualidade ambiental (MEC,
17 
2008). Há experiências positivas no que se tem chamado de Cidadania Ambiental, e esse é um dos interesses que se quer obter com a implantação das HC, e assim difundir técnicas agroecológicas e cidadania (MEDEIROS e outros 2005). 
6.2. Contexto da Agroecologia 
Surge na América Latina o movimento denominado de Agroecologia, que procura atender as necessidades de preservação ambiental e de promoção sócio-econômica. 
Destacando-se no movimento o chileno Miguel Altieri que populariza a disciplina. Seu trabalho ligou a valorização da produção familiar camponesa como o movimento ambientalista na América Latina. (KHATOUNIAN, 2001) 
Na agroecologia tem-se como principio otimizar e aperfeiçoar o uso da luz sol dos nutrientes do solo e a chuva, de acordo com PAULUS(2001), SOUZA (2003), citado por CONTI (2009). 
Buscando-se trabalhar a conservação do solo, não utilizando a aração e gradagem sucessivas, plantas invasoras são trabalhadas com ervas e culturas, insetos são controlados, pois se trabalha com o principio de não destruir seus predadores nativos e o seu habitat. Defende-se a não utilização de agrotóxicos e sim, buscas-se manter as plantas fortalecidas e assim não suscetíveis ao ataque de patogênos, a não utilização de adubos solúveis. 
Para que a planta receba uma nutrição adequada e se desenvolva bem tanto fisiologicamente quanto metabolicamente, é necessário que o solo seja fértil e biologicamente ativo, com muita matéria orgânica, com diversidade de vegetais, insetos e microorganismos. Quanto maior for à concentração de matéria orgânica no solo, mais vida terá este e mais equilibrada será a planta que nele se desenvolvera. 
6.2.1. Práticas Agroecológicas 
Conforme os autores Khatounian (2001), Altieri (2002) e Howard (2007), existem diversas práticas Agroecológica que podem ser adotadas, tais como as citadas abaixo. 
6.2.2. Adubação orgânica e Cobertura morta (Palha) 
Principais adubos orgânicos e seus eleitos químicos e biológicos:
18 
efeito biologico 
palhada cereais 
esterco bovino composto 
vermi composto 
palhada leguminosa 
esterco porco 
esterco aves 
esterco movido aves 
esterco líquido suíno 
efeito quimico 
Figura 1: Khataunian 2001 
A palhada de cereais tem efeito biológico, associado à decomposição da 
biomassa, material celulósico, no extremo oposto, o esterco liquido de suínos composto 
de material de conteúdo celular, apresenta efeito químico. 
A figura mostra três classes de adubos orgânicos celulósicos ou de efeito lento e 
duradouro (palhada de cereais e esterco de ruminantes), conteúdo celular, com efeito, 
mais rápido (palhada leguminosas, esterco de aves e suíno) e intermediário (composto e 
vermicomposto). 
Os materiais com baixo teor de celulose e elevado teor de substâncias amiláceas e 
protéicas produzem um rápido efeito sobre as plantas. É o caso dos estercos e urina de 
animais, essa rapidez deve-se, sobretudo a ação de microorganismos que liberam em 
pouco tempo a maior parte dos nutrientes disponíveis em especial o nitrogênio. 
Adubos ricos em celulose como a palhada os efeitos químicos demoram mais a se 
revelar, embora os benefícios físicos sejam evidentes, devido à ação como cobertura. Se 
incorporada a palhada tem excelente efeito físico, entretanto este é acompanhado pela 
imobilização do nitrogênio do solo, de modo que se recomenda a utilização da palhada 
como cobertura morta, e assim auxiliando na ativação biológica da mesofauna. A 
atividade de pequenos animais como artrópodes e anelídeos melhora o arejamento do 
solo e criam-se condições para uma vida microbiana ativa e equilibrada. 
6.2.3 – Defensivos Naturais e Controle de Pragas 
Os fertilizantes sintéticos substituem a simbiose entre plantas e as bactérias 
fixadoras N, dominam os agroecosistemas, não trabalham com eles, os fungicidas e 
inseticidas substituem os mecanismos naturais que são expressivos pelos predadores e 
parasitas.
19 
O uso de métodos diretos e não químicos de controle de pragas é adotado na 
agroecologia, ou seja, praticas culturais, mecânicas, físicas e biológicas, conforme 
descrito na tabela abaixo. 
Tabela 1: Estratégias para o controle de pragas e suas praticas adotadas na agroecologia. 
Estrategia Práticas 
Controle mecânico e físico 
espantalhos, efeitos sonoros, 
ensacamento de frutos e vagens, 
destruição de ninhos de formigas, 
catação manual, remoção de plantas 
infestadas, poda seletiva, aplicação de 
materiais (cinza, fumaça, sal, água com 
sabão, etc 
Práticas culturais 
consórcio, sobresemeadura, mudança da 
época de plantio, rotação de cultura, 
capina seletiva, uso de vaciedades 
resistentes, manejo do uso de 
fertilizantes, água, tecnicas de preparo do 
solo e decultivo. 
Controle biológico 
manejo da diversidade das plantas 
cultivadsa, uso de animais (ganso, pato, 
galinha) 
Uso de inseticida 
uso de inseticidas a base de vegetais, 
uso de plantas ou partes de plantas como 
repelentes ou atrativos. 
Fonte: Altieri, 2002. Adaptado 
6.2.4 – Rotação de Culturas e Manejo do Solo 
O manejo do solo em agricultura orgânica é orientado para a ativação e a 
alimentação dessa fração viva. O solo é um organismo vivo, e necessita de alimentação 
e proteção, sendo a alimentação feita pela biomassa e oxigênio, para nutrição de 
microorganismos e da mesofauna. A proteção é importante, pois é ela que fornece a 
manutenção da umidade, da temperatura e da porosidade adequada ao desenvolvimento 
dos organismos do solo, a proteção do solo atua na incidência direta do sol, e chuva. 
Uma vez que no solo se apliquem tratos químicos (adubação química) e 
mecanismos (aração e gradagem) ele se tornará um corpo mineral, perdendo assim sua 
atividade biológica, o solo vai se mineralizando restando apenas no seu interior raízes 
das culturas e os organismos que são associados às pragas e doenças. 
Neste contexto observa-se a queda no rendimento das culturas e a baixa 
resposta a adubação mineral, doses cada vez maiores de agroquímicos vão se tornando 
necessárias.
20 
De maneira oposta, a Agricultura Orgânica tem seu manejo orientado para estimular a atividade biológica do solo, incluindo a mesofauna e os microorganismos. Através do fornecimento da biomassa, da proteção do solo (palhada) e da aplicação de produtos naturais rico em nutrientes, que são solubilizados pelos organismos presentes na biota do solo, como plantas superiores, fungos, bactérias e liquens. 
A Rotação de Culturas consiste na prática de não repeti uma mesma cultura em uma mesma área ano após ano. O plantio de uma mesma cultura repetidas vezes no mesmo local leva a menor eficiência na utilização dos nutrientes do solo, empobrecimento da fertilidade deste acarretando uma menor produtividade e aumento na incidência de pragas e doenças. 
O rodízio de áreas é uma prática em que, deve-se estabelecer o plano de rotação mais adequado para a situação de cada área, observando quais as espécies se adaptam melhor ao solo e clima da área em que será plantado. As culturas podem ser de uma mesma família de acordo com suas necessidades nutritivas e resistência às pragas e doenças. Em uma horta caseira, por exemplo, a rotação de culturas deve contemplar uma variedade de diferentes famílias e diversas espécies, sendo que estas fazem uma utilização dos nutrientes do solo de forma diferenciada e apresentam diferentes problemas fitossanitários, o que evita uma sucessão de desequilíbrios ecológicos e o conseqüente ataque de pragas e doenças. 
6.2.5. Reciclagem de resíduos orgânicos (compostagem) 
O destino do lixo urbano é um problema atual na sociedade. Por isso soluções adequadas e comprometidas com questões ambientais, econômicas e sociais, são fundamentais para a solução deste problema. Sendo os resíduos urbanos caracterizados como: 
Resíduos domiciliares: aqueles gerados nas residências, constituídos por restos de alimentos, materiais potencialmente recicláveis, além de lixo sanitário e tóxico. 
Resíduos comerciais: provenientes das atividades comerciais e de serviços, tais como supermercados, bancos, lojas, bares e restaurantes. 
Resíduos públicos: originados dos serviços de limpeza pública urbana, tais como varrição de vias, praias, córregos e restos de podas de árvores e de feiras livres.
21 
Entulho: resíduos da construção civil, como materiais de demolição e restos de obras. Contém materiais inertes1 e também resíduos tóxicos, como tintas e solventes. 
E as alternativas de tratamento e deposição do lixo urbano geralmente são apresentadas da seguinte forma: 
Aterro comum, vazadouro ou lixão: é a forma de disposição mais prejudicial ao ambiente e ao homem, na qual os resíduos são dispostos a céu aberto, diretamente sobre o solo e sem nenhum tipo de tratamento ou controle sanitário/ambiental. 
Aterro controlado: a disposição é feita sem tratamento, como nos lixões, mas os resíduos são posteriormente cobertos com material inerte ou terra, para evitar a presença de vetores de doenças. 
Aterro sanitário: é o processo de disposição de resíduos no solo com fundamentos em critérios de engenharia e normas operacionais específicas. É realizada a impermeabilização do solo, sistemas especiais fazem a drenagem do chorume e a captação do gás liberado; os resíduos são devidamente compactados e posteriormente cobertos, permitindo um confinamento seguro em termos de proteção e de controle da poluição ambiental. 
Nessa problemática atual, uma alternativa para suprir a demanda do resíduo orgânico é através do método de compostagem. A compostagem é um processo de oxidação biológica, portando com presença de oxigênio, através do qual, microrganismos decompõem os constituintes dos materiais orgânicos do lixo em material estável e utilizável na preparação de húmus, libertando dióxido de carbono, vapor de água e calor suficiente para que a temperatura no interior da leira alcance 70 °C (por isso o termo termofílica). Esse processo orgânico de reciclagem a matéria orgânica “é toda substancia morta que provenha de plantas, animais microorganismos ou excreções” é decomposta e retorna para o solo na forma de adubo. 
7. Histórico do CEPAGRO em Agricultura Urbana 
O CEPAGRO “Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo” é uma organização não-governamental fundada em 1990 e caracteriza-se por ser uma ONG que trabalha em rede e possuem forte ligação com organizações de base, com instituições de pesquisa e extensão, instituições governamentais e não governamentais. Atuam na área da agricultura familiar e desenvolvimento sustentável no Estado de Santa
22 
Catarina. Sua cede está localizada no centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 
Desde 2005, o CEPAGRO vem se envolvendo com AU e, atualmente, desenvolve trabalhos em quatro localidades nas cidades de Florianópolis e Itajaí. Na capital, as atividades concentram-se no Sul da Ilha e no Bairro Monte Cristo (no continente). Em Itajaí, as atuações são realizadas em duas comunidades: Portal I e São Vicente. As atividades em AU visam apoiar e assessorar grupos organizados em parcerias com entidades civis ou com o poder público para a produção de alimentos orgânicos em hortas comunitárias, em quintais domiciliares, em escolas e creches. 
Em 2007 o município de Biguaçu se engajou ao CEPAGRO, com o intuito de construir uma horta comunitária, no bairro Jardim Janaina, periferia do município. 
Esses projetos são apoiados financeiramente por organizações internacionais de cooperação que apostam nessas metodologias de trabalho e na melhoria da qualidade de vida dos moradores das periferias em todo o mundo. O CEPAGRO também compõe uma articulação nacional de entidades com atuação em AU, com parcerias com ONGs de Belo Horizonte (REDE) e Rio de Janeiro (AS-PTA). Os objetivos desta articulação são a troca de experiências entre as entidades, intercâmbio de técnicos e agricultores urbanos e ainda a construção coletiva de projetos em AU que fortaleçam as iniciativas locais. 
7.1. Histórico Biguaçu 
Este trabalho conta com a participação da Ação Social da Igreja São João Evangelista, (ASSJE), no município de Biguaçu que fica há 25 km de Florianópolis. A atuação fica sediada na periferia do município, no bairro Jardim Janaina com o grupo Vida Nova. Em dezembro de 2007, foram realizados encontros na comunidade, acompanhados pela ASSJE, sendo discutidas três questões: o que temos o que sonhamos e o que podemos fazer. 
Através dos encontros, as famílias tiveram a oportunidade de sugerir os cursos a serem desenvolvidos na comunidade. Assim, as famílias que participaram dos encontros, assumiram a formação de um grupo, com encontros quinzenais, tendo como proposta inicial oportunizar um espaço de formação e de troca de experiências. O grupo Vida Nova na localidade do Jardim Janaina, iniciou suas atividades em março de 2008.
23 
Os encontros que eram quinzenais passaram a ser semanais, envolvendo famílias cadastradas na ação social da comunidade. 
Em 2008, a ASSJE realizou palestras sobre auto-estima, higiene e fizeram oficinas de trabalho manuais. O grupo iniciou com aulas de culinária. Seguiram com trabalhos manuais, e com a Assistência da Ação Social Arquidiocesana, (ASA) chegaram à idéia de organizar uma horta comunitária. 
O projeto surgiu dos próprios participantes, tendo em vista que muitos vieram de áreas rurais, alem da necessidade de uma melhor alimentação pelas famílias. Em 2009, com o auxilio da comunidade e representantes da igreja, foi cedido um espaço no terreno da própria capela para a construção da horta, foram realizadas visitas aos quintais e a instalação da horta comunitária no terreno de 4x8 metros disponibilizado pela igreja. A ASA ainda disponibilizou a verba para a compra de matérias, como pás, enxadas, mudas, sementes e o material para a montagem do sistema de irrigação. 
A metodologia inicial utilizada foi a de visitas aos quintais e casas dos participantes do grupo. Foi realizado um intercâmbio para que o grupo conhecesse a horta comunitária do portal, em Itajaí. No retorno, teve inicio a horta, com encontros semanais e através de mutirões, adotando a metodologia de aprender fazendo. 
7.2. Histórico Chico Mendes 
O trabalho do CEPAGRO, no bairro Monte Cristo, teve início em 2006 com uma proposta de ação apresentada na Rede de Entidades Articuladas do bairro Monte Cristo. Naquele momento a Casa Chico Mendes (ONG que trabalha com crianças, jovens e famílias) mostrou interesse através do Grupo Tecendo Vidas (grupo de mulheres). 
As atividades começaram com o resgate das heranças rurais das mulheres e os resultados do processo de êxodo rural que elas passaram. Em seguida foram feitas visitas às experiências de AU nos quintais domésticos e de instituições. A partir daquele momento foram sugeridas oficinas temáticas de qualificação das práticas, sendo realizadas oficinas de canteiros suspensos, de aproveitamento de pequenos espaços para plantio e de compostagem dos resíduos orgânicos domésticos para produção de composto (adubo). Nessas atividades foi marcante a participação das Frentes Temporárias de Trabalho (grupo de moradores do bairro que são contratados temporariamente para trabalharem na limpeza da comunidade e receber capacitações em temas ambientais).
24 
Com as visitas aos quintais ficou clara a falta de espaço ou condições não ideais para o plantio nas residências, além do reconhecimento e valorização de experiências de AU em instituições de ensino como a Creche Chico Mendes. 
No final do ano de 2006 constituiu-se um grupo comunitário (Grupo Tecendo Vidas e Frente Temporária de Trabalho). Uma das iniciativas desse grupo comunitário foi constituir uma horta de uso comum. Pela ausência de espaços públicos livres e próprios ao uso agrícola, foi feito uma parceria com a Escola Estadual América Dutra Machado. A escola possui uma das poucas áreas livres e com uma estrutura mínima para cultivos. Assim, consolida-se na comunidade, um espaço público de livre acesso às famílias interessadas em praticarem agricultura. 
Atualmente, os esforços do trabalho no bairro Monte Cristo estão direcionados para a reciclagem dos resíduos orgânicos domésticos, através da técnica de compostagem. Essa proposta faz parte de uma parceria entre CEPAGRO, Escola Estadual América Dutra Machado, Creche Chico Mendes e Creche Conjunto Habitacional Chico Mendes. Cada família recebe um baldinho “os baldinho foram doados pelo Big, proveniente do descarte da padaria, mediante a apresentação de um oficio oficializando o pedido” sendo esses de 2 e 5 litros conforme a necessidade, para recolher e destinar seus resíduos orgânicos para 15 pontos de entrega voluntária (PEVs) localizados em cada instituição de ensino mencionadas anteriormente e em residencias. Os resíduos são compostados no espaço da horta da Escola. 
Essa iniciativa de gestão local dos resíduos orgânicos visa melhorar as condições de higiene e saúde da comunidade. Muitos sacos de lixos domésticos contendo restos orgânicos eram alvo de cachorros e ratos, denegrindo a imagem do bairro e favorecendo a proliferação de doenças como a leptospirose (muito constatada pelo Centro de Saúde local). Outro objetivo é dinamizar a AU pela produção local de adubo orgânico, incentivando e facilitando o cultivo de alimentos pelas famílias nos espaços domésticos ou públicos. Atualmente o projeto “A Revolução dos Baldinhos” tem a participação de 95 famílias com baldinhos 4 entidades da comunidade, sendo coletado e reciclados 10 toneladas de resíduos orgânicos por mês.
25 
8. Metodologia 
Jardim Janaina 
A metodologia de extensão implantada no trabalho consistiu em visitas semanais, sendo estas de caráter técnico, educativo e participativo. Atividades como oficinas (coleta e preparo de açaí, compostagem), montagem do sistema de irrigação, construção de canteiros, plantio de mudas, conversas de grupos, além de consultas a literaturas, artigos e projetos da área foram realizados no decorrer do estágio, no período de 03 de março a 03 de junho do ano de 2010. 
Na comunidade do bairro Jardim Janaina, localizada no município de Biguaçu, as visitas foram realizadas nas terças-feiras no período vespertino, sendo estas acompanhadas pelo supervisor do estágio Marcos José de Abreu, entretanto em alguns dias as visitas foram realizadas apenas pela estagiaria. Os encontros semanais tinham inicio às 14h00min e termino às 17h00. 
Primeiramente, os encontros eram realizados no salão paroquial da igreja SJE. Após um mês, foram realizados na casa de Dona Natalia, seguindo para a casa da Márcia, sendo estas duas mulheres participantes do projeto que cederam seus quintais para a construção de hortas. Nesse período, foram realizadas as práticas de AU, demonstradas no cronograma abaixo. 
Cronograma de atividades realizadas no período de estágio na comunidade Jardim Janaina 
Mês 
Março 
Atividades Desenvolvidas na Horta Comunitária da Igreja São João Evangelista. 
09/03/2010 
Primeiro dia de estágio ocorreu uma apresentação dos participantes do projeto de forma expositiva, com o objetivo de conhecê-los e assim possibilitar uma melhor dinâmica de trabalho. 
16/03/2010 
Revitalização da horta e dos antigos canteiros: em forma de mutirão, trabalhou se com o grupo de mulheres e, assim, concluído o trabalho de revolvimento do solo para elevação dos canteiros e revitalização da horta em forma de mandala. 
23/03/2010 
Coleta do adubo (esterco de gado) na própria comunidade. Foram coletados 30 kg de esterco. A palha sobreposta nos canteiros foi adquirida
26 
no CEASA de Florianópolis. O esterco foi incorporado ao solo e os canteiros cobertos com cobertura morta. 
30/03/2010 
Plantio de mudas de espécies diversificadas como alface, beterraba, couve, pimentão, cebolinha, salsinha, alho porró cidreira, menta entre outras. 
Mês 
Abril 
Atividade Desenvolvida na Horta Comunitária no Quintal da Dona Natalia 
06/04/2010 
Visita ao local, e coleta do esterco de gado para os canteiros, foram coletados 8 sacos de 5 quilos. 
13/04/2010 
Revitalização da horta em mandala e dos canteiros. 
20/04/2010 
Preparo dos canteiros para plantio, nos canteiros foi incorporado o esterco e estes cobertos com palhada, em seguida foram plantadas as mudas de olericolas como tomate, pimenta, entre outras. Deu se inicio ao processo de instalação do sistema de irrigação. 
29/04/2010 
Finalizada a implantação do sistema de irrigação. A água utilizada na irrigação vem de uma caixa d’água de 5.000 litros que armazena água da chuva, para a montagem do sistema foram utilizados 60m de fita santeno, 6 registros de 3/4 e 17m de cano. 
Mês 
Maio 
Atividade Desenvolvida na Horta Comunitária no Quintal da Dona Natalia 
04/05/2010 
Oficina do Açaí: foram coletados 5 cachos palmito Jussara para a extração do açaí na localidade de Santo Amaro, após a coleta fez se a debulha e a despolpa no salão paroquial da igreja SJE em Biguaçu. Antes de se iniciar a despolpa os frutos foram selecionados e lavados, os frutos que se encontravam ainda verdes, foram separados para a produção de mudas. 
Após a higienização dos frutos este foram imersos em água morna por aproximadamente 20 minutos, para que a polpa se solta da semente, com o auxilio de um escorredor os frutos foram colocados na despolpadeira elétrica. 
Realizada a despolpa o açaí foi preparado de diversas formas com
27 
banana e mel, com mel e limão, laranja e mel, e assim provado por todos os participantes da oficina. Neste dia uma participante a Karol do projeto “A Revolução dos Baldinhos” se envolveu na atividade. 
25/05/2010 
Manutenção da horta, plantio de mudas. Nesse dia foi realizada as entrevista conforme questionários em anexo com oito participantes do grupo “Vida Nova”. 
Chico Mendes 
O trabalho na Chico Mendes tem sido, de, coletar resíduo orgânico nos Pontos de Entrega Voluntária (PEV´s), duas vezes na semana, às terças e sextas feiras, pela manhã, com inicio às 08h00min e termino às 14h00min, após a devolução das bombonas aos PEVs. No outros dias, é realizada a conscientização das famílias, através de visitas e conversas com as famílias, busca-se esclarecer duvidas,(como o que se deve ou não colocar nos baldinhos), além da importância da reciclagem do resíduo orgânico... Atualmente, existem 15 PEV´s, sendo que onze são casas de famílias e os restantes, são instituições: Casa Chico Mendes, creche Chico Mendes, Creche Conjunto Habitacional Chico Mendes e Escola América Dutra Machado. 
O trajeto da coleta é feito a pé, o carrinho é puxado manualmente, as bombonas que se encontram nos PEVs a onde as famílias depositam os resíduos orgânicos são de 30, 50 e 60 litros, os baldinhos pertencentes às famílias são de 2 e 5 litros. 
A rota de coleta foi realizada na companhia dos atores locais, Karol e Rose Helena e dois bolsista. O projeto atualmente é apoiado pela empresa Eletrosul, mediante o pagamento das bolsas salário. Atuando como agentes comunitárias e participantes do projeto, recebem uma bolsa de 450,00 Reais. No começo do semestre dois jovens se engajaram no projeto recebendo uma bolsa de 200,00 Reais. 
Lene e Karol estamos botando nomes nos baldes e fazendo cadastro das famílias. Encontramos uma bombona para o lado de fora de uma casa, era de uma família que se mudou e a deixou. 9:00 h saímos entregando baldinhos e Débora, de uma das famílias, fez companhia. Nós três plantaramos algumas mudas no conjunto habitacional Chico Mendes. Entregamos baldinhos para a família do Valdinei e para a da Dona Fátima. 10:00h Fomos na creche doar algumas mudas para as professoras. Doamos um balde dos de margarina para a cozinheira Claudete e a cozinheira Maria também pediu um para ela. Plantamos mais algumas mudas na escola e arrumamos as armadilhas de fitas de vídeo para afastar passarinhos. Doamos algumas mudas para o projeto Ambial e combinamos de fazer uma horta amanhâ, junto com a coleta. A professora do Ambial pediu novas mudas para sua horta. Essas mudas que estamos utilizando foram doadas pelo CEPAGRO, mas, futuramente pretendemos produzi-las nós mesmos para comercializar na comunidade. 12:00 h Entregamos baldinho e mudas para a família da
28 
Marquinha e da Janete “Neca”.13:20 h Karol foi na família Kelen que comunicou que está se mudando, mas, vai continuar com o baldinho, se comprometendo a continuar separando e depositando no PEV mais próximo. No final, Karol ainda aproveitou para comprar alguns DVD’s. 
Um dia de coleta nas palavras de Karol. 
Todo resíduo coletado, é levado até a escola América Dutra Machado, onde fica o pátio de compostagem termofílica. Nesse processo é possível misturando os resíduos com camadas de serragem e cobri-los com palha, evitando o ataque de animais como pássaros, moscas e ratos. Esta mistura é feita em leiras “denominam-se leiras as pilhas onde são depositados os materiais a serem tratados pela compostagem” estreitas e estáticas sobre o solo, para aumentar a aeração. 
Uma leira estática é utilizada por um mês “durante um mês os resíduos orgânicos provenientes da coleta são depositados na mesma leira”, passado este tempo de montagem da leira esta ficara estática de três a seis meses, apenas revolvendo-a de 15 em 15 dias para aerar e acelerar o processo de degradação. No final desse período o material encontra-se estável. A cada mês inicia-se uma nova leira, com isso todo mês uma nova carga de composto está pronta. 
O composto pronto retorna às famílias e instituições participantes, para utilização nos quintais urbanos, produzindo flores, folhagens, plantas medicinais e alimentos. 
No final do processo de compostagem, as bombonas são lavadas e devolvidas para os PEV´s, repetindo-se o trajeto da coleta a pé. 
Quinzenalmente, são coletadas doações de serragem no sul da ilha e palha no CEASA, com auxílio do pick-up do CEPAGRO. 
Tanto nos dias de coleta como nas demais manhãs que ficam disponíveis para eventuais atividades e oficinas de agricultura urbana, o ambiente de trabalho é repleto de trocas de ensinamentos entre todos os envolvidos. 
Além das práticas descritas acima, que teve o acompanhamento semanal, outras atividades foram desenvolvidas no decorrer do estágio, como reuniões com os participantes, famílias e entidades pertencentes à comunidade e convidados, visita às residências dos moradores da comunidade, aplicação de questionários com 8 participantes do projeto, alem da busca por matérias em outras fontes como bibliografias, trabalhos e projetos da área e relatórios de atividades.
29 
Cronograma das atividades realizadas no período de estágio na comunidade Chico Mendes. 
Mês 
Março 
Atividade Desenvolvida no Pátio de Compostagem e Comunidade Chico Mendes 
9/03/2010 
Inicio das atividades, apresentação do grupo e projeto Karol, Maicom, Lene e Goiano e o pátio de compostagem. 
12/03/2010 
Coleta, virada das bombonas e conscientização 
15/03/2010 
Primeira reunião do semestre com as famílias, entidades participantes e convidados. Nesta reunião foi apresentado o andamento do projeto e realizada a entrega das camisetas. 
16/03/2010 
Coleta, virada das bombonas e conscientização das famílias. Foi iniciada uma nova leira. 
23, 26 e 30/03/2010 
Coleta, virada das bombonas e conscientização 
Mês 
Abril 
Atividade Desenvolvida no Pátio de Compostagem e Comunidade Chico Mendes 
6, 9 e 13/04/2010 
Coleta, virada das bombonas e conscientização das famílias 
16/04/2010 
Coleta, virada das bombonas e conscientização das famílias. Foi iniciada uma nova leira. 
20, 23, 27, 30/04/2010 
Coleta, virada das bombonas e conscientização das famílias e distribuição de mudas de alface , beterraba, tomate salsinha e cebolinha. 
Mês 
Maio 
Atividade Desenvolvida no Pátio de Compostagem e Comunidade Chico Mendes 
4 e 11/05/2010 
Coleta, virada das bombonas e conscientização das famílias, no dia 4 de maio foi levado adubo para duas famílias. 
18/05/2010 
Fixada a primeira placa do PEV Ponto de entrega voluntário 
19/05/2010 
Coleta, virada das bombonas e montagem de uma nova leira 
21/05/2010 
Coleta, virada das bombonas e conscientização das famílias. Reportagem do Diário Catarinense com entrevista de seus participantes. Reportagem em anexo.
30 
31/05/2010 
Foi realizado um mutirão onde nesse foi construído quatro canteiros de 0,70x2m, um canteiro de 2,5x3m, um canteiro em formato meia lua e uma horta mandala com 3m de diâmetro. A construção dos canteiros tem por objetivo a produção de mudas. 
Realizada a entrevista com oito membros do projeto para o estudo sócio econômico. 
9. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Jardim Janaina 
Foram entrevistadas oito participantes do grupo Vida Nova de um total de 15 membros, desses a idade variava dos 25 aos 66 anos, sendo a grande maioria oriunda do meio rural pertencente ao estado de Santa Catarina, com grau de escolaridade variando do fundamental ao segundo grau incompleto, com isso ressaltando o despreparo para trabalhos de melhor remuneração, tornando se trabalhadoras informais, entre esses trabalhos foi constatado o de domestica, manicure e donas de casa. Conforme descrito na tabela abaixo. 
Tabela 2: Cidade de origem, grau de escolaridade e profissão das entrevistadas. 
Entrevistadas 
Idade 
Cidade de Origem 
Escolaridade 
Profissão 
1 
30 
Tijucas 
2°grau completo 
Manicure 
2 
42 
Braço do Norte 
Ensino fundamental completo 
Dona de casa 
3 
66 
Bom Retiro 
Ensino fundamental completo 
Doméstica 
4 
39 
Campo Belo do Sul 
2°grau incompleto 
Dona de casa 
5 
65 
Campos Novos 
Ensino fundamental incompleto 
Pencionista 
6 
43 
Bom Retiro 
Ensino médio incompleto 
Doméstica 
7 
27 
Biguaçu 
Ensino fundamental completo 
Dona de casa 
8 
25 
Três Riachos 
Ensino fundamental completo 
Dona de casa 
Metade das entrevistadas 50% não possuem renda, são donas de casa e a renda familiar provem unicamente do marido, variando de 1 salário mínimo a R$ 800,00, os outros 50% são trabalhadoras informais, que auxilia na renda familiar de 1 salários
31 
mínimos, podendo alcançar ate R$ 1.600,00. Confirmando que de maneira geral, o grau de escolaridade determina o tipo de atividade profissional que as pessoas podem praticar. 
Tabela 3: Renda familiar em reais (RF) dos entrevistados, RF per capita e número de integrantes da família. 
Entrevistadas 
Renda familiar 
Renda per capita 
N° de integrantes da família 
1 
1.600,00 
400,00 
4 
2 
800,00 
266,00 
3 
3 
510,00 
255,00 
2 
4 
510,00 
510,00 
1 
5 
510,00 
170,00 
3 
6 
1.000,00 
333,00 
3 
7 
510,00 
102,00 
5 
8 
510,00 
127,50 
4 
A maioria dos entrevistados, 5 dos 8 pesquisados (ou 62,5%), apresentam uma renda familiar igual a R$ 510,00 mensais e apenas 3 dos 8 (ou 37,5%) apresentam uma renda de R$ 800,00 a R$ 1.600,00. Estes números por si só não dizem muito sobre o padrão de vida ou consumo dessas famílias, tendo em vista que a renda familiar sem considerar o número de integrantes da família, isto é, o número de pessoas que dependem desta renda, não é suficiente para medir o verdadeiro poder aquisitivo destas famílias. 
Conforme demonstrado na tabela 2, 62,5% das entrevistadas é de famílias de agricultores que produziam para venda e subsistência da propriedade sendo a única fonte de renda a agricultura, tendo como culturas produzidas, batata, arroz irrigado, fumo e grãos, alem da criação de animais, vaca de leite, suínos e galinha poedeira. 
O restante totalizando 37,5% equivalente 3 das entrevistada não são de família de agricultores. No entanto, 75 % das entrevistadas já praticavam AU, sendo aquelas que deixaram a agricultura em busca de melhores condições de vida nas cidades, trouxe consigo o gosto pela terra e o prazer de se cultivar, plantando em casa em espaços disponíveis, cultivando olericolas, temperos e plantas medicinais. Apenas 25% do grupo entrevistado veio a praticar AU a partir do projeto Horta Comunitária, citado
32 
anteriormente no histórico da comunidade, sendo que 75% dos participantes do projeto que é coordenado pela ASA “Ação Social Arquidiocesana” o conheceram através do convite de amigos e vizinho que já participavam, 25% das entrevistadas participavam de outros projetos sociais administrados pela ASA manifestaram o interesse quando a proposta de se construir uma horta comunitária foi proposta, participando então de toda a formação. 
A Ação Social Arquidiocesana, ASA é um projeto social da Igreja São João Evangelista (ISJE) e através dela são realizados trabalhos sociais com a comunidade, sendo esta coordenada por uma agente comunitária e uma assistente social da prefeitura de Biguaçu. 
Com a prática da AU a produção de alimentos livres de agrotóxicos torna-se viável no auxilio a uma alimentação saudável. Apesar de não ser única fonte alimentar, tendo ainda que se comprar para suprir a demanda consumida pelas famílias. Entretanto segundo as entrevistadas a prática da AU lhes proporcionou benefícios para com a saúde, pelo trabalho físico praticado na horta, o consumo de alimento saudáveis, envolvimento comunitário, formação de amizade e o bem estar consigo mesma por praticar algo saudável e produtivo. 
Ressaltando que todas as entrevistadas acreditam que se pode obter renda, diminuir custos, incrementando a renda familiar e aumentar a segurança alimentar e nutricional de suas famílias a partir dos alimentos produzidos pela horta. 
Entretanto dificuldades foram apontadas pelo grupo, a falta de insumos (muda, sementes e esterco) agregados a falta de participantes e a falta de reconhecimento por parte da comunidade e seus moradores. Todavia o principal problema para se garantir a estabilidade do sistema é o espaço físico, pois as duas áreas disponíveis para horta é insuficiente para suprir a demanda do grupo Vida Nova e de seus familiares. 
Andamento da Horta 
A horta antes do inicio do mês de março estava composta por um canteiro de plantas medicinais no qual contem melissa, hortelã, guaco, mil folhas, arruda, capim limão, cavalinha entre outras. E uma horta mandala com diferentes espécies já no final de seu ciclo como, couve, brócolis, abóbora, milho, feijão. 
No período do estágio foi dada continuidade a metodologia implantada desde o inicio do projeto, seguindo a linha metodológica da agroecologia. Sendo assim para a reestruturação dos canteiros foi realizado o revolvimento do solo (o solo da horta na
33 
ISJE é oriundo de aterros) de forma manual sem revolvimento intenso, apenas com o objetivo de elevar os canteiros deixando esses com 1 m de largura, dois metros de distancia e com 15 a 20 cm de altura, conforme recomendado por bibliografias, e assim se ter uma melhor produção. Além da construção de canteiros retangulares para suprir uma maior demanda de produção, foi construído canteiros agroecológicos de produção, em formato de mandala e meia lua. A grande maioria das hortaliças necessita de preparo especial do terreno para a confecção de canteiros que podem servir como sementeira, para transplante de mudas e plantio/semeadura direta. Conforme pode ser visualizado na figura abaixo. 
Figura 2: Horta Comunitária locada na Igreja São João Evangelista 
Na parcela não foi realizada a análise do solo. Anteriormente foi utilizado nos canteiros composto orgânico, adquirido através do pátio de compostagem do CEASA. Durante o estágio teve se a disponibilidade do esterco de gado adquirido através de doação sendo usado como principal fonte de matéria orgânica para incorporação ao solo.
34 
As plantas necessitam, além de carbono, hidrogênio e oxigênio, constituintes essenciais retirados do ar e da água, dos microelementos (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre exigidos em maior quantidade) e macroelementos ((manganês, zinco, cobre ferro, molibdênio, boro e cloro exigidos em quantidades reduzidas). As quantidades desses elementos disponíveis para as plantas no solo, quase sempre é insuficiente, daí a necessidade de se completar com adubação orgânica. 
O esterco rico em material fibroso provinda da alimentação de volumosos, principalmente gramíneas, se apresentava em estado semi curtido, pois seus componentes não estavam totalmente degradados (com matéria orgânica em estado original). Porem com parcelas do material já se apresentando decompostas, entretanto o esterco nesta forma não apresenta prejuízo para as plantas, estas características do esterco favoreceram a melhora das condições do solo, sendo que é matéria orgânica de lenta degradação e estimuladora da vida no solo. Os adubos orgânicos, além de serem fontes de macro e microelementos, facilitam a absorção da água e conservam a unidade do solo, garantindo melhor ambiente para o desenvolvimento das raízes e para a vida do solo. 
Figura 3: Horta comunitária Jardim Janaina locada na ISJE, montagem dos canteiros.
35 
Figura 4: Horta comunitária Jardim Janaina locada na ISJE, horta mandala com cobertura morta. 
Os canteiros foram cobertos com cobertura morta, esta prática consiste na colocação de palhada seca de 5 a 10 cm, com o intuito de se favorecendo a microbiota do solo, evita a formação de crostas, preservar a umidade e equilibrar a temperatura do solo, evitando que este fique exposto aos raios solares. Segundo o autor Khantounian (2001) a palhada tem efeito biológico associado a decomposição da biomassa com efeito lento e duradouro. Se incorporada a palhada tem excelente efeito físico, acompanhado da imobilização do nitrogênio do solo auxiliando na ativação biológica da mesofauna. 
As mudas plantadas (neste período somente mudas foram plantadas) adquiridas em Paulo Lopes, na propriedade de Dana Albertina, produtora de mudas orgânicas, foram compradas por um custo de R$ 20,00 a bandeja de isopor com 72 mudas de espécies diversificadas, conforme informado na tabela abaixo.
36 
Tabela 4: Mudas plantadas na Horta comunitária 
Cebolinha Allium fistolosum 
Menta Mentha villosa 
Salsinha Petrosolium sativum 
Cavalinha Equisetum 
Couve Brassica sylvestris 
Cidreira Melissa officinalis 
Beterraba Beta vulgaris. 
Alecrim Rosmarinus officinalis 
Alface Lactuca sativa 
Arruda Ruta graveoles 
Cenoura Daucus carota 
Alho-porró Allium porrum 
Pimentão Capisicum annuum 
Mostarda Brassica juncea 
Berinjela Solanum melongena 
Tomate Solanum lycopersicum 
Foi realizado o transplante de mudas mediante a abertura de “covas” entre as palhas, essas eram preenchidas com esterco e em seguida plantada a muda, desta forma buscou se disponibilizar melhor os nutrientes para as plantas. 
Na segunda área disponível para horta, locada no quintal da casa de uma das integrantes do grupo, Dona Natalia (cedeu seu quintal para que o grupo tivesse uma área maior para plantio), foi adotada a mesma metodologia descrita acima, reestruturação e elevação dos canteiros, utilização de adubo orgânico (esterco de cavalo), cobertura morta para preservar a estrutura do solo e o transplante de mudas de maior interesse. 
Nessa área foi implantado um sistema de irrigação, onde água utilizada é captada da chuva, para isso foi construído uma cisterna com uma caixa d’água de 5.000 litros, a água é conduzida ate essa cisterna por um cano fixado ao telhado (Calha). 
Figura 5: Calha para captação d’água da chuva.
37 
Figura 6: Caixa d’água para o armazenamento da água captada. 
Para a irrigação foi utilizado a microaspersão com sistema santeno ideal para hortaliças folhosa. Podendo ser visualizado na figura 5 logo abaixo. 
Sendo uma forma pratica e econômica de se irrigar, pois consiste em uma mangueira plástica, perfurada com raios laser e resistente a exposição ao sol. A mangueira foi conectada a uma mangueira e esta a saída de água da caixa d’água, produzindo uma neblina fina de irrigação. 
O cultivo de hortaliças com insuficiência de água de boa qualidade para irrigação não é viável pra produção, tendo em vista que a maioria das hortaliças tem na maior parte de sua composição água. A qualidade da água é muito importante, a freqüência, o tipo de irrigação e a quantidade de água a se aplicar dependem da espécie cultivada, do tipo de solo, do clima, das praticas culturais e da fase de desenvolvimento das plantas. 
Para hortaliças folhosas é recomendada a rega diária, durante todo o ciclo das plantas, para hortaliças com frutos, à medida que as plantas vão crescendo a irrigação pode ser feita de três em três dias.
38 
Figura 7: Horta Comunitária locada no quintal da Dona Natália, com microaspersão por sistema santeno.
39 
Viabilidade 
Nesse grupo estudado onde a maior parcela é assalariada torna se visível a necessidade de um aumento a renda familiar, mesmo sendo através da produção de alimentos para enriquecer a segurança alimentar da família. Entretanto como já mencionado a produção é insuficiente para suprir a demanda de consumo de todas as famílias do grupo. 
A falta de espaço destinado à horta é insuficiente, tendo em vista que atualmente tense duas área para horta. Entretanto ao final deste ano a área de horta locada no pátio Igreja São João Evangelista terá de ser desocupado, pois a ISJE solicitou a área ocupada para uso próprio. 
Este fator ressalta, que os objetivos propostos para produção para consumo e venda do excedente da horta, esta se tornando uma proposta de baixa viabilidade e sustentabilidade. Sabendo que no geral, são necessários de 6 a 10 m² de horta para cada pessoa. Outro problema observado no decorrer do estágio é a falta de autonomia do grupo na tomada de decisões, sendo essas decisões tomadas normalmente por uma pessoa. 
Mas apesar dos problemas citados acima o grupo, e esforçado e gosta de trabalhar com a horta, se este problema do espaço for solucionado, acredito que o objetivo de consumo e venda dos produtos da horta será facilmente alcançado. 
Chico Mendes 
Foram entrevistados 8 participantes do projeto todos do sexo feminino, com a idade variando dos 20 aos 50 anos, sendo que 5 ( ou 62,5%) das entrevistadas são trabalhadoras informais, desde costureira, domesticas a agentes comunitárias. 
As outras 3 (ou 37,5%) são donas de casa, sendo nesses casos as renda da família proveniente unicamente do marido e não passando de um salário mínimo. 
No caso em que as entrevistadas trabalham a renda da família é de R$ 400,00 chegando a R$ 1.020,00 o equivalente a dois salários. Sendo a media da renda per capita de R$ 191,50, tendo em vista que as famílias são constituídas na maior porcentagem acima de 4 pessoas.
40 
Tabela 5: Renda familiar em reais (RF) dos entrevistados, RF per capita e número de 
integrantes da família. 
Entrevistadas Renda 
Familiar 
Renda per 
capita 
Nº integrantes 
da Família 
1 R$400,00 R$200,00 2 
2 R$510,00 R$130,00 4 
3 R$520,00 R$86,60 6 
4 R$520,00 R$57,70 9 
5 R$600,00 R$120,00 5 
6 R$800,00 R$200,00 4 
7 R$820,00 R$410,00 2 
8 R$1040,00 R$346,00 3 
Confirmando na comunidade que a baixa escolaridade esta vinculada com a baixa 
remuneração. Sendo que o grau de escolaridade determina o tipo de atividade que as 
pessoas podem exercer. 
0 
0,5 
1 
1,5 
2 
2,5 
3 
3,5 
nº entrevistados 
2º grau completo 
2º grau imcompleto 
ensino medio incompleto 
ensino fundamental 
completo 
Figura 8: Grau de escolaridade dos entrevistados segundo quatro classificações. 
Desempregados e subempregados predominam no quadro ocupacional desta 
população. A maioria não tem carteira assinada. Nesse complexo de comunidades, 
situadas na periferia urbana de Florianópolis, não existem indústrias, nem atividades 
agrícolas, exceto pequenos comércios.
41 
As sobras do CEASA constituem a maior, quando não a única fonte de alimentação para muitas pessoas e famílias que também necessitam e buscam por cestas básicas. Muitos sobrevivem do Bolsa Família e do Agente Jovem. Há vários obstáculos para conseguirem a inclusão e participação em cursos e programas de requalificação profissional como a falta de documentação adequada, dificuldade de transportes e também o preconceito. 
As atividades começaram com o resgate das heranças rurais das mulheres e os resultados do processo de êxodo rural que elas passaram. Partindo dessa problemática foi constatado que 5 ( ou 62,5% ) das entrevistadas de um total de 8 são provenientes da zona rural, de cidade como Caçador, Chapecó, Riqueza, Rio Grande (RS) e Quedas de Iguaçu (PR). Das 8 entrevistadas, 3 (ou 37,5%) são da cidade e não tiveram contato com a agricultura. Através do questionário aplicado, pode ser constatado que as causas da migração do campo para as cidades foram, problemas familiares como a morte do pai onde a família não conseguiu administrar a propriedade, sendo necessária a venda, busca por melhores oportunidades de emprego e melhor condição de vida. 
Quando perguntado como foi seu primeiro contato com a AU na comunidade, as 8 entrevistadas, 50% delas foi através de projetos como a Frente Temporária de Trabalho “grupo de moradores do bairro que são contratados temporariamente para trabalharem na limpeza da comunidade e capacitações em temas ambientais” e com o projeto Revolução dos Baldinhos já mencionados anteriormente. Os outros 50% das entrevistadas, já plantavam em casa, flores, chás, salsinha, cebolinha e outros. Os motivos que as levaram a participar e praticar AU varia de cultural, por gostar de ter contato com a terra e querer produtos livres de agrotóxicos. 
A vantagem obtida com a prática de AU pelas entrevistadas foi de segurança alimentar, benefícios com a saúde pelo trabalho praticado, alem dos benefícios pelo consumo de alimentos saudáveis e fim do problema com roedores. Entretanto algumas dificuldades foram levantadas como, encontradas, a falta de participantes, cada vez mais tense famílias interessadas em reciclar o seu resido orgânico, entretanto a falta de interesse por parte da comunidade em trabalhar na coleta do resíduo e compostagem, a falta de insumos como mudas, sementes e área própria para plantio foram outras dificuldades apontadas pelas participantes da entrevista.
42 
Andamento do Pátio de Compostagem 
No início de estágio o pátio de compostagem na escola Américo Dutra Machado estava composto por 6 leiras, onde duas eram novas, uma havia acabado de ser fechada e colocada em descanso e outra iniciada no dia 16 de março, sendo que a metodologia de trabalho é trabalhar em uma leira durante um mês. 
Figura 9: Pátio de compostagem
43 
O pátio atualmente esta composto por seis leiras em descanso e uma leiras em atividade de deposição, quatro canteiros de 1x 6m que pertencem ao projeto da escada “Ambial”, onde algumas crianças no período em que não estão em aula participam de atividades vinculadas a Educação Ambiental essas ministradas pela professora Ana educadora e coordenadoras do projeto sediado na Escola América Dutra Machado. 
Além de quatro canteiros 0,70x2m, um canteiro de 2,5x3m e uma horta em mandala que foram construídos recentemente pelos participantes e voluntários do projeto “Revolução dos Baldinhos”. Os canteiros foram construídos com o objetivo de produzir às mudas que são doadas a comunidade, além do plantio para o consumo. 
A produção de mudas tem como propósito a distribuição destas para as famílias participantes do projeto, incentivando que elas plantem em suas casas, em áreas disponíveis mesmo quando essas são limitadas e em vasos e recipientes que possam a vir comportar uma planta. E assim minimizar custos que o projeto tem com a compra de mudas, sendo que a bandeja de isopor com 72 mudas sai por um custo de R$ 20,00. 
Figura 10: Canteiro da casa da Dona Eli. 
Como havia sido falado anteriormente o projeto tem como um dos seus objetivos, ajudar no controle dos roedores, evitando que os resíduos venham a parar nas ruas.
44 
Formação dos canteiros 
Como metodologia aplicada segundo a agroecologia os canteiros foram elevamos os uma altura de 20 cm do solo, nestes canteiros foi incorporado o composto orgânico semi curtido com o intuito de melhorar as condições estruturais ativando a microbiologia do solo. 
Segundo Albert Howard a base de um solo fértil de uma agricultura prospera é o húmos, nos locais em que as perdas de húmos são equilibradas com a devolução dos resíduos do solo, os sistemas de agricultura são estáveis e não há perda de fertilidade. A utilização da cobertura morta vem enriquece este processo de preparo do solo. 
Pois são resíduos de plantas que entram em senescência, “fase do desenvolvimento da planta, que se estende da maturidade plena até a morte e é caracterizada por acumulação de produtos metabólicos, aumento do regime respiratório e perda de peso da substância seca, especialmente nas folhas e frutos” tendo translocado para as sementes a maior parte dos nutrientes, sendo bons reservatórios de potássio (Khatounian 2001) 
E assim para se economizar composto deve-se evitar o revolvimento do solo e utilizar ao maximo a cobertura morta pois, a velocidade de degradação dos compostos dobra a cada 9º C de temperatura. A cobertura com palhada reduzir em 4º a 5º C de temperatura do canteiro. 
Figura 11: Canteiro em forma de mandala.
45 
Figura 12: Área dos canteiros 
Figura 13: canteiro meia lua e ao fundo quatro canteiros de 0,70x2m cobertos com palhada.
46 
A Coleta dos Resíduos 
A coleta dos resíduos é realizada fazendo chuva ou sol. Sempre acompanhada de muita animação e companheirismo. A partir das 08h00min os participantes do projeto se encontram na casa da Karol, membro do projeto desde Agosto de 2009, começando como família e tornando-se membro ativo do projeto. 
O grupo é composto pela Karol (27), Lene (35), Maicom (20) e Goiano (20), sendo que as duas mulheres recebem uma bolsa de R$ 400,00 e os rapazes bolsas de R$ 200,00. Atualmente o grupo acolheu mais um integrante o Peter um garoto de 14 anos que se interessou pelo projeto e começou a participar das atividades. 
A coleta das bombonas começa na Creche Conjunto Habitacional Chico Mendes o primeiro PEV da rota realizada, e pelo projeto não ter uma sede própria e nessa creche onde se guarda o carrinho utilizado na coleta. 
Andando pelo bairro passa-se pelos PEV’s coletando as bombonas e no caminho despejando os baldinhos das famílias nas bombonas. Feita a coleta as bombonas são levadas para o pátio de compostagem locado na Escola América Dutra Machado onde é realizada a virada das bombonas. 
São coletadas mensalmente aproximadamente 5 toneladas de resíduo orgânico. Podendo ser visualizado na tabela 6 abaixo. Conforme mostrado o volume do resíduo orgânico, esta aumentando, isso devido ao crescente número de famílias, que estão se engajando ao projeto. Atualmente o pátio de compostagem não esta comportando a demanda do resíduo, devido à falta de espaço tense a necessidade de se encontra outro local para se implantar um pátio de compostagem. 
Volume de resíduo recolhido por coleta 
Data 
Qtd (L) 
Data 
Qtd (L) 
04/set 
700 
22/dez 
500 
11/set 
700 
23/dez 
550 
15/set 
800 
24/dez 
600 
18/set 
800 
25/dez 
1000 
22/set 
600 
19/jan 
700 
25/set 
700 
22/jan 
660 
29/set 
500 
26/jan 
550 
02/out 
500 
29/jan 
600 
05/out 
700 
02/fev 
850 
09/out 
650 
05/fev 
750 
13/out 
500 
09/fev 
950 
16/out 
500 
12/fev 
550 
20/out 
800 
16/fev 
630
47 
23/out 
550 
19/fev 
800 
27/out 
760 
23/fev 
1065 
30/out 
650 
18/mar 
300 
03/nov 
700 
25/mar 
1050 
06/nov 
780 
30/mar 
850 
17/nov 
980 
01/abr 
500 
20/nov 
640 
06/abr 
760 
24/nov 
680 
09/abr 
800 
27/nov 
980 
13/abr 
980 
01/dez 
1000 
16/abr 
1080 
04/dez 
1000 
20/abr 
860 
08/dez 
950 
04/mai 
800 
11/dez 
700 
07/mai 
600 
14/dez 
785 
11/mai 
1200 
18/dez 
600 
14/mai 
1000 
19/dez 
500 
18/mai 
900 
20/dez 
500 
25/mai 
1500 
21/dez 
500 
28/mai 
900 
46.550 
Total 
750.806 
Media 
Tabela 6: Volume de resíduo coletado, de setembro de 2009 a maio de 2010. 
Pode se estimar a quantidade de resíduo produzido por família, sabendo se que, uma pessoa produz aproximadamente 300g/dia de resíduo, sendo que na comunidade a maioria das famílias é composta de quatro pessoas. Tendo em vista que na entrevistas foi coletado o dado de que a media do numero de pessoas por família é de 4.375. 
Sendo que uma família produz por dia 1.200kg de resíduo, e o projeto consta atualmente com 95 famílias, é depositado na bombonas por dia 114.000 kg de resíduo. Conforme os dados da tabela acima de setembro de 2009 a maio de 2010 foram viradas 911bombonas. 
Um dos problemas encontrados no momento da virada são as infrações, são a presença de resíduos que não são compostados, como sacolas plásticas, panos, embalagens de isopor entre outros, o que atrasa mais ainda o trabalho, pois se perde tempo em se coletar esses resíduos.
48 
Figura 14: Virada da bombona, Letícia e Peter 
Figura 15: Infrações 
A Compostagem 
A compostagem é trabalhada da seguinte maneira, as leiras são feitas conforme a metodologia do autor Howard (2007). A partir do preparo da cama “onde será depositado o resíduo orgânico coletado” esta é composta primeiramente com a
49 
colocação de galhos no solo fazendo o formato da leira e entorno é levantada uma parede com palha. O resíduo é depositado em cima e um pouco de inoculante que é o próprio composto que já esta pronto e que fornece todos os microorganismos, bactérias termófilicas e fungos que realizam o processo de degradação dos resíduos de uma leira termófilica. 
O material é revolvido para que se incorpore com o inoculante, após esse processo é sobreposta a serragem, sendo essencial a adição dessa para ajudar na proporção de C: N, “consideram como ideal para a compostagem uma relação C/N entre 25/1 e 30/1, mas valores situados na faixa entre 20/1 e 40/1 também produzem bons resultados. De acordo com Howard (2007) a proporção ideal do método é de 33 partes de carbono para uma de nitrogênio”, a aeração da pilha e a manutenção de umidade adequada. Com a adição da serragem a proporção C: N fica num nível adaptado para o inicio dos processos de degradação dos compostos em nutrientes absorvíveis pelas plantas. Por fim a leira e coberta com palhada, pois esta ajuda a evitar a perda de calor e umidade da pilha de compostagem, alem de manter afastados os animais. 
Cada vez que abrimos a leira para colocar material novo devemos verificar se a pilha esta aquecendo. Conforme a deposição de resíduos na pilha ocorre o aumento de altura da leira, essa não ultrapassando1, 30 m para facilitar o manejo. 
O material em repouso gerado pela pilha de compostagem após um ano é o composto orgânico um material rico em nutrientes, livre de microorganismos e nocivos, parecido com terra escura. 
A escolha de um local adequado é colocar uma primeira camada de material seco (galhos e folhas) a partir de 1,5x1, 5m de área, para absorver os líquidos em excesso. 
A = camada seca baixa atividade biológica devido à rápida perda de umidade. 
B = camada quente intensa atividade biológica, bactérias termofilicas, combinação ideal de energia, umidade, O² e nutrientes. 
C = camada fria central baixa atividade biológica devido à falta de O². 
A principal função de virada da pilha é expor todo o material á posição B.
50 
Figura 16: Preparo da área para a montagem da leira. 
Figura 17: Montagem da cama, leira de compostagem
51 
Figura 18: Leira em funcionamento. A principal função de virada da pilha é expor todo o material á posição B. 
Segundo o autor Khantouriam (2001) a deposição dos resíduos vegetais ocorre na natureza. Na fase inicial de uma leira de composto, as bactérias presentes trabalham a temperatura ambiente, quando a temperatura no interior começa a se elevar, as populações bacterianas vão se alterando, tornando-se dominantes, bactérias tolerantes a temperaturas elevadas, ditas termófilicas (bactérias aeróbicas termófilicas têm como características alta capacidade de degradação da biomassa). 
Sendo assim o revolvimento do resíduo para que se ocorra a mistura das camadas internas da leira, é de extrema importância para a manutenção e funcionamento. Nessa conjuntura após um mês de utilização da leira não se deposita mais nada de resíduos e quinzenalmente é realizada a virada para expor todo o material ao centro da leira, onde fica a camada quente alcançando de 60º a 70º de temperatura e com intensa atividade bacteriana. 
O churumi é o liquido rico em nutrientes, que é liberado da leira, se não coletado vem a ser um contaminante do solo. O destino adequado faz dele um biofertilizante rico em nutrientes que pode ser disponibilizado as plantas. Entretanto no pátio de compostagem esse não tem o seu descarte correto, pois não é feita a coleta do churumi.
52 
Acarretando ao pátio problemas de funcionamento devido ao solo encharcado, agravado pelo excesso de chuva, possível contaminação do solo, alem do desperdício de nutrientes. 
Devolução das bombonas 
Finalizado o processo da compostagem as bombonas são lavadas de devolvidas aos PEVs, sendo que nesse trajeto e realizada a doação de mudas, a entrega do adubo e conscientização da comunidade, para com o descarte adequado do resíduo orgânico. O trajeto e realizado pela Karol e Lene tendo sido acompanhado no período do estágio. 
Atuações na comunidade 
Alem das famílias e realizado um trabalho junto as entidades, na creche Chico Mendes que possui desde 2006 um projeto de horta escolar que trabalha temas como segurança alimentar e educação ambiental, são parceiras em atividades para com as crianças, pais e profissionais. Buscando através de oficinas de compostagem, construção de hortas, obterem a produção de alimentos saudáveis, propiciando uma melhor alimentação. 
Viabilidade 
Atualmente vem sendo pleiteado junto à prefeitura uma nova área na comunidade para pátio de compostagem. Esta nova área tem por objetivo aumentar o volume de resíduo coletado, tendo capacidade para suportar 10 leiras, área para lavagem das bombonas, e um depósito para guardar ferramentas. Podendo ser visualizada esta área em anexo 3. 
Entretanto apesar de todas as dificuldades da comunidade como falta de saneamento básico adequado, assistência saúde precária devido a demora nos atendimentos e a violência na região, as participantes, as famílias cadastradas e a comunidade apóiam o projeto e visualizam a viabilidade dele. 
Contatando que quando esse teve inicio era composto por cinco famílias e atualmente tense noventa e cinco famílias atuantes na coleta de resíduo orgânico.
53 
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
54 
11. Referências Bibliográficas 
ARRUDA, J. Agricultura urbana e peri-urbana em Campinas/SP: análise do Programa de Hortas Comunitárias como subsídio para políticas públicas. Campinas, SP: 2006. 162 p. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Engenharia Agrícola, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, 2006. 147p. Disponível em: http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000413310. Acesso em: 25 de março de 2010. 
BEACON, M. A integração da agricultura urbana e periurbana no planejamento. Revista da agricultura urbana, Edição nº 4 - Julho de 2001. Disponível em: www.agriculturaurbana.org.br. Acesso em 13 de junho de 2008 as 19: 00:00. 
CRIBB, S. L. S. P; CRIBB, A. Y. Agricultura Urbana: Alternativa para aliviar a fome e para a educação ambiental. Sober 47°Congresso de Sociedade Brasileira de Economia Administração e Sociedade Rural. Porto Alegre Julho de 2009. Disponível em: http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:RO7kz7FxJl0J:www.sober.org.br/palestra/13/359.pdf. Acesso em 21 de março de 2010. 
DIAS. G. F. Educação Ambiental Princípios e Práticas. 5° Ed. São Paulo: Global, 1998. 25 p. 
FAO. Comitê de Agricultura. La agricultura urbana y periurbana. In: Documento do Tema 9 del Programa Pro-visional. Roma, 25-29 jan. 1999. Disponível em: www.fao.org/unfao/bodies/coag/coag15/x0076s.htm. 
FAO. Organização das Naçoes Unidas para a Agricultura e Alimentação. 2007. Disponível em: http://www.rlc.fao.org/pr/prioridades/aup/. Acesso em 20 de março de 2010. 
FILGUEIRA, F. A. R. Novo Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. 2ª ed. Viçosa: UFV, 2000. 
FRAXE, T. J. P. Horta Comunitária como Alternativa para a Agricultura Familiar em comunidades Ribeirinhas do Rio Solimões, no Amazonas. Disponível em: www.cnpat.embrapa.br/sbsp/anais/Trab_Format_PDF/75.pdf. Acesso em: 17/03/2010 as 16:00 hs. 
GALLO, Domingos et al. Manual de Entomologia Agrícola. Piracicaba: Fealq, 2ª ed. 2002. 
GALLO.Z, SPAVOREK. R. B. M, MARTINS. F. P. L. Das Hortas Domésticas para a Horta Comunitária: Estudo de Caso no Bairro Jardim Oriente em Piracicaba- SP,
55 
2004. Disponível em: www.ufmg.br/congrext/Trabalho. Acesso em 13 de junho de 2008 as 21: 30: 00 
KABASHIMA Y; ANDRADE, M. L. F.; GANDARA, F. B.; TOMAS. F. L. Sistemas Agroflorestais em Áreas Urbanas, 2009. Disponível em: www.revsbau.esalq.usp.br/artigos_cientificos/artigo85.pdf. Acesso em 12 de março de 2010. 
MACHADO,A. T; MACHADO, C. T. T. Documento 48: Agricultura Urbana. Embrapa, 2002. Disponivel em: 
MELLOWES, C. “ Environmental Education and the Search for Objectives”. Environmental Education: the present and the future trends. Postsmouth, n.6, 1972. 
SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA, ABASTECIMENTO, AQUICULTURA E PESCA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (SEAG.ES). Histórico da Olericultura. Vitória-ES, 2007. Disponível em: www.seag.es.gov.br/setores/oleiricultura.htm. Acessoem 20 de março de 2010. 
Seleção de Propostas para implantação de Hortas Comunitárias e Cozinhas Populares. Disponível em: 
www.mds.gov.br/programas/seguranca-alimentar-e-nutricional-san/agricultura-urbana. Acesso em 12 de março de 2010 as 00:19:00. 
SERRANO, C. M. L. Educação ambiental e consumerismo em unidade de ensino fundamental de Viçosa-MG. Dissertação (mestrado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa: UFV, 2003. 91p. Disponível em: www.ipef.br. Acesso em: 23 Março 2008, 14:30:20. 
SESAN. Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Edital/MDS N° 01/2007. Disponivel em: WWW.mds.gov.br. Acesso em 12 de março de 2010 
VIEIRA, P. P. Caracterização do projeto Agricultura Urbana “ Horta Comunitaria Portal 1 Acompanhado pelo Cepagro em Itajaí (SC). Florianópolis, 2009. 
ROESE, A.D. Agricultura Urbana, 2003. Disponível em: www.agronline.com.br. Acesso em 13 de junho de 2008. 
ROSA, L. C. S; BELFORT, C. C. Da participação induzida à participação construída nas hortas comunitárias (HC) em Teresina. In: ENCONTRO DE PESQUISADORES, 1, 1995. 
MAKISHIMA, N. O cultivo de hortaliças. 1ª ed. Brasília: EMBRAPACNPH: EMBRAPA-SPI, 1993.
56 
MEDEIROS, I. M, FURQUIM, G, PEROSA, J.M; CARL. A. Hortas Comunitárias Como Mecanismo de Geração de Renda. 
MONTEIRO, D; MENDONÇA, M. M. Agricultura na Cidade e a Busca da Segurança Alimentar e Nutricional Reflexões a partir da Zona oeste do Municipio do Rio de janeiro. Disponível em: www.aspta.org.br/programas-de-agricultura- urbana/parceiros- locais/artigo%20agricultura%20na%20cidade%20revista%20GIS.pdf. Acesso em 21 de março de 2010. 
NEAD. Seminário discute agricultura urbana no Brasil. N° 205, outubro de 2003. Disponível em: www.nead.org.br/boletim/boletim.php?noticia=810&boletim=205. Acesso em 24 de março de 2010 as 18:00hs. 
SOUZA, A. A; NETO, F. G. S; ARAÚJO, A. C. Diagnóstico da situação das hortas comunitárias da cidade de Parnaíba (PI). Disponível em: www.ufpi.br/parnaiba/revista/ed1ano1/artigo1_francisconeto.pdf. Acesso em: 10 d3 março de 2010.
57 
ANEXOS 
Anexo 1: Questionários aplicados a 8 participantes do grupo 
Questionário 1 ° Agricultura Urbana 
Data: 
Idade: 
Sexo: ( ) M ( ) F 
1. Trabalhador ( profissão): 
2. Aposentado: 
3. Dona de Casa: 
4. Grau de escolaridade: 
( ) 1° à 4° serie 
( ) 5° à 8° serie 
( ) 1° à 3° ano ginásio 
( ) superior 
( ) sem escolaridade 
5. Estado civil: ( ) casado ( ) solteiro ( ) separado 
6. Possui filhos ( Quantos?)_____ 
7. Quantas pessoas residem na casa? _______ 
8. Renda familiar R$_________ 
9. Casa própria ( ) Alugada ( ) 
10. Quantos anos residem no bairro?_____ 
11. Existe sistema de esgoto? ( ) sim ( ) não 
12. Água tratada: ( ) sim ( ) não 
13. Existe coleta de lixo no bairro? ( ) sim ( ) não 
14. Faz se coleta seletiva no bairro? ( ) sim ( ) não 
15. O participante tem origem rural? 
( ) sim De onde? ________________ 
( ) não 
16. Como foi seu primeiro contato com a agricultura? 
17. Quais eram as culturas agrícolas e criação de animais praticada? 
18. Porque deixou sua cidade de origem? 
19. Qual era sua principal fonte de renda? 
Questionário 2 ° Agricultura Urbana 
Data: 
Idade: 
Sexo: ( ) M ( ) F 
1. Trabalhador ( profissão): 
2. Aposentado: 
3. Dona de Casa:
58 
4. Grau de escolaridade: 
( ) 1° à 4° serie 
( ) 5° à 8° serie 
( ) 1° à 3° ano ginásio 
( ) superior 
( ) sem escolaridade 
5. Estado civil: ( ) casado ( ) solteiro ( ) separado 
6. Possui filhos ( Quantos?)_____ 
7. Quantas pessoas residem na casa? _______ 
8. Renda familiar R$_________ 
9. Casa própria ( ) Alugada ( ) 
10. Quantos anos residem no bairro?_____ 
11. Existe sistema de esgoto? ( ) sim ( ) não 
12. Água tratada: ( ) sim ( ) não 
13. Existe coleta de lixo no bairro? ( ) sim ( ) não 
14. Faz se coleta seletiva no bairro? ( ) sim ( ) não 
15. O participante tem origem rural? 
( ) sim De onde? ________________ 
( ) não 
16. Como foi seu contato com a agricultura depois que começou a morar na comunidade? 
17. Quais são as culturas agrícolas e criação de animais praticada? 
18. Atualmente qual sua principal fonte de renda? 
19. Que motivos o levaram a praticar agricultura em casa (quintais) na área urbana 
( ) cultural, por gostar de mexer na terra e ou por praticar no passado. 
( ) por querer consumir produtos produzidos por si. 
( ) necessidade econômica ( segurança alimentar) 
( ) por querer produtos limpos livres de agrotóxicos 
( ) para consumo próprio e venda do excedente. 
20. Como conheceu o projeto “Horta Comunitária”? (Biguaçu) 
( ) através de vizinhos e amigos 
( ) participou da concepção do projeto 
( ) a própria horta lhe chamou a atenção e foi se informar 
( ) participantes do projeto o convidaram 
( ) participava de outros projetos 
21. Como conheceu o projeto “Revolução dos Baldinhos”? ( Chico Mendes) 
( ) através de vizinhos e amigos 
( ) participou da concepção do projeto 
( ) a própria horta lhe chamou a atenção e foi se informar 
( ) participantes do projeto o convidaram 
( ) participava de outros projetos 
22. Quais foram às motivações iniciais que o levaram a participar do projeto de AU? 
23. Tem horta ou criação em casa? ( ) sim ( ) não 
24. Qual o tamanho da área disponível no terreno? ______m² 
25. Esta área é própria para a produção e plantio? ( ) sim ( ) não
59 
26. O que planta ou cria em casa: 
( ) Frutíferas. Quais?_____________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 
( ) Medicinais. Quais?_____________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 
( ) Olericolas. Quais?_____________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 
( ) Criações. Quais?_____________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 
( ) Ornamentais. Quais?_____________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 
27. Quais as vantagens que o Sr/Sra. obteve ao praticar Agricultura Urbana? 
( ) segurança alimentar 
( ) geração de renda 
( ) envolvimento comunitário 
( ) benefícios com a saúde pelo trabalho físico praticado com a horta e com o descarte adequado dos resíduos orgânicos. 
( ) benefícios pelo consumo de alimentos saudáveis. 
28. Quais as principais dificuldades encontradas? 
( ) falta de participantes 
( ) tempo insuficiente para o trabalho 
( ) falha no recurso financeiro para compra de materiais 
( ) falta de reconhecimento e apoio de órgãos públicos 
( ) falta de reconhecimento e apoio da comunidade e moradores. 
( ) falta de insumos 
29. Você acha que pode obter renda, diminuir custos, e aumentar a segurança alimentar a partir dos alimentos produzidos na horta? ( ) sim ( ) não
60 
Anexo 2: Reportagem realizado com o projeto “Revolução dos Baldinhos” publicada dia 24 de maio de 2010.
61 
Anexo 3: Foto da nova área para pátio de compostagem 
Mapa aproximado do terreno possível e onde foi proposto o novo pátio com horta 
Mapa com as dimensões do terreno para pátio e horta
62

Contenu connexe

Tendances

Questões de tecnologia de produção de origem vegetal
Questões de tecnologia de produção de origem vegetalQuestões de tecnologia de produção de origem vegetal
Questões de tecnologia de produção de origem vegetalAndré Fontana Weber
 
AGRICULTURA URBANA: Diagnóstico e Educação Ambiental na Comunidade da Praia d...
AGRICULTURA URBANA: Diagnóstico e Educação Ambiental na Comunidade da Praia d...AGRICULTURA URBANA: Diagnóstico e Educação Ambiental na Comunidade da Praia d...
AGRICULTURA URBANA: Diagnóstico e Educação Ambiental na Comunidade da Praia d...Cepagro
 
Tecnologia de aplicação
Tecnologia de aplicação Tecnologia de aplicação
Tecnologia de aplicação Geagra UFG
 
Políticas Agrícolas
Políticas AgrícolasPolíticas Agrícolas
Políticas AgrícolasGeagra UFG
 
Manejo do Solo no Arroz de Terras Altas
Manejo do Solo no Arroz de Terras AltasManejo do Solo no Arroz de Terras Altas
Manejo do Solo no Arroz de Terras AltasGeagra UFG
 
Colheita, armazenamento e comercialização de feijão.pptx
Colheita, armazenamento e comercialização de feijão.pptxColheita, armazenamento e comercialização de feijão.pptx
Colheita, armazenamento e comercialização de feijão.pptxGeagra UFG
 
Apresentação Colheita de Soja
Apresentação Colheita de SojaApresentação Colheita de Soja
Apresentação Colheita de SojaGeagra UFG
 
Aplicação de defensivos agrícolas
Aplicação de defensivos agrícolasAplicação de defensivos agrícolas
Aplicação de defensivos agrícolasMarcos Ferreira
 
Adubação verde GOMES RP
Adubação verde GOMES RPAdubação verde GOMES RP
Adubação verde GOMES RPRomario Gomes
 
Sistemas de irrigação
Sistemas de irrigaçãoSistemas de irrigação
Sistemas de irrigaçãoGETA - UFG
 

Tendances (20)

Questões de tecnologia de produção de origem vegetal
Questões de tecnologia de produção de origem vegetalQuestões de tecnologia de produção de origem vegetal
Questões de tecnologia de produção de origem vegetal
 
AGRICULTURA URBANA: Diagnóstico e Educação Ambiental na Comunidade da Praia d...
AGRICULTURA URBANA: Diagnóstico e Educação Ambiental na Comunidade da Praia d...AGRICULTURA URBANA: Diagnóstico e Educação Ambiental na Comunidade da Praia d...
AGRICULTURA URBANA: Diagnóstico e Educação Ambiental na Comunidade da Praia d...
 
Apresentação Aspersao 3ºC
Apresentação  Aspersao 3ºCApresentação  Aspersao 3ºC
Apresentação Aspersao 3ºC
 
Tecnologia de aplicação
Tecnologia de aplicação Tecnologia de aplicação
Tecnologia de aplicação
 
Políticas Agrícolas
Políticas AgrícolasPolíticas Agrícolas
Políticas Agrícolas
 
Calagem
CalagemCalagem
Calagem
 
Manejo do Solo no Arroz de Terras Altas
Manejo do Solo no Arroz de Terras AltasManejo do Solo no Arroz de Terras Altas
Manejo do Solo no Arroz de Terras Altas
 
Colheita, armazenamento e comercialização de feijão.pptx
Colheita, armazenamento e comercialização de feijão.pptxColheita, armazenamento e comercialização de feijão.pptx
Colheita, armazenamento e comercialização de feijão.pptx
 
Apresentação Colheita de Soja
Apresentação Colheita de SojaApresentação Colheita de Soja
Apresentação Colheita de Soja
 
Aplicação de defensivos agrícolas
Aplicação de defensivos agrícolasAplicação de defensivos agrícolas
Aplicação de defensivos agrícolas
 
Biodigestor
BiodigestorBiodigestor
Biodigestor
 
Adubação verde GOMES RP
Adubação verde GOMES RPAdubação verde GOMES RP
Adubação verde GOMES RP
 
Cartilha adubacao
Cartilha adubacaoCartilha adubacao
Cartilha adubacao
 
Solo
SoloSolo
Solo
 
Sistemas de irrigação
Sistemas de irrigaçãoSistemas de irrigação
Sistemas de irrigação
 
Preparo da Cana-de-açúcar
Preparo da Cana-de-açúcarPreparo da Cana-de-açúcar
Preparo da Cana-de-açúcar
 
Seleção de máquina agricola
Seleção de máquina agricolaSeleção de máquina agricola
Seleção de máquina agricola
 
AGROECOLOGIA
AGROECOLOGIAAGROECOLOGIA
AGROECOLOGIA
 
Irrigação
IrrigaçãoIrrigação
Irrigação
 
1° aula fertilizantes
1° aula   fertilizantes1° aula   fertilizantes
1° aula fertilizantes
 

En vedette

Implantação da horta escolar em uma escola pública
Implantação da horta escolar em uma escola públicaImplantação da horta escolar em uma escola pública
Implantação da horta escolar em uma escola públicaAnimais Amados
 
Apresentação Chico Mendes - Resumo de Atividades
Apresentação Chico Mendes - Resumo de AtividadesApresentação Chico Mendes - Resumo de Atividades
Apresentação Chico Mendes - Resumo de Atividadeschicomendescabucu
 
Agricultura Urbana e Sustentabilidade Local - Janeiro 2010
Agricultura Urbana e Sustentabilidade Local - Janeiro 2010Agricultura Urbana e Sustentabilidade Local - Janeiro 2010
Agricultura Urbana e Sustentabilidade Local - Janeiro 2010Paula Lopes da Silva
 
Nós e a Natureza
Nós e a NaturezaNós e a Natureza
Nós e a Natureza-
 
Alunos desenvolvem cartazes sobre lixo, para a semana do meio ambiente.
Alunos desenvolvem cartazes sobre lixo, para a semana do  meio ambiente. Alunos desenvolvem cartazes sobre lixo, para a semana do  meio ambiente.
Alunos desenvolvem cartazes sobre lixo, para a semana do meio ambiente. Dinho
 
"Agricultura Urbana (AU): um estudo de caso em Itajaí (SC)"
"Agricultura Urbana (AU): um estudo de caso em Itajaí (SC)""Agricultura Urbana (AU): um estudo de caso em Itajaí (SC)"
"Agricultura Urbana (AU): um estudo de caso em Itajaí (SC)"Cepagro
 
Apresentação defesa de mestrado 2014 final
Apresentação defesa de mestrado 2014   finalApresentação defesa de mestrado 2014   final
Apresentação defesa de mestrado 2014 finalDanusa Ribeiro
 
Técnico em Paisagismo - Relatório Final
Técnico em Paisagismo - Relatório FinalTécnico em Paisagismo - Relatório Final
Técnico em Paisagismo - Relatório Finalsfrasson
 
Chico Mendes, um brasileiro à frente do seu tempo
Chico Mendes, um brasileiro à frente do seu tempoChico Mendes, um brasileiro à frente do seu tempo
Chico Mendes, um brasileiro à frente do seu tempoMima Badan
 
SemináRio Gt De ResíDuos SóLidos CâMara Dos Deputados
SemináRio Gt De ResíDuos SóLidos CâMara Dos DeputadosSemináRio Gt De ResíDuos SóLidos CâMara Dos Deputados
SemináRio Gt De ResíDuos SóLidos CâMara Dos DeputadosDrica Guzzi
 
Escola estadual de ensino fundamental chico mendes
Escola estadual de ensino fundamental chico mendesEscola estadual de ensino fundamental chico mendes
Escola estadual de ensino fundamental chico mendesGilmar Wiercinski
 
Apostila formatada paisagismo
Apostila formatada paisagismoApostila formatada paisagismo
Apostila formatada paisagismoBeatriz Goulart
 
Chapeuzinho vermelho e o incrível lobo bom
Chapeuzinho vermelho e o incrível lobo bomChapeuzinho vermelho e o incrível lobo bom
Chapeuzinho vermelho e o incrível lobo bomladydanasoares
 
Boas Práticas de Educação Ambiental na Agricultura Familiar
Boas Práticas de Educação Ambiental na Agricultura FamiliarBoas Práticas de Educação Ambiental na Agricultura Familiar
Boas Práticas de Educação Ambiental na Agricultura FamiliarCarolina Sá
 
Oficio convite Fórum CMPE na Escola Estadual Juscelino Kubitscheck de Oliveira
Oficio convite Fórum CMPE na Escola Estadual Juscelino Kubitscheck de OliveiraOficio convite Fórum CMPE na Escola Estadual Juscelino Kubitscheck de Oliveira
Oficio convite Fórum CMPE na Escola Estadual Juscelino Kubitscheck de OliveiraConspiração Mineira pela Educação
 
Atividades Pré-História
Atividades Pré-HistóriaAtividades Pré-História
Atividades Pré-HistóriaDoug Caesar
 
3. Paisagismo - Evolução Histórica II
3. Paisagismo - Evolução Histórica II3. Paisagismo - Evolução Histórica II
3. Paisagismo - Evolução Histórica IIAna Cunha
 

En vedette (20)

Implantação da horta escolar em uma escola pública
Implantação da horta escolar em uma escola públicaImplantação da horta escolar em uma escola pública
Implantação da horta escolar em uma escola pública
 
Apresentação Chico Mendes - Resumo de Atividades
Apresentação Chico Mendes - Resumo de AtividadesApresentação Chico Mendes - Resumo de Atividades
Apresentação Chico Mendes - Resumo de Atividades
 
Agricultura Urbana e Sustentabilidade Local - Janeiro 2010
Agricultura Urbana e Sustentabilidade Local - Janeiro 2010Agricultura Urbana e Sustentabilidade Local - Janeiro 2010
Agricultura Urbana e Sustentabilidade Local - Janeiro 2010
 
Planejamento anual 1
Planejamento anual 1Planejamento anual 1
Planejamento anual 1
 
Nós e a Natureza
Nós e a NaturezaNós e a Natureza
Nós e a Natureza
 
Alunos desenvolvem cartazes sobre lixo, para a semana do meio ambiente.
Alunos desenvolvem cartazes sobre lixo, para a semana do  meio ambiente. Alunos desenvolvem cartazes sobre lixo, para a semana do  meio ambiente.
Alunos desenvolvem cartazes sobre lixo, para a semana do meio ambiente.
 
"Agricultura Urbana (AU): um estudo de caso em Itajaí (SC)"
"Agricultura Urbana (AU): um estudo de caso em Itajaí (SC)""Agricultura Urbana (AU): um estudo de caso em Itajaí (SC)"
"Agricultura Urbana (AU): um estudo de caso em Itajaí (SC)"
 
Apresentação defesa de mestrado 2014 final
Apresentação defesa de mestrado 2014   finalApresentação defesa de mestrado 2014   final
Apresentação defesa de mestrado 2014 final
 
Técnico em Paisagismo - Relatório Final
Técnico em Paisagismo - Relatório FinalTécnico em Paisagismo - Relatório Final
Técnico em Paisagismo - Relatório Final
 
Chico Mendes, um brasileiro à frente do seu tempo
Chico Mendes, um brasileiro à frente do seu tempoChico Mendes, um brasileiro à frente do seu tempo
Chico Mendes, um brasileiro à frente do seu tempo
 
SemináRio Gt De ResíDuos SóLidos CâMara Dos Deputados
SemináRio Gt De ResíDuos SóLidos CâMara Dos DeputadosSemináRio Gt De ResíDuos SóLidos CâMara Dos Deputados
SemináRio Gt De ResíDuos SóLidos CâMara Dos Deputados
 
Defesa Mestrado
Defesa MestradoDefesa Mestrado
Defesa Mestrado
 
Escola estadual de ensino fundamental chico mendes
Escola estadual de ensino fundamental chico mendesEscola estadual de ensino fundamental chico mendes
Escola estadual de ensino fundamental chico mendes
 
DesperdíCio De Alimentos 2
DesperdíCio De Alimentos 2DesperdíCio De Alimentos 2
DesperdíCio De Alimentos 2
 
Apostila formatada paisagismo
Apostila formatada paisagismoApostila formatada paisagismo
Apostila formatada paisagismo
 
Chapeuzinho vermelho e o incrível lobo bom
Chapeuzinho vermelho e o incrível lobo bomChapeuzinho vermelho e o incrível lobo bom
Chapeuzinho vermelho e o incrível lobo bom
 
Boas Práticas de Educação Ambiental na Agricultura Familiar
Boas Práticas de Educação Ambiental na Agricultura FamiliarBoas Práticas de Educação Ambiental na Agricultura Familiar
Boas Práticas de Educação Ambiental na Agricultura Familiar
 
Oficio convite Fórum CMPE na Escola Estadual Juscelino Kubitscheck de Oliveira
Oficio convite Fórum CMPE na Escola Estadual Juscelino Kubitscheck de OliveiraOficio convite Fórum CMPE na Escola Estadual Juscelino Kubitscheck de Oliveira
Oficio convite Fórum CMPE na Escola Estadual Juscelino Kubitscheck de Oliveira
 
Atividades Pré-História
Atividades Pré-HistóriaAtividades Pré-História
Atividades Pré-História
 
3. Paisagismo - Evolução Histórica II
3. Paisagismo - Evolução Histórica II3. Paisagismo - Evolução Histórica II
3. Paisagismo - Evolução Histórica II
 

Similaire à “AGRICULTURA URBANA: Um estudo de caso nas comunidades Chico Mendes e Jardim Janaina”

Coleção Saber na Prática - Vol. 3, Agricultura Urbana
Coleção Saber na Prática - Vol. 3, Agricultura Urbana Coleção Saber na Prática - Vol. 3, Agricultura Urbana
Coleção Saber na Prática - Vol. 3, Agricultura Urbana Cepagro
 
Cartilha agricultura urbana na pratica baixa resolução
Cartilha agricultura urbana na pratica baixa resoluçãoCartilha agricultura urbana na pratica baixa resolução
Cartilha agricultura urbana na pratica baixa resoluçãoAlexandre Panerai
 
Cartilha colhendo novo_baixa
Cartilha colhendo novo_baixaCartilha colhendo novo_baixa
Cartilha colhendo novo_baixaAlexandre Panerai
 
Desenvolvimento e agroindustria familair
Desenvolvimento e agroindustria familairDesenvolvimento e agroindustria familair
Desenvolvimento e agroindustria familairGilson Santos
 
Periódico Extensão Rural (Santa Maria) 2014-2
Periódico Extensão Rural (Santa Maria) 2014-2Periódico Extensão Rural (Santa Maria) 2014-2
Periódico Extensão Rural (Santa Maria) 2014-2Ezequiel Redin
 
Cartilha SAE 2011
Cartilha SAE 2011Cartilha SAE 2011
Cartilha SAE 2011nucane
 
Cartilha SAE 2011
Cartilha SAE 2011Cartilha SAE 2011
Cartilha SAE 2011nucane
 
Tese juliana arruda_2011
Tese juliana arruda_2011Tese juliana arruda_2011
Tese juliana arruda_2011Juliana Arruda
 
Tese Juliana Arruda_2011
Tese Juliana Arruda_2011Tese Juliana Arruda_2011
Tese Juliana Arruda_2011Juliana Arruda
 
apresentacao20_insc6548_trab1559.pptx
apresentacao20_insc6548_trab1559.pptxapresentacao20_insc6548_trab1559.pptx
apresentacao20_insc6548_trab1559.pptxGilsonBorges14
 
Folha rural
Folha ruralFolha rural
Folha ruralGlo_PAN
 
Projeto Cozinha Escola
Projeto Cozinha EscolaProjeto Cozinha Escola
Projeto Cozinha Escolacerradounb
 
Agroecologia_Agricultura_Familiar.pdf
Agroecologia_Agricultura_Familiar.pdfAgroecologia_Agricultura_Familiar.pdf
Agroecologia_Agricultura_Familiar.pdfDarly Abreu
 
Agroecologia e agricultura_urbana
Agroecologia e agricultura_urbanaAgroecologia e agricultura_urbana
Agroecologia e agricultura_urbanaAmanda Tavares
 

Similaire à “AGRICULTURA URBANA: Um estudo de caso nas comunidades Chico Mendes e Jardim Janaina” (20)

Projeto horta comunitária
Projeto horta comunitáriaProjeto horta comunitária
Projeto horta comunitária
 
Coleção Saber na Prática - Vol. 3, Agricultura Urbana
Coleção Saber na Prática - Vol. 3, Agricultura Urbana Coleção Saber na Prática - Vol. 3, Agricultura Urbana
Coleção Saber na Prática - Vol. 3, Agricultura Urbana
 
Cartilha agricultura urbana na pratica baixa resolução
Cartilha agricultura urbana na pratica baixa resoluçãoCartilha agricultura urbana na pratica baixa resolução
Cartilha agricultura urbana na pratica baixa resolução
 
Cartilha colhendo novo_baixa
Cartilha colhendo novo_baixaCartilha colhendo novo_baixa
Cartilha colhendo novo_baixa
 
Agricultura urbana na prática
Agricultura urbana na práticaAgricultura urbana na prática
Agricultura urbana na prática
 
Desenvolvimento e agroindustria familair
Desenvolvimento e agroindustria familairDesenvolvimento e agroindustria familair
Desenvolvimento e agroindustria familair
 
Dossie abrasco 03
Dossie abrasco 03Dossie abrasco 03
Dossie abrasco 03
 
Periódico Extensão Rural (Santa Maria) 2014-2
Periódico Extensão Rural (Santa Maria) 2014-2Periódico Extensão Rural (Santa Maria) 2014-2
Periódico Extensão Rural (Santa Maria) 2014-2
 
Cartilha SAE 2011
Cartilha SAE 2011Cartilha SAE 2011
Cartilha SAE 2011
 
Cartilha SAE 2011
Cartilha SAE 2011Cartilha SAE 2011
Cartilha SAE 2011
 
Tese juliana arruda_2011
Tese juliana arruda_2011Tese juliana arruda_2011
Tese juliana arruda_2011
 
Tese Juliana Arruda_2011
Tese Juliana Arruda_2011Tese Juliana Arruda_2011
Tese Juliana Arruda_2011
 
101 artigo enapegs
101 artigo enapegs101 artigo enapegs
101 artigo enapegs
 
apresentacao20_insc6548_trab1559.pptx
apresentacao20_insc6548_trab1559.pptxapresentacao20_insc6548_trab1559.pptx
apresentacao20_insc6548_trab1559.pptx
 
Folha rural
Folha ruralFolha rural
Folha rural
 
Projeto Cozinha Escola
Projeto Cozinha EscolaProjeto Cozinha Escola
Projeto Cozinha Escola
 
Agroecologia_Agricultura_Familiar.pdf
Agroecologia_Agricultura_Familiar.pdfAgroecologia_Agricultura_Familiar.pdf
Agroecologia_Agricultura_Familiar.pdf
 
Luis Madi - ITAL
Luis Madi - ITALLuis Madi - ITAL
Luis Madi - ITAL
 
Agroecologia e agricultura_urbana
Agroecologia e agricultura_urbanaAgroecologia e agricultura_urbana
Agroecologia e agricultura_urbana
 
Apresentação eixos temáticos
Apresentação   eixos temáticosApresentação   eixos temáticos
Apresentação eixos temáticos
 

Plus de Cepagro

Comida de Engenho: celebrando histórias à mesa
Comida de Engenho: celebrando histórias à mesaComida de Engenho: celebrando histórias à mesa
Comida de Engenho: celebrando histórias à mesaCepagro
 
Abastecimento Agroecológico de Consumidores articulado com Soberania e Segura...
Abastecimento Agroecológico de Consumidores articulado com Soberania e Segura...Abastecimento Agroecológico de Consumidores articulado com Soberania e Segura...
Abastecimento Agroecológico de Consumidores articulado com Soberania e Segura...Cepagro
 
Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roça
Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roçaRede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roça
Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roçaCepagro
 
Boletim "Critérios Técnicos para Elaboração de Projeto, Operação e Monitoram...
Boletim  "Critérios Técnicos para Elaboração de Projeto, Operação e Monitoram...Boletim  "Critérios Técnicos para Elaboração de Projeto, Operação e Monitoram...
Boletim "Critérios Técnicos para Elaboração de Projeto, Operação e Monitoram...Cepagro
 
Agroecologia, Saberes e Práticas - Um guia rápido para desenvolver a agroeco...
Agroecologia, Saberes e Práticas - Um guia rápido para desenvolver a agroeco...Agroecologia, Saberes e Práticas - Um guia rápido para desenvolver a agroeco...
Agroecologia, Saberes e Práticas - Um guia rápido para desenvolver a agroeco...Cepagro
 
O passo-a-passo de uma Revolução – compostagem e agricultura urbana na gestão...
O passo-a-passo de uma Revolução – compostagem e agricultura urbana na gestão...O passo-a-passo de uma Revolução – compostagem e agricultura urbana na gestão...
O passo-a-passo de uma Revolução – compostagem e agricultura urbana na gestão...Cepagro
 
Manual “Revolução dos Baldinhos – A Tecnologia Social da Gestão Comunitár...
Manual “Revolução dos Baldinhos – A Tecnologia Social da Gestão Comunitár...Manual “Revolução dos Baldinhos – A Tecnologia Social da Gestão Comunitár...
Manual “Revolução dos Baldinhos – A Tecnologia Social da Gestão Comunitár...Cepagro
 
Proposições às reuniões técnicas preparatórias da conferência municipa...
Proposições às reuniões técnicas preparatórias da conferência municipa...Proposições às reuniões técnicas preparatórias da conferência municipa...
Proposições às reuniões técnicas preparatórias da conferência municipa...Cepagro
 
"Certificação Participativa em rede: um processo de certificação adequado à a...
"Certificação Participativa em rede: um processo de certificação adequado à a..."Certificação Participativa em rede: um processo de certificação adequado à a...
"Certificação Participativa em rede: um processo de certificação adequado à a...Cepagro
 
“A Certificação Participativa de produtos ecológicos desenvolvida pela Rede E...
“A Certificação Participativa de produtos ecológicos desenvolvida pela Rede E...“A Certificação Participativa de produtos ecológicos desenvolvida pela Rede E...
“A Certificação Participativa de produtos ecológicos desenvolvida pela Rede E...Cepagro
 
"As implicações da lei da agricultura orgânica no atual processo de certficaç...
"As implicações da lei da agricultura orgânica no atual processo de certficaç..."As implicações da lei da agricultura orgânica no atual processo de certficaç...
"As implicações da lei da agricultura orgânica no atual processo de certficaç...Cepagro
 
“Agricultura Urbana: Desenvolvimento de uma Unidade Agroecológica Comunitária”
“Agricultura Urbana: Desenvolvimento de uma Unidade Agroecológica Comunitária” “Agricultura Urbana: Desenvolvimento de uma Unidade Agroecológica Comunitária”
“Agricultura Urbana: Desenvolvimento de uma Unidade Agroecológica Comunitária” Cepagro
 
“Rede Ecovida e a Certificação Participativa no litoral catarinense”
“Rede Ecovida e a Certificação Participativa no litoral catarinense” “Rede Ecovida e a Certificação Participativa no litoral catarinense”
“Rede Ecovida e a Certificação Participativa no litoral catarinense” Cepagro
 
“Projeto Integrador Final: Contribuições sociais, econômicas e ambientais par...
“Projeto Integrador Final: Contribuições sociais, econômicas e ambientais par...“Projeto Integrador Final: Contribuições sociais, econômicas e ambientais par...
“Projeto Integrador Final: Contribuições sociais, econômicas e ambientais par...Cepagro
 
“As contribuições do Design para o meio rural: um estudo de caso com o grupo ...
“As contribuições do Design para o meio rural: um estudo de caso com o grupo ...“As contribuições do Design para o meio rural: um estudo de caso com o grupo ...
“As contribuições do Design para o meio rural: um estudo de caso com o grupo ...Cepagro
 
“Revolução dos Baldinhos: um modelo de gestão comunitária de resíduos orgânic...
“Revolução dos Baldinhos: um modelo de gestão comunitária de resíduos orgânic...“Revolução dos Baldinhos: um modelo de gestão comunitária de resíduos orgânic...
“Revolução dos Baldinhos: um modelo de gestão comunitária de resíduos orgânic...Cepagro
 
Manejo local de agrobiodiversidade: conservação e geração de diversidade de m...
Manejo local de agrobiodiversidade: conservação e geração de diversidade de m...Manejo local de agrobiodiversidade: conservação e geração de diversidade de m...
Manejo local de agrobiodiversidade: conservação e geração de diversidade de m...Cepagro
 
“O crescimento urbano de Florianópolis no contexto da modernização agrícola: ...
“O crescimento urbano de Florianópolis no contexto da modernização agrícola: ...“O crescimento urbano de Florianópolis no contexto da modernização agrícola: ...
“O crescimento urbano de Florianópolis no contexto da modernização agrícola: ...Cepagro
 
"Condições para ampliação da comercialização de produtos orgânicos da agricul...
"Condições para ampliação da comercialização de produtos orgânicos da agricul..."Condições para ampliação da comercialização de produtos orgânicos da agricul...
"Condições para ampliação da comercialização de produtos orgânicos da agricul...Cepagro
 
Revolução dos Baldinhos
Revolução dos BaldinhosRevolução dos Baldinhos
Revolução dos BaldinhosCepagro
 

Plus de Cepagro (20)

Comida de Engenho: celebrando histórias à mesa
Comida de Engenho: celebrando histórias à mesaComida de Engenho: celebrando histórias à mesa
Comida de Engenho: celebrando histórias à mesa
 
Abastecimento Agroecológico de Consumidores articulado com Soberania e Segura...
Abastecimento Agroecológico de Consumidores articulado com Soberania e Segura...Abastecimento Agroecológico de Consumidores articulado com Soberania e Segura...
Abastecimento Agroecológico de Consumidores articulado com Soberania e Segura...
 
Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roça
Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roçaRede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roça
Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roça
 
Boletim "Critérios Técnicos para Elaboração de Projeto, Operação e Monitoram...
Boletim  "Critérios Técnicos para Elaboração de Projeto, Operação e Monitoram...Boletim  "Critérios Técnicos para Elaboração de Projeto, Operação e Monitoram...
Boletim "Critérios Técnicos para Elaboração de Projeto, Operação e Monitoram...
 
Agroecologia, Saberes e Práticas - Um guia rápido para desenvolver a agroeco...
Agroecologia, Saberes e Práticas - Um guia rápido para desenvolver a agroeco...Agroecologia, Saberes e Práticas - Um guia rápido para desenvolver a agroeco...
Agroecologia, Saberes e Práticas - Um guia rápido para desenvolver a agroeco...
 
O passo-a-passo de uma Revolução – compostagem e agricultura urbana na gestão...
O passo-a-passo de uma Revolução – compostagem e agricultura urbana na gestão...O passo-a-passo de uma Revolução – compostagem e agricultura urbana na gestão...
O passo-a-passo de uma Revolução – compostagem e agricultura urbana na gestão...
 
Manual “Revolução dos Baldinhos – A Tecnologia Social da Gestão Comunitár...
Manual “Revolução dos Baldinhos – A Tecnologia Social da Gestão Comunitár...Manual “Revolução dos Baldinhos – A Tecnologia Social da Gestão Comunitár...
Manual “Revolução dos Baldinhos – A Tecnologia Social da Gestão Comunitár...
 
Proposições às reuniões técnicas preparatórias da conferência municipa...
Proposições às reuniões técnicas preparatórias da conferência municipa...Proposições às reuniões técnicas preparatórias da conferência municipa...
Proposições às reuniões técnicas preparatórias da conferência municipa...
 
"Certificação Participativa em rede: um processo de certificação adequado à a...
"Certificação Participativa em rede: um processo de certificação adequado à a..."Certificação Participativa em rede: um processo de certificação adequado à a...
"Certificação Participativa em rede: um processo de certificação adequado à a...
 
“A Certificação Participativa de produtos ecológicos desenvolvida pela Rede E...
“A Certificação Participativa de produtos ecológicos desenvolvida pela Rede E...“A Certificação Participativa de produtos ecológicos desenvolvida pela Rede E...
“A Certificação Participativa de produtos ecológicos desenvolvida pela Rede E...
 
"As implicações da lei da agricultura orgânica no atual processo de certficaç...
"As implicações da lei da agricultura orgânica no atual processo de certficaç..."As implicações da lei da agricultura orgânica no atual processo de certficaç...
"As implicações da lei da agricultura orgânica no atual processo de certficaç...
 
“Agricultura Urbana: Desenvolvimento de uma Unidade Agroecológica Comunitária”
“Agricultura Urbana: Desenvolvimento de uma Unidade Agroecológica Comunitária” “Agricultura Urbana: Desenvolvimento de uma Unidade Agroecológica Comunitária”
“Agricultura Urbana: Desenvolvimento de uma Unidade Agroecológica Comunitária”
 
“Rede Ecovida e a Certificação Participativa no litoral catarinense”
“Rede Ecovida e a Certificação Participativa no litoral catarinense” “Rede Ecovida e a Certificação Participativa no litoral catarinense”
“Rede Ecovida e a Certificação Participativa no litoral catarinense”
 
“Projeto Integrador Final: Contribuições sociais, econômicas e ambientais par...
“Projeto Integrador Final: Contribuições sociais, econômicas e ambientais par...“Projeto Integrador Final: Contribuições sociais, econômicas e ambientais par...
“Projeto Integrador Final: Contribuições sociais, econômicas e ambientais par...
 
“As contribuições do Design para o meio rural: um estudo de caso com o grupo ...
“As contribuições do Design para o meio rural: um estudo de caso com o grupo ...“As contribuições do Design para o meio rural: um estudo de caso com o grupo ...
“As contribuições do Design para o meio rural: um estudo de caso com o grupo ...
 
“Revolução dos Baldinhos: um modelo de gestão comunitária de resíduos orgânic...
“Revolução dos Baldinhos: um modelo de gestão comunitária de resíduos orgânic...“Revolução dos Baldinhos: um modelo de gestão comunitária de resíduos orgânic...
“Revolução dos Baldinhos: um modelo de gestão comunitária de resíduos orgânic...
 
Manejo local de agrobiodiversidade: conservação e geração de diversidade de m...
Manejo local de agrobiodiversidade: conservação e geração de diversidade de m...Manejo local de agrobiodiversidade: conservação e geração de diversidade de m...
Manejo local de agrobiodiversidade: conservação e geração de diversidade de m...
 
“O crescimento urbano de Florianópolis no contexto da modernização agrícola: ...
“O crescimento urbano de Florianópolis no contexto da modernização agrícola: ...“O crescimento urbano de Florianópolis no contexto da modernização agrícola: ...
“O crescimento urbano de Florianópolis no contexto da modernização agrícola: ...
 
"Condições para ampliação da comercialização de produtos orgânicos da agricul...
"Condições para ampliação da comercialização de produtos orgânicos da agricul..."Condições para ampliação da comercialização de produtos orgânicos da agricul...
"Condições para ampliação da comercialização de produtos orgânicos da agricul...
 
Revolução dos Baldinhos
Revolução dos BaldinhosRevolução dos Baldinhos
Revolução dos Baldinhos
 

Dernier

6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do séculoBiblioteca UCS
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...DirceuNascimento5
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...PatriciaCaetano18
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxMarcosLemes28
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAssuser2ad38b
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPaulaYaraDaasPedro
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfamarianegodoi
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 

Dernier (20)

6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 

“AGRICULTURA URBANA: Um estudo de caso nas comunidades Chico Mendes e Jardim Janaina”

  • 1. 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS AGRICULTURA URBANA: Um estudo de caso nas comunidades Chico Mendes e Jardim Janaina . Acadêmica: Letícia Silva Melo Florianópolis, junho de 2010.
  • 2. 2 AGRADECIMENTOS A minha família por todo o apoio dado Aos meus amigos pela amizade construída e preservada Ao meu filho pelo sopro de vida que me deu para terminar esta jornada. Te amo!!!
  • 3. 3 SUMÁRIO 1. Delimitação do tema 2. Objetivo geral 2.1. Objetivo especifico 3. Formulação do problema 4. Hipótese 5. Justificação 6. Revisão bibliográfica 6.1. Agricultura urbana 6.2. Contexto da agroecologia 6.2.1. Prática agroecológicas 6.2.2. Adubação orgânica e Cobertura morta 6.2.3. Defensivos naturais e Controle de pragas 6.2.4. Rotação de culturas e Manejo do solo 6.2.5. Reciclagem do resíduo orgânico ( compostagem) 7. Histórico do CEPAGRO 7.1. Histórico Biguaçu 7.2. Histórico Chico Mendes 8. Metodologia 9. Resultados e Discussões 10. Considerações Finais
  • 4. 4 LISTA DE ABREVIATURAS AU – Agricultura Urbana ASA – Ação Social Arquidiocesana ASSJE – Ação Social da Igreja São João Evangelista AS-PTA – Alternativa Assessoria e Serviços a projetos em Agricultura CESE CEASA CEPAGRO – Centro de estudo e Promoção da Agricultura de Grupo FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura HC – Horta Comunitária IFPRI – International Food Policy Research Institute MEC – Ministério da Educação NEAD - Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural ONG – Organização Não Governamental REDE – Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas SEAG-ES- Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura e Pesca do Espírito Santo SESAN- Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional. UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina
  • 5. 5 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Principais adubos orgânicos e seus eleitos químicos e biológicos Figura 2: Horta Comunitária locada na Igreja São João Evangelista
  • 6. 6 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Estratégias para o controle de pragas e suas praticas adotadas na agroecologia. Tabela 2: Cidade de origem, grau de escolaridade e profissão das entrevistadas. Tabela 3: Renda familiar em reais (RF) dos entrevistados, RF per capita e número de integrantes da família. Tabela 4: Mudas plantadas na Horta comunitária Jardim Janaina
  • 8. 8 1. Delimitação do Tema Atualmente a Educação Ambiental é uma peça chave para o desenvolvimento, formação e conscientização das pessoas, quanto à degradação do Meio Ambiente. No entanto, para muitas delas ainda é um assunto desconhecido. Na sociedade em que vivem, bilhões de pessoas, grande parte dos recursos naturais é explorado, e a maioria dos espaços onde a civilização ocupa sofre intensa modificação. Alem das intervenções no ambiente ocorrem vários distúrbios na sociedade, tais como: desigualdade social, falta de emprego, problemas no sistema de saúde, nas relações de convivência e a violência como um todo. A agricultura moderna utiliza indiscriminadamente os recursos naturais. Alem de gerar muitos resíduos e degradar os espaços ocupados, exclui famílias criando riscos à saúde. Diante deste contexto de degradação, na década de 80 surge o conceito de sustentabilidade. Ele passou a ser utilizado e indica novas propostas nas áreas de economia, social e ambiental, objetivando a busca de outra forma de desenvolvimento. É nesse contexto que a Agricultura Urbana (AU) se encaixa, incentivada como forma de combater a insegurança alimentar e nutricional que atinge as comunidades carentes, contribuindo para a conservação da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida urbana. A criação de Horta Comunitária (HC) é uma iniciativa, que busca o desenvolvimento de comunidade de baixa renda, levando esta a uma melhor inclusão social e efetivação do exercício da cidadania, através de atividades que tenham como objetivo a promoção da saúde, ações educativas voltadas a aspectos ambientais e sociais. Na AU vários princípios da Agroecológia são utilizados, buscando manter a agricultura como uma atividade menos impactante ao meio ambiente, com melhores contribuições às populações, proporcionando um ambiente saudável, tendo como resultado alimentos de boa qualidade, equilíbrio das famílias e das relações de cidadania. Neste sentido, este trabalho visa identificar práticas de AU. O estágio será executado através do Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (CEPAGRO), a ser realizado na cidade de Florianópolis no bairro Monte Cristo, na comunidade Chico Mendes e no município de Biguaçu, no bairro Jardim Janaina.
  • 9. 9 Tendo este como objetivo, o gerenciamento comunitário dos resíduos orgânicos de forma articulada em instituições de ensino, entidades comunitárias, iniciativa privada e poder público. Para a coleta dos resíduos e transformação deste em composto orgânico a serem utilizados em hortas escolares, quintais e espaços comunitários.
  • 10. 10 2. Objetivo Geral Acompanhar o andamento dos Projetos de Agricultura Urbana nas comunidades Jardim Janaina e Chico Mendes. 2.1. Objetivo Específico •Visitar, implantar e acompanhar os projetos de AU. •Desenvolver práticas de AU a partir dos princípios da agroecologia •Avaliar o desenvolvimento dos projetos e seus participantes. 3. Formulação do Problema Muitas famílias saem do meio rural em busca de melhores condições de vida, entretanto, nem todas as pessoas conseguem ter uma vida melhor do que a que tinham no meio rural. A falta de emprego aliado à falta de especialização para o trabalho dificulta a possibilidade de se ter uma vida melhor. Nesse contesto grande parte dos moradores que formam as comunidades de periferia das cidades, são de origem rural, devido à falta de recursos financeiros, baixa escolaridade aliados a falta de medidas publicas com sistema de esgoto adequado, assistência a saúde e moradia, muitas dessas pessoas vivem em condições de miséria, vivendo de doações e sem nenhuma noção de higiene o que eleva a agravar os problemas fitossanitários da comunidade. Por conta disso foi feito contado com as lideranças locais, quando foi feita a exposição do projeto. Na apresentação foi deixado claro a sua viabilidade social e econômica, com um provável bom resultado as comunidades envolvidas. 4. Hipótese A educação ambiental e alimentar se inserem nos temas transversais de Meio Ambiente e de Saúde. A horta e a coleta do resido orgânico para produção de composto oferece vastas possibilidades de se desenvolver educação ambiental e alimentar, numa perspectiva ampla e contextualizada, por se tratar de uma ferramenta capaz de agregar diversos campos do conhecimento.
  • 11. 11 5. Justificação Com o crescente êxodo rural, onde famílias inteiras mudan- se para as cidades em busca de uma melhor condição de vida, segurança alimentar e educação. O nível de qualidade de vida das comunidades urbanas vem baixando cada vez mais, gerando nos grandes centros urbanos uma maior demanda na busca de empregos e moradia. Nem sempre quem se muda para as grandes cidades consegue estabelecer uma vida melhor do que a que tinha no campo, o que leva estas pessoas a morarem nas periferias das cidades e quase sempre em precárias condições de vida. Devido à falta de capacitação muitos vivem de empregos informais e sem nenhuma segurança alimentar. Na busca por alternativas para este problema, a AU dentro das comunidades busca melhorar a qualidade de vida das famílias. “Neste ponto a agricultura urbana, desenvolvida de forma planejada, promove diversas melhorias nas estruturas sociais de uma região, pois favorece o dialogo e a integração familiar, assim como estimula o trabalho comunitário e coletivo, além de ser um trabalho recreativo e útil” (SIAL & YURJEVIC, 1993) citado por Abreu (2004, p.11). A partir dos princípios agroecológicos tenta-se fornecer e garantir um meio ambiente equilibrado com educação ambiental, segurança alimentar e geração de renda. Sendo assim este projeto buscou resgatar as heranças rurais e possibilitar uma melhor alimentação para as famílias, vista que muitos vieram de áreas rurais. O cultivo em HC, quintais, escolas e a coleta de resíduos orgânicos, visam melhorar as condições de higiene e saúde da comunidade. Porem a oportunidade de praticar um bem social ecológico, ajudar, tecer amizades, e adquirir conhecimentos são fundamentais para o bom desenvolvimento do trabalho.
  • 12. 12 6. Revisão Bibliográfica 6.1. Agricultura Urbana De acordo com UN-HABITAT (2007), em 1976, um terço da população mundial vivia em cidades, Trinta anos depois, metade da população do mundo vive em centros urbanos e até 2050 espera-se que chegue a 60% da população mundial, totalizando seis bilhões de pessoas. Especialmente em países em desenvolvimento ocorre um crescimento desordenado, com até 50% da população vivendo em situações precárias de habitação, saneamento, saúde e serviços. (UN-HABITAT, 2007) citado por (VIEIRA, 2009). Segundo autor Van Veenhuizen (2006) ressaltado por (VIEIRA, 2009) afirmam que 40% da população da Cidade do México e um terço da de São Paulo vivem abaixo da linha da pobreza. A América Latina é considerada a região mais urbanizada dos países em desenvolvimento, com mais de 75% da população vivendo em cidades, número que segundo previsões deve subir para 81%, em 2020. Nessa região, com exceção do Brasil, o padrão de urbanização de vários países consiste em apenas uma grande cidade, concentrar grande proporção da população urbana. Um dos maiores desafios que a humanidade tem enfrentado é o crescimento populacional e o aumento da urbanização. Em 1998, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) sinalizava que a população da época já ultrapassava mais de seis bilhões divididas igualmente entre as cidades e as áreas rurais, com a expectativa de que por volta de 2005 as áreas urbanas ultrapassassem as áreas rurais em termos populacionais (FAO-SOFA, 1998). Outro estudo indica que em 2015, 26 cidades no mundo deverão ter uma população de 10 milhões ou mais de pessoas. Para alimentar uma cidade deste porte - Tokyo, São Paulo, Cidade do México – pelo menos 6000 toneladas de alimentos serão necessárias por dia (UN, 2004). (CRIBB & CRIBB, 2009). Em países em desenvolvimento, a capacidade dos governos em administrar este crescimento urbano, tem sido muito difícil (Drescher, Jacobi e Amend 2000) ressaltado por (CRIBB & CRIBB, 2009). Encontrar meios de fornecer alimentos, moradia e serviços básicos aos habitantes de uma cidade é desafio para as autoridades de muitas cidades do mundo. Segundo os autores citados acima, a segurança alimentar nos grandes centros depende de vários fatores, dentre os quais, destacam-se:
  • 13. 13 · disponibilidade de alimentos - (nas áreas urbanas e rurais) referente à produção, comercialização e distribuição de alimentos, infra-estrutura, disponibilidade de combustível; · acesso a alimentos - depende do poder aquisitivo das famílias, produção de subsistência, vínculos campo-cidade, etc.; · qualidade do alimento - depende da conservação do alimento, da qualidade da produção, do abuso de pesticidas durante as etapas produtivas, da qualidade da água utilizada na produção, como se apresentam as condições sanitárias nos mercados. O rápido crescimento populacional nas cidades é causado não só pela migração da população rural para os centros urbanos, mas também pelo seu crescimento nas próprias cidades. Desemprego, baixa qualidade dos serviços básicos e a falta de alimentos são algumas conseqüências desse crescimento, alem da elevada densidade populacional e a carência de planejamento urbano. (CRIBB & CRIBB, 2009). Para uma correta compreensão de agricultura urbana devem-se levar em consideração as várias atividades familiares, para obter segurança alimentar e para gerar renda. A produção alimentar individual e comunitária nas cidades vai ao encontro de necessidades adicionais da população urbana, tais como desenvolvimento urbano sustentável, geração de emprego e renda, proteção ambiental, entre outros aspectos (IFPRI 1998, Smit, 1994). (CRIBB & CRIBB, 2009). O conceito de agricultura urbana começou a ser estudado e experimentado no Brasil recentemente, com resultados bastante interessantes, mas ainda isolados. Já em outros países, a pesquisa agropecuária desenvolvida nas cidades é bastante adiantada, a exemplo de Cuba conforme o Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural. . (NEAD, 2003) A agricultura urbana e peri urbana se desenvolvem dentro dos limites ou ao redor das cidades de todo o mundo, incluindo atividades agrícolas propriamente ditas, mas também atividades pecuárias e florestais e serviços ambientais associados (FAO,1999). Conforme a localização surge as denominações agricultura, intra-urbana e peri urbana. A agricultura intra-urbana é praticada no interior das cidades aproveitando espaços vazios como terraços, pátios residências ou áreas subutilizadas como as margens de rios ou rodovias, espaços impróprios para construção civil (próximos a aeroportos, embaixo de redes elétricas), além de áreas públicas ou privadas com potencial para serem cultivadas. De maneira geral, a agricultura intra-urbana é de menor escala e orientada para a subsistência. (FAO, 2007).
  • 14. 14 Já agricultura peri-urbana é praticada nos arredores ou periferias das cidades. As dinâmicas destes locais – urbanização crescente, migração de populações rurais e urbanas e aumento do preço da terra fazem com que este tipo de sistema de produção esteja em constante transformação, com tendências a uma escala menor e uso mais intensivo. Em diversos países como Cuba, Argentina, Líbano e Vietnam os empreendimentos agrícolas localizados nas bordas das cidades são, de maneira geral, maiores que aqueles situados dentro dos centros urbanos e tendem a ser mais orientado para o mercado. (FAO, 2007). A agricultura urbana pode ser realizada em pequenas áreas dentro de uma cidade, tais como jardins, terrenos baldios e escolas ou no seu entorno (Peri- urbana), sendo esta destinada à produção de cultivos para o consumo próprio ou para a venda em pequena escala (ROESE, 2003). Um do aspecto em que a agricultura urbana difere da rural é o ambiente. “A agricultura urbana pode ser realizada em qualquer ambiente urbano ou periurbano, podendo ser praticada diretamente no solo, em canteiros suspensos, em vasos, ou onde a criatividade sugerir” (ROESE, 2003). Segundo Jacob & Amend (2007, p.2) o sistema agrícola urbano é uma combinação de muitas atividades diferentes: a horticultuta, a produção de alimentos básicos, a coleta, a caça e inclusive a silvicultura. As hortaliças constituem um grupo de alimentos ricos em substâncias nutritivas variadas, podendo contribuir para amenizar o desequilíbrio nutricional (CARDOSO, 1997) citado por FRAXE e outros 2005. Desta forma o cultivo de hortaliças em um espaço coletivo é uma alternativa promissora para elevar a segurança alimentar, pois, visa o aumento na oferta de alimentos de elevado valor nutritivo, melhoria nas condições de vida de grupos sociais em situação de insegurança alimentar e estimulo para a produção de hortaliças para o consumo e comercialização, através de técnicas de produção de alimentos por meio de processos educativos e agroecológicos (FRAXE e outros 2005). Segundo a Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SESAN, 2007), a AU é multifuncional, pois, tem como objetivo abranger a produção, a transformação, a comercialização e a prestação de serviços para a geração de produtos agrícolas e pecuários, de forma a aproveitar os recursos locais, tais como, solo, água, resíduos, mão-de-obra e saberes. Até recentemente acreditava-se que a agricultura em geral e a produção de alimentos que abastecia as populações urbanas só eram realizadas na zona rural. Mas a
  • 15. 15 agricultura urbana, mesmo sendo uma prática antiga, só agora tem despertado o interesse de pesquisadores, governos locais, ONGs e movimentos sociais. Hoje, tem-se detectado o fenômeno de um número crescente de moradores urbanos que se dedicam às atividades agrícolas, especialmente nos países menos desenvolvidos (WEITZMAN, 2007) Assim conforme Monteiro; Mendonça, (2007). Uma das principais contribuições sociais da agricultura urbana é em relação à segurança alimentar das populações de baixa renda que vivem nas grandes áreas urbanas. Uma característica que se manifesta de forma repetitiva em meio a essas famílias se deve à combinação de dois fatores interdependentes: a dificuldade de acesso aos alimentos em razão dos baixos níveis de renda familiar e a tendência à homogeneização dos hábitos alimentares, em que prevalece a baixa qualidade nutricional das dietas, em geral carentes de vitaminas e sais minerais. Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca do Estado do Espírito Santo (SEAG-ES) a olericultura é uma atividade agroeconômica altamente intensiva em seus mais variados aspectos, em contraste com outras atividades agrícolas extensivas. (SEAG-ES, 2007). Os produtos advindos da área da horticultura são responsáveis por uma renda per capita que somente perde para o setor das grandes culturas (FILGUEIRA, 2000). Na produção de hortaliças, o horticultor enfrenta problemas que contribuem para a baixa produtividade, dentre esses, as pragas e doenças (GALLO et al, 2002). Para MAKISHIMA (1993), as pragas que causam danos às hortaliças são: lagarta (Oryzophagus oryzae), pulgão (Metopolophium dirhodum), ácaros (Polyphagotarso nemus), entre outros. Segundo Dias (2000), a agricultura urbana proporciona a saúde como um todo. Tendo em vista que a saúde está diretamente ligada as condições ambientais, e em comunidades de baixa renda, o nível de doenças se intensificam. Devido a baixa qualidade dos alimentos consumidos e a exposição constante a agentes externos, pois, parte dos quintais domésticos e terrenos ociosos tornam-se depósitos para lixos e entulhos. A utilização dessas áreas para o plantio e outras formas de produção leva a melhoria do ambiente local e assim diminuindo a proliferação de vetores de doenças, como ratos e insetos. Ressaltado por (MACHADO E MACHADO 2002). Sendo assim, conforme os autores mencionam a implantação e desenvolvimento de Hortas Comunitárias (HC) propicia a promoção da saúde da população onde ela está
  • 16. 16 inserida, através de ações educativas, trabalhar aspectos ambientais, sociais e educativos, criar vínculos afetivos e solidários entre os participantes e a comunidade local, promover a segurança alimentar e agregar valores a renda das famílias através da produção de alimentos sadios (GALLO, SPAVOREK & MARTINS, 2004). Hortas urbanas e comunitárias são hortas instaladas nas comunidades, nas quais os próprios moradores trabalham em coletividade produzindo hortaliças, as quais podem ser utilizadas para consumo próprio e o excedente comercializado (ROSA, 1995). Conforme Philippi (1999) citado por FRAXE (2005) ressalta que a educação e a conscientização são fundamentais a qualquer programa que se queira conduzir e para que ele se sustente e se enraíze na sociedade. A busca da cidadania ambiental faz parte de uma dinâmica participativa e solidária, que pode transformar profundamente os lugares e as comunidades em que se implanta. A recreação proporciona a oportunidade de realização de atividades ao ar livre, em contato com a natureza, podendo ser desenvolvidas atividades como o plantio e a manutenção, o que desenvolve também o espírito de equipe (ARRUDA, 2006). A educação ambiental serve de apoio e alternativa para as atividades da rede formal de ensino (VASCONCELLOS, 2006). Segundo Stapp et al. (1969) definiram educação ambiental como um processo que deve objetivar a formação de cidadãos, cujos conhecimentos acerca do ambiente biofísico e seus problemas associados possam alertá-los e habilitá-los a resolver seus problemas. Para Mellowes (1972) a educação ambiental seria o processo no qual deveria ocorrer um desenvolvimento progressivo de um senso de preocupação com o meio ambiente, baseado em um completo e sensível entendimento das relações do homem com o ambiente a sua volta. A problemática ambiental é uma das principais preocupações da sociedade moderna, desencadeando, por isso, uma serie de iniciativas no sentido de reverter á situação atual de vida na terra. Uma dessas iniciativas e a Educação Ambiental que as instituições de educação básica estão procurando implementar, na busca da formação de cidadãos conscientes e comprometidos com as principais preocupações da sociedade (SERRANO, 2003). Para o Ministério da Educação (MEC), para que um programa de Educação Ambiental seja efetivo deve promover o desenvolvimento de conhecimentos, de atitudes e habilidades necessárias á preservação e melhoria da qualidade ambiental (MEC,
  • 17. 17 2008). Há experiências positivas no que se tem chamado de Cidadania Ambiental, e esse é um dos interesses que se quer obter com a implantação das HC, e assim difundir técnicas agroecológicas e cidadania (MEDEIROS e outros 2005). 6.2. Contexto da Agroecologia Surge na América Latina o movimento denominado de Agroecologia, que procura atender as necessidades de preservação ambiental e de promoção sócio-econômica. Destacando-se no movimento o chileno Miguel Altieri que populariza a disciplina. Seu trabalho ligou a valorização da produção familiar camponesa como o movimento ambientalista na América Latina. (KHATOUNIAN, 2001) Na agroecologia tem-se como principio otimizar e aperfeiçoar o uso da luz sol dos nutrientes do solo e a chuva, de acordo com PAULUS(2001), SOUZA (2003), citado por CONTI (2009). Buscando-se trabalhar a conservação do solo, não utilizando a aração e gradagem sucessivas, plantas invasoras são trabalhadas com ervas e culturas, insetos são controlados, pois se trabalha com o principio de não destruir seus predadores nativos e o seu habitat. Defende-se a não utilização de agrotóxicos e sim, buscas-se manter as plantas fortalecidas e assim não suscetíveis ao ataque de patogênos, a não utilização de adubos solúveis. Para que a planta receba uma nutrição adequada e se desenvolva bem tanto fisiologicamente quanto metabolicamente, é necessário que o solo seja fértil e biologicamente ativo, com muita matéria orgânica, com diversidade de vegetais, insetos e microorganismos. Quanto maior for à concentração de matéria orgânica no solo, mais vida terá este e mais equilibrada será a planta que nele se desenvolvera. 6.2.1. Práticas Agroecológicas Conforme os autores Khatounian (2001), Altieri (2002) e Howard (2007), existem diversas práticas Agroecológica que podem ser adotadas, tais como as citadas abaixo. 6.2.2. Adubação orgânica e Cobertura morta (Palha) Principais adubos orgânicos e seus eleitos químicos e biológicos:
  • 18. 18 efeito biologico palhada cereais esterco bovino composto vermi composto palhada leguminosa esterco porco esterco aves esterco movido aves esterco líquido suíno efeito quimico Figura 1: Khataunian 2001 A palhada de cereais tem efeito biológico, associado à decomposição da biomassa, material celulósico, no extremo oposto, o esterco liquido de suínos composto de material de conteúdo celular, apresenta efeito químico. A figura mostra três classes de adubos orgânicos celulósicos ou de efeito lento e duradouro (palhada de cereais e esterco de ruminantes), conteúdo celular, com efeito, mais rápido (palhada leguminosas, esterco de aves e suíno) e intermediário (composto e vermicomposto). Os materiais com baixo teor de celulose e elevado teor de substâncias amiláceas e protéicas produzem um rápido efeito sobre as plantas. É o caso dos estercos e urina de animais, essa rapidez deve-se, sobretudo a ação de microorganismos que liberam em pouco tempo a maior parte dos nutrientes disponíveis em especial o nitrogênio. Adubos ricos em celulose como a palhada os efeitos químicos demoram mais a se revelar, embora os benefícios físicos sejam evidentes, devido à ação como cobertura. Se incorporada a palhada tem excelente efeito físico, entretanto este é acompanhado pela imobilização do nitrogênio do solo, de modo que se recomenda a utilização da palhada como cobertura morta, e assim auxiliando na ativação biológica da mesofauna. A atividade de pequenos animais como artrópodes e anelídeos melhora o arejamento do solo e criam-se condições para uma vida microbiana ativa e equilibrada. 6.2.3 – Defensivos Naturais e Controle de Pragas Os fertilizantes sintéticos substituem a simbiose entre plantas e as bactérias fixadoras N, dominam os agroecosistemas, não trabalham com eles, os fungicidas e inseticidas substituem os mecanismos naturais que são expressivos pelos predadores e parasitas.
  • 19. 19 O uso de métodos diretos e não químicos de controle de pragas é adotado na agroecologia, ou seja, praticas culturais, mecânicas, físicas e biológicas, conforme descrito na tabela abaixo. Tabela 1: Estratégias para o controle de pragas e suas praticas adotadas na agroecologia. Estrategia Práticas Controle mecânico e físico espantalhos, efeitos sonoros, ensacamento de frutos e vagens, destruição de ninhos de formigas, catação manual, remoção de plantas infestadas, poda seletiva, aplicação de materiais (cinza, fumaça, sal, água com sabão, etc Práticas culturais consórcio, sobresemeadura, mudança da época de plantio, rotação de cultura, capina seletiva, uso de vaciedades resistentes, manejo do uso de fertilizantes, água, tecnicas de preparo do solo e decultivo. Controle biológico manejo da diversidade das plantas cultivadsa, uso de animais (ganso, pato, galinha) Uso de inseticida uso de inseticidas a base de vegetais, uso de plantas ou partes de plantas como repelentes ou atrativos. Fonte: Altieri, 2002. Adaptado 6.2.4 – Rotação de Culturas e Manejo do Solo O manejo do solo em agricultura orgânica é orientado para a ativação e a alimentação dessa fração viva. O solo é um organismo vivo, e necessita de alimentação e proteção, sendo a alimentação feita pela biomassa e oxigênio, para nutrição de microorganismos e da mesofauna. A proteção é importante, pois é ela que fornece a manutenção da umidade, da temperatura e da porosidade adequada ao desenvolvimento dos organismos do solo, a proteção do solo atua na incidência direta do sol, e chuva. Uma vez que no solo se apliquem tratos químicos (adubação química) e mecanismos (aração e gradagem) ele se tornará um corpo mineral, perdendo assim sua atividade biológica, o solo vai se mineralizando restando apenas no seu interior raízes das culturas e os organismos que são associados às pragas e doenças. Neste contexto observa-se a queda no rendimento das culturas e a baixa resposta a adubação mineral, doses cada vez maiores de agroquímicos vão se tornando necessárias.
  • 20. 20 De maneira oposta, a Agricultura Orgânica tem seu manejo orientado para estimular a atividade biológica do solo, incluindo a mesofauna e os microorganismos. Através do fornecimento da biomassa, da proteção do solo (palhada) e da aplicação de produtos naturais rico em nutrientes, que são solubilizados pelos organismos presentes na biota do solo, como plantas superiores, fungos, bactérias e liquens. A Rotação de Culturas consiste na prática de não repeti uma mesma cultura em uma mesma área ano após ano. O plantio de uma mesma cultura repetidas vezes no mesmo local leva a menor eficiência na utilização dos nutrientes do solo, empobrecimento da fertilidade deste acarretando uma menor produtividade e aumento na incidência de pragas e doenças. O rodízio de áreas é uma prática em que, deve-se estabelecer o plano de rotação mais adequado para a situação de cada área, observando quais as espécies se adaptam melhor ao solo e clima da área em que será plantado. As culturas podem ser de uma mesma família de acordo com suas necessidades nutritivas e resistência às pragas e doenças. Em uma horta caseira, por exemplo, a rotação de culturas deve contemplar uma variedade de diferentes famílias e diversas espécies, sendo que estas fazem uma utilização dos nutrientes do solo de forma diferenciada e apresentam diferentes problemas fitossanitários, o que evita uma sucessão de desequilíbrios ecológicos e o conseqüente ataque de pragas e doenças. 6.2.5. Reciclagem de resíduos orgânicos (compostagem) O destino do lixo urbano é um problema atual na sociedade. Por isso soluções adequadas e comprometidas com questões ambientais, econômicas e sociais, são fundamentais para a solução deste problema. Sendo os resíduos urbanos caracterizados como: Resíduos domiciliares: aqueles gerados nas residências, constituídos por restos de alimentos, materiais potencialmente recicláveis, além de lixo sanitário e tóxico. Resíduos comerciais: provenientes das atividades comerciais e de serviços, tais como supermercados, bancos, lojas, bares e restaurantes. Resíduos públicos: originados dos serviços de limpeza pública urbana, tais como varrição de vias, praias, córregos e restos de podas de árvores e de feiras livres.
  • 21. 21 Entulho: resíduos da construção civil, como materiais de demolição e restos de obras. Contém materiais inertes1 e também resíduos tóxicos, como tintas e solventes. E as alternativas de tratamento e deposição do lixo urbano geralmente são apresentadas da seguinte forma: Aterro comum, vazadouro ou lixão: é a forma de disposição mais prejudicial ao ambiente e ao homem, na qual os resíduos são dispostos a céu aberto, diretamente sobre o solo e sem nenhum tipo de tratamento ou controle sanitário/ambiental. Aterro controlado: a disposição é feita sem tratamento, como nos lixões, mas os resíduos são posteriormente cobertos com material inerte ou terra, para evitar a presença de vetores de doenças. Aterro sanitário: é o processo de disposição de resíduos no solo com fundamentos em critérios de engenharia e normas operacionais específicas. É realizada a impermeabilização do solo, sistemas especiais fazem a drenagem do chorume e a captação do gás liberado; os resíduos são devidamente compactados e posteriormente cobertos, permitindo um confinamento seguro em termos de proteção e de controle da poluição ambiental. Nessa problemática atual, uma alternativa para suprir a demanda do resíduo orgânico é através do método de compostagem. A compostagem é um processo de oxidação biológica, portando com presença de oxigênio, através do qual, microrganismos decompõem os constituintes dos materiais orgânicos do lixo em material estável e utilizável na preparação de húmus, libertando dióxido de carbono, vapor de água e calor suficiente para que a temperatura no interior da leira alcance 70 °C (por isso o termo termofílica). Esse processo orgânico de reciclagem a matéria orgânica “é toda substancia morta que provenha de plantas, animais microorganismos ou excreções” é decomposta e retorna para o solo na forma de adubo. 7. Histórico do CEPAGRO em Agricultura Urbana O CEPAGRO “Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo” é uma organização não-governamental fundada em 1990 e caracteriza-se por ser uma ONG que trabalha em rede e possuem forte ligação com organizações de base, com instituições de pesquisa e extensão, instituições governamentais e não governamentais. Atuam na área da agricultura familiar e desenvolvimento sustentável no Estado de Santa
  • 22. 22 Catarina. Sua cede está localizada no centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Desde 2005, o CEPAGRO vem se envolvendo com AU e, atualmente, desenvolve trabalhos em quatro localidades nas cidades de Florianópolis e Itajaí. Na capital, as atividades concentram-se no Sul da Ilha e no Bairro Monte Cristo (no continente). Em Itajaí, as atuações são realizadas em duas comunidades: Portal I e São Vicente. As atividades em AU visam apoiar e assessorar grupos organizados em parcerias com entidades civis ou com o poder público para a produção de alimentos orgânicos em hortas comunitárias, em quintais domiciliares, em escolas e creches. Em 2007 o município de Biguaçu se engajou ao CEPAGRO, com o intuito de construir uma horta comunitária, no bairro Jardim Janaina, periferia do município. Esses projetos são apoiados financeiramente por organizações internacionais de cooperação que apostam nessas metodologias de trabalho e na melhoria da qualidade de vida dos moradores das periferias em todo o mundo. O CEPAGRO também compõe uma articulação nacional de entidades com atuação em AU, com parcerias com ONGs de Belo Horizonte (REDE) e Rio de Janeiro (AS-PTA). Os objetivos desta articulação são a troca de experiências entre as entidades, intercâmbio de técnicos e agricultores urbanos e ainda a construção coletiva de projetos em AU que fortaleçam as iniciativas locais. 7.1. Histórico Biguaçu Este trabalho conta com a participação da Ação Social da Igreja São João Evangelista, (ASSJE), no município de Biguaçu que fica há 25 km de Florianópolis. A atuação fica sediada na periferia do município, no bairro Jardim Janaina com o grupo Vida Nova. Em dezembro de 2007, foram realizados encontros na comunidade, acompanhados pela ASSJE, sendo discutidas três questões: o que temos o que sonhamos e o que podemos fazer. Através dos encontros, as famílias tiveram a oportunidade de sugerir os cursos a serem desenvolvidos na comunidade. Assim, as famílias que participaram dos encontros, assumiram a formação de um grupo, com encontros quinzenais, tendo como proposta inicial oportunizar um espaço de formação e de troca de experiências. O grupo Vida Nova na localidade do Jardim Janaina, iniciou suas atividades em março de 2008.
  • 23. 23 Os encontros que eram quinzenais passaram a ser semanais, envolvendo famílias cadastradas na ação social da comunidade. Em 2008, a ASSJE realizou palestras sobre auto-estima, higiene e fizeram oficinas de trabalho manuais. O grupo iniciou com aulas de culinária. Seguiram com trabalhos manuais, e com a Assistência da Ação Social Arquidiocesana, (ASA) chegaram à idéia de organizar uma horta comunitária. O projeto surgiu dos próprios participantes, tendo em vista que muitos vieram de áreas rurais, alem da necessidade de uma melhor alimentação pelas famílias. Em 2009, com o auxilio da comunidade e representantes da igreja, foi cedido um espaço no terreno da própria capela para a construção da horta, foram realizadas visitas aos quintais e a instalação da horta comunitária no terreno de 4x8 metros disponibilizado pela igreja. A ASA ainda disponibilizou a verba para a compra de matérias, como pás, enxadas, mudas, sementes e o material para a montagem do sistema de irrigação. A metodologia inicial utilizada foi a de visitas aos quintais e casas dos participantes do grupo. Foi realizado um intercâmbio para que o grupo conhecesse a horta comunitária do portal, em Itajaí. No retorno, teve inicio a horta, com encontros semanais e através de mutirões, adotando a metodologia de aprender fazendo. 7.2. Histórico Chico Mendes O trabalho do CEPAGRO, no bairro Monte Cristo, teve início em 2006 com uma proposta de ação apresentada na Rede de Entidades Articuladas do bairro Monte Cristo. Naquele momento a Casa Chico Mendes (ONG que trabalha com crianças, jovens e famílias) mostrou interesse através do Grupo Tecendo Vidas (grupo de mulheres). As atividades começaram com o resgate das heranças rurais das mulheres e os resultados do processo de êxodo rural que elas passaram. Em seguida foram feitas visitas às experiências de AU nos quintais domésticos e de instituições. A partir daquele momento foram sugeridas oficinas temáticas de qualificação das práticas, sendo realizadas oficinas de canteiros suspensos, de aproveitamento de pequenos espaços para plantio e de compostagem dos resíduos orgânicos domésticos para produção de composto (adubo). Nessas atividades foi marcante a participação das Frentes Temporárias de Trabalho (grupo de moradores do bairro que são contratados temporariamente para trabalharem na limpeza da comunidade e receber capacitações em temas ambientais).
  • 24. 24 Com as visitas aos quintais ficou clara a falta de espaço ou condições não ideais para o plantio nas residências, além do reconhecimento e valorização de experiências de AU em instituições de ensino como a Creche Chico Mendes. No final do ano de 2006 constituiu-se um grupo comunitário (Grupo Tecendo Vidas e Frente Temporária de Trabalho). Uma das iniciativas desse grupo comunitário foi constituir uma horta de uso comum. Pela ausência de espaços públicos livres e próprios ao uso agrícola, foi feito uma parceria com a Escola Estadual América Dutra Machado. A escola possui uma das poucas áreas livres e com uma estrutura mínima para cultivos. Assim, consolida-se na comunidade, um espaço público de livre acesso às famílias interessadas em praticarem agricultura. Atualmente, os esforços do trabalho no bairro Monte Cristo estão direcionados para a reciclagem dos resíduos orgânicos domésticos, através da técnica de compostagem. Essa proposta faz parte de uma parceria entre CEPAGRO, Escola Estadual América Dutra Machado, Creche Chico Mendes e Creche Conjunto Habitacional Chico Mendes. Cada família recebe um baldinho “os baldinho foram doados pelo Big, proveniente do descarte da padaria, mediante a apresentação de um oficio oficializando o pedido” sendo esses de 2 e 5 litros conforme a necessidade, para recolher e destinar seus resíduos orgânicos para 15 pontos de entrega voluntária (PEVs) localizados em cada instituição de ensino mencionadas anteriormente e em residencias. Os resíduos são compostados no espaço da horta da Escola. Essa iniciativa de gestão local dos resíduos orgânicos visa melhorar as condições de higiene e saúde da comunidade. Muitos sacos de lixos domésticos contendo restos orgânicos eram alvo de cachorros e ratos, denegrindo a imagem do bairro e favorecendo a proliferação de doenças como a leptospirose (muito constatada pelo Centro de Saúde local). Outro objetivo é dinamizar a AU pela produção local de adubo orgânico, incentivando e facilitando o cultivo de alimentos pelas famílias nos espaços domésticos ou públicos. Atualmente o projeto “A Revolução dos Baldinhos” tem a participação de 95 famílias com baldinhos 4 entidades da comunidade, sendo coletado e reciclados 10 toneladas de resíduos orgânicos por mês.
  • 25. 25 8. Metodologia Jardim Janaina A metodologia de extensão implantada no trabalho consistiu em visitas semanais, sendo estas de caráter técnico, educativo e participativo. Atividades como oficinas (coleta e preparo de açaí, compostagem), montagem do sistema de irrigação, construção de canteiros, plantio de mudas, conversas de grupos, além de consultas a literaturas, artigos e projetos da área foram realizados no decorrer do estágio, no período de 03 de março a 03 de junho do ano de 2010. Na comunidade do bairro Jardim Janaina, localizada no município de Biguaçu, as visitas foram realizadas nas terças-feiras no período vespertino, sendo estas acompanhadas pelo supervisor do estágio Marcos José de Abreu, entretanto em alguns dias as visitas foram realizadas apenas pela estagiaria. Os encontros semanais tinham inicio às 14h00min e termino às 17h00. Primeiramente, os encontros eram realizados no salão paroquial da igreja SJE. Após um mês, foram realizados na casa de Dona Natalia, seguindo para a casa da Márcia, sendo estas duas mulheres participantes do projeto que cederam seus quintais para a construção de hortas. Nesse período, foram realizadas as práticas de AU, demonstradas no cronograma abaixo. Cronograma de atividades realizadas no período de estágio na comunidade Jardim Janaina Mês Março Atividades Desenvolvidas na Horta Comunitária da Igreja São João Evangelista. 09/03/2010 Primeiro dia de estágio ocorreu uma apresentação dos participantes do projeto de forma expositiva, com o objetivo de conhecê-los e assim possibilitar uma melhor dinâmica de trabalho. 16/03/2010 Revitalização da horta e dos antigos canteiros: em forma de mutirão, trabalhou se com o grupo de mulheres e, assim, concluído o trabalho de revolvimento do solo para elevação dos canteiros e revitalização da horta em forma de mandala. 23/03/2010 Coleta do adubo (esterco de gado) na própria comunidade. Foram coletados 30 kg de esterco. A palha sobreposta nos canteiros foi adquirida
  • 26. 26 no CEASA de Florianópolis. O esterco foi incorporado ao solo e os canteiros cobertos com cobertura morta. 30/03/2010 Plantio de mudas de espécies diversificadas como alface, beterraba, couve, pimentão, cebolinha, salsinha, alho porró cidreira, menta entre outras. Mês Abril Atividade Desenvolvida na Horta Comunitária no Quintal da Dona Natalia 06/04/2010 Visita ao local, e coleta do esterco de gado para os canteiros, foram coletados 8 sacos de 5 quilos. 13/04/2010 Revitalização da horta em mandala e dos canteiros. 20/04/2010 Preparo dos canteiros para plantio, nos canteiros foi incorporado o esterco e estes cobertos com palhada, em seguida foram plantadas as mudas de olericolas como tomate, pimenta, entre outras. Deu se inicio ao processo de instalação do sistema de irrigação. 29/04/2010 Finalizada a implantação do sistema de irrigação. A água utilizada na irrigação vem de uma caixa d’água de 5.000 litros que armazena água da chuva, para a montagem do sistema foram utilizados 60m de fita santeno, 6 registros de 3/4 e 17m de cano. Mês Maio Atividade Desenvolvida na Horta Comunitária no Quintal da Dona Natalia 04/05/2010 Oficina do Açaí: foram coletados 5 cachos palmito Jussara para a extração do açaí na localidade de Santo Amaro, após a coleta fez se a debulha e a despolpa no salão paroquial da igreja SJE em Biguaçu. Antes de se iniciar a despolpa os frutos foram selecionados e lavados, os frutos que se encontravam ainda verdes, foram separados para a produção de mudas. Após a higienização dos frutos este foram imersos em água morna por aproximadamente 20 minutos, para que a polpa se solta da semente, com o auxilio de um escorredor os frutos foram colocados na despolpadeira elétrica. Realizada a despolpa o açaí foi preparado de diversas formas com
  • 27. 27 banana e mel, com mel e limão, laranja e mel, e assim provado por todos os participantes da oficina. Neste dia uma participante a Karol do projeto “A Revolução dos Baldinhos” se envolveu na atividade. 25/05/2010 Manutenção da horta, plantio de mudas. Nesse dia foi realizada as entrevista conforme questionários em anexo com oito participantes do grupo “Vida Nova”. Chico Mendes O trabalho na Chico Mendes tem sido, de, coletar resíduo orgânico nos Pontos de Entrega Voluntária (PEV´s), duas vezes na semana, às terças e sextas feiras, pela manhã, com inicio às 08h00min e termino às 14h00min, após a devolução das bombonas aos PEVs. No outros dias, é realizada a conscientização das famílias, através de visitas e conversas com as famílias, busca-se esclarecer duvidas,(como o que se deve ou não colocar nos baldinhos), além da importância da reciclagem do resíduo orgânico... Atualmente, existem 15 PEV´s, sendo que onze são casas de famílias e os restantes, são instituições: Casa Chico Mendes, creche Chico Mendes, Creche Conjunto Habitacional Chico Mendes e Escola América Dutra Machado. O trajeto da coleta é feito a pé, o carrinho é puxado manualmente, as bombonas que se encontram nos PEVs a onde as famílias depositam os resíduos orgânicos são de 30, 50 e 60 litros, os baldinhos pertencentes às famílias são de 2 e 5 litros. A rota de coleta foi realizada na companhia dos atores locais, Karol e Rose Helena e dois bolsista. O projeto atualmente é apoiado pela empresa Eletrosul, mediante o pagamento das bolsas salário. Atuando como agentes comunitárias e participantes do projeto, recebem uma bolsa de 450,00 Reais. No começo do semestre dois jovens se engajaram no projeto recebendo uma bolsa de 200,00 Reais. Lene e Karol estamos botando nomes nos baldes e fazendo cadastro das famílias. Encontramos uma bombona para o lado de fora de uma casa, era de uma família que se mudou e a deixou. 9:00 h saímos entregando baldinhos e Débora, de uma das famílias, fez companhia. Nós três plantaramos algumas mudas no conjunto habitacional Chico Mendes. Entregamos baldinhos para a família do Valdinei e para a da Dona Fátima. 10:00h Fomos na creche doar algumas mudas para as professoras. Doamos um balde dos de margarina para a cozinheira Claudete e a cozinheira Maria também pediu um para ela. Plantamos mais algumas mudas na escola e arrumamos as armadilhas de fitas de vídeo para afastar passarinhos. Doamos algumas mudas para o projeto Ambial e combinamos de fazer uma horta amanhâ, junto com a coleta. A professora do Ambial pediu novas mudas para sua horta. Essas mudas que estamos utilizando foram doadas pelo CEPAGRO, mas, futuramente pretendemos produzi-las nós mesmos para comercializar na comunidade. 12:00 h Entregamos baldinho e mudas para a família da
  • 28. 28 Marquinha e da Janete “Neca”.13:20 h Karol foi na família Kelen que comunicou que está se mudando, mas, vai continuar com o baldinho, se comprometendo a continuar separando e depositando no PEV mais próximo. No final, Karol ainda aproveitou para comprar alguns DVD’s. Um dia de coleta nas palavras de Karol. Todo resíduo coletado, é levado até a escola América Dutra Machado, onde fica o pátio de compostagem termofílica. Nesse processo é possível misturando os resíduos com camadas de serragem e cobri-los com palha, evitando o ataque de animais como pássaros, moscas e ratos. Esta mistura é feita em leiras “denominam-se leiras as pilhas onde são depositados os materiais a serem tratados pela compostagem” estreitas e estáticas sobre o solo, para aumentar a aeração. Uma leira estática é utilizada por um mês “durante um mês os resíduos orgânicos provenientes da coleta são depositados na mesma leira”, passado este tempo de montagem da leira esta ficara estática de três a seis meses, apenas revolvendo-a de 15 em 15 dias para aerar e acelerar o processo de degradação. No final desse período o material encontra-se estável. A cada mês inicia-se uma nova leira, com isso todo mês uma nova carga de composto está pronta. O composto pronto retorna às famílias e instituições participantes, para utilização nos quintais urbanos, produzindo flores, folhagens, plantas medicinais e alimentos. No final do processo de compostagem, as bombonas são lavadas e devolvidas para os PEV´s, repetindo-se o trajeto da coleta a pé. Quinzenalmente, são coletadas doações de serragem no sul da ilha e palha no CEASA, com auxílio do pick-up do CEPAGRO. Tanto nos dias de coleta como nas demais manhãs que ficam disponíveis para eventuais atividades e oficinas de agricultura urbana, o ambiente de trabalho é repleto de trocas de ensinamentos entre todos os envolvidos. Além das práticas descritas acima, que teve o acompanhamento semanal, outras atividades foram desenvolvidas no decorrer do estágio, como reuniões com os participantes, famílias e entidades pertencentes à comunidade e convidados, visita às residências dos moradores da comunidade, aplicação de questionários com 8 participantes do projeto, alem da busca por matérias em outras fontes como bibliografias, trabalhos e projetos da área e relatórios de atividades.
  • 29. 29 Cronograma das atividades realizadas no período de estágio na comunidade Chico Mendes. Mês Março Atividade Desenvolvida no Pátio de Compostagem e Comunidade Chico Mendes 9/03/2010 Inicio das atividades, apresentação do grupo e projeto Karol, Maicom, Lene e Goiano e o pátio de compostagem. 12/03/2010 Coleta, virada das bombonas e conscientização 15/03/2010 Primeira reunião do semestre com as famílias, entidades participantes e convidados. Nesta reunião foi apresentado o andamento do projeto e realizada a entrega das camisetas. 16/03/2010 Coleta, virada das bombonas e conscientização das famílias. Foi iniciada uma nova leira. 23, 26 e 30/03/2010 Coleta, virada das bombonas e conscientização Mês Abril Atividade Desenvolvida no Pátio de Compostagem e Comunidade Chico Mendes 6, 9 e 13/04/2010 Coleta, virada das bombonas e conscientização das famílias 16/04/2010 Coleta, virada das bombonas e conscientização das famílias. Foi iniciada uma nova leira. 20, 23, 27, 30/04/2010 Coleta, virada das bombonas e conscientização das famílias e distribuição de mudas de alface , beterraba, tomate salsinha e cebolinha. Mês Maio Atividade Desenvolvida no Pátio de Compostagem e Comunidade Chico Mendes 4 e 11/05/2010 Coleta, virada das bombonas e conscientização das famílias, no dia 4 de maio foi levado adubo para duas famílias. 18/05/2010 Fixada a primeira placa do PEV Ponto de entrega voluntário 19/05/2010 Coleta, virada das bombonas e montagem de uma nova leira 21/05/2010 Coleta, virada das bombonas e conscientização das famílias. Reportagem do Diário Catarinense com entrevista de seus participantes. Reportagem em anexo.
  • 30. 30 31/05/2010 Foi realizado um mutirão onde nesse foi construído quatro canteiros de 0,70x2m, um canteiro de 2,5x3m, um canteiro em formato meia lua e uma horta mandala com 3m de diâmetro. A construção dos canteiros tem por objetivo a produção de mudas. Realizada a entrevista com oito membros do projeto para o estudo sócio econômico. 9. RESULTADOS E DISCUSSÃO Jardim Janaina Foram entrevistadas oito participantes do grupo Vida Nova de um total de 15 membros, desses a idade variava dos 25 aos 66 anos, sendo a grande maioria oriunda do meio rural pertencente ao estado de Santa Catarina, com grau de escolaridade variando do fundamental ao segundo grau incompleto, com isso ressaltando o despreparo para trabalhos de melhor remuneração, tornando se trabalhadoras informais, entre esses trabalhos foi constatado o de domestica, manicure e donas de casa. Conforme descrito na tabela abaixo. Tabela 2: Cidade de origem, grau de escolaridade e profissão das entrevistadas. Entrevistadas Idade Cidade de Origem Escolaridade Profissão 1 30 Tijucas 2°grau completo Manicure 2 42 Braço do Norte Ensino fundamental completo Dona de casa 3 66 Bom Retiro Ensino fundamental completo Doméstica 4 39 Campo Belo do Sul 2°grau incompleto Dona de casa 5 65 Campos Novos Ensino fundamental incompleto Pencionista 6 43 Bom Retiro Ensino médio incompleto Doméstica 7 27 Biguaçu Ensino fundamental completo Dona de casa 8 25 Três Riachos Ensino fundamental completo Dona de casa Metade das entrevistadas 50% não possuem renda, são donas de casa e a renda familiar provem unicamente do marido, variando de 1 salário mínimo a R$ 800,00, os outros 50% são trabalhadoras informais, que auxilia na renda familiar de 1 salários
  • 31. 31 mínimos, podendo alcançar ate R$ 1.600,00. Confirmando que de maneira geral, o grau de escolaridade determina o tipo de atividade profissional que as pessoas podem praticar. Tabela 3: Renda familiar em reais (RF) dos entrevistados, RF per capita e número de integrantes da família. Entrevistadas Renda familiar Renda per capita N° de integrantes da família 1 1.600,00 400,00 4 2 800,00 266,00 3 3 510,00 255,00 2 4 510,00 510,00 1 5 510,00 170,00 3 6 1.000,00 333,00 3 7 510,00 102,00 5 8 510,00 127,50 4 A maioria dos entrevistados, 5 dos 8 pesquisados (ou 62,5%), apresentam uma renda familiar igual a R$ 510,00 mensais e apenas 3 dos 8 (ou 37,5%) apresentam uma renda de R$ 800,00 a R$ 1.600,00. Estes números por si só não dizem muito sobre o padrão de vida ou consumo dessas famílias, tendo em vista que a renda familiar sem considerar o número de integrantes da família, isto é, o número de pessoas que dependem desta renda, não é suficiente para medir o verdadeiro poder aquisitivo destas famílias. Conforme demonstrado na tabela 2, 62,5% das entrevistadas é de famílias de agricultores que produziam para venda e subsistência da propriedade sendo a única fonte de renda a agricultura, tendo como culturas produzidas, batata, arroz irrigado, fumo e grãos, alem da criação de animais, vaca de leite, suínos e galinha poedeira. O restante totalizando 37,5% equivalente 3 das entrevistada não são de família de agricultores. No entanto, 75 % das entrevistadas já praticavam AU, sendo aquelas que deixaram a agricultura em busca de melhores condições de vida nas cidades, trouxe consigo o gosto pela terra e o prazer de se cultivar, plantando em casa em espaços disponíveis, cultivando olericolas, temperos e plantas medicinais. Apenas 25% do grupo entrevistado veio a praticar AU a partir do projeto Horta Comunitária, citado
  • 32. 32 anteriormente no histórico da comunidade, sendo que 75% dos participantes do projeto que é coordenado pela ASA “Ação Social Arquidiocesana” o conheceram através do convite de amigos e vizinho que já participavam, 25% das entrevistadas participavam de outros projetos sociais administrados pela ASA manifestaram o interesse quando a proposta de se construir uma horta comunitária foi proposta, participando então de toda a formação. A Ação Social Arquidiocesana, ASA é um projeto social da Igreja São João Evangelista (ISJE) e através dela são realizados trabalhos sociais com a comunidade, sendo esta coordenada por uma agente comunitária e uma assistente social da prefeitura de Biguaçu. Com a prática da AU a produção de alimentos livres de agrotóxicos torna-se viável no auxilio a uma alimentação saudável. Apesar de não ser única fonte alimentar, tendo ainda que se comprar para suprir a demanda consumida pelas famílias. Entretanto segundo as entrevistadas a prática da AU lhes proporcionou benefícios para com a saúde, pelo trabalho físico praticado na horta, o consumo de alimento saudáveis, envolvimento comunitário, formação de amizade e o bem estar consigo mesma por praticar algo saudável e produtivo. Ressaltando que todas as entrevistadas acreditam que se pode obter renda, diminuir custos, incrementando a renda familiar e aumentar a segurança alimentar e nutricional de suas famílias a partir dos alimentos produzidos pela horta. Entretanto dificuldades foram apontadas pelo grupo, a falta de insumos (muda, sementes e esterco) agregados a falta de participantes e a falta de reconhecimento por parte da comunidade e seus moradores. Todavia o principal problema para se garantir a estabilidade do sistema é o espaço físico, pois as duas áreas disponíveis para horta é insuficiente para suprir a demanda do grupo Vida Nova e de seus familiares. Andamento da Horta A horta antes do inicio do mês de março estava composta por um canteiro de plantas medicinais no qual contem melissa, hortelã, guaco, mil folhas, arruda, capim limão, cavalinha entre outras. E uma horta mandala com diferentes espécies já no final de seu ciclo como, couve, brócolis, abóbora, milho, feijão. No período do estágio foi dada continuidade a metodologia implantada desde o inicio do projeto, seguindo a linha metodológica da agroecologia. Sendo assim para a reestruturação dos canteiros foi realizado o revolvimento do solo (o solo da horta na
  • 33. 33 ISJE é oriundo de aterros) de forma manual sem revolvimento intenso, apenas com o objetivo de elevar os canteiros deixando esses com 1 m de largura, dois metros de distancia e com 15 a 20 cm de altura, conforme recomendado por bibliografias, e assim se ter uma melhor produção. Além da construção de canteiros retangulares para suprir uma maior demanda de produção, foi construído canteiros agroecológicos de produção, em formato de mandala e meia lua. A grande maioria das hortaliças necessita de preparo especial do terreno para a confecção de canteiros que podem servir como sementeira, para transplante de mudas e plantio/semeadura direta. Conforme pode ser visualizado na figura abaixo. Figura 2: Horta Comunitária locada na Igreja São João Evangelista Na parcela não foi realizada a análise do solo. Anteriormente foi utilizado nos canteiros composto orgânico, adquirido através do pátio de compostagem do CEASA. Durante o estágio teve se a disponibilidade do esterco de gado adquirido através de doação sendo usado como principal fonte de matéria orgânica para incorporação ao solo.
  • 34. 34 As plantas necessitam, além de carbono, hidrogênio e oxigênio, constituintes essenciais retirados do ar e da água, dos microelementos (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre exigidos em maior quantidade) e macroelementos ((manganês, zinco, cobre ferro, molibdênio, boro e cloro exigidos em quantidades reduzidas). As quantidades desses elementos disponíveis para as plantas no solo, quase sempre é insuficiente, daí a necessidade de se completar com adubação orgânica. O esterco rico em material fibroso provinda da alimentação de volumosos, principalmente gramíneas, se apresentava em estado semi curtido, pois seus componentes não estavam totalmente degradados (com matéria orgânica em estado original). Porem com parcelas do material já se apresentando decompostas, entretanto o esterco nesta forma não apresenta prejuízo para as plantas, estas características do esterco favoreceram a melhora das condições do solo, sendo que é matéria orgânica de lenta degradação e estimuladora da vida no solo. Os adubos orgânicos, além de serem fontes de macro e microelementos, facilitam a absorção da água e conservam a unidade do solo, garantindo melhor ambiente para o desenvolvimento das raízes e para a vida do solo. Figura 3: Horta comunitária Jardim Janaina locada na ISJE, montagem dos canteiros.
  • 35. 35 Figura 4: Horta comunitária Jardim Janaina locada na ISJE, horta mandala com cobertura morta. Os canteiros foram cobertos com cobertura morta, esta prática consiste na colocação de palhada seca de 5 a 10 cm, com o intuito de se favorecendo a microbiota do solo, evita a formação de crostas, preservar a umidade e equilibrar a temperatura do solo, evitando que este fique exposto aos raios solares. Segundo o autor Khantounian (2001) a palhada tem efeito biológico associado a decomposição da biomassa com efeito lento e duradouro. Se incorporada a palhada tem excelente efeito físico, acompanhado da imobilização do nitrogênio do solo auxiliando na ativação biológica da mesofauna. As mudas plantadas (neste período somente mudas foram plantadas) adquiridas em Paulo Lopes, na propriedade de Dana Albertina, produtora de mudas orgânicas, foram compradas por um custo de R$ 20,00 a bandeja de isopor com 72 mudas de espécies diversificadas, conforme informado na tabela abaixo.
  • 36. 36 Tabela 4: Mudas plantadas na Horta comunitária Cebolinha Allium fistolosum Menta Mentha villosa Salsinha Petrosolium sativum Cavalinha Equisetum Couve Brassica sylvestris Cidreira Melissa officinalis Beterraba Beta vulgaris. Alecrim Rosmarinus officinalis Alface Lactuca sativa Arruda Ruta graveoles Cenoura Daucus carota Alho-porró Allium porrum Pimentão Capisicum annuum Mostarda Brassica juncea Berinjela Solanum melongena Tomate Solanum lycopersicum Foi realizado o transplante de mudas mediante a abertura de “covas” entre as palhas, essas eram preenchidas com esterco e em seguida plantada a muda, desta forma buscou se disponibilizar melhor os nutrientes para as plantas. Na segunda área disponível para horta, locada no quintal da casa de uma das integrantes do grupo, Dona Natalia (cedeu seu quintal para que o grupo tivesse uma área maior para plantio), foi adotada a mesma metodologia descrita acima, reestruturação e elevação dos canteiros, utilização de adubo orgânico (esterco de cavalo), cobertura morta para preservar a estrutura do solo e o transplante de mudas de maior interesse. Nessa área foi implantado um sistema de irrigação, onde água utilizada é captada da chuva, para isso foi construído uma cisterna com uma caixa d’água de 5.000 litros, a água é conduzida ate essa cisterna por um cano fixado ao telhado (Calha). Figura 5: Calha para captação d’água da chuva.
  • 37. 37 Figura 6: Caixa d’água para o armazenamento da água captada. Para a irrigação foi utilizado a microaspersão com sistema santeno ideal para hortaliças folhosa. Podendo ser visualizado na figura 5 logo abaixo. Sendo uma forma pratica e econômica de se irrigar, pois consiste em uma mangueira plástica, perfurada com raios laser e resistente a exposição ao sol. A mangueira foi conectada a uma mangueira e esta a saída de água da caixa d’água, produzindo uma neblina fina de irrigação. O cultivo de hortaliças com insuficiência de água de boa qualidade para irrigação não é viável pra produção, tendo em vista que a maioria das hortaliças tem na maior parte de sua composição água. A qualidade da água é muito importante, a freqüência, o tipo de irrigação e a quantidade de água a se aplicar dependem da espécie cultivada, do tipo de solo, do clima, das praticas culturais e da fase de desenvolvimento das plantas. Para hortaliças folhosas é recomendada a rega diária, durante todo o ciclo das plantas, para hortaliças com frutos, à medida que as plantas vão crescendo a irrigação pode ser feita de três em três dias.
  • 38. 38 Figura 7: Horta Comunitária locada no quintal da Dona Natália, com microaspersão por sistema santeno.
  • 39. 39 Viabilidade Nesse grupo estudado onde a maior parcela é assalariada torna se visível a necessidade de um aumento a renda familiar, mesmo sendo através da produção de alimentos para enriquecer a segurança alimentar da família. Entretanto como já mencionado a produção é insuficiente para suprir a demanda de consumo de todas as famílias do grupo. A falta de espaço destinado à horta é insuficiente, tendo em vista que atualmente tense duas área para horta. Entretanto ao final deste ano a área de horta locada no pátio Igreja São João Evangelista terá de ser desocupado, pois a ISJE solicitou a área ocupada para uso próprio. Este fator ressalta, que os objetivos propostos para produção para consumo e venda do excedente da horta, esta se tornando uma proposta de baixa viabilidade e sustentabilidade. Sabendo que no geral, são necessários de 6 a 10 m² de horta para cada pessoa. Outro problema observado no decorrer do estágio é a falta de autonomia do grupo na tomada de decisões, sendo essas decisões tomadas normalmente por uma pessoa. Mas apesar dos problemas citados acima o grupo, e esforçado e gosta de trabalhar com a horta, se este problema do espaço for solucionado, acredito que o objetivo de consumo e venda dos produtos da horta será facilmente alcançado. Chico Mendes Foram entrevistados 8 participantes do projeto todos do sexo feminino, com a idade variando dos 20 aos 50 anos, sendo que 5 ( ou 62,5%) das entrevistadas são trabalhadoras informais, desde costureira, domesticas a agentes comunitárias. As outras 3 (ou 37,5%) são donas de casa, sendo nesses casos as renda da família proveniente unicamente do marido e não passando de um salário mínimo. No caso em que as entrevistadas trabalham a renda da família é de R$ 400,00 chegando a R$ 1.020,00 o equivalente a dois salários. Sendo a media da renda per capita de R$ 191,50, tendo em vista que as famílias são constituídas na maior porcentagem acima de 4 pessoas.
  • 40. 40 Tabela 5: Renda familiar em reais (RF) dos entrevistados, RF per capita e número de integrantes da família. Entrevistadas Renda Familiar Renda per capita Nº integrantes da Família 1 R$400,00 R$200,00 2 2 R$510,00 R$130,00 4 3 R$520,00 R$86,60 6 4 R$520,00 R$57,70 9 5 R$600,00 R$120,00 5 6 R$800,00 R$200,00 4 7 R$820,00 R$410,00 2 8 R$1040,00 R$346,00 3 Confirmando na comunidade que a baixa escolaridade esta vinculada com a baixa remuneração. Sendo que o grau de escolaridade determina o tipo de atividade que as pessoas podem exercer. 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 nº entrevistados 2º grau completo 2º grau imcompleto ensino medio incompleto ensino fundamental completo Figura 8: Grau de escolaridade dos entrevistados segundo quatro classificações. Desempregados e subempregados predominam no quadro ocupacional desta população. A maioria não tem carteira assinada. Nesse complexo de comunidades, situadas na periferia urbana de Florianópolis, não existem indústrias, nem atividades agrícolas, exceto pequenos comércios.
  • 41. 41 As sobras do CEASA constituem a maior, quando não a única fonte de alimentação para muitas pessoas e famílias que também necessitam e buscam por cestas básicas. Muitos sobrevivem do Bolsa Família e do Agente Jovem. Há vários obstáculos para conseguirem a inclusão e participação em cursos e programas de requalificação profissional como a falta de documentação adequada, dificuldade de transportes e também o preconceito. As atividades começaram com o resgate das heranças rurais das mulheres e os resultados do processo de êxodo rural que elas passaram. Partindo dessa problemática foi constatado que 5 ( ou 62,5% ) das entrevistadas de um total de 8 são provenientes da zona rural, de cidade como Caçador, Chapecó, Riqueza, Rio Grande (RS) e Quedas de Iguaçu (PR). Das 8 entrevistadas, 3 (ou 37,5%) são da cidade e não tiveram contato com a agricultura. Através do questionário aplicado, pode ser constatado que as causas da migração do campo para as cidades foram, problemas familiares como a morte do pai onde a família não conseguiu administrar a propriedade, sendo necessária a venda, busca por melhores oportunidades de emprego e melhor condição de vida. Quando perguntado como foi seu primeiro contato com a AU na comunidade, as 8 entrevistadas, 50% delas foi através de projetos como a Frente Temporária de Trabalho “grupo de moradores do bairro que são contratados temporariamente para trabalharem na limpeza da comunidade e capacitações em temas ambientais” e com o projeto Revolução dos Baldinhos já mencionados anteriormente. Os outros 50% das entrevistadas, já plantavam em casa, flores, chás, salsinha, cebolinha e outros. Os motivos que as levaram a participar e praticar AU varia de cultural, por gostar de ter contato com a terra e querer produtos livres de agrotóxicos. A vantagem obtida com a prática de AU pelas entrevistadas foi de segurança alimentar, benefícios com a saúde pelo trabalho praticado, alem dos benefícios pelo consumo de alimentos saudáveis e fim do problema com roedores. Entretanto algumas dificuldades foram levantadas como, encontradas, a falta de participantes, cada vez mais tense famílias interessadas em reciclar o seu resido orgânico, entretanto a falta de interesse por parte da comunidade em trabalhar na coleta do resíduo e compostagem, a falta de insumos como mudas, sementes e área própria para plantio foram outras dificuldades apontadas pelas participantes da entrevista.
  • 42. 42 Andamento do Pátio de Compostagem No início de estágio o pátio de compostagem na escola Américo Dutra Machado estava composto por 6 leiras, onde duas eram novas, uma havia acabado de ser fechada e colocada em descanso e outra iniciada no dia 16 de março, sendo que a metodologia de trabalho é trabalhar em uma leira durante um mês. Figura 9: Pátio de compostagem
  • 43. 43 O pátio atualmente esta composto por seis leiras em descanso e uma leiras em atividade de deposição, quatro canteiros de 1x 6m que pertencem ao projeto da escada “Ambial”, onde algumas crianças no período em que não estão em aula participam de atividades vinculadas a Educação Ambiental essas ministradas pela professora Ana educadora e coordenadoras do projeto sediado na Escola América Dutra Machado. Além de quatro canteiros 0,70x2m, um canteiro de 2,5x3m e uma horta em mandala que foram construídos recentemente pelos participantes e voluntários do projeto “Revolução dos Baldinhos”. Os canteiros foram construídos com o objetivo de produzir às mudas que são doadas a comunidade, além do plantio para o consumo. A produção de mudas tem como propósito a distribuição destas para as famílias participantes do projeto, incentivando que elas plantem em suas casas, em áreas disponíveis mesmo quando essas são limitadas e em vasos e recipientes que possam a vir comportar uma planta. E assim minimizar custos que o projeto tem com a compra de mudas, sendo que a bandeja de isopor com 72 mudas sai por um custo de R$ 20,00. Figura 10: Canteiro da casa da Dona Eli. Como havia sido falado anteriormente o projeto tem como um dos seus objetivos, ajudar no controle dos roedores, evitando que os resíduos venham a parar nas ruas.
  • 44. 44 Formação dos canteiros Como metodologia aplicada segundo a agroecologia os canteiros foram elevamos os uma altura de 20 cm do solo, nestes canteiros foi incorporado o composto orgânico semi curtido com o intuito de melhorar as condições estruturais ativando a microbiologia do solo. Segundo Albert Howard a base de um solo fértil de uma agricultura prospera é o húmos, nos locais em que as perdas de húmos são equilibradas com a devolução dos resíduos do solo, os sistemas de agricultura são estáveis e não há perda de fertilidade. A utilização da cobertura morta vem enriquece este processo de preparo do solo. Pois são resíduos de plantas que entram em senescência, “fase do desenvolvimento da planta, que se estende da maturidade plena até a morte e é caracterizada por acumulação de produtos metabólicos, aumento do regime respiratório e perda de peso da substância seca, especialmente nas folhas e frutos” tendo translocado para as sementes a maior parte dos nutrientes, sendo bons reservatórios de potássio (Khatounian 2001) E assim para se economizar composto deve-se evitar o revolvimento do solo e utilizar ao maximo a cobertura morta pois, a velocidade de degradação dos compostos dobra a cada 9º C de temperatura. A cobertura com palhada reduzir em 4º a 5º C de temperatura do canteiro. Figura 11: Canteiro em forma de mandala.
  • 45. 45 Figura 12: Área dos canteiros Figura 13: canteiro meia lua e ao fundo quatro canteiros de 0,70x2m cobertos com palhada.
  • 46. 46 A Coleta dos Resíduos A coleta dos resíduos é realizada fazendo chuva ou sol. Sempre acompanhada de muita animação e companheirismo. A partir das 08h00min os participantes do projeto se encontram na casa da Karol, membro do projeto desde Agosto de 2009, começando como família e tornando-se membro ativo do projeto. O grupo é composto pela Karol (27), Lene (35), Maicom (20) e Goiano (20), sendo que as duas mulheres recebem uma bolsa de R$ 400,00 e os rapazes bolsas de R$ 200,00. Atualmente o grupo acolheu mais um integrante o Peter um garoto de 14 anos que se interessou pelo projeto e começou a participar das atividades. A coleta das bombonas começa na Creche Conjunto Habitacional Chico Mendes o primeiro PEV da rota realizada, e pelo projeto não ter uma sede própria e nessa creche onde se guarda o carrinho utilizado na coleta. Andando pelo bairro passa-se pelos PEV’s coletando as bombonas e no caminho despejando os baldinhos das famílias nas bombonas. Feita a coleta as bombonas são levadas para o pátio de compostagem locado na Escola América Dutra Machado onde é realizada a virada das bombonas. São coletadas mensalmente aproximadamente 5 toneladas de resíduo orgânico. Podendo ser visualizado na tabela 6 abaixo. Conforme mostrado o volume do resíduo orgânico, esta aumentando, isso devido ao crescente número de famílias, que estão se engajando ao projeto. Atualmente o pátio de compostagem não esta comportando a demanda do resíduo, devido à falta de espaço tense a necessidade de se encontra outro local para se implantar um pátio de compostagem. Volume de resíduo recolhido por coleta Data Qtd (L) Data Qtd (L) 04/set 700 22/dez 500 11/set 700 23/dez 550 15/set 800 24/dez 600 18/set 800 25/dez 1000 22/set 600 19/jan 700 25/set 700 22/jan 660 29/set 500 26/jan 550 02/out 500 29/jan 600 05/out 700 02/fev 850 09/out 650 05/fev 750 13/out 500 09/fev 950 16/out 500 12/fev 550 20/out 800 16/fev 630
  • 47. 47 23/out 550 19/fev 800 27/out 760 23/fev 1065 30/out 650 18/mar 300 03/nov 700 25/mar 1050 06/nov 780 30/mar 850 17/nov 980 01/abr 500 20/nov 640 06/abr 760 24/nov 680 09/abr 800 27/nov 980 13/abr 980 01/dez 1000 16/abr 1080 04/dez 1000 20/abr 860 08/dez 950 04/mai 800 11/dez 700 07/mai 600 14/dez 785 11/mai 1200 18/dez 600 14/mai 1000 19/dez 500 18/mai 900 20/dez 500 25/mai 1500 21/dez 500 28/mai 900 46.550 Total 750.806 Media Tabela 6: Volume de resíduo coletado, de setembro de 2009 a maio de 2010. Pode se estimar a quantidade de resíduo produzido por família, sabendo se que, uma pessoa produz aproximadamente 300g/dia de resíduo, sendo que na comunidade a maioria das famílias é composta de quatro pessoas. Tendo em vista que na entrevistas foi coletado o dado de que a media do numero de pessoas por família é de 4.375. Sendo que uma família produz por dia 1.200kg de resíduo, e o projeto consta atualmente com 95 famílias, é depositado na bombonas por dia 114.000 kg de resíduo. Conforme os dados da tabela acima de setembro de 2009 a maio de 2010 foram viradas 911bombonas. Um dos problemas encontrados no momento da virada são as infrações, são a presença de resíduos que não são compostados, como sacolas plásticas, panos, embalagens de isopor entre outros, o que atrasa mais ainda o trabalho, pois se perde tempo em se coletar esses resíduos.
  • 48. 48 Figura 14: Virada da bombona, Letícia e Peter Figura 15: Infrações A Compostagem A compostagem é trabalhada da seguinte maneira, as leiras são feitas conforme a metodologia do autor Howard (2007). A partir do preparo da cama “onde será depositado o resíduo orgânico coletado” esta é composta primeiramente com a
  • 49. 49 colocação de galhos no solo fazendo o formato da leira e entorno é levantada uma parede com palha. O resíduo é depositado em cima e um pouco de inoculante que é o próprio composto que já esta pronto e que fornece todos os microorganismos, bactérias termófilicas e fungos que realizam o processo de degradação dos resíduos de uma leira termófilica. O material é revolvido para que se incorpore com o inoculante, após esse processo é sobreposta a serragem, sendo essencial a adição dessa para ajudar na proporção de C: N, “consideram como ideal para a compostagem uma relação C/N entre 25/1 e 30/1, mas valores situados na faixa entre 20/1 e 40/1 também produzem bons resultados. De acordo com Howard (2007) a proporção ideal do método é de 33 partes de carbono para uma de nitrogênio”, a aeração da pilha e a manutenção de umidade adequada. Com a adição da serragem a proporção C: N fica num nível adaptado para o inicio dos processos de degradação dos compostos em nutrientes absorvíveis pelas plantas. Por fim a leira e coberta com palhada, pois esta ajuda a evitar a perda de calor e umidade da pilha de compostagem, alem de manter afastados os animais. Cada vez que abrimos a leira para colocar material novo devemos verificar se a pilha esta aquecendo. Conforme a deposição de resíduos na pilha ocorre o aumento de altura da leira, essa não ultrapassando1, 30 m para facilitar o manejo. O material em repouso gerado pela pilha de compostagem após um ano é o composto orgânico um material rico em nutrientes, livre de microorganismos e nocivos, parecido com terra escura. A escolha de um local adequado é colocar uma primeira camada de material seco (galhos e folhas) a partir de 1,5x1, 5m de área, para absorver os líquidos em excesso. A = camada seca baixa atividade biológica devido à rápida perda de umidade. B = camada quente intensa atividade biológica, bactérias termofilicas, combinação ideal de energia, umidade, O² e nutrientes. C = camada fria central baixa atividade biológica devido à falta de O². A principal função de virada da pilha é expor todo o material á posição B.
  • 50. 50 Figura 16: Preparo da área para a montagem da leira. Figura 17: Montagem da cama, leira de compostagem
  • 51. 51 Figura 18: Leira em funcionamento. A principal função de virada da pilha é expor todo o material á posição B. Segundo o autor Khantouriam (2001) a deposição dos resíduos vegetais ocorre na natureza. Na fase inicial de uma leira de composto, as bactérias presentes trabalham a temperatura ambiente, quando a temperatura no interior começa a se elevar, as populações bacterianas vão se alterando, tornando-se dominantes, bactérias tolerantes a temperaturas elevadas, ditas termófilicas (bactérias aeróbicas termófilicas têm como características alta capacidade de degradação da biomassa). Sendo assim o revolvimento do resíduo para que se ocorra a mistura das camadas internas da leira, é de extrema importância para a manutenção e funcionamento. Nessa conjuntura após um mês de utilização da leira não se deposita mais nada de resíduos e quinzenalmente é realizada a virada para expor todo o material ao centro da leira, onde fica a camada quente alcançando de 60º a 70º de temperatura e com intensa atividade bacteriana. O churumi é o liquido rico em nutrientes, que é liberado da leira, se não coletado vem a ser um contaminante do solo. O destino adequado faz dele um biofertilizante rico em nutrientes que pode ser disponibilizado as plantas. Entretanto no pátio de compostagem esse não tem o seu descarte correto, pois não é feita a coleta do churumi.
  • 52. 52 Acarretando ao pátio problemas de funcionamento devido ao solo encharcado, agravado pelo excesso de chuva, possível contaminação do solo, alem do desperdício de nutrientes. Devolução das bombonas Finalizado o processo da compostagem as bombonas são lavadas de devolvidas aos PEVs, sendo que nesse trajeto e realizada a doação de mudas, a entrega do adubo e conscientização da comunidade, para com o descarte adequado do resíduo orgânico. O trajeto e realizado pela Karol e Lene tendo sido acompanhado no período do estágio. Atuações na comunidade Alem das famílias e realizado um trabalho junto as entidades, na creche Chico Mendes que possui desde 2006 um projeto de horta escolar que trabalha temas como segurança alimentar e educação ambiental, são parceiras em atividades para com as crianças, pais e profissionais. Buscando através de oficinas de compostagem, construção de hortas, obterem a produção de alimentos saudáveis, propiciando uma melhor alimentação. Viabilidade Atualmente vem sendo pleiteado junto à prefeitura uma nova área na comunidade para pátio de compostagem. Esta nova área tem por objetivo aumentar o volume de resíduo coletado, tendo capacidade para suportar 10 leiras, área para lavagem das bombonas, e um depósito para guardar ferramentas. Podendo ser visualizada esta área em anexo 3. Entretanto apesar de todas as dificuldades da comunidade como falta de saneamento básico adequado, assistência saúde precária devido a demora nos atendimentos e a violência na região, as participantes, as famílias cadastradas e a comunidade apóiam o projeto e visualizam a viabilidade dele. Contatando que quando esse teve inicio era composto por cinco famílias e atualmente tense noventa e cinco famílias atuantes na coleta de resíduo orgânico.
  • 54. 54 11. Referências Bibliográficas ARRUDA, J. Agricultura urbana e peri-urbana em Campinas/SP: análise do Programa de Hortas Comunitárias como subsídio para políticas públicas. Campinas, SP: 2006. 162 p. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Engenharia Agrícola, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, 2006. 147p. Disponível em: http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000413310. Acesso em: 25 de março de 2010. BEACON, M. A integração da agricultura urbana e periurbana no planejamento. Revista da agricultura urbana, Edição nº 4 - Julho de 2001. Disponível em: www.agriculturaurbana.org.br. Acesso em 13 de junho de 2008 as 19: 00:00. CRIBB, S. L. S. P; CRIBB, A. Y. Agricultura Urbana: Alternativa para aliviar a fome e para a educação ambiental. Sober 47°Congresso de Sociedade Brasileira de Economia Administração e Sociedade Rural. Porto Alegre Julho de 2009. Disponível em: http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:RO7kz7FxJl0J:www.sober.org.br/palestra/13/359.pdf. Acesso em 21 de março de 2010. DIAS. G. F. Educação Ambiental Princípios e Práticas. 5° Ed. São Paulo: Global, 1998. 25 p. FAO. Comitê de Agricultura. La agricultura urbana y periurbana. In: Documento do Tema 9 del Programa Pro-visional. Roma, 25-29 jan. 1999. Disponível em: www.fao.org/unfao/bodies/coag/coag15/x0076s.htm. FAO. Organização das Naçoes Unidas para a Agricultura e Alimentação. 2007. Disponível em: http://www.rlc.fao.org/pr/prioridades/aup/. Acesso em 20 de março de 2010. FILGUEIRA, F. A. R. Novo Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. 2ª ed. Viçosa: UFV, 2000. FRAXE, T. J. P. Horta Comunitária como Alternativa para a Agricultura Familiar em comunidades Ribeirinhas do Rio Solimões, no Amazonas. Disponível em: www.cnpat.embrapa.br/sbsp/anais/Trab_Format_PDF/75.pdf. Acesso em: 17/03/2010 as 16:00 hs. GALLO, Domingos et al. Manual de Entomologia Agrícola. Piracicaba: Fealq, 2ª ed. 2002. GALLO.Z, SPAVOREK. R. B. M, MARTINS. F. P. L. Das Hortas Domésticas para a Horta Comunitária: Estudo de Caso no Bairro Jardim Oriente em Piracicaba- SP,
  • 55. 55 2004. Disponível em: www.ufmg.br/congrext/Trabalho. Acesso em 13 de junho de 2008 as 21: 30: 00 KABASHIMA Y; ANDRADE, M. L. F.; GANDARA, F. B.; TOMAS. F. L. Sistemas Agroflorestais em Áreas Urbanas, 2009. Disponível em: www.revsbau.esalq.usp.br/artigos_cientificos/artigo85.pdf. Acesso em 12 de março de 2010. MACHADO,A. T; MACHADO, C. T. T. Documento 48: Agricultura Urbana. Embrapa, 2002. Disponivel em: MELLOWES, C. “ Environmental Education and the Search for Objectives”. Environmental Education: the present and the future trends. Postsmouth, n.6, 1972. SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA, ABASTECIMENTO, AQUICULTURA E PESCA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (SEAG.ES). Histórico da Olericultura. Vitória-ES, 2007. Disponível em: www.seag.es.gov.br/setores/oleiricultura.htm. Acessoem 20 de março de 2010. Seleção de Propostas para implantação de Hortas Comunitárias e Cozinhas Populares. Disponível em: www.mds.gov.br/programas/seguranca-alimentar-e-nutricional-san/agricultura-urbana. Acesso em 12 de março de 2010 as 00:19:00. SERRANO, C. M. L. Educação ambiental e consumerismo em unidade de ensino fundamental de Viçosa-MG. Dissertação (mestrado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa: UFV, 2003. 91p. Disponível em: www.ipef.br. Acesso em: 23 Março 2008, 14:30:20. SESAN. Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Edital/MDS N° 01/2007. Disponivel em: WWW.mds.gov.br. Acesso em 12 de março de 2010 VIEIRA, P. P. Caracterização do projeto Agricultura Urbana “ Horta Comunitaria Portal 1 Acompanhado pelo Cepagro em Itajaí (SC). Florianópolis, 2009. ROESE, A.D. Agricultura Urbana, 2003. Disponível em: www.agronline.com.br. Acesso em 13 de junho de 2008. ROSA, L. C. S; BELFORT, C. C. Da participação induzida à participação construída nas hortas comunitárias (HC) em Teresina. In: ENCONTRO DE PESQUISADORES, 1, 1995. MAKISHIMA, N. O cultivo de hortaliças. 1ª ed. Brasília: EMBRAPACNPH: EMBRAPA-SPI, 1993.
  • 56. 56 MEDEIROS, I. M, FURQUIM, G, PEROSA, J.M; CARL. A. Hortas Comunitárias Como Mecanismo de Geração de Renda. MONTEIRO, D; MENDONÇA, M. M. Agricultura na Cidade e a Busca da Segurança Alimentar e Nutricional Reflexões a partir da Zona oeste do Municipio do Rio de janeiro. Disponível em: www.aspta.org.br/programas-de-agricultura- urbana/parceiros- locais/artigo%20agricultura%20na%20cidade%20revista%20GIS.pdf. Acesso em 21 de março de 2010. NEAD. Seminário discute agricultura urbana no Brasil. N° 205, outubro de 2003. Disponível em: www.nead.org.br/boletim/boletim.php?noticia=810&boletim=205. Acesso em 24 de março de 2010 as 18:00hs. SOUZA, A. A; NETO, F. G. S; ARAÚJO, A. C. Diagnóstico da situação das hortas comunitárias da cidade de Parnaíba (PI). Disponível em: www.ufpi.br/parnaiba/revista/ed1ano1/artigo1_francisconeto.pdf. Acesso em: 10 d3 março de 2010.
  • 57. 57 ANEXOS Anexo 1: Questionários aplicados a 8 participantes do grupo Questionário 1 ° Agricultura Urbana Data: Idade: Sexo: ( ) M ( ) F 1. Trabalhador ( profissão): 2. Aposentado: 3. Dona de Casa: 4. Grau de escolaridade: ( ) 1° à 4° serie ( ) 5° à 8° serie ( ) 1° à 3° ano ginásio ( ) superior ( ) sem escolaridade 5. Estado civil: ( ) casado ( ) solteiro ( ) separado 6. Possui filhos ( Quantos?)_____ 7. Quantas pessoas residem na casa? _______ 8. Renda familiar R$_________ 9. Casa própria ( ) Alugada ( ) 10. Quantos anos residem no bairro?_____ 11. Existe sistema de esgoto? ( ) sim ( ) não 12. Água tratada: ( ) sim ( ) não 13. Existe coleta de lixo no bairro? ( ) sim ( ) não 14. Faz se coleta seletiva no bairro? ( ) sim ( ) não 15. O participante tem origem rural? ( ) sim De onde? ________________ ( ) não 16. Como foi seu primeiro contato com a agricultura? 17. Quais eram as culturas agrícolas e criação de animais praticada? 18. Porque deixou sua cidade de origem? 19. Qual era sua principal fonte de renda? Questionário 2 ° Agricultura Urbana Data: Idade: Sexo: ( ) M ( ) F 1. Trabalhador ( profissão): 2. Aposentado: 3. Dona de Casa:
  • 58. 58 4. Grau de escolaridade: ( ) 1° à 4° serie ( ) 5° à 8° serie ( ) 1° à 3° ano ginásio ( ) superior ( ) sem escolaridade 5. Estado civil: ( ) casado ( ) solteiro ( ) separado 6. Possui filhos ( Quantos?)_____ 7. Quantas pessoas residem na casa? _______ 8. Renda familiar R$_________ 9. Casa própria ( ) Alugada ( ) 10. Quantos anos residem no bairro?_____ 11. Existe sistema de esgoto? ( ) sim ( ) não 12. Água tratada: ( ) sim ( ) não 13. Existe coleta de lixo no bairro? ( ) sim ( ) não 14. Faz se coleta seletiva no bairro? ( ) sim ( ) não 15. O participante tem origem rural? ( ) sim De onde? ________________ ( ) não 16. Como foi seu contato com a agricultura depois que começou a morar na comunidade? 17. Quais são as culturas agrícolas e criação de animais praticada? 18. Atualmente qual sua principal fonte de renda? 19. Que motivos o levaram a praticar agricultura em casa (quintais) na área urbana ( ) cultural, por gostar de mexer na terra e ou por praticar no passado. ( ) por querer consumir produtos produzidos por si. ( ) necessidade econômica ( segurança alimentar) ( ) por querer produtos limpos livres de agrotóxicos ( ) para consumo próprio e venda do excedente. 20. Como conheceu o projeto “Horta Comunitária”? (Biguaçu) ( ) através de vizinhos e amigos ( ) participou da concepção do projeto ( ) a própria horta lhe chamou a atenção e foi se informar ( ) participantes do projeto o convidaram ( ) participava de outros projetos 21. Como conheceu o projeto “Revolução dos Baldinhos”? ( Chico Mendes) ( ) através de vizinhos e amigos ( ) participou da concepção do projeto ( ) a própria horta lhe chamou a atenção e foi se informar ( ) participantes do projeto o convidaram ( ) participava de outros projetos 22. Quais foram às motivações iniciais que o levaram a participar do projeto de AU? 23. Tem horta ou criação em casa? ( ) sim ( ) não 24. Qual o tamanho da área disponível no terreno? ______m² 25. Esta área é própria para a produção e plantio? ( ) sim ( ) não
  • 59. 59 26. O que planta ou cria em casa: ( ) Frutíferas. Quais?_____________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ( ) Medicinais. Quais?_____________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ( ) Olericolas. Quais?_____________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ( ) Criações. Quais?_____________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ( ) Ornamentais. Quais?_____________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 27. Quais as vantagens que o Sr/Sra. obteve ao praticar Agricultura Urbana? ( ) segurança alimentar ( ) geração de renda ( ) envolvimento comunitário ( ) benefícios com a saúde pelo trabalho físico praticado com a horta e com o descarte adequado dos resíduos orgânicos. ( ) benefícios pelo consumo de alimentos saudáveis. 28. Quais as principais dificuldades encontradas? ( ) falta de participantes ( ) tempo insuficiente para o trabalho ( ) falha no recurso financeiro para compra de materiais ( ) falta de reconhecimento e apoio de órgãos públicos ( ) falta de reconhecimento e apoio da comunidade e moradores. ( ) falta de insumos 29. Você acha que pode obter renda, diminuir custos, e aumentar a segurança alimentar a partir dos alimentos produzidos na horta? ( ) sim ( ) não
  • 60. 60 Anexo 2: Reportagem realizado com o projeto “Revolução dos Baldinhos” publicada dia 24 de maio de 2010.
  • 61. 61 Anexo 3: Foto da nova área para pátio de compostagem Mapa aproximado do terreno possível e onde foi proposto o novo pátio com horta Mapa com as dimensões do terreno para pátio e horta
  • 62. 62