Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Enzo - 801
1.
2. Marca registrada da cidade do Rio de Janeiro, o morro do Pão
de Açúcar é uma montanha despida de vegetação em sua quase
totalidade. É um bloco único de uma rocha proveniente do
granito, que sofreu alteração por pressão e temperatura e
possui idade superior a 600 milhões de anos.
O Pão de Açúcar é circundado por uma vegetação
característica do clima tropical, especificamente um resquício
de Mata Atlântica com espécies nativas que em outros pontos
da vegetação litorânea brasileira já foram extintas.
3. Em 1912, a inauguração de um caminho aéreo no Rio de Janeiro incluía no
mapa turístico do Brasil empreendimento que se tornaria mundialmente
famoso BONDINHO DO PÃO DE AÇÚCAR. Hoje, a visão dos bondinhos, no seu
constante vaivém, está incorporada à paisagem carioca.
Construído, operado e mantido pela Companhia Caminho Aéreo Pão de
Açúcar, o complexo turístico Pão de Açúcar foi criado para o divertimento
de milhares de pessoas num local privilegiado pela beleza panorâmica.
4. Augusto Ferreira Ramos, engenheiro brasileiro, nascido em
22 de agosto de 1860, participava como Coordenador Geral
da Exposição Nacional de 1908, realizada na Praia Vermelha,
em comemoração ao centenário da abertura dos portos
brasileiros às nações amigas, quando teve a idéia da
construção de um caminho aéreo para o alto do Pão de
Açúcar.
5. Há várias versões históricas a respeito da origem do nome Pão
de Açúcar. Segundo o historiador Vieira Fazenda, foram os
portugueses que deram esse nome, pois durante o apogeu do
cultivo da cana-de-açúcar no Brasil (século XVI e XVII), após a
cana ser espremida e o caldo fervido e apurado, os blocos de
açúcar eram colocados em uma forma de barro cônica para
transportá-lo para a Europa, que era denominada pão de
açúcar. A semelhança do penhasco carioca com aquela forma
de barro teria originado o nome.
6. O penedo teve ao correr do tempo, cronologicamente, os
seguintes nomes:
“Pau-nh-açuquã” da língua Tupi, dado pelos Tamoios, os primitivos
habitantes da Baía de Guanabara, significando “morro alto, isolado
e pontudo”; “Pot de beurre” dado pelos franceses invasores da
primeira leva; “Pão de Sucar” dado pelos primeiros colonizadores
portugueses; “Pot de Sucre” dado pelos franceses invasores da
segunda leva. Ortograficamente, segundo a anterior ortografia da
Língua Portuguesa, “Pão de Assucar”, era com ss.
O nome Pão de Açúcar generalizou-se, a partir da segunda metade
do século XIX, quando o Rio de Janeiro recebeu as missões
artísticas do desenhista e pintor alemão Johann Moritz Rugendas e
do artista gráfico francês Jean Baptiste Debret que, em magníficos
desenhos e gravuras, exaltaram a beleza do Pão de Açúcar.