O documento descreve a história do Bondinho do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro, desde sua inauguração em 1912 até os dias atuais. Fala sobre sua construção, marcos históricos, lendas, características técnicas e mecanismos de segurança do sistema de transporte por cabo.
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Lucca Oliva
1.
2.
3. Em 1912, a inauguração de um caminho aéreo no Rio de Janeiro
incluía no mapa turístico do Brasil empreendimento que se tornaria
mundialmente famoso BONDINHO DO PÃO DE AÇÚCAR. Hoje, a
visão dos bondinhos, no seu constante vaivém, está incorporada à
paisagem carioca.
Construído, operado e mantido pela Companhia Caminho Aéreo Pão
de Açúcar, o complexo turístico Pão de Açúcar foi criado para o
divertimento de milhares de pessoas num local privilegiado pela
beleza panorâmica.
4. Marca registrada da cidade do Rio de Janeiro, o morro do Pão de
Açúcar é uma montanha despida de vegetação em sua quase
totalidade. É um bloco único de uma rocha proveniente do granito,
que sofreu alteração por pressão e temperatura e possui idade
superior a 600 milhões de anos.
O Pão de Açúcar é circundado por uma vegetação característica do
clima tropical, especificamente um resquício de Mata Atlântica com
espécies nativas que em outros pontos da vegetação litorânea
brasileira já foram extintas.
5. Como todo monumento antigo, o Pão de Açúcar também tem suas
histórias lendárias.
Uma figura com 200 metros de extensão, que se pode observar na
montanha do Pão de Açúcar , é a silhueta de um ancião chamado
Guardião da Pedra.
Segundo uma versão lendária, esta figura seria São Pedro abraçando a
pedra do Pão de Açúcar, que representaria a Igreja. Acima de sua
cabeça pode-se observar um solidéu – barrete privativo dos bispos – e
Pedro foi considerado o bispo dos bispos. A imagem também ostenta
uma longa veste talar usada habitualmente pelos sacerdotes
hierárquicos e São Pedro foi o primeiro chefe da Igreja de Cristo.
Às 11 horas podemos avistar uma sombra na cavidade da pedra, com
cerca de 120 m de altura, formando a silhueta de um pássaro pernalta,
chamado Íbis do Pão de Açúcar. Na mitologia egípcia há uma imagem da
humanidade como um gigante deitado tendo aos pés, acorrentada, a
Íbis, o pássaro sagrado do Egito.
Como o relevo carioca visto do oceano apresenta a silhueta montanhosa
de um gigante deitado – onde o queixo é a Pedra da Gávea, o tronco é o
Maciço da Tijuca e o pé é o Pão de Açúcar – nasceu a versão de que
6. O Pão de Açúcar, por sua forma de ogiva, pela localização privilegiada,
pela presença na história da cidade, pelo original acesso ao seu cume, é
um marco natural, histórico e turístico da cidade do Rio de Janeiro.
Marco natural, porque o pico do Pão de Açúcar está na entrada da Baía
de Guanabara, sendo referência visual para os navegadores que, do mar
ou do ar, o procuram por estar localizado na periferia da cidade.
Marco histórico, porque aos seus pés, Estácio de Sá, em 1º de março de
1565, fundou a Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Estácio de Sá
chegou ao Rio de Janeiro em 28 de fevereiro de 1565 e no dia 1º de
março lançou os
fundamentos da cidade, entre os morros Cara de Cão e Pão de Açúcar,
por ser local de mais fácil defesa. O local permitia, não só a observação
de qualquer movimento de entrada e saída de embarcações da baía,
como facultava a visão interna de todos os possíveis invasores.
Marco turístico, porque a inauguração do teleférico do Pão de Açúcar em
1912 projetou o nome do Brasil no exterior. O teleférico do Pão de
Açúcar foi o primeiro instalado no Brasil e o terceiro no mundo,
alavancando o desenvolvimento do turismo nacional. Não é à toa que é
chamado de a Jóia Turística da Cidade Maravilhosa.
7. Há várias versões históricas a respeito da origem do nome Pão de
Açúcar. Segundo o historiador Vieira Fazenda, foram os portugueses
que deram esse nome, pois durante o apogeu do cultivo da cana-de-
açúcar no Brasil (século XVI e XVII), após a cana ser espremida e o
caldo fervido e apurado, os blocos de açúcar eram colocados em uma
forma de barro cônica para transportá-lo para a Europa, que era
denominada pão de açúcar. A semelhança do penhasco carioca com
aquela forma de barro teria originado o nome.
O penedo teve ao correr do tempo, cronologicamente, os seguintes
nomes:
“Pau-nh-açuquã” da língua Tupi, dado pelos Tamoios, os primitivos
habitantes da Baía de Guanabara, significando “morro alto, isolado e
pontudo”;“Pot de beurre” dado pelos franceses invasores da primeira
leva; “Pão de Sucar” dado pelos primeiros colonizadores portugueses;
“Pot de Sucre” dado pelos franceses invasores da segunda leva.
Ortograficamente, segundo a anterior ortografia da Língua Portuguesa,
“Pão de Assucar”, era com ss.
8. •As atuais linhas foram dotadas de dispositivo de segurança modernos, com
sensores em diversos pontos da instalação. Diariamente pela manhã, antes
de receber os primeiros passageiros, os bondinhos saem numa viagem de
vistoria para testar se tudo está em ordem.
O percurso é todo programado e controlado por equipamento eletrônico,
que faz a aceleração e desaceleração do Bondinho. Dois painéis indicam a
localização exata dos bondinhos em caso de baixa visibilidade e revelam
qualquer defeito que esteja ocorrendo.
O dispositivo de controle eletrônico do sistema impede que o Bondinho dê
partida se ocorrer qualquer alteração em um dos seus inúmeros itens de
segurança, como por exemplo: fechamento da porta, tensão das baterias,
alimentação elétrica, pressão do óleo dos freios, etc.
O bondinho funciona com energia fornecida pela Light, mas há um gerador
na estação motriz. Se, mesmo com todo esse esquema de segurança,
ocorrer uma situação de emergência, a equipe de transporte está
preparada para transportar os passageiros para as estações de forma
segura e tranquila. O sistema segue as normas nacionais e internacionais e
está dentro de rigorosos padrões mundiais de segurança. O transporte a
cabo é considerado por dados estatísticos como o tipo de transporte mais
seguro do mundo.
9. •No Pão de Açúcar atualmente funcionam dois sistemas teleféricos
independentes, classificados como de grande porte, com dois bondinhos
em cada linha, circulando em vai-vém (jig-back). O novo sistema aumentou
a capacidade de transporte do teleférico de 115 para 1.360 passageiros
por hora.
Os Bondinhos rolam ao longo de dois cabos-trilho de aço, fixos nas
estações, com 50 mm de diâmetro cada, constituídos por 92 fios de aço
enrolados e são tracionados por um cabo de tração de 24mm de diâmetro.
O movimento é gerado na estação Motriz por um motor elétrico.
O Bondinho pode transportar até 65 passageiros em cada viagem, que sai
de 20 em 20 minutos, e é o único no mundo com as faces laterais
totalmente transparentes devido ao acrílico e policarbonato utilizado,
“plexi glass”, de tecnologia de aviação.
A velocidade é regulável, chegando a 6 m/s no primeiro percurso – Praia
Vermelha/Morro da Urca – e a 10 m/s no trajeto entre os altos do Morro da
Urca e Pão de Açúcar, percorrendo-se cada estágio em apenas 3 minutos.
Suas seis rodas laterais têm como função permitir uma entrada mais suave
nas guias das estações.
10. Augusto Ferreira Ramos, engenheiro brasileiro, nascido em 22 de
agosto de 1860, participava como Coordenador Geral da
Exposição Nacional de 1908, realizada na Praia Vermelha, em
comemoração ao centenário da abertura dos portos brasileiros às
nações amigas .