2.
O ato de transportar deve reproduzir segurança e
eficiência. Abordaremos os conceitos, evidências
clínicas, logística, normas e regulamentos do transporte
de paciente.
Introdução
3.
Define-se transporte intra-hospitalar como a
transferência temporária ou definitiva de pacientes
por profissionais de saúde dentro de o ambiente
hospitalar.
Define-se transporte inter-hospitalar como a
transferência de pacientes entre unidades não
hospitalares ou hospitalares.
Tipos de Transporte
4.
A equipe multidisciplinar responsável pelo paciente
sabe quando e como realizá-lo;
Assegura-se a integridade do paciente, evitando o
agravamento de seu quadro clínico;
Há treinamento adequado da equipe envolvida;
Há uma rotina operacional para realizá-lo.
O transporte é Seguro
quando...
5.
Incapacidade de manter oxigenação e ventilação
adequadas;
Incapacidade de manter desempenho
hemodinâmico;
Incapacidade de monitorar o estado
cardiorrespiratório;
Contraindicações de
Transporte
6.
Incapacidade de controlar a via aérea;
Número insuficiente de profissionais treinados
Durante o transporte ou durante a permanência no
setor de destino
Contraindicações de
Transporte
7.
Transferência, sem retorno do paciente, para fora da
área de tratamento intensivo;
Transferência em um único sentido de um paciente
para uma área de cuidados intensivos;
Transferência da UTI para o Centro Cirúrgico, com
retorno à UTI;
Transporte Intra-
Hospitalar
8.
Transferência do CTI para áreas não-CTI e retorno
do paciente de volta ao CTI;
Transferência não crítica
Transporte Intra-
Hospitalar
9.
PACIENTES CRÍTICOS
Define-se como doente crítico aquele que, por
disfunção ou falência de um ou mais órgãos ou
sistemas, depende para sobreviver de meios avançados
de monitorização e terapêutica. Portanto, o transporte
destes pacientes é sempre arriscado, devido ao quadro
clínico complexo e, na maior parte das vezes
instabilidade.
Tipos de Pacientes
10.
PACIENTES NÃO CRÍTICOS
Pacientes estáveis e de baixa complexidade. Neste tipo,
em que os deslocamentos são considerados sempre
eletivos, discute-se frequentemente qual o profissional
que deve realizar este transporte. A maioria dos
hospitais em nosso país utiliza a figura do “maqueiro”.
Tipos de Pacientes
11.
Envolve dois Conselhos Federais:
Conselho Federal de Medicina, através da Resolução
CFM nº 1.672/03, de 9 de julho de 2003;
É de Responsabilidade MÉDICA decidir de forma
segura solicitar e acompanhar a transferência do
paciente.
Legislação
12.
RESOLUÇÃO COFEN Nº 376/2011.
Dispõe sobre a participação da equipe de Enfermagem no
processo de transporte de pacientes em ambiente interno aos
serviços de saúde.
Legislação
13.
Art. 1º Os profissionais de Enfermagem participam do
processo de transporte do paciente em ambiente interno
aos serviços de saúde.
Art. 2º Na definição do(s) profissional(is) de Enfermagem
que assistirá(ao) o paciente durante o transporte, deve-se
considerar o nível de complexidade da assistência
requerida.
Legislação
14.
Art. 3º Não compete aos profissionais de Enfermagem a
condução do meio (maca ou cadeira de rodas) em que o
paciente está sendo transportado.
Parágrafo Único. As providências relacionadas à pessoal
de apoio (maqueiro) responsável pela atividade a que se
refere o caput deste artigo não são de responsabilidade da
Enfermagem.
Legislação
15.
Art. 4º Todas as intercorrências e intervenções de
Enfermagem durante o processo de transporte devem ser
registradas no prontuário do paciente.
Legislação
16.
a) avaliar o estado geral do paciente;
b) antecipar possíveis instabilidades e complicações no
estado geral do paciente;
c) prover equipamentos necessários à assistência durante o
transporte;
d) prever necessidade de vigilância e intervenção
terapêutica durante o transporte;
Planejamento para
Transferência
17.
e) avaliar distância a percorrer, possíveis obstáculos e
tempo a ser despendido até o destino;
f) selecionar o meio de transporte que atenda as
necessidades de segurança do paciente;
g) definir o(s) profissional(is) de Enfermagem que
assistirá(ão) o paciente durante o transporte; e
h) realizar comunicação entre a Unidade de origem e a
Unidade receptora do paciente;
Planejamento Para
Transferência
18.
Compreendida desde a mobilização do paciente do leito da
Unidade de origem para o meio de transporte, até sua retirada
do meio de transporte para o leito da Unidade receptora:
Transportando o
paciente
19.
a) monitorar o nível de consciência e as funções vitais, de
acordo com o estado geral do paciente;
b) manter a conexão de tubos endotraqueais, sondas
vesicais e nasogástricas, drenos torácicos e cateteres
endovenosos, garantindo o suporte hemodinâmico,
ventilatório e medicamentoso ao paciente;
Transportando o
paciente
20.
c) utilizar medidas de proteção (grades, cintos de
segurança, entre outras) para assegurar a integridade física
do paciente; e
d) redobrar a vigilância nos casos de transporte de
pacientes obesos, idosos, prematuros, politraumatizados e sob
sedação;
Transportando o
Paciente
21.
Primeiros trinta a sessenta minutos pós-transporte, deve o
Enfermeiro da Unidade receptora:
Atentar para alterações nos parâmetros hemodinâmicos e
respiratórios do paciente, especialmente quando em estado
crítico.
Estabilização
22.
Cliente J.A.S. 20 anos, sexo masculino, nível superior incompleto,
sem vícios, solteiro, etnia negra, foi recebido no Centro Cirúrgico para
cirurgia de Ostomia para a aplicação de colostomia devido a
complicações de Carcinoma Retal.
Após procedimentos cirúrgicos de colostomia, o cliente encontra-se
em decúbito dorsal, sedado, pós extubação sem intercorrências, Bolsa
de Colostomia em perímetro abdominal inferior direito, com S.V.D.,
A.V.P. em MMSS Esquerdo.
Ao exame físico temos os seguintes achados: BEG, corado, afebril,
respiração sem auxilio de aparelhos F.R. 22 rpm , F.C. 70 bpm.
Certo de que não há riscos para o transporte, o Paciente/Cliente
segue juntamente com equipe de transferência, com medicações em
bomba de infusão, monitoramento cardiorrespiratório conforme
critério médico para o setor de Recuperação Pós Anestésica.
Estudo de Caso
23.
Neste caso, Deve-se comunicar ao setor (no caso a R.P.A.) que
haverá o deslocamento do paciente/cliente para que o mesmo se
prepare para recepcionar o paciente; a realização do transporte
deverá ser realizada após checagem de condições físicas e
equipamentos que acompanharão o paciente;
Deverão acompanhar o paciente: 1médico (Responsável pelo
transporte), 1 Maqueiro e 1 Técnico de Enfermagem com leito
apropriado para conduzir o paciente, mantendo grades elevadas
para erradicar o risco de quedas, observando os SSVV do
paciente/cliente, que deverá seguir com monitoramento de
frequência cardiorrespiratória e infusão de medicação segundo
critério médico.
Transporte Intra-
Hospitalar
27.
É fundamental que o transporte seja realizado de
modo consistente e científico, utilizando o
conhecimento teórico e prático, incorporando novas
tecnologias e antecipando os erros, visando sempre
tornar mais eficiente o transporte do paciente crítico ou
eletivo.
Conclusão