2. A Sociologia estuda a vida social humana,
grupos e a sociedade. O objetivo de estudo
desta disciplina é o nosso próprio
comportamento como seres sociais.
3. A disciplina de Sociologia para o curso de
Enfermagem tem por finalidade contribuir
com o aprendizado crítico de nós
acadêmicos, através da reflexão dos
fenômenos que emergem no tecido
social, bem como da transversalidade
das categorias de classe, gênero,
raça/etnia, entre os diferentes campos da
saúde e das ciências humanas.
4. A Sociologia é indispensável para a
nossa formação.Ela nos ajuda...
Pensar com isenção de preconceitos;
Sensibilidade cultural;
Auto-conscientização;
Auto-conhecimento;
Valorização da profissão;
9. Joan Scott retrata a dualidade entre sexo
e gênero, sendo que o primeiro é para a
natureza e o segundo para a cultura,
chamando atenção para o uso descritivo
dos gêneros.
O artigo demarca uma leitura pós-estruturalista
a respeito do gênero,
explorando seus potenciais de
desconstrução e “ressignificação” como a
oposição tida como universo e atemporal
entre homem e mulher.
10. Para Scott gênero é uma percepção sobre
as influências sexuais, hierarquizando essas
diferenças dentro de uma maneira de pensar
engessada e dual.
11. Na conceituação de Scott, é
necessário desconstruir os vícios do
pensamento ocidental e relativizar as
definições de masculino e feminino,
buscando principalmente um novo
olhar sobre os símbolos e as
linguagens.
12. “Gênero é um termo originário da gramática e
diz respeito, grosso modo, às qualidades
fundamentalmente sociais das distinções
baseadas no sexo.
Em um primeiro momento, foi um conceito
utilizado por psicólogos norte-americanos
que diferenciavam, em seus pacientes,
o sexo (aspectos biológicos e naturais) e
o gênero (aspectos sócio-culturais).
13. Continua....
Essa conceituação foi apropriada, de forma
acrítica, por feministas estadunidenses que
fortaleceram a dicotomia sexo x gênero,
ainda hoje adotada por muitas correntes do
movimento. Antes de desconstruir essa
dicotomia, é necessário entender como se
chegou a tal, observando os usos de gênero
na história.”
15. O primeiro passo dado pelas historiadoras
feministas foi garantir às mulheres o
estatuto de sujeitos da história, em outras
palavras, “dar voz” às mulheres. No entanto,
como destaca Joan Scott (1995), as
limitações de uma história das mulheres
sempre se mostraram evidentes. Em
primeiro lugar, porque os/as historiadores
não feministas tratavam a história das
mulheres como um domínio à parte, algo
como “deixe que as mulheres escrevam a
história delas que isso não nos concerne
16. Podemos destacar três usos descritivos do
gênero, segundo Scott (1995).
O mais simples é tratar
“gênero” como sinônimo de “mulheres”,
17. “uso que poderia ter surgido para
amenizar os efeitos, no meio acadêmico,
do termo “mulher”, tão carregado de
sentidos políticos que vieram à tona com
o feminismo. Seria um uso, portanto,
eufemístico, uma terminologia não
associada à política intencionalmente
escandalosa do movimento.’
18. “Embora ainda muito limitado, quando o
gênero incorpora também os homens, e
torna-se sinônimo da relação entre
mulheres e homens.
Nesse caso, gênero adquire um caráter
relacional e quebra com a ideia de que
estudar mulher é se adentrar em uma
esfera separada. Pelo contrário, só faz
sentido falar em mulher se falarmos em
homem e vice-versa’.
19. “Em seguida, o uso descritivo mais forte
de gênero, mencionado no início do
texto: a noção de uma categoria social
imposta sobre um corpo sexuado, em
outras palavras, a diferenciação entre o
corpo, o “sexo biológico”, e os aspectos
sócio-culturais e a historicidade do
gênero. Essa definição é exatamente o
ponto central da dicotomia sexo x
gênero.’
20. e nos aprofundando nas maneiras como
o corpo, o sexo e a biologia são
“generificados”,
ou seja, trazidos para a prática social,
para a história, ao invés de
permanecerem intocáveis na natureza,
que nos é apresentada como a -
histórica, essencial e imutável..
21.
22.
23. “A história privilegiou homens
principalmente na idade média quando
mulheres eram perseguidas como
bruxas à exceção daquelas que
abandaram suas famílias e riquezas para
se dedicarem aos pobres e doentes”
24. “A parti da entrada de homens nos
cursos de enfermagem(.. .)Homens
passaram a assumir cargos de
direção e chefia (...)” (Gênero e Enfermagem)
25. A relação homem-mulher, enfermeira-enfermeiro
vem apresentando uma tendência transformadora
positiva no decorrer da historia com os novos papeis
que ambos vem assumindo na sociedade.
26.
27. Identidade do Gênero
Independente do Gênero.
“A saúde deve focar no sujeito como um todo.
O caráter social do adoecimento; a perspectiva
de gênero como forma particular da relação
saúde-sociedade; e a promoção da saúde
como conceituação (...)” (Homens e saúde na pauta coletiva)
29. Masculinidades em transformação
Homem e saúde como questão contemporânea
da saúde coletiva e produto de interface entre
as ciências humanas e a saúde.
Perspectiva de gênero como forma particular da
relação saúde-sociedade, e a promoção da
saúde.
30.
31. Mas, afinal o que é ser homem?
Segundo Nolasco
“(1997), tomando como base uma
sociedade patriarcal, uma resposta para
essa indagação poderia
convergir para a representação do
homem de verdade’.
“Meninos e meninas crescem sob a
crença de que mulher e homem são o que
são por natureza”.
32. Mas, afinal o que é ser homem?
“No modelo de masculinidade a
ser seguido, ressaltam-se as idéias de
que o homem de verdade é solitário e
reservado no que se refere às suas
experiências pessoais,
ou...
33. Mas, afinal o que é ser homem?
“Giddens (1993) observa que a
sexualidade
masculina tende a expressar mais
inquietação do que a feminina porque
os homens separam a sua atividade
sexual das outras atividades da
vida, onde são capazes de encontrar
um direcionamento estável e integral.
Essas inquietações
34. Mas, afinal o que é ser homem?
Embora sabendo que há diferenças do
que “
é ser homem e ser mulher no tempo,
no espaço e, em específico, no interior
das classes sociais (Jablonski, 1995), com
base em Nolasco (1995),podemos
observar que ainda há homens que
utilizam padrões tradicionais
poder, agressividade,
iniciativa e sexualidade incontrolada
para construir a sua identidade sexual.
35.
36.
37.
38. “Ter ereção frente ao toque é outro
medo. Ter ereção, que é uma
possibilidade, pode fazer com que o
homem pense que quem toca pode
interpretar o fato como indicador de
prazer.
Em seu imaginário, a ereção pode
estar associada tão fortemente ao
prazer que não se consegue imaginá-la
apenas como uma reação fisiológica”.
39.
40. Generalidades
Vimos que
“A concepção geral da humanidade tem
como associação a determinação do sexo
com o corpo físico. “
Mas como sempre há particularidades em
regras gerais, existem indivíduos que não
se identificam com seu corpo
41. Portanto..Gênero: categoria que
indica por meio de desinências
uma divisão dos nomes baseada
em critérios tais como sexo e
associações psicológicas. Há
gêneros masculino, feminino e
neutro.
(Dicionário Aurélio Buarque de Holanda)
42. Diferenças
A diferença entre os gêneros é discutida
por muitos pensadores e possui diversas
teorias, mas a princípio, a seguinte
definição é fixada:
têm-se “sexo” como as diferenças
anatômicas e fisiológicas que definem os
corpos masculinos e femininos.
“Gênero”, em contrapartida, diz respeito às
diferenças psicológicas, sociais e culturais
entre homens e mulheres.
43. As principais teorias tentam explicar a
formação do gênero de um indivíduo
através dos estímulos do ambiente que o
cerca.
Será esta a razão do machismo frente
ao toque?
44. Duas teorias que são capitais para explicar a
formação das identidades de gênero, que dão
enfoque na dinâmica emocional entre crianças
e seus responsáveis.
Definem que a fase crucial para a formação dos
gêneros é dada de maneira inconsciente nos
primeiros anos de vida, em contrapartida da
teoria anterior.
45. Identidade do Gênero - Freudiana
• Uma delas é a teoria freudiana, que talvez
seja a mais influente – e controversa – da
formação da identidade do gênero. Nela
temos que o aprendizado das diferenças
de gênero em bebês e crianças está
centrado na presença ou na ausência do
pênis.
46. Identidade do Gênero - chodorow
• A outra, desenvolvida por Nancy Chodorow,
argumenta que aprender a se sentir como
homem ou mulher surge da ligação da criança
com seus pais desde cedo.
• Tem seu foco voltado para a mãe, ao
contrário da freudiana que foca no pai, onde a
criança tem uma ligação emocional muito
forte e a maneira de como essa ligação é
quebrada (...)
47. Identidade do Gênero - chodorow
• Chodorow _Afirma que as meninas tendem a
se manter próximas da mãe e os meninos
adquirem um senso de si mesmos, por meio
de uma rejeição mais radical de sua
proximidade original com a mãe.
48.
49. O mundo mudou...
• Não! O mundo não mudou
• Nós é que nos fechamos para a
diversidade.
• Homossexualismo sempre existiu!
• Nós é que nos cobrimos de preconceitos.
• E no contexto gênero, só queremos
aprender que existe homem e mulher
56. E que eu “profissional de Enfermagem”
• Tenha como religião meu desejo de ser
sempre alguém melhor do que fui ontem
• Como conduta, a Ética
• Que eu assuma a equidade como base
para minha formação
.
• Uma boa noite a todos!
59. REFERENCIAS :
http://ensaiosdegenero.wordpress.com/2011/10/22/genero-em-seus-usos-descritivos/
acesso em 26 de julho de 2014
http://ensaiosdegenero.wordpress.com/2012/04/23/o-conceito-de-genero-por-joan-
scott-genero-enquanto-categoria-de-analise/ acesso em 26 de julho de
2014
SCOTT, Joan Wallach” Gênero uma categoria útil de análise
GOMES, Romeu Sexualidade e Saúde do Homem: Proposta para uma
discussão
PADILHA, Maria Itayra Coelho de Souza, VAGHETTI, Hellena Heidtman,
BRODERSEN, Gladys .Gênero e Enfermagem: Uma analise Reflexiva
SCHRAIBER, Lília Blima, GOMES, Romeu, COUTO, Marcia Thereza. Homens
e Saúde na pauta da saúde coletiva