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Tratamento
Emergencial em
Queimaduras
DEFINIÇÃO
 A queimadura é uma lesão térmica do
organismo, cuja gravidade é diretamente
proporcional a sua extensão e a sua
profundidade.
ATENDIMENTO AO CLIENTE
VITIMA DE TRAUMA TÉRMICO
 Atender ao cliente queimado, mais que uma
condição de emergência, é um desafio às
habilidades da equipe de saúde. Há várias razões
para justificar tal afirmativa. Entre elas estão à
diferença e a variabilidade de conduta em cada
situação de queimadura, o despreparo das equipes
para o atendimento aos clientes e para enfrentar
situações das mais diversas complexidades, a
sutileza, a profundidade e a honestidade do
sofrimento humano pela desfiguração e/ou
mutilação.
 A sistematização na abordagem do cliente queimado
deve ser elaborada dando ênfase a todas as etapas do
atendimento, a começar pela recepção do cliente;
 As queimaduras não são apenas lesão de pele; grandesAs queimaduras não são apenas lesão de pele; grandes
queimaduras são lesões multissistêmicas com risco dequeimaduras são lesões multissistêmicas com risco de
vida, capazes de afetar coração, pulmões, rins, tratovida, capazes de afetar coração, pulmões, rins, trato
gastro intestinal e sistema imunológico;gastro intestinal e sistema imunológico;
 As causas mais comuns de morte associada àsAs causas mais comuns de morte associada às
queimaduras são complicações e falência respiratória.queimaduras são complicações e falência respiratória.
OBJETIVOS
 Diferenciar as vítimas com lesões térmicas críticas eDiferenciar as vítimas com lesões térmicas críticas e
não críticas;não críticas;
 Diferenciar as necessidades de tratamento dasDiferenciar as necessidades de tratamento das
vítimas com lesões térmicas, com base navítimas com lesões térmicas, com base na
profundidade das lesões, extensão da superfícieprofundidade das lesões, extensão da superfície
corpórea envolvida, mecanismo de trauma, lesõescorpórea envolvida, mecanismo de trauma, lesões
associadas e condições de saúde;associadas e condições de saúde;
 Discutir as necessidades específicas da vítima comDiscutir as necessidades específicas da vítima com
lesão térmica, no que se refere a reanimaçãolesão térmica, no que se refere a reanimação
volêmica, controle da dor e termorregulação.volêmica, controle da dor e termorregulação.
INCIDÊNCIA
 Estima-se que ocorrem um milhão de acidentes com
queimaduras por ano no Brasil;
 2/3 dos acidentes ocorrem dentro do ambiente
domiciliar;
 58% das vítimas são crianças;
 O principal agente causal é líquido/alimento
superaquecido.
CAUSAS
 Lesão causada por exposição a quatro agentes:
 TÉRMICOS: fogo e frio
 QUÍMICOS: soda cáustica, ácidos
 ELÉTRICOS: choque
 RADIOATIVOS: CÉSIO (Goiânia)
CLASSIFICAÇÃO -
PROFUNDIDADE
 Quanto a profundidade da lesão
1º Grau
 Não sangra , geralmente seca;
 Rosa e toda inervada;
 Não passam da Epiderme;
 Queimadura de Sol(exemplo);
 Hiperemia(Vermelhidão);
 Dolorosa.
Obs.: Normalmente não chega na emergência.
QUEIMADURA DE 1º GRAU
CLASSIFICAÇÃO -
PROFUNDIDADE
 Quanto a profundidade da lesão
2º Grau
 Atinge derme;
 Úmida;
 Presença de Flictenas(Bolhas);
 Retirar ou não?
 Rosa, Hiperemia(Vermelhidão);
 Dolorosa;
 Cura espontânea mais lenta, com possibilidade de
formação de cicatriz.
QUEIMADURA DE 2º GRAU
QUEIMADURA DE 2º GRAU
QUEIMADURA DE 2º GRAU
QUEIMADURA DE 2º GRAU
QUEIMADURA DE 2º GRAU
QUEIMADURA DE 2º GRAU
CLASSIFICAÇÃO -
PROFUNDIDADE
 Quanto a profundidade da lesão
3º Grau e 4º Grau
 Atinge todos os apêndices da pele
 Ossos , músculos, nervos , vasos
 Pouca ou nenhuma dor
 Úmida
 Cor Branca, Amarela ou Marrom
 Não cicatriza espontaneamente,
necessita de enxerto.
QUEIMADURA DE 3º GRAU
QUEIMADURA DE 3º GRAU
QUEIMADURA DE 3º GRAU
QUEIMADURA DE 3º GRAU
QUEIMADURA DE 4º GRAU
CLASSIFICAÇÃO - EXTENSÃO
Quanto a Extensão:
Utiliza-se a REGRA DOS NOVE:
 Cabeça – 9% (criança: 18%)
 Membro Superior – 9% cada = 18%
 Tórax anterior e posterior – 18%
 Abdome anterior e posterior – 18%
 Região do períneo – 1%
 Membro Inferior – 18% cada = 36% (criança: 13,5%
cada)
TOTAL – 100 %
CALCULANDO A ÁREA
QUEIMADA
 Regra dos
Nove Rápido
 Prático
 Fácil de memorizar
 Pouco preciso
Anterior
Anterior
Dorso
Dorso
MÉTODO DE LOUND E
BROWDER:
 O método que reconhece o percentual de SCQ
(superfície corpórea queimada), de várias partes
anatômicas, especialmente cabeça e pernas, que se
alteram com o crescimento. É o método mais preciso;
 O mais avançado método de cálculo de áreaO mais avançado método de cálculo de área
queimada;queimada;
 Leva em consideração as várias faixas de idade comLeva em consideração as várias faixas de idade com
precisão;precisão;
O BS: Em caso de não e xistir um m é to do dispo níve l,O BS: Em caso de não e xistir um m é to do dispo níve l,
po de -se usar a Palm a da m ão co m o m e dida de 1 %po de -se usar a Palm a da m ão co m o m e dida de 1 %
para o cálculo .para o cálculo .
MÉTODO DE LOUND E
BROWDER
FISIOPATOLOGIA
 Trauma leva à alterações em todos os órgãos.
 A destruição tecidual resulta da:
 Coagulação e desnaturação de proteínas;
 Os tecidos profundos, incluindo as vísceras, podem ser
danificados por queimaduras elétricas ou pelo contato
prolongado com o agente agressor;
 Pode resultar em necrose e insuficiência de órgãos.
ALTERAÇÕES PULMONARES
 Lesões circunferenciais ao tórax podem levar a
formação de escara constritiva, que associada ao
edema, pode provocar insuficiência respiratória
restritiva e hipóxia;
 Insuficiência respiratória, edema pulmonar e PCR;
 Acidose respiratória;
 Alcalose respiratória;
 Hipoxemia grave e necessidade de ventilação
mecânica.
ALTERAÇÕES
GASTROINTESTINAIS
 Úlcera de curling (A redução da perfusão esplâncnica
torna a mucosa intestinal isquêmica e como via final
desta cadeia de eventos ocorre lesão da mucosa
intestinal e sangramentos);
 Diminuição da produção da barreira mucosa.
LESÕES
 Lesões sensoriais;
 Lesões motoras;
 Lesões neurológicas.
ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS
 Perda da pele como barreira protetora;
 Infecções e septisemia.
ALTERAÇÕES METABÓLICAS
 Metabolismo conforme lesão com alterações na FR,
temperatura, consumo de O2 ;
 Perda de massa corporal.
FISIOPATOLOGIA
 processo de edema, perda de líquidos e
APC(Aumento da Permeabilidade Capilar)
geram dois riscos ao paciente queimado.
 1º Risco – Choque Hipovolêmico;
 2º Risco – Perda de Eletrólitos;
 3° Risco - Choque Séptico.3° Risco - Choque Séptico.
QUEIMADURAS
No ate ndim e nto iniciala
gravidadeda q ue im adura e stá
m ais relacionadaco m a Extensão
do q ue co m a Profundidade.
QUEIMADURAS
Entende-se como Grande Queimado quando:
10% da superfície corporal queimada10% da superfície corporal queimada
20 % de superfície corporal queimada20 % de superfície corporal queimada..
Todas as outras faixas etáriasTodas as outras faixas etárias
Crianças < 10 anos ou Adultos > de 55 anosCrianças < 10 anos ou Adultos > de 55 anos
ATENDIMENTO PRÉ-
HOSPITALAR
 Queimaduras Térmicas:
 Interromper o contato com o agente lesivo;
 Resfriar a área;
 Não passar nenhum tipo de pomada ou solução;
 Retirar as roupas que não estejam aderidas;
 Retirar adereços das extremidades queimadas;
 Curativos estéreis secos;Curativos estéreis secos;
 Curativos úmidos, apenas se SCQ <10%;Curativos úmidos, apenas se SCQ <10%;
 Manter a área coberta, para diminuir a dor.Manter a área coberta, para diminuir a dor.
ATENDIMENTO PRÉ-
HOSPITALAR
Queimaduras Químicas:
 Lavar com água corrente, sem fazer pressão, durante
15 min
 Pós químicos devem ter o excesso retirado
manualmente antes da lavagem
Queimaduras Elétricas:
 Interromper o contato com a fonte de energia
 Chamar os serviços de socorro público
 Estar preparado p/ manobras de reanimação
QUEIMADURAS QUÍMICAS
 Geralmente por álcalis é mais grave porque
penetra mais rápido e profundamente;
 Quando provocadas por álcalis lavar
abundantemente com água corrente, sem fazer
pressão, durante 20 minutos; quando por
ácidos lavar durante 5 minutos.
QUEIMADURAS POR
SUBSTÂNCIAS CÁUSTICAS
(ÁCIDOS OU BASES)
 Lave as superfícies atingidas, exaustivamente, com
água corrente, de modo a remover, ao máximo, a
substância cáustica;
 Se olhos e pálpebras forem atingidas mantenha
irrigação permanente com água, até conseguir
atendimento médico, o qual decidirá sobre outras
providências.
 Pós químicos : deve ser retirado o excesso do pó
primeiro “espanando” e depois lavar com água.
 Nunca será demais a lavagem/irrigação das superfícies
atingidas por substâncias cáusticas.
QUEIMADURAS QUÍMICAS
QUEIMADURAS QUÍMICAS
NOS OLHOS
ATENDIMENTO INICIAL
Abordagem das Vias Aéreas
 Manter a permeabilidade das Vias aéreas;
 Observar sinais e sintomas sugestivos de lesões
em vias aéreas por inalação:
Pêlos, cílios e sobrancelhas queimados.
Queimaduras de face/ Escarro
carbonado/História de confinamento em local
com fogo/Explosão.
ABORDAGEM DE VIAS AÉREAS
ATENDIMENTO INICIAL
Observar Sinais e sintomas de Intoxicação por
Monóxido de carbono:
 Confusão mental;
 Cefaleia;
 Náuseas;
 Vômitos.
O BS: O fe re ce r O 2 a 1 0 0 % po r m áscara a 1 2l/m in, para
disso ciação m ais rápida do m o nó xido de carbo no ,
asso ciado a he m o g lo bina.
ATENDIMENTO INICIAL
 Abordagem Hemodinâmica
 O2 acessos venosos periféricos com cateter de grosso
calibre;
 A avaliação hemodinâmica pode estar prejudicada
pelas lesões e pelo edema;
 SVD para avaliação do débito urinário:
Crianças < 1 ano: 2 ml/kg/horaCrianças < 1 ano: 2 ml/kg/hora
Crianças > 1 ano 1ml/kg/horaCrianças > 1 ano 1ml/kg/hora
Adultos: 30 a 50 ml/horaAdultos: 30 a 50 ml/hora
QUEIMADURAS:
ABORDAGEM HEMODINÂMICA
Cálculo para Reposição volêmica: “Regra de
Parkland”
2 a 4ml de Ringer lactato ou SF 0,9% X peso
corporal X Porcentagem corporal queimada.
OBS: A metade do volume total é adm. Nas primeiras
08 horas e a metade restante nas 16 horas
seguintes.
QUEIMADURAS ESPECÍFICAS
1. Queimaduras químicas nos olhos: Irrigação contínua
por 8 horas;
2. Queimaduras circunferênciais em extremidades:
Escarotomia;
3. Queimaduras circunferenciais no tórax: Escarotomia;
4. Queimaduras Elétricas: Causadas por contato com
correntes de baixa ou alta tensão, produzindo calor,
lesando músculos, órgãos ou ossos.
QUEIMADURA
CIRCUNFERENCIAL DE TÓRAX
QUEIMADURA
CIRCUNFERENCIAL DE
EXTREMIDADE
QUEIMADURAS ELÉTRICAS
Fisiopatologia da
Queimadura Elétrica
Entrada
(Entrance Site)
Saída
(Exit Site)
CC
AA
LL
OO
RR
CC
AA
LL
OO
RR
Efeito JouleEfeito Joule
QUEIMADURAS ELÉTRICAS
 Choque elétrico: passagem de corrente elétrica pelas
estruturas corpóreas;
 Correntes Elétricas > Ou = 1000volts = Alta Tensão;
 Ela tende a percorrer um caminho mais curto entre o
ponto de entrada e a terra e frequentemente a vítima é
atirada longe;
 A energia elétrica é convertida em energia térmica
quando em contato com a pele;
 Arco voltaico (faísca): a vítima é atingida pela
eletricidade mesmo antes de tocar no condutor.
QUEIMADURAS ELÉTRICAS
 Quando atravessa o corpo, destrói músculos, nervos e
vasos sanguíneos, que podem resultar em alterações
no equilíbrio ácido-básico e produção de mioglobinúria,
que vai resultar em urina cor de “coca-cola” ou
avermelhada.
 Medicações como NaHCO3 e Manitol podem ser
utilizadas para corrigir o PH e clarear a urina.
QUEIMADURAS ELÉTRICAS
 As lesões extensas levam a lesão de músculos,
mioglobinúria, obstrução dos túbulos renais e necrose
tubular aguda;
 Outras consequências: fibrilação, assistolia, fraturas,
hemorragias, depressão do centro respiratório com
parada respiratória.
HEMOGLOBINÚRIA
QUEIMADURAS ELÉTRICAS
 Uma de suas características é a progressividade diária
das lesões durante um período médio de duas
semanas, caminhando na profundidade da
musculatura.
QUEIMADURAS ELÉTRICAS
 Alterações cardíacas geralmente regridem após
algumas horas.
 Geralmente o ponto de entrada se apresenta
carbonizado e com depressão central e o ponto de
saída apresenta eversão da pele.
QUEIMADURAS ELÉTRICAS
TRATAMENTO NAS
QUEIMADURAS ELÉTRICAS
 Afastar a vítima da fonte energizada;
 Fazer o ABC de do trauma;
 Hidratação rigorosa com RL, mantendo a diurese
horária mais elevada do que nas queimaduras
convencionais: Cerca de 2 ml/kg/h na criança e de 50 a
100ml no adulto.
 Colher sangue para tipagem sanguínea, HB, HT,
hemograma e dosagem de eletrólitos.
 Retirar roupas não aderidas e jóias.
 No APH: proteger áreas queimadas com plástico estéril
e não passar nenhum produto químico sobre a
queimadura, além de sf0,9% ou água corrente.
TRATAMENTO NAS
QUEIMADURAS ELÉTRICAS
 Retalho pediculado para recobrir tendões;
 Desbridamentos frequentes para evitar septisemia;
 Escarotomias;
 Fasciotomias descompressivas;
 Atenção à infecção por clostridium que é frequente
nesses pacientes;
 Fisioterapia precoce e tardia;
 Checar vacinação anti-tetânica.
ESCAROTOMIA
DESCOMPRESSIVA
TRATAMENTO NAS
QUEIMADURAS ELÉTRICAS
 Avaliação periódica e cuidadosa dos pulsos periféricos.
Geralmente graves e mutilantes, com grande potencial
para sequelas que podem surgir após vários anos.
Requerem a participação intensa de toda uma equipe
multidisciplinar;
 Seguimento: mensal, trimestral, anual por 10 anos.
 Interromper o contato com o agente lesivo;
 Retirar roupas que não estejam aderidas;
 Retirar jóias e adereços;
 Garantir vias aéreas pérvias, protegendo a coluna
cervical;
 Providenciar oxigenioterapia 12 a 15l/min por máscara;
 Providenciar acessos venosos periféricos com cateter
de grosso calibre.
ASSISTÊNCIA RESUMO
ASSISTÊNCIA- RESUMO
 Monitorizar o paciente;
 Proteger áreas queimadas com plástico estéril e não
passar nada sobre as queimaduras;
 Realizar SVD e controlar débito urinário;
 Preparar equipamentos e materiais para suporte
avançado de vida;
 Estar preparado para iniciar manobras de
reanimação, se necessário;
DEVEM SER ENCAMINHADOS
PARA CENTRO DE QUEIMADOS
 Lesão por inalação;Lesão por inalação;
 Queimadura de 2.º e/ou 3.º graus em criançasQueimadura de 2.º e/ou 3.º graus em crianças
< 10 anos ou adultos > 50 anos;< 10 anos ou adultos > 50 anos;
 Queimadura de 2.º e/ou 3.º graus em mais queQueimadura de 2.º e/ou 3.º graus em mais que
20% da SCT;20% da SCT;
 Queimadura de 2.º e/ou 3.º graus envolvendoQueimadura de 2.º e/ou 3.º graus envolvendo
face, mãos, pés, genitais, períneo e grandesface, mãos, pés, genitais, períneo e grandes
articulações;articulações;
DEVEM SER ENCAMINHADOS
PARA CENTRO DE QUEIMADOS
 Queimadura de 2.º e/ou 3.º graus associadaQueimadura de 2.º e/ou 3.º graus associada
a trauma, quando a queimadura for oa trauma, quando a queimadura for o
problema principal;problema principal;
 Queimaduras químicas;Queimaduras químicas;
 Queimaduras elétricas;Queimaduras elétricas;
 Vítimas com doenças preexistentes.Vítimas com doenças preexistentes.
RESUMO
 O trauma térmico é uma causa significativa deO trauma térmico é uma causa significativa de
morbidade e mortalidade;morbidade e mortalidade;
 A preocupação imediata é com as vias aéreas, aA preocupação imediata é com as vias aéreas, a
respiração e a circulação;respiração e a circulação;
 As queimaduras extensas são um problemaAs queimaduras extensas são um problema
multissistêmico;multissistêmico;
 Os socorristas têm um papel decisivo no tratamentoOs socorristas têm um papel decisivo no tratamento
inicial do paciente queimado e no reconhecimentoinicial do paciente queimado e no reconhecimento
dos critérios de encaminhamento para um centro dedos critérios de encaminhamento para um centro de
queimados.queimados.
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Tratamento Emergencial em Queimaduras - Enf. Cida Amaral

  • 2. DEFINIÇÃO  A queimadura é uma lesão térmica do organismo, cuja gravidade é diretamente proporcional a sua extensão e a sua profundidade.
  • 3. ATENDIMENTO AO CLIENTE VITIMA DE TRAUMA TÉRMICO  Atender ao cliente queimado, mais que uma condição de emergência, é um desafio às habilidades da equipe de saúde. Há várias razões para justificar tal afirmativa. Entre elas estão à diferença e a variabilidade de conduta em cada situação de queimadura, o despreparo das equipes para o atendimento aos clientes e para enfrentar situações das mais diversas complexidades, a sutileza, a profundidade e a honestidade do sofrimento humano pela desfiguração e/ou mutilação.
  • 4.  A sistematização na abordagem do cliente queimado deve ser elaborada dando ênfase a todas as etapas do atendimento, a começar pela recepção do cliente;  As queimaduras não são apenas lesão de pele; grandesAs queimaduras não são apenas lesão de pele; grandes queimaduras são lesões multissistêmicas com risco dequeimaduras são lesões multissistêmicas com risco de vida, capazes de afetar coração, pulmões, rins, tratovida, capazes de afetar coração, pulmões, rins, trato gastro intestinal e sistema imunológico;gastro intestinal e sistema imunológico;  As causas mais comuns de morte associada àsAs causas mais comuns de morte associada às queimaduras são complicações e falência respiratória.queimaduras são complicações e falência respiratória.
  • 5. OBJETIVOS  Diferenciar as vítimas com lesões térmicas críticas eDiferenciar as vítimas com lesões térmicas críticas e não críticas;não críticas;  Diferenciar as necessidades de tratamento dasDiferenciar as necessidades de tratamento das vítimas com lesões térmicas, com base navítimas com lesões térmicas, com base na profundidade das lesões, extensão da superfícieprofundidade das lesões, extensão da superfície corpórea envolvida, mecanismo de trauma, lesõescorpórea envolvida, mecanismo de trauma, lesões associadas e condições de saúde;associadas e condições de saúde;  Discutir as necessidades específicas da vítima comDiscutir as necessidades específicas da vítima com lesão térmica, no que se refere a reanimaçãolesão térmica, no que se refere a reanimação volêmica, controle da dor e termorregulação.volêmica, controle da dor e termorregulação.
  • 6. INCIDÊNCIA  Estima-se que ocorrem um milhão de acidentes com queimaduras por ano no Brasil;  2/3 dos acidentes ocorrem dentro do ambiente domiciliar;  58% das vítimas são crianças;  O principal agente causal é líquido/alimento superaquecido.
  • 7. CAUSAS  Lesão causada por exposição a quatro agentes:  TÉRMICOS: fogo e frio  QUÍMICOS: soda cáustica, ácidos  ELÉTRICOS: choque  RADIOATIVOS: CÉSIO (Goiânia)
  • 8. CLASSIFICAÇÃO - PROFUNDIDADE  Quanto a profundidade da lesão 1º Grau  Não sangra , geralmente seca;  Rosa e toda inervada;  Não passam da Epiderme;  Queimadura de Sol(exemplo);  Hiperemia(Vermelhidão);  Dolorosa. Obs.: Normalmente não chega na emergência.
  • 10. CLASSIFICAÇÃO - PROFUNDIDADE  Quanto a profundidade da lesão 2º Grau  Atinge derme;  Úmida;  Presença de Flictenas(Bolhas);  Retirar ou não?  Rosa, Hiperemia(Vermelhidão);  Dolorosa;  Cura espontânea mais lenta, com possibilidade de formação de cicatriz.
  • 17. CLASSIFICAÇÃO - PROFUNDIDADE  Quanto a profundidade da lesão 3º Grau e 4º Grau  Atinge todos os apêndices da pele  Ossos , músculos, nervos , vasos  Pouca ou nenhuma dor  Úmida  Cor Branca, Amarela ou Marrom  Não cicatriza espontaneamente, necessita de enxerto.
  • 23. CLASSIFICAÇÃO - EXTENSÃO Quanto a Extensão: Utiliza-se a REGRA DOS NOVE:  Cabeça – 9% (criança: 18%)  Membro Superior – 9% cada = 18%  Tórax anterior e posterior – 18%  Abdome anterior e posterior – 18%  Região do períneo – 1%  Membro Inferior – 18% cada = 36% (criança: 13,5% cada) TOTAL – 100 %
  • 24. CALCULANDO A ÁREA QUEIMADA  Regra dos Nove Rápido  Prático  Fácil de memorizar  Pouco preciso Anterior Anterior Dorso Dorso
  • 25. MÉTODO DE LOUND E BROWDER:  O método que reconhece o percentual de SCQ (superfície corpórea queimada), de várias partes anatômicas, especialmente cabeça e pernas, que se alteram com o crescimento. É o método mais preciso;  O mais avançado método de cálculo de áreaO mais avançado método de cálculo de área queimada;queimada;  Leva em consideração as várias faixas de idade comLeva em consideração as várias faixas de idade com precisão;precisão; O BS: Em caso de não e xistir um m é to do dispo níve l,O BS: Em caso de não e xistir um m é to do dispo níve l, po de -se usar a Palm a da m ão co m o m e dida de 1 %po de -se usar a Palm a da m ão co m o m e dida de 1 % para o cálculo .para o cálculo .
  • 26. MÉTODO DE LOUND E BROWDER
  • 27. FISIOPATOLOGIA  Trauma leva à alterações em todos os órgãos.  A destruição tecidual resulta da:  Coagulação e desnaturação de proteínas;  Os tecidos profundos, incluindo as vísceras, podem ser danificados por queimaduras elétricas ou pelo contato prolongado com o agente agressor;  Pode resultar em necrose e insuficiência de órgãos.
  • 28. ALTERAÇÕES PULMONARES  Lesões circunferenciais ao tórax podem levar a formação de escara constritiva, que associada ao edema, pode provocar insuficiência respiratória restritiva e hipóxia;  Insuficiência respiratória, edema pulmonar e PCR;  Acidose respiratória;  Alcalose respiratória;  Hipoxemia grave e necessidade de ventilação mecânica.
  • 29. ALTERAÇÕES GASTROINTESTINAIS  Úlcera de curling (A redução da perfusão esplâncnica torna a mucosa intestinal isquêmica e como via final desta cadeia de eventos ocorre lesão da mucosa intestinal e sangramentos);  Diminuição da produção da barreira mucosa.
  • 30. LESÕES  Lesões sensoriais;  Lesões motoras;  Lesões neurológicas.
  • 31. ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS  Perda da pele como barreira protetora;  Infecções e septisemia.
  • 32. ALTERAÇÕES METABÓLICAS  Metabolismo conforme lesão com alterações na FR, temperatura, consumo de O2 ;  Perda de massa corporal.
  • 33. FISIOPATOLOGIA  processo de edema, perda de líquidos e APC(Aumento da Permeabilidade Capilar) geram dois riscos ao paciente queimado.  1º Risco – Choque Hipovolêmico;  2º Risco – Perda de Eletrólitos;  3° Risco - Choque Séptico.3° Risco - Choque Séptico.
  • 34. QUEIMADURAS No ate ndim e nto iniciala gravidadeda q ue im adura e stá m ais relacionadaco m a Extensão do q ue co m a Profundidade.
  • 35. QUEIMADURAS Entende-se como Grande Queimado quando: 10% da superfície corporal queimada10% da superfície corporal queimada 20 % de superfície corporal queimada20 % de superfície corporal queimada.. Todas as outras faixas etáriasTodas as outras faixas etárias Crianças < 10 anos ou Adultos > de 55 anosCrianças < 10 anos ou Adultos > de 55 anos
  • 36. ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR  Queimaduras Térmicas:  Interromper o contato com o agente lesivo;  Resfriar a área;  Não passar nenhum tipo de pomada ou solução;  Retirar as roupas que não estejam aderidas;  Retirar adereços das extremidades queimadas;  Curativos estéreis secos;Curativos estéreis secos;  Curativos úmidos, apenas se SCQ <10%;Curativos úmidos, apenas se SCQ <10%;  Manter a área coberta, para diminuir a dor.Manter a área coberta, para diminuir a dor.
  • 37. ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR Queimaduras Químicas:  Lavar com água corrente, sem fazer pressão, durante 15 min  Pós químicos devem ter o excesso retirado manualmente antes da lavagem Queimaduras Elétricas:  Interromper o contato com a fonte de energia  Chamar os serviços de socorro público  Estar preparado p/ manobras de reanimação
  • 38. QUEIMADURAS QUÍMICAS  Geralmente por álcalis é mais grave porque penetra mais rápido e profundamente;  Quando provocadas por álcalis lavar abundantemente com água corrente, sem fazer pressão, durante 20 minutos; quando por ácidos lavar durante 5 minutos.
  • 39. QUEIMADURAS POR SUBSTÂNCIAS CÁUSTICAS (ÁCIDOS OU BASES)  Lave as superfícies atingidas, exaustivamente, com água corrente, de modo a remover, ao máximo, a substância cáustica;  Se olhos e pálpebras forem atingidas mantenha irrigação permanente com água, até conseguir atendimento médico, o qual decidirá sobre outras providências.  Pós químicos : deve ser retirado o excesso do pó primeiro “espanando” e depois lavar com água.  Nunca será demais a lavagem/irrigação das superfícies atingidas por substâncias cáusticas.
  • 42. ATENDIMENTO INICIAL Abordagem das Vias Aéreas  Manter a permeabilidade das Vias aéreas;  Observar sinais e sintomas sugestivos de lesões em vias aéreas por inalação: Pêlos, cílios e sobrancelhas queimados. Queimaduras de face/ Escarro carbonado/História de confinamento em local com fogo/Explosão.
  • 43. ABORDAGEM DE VIAS AÉREAS
  • 44. ATENDIMENTO INICIAL Observar Sinais e sintomas de Intoxicação por Monóxido de carbono:  Confusão mental;  Cefaleia;  Náuseas;  Vômitos. O BS: O fe re ce r O 2 a 1 0 0 % po r m áscara a 1 2l/m in, para disso ciação m ais rápida do m o nó xido de carbo no , asso ciado a he m o g lo bina.
  • 45. ATENDIMENTO INICIAL  Abordagem Hemodinâmica  O2 acessos venosos periféricos com cateter de grosso calibre;  A avaliação hemodinâmica pode estar prejudicada pelas lesões e pelo edema;  SVD para avaliação do débito urinário: Crianças < 1 ano: 2 ml/kg/horaCrianças < 1 ano: 2 ml/kg/hora Crianças > 1 ano 1ml/kg/horaCrianças > 1 ano 1ml/kg/hora Adultos: 30 a 50 ml/horaAdultos: 30 a 50 ml/hora
  • 46. QUEIMADURAS: ABORDAGEM HEMODINÂMICA Cálculo para Reposição volêmica: “Regra de Parkland” 2 a 4ml de Ringer lactato ou SF 0,9% X peso corporal X Porcentagem corporal queimada. OBS: A metade do volume total é adm. Nas primeiras 08 horas e a metade restante nas 16 horas seguintes.
  • 47. QUEIMADURAS ESPECÍFICAS 1. Queimaduras químicas nos olhos: Irrigação contínua por 8 horas; 2. Queimaduras circunferênciais em extremidades: Escarotomia; 3. Queimaduras circunferenciais no tórax: Escarotomia; 4. Queimaduras Elétricas: Causadas por contato com correntes de baixa ou alta tensão, produzindo calor, lesando músculos, órgãos ou ossos.
  • 51. Fisiopatologia da Queimadura Elétrica Entrada (Entrance Site) Saída (Exit Site) CC AA LL OO RR CC AA LL OO RR Efeito JouleEfeito Joule
  • 52. QUEIMADURAS ELÉTRICAS  Choque elétrico: passagem de corrente elétrica pelas estruturas corpóreas;  Correntes Elétricas > Ou = 1000volts = Alta Tensão;  Ela tende a percorrer um caminho mais curto entre o ponto de entrada e a terra e frequentemente a vítima é atirada longe;  A energia elétrica é convertida em energia térmica quando em contato com a pele;  Arco voltaico (faísca): a vítima é atingida pela eletricidade mesmo antes de tocar no condutor.
  • 53. QUEIMADURAS ELÉTRICAS  Quando atravessa o corpo, destrói músculos, nervos e vasos sanguíneos, que podem resultar em alterações no equilíbrio ácido-básico e produção de mioglobinúria, que vai resultar em urina cor de “coca-cola” ou avermelhada.  Medicações como NaHCO3 e Manitol podem ser utilizadas para corrigir o PH e clarear a urina.
  • 54. QUEIMADURAS ELÉTRICAS  As lesões extensas levam a lesão de músculos, mioglobinúria, obstrução dos túbulos renais e necrose tubular aguda;  Outras consequências: fibrilação, assistolia, fraturas, hemorragias, depressão do centro respiratório com parada respiratória.
  • 56. QUEIMADURAS ELÉTRICAS  Uma de suas características é a progressividade diária das lesões durante um período médio de duas semanas, caminhando na profundidade da musculatura.
  • 57. QUEIMADURAS ELÉTRICAS  Alterações cardíacas geralmente regridem após algumas horas.  Geralmente o ponto de entrada se apresenta carbonizado e com depressão central e o ponto de saída apresenta eversão da pele.
  • 59. TRATAMENTO NAS QUEIMADURAS ELÉTRICAS  Afastar a vítima da fonte energizada;  Fazer o ABC de do trauma;  Hidratação rigorosa com RL, mantendo a diurese horária mais elevada do que nas queimaduras convencionais: Cerca de 2 ml/kg/h na criança e de 50 a 100ml no adulto.  Colher sangue para tipagem sanguínea, HB, HT, hemograma e dosagem de eletrólitos.  Retirar roupas não aderidas e jóias.  No APH: proteger áreas queimadas com plástico estéril e não passar nenhum produto químico sobre a queimadura, além de sf0,9% ou água corrente.
  • 60. TRATAMENTO NAS QUEIMADURAS ELÉTRICAS  Retalho pediculado para recobrir tendões;  Desbridamentos frequentes para evitar septisemia;  Escarotomias;  Fasciotomias descompressivas;  Atenção à infecção por clostridium que é frequente nesses pacientes;  Fisioterapia precoce e tardia;  Checar vacinação anti-tetânica.
  • 62. TRATAMENTO NAS QUEIMADURAS ELÉTRICAS  Avaliação periódica e cuidadosa dos pulsos periféricos. Geralmente graves e mutilantes, com grande potencial para sequelas que podem surgir após vários anos. Requerem a participação intensa de toda uma equipe multidisciplinar;  Seguimento: mensal, trimestral, anual por 10 anos.
  • 63.  Interromper o contato com o agente lesivo;  Retirar roupas que não estejam aderidas;  Retirar jóias e adereços;  Garantir vias aéreas pérvias, protegendo a coluna cervical;  Providenciar oxigenioterapia 12 a 15l/min por máscara;  Providenciar acessos venosos periféricos com cateter de grosso calibre. ASSISTÊNCIA RESUMO
  • 64. ASSISTÊNCIA- RESUMO  Monitorizar o paciente;  Proteger áreas queimadas com plástico estéril e não passar nada sobre as queimaduras;  Realizar SVD e controlar débito urinário;  Preparar equipamentos e materiais para suporte avançado de vida;  Estar preparado para iniciar manobras de reanimação, se necessário;
  • 65. DEVEM SER ENCAMINHADOS PARA CENTRO DE QUEIMADOS  Lesão por inalação;Lesão por inalação;  Queimadura de 2.º e/ou 3.º graus em criançasQueimadura de 2.º e/ou 3.º graus em crianças < 10 anos ou adultos > 50 anos;< 10 anos ou adultos > 50 anos;  Queimadura de 2.º e/ou 3.º graus em mais queQueimadura de 2.º e/ou 3.º graus em mais que 20% da SCT;20% da SCT;  Queimadura de 2.º e/ou 3.º graus envolvendoQueimadura de 2.º e/ou 3.º graus envolvendo face, mãos, pés, genitais, períneo e grandesface, mãos, pés, genitais, períneo e grandes articulações;articulações;
  • 66. DEVEM SER ENCAMINHADOS PARA CENTRO DE QUEIMADOS  Queimadura de 2.º e/ou 3.º graus associadaQueimadura de 2.º e/ou 3.º graus associada a trauma, quando a queimadura for oa trauma, quando a queimadura for o problema principal;problema principal;  Queimaduras químicas;Queimaduras químicas;  Queimaduras elétricas;Queimaduras elétricas;  Vítimas com doenças preexistentes.Vítimas com doenças preexistentes.
  • 67. RESUMO  O trauma térmico é uma causa significativa deO trauma térmico é uma causa significativa de morbidade e mortalidade;morbidade e mortalidade;  A preocupação imediata é com as vias aéreas, aA preocupação imediata é com as vias aéreas, a respiração e a circulação;respiração e a circulação;  As queimaduras extensas são um problemaAs queimaduras extensas são um problema multissistêmico;multissistêmico;  Os socorristas têm um papel decisivo no tratamentoOs socorristas têm um papel decisivo no tratamento inicial do paciente queimado e no reconhecimentoinicial do paciente queimado e no reconhecimento dos critérios de encaminhamento para um centro dedos critérios de encaminhamento para um centro de queimados.queimados.