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O futuro é hoje:
perfis e competências dos profissionais
da informação na curadoria digital
Cristiana Vieira de Freitas
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
Encontro de Curadoria Digital: estratégias e experiências
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
29 de junho de 2016
Resumo
A crescente disponibilização de informação digital (nado-digital e digitalizada) tem
permitido a democratização do acesso à informação e à cultura. Contudo, urge
(re)pensar em muitas questões e desafios que atualmente se colocam aos
profissionais das informação no que se refere a garantir a acessibilidade e
usabilidade dessa mesma informação digital ao longo de todo o ciclo de vida. É
neste contexto que a curadoria digital, conjunto de atividades interdisciplinares
orientadas à criação, gestão, preservação, acesso e (re)utilização dos objetos
digitais ao longo do tempo, tem vindo a assumir uma importância crescente para as
bibliotecas, arquivos e outras instituições de memória. Para o efeito, torna-se
necessário conhecer quais as competências e os conhecimentos indispensáveis aos
profissionais da informação para o exercício de funções de curadoria digital, bem
como qual o papel do curador digital.
Palavras-chave: Curadoria Digital, Preservação Digital, Profissionais da Informação,
Instituições de Memória, Formação Profissional
Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016
Cristiana Vieira de Freitas
Introdução
 O advento da Web, em meados dos anos 90, abriu novas possibilidades de novas
práticas e problemáticas no que se refere essencialmente à comunicação, à interação
e à difusão da informação em grande escala, sem precedentes na história da
humanidade.
 Este novo paradigma, que resulta da ampla e eficaz utilização das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC) – como meio privilegiado para a gestão, difusão,
acesso e preservação da informação e do conhecimento – permitiu:
A emergência de novas áreas: Humanidades Digitais e a Curadoria Digital;
 A necessidade de garantir a perenidade da informação digital e o acesso continuado à
mesma, traz novas oportunidades de colaboração e de formação nesse domínio.
Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016
Cristiana Vieira de Freitas
Digitalizar em massa (fontes
manuscritas, fotográficas,
fílmicas, sonoras, etc.)
Promover o acesso aberto à
informação e ao
conhecimento
Garantir o acesso
continuado
Objetivos e metodologia
 Revisão da literatura;
 Analisar as matrizes de competências e conhecimentos para a curadoria
digital que resultaram dos projetos DigCCurr, desenvolvido nos Estados Unidos,
e do DigCurV, desenvolvido na Europa;
 Analisar os planos de estudo de cursos de pós-graduação em curadoria
digital, ministrados em instituições de ensino europeus e acreditadas pelo CILIP
e/ou membros das iSchools;
 Responder às seguintes questões de investigação: quais as competências,
perfis e conhecimentos que devem adquirir os profissionais da informação
para exercerem funções de curadoria digital? Qual deve ser o papel dos
profissionais da informação na curadoria digital?
Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016
Cristiana Vieira de Freitas
Resultados
 Curadoria Digital versus Preservação digital:
 O conceito de curadoria digital pode ser definido como a gestão e
preservação ativa dos recursos digitais ao longo de todo o seu ciclo de vida,
desde a pré-criação ou conceptualização para (re)utilização atual e futura
(Lee et al., 2007).
 Segundo Abbott (2008) a definição de Curadoria Digital inclui:
 Boas práticas na digitalização, a seleção do formato dos ficheiros e a gestão de grandes
quantidades de informação para uso diário;
 Uma vasta categoria de profissionais que intervêm ao longo de todo o ciclo de vida, desde os
técnicos de digitalização, criadores de conteúdos (metadados), decisores políticos,
financiadores, gestores de repositórios, entre outros.
 A preservação digital é definida como “o conjunto de actividades ou processos
responsáveis por garantir o acesso continuado a longo-prazo à informação e
restante património cultural existente em formatos digitais” (Ferreira, 2006).
 Kunda et al. (2001) referem-se à preservação digital como apenas um dos
aspetos da curadoria digital.
Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016
Cristiana Vieira de Freitas
Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016
Cristiana Vieira de Freitas
 Abordagem do ciclo de vida da Curadoria Digital:
 O modelo definido pelo DCC (Digital Curator Center) compreende onze
fases:
Conceptualização, criação, acesso e uso, avaliação e seleção, eliminação, ingestão,
ações de preservação, reavaliação, armazenamento, acesso e reutilização e
transformação.
 Modelo OAIS (Open Archival Information System) que define seis serviços ou
entidades funcionais:
Ingestão, armazenamento de arquivo, gestão de dados, planeamento de
preservação, acesso e administração.
Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016
Cristiana Vieira de Freitas
 Curadoria Digital: competências, perfis e conhecimentos
 As matrizes de competências e conhecimentos para a curadoria digital
resultam dos projetos DigCCurr (Digital Curation Curriculum) e do DigCurV
(Digital Curator Vocational Education Europe Project).;
 Referencial Europeu de Informação e Documentação.
DigCCurr
• Requisitos/áreas:
• Mandatos, valores e princípios;
• Funções e competências;
• Contexto profissional, disciplinar
ou institucional/organizacional;
• Tipologia dos recursos;
• Conhecimentos prévios;
• Etapas do ciclo de vida
DigCurV
• Requisitos/áreas:
• Conhecimento e princípios;
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• Tipo de perfil;
• Etapa do ciclo de vida da
curadoria digital;
• Métodos de ensino;
• Contexto disciplinar/profissional
“Mapping to the digital curation lifecycle model is a useful way for many professionals
working in the digital curation professions to understand and conceptualise how and
where different training offering fit together” (Karvelyte et al.,2012).
Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016
Cristiana Vieira de Freitas
Universidade Planos de estudos (unidades curriculares)
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i) Desenvolvimento e descrição de coleção de arquivos ii) Informação digital: gestão para o acesso e preservação;
iii) Arquitetura do conhecimento e informação; iv) Sistemas de informação nas organizações; v) Estudos em gestão
(opcional); vi) Governança de documentos e informação.
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em parceria com a i) Tecnologias de preservação digital; ii) Ética de informação e aspetos legais; iii) Métodos de investigação; iv) Arquivo
Digital a prazo; v) Infraestruturas informação digital; vi) Gestão da comunicação e do conhecimento; vii) Aspetos
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iv) Tecnologias de curadoria digital; v) Metodologia de investigação; vi) Participação e compromisso do utilizador; vii)
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i) Análise de dados quantitativos; ii) Gestão de TI para profissionais da informação; iii) Criação de estudos de
informação; iv) Curadoria digital: conceitos fundamentais: v) Métodos de investigação; vi) Análise de sistemas e
design; vii) Bibliotecas digitais; viii) Ferramentas de curadoria digital; ix) Gestão de dados de investigação.
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University College London i) Introdução; ii) Dados; iii) Mover e copiar dados; iv) Repositórios; v) Comunidades; vi) Ferramentas; vii) Metadados.
Graduate Certificate
University College Dublin i) Curadoria digitais: conceitos fundamentais; ii) Gestão de dados de investigação; iii) Gestão de TI para profissionais de
informação; iv) Ferramentas de curadoria digital: trabalhar com dados.
 Empregabilidade dos profissionais da Curadoria Digital:
 Foram identificadas as seguintes competências funcionais exigidas por parte
de entidades empregadoras:
 Criação e edição de diversos tipos de objetos digitais;
 Digitalização;
 Criação de metadados;
 Gestão de repositórios e implementação de estratégias e preservação;
 Para além disso, foram exigidos conhecimentos ao nível de: formatos, worflows de
curadoria, princípio de gestão de dados, arquitetura de repositórios, tecnologia de
pesquisa e recuperação, estratégias de preservação, aplicação dos direitos de
autor, políticas de investigação e procedimentos relacionados com gestão de
dados.
 Não existe um “mapeamento” preciso entre as competências e conhecimentos
necessários à curadoria digital e aquilo que é efetivamente solicitado pelas
entidades empregadoras nesse âmbito (NRC, 2015).
Impõe-se uma necessidade de reflexão para a criação de modelos formativos em curadoria
digital que se ajuste ao mercado de trabalho.
Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016
Cristiana Vieira de Freitas
Conclusão
 O ambiente digital leva inevitavelmente os arquivos, as bibliotecas e os museus a
(re)pensarem estratégias para fazer face aos inúmeros desafios comuns no que respeita à
criação, organização, representação e preservação das “coleções” digitais, de modo a dar
resposta às necessidades informacionais, atuais e futuras, dos cidadãos.
 Os modelos formativos europeus seguem as diretrizes propostas. Contudo, destaca-se uma
predominância de oferta formativa em curadoria digital no Reino Unido, sendo essa prática
muito residual no resto da Europa e, pode dizer-se, praticamente inexistente na Península
Ibérica;
 Apesar da crescente oferta de formação na área da curadoria digital, tal situação verifica-se
quase exclusivamente ao nível de estudos avançados (pós-graduações e mestrados) sendo
baixa, ou quase nula, a oferta formativa intermédia.
 Este estudo apresenta algumas limitações, que remetemos para trabalhos futuros, na medida
em que ficaram fora do âmbito deste estudo os cursos em curadoria digital cujo
estabelecimento de ensino e/ou departamento não integra o CILIP ou as iSchools, como é
exemplo disso o mestrado em curadoria digital da Universidade de Tecnologia de Luleå
(Suécia) e/ou cursos na área da Ciência da Informação que contêm, nos seus planos de
estudos, módulos em curadoria digital, como é o caso da Loughborough University (UK) e da
University of Glasgow.
Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016
Cristiana Vieira de Freitas
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  • 1. O futuro é hoje: perfis e competências dos profissionais da informação na curadoria digital Cristiana Vieira de Freitas Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra Encontro de Curadoria Digital: estratégias e experiências Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa 29 de junho de 2016
  • 2. Resumo A crescente disponibilização de informação digital (nado-digital e digitalizada) tem permitido a democratização do acesso à informação e à cultura. Contudo, urge (re)pensar em muitas questões e desafios que atualmente se colocam aos profissionais das informação no que se refere a garantir a acessibilidade e usabilidade dessa mesma informação digital ao longo de todo o ciclo de vida. É neste contexto que a curadoria digital, conjunto de atividades interdisciplinares orientadas à criação, gestão, preservação, acesso e (re)utilização dos objetos digitais ao longo do tempo, tem vindo a assumir uma importância crescente para as bibliotecas, arquivos e outras instituições de memória. Para o efeito, torna-se necessário conhecer quais as competências e os conhecimentos indispensáveis aos profissionais da informação para o exercício de funções de curadoria digital, bem como qual o papel do curador digital. Palavras-chave: Curadoria Digital, Preservação Digital, Profissionais da Informação, Instituições de Memória, Formação Profissional Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016 Cristiana Vieira de Freitas
  • 3. Introdução  O advento da Web, em meados dos anos 90, abriu novas possibilidades de novas práticas e problemáticas no que se refere essencialmente à comunicação, à interação e à difusão da informação em grande escala, sem precedentes na história da humanidade.  Este novo paradigma, que resulta da ampla e eficaz utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) – como meio privilegiado para a gestão, difusão, acesso e preservação da informação e do conhecimento – permitiu: A emergência de novas áreas: Humanidades Digitais e a Curadoria Digital;  A necessidade de garantir a perenidade da informação digital e o acesso continuado à mesma, traz novas oportunidades de colaboração e de formação nesse domínio. Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016 Cristiana Vieira de Freitas Digitalizar em massa (fontes manuscritas, fotográficas, fílmicas, sonoras, etc.) Promover o acesso aberto à informação e ao conhecimento Garantir o acesso continuado
  • 4. Objetivos e metodologia  Revisão da literatura;  Analisar as matrizes de competências e conhecimentos para a curadoria digital que resultaram dos projetos DigCCurr, desenvolvido nos Estados Unidos, e do DigCurV, desenvolvido na Europa;  Analisar os planos de estudo de cursos de pós-graduação em curadoria digital, ministrados em instituições de ensino europeus e acreditadas pelo CILIP e/ou membros das iSchools;  Responder às seguintes questões de investigação: quais as competências, perfis e conhecimentos que devem adquirir os profissionais da informação para exercerem funções de curadoria digital? Qual deve ser o papel dos profissionais da informação na curadoria digital? Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016 Cristiana Vieira de Freitas
  • 5. Resultados  Curadoria Digital versus Preservação digital:  O conceito de curadoria digital pode ser definido como a gestão e preservação ativa dos recursos digitais ao longo de todo o seu ciclo de vida, desde a pré-criação ou conceptualização para (re)utilização atual e futura (Lee et al., 2007).  Segundo Abbott (2008) a definição de Curadoria Digital inclui:  Boas práticas na digitalização, a seleção do formato dos ficheiros e a gestão de grandes quantidades de informação para uso diário;  Uma vasta categoria de profissionais que intervêm ao longo de todo o ciclo de vida, desde os técnicos de digitalização, criadores de conteúdos (metadados), decisores políticos, financiadores, gestores de repositórios, entre outros.  A preservação digital é definida como “o conjunto de actividades ou processos responsáveis por garantir o acesso continuado a longo-prazo à informação e restante património cultural existente em formatos digitais” (Ferreira, 2006).  Kunda et al. (2001) referem-se à preservação digital como apenas um dos aspetos da curadoria digital. Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016 Cristiana Vieira de Freitas
  • 6. Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016 Cristiana Vieira de Freitas  Abordagem do ciclo de vida da Curadoria Digital:  O modelo definido pelo DCC (Digital Curator Center) compreende onze fases: Conceptualização, criação, acesso e uso, avaliação e seleção, eliminação, ingestão, ações de preservação, reavaliação, armazenamento, acesso e reutilização e transformação.  Modelo OAIS (Open Archival Information System) que define seis serviços ou entidades funcionais: Ingestão, armazenamento de arquivo, gestão de dados, planeamento de preservação, acesso e administração.
  • 7. Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016 Cristiana Vieira de Freitas  Curadoria Digital: competências, perfis e conhecimentos  As matrizes de competências e conhecimentos para a curadoria digital resultam dos projetos DigCCurr (Digital Curation Curriculum) e do DigCurV (Digital Curator Vocational Education Europe Project).;  Referencial Europeu de Informação e Documentação. DigCCurr • Requisitos/áreas: • Mandatos, valores e princípios; • Funções e competências; • Contexto profissional, disciplinar ou institucional/organizacional; • Tipologia dos recursos; • Conhecimentos prévios; • Etapas do ciclo de vida DigCurV • Requisitos/áreas: • Conhecimento e princípios; • Aptidões e competências; • Tipo de perfil; • Etapa do ciclo de vida da curadoria digital; • Métodos de ensino; • Contexto disciplinar/profissional “Mapping to the digital curation lifecycle model is a useful way for many professionals working in the digital curation professions to understand and conceptualise how and where different training offering fit together” (Karvelyte et al.,2012).
  • 8. Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016 Cristiana Vieira de Freitas Universidade Planos de estudos (unidades curriculares) MCs in Digital Curation Aberystwyth University i) Desenvolvimento e descrição de coleção de arquivos ii) Informação digital: gestão para o acesso e preservação; iii) Arquitetura do conhecimento e informação; iv) Sistemas de informação nas organizações; v) Estudos em gestão (opcional); vi) Governança de documentos e informação. King’s College London em parceria com a i) Tecnologias de preservação digital; ii) Ética de informação e aspetos legais; iii) Métodos de investigação; iv) Arquivo Digital a prazo; v) Infraestruturas informação digital; vi) Gestão da comunicação e do conhecimento; vii) Aspetos selecionados de áreas tais como, tecnologia Web, Big Data, Publicação digital, Marketing digital e Web semântica. Humoldt Universität zu Berlin Robert Gordon University (Aberdeen) i) Organização do conhecimento, ii) Conceitos e teorias da curadoria digital; iii) Gestão de projeto de curadoria digital; iv) Tecnologias de curadoria digital; v) Metodologia de investigação; vi) Participação e compromisso do utilizador; vii) Governança da curadoria digital; viii) Desenvolvimentos de sistemas de curadoria digital. University College Dublin i) Análise de dados quantitativos; ii) Gestão de TI para profissionais da informação; iii) Criação de estudos de informação; iv) Curadoria digital: conceitos fundamentais: v) Métodos de investigação; vi) Análise de sistemas e design; vii) Bibliotecas digitais; viii) Ferramentas de curadoria digital; ix) Gestão de dados de investigação. Short Course3 University College London i) Introdução; ii) Dados; iii) Mover e copiar dados; iv) Repositórios; v) Comunidades; vi) Ferramentas; vii) Metadados. Graduate Certificate University College Dublin i) Curadoria digitais: conceitos fundamentais; ii) Gestão de dados de investigação; iii) Gestão de TI para profissionais de informação; iv) Ferramentas de curadoria digital: trabalhar com dados.
  • 9.  Empregabilidade dos profissionais da Curadoria Digital:  Foram identificadas as seguintes competências funcionais exigidas por parte de entidades empregadoras:  Criação e edição de diversos tipos de objetos digitais;  Digitalização;  Criação de metadados;  Gestão de repositórios e implementação de estratégias e preservação;  Para além disso, foram exigidos conhecimentos ao nível de: formatos, worflows de curadoria, princípio de gestão de dados, arquitetura de repositórios, tecnologia de pesquisa e recuperação, estratégias de preservação, aplicação dos direitos de autor, políticas de investigação e procedimentos relacionados com gestão de dados.  Não existe um “mapeamento” preciso entre as competências e conhecimentos necessários à curadoria digital e aquilo que é efetivamente solicitado pelas entidades empregadoras nesse âmbito (NRC, 2015). Impõe-se uma necessidade de reflexão para a criação de modelos formativos em curadoria digital que se ajuste ao mercado de trabalho. Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016 Cristiana Vieira de Freitas
  • 10. Conclusão  O ambiente digital leva inevitavelmente os arquivos, as bibliotecas e os museus a (re)pensarem estratégias para fazer face aos inúmeros desafios comuns no que respeita à criação, organização, representação e preservação das “coleções” digitais, de modo a dar resposta às necessidades informacionais, atuais e futuras, dos cidadãos.  Os modelos formativos europeus seguem as diretrizes propostas. Contudo, destaca-se uma predominância de oferta formativa em curadoria digital no Reino Unido, sendo essa prática muito residual no resto da Europa e, pode dizer-se, praticamente inexistente na Península Ibérica;  Apesar da crescente oferta de formação na área da curadoria digital, tal situação verifica-se quase exclusivamente ao nível de estudos avançados (pós-graduações e mestrados) sendo baixa, ou quase nula, a oferta formativa intermédia.  Este estudo apresenta algumas limitações, que remetemos para trabalhos futuros, na medida em que ficaram fora do âmbito deste estudo os cursos em curadoria digital cujo estabelecimento de ensino e/ou departamento não integra o CILIP ou as iSchools, como é exemplo disso o mestrado em curadoria digital da Universidade de Tecnologia de Luleå (Suécia) e/ou cursos na área da Ciência da Informação que contêm, nos seus planos de estudos, módulos em curadoria digital, como é o caso da Loughborough University (UK) e da University of Glasgow. Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016 Cristiana Vieira de Freitas
  • 11. Encontro Curadoria Digital | FCSH-UNL | 29-30 de junho 2016 Cristiana Vieira de Freitas Obrigada pela atenção!