1) A Europa é um continente de paisagens diversificadas com diferentes atividades econômicas e modos de vida. Seu desenvolvimento industrial acarretou problemas ambientais.
2) O relevo europeu inclui maciços antigos, planícies centrais e cordilheiras recentes. Sua hidrografia é densa, com rios como o Volga, Danúbio e Reno.
3) O clima varia de polar no norte a mediterrâneo no sul, influenciando a vegetação como a tundra, florestas boreais, temperadas e
2. DECIFRANDO A EUROPA
A Europa é o 2° menor continente do globo, tem 10.
498.000 Km² e ocupa 7% das terras emersas do planeta.
3.
4.
5. A Europa é um continente de paisagens
diversificadas, cada qual envolvendo tipos específicos de
atividades econômicas e um modo de vida particular. Seu
acelerado desenvolvimento industrial acarretou problemas
ambientais com os quais os governos se defrontam,
buscando meios de resolvê-los.
O RELEVO:
Mais de 75% das terras européias são planas. Em
seu relevo, distinguem-se três unidades:
6. Maciços antigos: montanhas muito antigas, que se situam
no norte e no leste do continente, entre as quais se
destacam os Montes Urais – que separam a Europa da
Ásia, a leste – e os Alpes Escandinavos.
Planícies centrais: localizadas na região central, possuem
terras muito férteis.
Cordilheiras recentes: montanhas jovens e de elevada
altitude: os Pirineus, os Cárpatos, os Apeninos, os Bálcãs
e a Cadeia do Cáucaso.
Outra característica física que se destaca na Europa
é seu aspecto recortado e irregular, devido ao grande
número de penínsulas e arquipélagos e aos mares
interiores.
7.
8. O CLIMA E AS PAISAGENS:
Tomando como base os aspectos naturais, podemos
distinguir três grandes regiões européias com características
climáticas e formações vegetais bem definidas.
Europa do norte: nas latitudes superiores a 60° N, predominam
os climas frio e polar, onde encontramos a Floresta Boreal e a
Tundra.
Europa das planícies: destaca-se o clima temperado – oceânico
e continental – que ocorre de maneira distinta no litoral e no
interior. O primeiro é caracterizado por temperaturas amenas e
chuvas bem distribuídas ao longo do ano. O segundo é mais seco
que o oceânico e apresenta grandes variações de temperatura. A
vegetação típica é a Floresta Temperada. Na porção leste da
região, ocorrem o clima semi-árido e as Pradarias.
9. TUNDRA
Encontra – se ao norte da Europa aonde o clima é o polar,
com um verão curto e temperaturas mais amenas (10ºC a
20ºC), e um longo e rigoroso inverno. As chuvas não passam
de 250 mm anuais. A vegetação é composta por musgos e
liquens, pequenos arbustos e flores silvestres.
10. FLORESTA BOREAL, TAIGA OU CONÍFERAS
As temperaturas no inverno são muito baixas (-7ºC), com
ocorrência de neves que cobrem o solo por 6 meses. Os
verões podem apresentar temperaturas médias superiores
a 15ºC. As chuvas ficam em torno de 500 mm anuais. A
vegetação é composta por coníferas, pinheiros e os abetos.
Sendo suas madeiras uma fonte econômica.
11. FLORESTA TEMPERADA
As temperaturas aumentam devido as menores latitudes,
sendo assim elas podem ser superiores a 20ºC no verão, e
no inverno podem chegar a -5ºC. As chuvas ficam em torno
de 750 e 1.500 mm anuais. A vegetação é composta por uma
maior variedade de espécies de carvalhos, bordos e
pinheiros, algumas árvores são caducifólias, ou seja, durante
o inverno e outono elas perdem as folhas.
12. PRADARIAS - ESTEPES
Área com precipitações anuais de 500 mm. Presença de
pequenas árvores apenas nos cursos d´água. Algumas
áreas de estepes apresentam solos extremamente férteis,
aproveitado para produção de trigo e cereais
13. Europa do sul: as terras voltadas para o Mar Mediterrâneo
apresentam médias térmicas mais altas da Europa , com
verões secos e invernos chuvosos, principais características
do clima mediterrâneo. Lá encontramos formações vegetais
arbóreas e arbustivas que constituem a Vegetação
Mediterrânea. Também é a região das cadeias
montanhosas, marcadas pelo clima frio de alta montanha e
pela Vegetação de altitude.
Entre os fatores que influenciam o clima, podem ser citadas
a latitude, a altitude as correntes marítimas e a maritimidade.
Na Europa, em razão das altas latitudes, predominam os
climas frios.
14. VEGETAÇÃO MEDITERRÂNEA
As características desse bioma é verão seco e invernos
chuvosos, sujeitas a oscilações de temperatura e de
pluviosidade. Aparecem formações arbustivas e também
temos bosques compostos por pinheiros, sobreiros e
oliveiras.
15. • As características desse bioma é verão seco e
invernos chuvosos, sujeitas a oscilações de
temperatura e de pluviosidade. Aparecem
formações arbustivas e também temos
bosques compostos por pinheiros, sobreiros e
oliveiras.
VEGETAÇÃO DE ALTITUDE
Ocorre especialmente em áreas de relevo de grandes
altitudes, como os Alpes e Pireneus. Nessas áreas as
chuvas são bem distribuídas durante todo o ano, essas se
desenvolvem de forma mansa e rápida. Os invernos são
extensos e rigorosos, constituídos por nevadas e geadas.
16.
17. A MARITIMIDADE E A EXPANSÃO ECONÔMICA-
CULTURAL
Os continentes se aquecem e se resfriam mais rapidamente
que os oceanos, as águas conservam o calor por muito
mais tempo. Disso resulta a maritimidade, que é a influência
da proximidade do mar no clima de uma região.
A maritimidade explica as temperaturas amenas nas áreas
litorâneas da Europa, mesmo em altas latitudes, assim
como a presença de solos mais úmidos. Essas condições
naturais facilitaram o povoamento e o desenvolvimento de
atividades econômicas no continente europeu. A
proximidade em relação ao mar também foi importante para
a difusão da cultura e da economia européias, por meio da
navegação.
18. A HIDROGRAFIA
A rede hidrográfica européia é muito densa e apresenta
numerosos cursos d’água. Seus rios e mares possibilitam
diversas formas de aproveitamento das águas, como produção de
energia, irrigação, comércio e navegação. Além disso, constituem
importantes eixos de integração entre os países do continente
europeu.
As principais bacias hidrográficas são:
Rio Volga (3. 530 Km)
Rio Danúbio (2. 858 Km)
Rio Reno (1. 320 Km)
19.
20.
21. OS PROBLEMAS AMBIENTAIS
Apesar de os governos e as organizações internacionais
terem criado esquemas de controle para diminuição de
danos ao ambiente – como a reciclagem de resíduos
sólidos urbanos, a proibição da gasolina com chumbo e da
fabricação de CFC - , os problemas ambientais são uma
questão com a qual europeus terão de se preocupar cada
vez mais.
RECICLAGEM OBRIGATÓRIA
Na Alemanha e em outros países europeus, é obrigatória
a reciclagem dos resíduos sólidos de vidro, papel, plástico
e metal. As embalagens feitas com seus produtos contêm
uma indicação - o selo Ponto Verde – de seu caráter
reciclável. Em muitas cidades européias existem postos de
coleta seletiva de lixo doméstico para sua reutilização nas
indústrias.
22. OS PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS DA EUROPA
Vários problemas ambientais assolam o continente, que
conta com muitos países altamente desenvolvidos e
industrializados:
Chuva ácida: o uso de combustíveis fósseis, sobretudo o
carvão, contribui para a emissão e formação de gases na
superfície, principalmente dióxido de enxofre e dióxido de
nitrogênio. Em contato com o ar e o vapor de água presente
na atmosfera, esses compostos formam soluções ácidas
que, com as chuvas, podem provocar muitos problemas,
como a corrosão de peças de arte expostas ao ar livre.
Desertificação: processo de degradação do solo causado
por recorrentes incêndios e pela ação humana; tem atingido
o sul da Europa, exterminando grandes áreas florestais.
23. Exploração dos recursos pesqueiros: bastante concentrada
no mediterrâneo e no Atlântico, tem posto em risco de extinção
algumas espécies de peixes, como o bacalhau.
Resíduos nucleares: na França, por exemplo, cerca de 80%
da energia consumida no país é proveniente de reatores
nucleares.
Destruição da vegetação nativa: os incêndios florestais têm
dizimado espécies animais típicas do continente, como o lince
(felino carnívoro) e o bisão europeu.
Atualmente porém o maior desafio ambiental para os países
da Europa é reduzir os níveis de emissão de gases, como
CO2, que contribuem para o aquecimento global. Os países
europeus campeões em emissão de CO2 são: Rússia,
Alemanha e Reino Unido.
24. O DESASTRE DE CHERNOBYL
O mais grave acidente nuclear ocorrido no mundo deu-se na
noite de 25 para 26 de abril de 1986. Um dos quatro
reatores da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia (então
parte da União Soviética), explodiu, causando o vazamento
de resíduos nucleares na atmosfera e, então, a formação de
uma nuvem radioativa que se deslocou para os países da
Europa Central. A explosão matou 56 pessoas, algumas
imediatamente e outras nos anos posteriores, em
consequência da radiação recebida. Toda a região situada
em um raio de 30 quilômetros da central de Chernobyl teve
de ser desocupada, e ainda hoje a população da região
apresenta elevados índices de leucemia e de mortalidade
infantil.
25. A POPULAÇÃO EUROPEIA
apesar do tamanho reduzido, a Europa é um continente de
grande variedade étnica, linguística e cultural.
VARIEDADE LINGUÍSTICA:
Cerca de 60 línguas são faladas atualmente na Europa,
apenas algumas delas, porém, são consideradas línguas
oficiais – reconhecidas pelos governos, ensinadas nas
escolas e utilizadas em documentos oficiais. As demais
constituem uma diversidade de línguas regionais e
dialetos. Somente dois países (Portugal e Islândia) são
monolíngues; todos os demais contêm uma ou mais
minorias linguísticas.
Um exemplo da pluralidade está na Bélgica, onde se fala
francês, holandês e alemão.
26. A diversidade linguística que se verifica atualmente na
Europa é resultante de transformações sofridas pelas
línguas primitivas, em razão, por exemplo, da separação,
em territórios distintos, de povos que tinham um idioma em
comum. Nesses casos, a estrutura linguística original
costuma ser preservada, mas observam-se mudanças de
pronúncia, de vocabulário, de expressões, entre outras.
Em contrapartida, em determinadas regiões e países da
Europa, a preservação da identidade linguística é tratada
com tanta seriedade que os governos impõem restrições ao
uso de idiomas estrangeiros, em favor do uso da língua
oficial, principalmente em escolas e nos meios de
comunicação.
27. CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS
A Europa é um continente bastante populoso e povoado. A
população, porém, se distribuiu de maneira irregular pelo
território: em algumas áreas, a densidade demográfica é
bastante elevada; em outras, especialmente próximo às
regiões polares, há vazios demográficos.
Além disso, embora populosa desde tempos antigos, a
Europa tem apresentado um crescimento demográfico muito
pequeno nas últimas décadas. Atualmente, possui cerca de
744 milhões de habitantes, com estimativas de 701 milhões
para o ano de 2025. Ao contrário do que ocorre nos demais
continentes, o número de europeus decresce a cada ano.
28. A proporção de pessoas
com mais de 65 anos na
população total é muito
elevada na Europa. Essa
situação deve-se a dois
fatores: a natalidade vem
diminuindo e a esperança
de vida tem se elevado,
situando-se em 73 anos.
Mas, mesmo que seu
crescimento vegetativo seja
negativo, o continente
acaba mantendo seu nível
populacional relativamente
estável devido à imigração.
29. UM CONTINENTE DE MIGRAÇÕES
Cerca de 60 milhões de pessoas deixaram a Europa do
inicio do século XIX as primeiras décadas do século XX.
Após a segunda guerra mundial, o fluxo inverso se
evidenciou: a Europa tornou-se um importante destino para
imigrantes provenientes de diversas partes do mundo.
30. Canadá: 5,2 milhões
Estados Unidos: 33 milhões
Argentina: 6,4 milhões
Brasil: 4,4 milhões
Austrália: 03 milhões
31.
32. FLUXOS MIGRATÓRIOS ATUAIS
Hoje a Europa vive uma situação inversa da que
marcou o início do século XX.
Conforme dados da ONU, entre 1990 e 2010
entraram cerca de 70 milhões de imigrantes no
continente.
A principal causa do intenso fluxo rumo à Europa é
a crise socioeconômica nos países pobres, sobretudo do
Leste Europeu, do Norte da África e da América Latina.
O desenvolvimento conquistado pelas nações
europeias viabiliza melhores oportunidades de emprego e
de acesso aos serviços públicos de saúde e de educação
oferecidos pelos governos.
Além da necessidade de mão de obra para certos
tipos de trabalho, alguns países europeus, sobretudo a
França e o Reino Unido, atraem jovens nascidos em seus
antigos territórios coloniais.
33. Os jovens procuram especialização profissional em
universidades e institutos técnicos desses países, cujos
idiomas receberam como herança dos tempos coloniais.
Existe também intenso movimento migratório de um país a
outro dentro do próprio continente, principalmente do Leste
Europeu para a Europa Ocidental, em vista das
desigualdades econômicas entre as duas regiões.
Outro fator que motiva o fluxo migratório são
as PERSEGUIÇÕES POLÍTICAS E OS CONFLITOS
ÉTNICOS tanto na Europa — caso dos albaneses —
quanto fora dela — caso dos curdos, povo habitante de
uma região do Oriente Médio que ocupa diversos países.
Essas pessoas entram nos países que escolhem como
destino na condição de refugiados.
34. A IMIGRAÇÃO ILEGAL
Um dos principais problemas dos governos europeus
tem sido o de imigrantes que conseguem entrar e
permanecer no país sem permissão oficial do Estado.
Os imigrantes ilegais que entram na Europa, passam a
trabalhar no setor informal da economia, cuja fiscalização
não é rigorosa.
Esses imigrantes recebem baixa remuneração e
costumam habitar as periferias das metrópoles, constituindo
comunidades próprias.
A imigração ilegal contribui para o aumento
da diversidade étnica na Europa; entretanto, o fenômeno
da miscigenação é ainda pouco frequente.
Os governos europeus têm uma política de imigração
muito restritiva, mas não são capazes de conter o grande
fluxo de estrangeiros que entram clandestinamente em seus
países, muitas vezes arriscando suas vidas.
35. Um dos países europeus que mais recebem imigrantes
ilegais é a Espanha.
Na Espanha o Estreito de Gibraltar separa por poucos
quilômetros a África da Europa, é o principal caminho usado
pelos africanos que, atravessando o Mar Mediterrâneo,
desembarcam clandestinamente no litoral espanhol em busca de
melhores condições de vida.
36. XENOFOBIA E RACISMO
Xenofobia – É a aversão ao estrangeiro. É uma palavra de origem grega que significa
antipatia ou aversão a pessoas e objetos estranhos. O termo tem várias aplicações e usos,
o que muitas vezes provoca confusões em relação ao significado. A xenofobia como
preconceito acontece quando há aversão em relação à raça, cultura, opção sexual,
etc. Fonte - http://www.brasilescola.com/doencas/xenofobia.htm
Em razão da baixa natalidade, o continente europeu tem
cada vez menos mão de obra disponível.
Essa situação tem levado muitos governos a tentar
diminuir as restrições aos imigrantes, o que vem estimulando o
surgimento de movimentos xenófobos — avessos a
estrangeiros — e racistas.
Esse tipo de reação tem, muitas vezes, o apoio da
população local, que defende a manutenção da identidade
nacional e teme pela perda de seus empregos, já que os
imigrantes quase sempre aceitam trabalhar em condições
precárias, recebendo salários mais baixos.