A água é um recurso natural imprescindível ao homem, e não nos referimos apenas à que serve para beber e utilizar no dia-a-dia por cada um. A água intervém igualmente na produção de todos os bens de consumo. Por exemplo, para criar e produzir uma só vaca de 500 quilos, é necessário o equivalente a uma piscina olímpica com, pelo menos, seis metros de profundidade! Já no setor têxtil, as plantações de algodão requerem tanta água que, para produzir uma simples T-shirt, são necessários, pelo menos, 1500 litros!
Ainda que seja renovável, a água é um bem limitado e escasso: para conseguirmos um consumo sustentável, é preciso que todos os agentes implicados (administradores, gestores, consumidores, agricultores, indústria, etc.) adotem medidas adequadas para melhorar a sua gestão, atuando de forma coordenada. Aliás, não podemos ficar indiferentes ao facto de a água associada à produção de bens e serviços (chamada “água virtual”) ter crescido de forma muito significativa nos últimos 40 anos. Do total consumido em todo o mundo, cerca de 15 por cento (quase 700 quilómetros cúbicos por ano) estão hoje associados à exportação de bens alimentares! Impõe-se uma gestão inteligente deste bem essencial, que começa, desde logo, por uma poupança sistemática no uso que dele fazemos nas nossas casas.
Neste ebook podes aprender mais sobre a utilização sustentável e eficiente da água.
Este ebook foi produzido no âmbito da Iniciativa Ecocidadão - iniciativa da Comissão Europeia (CE), através do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD, na qualidade de Organismo Intermediário da CE), concebido e implementado pela DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor.
Para mais informações consultar o site da iniciativa em www.ecocidadao.pt
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EBOOK ECOCIDADÃO ÁGUA
1. Mostra o ecocidadão que há em ti!
www.ecocidadao.pt
O CIEJD enquanto Organismo Intermediário no quadro da
Parceria de Gestão estabelecida entre o Governo Português e
Comissão Europeia, através da Representação em Portugal.
Iniciativa: Conceção e desenvolvimento:
ÁGUA
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Índice
A água é um recurso natural 3
O consumo de água em Portugal 5
Beber água da torneira 8
Na casa de banho 13
O duche 15
Casa de banho eficiente 17
O autoclismo 20
Na cozinha 24
Cuidado com as fugas! 29
No jardim 31
Reutilizar a água 33
Evitar a contaminação 38
3. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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A água é um recurso natural
imprescindível ao homem, e não nos referimos
apenas à que serve para beber e utilizar no dia-a-dia
por cada um.
A água intervém igualmente na produção de todos
os bens de consumo. Por exemplo, para criar e
produzir uma só vaca de 500 quilos, é necessário o
equivalente a uma piscina olímpica com, pelo
menos, seis metros de profundidade!
Já no setor têxtil, as plantações de algodão
requerem tanta água que, para produzir uma
simples T-shirt, são necessários, pelo menos, 1500
litros!
Ainda que seja renovável, a água é um bem limitado
e escasso: para conseguirmos um consumo
sustentável, é preciso que todos os agentes adotem
medidas adequadas para melhorar a sua gestão,
atuando de forma coordenada.
4. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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Não podemos igualmente ficar indiferentes ao facto
de a água associada à produção de bens e serviços
(chamada “água virtual”) ter crescido de forma
muito significativa nos últimos 40 anos.
Do total consumido em todo o mundo, cerca de 15
por cento (quase 700 quilómetros cúbicos por ano)
estão hoje associados à exportação de bens
alimentares!
Impõe-se uma gestão inteligente deste bem
essencial, que começa, desde logo, por uma
poupança sistemática no uso que dele fazemos nas
nossas casas.
5. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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O consumo de água em Portugal
O valor da fatura da água depende muito do
município onde residimos. Por exemplo, para um
consumo mensal de dez metros cúbicos, o custo
pode variar entre cerca de 4 e 20 euros.
Contudo, qualquer que seja o município existe um
princípio que não muda: quanto maiores forem os
consumos, mais elevado é o preço por metro cúbico
e maior será também o valor a pagar de
saneamento e de resíduos sólidos, incluídos na
fatura da água.
E tudo indica que o preço irá aumentar: o custo para
o tratamento das águas usadas é cada vez mais
elevado e, face ao constante aumento do consumo
per capita, é necessário tratar a água proveniente
de origens cada vez mais distantes. Este é o primeiro
argumento para que se pense em consumir água de
forma sustentável.
A par deste aspeto, não nos podemos esquecer dos
argumentos ambientais: embora a água potável seja
relativamente barata, não deixa de ser um bem
precioso.
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Existe água em abundância na Terra, é certo, mas só
3% correspondem a água doce e só 0,7% têm
características que a tornam potável
O total de água captada no território continental
para suprir as necessidades de abastecimento em
Portugal atingiu, em 2009, os 837,8 milhões de
metros cúbicos, dos quais cerca de 70% são
provenientes de águas superficiais, como rios e
albufeiras.
No mesmo ano, a água distribuída pela rede pública
e destinada a uso doméstico chegou aos 594,4
milhões de metros cúbicos.
No setor doméstico, em média, cada português
consome 168 litros de água potável por dia. Apenas
uma parte da água consumida é usada para beber
ou cozinhar. Uma boa fatia vai, por exemplo, para
descargas de autoclismo!
Mas, para este fim, pode recorrer-se às chamadas
águas cinzentas, provenientes do duche, do
lavatório ou da máquina de lavar a roupa.
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SABIAS QUE?
Para saberes quantos litros de água cada elemento da família
consome, em média, por dia, basta verificares o consumo que se
encontra na fatura mensal da água, indicado em metros cúbicos
(um metro cúbico equivale a mil litros), multiplicá-lo por 1000 e
dividir este número pelos 30 dias do mês e, depois, pelo número de
elementos da tua família.
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Beber água da torneira
Estudos da Revista PROTESTE mostram que a água distribuída pela
rede de abastecimento público é segura: mais de 95% das análises
efetuadas anualmente revelam que é boa para a saúde e cumpre
todas as normas exigidas. Mesmo a água ˝dura˝, ou seja, rica em
calcário, pode ser má para as canalizações e para os
eletrodomésticos, mas não para a saúde!
Assim, devemos beber água da torneira. Esta é, geralmente, de boa
ou mesmo muito boa qualidade. Por exemplo, uma família de
quatro pessoas que beba água da torneira irá despender com ela
cerca de dois euros e meio por ano. Já se a filtrar, o gasto subirá
para cerca de 81 euros. E se optar por beber água engarrafada,
poderá chegar aos 590 euros!
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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR!
Bebe água da torneira quando estiveres em casa e leva um cantil
com ela quando saíres.
Assim podes poupar cerca de 500 euros por ano.
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Bebe água da torneira à vontade e sem
receios, por princípio:
• a água é submetida aos mesmos controlos de
qualidade do que as restantes bebidas
engarrafadas;
• a água canalizada é (muito) mais barata do
que a água engarrafada;
• está sempre disponível (basta abrir a torneira)
e sempre fresca;
• não são necessários carregamentos nem o
transporte em camiões causador de poluição;
• e não gera resíduos de embalagem.
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SABIAS QUE?
A água é desinfetada com doses de cloro que não representam um
risco para o organismo. Para eliminares o sabor, deves permitir que
o cloro se evapore: coloca-a num jarro, agita-a e deixa-a repousar
destapada no frigorífico.
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ATENÇÃO!
A água que sai do circuito de água quente não tem exatamente as
mesmas características da que circula no de água fria.
O aquecimento e os depósitos que se formam na primeira podem
alterar a quantidade de sais, ferrugem e, até, de microrganismos.
Por isso, devemos beber e utilizar somente água fria nos
cozinhados. Depois de um corte ou de um período sem água, deve-
se deixar correr a água algum tempo antes de a consumir.
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Na casa de banho
Para diminuirmos o consumo de água na casa de
banho, devemos primeiro verificar os hábitos de
toda a família. O banho de imersão já foi abolido?
E a torneira do duche é fechada enquanto se
ensaboam? O autoclismo está regulado por forma a
não usar mais de seis litros por descarga completa?
Para medires o caudal que corresponde ao uso
normal das torneiras, e saber qual o débito e quanto
gasta com as torneiras abertas, conta o tempo que
leva a encher o recipiente de um litro com as
torneiras na máxima abertura. Para a torneira do
chuveiro, mede o débito na saída do chuveiro.
O fluxo é o valor obtido dividindo 60 pelo tempo
medido em segundos. Para valores inferiores a oito
litros por minuto na máxima abertura e seis numa
utilização normal, a torneira é eficiente.
No chuveiro, o fluxo deve ser menor ou igual a oito
litros por minuto.
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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR!
Usa um copo para lavar os dentes e fecha a torneira enquanto os
escovas. Para fazeres a barba, enche o lavatório com água e coloca a
tampa no ralo. Fecha a torneira enquanto ensaboa as mãos e passa
a palavra a toda a família.
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O duche
É no banho que se consome grande parte ou
mesmo a maioria da água nas nossas casas. Por isso,
é aqui que devemos começar por atuar com vista ao
uso eficiente da água. Enquanto tomar um banho de
imersão pode requerer mais de 80 litros, sobretudo
quando é usado o jacuzzi, um duche de cinco
minutos gasta cerca de 40 litros!
Para poupares água enquanto tomas duche,
começa, claro, por fechar a água enquanto te
ensaboas, sob pena de poderes vir a gastar mais do
que num banho de imersão. Com bebés ou pessoas
com mobilidade condicionada que precisem mesmo
de tomar banho, deve-se encher a banheira até
apenas 1/4. Recolhe a água enquanto esperas que
aqueça: usa-a, por exemplo, para regar as plantas do
teu jardim.
Podes também sugerir aos teus pais que instalem
pequenos dispositivos que permitirão reduzir o
débito das torneiras e do chuveiro.
Uma torneira misturadora termostática evita
desperdícios enquanto procura a temperatura certa.
Uma torneira monocomando, isto é, com um só
manípulo, é também uma boa solução e,
geralmente, mais barata.
Um chuveiro com um botão de interrupção total de
fluxo permite fechar a água enquanto nos
ensaboamos sem ter de mexer na regulação da
temperatura da água.
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Um chuveiro eficiente não deverá apresentar um
caudal superior a nove litros por minuto.
A eficiência do sistema é conseguida pela mistura
de ar na água, o que mantém a sensação de
pressão e o conforto, podendo ocorrer no próprio
chuveiro ou, em alternativa, num redutor de
caudal instalado entre a torneira e a mangueira ou
entre esta e o chuveiro.
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Casa de banho eficiente
Botão “stop” ou válvulas de
interrupção de caudal
Instaladas entre o chuveiro e a mangueira, são boas
opções para torneiras de dois manípulos; permitem
manter a abertura da água quente e fria sem ter de
a ajustar na utilização seguinte.
Chuveiros de baixo fluxo e acessórios
Nos chuveiros com várias posições, a de maior
poupança nem sempre é a mais indicada. É
importante ter informação sobre o gasto do
chuveiro que se pretende. Mas não é necessário
comprar um chuveiro novo para ter um sistema
mais eficiente: é possível adquirir redutores de
caudal para a mangueira flexível ou para o cabo do
chuveiro. É sempre importante verificar se são
compatíveis.
Torneiras termostáticas
Temperatura e caudal são regulados por manípulos
diferentes. Ao abrir de novo, a temperatura é
idêntica. O modo “eco”, que permite, em alguns
modelos, um fluxo intermédio, nem sempre é
suficiente para a torneira ser eficiente.
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Casa de banho eficiente
Pesos
Aumentam a rapidez do fecho da descarga e
minimizam os gastos. Peso excessivo pode levar a
descargas demasiado baixas.
Sistemas economizadores
Escolher um sistema economizador compatível. Este
é útil se a regulação da boia que determina o nível
máximo não produzir descargas superiores a seis
litros e torna mais eficiente um autoclismo de
descarga simples.
Interrupção de descarga
Pressionando duas vezes, a descarga é
interrompida. Ser rápido é essencial, pois a paragem
pode acontecer perto da descarga completa, e a
economia ser impercetível.
Dupla descarga
Permite escolher uma descarga parcial (em geral,
metade do total), suficiente para a maioria dos usos.
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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR!
Toma duches curtos (máximo de cinco minutos) e fecha a água
enquanto te ensaboas. Uma família de quatro pessoas que adotar
estas medidas pode poupar até 200 mil litros de água por ano e
reduzir consideravelmente o consumo energético necessário ao
aquecimento de água.
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O autoclismo
Uma boa parte da água consumida nas habitações
vai para as descargas de autoclismo. O consumo
médio de água no autoclismo será de cerca de 31%,
mas o consumo anual varia, obviamente, consoante
a capacidade do equipamento que se tem em casa.
Nas habitações portuguesas, a capacidade dos
autoclismos instalados oscila entre descargas
máximas de 6 e de 15 litros. Ora, os modelos com
capacidade máxima de 6 litros já provaram a sua
eficiência. Se forem, também, modelos equipados
com botão de dupla descarga, ainda melhor: para
usos menores, três litros de água chegam
perfeitamente.
Regular o volume de descarga, adaptar um
mecanismo de dupla descarga (com dois botões) ou
adquirir um modelo mais eficiente são três das
opções para reduzir a quantidade de água gasta no
autoclismo. E, como veremos adiante, também é
possível reutilizar a água proveniente das lavagens,
do duche ou mesmo da chuva…
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Saber a capacidade do seu autoclismo é fácil:
• verificar no depósito do autoclismo a
regulação da bóia que determina o nível
máximo de enchimento e regular para o
mínimo;
• com uma caneta, marcar o nível da água
do depósito, fechar a torneira exterior
que o alimenta e efetuar uma descarga
completa;
• uma vez vazio, enche-lo de novo até à
marca usando um recipiente graduado,
por exemplo, de um litro. Conheceremos
a capacidade medindo as vezes que deita
água para o depósito. Devemos optar por
um volume menor ou igual a seis litros
por descarga completa e três por meia
descarga.
22. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR!
Se instalarmos um autoclismo com dupla descarga ou com um
botão que lhe permita interrompê-la poderemos poupar até 36 mil
litros por ano (o volume de água por utilização passa de dez para
seis ou até três litros). Se não quisermos trocar ou adaptar o
equipamento, deve-se colocar no reservatório uma garrafa cheia de
água; nos modelos mais modernos, deve-se regular o nível máximo
de enchimento para seis litros. Desta forma, podemos poupar 20 a
25 litros de água por dia.
23. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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SABIAS QUE?
A quantidade de água gasta de cada vez que se puxa o autoclismo
equivale ao que um habitante de alguns países em vias de
desenvolvimento consome em higiene e alimentação num dia
inteiro!
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Na cozinha
Em muitas casas, a torneira da cozinha está sempre
ao serviço: lavar as mãos, a loiça ou os legumes são
alguns dos usos mais comuns. O caudal das
torneiras, a duração do uso e o número de vezes
que são abertas em cada dia são fatores que
condicionam não só o seu desempenho ambiental
como a fatura de água.
Tal como nas torneiras de duche, também as
restantes podem ter incorporado um sistema que
torna o seu uso mais eficiente. As torneiras
misturadoras são mais práticas do que as
individuais, pois reduzem o tempo necessário para
obter água à temperatura desejada. Tal como já
dissemos atrás, os modelos de monocomando são
mais fáceis de regular e, por isso, acabam por se
tornar mais eficientes.
25. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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SABIAS QUE?
Regra geral, a água sai acastanhada ou avermelhada devido a
pequenas quantidades de ferro ou de manganês das próprias
condutas. Uma vez enxaguadas, a cor desaparece. Em todo o caso,
se presente em concentrações baixas, não representa um perigo
para a saúde.
Quando sai esbranquiçada, na maior parte das vezes isto deve-se a
pequenas bolhas de ar, não estando em causa a sua potabilidade.
Nestes casos deve-se agitar aguardar um pouco até o ar sair.
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O modo mais fácil e económico de tornarmos a
torneira num modelo eficiente é adaptar na sua
extremidade um redutor de caudal. Trata-se de uma
ponteira de rosca com uma rede que promove a
mistura do ar no fluxo de água, dando uma
sensação de igual volume para um menor débito.
Basta desenroscar a ponteira, que tem um filtro, e
substituí-la pelo novo dispositivo. Antes de comprar,
é importante verificar se o sistema de rosca da
ponteira, macho ou fêmea, é compatível: modelos
de torneiras muito estilizados raramente são
eficientes e não são compatíveis com acessórios
deste tipo.
No que toca à poupança de água, também a escolha
da máquina de lavar loiça é importante: escolher um
modelo de máquina de lavar eficiente e com bom
desempenho, que não consuma mais de 14 litros de
água por ciclo de lavagem. Esperar até se ter loiça
suficiente para encher a máquina e utilizar, sempre
que possível, o programa económico e, caso se
tenha contratado uma tarifa bi-horária, optar por
ligá-la no período de vazio.
O mesmo é válido para lavar a loiça à mão: esperar
até juntar loiça suficiente e depois encher um
alguidar com água em vez de deixar a torneira
a correr.
Para lavar os legumes, deve-se colocar um alguidar
para aparar a água corrente e usá-la, por exemplo,
para regar as plantas.
27. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR!
Lavar a loiça na máquina é à partida mais económico,
especialmente se tivermos o hábito de deixar a torneira aberta
enquanto a esfregamos, também, quando a passamos por água. Se
lavarmos à mão, devemos encher um alguidar (ou o lava loiça) para
lavar e outra para enxaguar.
28. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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SABIAS QUE?
Cozinhar os alimentos ao vapor, no micro-ondas e na panela de
pressão permite não só poupar água, como mantém as vitaminas e
melhora o sabor dos cozinhados.
29. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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Cuidado com as fugas!
Uma torneira que pinga representa um desperdício
considerável. Dez pingos por minuto equivalem a
um copo por hora ou seis litros por dia, um duche
por semana, uma pequena piscina infantil por
estação e cerca de dois mil litros suplementares por
ano (o equivalente a 18 dias de consumo de água
individual)! Se a fuga for maior, gota a gota,
poderemos desperdiçar até 50 litros por dia, ou
seja, 1500 litros por mês!
Uma torneira que pinga representa, então, uma
grande despesa inútil. E, se a fuga estiver numa
torneira de água quente, o desperdício será maior
ainda. É essencial procurar resolver o problema logo
que seja detetado.
Assim, devemos verificar regularmente o estado das
juntas das torneiras, verificando se todas estão bem
fechadas. Se o autoclismo tiver uma fuga, deve-se
fechar a torneira de admissão de água e tentar
reparar o problema. Se for necessário, mantém-se a
torneira fechada e chama-se um canalizador.
30. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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SABIAS QUE?
As pequenas fugas nem sempre são percetíveis. Para as detetarmos,
podemos experimentar colocar uma folha de papel higiénico nos
lavatórios (secos) durante toda a noite. Se de manhã estiver
molhado, já sabe que a torneira tem uma fuga.
31. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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No jardim
A rega representa um consumo elevado em muitas
casas, sobretudo no verão. A poupança pode
começar logo quando escolhemos o tipo de plantas
para o jardim. Por exemplo, a relva requer muito
mais água para se manter saudável do que arbustos
e árvores já crescidos. Se possível, devemos
escolher plantas autóctones, para evitar regas
frequentes (alecrim, loureiro, rododendro, jasmim,
rosmaninho, roseira-brava…). Outras há que,
embora originárias de outros países, se adaptam
bem ao nosso clima sem cuidados especiais:
figueiras, amendoeiras, oliveiras, laranjeiras,
limoeiros, romãzeiras e ciprestes são alguns
exemplos. Não devemos tentar reproduzir todas as
imagens de jardins que vemos nas revistas. Muitas
vezes, são típicos de países onde, ao contrário de
Portugal, chove com frequência. Para resultarem cá,
requerem muita água e fertilizantes.
Ainda assim, para quem tem um jardim, é bastante
provável que não possa dispensar a rega. Fazê-lo
com mangueira é o método menos eficiente. Por
isso deve-se ponderar instalar sistemas de rega de
baixo volume gota a gota e de microaspersão,
adaptando os tempos de funcionamento às
características das plantas existente. Por fim,
devemos regar cedo de manhã ou ao serão, ou seja,
nas horas menos quentes do dia, para evitar perdas
causadas pela evaporação.
32. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR!
Deixar um balde ou um recipiente no exterior para recuperar a água
da chuva, é perfeita para regar as plantas. Utilizar também a água
de lavar e cozer os legumes (depois de fria) e ainda a água que corre
no duche enquanto se espera que atinja a boa temperatura. Basta
ter um recipiente (um balde ou um garrafão) perto para a recolher.
O carro só deve ser lavado quando estritamente necessário, usando
um balde e uma esponja para o fazer (não deverá gastar mais de 20
ou 30 litros). Lavar o carro à mangueirada pode representar um
gasto de 200 litros!
33. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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Reutilizar a água
Usar as águas pluviais ou as do duche e dos
lavatórios para cobrir parte das necessidades de
uma família pode revelar-se uma boa medida para
economizar, além do aspeto ecológico, já que
permite poupar as reservas subterrâneas. Assim,
teremos sempre à disposição água de qualidade
suficiente para a lavagem do pavimento e para regar
as plantas, além de que a água dos duches e
lavatórios é mais do que suficiente para abastecer
os autoclismos de uma casa.
A adaptação a este cenário requer a instalação de
reservatórios para armazenar aquelas águas. Na
maioria dos casos, os grandes depósitos podem ser
subterrâneos, mas os mais pequenos, destinados ao
abastecimento dos autoclismos, podem ser
embutidos numa das paredes da casa de banho ou
colocados no armário do lavatório.
34. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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ATENÇÃO!
As condutas de água potável, de água da chuva ou de reutilização
das águas cinzentas devem estar bem separadas, para evitar
confusões: a água da chuva não é própria para beber, nem sequer
para tomar banho, e as águas cinzentas devem ser dirigidas para
abastecimento dos autoclismos ou limpezas exteriores.
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REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA:
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
Grande parte das águas residuais domésticas (como
as dos lavatórios, dos duches, das banheiras e dos
bidés) contém uma reduzida concentração de
poluentes orgânicos e patogénicos e podem ser
reutilizadas em descargas de autoclismo e na rega
de relvados e de plantas não comestíveis. Pelo
contrário, as águas negras, originárias das sanitas,
do lava-loiças e das máquinas de lavar, não podem
ser reutilizadas.
Águas pluviais
Telhados, pátios, calçadas e outras superfícies
impermeáveis podem ser desenhados de forma a
direcionar alguma desta água para um reservatório
e maximizar a área de recolha. O transporte desta
água é feito por sistemas de escoamento, como
sarjetas e algerozes. Quando a recolha é feita num
reservatório subterrâneo, terá de ser instalada uma
bomba para elevar a água até à superfície. No
exterior, a cisterna que armazena a água deve estar
coberta para minimizar a evaporação.
36. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA:
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
Águas cinzentas
O sistema de aproveitamento de águas cinzentas
(dos lavatórios, duches, banheiras e bidés) permite
reduzir a necessidade de água potável nas
habitações, sobretudo em moradias, já que estas
têm, em geral, usos exteriores que prescindem de
água potável, além da descarga de autoclismos:
falamos da rega do jardim ou da lavagem de espaços
próximos da casa.
37. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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SABIAS QUE?
A substituição total da água de descarga por água do lavatório ou
dos duches permite economizar cerca 52 euros por ano (exemplo
para um autoclismo de dez litros).
A água da chuva não contém calcário; logo, não deixa marcas se for
usada para lavar o pavimento.
Duas horas após se desinfetar uma sanita, encontraremos a mesma
quantidade de germes do que após uma limpeza cuidada com água
e sabão. Se dissermos que os blocos sanitários não têm qualquer
ação desinfetante, mas apenas desodorizante, será que precisamos
mesmo de colocar um?
38. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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Evitar a contaminação
A poluição das águas constitui um problema que
pode assumir proporções gigantescas. E a
contaminação não decorre apenas das atividades da
indústria química. De facto, cada um de nós polui,
em maior ou menor proporção, as águas
subterrâneas e de superfície. Como? Simplesmente,
através dos produtos que se compram, se
consomem e se deitam fora.
Há pequenas opções desde logo ao nível das
compras que fazemos que podem contribuir para
minimizar a contaminação das águas.
Optar por produtos de limpeza com menor impacto
ambiental.
Não ultrapassar a dose recomendada de detergente
para a roupa. Adaptar a dosagem à dureza da água.
Outros produtos químicos específicos e agressivos
só são necessários nalgumas situações pontuais. Na
maioria das vezes, existem alternativas caseiras
simples de aplicar e de impacto muito menor.
39. Mostra o ecocidadão que há em ti!
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ATENÇÃO!
Não fazer do lavatório ou da sanita mais um caixote do lixo. Restos
alimentares, tampões higiénicos, algodão, lenços de papel,
cotonetes e papel de cozinha devem ser colocados no caixote de
lixo. Os produtos tóxicos e perigosos, como medicamentos ou óleos
usados, devem ser depositados em locais de recolha apropriados.