O documento descreve o antigo Egito, seu império e deuses, assim como a história de José e seus irmãos segundo a Bíblia. O rio Nilo era vital para a agricultura egípcia. José foi vendido como escravo por seus irmãos mas prosperou no Egito, até interpretar sonhos de Faraó.
5. O império egípcio
O Egito existe em função do rio Nilo, que nascendo no Lago Vitória na Tanzânia, desce
e atravessa o País. Anualmente a cheia do rio fertiliza suas margens, favorecendo a
agricultura. O rio também servia ao deslocamento de víveres, tropas e ao tráfego em
geral.
6. O império egípcio
Ainda hoje o rio exerce um papel fundamental no funcionamento do País. Abaixo,
fotografia de um passeio pelo mesmo...
7. O império egípcio
A civilização egípcia legou ao mundo a invenção da escrita, ainda que representada em
símbolos, os hieróglifos. Histórias, relatos e documentos oficiais podiam a partir daí ser
registradas e transmitidas de forma duradoura e uniforme.
8. O império egípcio
Deles também herdamos os rudimentos da matemática, da astronomia, dos livros, que
eram feitos de papiro, uma planta abundante no Rio Nilo. Acredita-se que os egípcios
foram os primeiros a sentar em cadeiras de quatro pernas, que inventaram o carimbo,
a cerveja, o calendário e o exército. Há ainda hoje imponentes construções e obejtos
que desafiam a lógica e demonstram como aquele País foi tão influente.
9. O império egípcio
O governo era regido pelos faraós. Ao contrário do que muitos
pensam era um título comum como César. Os faraós eram
tidos como deuses. Sua benção era indispensável para o início
do plantio e da colheita. Tinha poder sobre a vida e a morte
dos seus súditos. Ao morrer eram embalsamados e postos em
caixões luxuosos, como os de Tutancamon com 110 kg de
ouro. Em seguida, tais múmias repousavam em pirâmides.
10. O império egípcio
O Egito tinha muitos deuses. O panteão era imenso. Acreditava-se que eles regiam a
vida em seus mínimos aspectos. Haviam deuses para a criação, para o plantio, que
regiam os astros, que faziam as mulheres férteis, que regiam a medicina e o
conhecimento. Deuses do Nilo, da água, do ar, dos animais, da guerra, etc.
A cada novo Faraó que emergia uma dessas divindades era eleita como favorita e o
seu culto era colocado acima dos demais. De forma que praticamente não havia um
deus principal, senão um em evidência naquele momento.
11. O império egípcio
Alguns dos deuses egípcios:
Amon, deus
criador
Ápis, deus boi
Osíris, deus da morte.
Marido de Ísis
Ísis, deusa da
maternidade
12. O império egípcio
Alguns dos deuses egípcios:
Hórus, deus do
céu. Filho de Ísis
Rá, deus sol Maat, deusa da
verdade
Seth, deus da
violência
13. O império egípcio
Estrutura social do Egito
A sociedade egípcia era escravocrata. A base da economia era a agricultura irrigada às
margens do Nilo. A população em geral não era alfabetizada. Somente os escribas e
funcionários reais tinham tal privilégio.
14. O império egípcio
Curiosidades sobre o Antigo Egito
1. O pão era o principal alimento consumido
2. Os velhos eram extremamente respeitados por seu conhecimento acumulado
3. As crianças vestiam roupas a partir dos cinco anos
4. O rio Nilo é o mais extenso do mundo, percorre 6.650 kilômetros
5. Somente os templos e túmulos eram feitos de pedra. As demais construções
eram feitas de tijolos de barro misturados com palha picada
6. Grande parte das roupas no Egito Antigo era feita de linho
7. Foram os egípcios que criaram o papiro, a partir da planta de mesmo nome
8. As mulheres egípcias foram algumas das primeiras a usam maquiagem
9. Os egípcios eram muito supersticiosos e acreditavam que os sonhos sempre
significavam algo. Se alguém sonhasse com a queda dos próprios dentes, isso
significava que alguém da família poderia morrer
10. Quando um escravo morria era jogado no deserto para ser comido por abutres e
chacais
15. Os primórdios da nação israelita...
Devemos estar lembrados que com o
domínio egípcio sobre o Oriente Médio, a
região de Canaã era vassala do império.
A Palestina era rota de passagem dos
exércitos egípcios e das inúmeras
caravanas que se dirigiam do Egito à Síria.
Os faraós tinham interesses os mais
diversos com as nações ao Norte de Israel.
Quando o livro do Êxodo se desenrola, a
nação está apenas nascendo e não tinha
condições de defesa contra um exército.
Paralelamente diversos outros pequenos
reinos floresciam na região, aos quais
interessava ao Egito submeter.
17. Os primórdios da nação israelita...
Peregrinações de Abraão
1. Ur dos Caldeus (Gn 11.31)
2. Harã (Gn 12.4)
3. Siquém (Gn 12.6)
4. Betel (Gn 12.8)
5. Entre Ai e Betel (Gn 12.8)
6. Neguebe (Gn 12.9)
7. Egito (Gn 12.10)
8. Neguebe / Berseba (Gn 13.1)
9. Betel (Gn 13.3)
10. Entre Ai e Betel (Gn 13.3)
11. Carvalhais de Manre (Gn 13.18)
12. Gerar (Gn 20.1)
13. Berseba (Gn 20.21,31-33)
14. Hebrom (Gn 23.1)
18. Os primórdios da nação israelita...
Mas devemos voltar um pouco na história para compreender como estava
estruturada a família de Jacó, que seria a protagonista da história
Abraão (bisavô)
Isaque (avô) Esaú
Jacó (pai)
Lia
Rúben Simeão
Levi Judá
Issacar Zabulom
Diná
Bila
Dã Naftali
Zilpa
Gade Aser
Raquel
José Benjamim
19. Os primórdios da nação israelita...
Os filhos de Jacó nasceram na seguinte ordem (incluindo a filha):
1) Rúben (Gênesis 29:32)
2) Simeão (Gênesis 29:33)
3) Levi (Gênesis 29:34)
4) Judá (Gênesis 29:35)
5) Dã (Gênesis 30:5)
6) Naftali (Gênesis 30:7)
7) Gade (Gênesis 30:10)
8) Aser (Gênesis 30:12)
9) Issacar (Gênesis 30:17)
10) Zabulom (Gênesis 30:19)
11) Diná (filha) (Gênesis 30:21)
12) José (Gênesis 30:23)
13) Benjamin (Gênesis 35:18)
20. Os primórdios da nação israelita...
Depois que Diná, a filha de Jacó,
foi violentada em Siquém (Gn
24), este se estabeleceu em Betel,
cerca de 23 km ao sul.
Mas seu gado pastava nos
arredores de Siquém. Foi para lá
que Jacó enviou José a ver como
eles estavam (Gênesis 37:13).
Quando José chegou em Siquém,
foi informado que seus irmãos
estavam em Dotã. Mais ou
menos 18 km ao Norte.
Somos informados no capítulo 37
da rivalidade que havia entre os
irmãos, tanto por conta da
preferência de Jacó por José, o
filho da sua velhice, como pelos
sonhos deste.
21. José é preso e vendido
Então seus irmãos o prenderam
(Gênesis 37:24 ss). A ideia inicial era
matarem-no imediatamente, mas
Rubén, o mais velho, se opôs e
concordou que apenas o lançassem
numa cova, esperando resgatá-lo
mais adiante.
O grupo, então, se dispersou...
22. José é preso e vendido
Porém, ia passando uma caravana de ismaelitas e/ou midianitas ao qual José
foi vendido como escravo, por vinte moedas de prata, uma ideia de Judá,
seguida por seus irmãos, exceto Rubén, que não estava presente (Gênesis
37:28)
23. José no Egito
A caravana o levou ao
Egito, onde foi revendido
a Potifar, oficial de
Faraó, em cuja casa veio
a morar e cuidar como
mordomo.
Diz a Palavra de Deus,
que neste lugar o Senhor
abençoou ricamente a
José, mesmo vivendo
como escravo. Nada a
ver com a Teologia da
Prosperidade (Gênesis
39:2). E não só isso, o
Senhor abençoou Potifar
por amor a José (Gênesis
37:5)!
24. O embuste feito a Jacó
Enquanto isso, os irmãos
de José simularam sua
morte, e levaram sua
túnica suja de sangue a
seu pai, Jacó. Ele
acreditou em cada
palavra e, aos poucos, se
consolou da suposta
perda
25. Deus abençoa José no Egito
José ia bem e tinha a confiança de Potifar,
mas sua mulher pôs os olhos no rapaz,
que agora era forte e viril (Gênesis 39:6).
Ele recusou e o motivo mais forte deixaria
qualquer um de nós envergonhado. Disse
ele: ...como pois faria eu tamanha
maldade, e pecaria contra Deus? (Gênesis
39:9)
A pérfida mulher, então, o agarrou num
dia em que não havia ninguém em casa,
ficando com sua túnica em suas mãos.
José foi acusado de assédio sexual e
preso, injustamente (Gênesis 39:20)!
26. José na prisão no Egito
José foi abençoado na prisão (Gênesis
39:23), o texto bíblico faz questão de
ressaltar isso.
Numa reviravolta impressionante o
padeiro-mor e o copeiro-mor de Faraó
foram acusados e presos, lançados na
mesma cela de José.
Numa noite, depois de muitos dias presos,
ambos tiveram um sonho, mas não
sabiam a interpretação, até que José
ouvisse os mesmos e os interpretasse.
Um retornaria ao seu ofício (copeiro) e o outro (padeiro) seria enforcado, e assim se
sucedeu, três dias depois. José ainda rogou ao copeiro que ele lembrasse da injustiça
que lhe fora cometida. Mas a Bíblia diz que ele esqueceu (Gênesis 40:23)
27. José interpreta o sonho de Faraó
Dois anos depois Faraó sonhou que
haviam sete vacas magras engolindo
outras sete gordas. Assim como sete
espigas mirradas, devorando as espigas
sadias. Ele ficou preocupado e pediu aos
magos que lhe dessem a interpretação,
mas não o puderam fazer (Gênesis 41:8).
Foi quando o copeiro lembrou de José. O
barbearam, vestiram novas roupas e o
trouxeram a Faraó (Gênesis 41:14).
A interpretação é que sete anos de bonança seria sucedidos por outros sete de
escassez. José ainda aconselhou o rei a recolher em seus celeiros 20% de toda
produção dos anos de abundância, para que pudesse suprir a fome nos anos de
dificuldades (Gênesis 41:34).
28. José é exaltado
E, então, contra todas as evidências, José
foi promovido de prisioneiro a primeiro-
ministro num só dia (Gênesis 41:42). José
fez com que o Egito se tornasse mais
próspero ainda e se preparasse para os
anos de fome.
Os egípcios armazenavam cereais em silos
de pedra acomodados sobre a areia,
semelhantes à figura ao lado, descoberta
em escavações recentes.
E aí a história de José deu guinada total. É que com a fome nas terras ao redor do
Egito, seus irmãos se viram obrigados a ir comprar comida lá... (Gênesis 42:1-6). Isto
ocorreu nove anos depois do sonho de Faraó.
29. Os irmãos de José aparecem no Egito
Foram reconhecidos e ignorados
imediatamente por José, que agora
detinha a autoridade sobre a fazenda do
rei. Eles se prostraram diante dele
conforme previsto no sonho de José
(Gênesis 37:7).
Num primeiro momento José ordenou que
Simeão ficasse detido como garantia do
retorno deles ao Egito, ao mesmo tempo
que mandou devolver o dinheiro
amarrando em seus sacos.
Surpresos e amedrontados seguiram caminho até Canaã. E contaram tudo a Jacó
(Gênesis 42:29). Jacó relutou em deixar Benjamim ir até o Egito porque já perdera
José.
30. Os irmãos de José aparecem no Egito
Como a fome apertasse novamente e a
comida acabasse, retornaram ao Egito
com Benjamim e o dobro do dinheiro para
o caso de haver algum engano, além de
um presente enviado por Jacó (Gênesis
43:11-15).
José os recebeu de maneira destacada e
os convidou para o almoço. Em dado
momento reviu Benjamim e chorou em
segredo (Gênesis 43:30,31).
José os dispensou em seguida, com a mesma estratégia de devolver o dinheiro
amarrando em seus sacos, mas urdiu o seguinte plano: mandou colocar sua taça de
prata na carga de Benjamim. Eles foram interceptados com o suposto roubo e tiveram
que voltar ao Egito, amedrontados sobre qual destino lhes seria dado.
31. José revela-se a seus irmãos
Então, com grande emoção, José se revela
seus irmãos. Eles mal podiam acreditar no
que estava acontecendo. Porém, ficaram
preocupados sobre o que José lhes faria,
agora que a balança havia invertido
(Gênesis 45:1-4)
José os acalmou e lhes disse: Agora, pois,
não vos entristeçais, nem vos pese aos
vossos olhos por me haverdes vendido
para cá; porque para conservação da vida,
Deus me enviou adiante de vós (Gênesis
45:5). O capítulo termina com o convite de
José a que Jacó, seu pai, venha viver com
ele para suportar de maneira mais
adequada e confortável a fome que se
seguiria pelos próximos cinco anos. Com
esta migração a descendência israelita se
instalou de vez no Egito, na terra de
Gósen.
33. O império egípcio
O nome dos faraós que governavam o Egito durante a estada
de Israel naquele país é matéria de longos debates. Porém,
diversas fontes apontam Amenotep II como o faraó
perseguidor dos hebreus.