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Entender como aprendemos e o porquê de muitas pessoas inteligentes e, até, geniais
experimentarem dificuldades paralelas em seu caminho diferencial do aprendizado, é
desafio que a Ciência vem deslindando paulatinamente, em130 anos de pesquisas. E com o
avanço tecnológico de nossos dias, com destaque ao apoio da técnica de ressonância
magnética funcional, as conquistas dos últimos dez anos têm trazido respostas significativas
sobre o que é Dislexia.
A complexidade do entendimento do que é Dislexia, está diretamente vinculada ao
entendimento do ser humano: de quem somos; do que é Memória e Pensamento-
Pensamento e Linguagem; de como aprendemos e do por quê podemos encontrar
facilidades até geniais, mescladas de dificuldades até básicas em nosso processo individual
de aprendizado. O maior problema para assimilarmos esta realidade está no conceito
arcaico de que: "quem é bom, é bom em tudo"; isto é, a pessoa, porque inteligente, tem que
saber tudo e ser habilidosa em tudo o que faz. Posição equivocada que Howard Gardner
aprofundou com excepcional mestria, em suas pesquisas e estudos registrados,
especialmente, em sua obra Inteligências Múltiplas. Insight que ele transformou em
pesquisa cientificamente comprovada, que o alçou à posição de um dos maiores
educadores de todos os tempos.
A evolução progressiva de entendimento do que é Disléxia, resultante do trabalho
cooperativo de mentes brilhantes que têm-se doado em persistentes estudos, tem
marcadores claros do progresso que vem sendo conquistado. Durante esse longo período
de pesquisas que transcende gerações, o desencontro de opiniões sobre o que é Dislexia
redundou em mais de cem nomes para designar essas específicas dificuldades de
aprendizado, e em cerca de 40 definições, sem que nenhuma delas tenha sido
universalmente aceita. Recentemente, porém, no entrelaçamento de descobertas realizadas
por diferentes áreas relacionadas aos campos da Educação e da Saúde, foram surgindo
respostas importantes e conclusivas, como:
que Dislexia tem base neurológica, e que existe uma incidência expressiva de fator
genético em suas causas, transmitido por um gene de uma pequena ramificação do
cromossomo # 6 que, por ser dominante, torna Dislexia altamente hereditária, o que justifica
que se repita nas mesmas famílias;
que o disléxico tem mais desenvolvida área específica de seu hemisfério cerebral lateral-
direito do que leitores normais. Condição que, segundo estudiosos, justificaria seus "dons"
como expressão significativa desse potencial, que está relacionado à sensibilidade, artes,
atletismo, mecânica, visualização em 3 dimenões, criatividade na solução de problemas e
habilidades intuitivas;
que, embora existindo disléxicos ganhadores de medalha olímpica em esportes, a maioria
deles apresenta imaturidade psicomotora ou conflito em sua dominância e colaboração
hemisférica cerebral direita-esquerda. Dentre estes, há um grande exemplo brasileiro que,
embora somente com sua autorização pessoal poderíamos declinar o seu nome, ele que é
uma de nossas mentes mais brilhantes e criativas no campo da mídia, declarou: "Não sei
por que, mas quem me conhece também sabe que não tenho domínio motor que me dê a
capacidade de, por exemplo, apertar um simples parafuso";
que, com a conquista científica de uma avaliação mais clara da dinâmica de comando
cerebral em Dislexia, pesquisadores da equipe da Dra. Sally Shaywitz, da Yale University,
anunciaram, recentemente, uma significativa descoberta neurofisiológica, que justifica ser a
falta de consciência fonológica do disléxico, a determinante mais forte da probabilidade de
sua falência no aprendizado da leitura;
que o Dr. Breitmeyer descobriu que há dois mecanismos inter-relacionados no ato de ler:
o mecanismo de fixação visual e o mecanismo de transição ocular que, mais tarde, foram
estudados pelo Dr. William Lovegrove e seus colaboradores, e demonstraram que crianças
disléxicas e não-disléxicas não apresentaram diferença na fixação visual ao ler; mas que os
disléxicos, porém, encontraram dificuldades significativas em seu mecanismo de transição
no correr dos olhos, em seu ato de mudança de foco de uma sílaba à seguinte, fazendo
com que a palavra passasse a ser percebida, visualmente, como se estivesse borrada, com
traçado carregado e sobreposto. Sensação que dificultava a discriminação visual das letras
que formavam a palavra escrita. Como bem figura uma educadora e especialista alemã, "...
É como se as palavras dançassem e pulassem diante dos olhos do disléxico".
A dificuldade de conhecimento e de definição do que é Dislexia, faz com que se tenha
criado um mundo tão diversificado de informações, que confunde e desinforma. Além do
que a mídia, no Brasil, as poucas vezes em que aborda esse grave problema, somente o
faz de maneira parcial, quando não de forma inadequada e, mesmo, fora do contexto global
das descobertas atuais da Ciência.
Dislexia é causa ainda ignorada de evasão escolar em nosso país, e uma das causas do
chamado "analfabetismo funcional" que, por permanecer envolta no desconhecimento, na
desinformação ou na informação imprecisa, não é considerada como desencadeante de
insucessos no aprendizado.
Hoje, os mais abrangentes e sérios estudos a respeito desse assunto, registram 20% da
população americana como disléxica, com a observação adicional: "existem muitos
disléxicos não diagnosticados em nosso país". Para sublinhar, de cada 10 alunos em sala
de aula, dois são disléxicos, com algum grau significativo de dificuldades. Graus leves,
embora importantes, não costumam sequer ser considerados.
Também para realçar a grande importância da posição do disléxico em sala de aula cabe,
além de considerar o seríssimo problema da violência infanto-juvenil, citar o lamentável
fenômeno do suicídio de crianças que, nos USA, traz o gravíssimo registro de que 40
(quarenta) crianças se suicidam todos os dias, naquele país. E que dificuldades na escola e
decepção que eles não gostariam de dar a seus pais estão citadas entre as causas
determinantes dessa tragédia.
Ainda é de extrema relevância considerar estudos americanos, que provam ser de 70% a
80% o número de jovens delinqüentes nos USA, que apresentam algum tipo de dificuldades
de aprendizado. E que também é comum que crimes violentos sejam praticados por
pessoas que têm dificuldades para ler. E quando, na prisão, eles aprendem a ler, seu nível
de agressividade diminui consideravelmente.
O Dr. Norman Geschwind, M.D., professor de Neurologia da Harvard Medical School;
professor de Psicologia do MIT - Massachussets Institute of Tecnology; diretor da Unidade
de Neurologia do Beth Israel Hospital, em Boston, MA, pesquisador lúcido e perseverante
que assumiu a direção da pesquisa neurológica em Dislexia, após a morte do pesquisador
pioneiro, o Dr. Samuel Orton, afirma que a falta de consenso no entendimento do que é
Dislexia, começou a partir da decodificação do termo criado para nomear essas específicas
dificuldades de aprendizado; que foi elegido o significado latino dys, como dificuldade; e
lexia, como palavra. Mas que é na decodificação do sentido da derivação grega
de Dislexia, que está a significação intrínsica do termo: dys, significando imperfeito
como disfunção, isto é, uma função anormal ou prejudicada; elexia que, do grego, dá
significação mais ampla ao termo palavra, isto é, comoLinguagem em seu sentido
abrangente.
Por toda complexidade do que, realmente, é Dislexia; por muita contradição derivada de
diferentes focos e ângulos pessoais e profissionais de visão; porque os caminhos de
descobertas científicas que trazem respostas sobre essas específicas dificuldades de
aprendizado têm sido longos e extremamente laboriosos, necessitando, sempre, de
consenso, é imprescindível um olhar humano, lógico e lúcido para o entendimento maior do
que é Dislexia.
Dislexia é uma específica dificuldade de aprendizado da Linguagem: em Leitura,
Soletração, Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo
Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social. Não tem como causa falta de
interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade
visual ou auditiva como causa primária. Dificuldades no aprendizado da leitura, em
diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos.
Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a
expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que
aprende de maneira diferente...
Disgrafia é uma inabilidade ou atraso no desenvolvimento da Linguagem Escrita,
especialmente da escrita cursiva. Escrever com máquina datilográfica ou com o computador
pode ser muito mais fácil para o disléxico. Na escrita manual, as letras podem ser mal
grafadas, borradas ou incompletas, com tendência à escrita em letra de forma. Os erros
ortográficos, inversões de letras, sílabas e números e a falta ou troca de letras e números
ficam caracterizados com muita frequência... Ler mais sobre>
Disgrafia
Nos diferentes aspectos da Dislexia, a DISGRAFIA é caracterizada por problemas com a
Linguagem Escrita, que dificulta a comunicação de idéias e de conhecimentos através
desse específico canal de comunicação. Há disléxicos sem problemas de coordenação
psicomotora, com uma linguagem corporal harmônica e um traçado livre e espontâneo em
sua escrita, embora, até, possam ter dificuldades com Leitura e/ou com a interpretação da
Linguagem Escrita. Mas há disléxicos com graves comprometimentos no traçado de letras e
de números. Eles podem cometer erros ortográficos graves, omitir, acrescentar ou inverter
letras e sílabas. Sua dificuldade espacial se revela na falta de domínio do traçado da letra,
subindo e descendo a linha demarcada para a escrita. Há disgráficos com letra mal grafada
mas inteligível, porém outros cometem erros e borrões que quase não deixam possibilidade
de leitura para sua escrita cursiva, embora eles mesmos sejam capazes de ler o que
escreveram. É comum que disgráficos também tenham dificuldades em matemática.
Existem teorias sobre as causas da Disgrafia; uma delas aborda o processo de integração
do sentido visão com a coordenação do comando cerebral do movimento. É especialmente
complicado para esses disléxicos, monitorar a posição da mão que escreve, com a
coordenação do direcionamento espacial necessário à grafia da letra ou do número,
integrados nos movimentos de fixação e alternância da visão. Por isto, eles podem reforçar
pesadamente o lápis ou a caneta, no ponto de seu foco visual, procurando controlar o que a
mão está traçando durante a escrita. Por isto, também podem inclinar a cabeça para tentar
ajustar distorções de imagem em seu campo de fixação ocular. Disgráficos, com freqüência,
experimentam, em diferentes graus, sensação de insegurança e desequilíbrio com relação à
gravidade, desde a infância. Podem surgir atrasos no desenvolvimento da marcha,
dificuldades em subir e descer escadas, ao andar sobre bases em desnível ou em balanço;
ao tentar aprender a andar de bicicleta, no uso de tesouras, ao amarrar os cordões dos
sapatos, jogando ou apanhando uma bola.
Tarefas que envolvem coordenação de movimentos com direcionamento visual podem
chegar a ser, até, extremamente complicadas. Dos simples movimentos para seguir uma
linha e, destes, para o refinamento da motricidade fina, que envolve o traçado da letra e do
número e de suas seqüências coordenadas, podem transformar-se em trabalho
especialmente laborioso. Razão porque se torna extremamente difícil para o disléxico
aprender a escrever pela observação da seqüência de movimentos ensinadas pelo
professor.
Dificuldades também surgem na construção com blocos, no encaixe de quebra-cabeças,
ao desenhar, ao tentar estabelecer valor e direcionamento ao movimento dos ponteiros do
relógio na Leitura das horas. A escrita, para o disgráfico, pode tornar-se uma tarefa muito
difícil e exaustiva, extremamente laboriosa e cansativa, podendo trazer os mais sérios
reflexos para o desenvolvimento do ego dessa criança, desse jovem, a falta de
entendimento, de diagnóstico e do imprescindível e adequado suporte psicopedagógico.
"ESSAS CRIANÇAS PODEM SER EXTREMAMENTE BRILHANTES, CAPAZES DE
EXCELENTES IDÉIAS, PORÉM COMPLETAMENTE INCAPAZES DE PASSAR PARA O
PAPEL O POTENCIAL DE SUAS CABEÇAS".Dr. LEVINE,M.D.
Discalculia - As dificuldades com a Linguagem Matemática são muito variadas em
seus diferentes níveis e complexas em sua origem. Podem evidenciar-se já no aprendizado
aritmético básico como, mais tarde, na elaboração do pensamento matemático mais
avançado. Embora essas dificuldades possam manifestar-se sem nenhuma inabilidade em
leitura, há outras que são decorrentes do processamento lógico-matemático da linguagem
lida ou ouvida. Também existem dificuldades advindas da imprecisa percepção de tempo e
espaço, como na apreensão e no processamento de fatos matemáticos, em sua devida
ordem...Ler mais sobre>
Discalculia
Não existe uma causa única e simples com que possam ser justificadas as bases das
dificuldades com a Linguagem Matemática, que podem ocorrer por falta de habilidade para
determinação de razão matemática ou pela dificuldade em elaboração de cálculo
matemático. Essas dificuldades estão atreladas a fatores diversos, podendo estar
vinculadas a problemas com o domínio da leitura e/ou da escrita, na compreensão global do
que proponha um texto, bem como no próprio processamento da linguagem. Há
dificuldades diretamente relacionadas à confusão visual-espacial, como outras que têm
relação com a discriminação da seqüência e da ordem precisas de fatos matemáticos e com
a lembrança correta de adequação de procedimentos matemáticos. Embora ocorrendo mais
raramente, também podem existir dificuldades em avaliações comparativas: maior-menor,
mais-menos. Também existe a possiblidade do emocional altamente exacerbado dificultar
ou, mesmo, bloquear o pensamento matemático, não possibilitando concentração precisa
no foco da lógica matemática, determinante para elaboração de razão matemática.
Pessoas disléxicas, com freqüência, são bem dotadas em matemática. Elas têm
habilidades de visualização em três dimensões, que as ajudam a assimilar conceitos mais
clara e rapidamente que pessoas não disléxicas. Por isto, também é relativamente comum
que esses disléxicos possam resolver complexos problemas matemáticos mentalmente,
mesmo que não sejam capazes de decompor esse calcúlo em suas etapas respectivas. E,
embora com essa habilidade ímpar, e por causa deste mesmo processo de aprendizado
diferencial em discalculia, essas pessoas, surpreendentemente, podem experimentar
grandes dificuldades em cálculos aritméticos básicos. E quando esses disléxicos
apresentam dificuldades muito pronunciadas em direcionalidade, rota de memorização e
seqüência, isto pode trazer-lhes dificuldades tão pronunciadas, impedindo que seus dons
matemáticos possam ser evidenciados.
Há outros disléxicos que, ao contrário, não encontram grandes dificuldades e, até, podem
ser hábeis em cálculos aritméticos, porém fracassam sempre que uma "incógnita" lhes traga
uma abstração que eles não conseguem decodificar. Assim, encontram sérias dificuldades
em matemática mais avançada.
Deficiência de Atenção - É a dificuldade de concentrar e de manter concentrada
a atenção em objetivo central, para discriminar, compreender e assimilar o foco central de
um estímulo. Esse estado de concentração é fundamental para que, através do
discernimento e da elaboração do ensino, possa completar-se a fixação do aprendizado. A
Deficiência de Atenção pode manifestar-se isoladamente ou associada a uma Linguagem
Corporal que caracteriza a Hiperatividade ou, opostamente, a Hipoatividade...Ler mais
sobre>
Deficiência de Atenção
Há disléxicos cujo problema central está na dificuldade de focar a atenção, sustentando a
coordenação seletiva dessa atenção, e mantendo esse estado convergente de atenção
durante um espaço de tempo necessário à seleção e registro de um estímulo, possibilitando
que se integre na construção do aprendizado. Como, de alguma forma, sempre existe o
componente da atenção em Dislexia, alguns especialistas nomeavam essa dificuldade de
aprendizado a partir do seu aspecto de deficiência de atenção, com as designações:
"Attention Deficit Desorder-ADD" - (Distúrbio de Deficiência de Atenção-DDA); e "Attention
Deficit Hyperativity Desorder-ADHD" - (Distúrbio de Deficiência de Atenção com
Hiperatividade-DDAH).
Por causa de sua dificuldade em concentrar a atenção, há crianças e adultos que podem
tornar-se inacreditavelmente confusos e inconsistentes. E porque existe uma oscilação no
nível da capacidade de concentração dessas pessoas, há dias em que elas podem melhor
corresponder à expectativa escolar ensino-aprendizado, e outros dias em que se
apresentam dispersivas, parecendo ter esquecido tudo o que já haviam aprendido. Por isto,
elas podem conseguir uma nota alta em um dia e serem reprovadas, no mesmo conteúdo,
no dia seguinte, na próxima semana ou no mês seguinte. Condição que confunde pais,
professores e o próprio disléxico que não consegue entender por que isto acontece.
E porque, muitas vezes, esses estudantes não são capazes de focar e manter sua atenção
seletiva para uma concentração e resposta satisfatórias, pessoas e, até, profissionais
desinformados acerca desse processo, podem exasperar-se e acusá-los de serem
desatentos e negligentes; de não estarem levando seus estudos a sério; de não estarem
determinados a aprender; de serem negligentes e indiferentes ao objetivo de conquistar um
bom desempenho escolar quando, na verdade, eles não estão conseguindo atingir um nivel
mínimo necessário de concentração da atenção, para que possam, mentalmente, construir
e entrelaçar as seqüências relacionais em seu mecanismo psicopedagógico pessoal
ensino-aprendizado.
O Dr. Mel Levine, M.D., adverte que, "Freqüentemente, essas crianças são
classificadas como tendo distúrbios emocionais, e seus pais podem culpá-las por
isto, quando, na verdade, cada uma delas é vítima inocente de uma deficiência
escondida, que interfere no caminho em que o cérebro dessa criança organiza sua
habilidade de concentração".
Há crianças que têm problemas de atenção e são, também, impulsivas, porém não são
hiperativias. E outras, ao contrário, que podem ser hipoativas. O Dr Goldberg também
esclarece que "DDA-Distúrbio de Deficiêcia de Atenção pode ocorrer sem nenhum
desequilíbrio piscomotor como, também, pode acontecer acompanhado de
Hiperatividade em algum de seus diferentes graus, que podem oscilar entre o quase
imperceptível ao irritante e, deste, podendo atingir níveis até incapacitantes".
Hiperatividade - Refere-se à atividade psicomotora excessiva, com padrões
diferenciais de sintomas: o jovem ou a criança hiperativa com comportamento impulsivo é
aquela que fala sem parar e nunca espera por nada; não consegue esperar por sua vez,
interrompendo e atropelando tudo e todos. Porque age sem pensar e sem medir
conseqüências, está sempre envolvida em pequenos acidentes, com escoriações,
hematomas, cortes. Um segundo tipo de hiperatividade tem como característica mais
pronunciada, sintomas de dificuldades de foco de atenção. É uma superestimulação
nervosa que leva esse jovem ou essa criança a passar de um estímulo a outro, não
conseguindo focar a atenção em um único tópico. Assim, dá a falsa impressão de que é
desligada mas, ao contrário, é por estar ligada em tudo, ao mesmo tempo, que não
consegue concentrar-se em um único estímulo, ignorando outros...Ler mais sobre>
Hiperatividade
Criança hiperativa é aquela que nunca pode parar, que está sempre agitada, que não
consegue permanecer sentada, imóvel. O Dr.Serfontein diz que: "Mesmo quando mais
velho, se analisado com atenção, o hiperativo revelará algum tipo de movimento contínuo
das pernas, dos pés, dos braços, das mãos, dos lábios, da língua". Especialistas dizem que
"...há pais e professores que, ainda, acreditam que o comportamento da criança ou do
jovem hiperativo seja de oposição, e que pode e deve ser controlado". Por isto se torna
muito importante a conscientização de que Hiperatividade é condição orgânica com base
neurológica. E que uma criança ou jovem que se sinta incapaz de controlar os próprios
movimentos, sente-se muito mal a respeito de si mesmo e sua auto-imagem e auto-estima
podem tornar-se muito negativas.
Existem duas características diferenciais em Hiperatividade: a primeira delas é da criança
hiperativa com comportamento impulsivo, que fala sem pensar e nunca espera por nada;
que não consegue esperar por sua vez, interrompendo e atropelando tudo e todos, agindo
antes de pensar e nunca medindo as conseqüências dessas atitudes. Planeja e decide mal
e suas ações podem ser perigosas. Como bem explicita o Dr. Paul Wender, "Essa criança
corre para a rua, sobe no peitoril da janela, trepa em árvores... Por isto sua cota de
escoriações, hematomas, cortes e idas ao médico são significativas". Um segundo tipo de
Hiperatividade tem suas características mais pronunciadas na dificuldade de foco de
atenção. Trata-se de uma super estimulação nervosa que faz com que essa criança passe
de um estímulo a outro, não conseguindo focar sua atenção em um único objetivo, o que dá
a impressão de que ela é desligada. Ela se distrai facilmente com um estímulo mínimo que
alcance sua visão, com qualquer som ou cheiro, não conseguindo centralizar sua atenção,
suprimindo detalhes de importância irrelevante. Não é que esse hiperativo não preste
atenção em nada, ao contrário, ele presta atenção em tudo, ao mesmo tempo, não sendo
capaz de destacar um estímulo e ignorar outros. Ele não consegue determinar o foco
principal dentre estímulos que bombardeiem seu cérebro, em que deveria fixar sua atenção
seletiva. É a resposta a diferentes estímulos, ao mesmo tempo, que dá a essa criança a
característica de hiperativa. Não é que ela esteja desatenta, desligada; ao contrário, o fato
dela estar ligada em tudo que esteja acontecendo a sua volta é que a impede de concentrar
sua atenção em um só estímulo.
Hipoatividade - A Hipoatividade se caracteriza por um nível baixo de atividade
psicomotora, com reação lenta a qualquer estímulo. Trata-se daquela criança chamada
"boazinha", que parece estar, sempre, no "mundo da lua", "sonhando acordada".
Comumente o hipoativo tem memória pobre e comportamento vago, pouca interação social
e quase não se envolve com seus colegas...Ler mais sobre>
Hipoatividade
O termo HIPOATIVIDADE expressa a tradução de sua significação literal, exatamente
inversa à condição de Hiperatividade.
A criança hipoativa é aquela que parece estar, sempre, no "mundo da lua", "sonhando
acordada." Dá a impressão de que nunca está ligada em nada. Ela tem memória pobre e
comportamento vago, pouca interação social, quase não se envolve com seus colegas e
costuma não ter amigos. Hipoatividade se caracteriza por um nível baixo de atividade
motora, com reação lenta a qualquer estímulo. Essa criança não costuma trazer problemas
em seu convívio porque é, sempre, muito bem comportada, a chamada "criança boazinha".
Hipoatividade ligada à Dislexia traz uma grande dificuldade a essa criança e jovem, no
processar o que está acontecendo à sua volta, necessitando de um aprimoramento de
técnicas em seu programa escolar, com a necessidade de recursos psicopedagógicos
remediativos absolutamente específicos, com um suporte muito mais ativo de estímulos
tanto na escola como em casa e na sociedade.
Na Primeira Infância:
1 - atraso no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, sentar e andar;
2 - atraso ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio á pronúncia de
palavras;
3 - parece difícil para essa criança entender o que está ouvindo;
4 - distúrbios do sono;
5 - enurese noturna;
6 - suscetibilidade à alergias e à infecções;
7 - tendência à hiper ou a hipo-atividade motora;
8 - chora muito e parece inquieta ou agitada com muita freqüência;
9 - dificuldades para aprender a andar de triciclo;
10 - dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares.
Observação:
Pesquisas científicas neurobiológicas recentes concluiram que o sintoma mais
conclusivo acerca do risco de dislexia em uma criança, pequena ou mais velha, é o
atraso na aquisição da fala e sua deficiente percepção fonética. Quando este sintoma
está associado a outros casos familiares de dificuldades de aprendizado - dislexia é,
comprovadamente, genética, afirmam especialistas que essa criança pode vir a ser
avaliada já a partir de cinco anos e meio, idade ideal para o início de um programa
remediativo, que pode trazer as respostas mais favoráveis para superar ou minimizar
essa dificuldade.
A dificuldade de discriminação fonológica leva a criança a pronunciar as palavras de
maneira errada. Essa falta de consciência fonética, decorrente da percepção imprecisa
dos sons básicos que compõem as palavras, acontece, já, a partir do som da letra e da
sílaba. Essas crianças podem expressar um alto nível de inteligência, "entendendo
tudo o que ouvem", como costumam observar suas mães, porque têm uma excelente
memória auditiva. Portanto, sua dificuldade fonológica não se refere à identificação do
significado de discriminação sonora da palavra inteira, mas da percepção das partes
sonoras diferenciais de que a palavra é composta. Esta a razão porque o disléxico
apresenta dificuldades significativas em leitura, que leva a tornar-se, até,
extremamente difícil sua soletração de sílabas e palavras. Por isto, sua tendência é ler
a palavra inteira, encontrando dificuldades de soletração sempre que se defronta com
uma palavra nova.
Porque, freqüentemente, essas crianças apresentam mais dificuldades na conquista
de
domínio do equilíbrio de seu corpo com relação à gravidade, é comum que pais
possam submete-las a exercícios nos chamados "andadores" ou "voadores". Prática
que, advertem os especialistas, além de trazer graves riscos de acidentes, é
absolutamente inadequada para a aquisição de equilíbrio e desenvolvimento de sua
capacidade de andar, como interfere, negativamente, na cooperação harmônica entre
áreas motoras dos hemisférios esquerdo-direito do cérebro. Por isto, crianças que
exercitam a marcha em "andador", só adquirem o domínio de andar sozinhas, sem
apoio, mais tardiamente do que as outras crianças.
Além disso, o uso do andador como exercício para conquista da marcha ou visando
uma maior desenvoltura no andar dessa criança, também contribui, de maneira
comprovadamente negativa, em seu desenvolvimento psicomotor potencial-global, em
seu processo natural e harmônico de maturação e colaboração de lateralidade
hemisférica-cerebral.
A Partir dos Sete Anos de Idade:
1 - pode ser extremamente lento ao fazer seus deveres:
2 - ao contrário, seus deveres podem ser feitos rapidamente e com muitos erros;
3 - copia com letra bonita, mas tem pobre compreensão do texto ou não lê o que escreve;
4 - a fluência em leitura é inadequada para a idade;
5 - inventa, acrescenta ou omite palavras ao ler e ao escrever;
6 - só faz leitura silenciosa;
7 - ao contrário, só entende o que lê, quando lê em voz alta para poder ouvir o som da
palavra;
8 - sua letra pode ser mal grafada e, até, ininteligível; pode borrar ou ligar as palavras entre
si;
9 - pode omitir, acrescentar, trocar ou inverter a ordem e direção de letras e sílabas;
10 - esquece aquilo que aprendera muito bem, em poucas horas, dias ou semanas;
11 - é mais fácil, ou só é capaz de bem transmitir o que sabe através de exames orais;
12 - ao contrário, pode ser mais fácil escrever o que sabe do que falar aquilo que sabe;
13 - tem grande imaginação e criatividade;
14 - desliga-se facilmente, entrando "no mundo da lua";
15 - tem dor de barriga na hora de ir para a escola e pode ter febre alta em dias de prova;
16 - porque se liga em tudo, não consegue concentrar a atenção em um só estímulo;
17 - baixa auto-imagem e auto-estima; não gosta de ir para a escola;
18 - esquiva-se de ler, especialmente em voz alta;
19 - perde-se facilmente no espaço e no tempo; sempre perde e esquece seus pertences;
20 - tem mudanças bruscas de humor;
21 - é impulsivo e interrompe os demais para falar;
22 - não consegue falar se outra pessoa estiver falando ao mesmo tempo em que ele fala;
23 - é muito tímido e desligado; sob pressão, pode falar o oposto do que desejaria;
24 - tem dificuldades visuais, embora um exame não revele problemas com seus olhos;
25 - embora alguns sejam atletas, outros mal conseguem chutar, jogar ou apanhar uma
bola;
26 - confunde direita-esquerda, em cima-em baixo; na frente-atrás;
27 - é comum apresentar lateralidade cruzada; muitos são canhestros e outros ambidestros;
28 - dificuldade para ler as horas, para seqüências como dia, mês e estação do ano;
29 - dificuldade em aritmética básica e/ou em matemática mais avançada;
30 - depende do uso dos dedos para contar, de truques e objetos para calcular;
31 - sabe contar, mas tem dificuldades em contar objetos e lidar com dinheiro;
32 - é capaz de cálculos aritméticos, mas não resolve problemas matemáticos ou
algébricos;
33 - embora resolva cálculo algébrico mentalmente, não elabora cálculo aritmético;
34 - tem excelente memória de longo prazo, lembrando experiências, filmes, lugares e
faces;
35 - boa memória longa, mas pobre memória imediata, curta e de médio prazo;
36 - pode ter pobre memória visual, mas excelente memória e acuidade auditivas;
37 - pensa através de imagem e sentimento, não com o som de palavras;
38 - é extremamente desordenado, seus cadernos e livros são borrados e amassados;
39 - não tem atraso e dificuldades suficientes para que seja percebido e ajudado na escola;
40 - pode estar sempre brincando, tentando ser aceito nem que seja como "palhaço" ;
41 - frustra-se facilmente com a escola, com a leitura, com a matemática, com a escrita;
42 - tem pré-disposição à alergias e à doenças infecciosas;
43 - tolerância muito alta ou muito baixa à dor;
44 - forte senso de justiça;
45 - muito sensível e emocional, busca sempre a perfeição que lhe é difícil atingir;
46 - dificuldades para andar de bicicleta, para abotoar, para amarrar o cordão dos sapatos;
47 - manter o equilíbrio e exercícios físicos são extremamente difíceis para muitos
disléxicos;
48 - com muito barulho, o disléxico se sente confuso, desliga e age como se estivesse
distraído;
49 - sua escrita pode ser extremamente lenta, laboriosa, ilegível, sem domínio do espaço na
página;
50 - cerca de 80% dos disléxicos têm dificuldades em soletração e em leitura.
Crianças disléxicas apresentam combinações de sintomas, em intensidade de níveis que
variam entre o sutil ao severo, de modo absolutamente pessoal. Em algumas delas há um
número maior de sintomas e sinais; em outras, são observadas somente algumas
características. Quando sinais só aparecem enquanto a criança é pequena, ou se alguns
desses sintomas somente se mostram algumas vezes, isto não significa que possam estar
associados à Dislexia. Inclusive, há crianças que só conquistam uma maturação
neurológica mais lentamente e que, por isto, somente têm um quadro mais satisfatório de
evolução, também em seu processo pessoal de aprendizado, mais tardiamente do que a
média de crianças de sua idade.
Pesquisadores têm enfatizado que a dificuldade de soletração tem-se evidenciado como um
sintoma muito forte da Dislexia. Há o resultado de um trabalho recente, publicado no jornal
Biological Psychiatry e referido no The Associated Press em 15/7/02, onde foram estudadas
as dificuldades de disléxicos em idade entre 7 e 18 anos, que reafirma uma outra conclusão
de pesquisa realizada com disléxicos adultos em 1998, constando do seguinte:
que quanto melhor uma criança seja capaz de ler, melhor ativação ela mostra em uma
específica área cerebral, quando envolvida em exercício de soletração de palavras. Esses
pesquisadores usaram a técnica de Imagem Funcional de Ressonância Magnética, que
revela como diferentes áreas cerebrais são estimuladas durante atividades específicas.
Esta descoberta enfatiza que essa região cerebral é a chave para a habilidade de leitura,
conforme sugerem esses estudos.
Essa área, atrás do ouvido esquerdo, é chamada região ocipto-temporal esquerda.
Cientistas que, agora, estão tentando definir que circuitos estão envolvidos e o que ocorre
de errado em Dislexia, advertem que essa tecnologia não pode ser usada para diagnosticar
Dislexia.
Esses pesquisadores ainda esclarecem que crianças disléxicas mais velhas mostram mais
atividade em uma diferente região cerebral do que os disléxicos mais novos. O que sugere
que essa outra área assumiu esse comando cerebral de modo compensatório,
possibilitando que essas crianças conseguiam ler, porém somente com o exercício de um
grande esforço.
I n t e r v e n ç ã o - E x e r c í c i o s
EXEMPLOS DE EXERCÍCIOS
1. Executar traçados simétricos
Desenha a outra metade em simetria
2. Reconhecer direita e esquerda
Observa atentamente a figura e responde .
O aluno está à _______________ do
pai;
O balde está na mão
________________da auxiliar;
O pai está à _______________ da mãe;
A pasta está à _______________ do
aluno.
3. Completar sequências lógicas
Este conceito pode ser trabalhado usando os dias da semana, os meses do ano e o alfabeto
Continua as sequências
4. Fazer labirintos
Observa a imagem. Assinala o percurso que o coelho deve fazer para chegar à cenoura
5. Distinguir letras de formas equivalentes
Agrupa por cores à tua escolha as letras iguais.
b q b q b d b q d
q p q b q p q b q
b p b d b b b d b
q q q p b q q p b
b b d b q b d b q
d q d q b q d q b
p b p b q b p b q
6. Fazer a correspondência entre letras ou conjuntos iguais
Assinala as combinações iguais ao exemplo
HNNHOPRTJ 226477990
RTVGHYIO RETPOUNGH 226477990 TIJOPILIP HMMHOQHID
HNNHOPRTJ TURNASDTE JUTILUMIP 244865927 224978980
226389765 ERTOPYADE HMMHOQHID HNNHOPRTJ HNNHOPRTJ
226828917 226477990 ERTAUYRAM 589621473 5487965214
HNNHOPRTJ HNNFGTOPT 224978980 226477990 HNNHOPRTJ
HNNHTRGOI HNNRTERPO 458973652 598326574 226477990
226477990 226477990 226477990 HNNHOPRTJ 224587931
7. Sopas de letras
Procura nesta sopa de letras o nome de 12 alimentos
L O Ã P Z N U I N
E V Z A N A N A Z
I O G U R T E M A
T S A Ã Ç A M E R
E A P O S S A L E
A B A T A T A Ê P
Reescreve os alimentos
1__________ 2__________ 3__________ 4__________ 5__________ 6__________ 7__________
8__________ 9__________ 10__________ 11__________ 12__________
8. Identificar letras
Assinala as letras p e a b na seguinte lista de palavras.
balão papoila
pacote bombeiro
barco papão
sabonete sapo
sapato sabão
9. Identificar o número de vezes que um elemento se repete
Identifica os elementos que se repetem. Assinala-os.
? “ $ ! § % ? # &
8 ? * ? + - 8 ? X
 « > 8 ? / < ? @
? £ { [ ] } ? 8 ?
10. Descobre as diferenças
11. Acentuação
Acentua as seguintes palavras correctamente:
Alias | lençois | atraves | ananas | agua | joia
Lingua | lapis | textil |arvore |bonus |sao
Exercicio | silabas | televisao | figado | simpatico
12. Pontuação
Pontua o texto e faz as alterações necessárias:
Era uma vez um sapo muito pequenino Ele queria crescer depressa depressa e ser muito
grande como já grande e gordo era o seu avô como já grande e forte era o seu pai
Mas duvidava ele de perninha no ar naquela horta onde morava e comendo os bicharocos que
comia seria possível crescer muito muito
Maria Alberta Meneres, Histórias do Tempo Vai Tempo Vem, Ed. Asa
13. Completar palavras
Completa as palavras utilizando as seguintes letras: S / X / J / G
Ro__eira __irafa __ibóia Can__ar
Ane__ar Fi__o Te__oura Para__em
14. Palavras diferentes com o mesmo som
Continua as rimas
Riscas rima com _________ Amor rima com _________ Bolas rima com __________
15. Melhorar velocidade e ritmo de leitura
Utilizando um texto do manual escolar do aluno, determinar uma palavra e quantificar
quantas vezes a mesma surge.
16. Separação de grupos sintácticos da frase
Utilizando um texto do manual escolar do aluno, fotocopia-se e corta-se por parágrafos.
Misturam-se as tiras de papel e solicita-se ao aluno que as ordene de forma a organizar de
novo o texto.
O mesmo exercício poderá ser feito apenas com frases desordenadas.
17. Identificar ideias
Selecciona-se um texto adequado e solicita-se ao aluno:
1º Ler o texto em voz alta.
2º Sublinhar as ideias principais.
3º Anotar na margem do texto a palavra-chave.
4º Formular questões a par com a leitura.
18. Elaborar com os alunos:
Redes semânticas / mapas conceituais / esquemas / resumos
São tarefas com um certo grau de dificuldade, que após adquiridas ajudam a sistematização
dos diferentes conteúdos.
19. Fazer sequência de histórias
Esta actividade pode ter diferentes formas de resolução:
1º Um dos alunos dá um tema e pede a um dos presentes que continue a história;
2º Conta-se uma história e solicita-se ao aluno que lhe seja dado um final;
3º Conta-se uma história e pede-se um título.
20. Ler textos com tipos de letras diferentes
21. Ordenar sílabas
Descobre a palavra escondida
lis jor me na ta
Atividades para Dispraxia
Estas actividades servem para melhorar o equilíbrio e a coordenação, mas também o
processamento visual, a distância e a velocidade, a lógica e sequência, ajudando
assim nas dificuldades sentidas pelos dispráxicos.
Estes exemplos são simples de seguir, no entanto algumas crianças enfrentarão
algumas dificuldades na sua realização. Nadar ou andar de bicicleta são
complementos muito bons.
Estes exercícios deverão ser realizados durante 15 a 20 minutos por dia:
Balançar
Ficar de pé só numa perna, que inicialmente deverá ser a dominante e só depois
passar para a outra. Enquanto fica de pé contar quanto tempo a criança aguenta esta
posição, ficando de olhos abertos. De seguida fazer o mesmo exercício, mas de olhos
fechados. A criança poderá sentir alguma dificuldade ao fazer o exercício com os
olhos fechados.
Saltar
Começando novamente com a perna dominante contar quantas vezes a criança
consegue saltar. Quando eventualemnte a criança perder o equilíbrio troque de perna.
No início a criança irá saltar por todo o lado, mas com o tempo permanecerá mais ou
menos na mesma área.
Habilidades com a Bola
Utilizar bolas de diferentes tamanhos para praticar atirar e apanhar. Inicialmente
distancie-se pouco da criança e pouco a pouco aumente a distância. Motive a criança
a observar o percurso da bola, isso ajuda a perceber a distância e a velocidade. Com
o tempo variar a velocidade da bola assim como direccionar a bola mais para a
esquerda ou para a direita, mas sem informar a criança desse facto. Faça o mesmo
exercício,mas agora apenas com uma mão, iniciando com o braço dominante. À
medida que a criança se vai tornando mais confiante, poderá atirar a bola contra a
parede, dentro de uma área definida (um quadrado no chão p.ex.).
Futebol
Chutar a bola em direcção à criança e motivá-la a fazer o mesmo. A criança deve
chutar primeiro com a perna dominante e depois com a outra, para a direita e para a
esquerda.
Atividades para Discalculia
Diferenças
Diferenças
Jogos de diferenças são importantes para quem possui discalculia pois desenvolve a
concentração e atenção.
Exemplo:
Descobre as 8 diferenças entre as duas imagens:
Segue este site para jogares às diferenças online e em diferentes
níveis:http://www.brincar.pt/jogos/jogos-de-
agilidade/jogo_das_diferencas_descobre_as_diferencas_16.html
Caracol
Desenhar no chão um caracol como o da ilustração abaixo, contendo os números de 0
a 9. Posteriormente a criança deverá saltar para os números que lhe serão solicitados.
Para complexificar um pouco o exercício, podem ser solicitados números com dois ou
mais algarismos (Ex: 198. Neste caso a criança deverá saltar primeiro para o numero
1, seguidamente para o numero 9 e por fim, para o numero 8). Este jogo promove o
reconhecimento e identificação dos números, estimula a memória e desenvolve a
orientação espacial e percepção visual.
Tamanhos
Com objectos de vários tamanhos, pedir para os colocar por ordem crescente e,
posteriormente, descrescente. Esta actividade desenvolve a orientação temporal; a
noção de "alto e baixo", "pequeno e grande"; estimula a destreza manual; e
desenvolve a atenção, concentração, capacidade de categorização e organização.
Sudoku
O objectivo é preencher um quadrado 9x9 com números de 1 a 9, sem repetir números
em cada linha e cada coluna. Também não se pode repetir números em cada
quadrado de 3x3. Esta actividade desenvolver a estruturação espácio-temporal;
promove o raciocínio lógico; e desenvolve a atenção, concentração e percepção
visual.
Exemplo:
Segue o site a seguir para jogar sudoku online com diferentes níveis de
dificuldade:http://sudoku.net.br/
Todos os exercício que envolvam números, contagem e
concentração são recomendados para quem tem
discalculia.
Atividades para Dislexia
Sopa de letras
Para estimular a concentração, atenção e reconhecimento das palavras/letras, a sopa
de letras é um bom jogo.
Exemplo:
Encontra mais sopas de letras para fazeres no site a seguir:
http://www.horavaga.net/jogo_145_1_sopa-de-letras.html
Anagrama
Forma uma palavra nova com as letras da palavra dada.
Pedra: ___________
Sapo: ____________
Papo: ____________
Vela: _____________
Rato: _____________
Cabo: _____________
Amor: _____________
Cabo: _____________ Soluções
Várias palavras
Escreve (diz) palavras que contenham a parte principal da palavra que é dada:
Exemplo:
Casa: casamento, casar, casal, casarão, casinha, casado
Actividade
Pesca: __________________________________________
Estalo: __________________________________________
Pensar: __________________________________________
Cantar: __________________________________________
Estrela: __________________________________________
Amar: ___________________________________________
Criar os seus jogos:
Criar jogos é uma excelente ferramenta para promover a aprendizagem. Siga as
seguintes dicas:
• Investigue sobre dislexia – aprenda sobre os sinais e os pontos fracos e fortes
acerca da dislexia;
• Crie letras em vários formatos e texturas e brinque com a construção de
palavras;
• Reproduza jogos que encontre em catálogos educacionais. Alguns são
bastante dispendiosos, mas facilmente reproduzíveis;
• Modifique jogos existentes para ir de encontro às necessidades do disléxico
(especialmente um tipo de jogo que este aprecie);
• Partilhe ideias com outros pais, professores, e técnicos de forma a melhorar os
seus jogos;
• Elabore o jogo em conjunto com o disléxico, ficará surpreendido com a
criatividade.
Corrigir a "letra feia" - Disgrafia/Disortografia
O aperfeiçoamento da escrita tende a compensar os défices na mesma, na medida em
que se pretende melhorar os factores funcionais que afectam o acto de escrever.
Deste modo apresentam-se alguns recursos e exercícios que poderão ser úteis neste
domínio.
Proporção das letras
O uso de pautas quadriculadas pode corrigir os transtornos de dimensão das letras.
Deve-se dar à criança algumas orientações: as letras ascendentes ou descendentes
ocupam três quadrados, as letras baixas apenas uma.
Transtornos da inclinação
• Desenhar linhas paralelas.
• Desenhar ondas e linhas rectas paralelas.
• Recortar tiras de papel paralelas.
• Numa folha de papel desenhar pontos em ambos os extremos que a criança
deve unir. Realizar também actividades de escrita procurando terminar em
locais adequados.
Transtornos de ligação entre entre letras
• Exercícios de repassar palavras e frases sem levantar o lápis.
• Pôr palavras com letras separadas para que a criança as una de forma
correcta.
Transtornos de Espaçamento
O uso de pautas quadriculadas com o estabelecimento de deixar três quadriculas
entre as palavras pode ajudar na homogeneidade do espaçamento.
Posição do corpo
Durante a escrita, o corpo tem de permanecer paralelo à mesa evitando que se forme
um ângulo com esta, uma vez que isso obriga a rodar os ombros para escrever. As
costas devem estar apoiadas nas costas da cadeira e só a zona dorsal formará um
ligeiro ângulo com o bordo da mesa.
Posição do papel
À medida que a criança cresce o papel vai-se separando da posição vertical criando-
se um ângulo cada vez maior entre a mesa e a posição do papel. O ângulo de
inclinação aumenta progressivamente ao longo dos anos (nos adultos é de 30 º). Do
mesmo modo, a criança tende a proximar o papel em direcção ao hemicorpo da mão
que escreve. Determinadas posturas provocam alterações no grafismo (ângulo
inadequado, movimentos persistentes). Convém realizar exercícios em que a criança
possa aprender a escrever com correcta inclinação. Um exemplo é fixar o papel para
impedir que a criança o mova durante a escrita.
Exercícios, Atividades e Teste para Dislexia
1- Exercícios e Actividades para Dislexia
2 - Exercícios e Actividades para Dislexia
3 - Exercícios e Actividades para Dislexia
Teste Diagnóstico para identificar Dislexia em Adultos
As questões estão relacionadas com diferentes áreas da Dislexia. Lê as perguntas
com atenção e responde com honestidade.
1. Achas difícil distinguir esquerda de direita?
2. Para ti é difícil ler um mapa ou encontrar uma direcção para um sítio desconhecido?
3. Não gostas de ler em alta voz?
4. Demoras mais do que era suposto para ler uma página de um livro?
5. Achas difícil perceber o que leste?
6. Não gostas de ler livros com muitas páginas?
7. Soletras mal?
8. A tua letra (caligrafia) é difícil de ler?
9. Ficas confuso se tiveres que falar em público?
10.Achas difícil escrever mensagens no telemóvel?
11.Quando dizes uma palavra longa, tens dificuldade em dizer todos os sons pela ordem correcta?
12.Achas difícil somar usando somente a mente, sem usar os dedos ou papel?
13.Confundes os números quando os marcas no telefone?
14.Consegues dizer os meses do ano rapidamente?
15.Consegues dizer os meses do ano de trás para a frente?
16.Confundes datas e horas e esqueces-te de compromissos?
17.Enganas-te muitas vezes ao escrever um cheque?
18.Achas que impressos são confusos?
19.Confundes números como 95 e 59?
20.Para ti é difícil aprender as tabuadas?
Se respondeste sim à maioria destas questões, então há uma grande probabilidade de
seres disléxico.

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Dislexia

  • 1. Entender como aprendemos e o porquê de muitas pessoas inteligentes e, até, geniais experimentarem dificuldades paralelas em seu caminho diferencial do aprendizado, é desafio que a Ciência vem deslindando paulatinamente, em130 anos de pesquisas. E com o avanço tecnológico de nossos dias, com destaque ao apoio da técnica de ressonância magnética funcional, as conquistas dos últimos dez anos têm trazido respostas significativas sobre o que é Dislexia. A complexidade do entendimento do que é Dislexia, está diretamente vinculada ao entendimento do ser humano: de quem somos; do que é Memória e Pensamento- Pensamento e Linguagem; de como aprendemos e do por quê podemos encontrar facilidades até geniais, mescladas de dificuldades até básicas em nosso processo individual de aprendizado. O maior problema para assimilarmos esta realidade está no conceito arcaico de que: "quem é bom, é bom em tudo"; isto é, a pessoa, porque inteligente, tem que saber tudo e ser habilidosa em tudo o que faz. Posição equivocada que Howard Gardner aprofundou com excepcional mestria, em suas pesquisas e estudos registrados, especialmente, em sua obra Inteligências Múltiplas. Insight que ele transformou em pesquisa cientificamente comprovada, que o alçou à posição de um dos maiores educadores de todos os tempos. A evolução progressiva de entendimento do que é Disléxia, resultante do trabalho cooperativo de mentes brilhantes que têm-se doado em persistentes estudos, tem marcadores claros do progresso que vem sendo conquistado. Durante esse longo período de pesquisas que transcende gerações, o desencontro de opiniões sobre o que é Dislexia redundou em mais de cem nomes para designar essas específicas dificuldades de aprendizado, e em cerca de 40 definições, sem que nenhuma delas tenha sido universalmente aceita. Recentemente, porém, no entrelaçamento de descobertas realizadas por diferentes áreas relacionadas aos campos da Educação e da Saúde, foram surgindo respostas importantes e conclusivas, como: que Dislexia tem base neurológica, e que existe uma incidência expressiva de fator genético em suas causas, transmitido por um gene de uma pequena ramificação do cromossomo # 6 que, por ser dominante, torna Dislexia altamente hereditária, o que justifica que se repita nas mesmas famílias; que o disléxico tem mais desenvolvida área específica de seu hemisfério cerebral lateral- direito do que leitores normais. Condição que, segundo estudiosos, justificaria seus "dons" como expressão significativa desse potencial, que está relacionado à sensibilidade, artes, atletismo, mecânica, visualização em 3 dimenões, criatividade na solução de problemas e habilidades intuitivas; que, embora existindo disléxicos ganhadores de medalha olímpica em esportes, a maioria deles apresenta imaturidade psicomotora ou conflito em sua dominância e colaboração hemisférica cerebral direita-esquerda. Dentre estes, há um grande exemplo brasileiro que, embora somente com sua autorização pessoal poderíamos declinar o seu nome, ele que é uma de nossas mentes mais brilhantes e criativas no campo da mídia, declarou: "Não sei por que, mas quem me conhece também sabe que não tenho domínio motor que me dê a capacidade de, por exemplo, apertar um simples parafuso"; que, com a conquista científica de uma avaliação mais clara da dinâmica de comando cerebral em Dislexia, pesquisadores da equipe da Dra. Sally Shaywitz, da Yale University, anunciaram, recentemente, uma significativa descoberta neurofisiológica, que justifica ser a falta de consciência fonológica do disléxico, a determinante mais forte da probabilidade de sua falência no aprendizado da leitura; que o Dr. Breitmeyer descobriu que há dois mecanismos inter-relacionados no ato de ler: o mecanismo de fixação visual e o mecanismo de transição ocular que, mais tarde, foram estudados pelo Dr. William Lovegrove e seus colaboradores, e demonstraram que crianças disléxicas e não-disléxicas não apresentaram diferença na fixação visual ao ler; mas que os disléxicos, porém, encontraram dificuldades significativas em seu mecanismo de transição no correr dos olhos, em seu ato de mudança de foco de uma sílaba à seguinte, fazendo com que a palavra passasse a ser percebida, visualmente, como se estivesse borrada, com
  • 2. traçado carregado e sobreposto. Sensação que dificultava a discriminação visual das letras que formavam a palavra escrita. Como bem figura uma educadora e especialista alemã, "... É como se as palavras dançassem e pulassem diante dos olhos do disléxico". A dificuldade de conhecimento e de definição do que é Dislexia, faz com que se tenha criado um mundo tão diversificado de informações, que confunde e desinforma. Além do que a mídia, no Brasil, as poucas vezes em que aborda esse grave problema, somente o faz de maneira parcial, quando não de forma inadequada e, mesmo, fora do contexto global das descobertas atuais da Ciência. Dislexia é causa ainda ignorada de evasão escolar em nosso país, e uma das causas do chamado "analfabetismo funcional" que, por permanecer envolta no desconhecimento, na desinformação ou na informação imprecisa, não é considerada como desencadeante de insucessos no aprendizado. Hoje, os mais abrangentes e sérios estudos a respeito desse assunto, registram 20% da população americana como disléxica, com a observação adicional: "existem muitos disléxicos não diagnosticados em nosso país". Para sublinhar, de cada 10 alunos em sala de aula, dois são disléxicos, com algum grau significativo de dificuldades. Graus leves, embora importantes, não costumam sequer ser considerados. Também para realçar a grande importância da posição do disléxico em sala de aula cabe, além de considerar o seríssimo problema da violência infanto-juvenil, citar o lamentável fenômeno do suicídio de crianças que, nos USA, traz o gravíssimo registro de que 40 (quarenta) crianças se suicidam todos os dias, naquele país. E que dificuldades na escola e decepção que eles não gostariam de dar a seus pais estão citadas entre as causas determinantes dessa tragédia. Ainda é de extrema relevância considerar estudos americanos, que provam ser de 70% a 80% o número de jovens delinqüentes nos USA, que apresentam algum tipo de dificuldades de aprendizado. E que também é comum que crimes violentos sejam praticados por pessoas que têm dificuldades para ler. E quando, na prisão, eles aprendem a ler, seu nível de agressividade diminui consideravelmente. O Dr. Norman Geschwind, M.D., professor de Neurologia da Harvard Medical School; professor de Psicologia do MIT - Massachussets Institute of Tecnology; diretor da Unidade de Neurologia do Beth Israel Hospital, em Boston, MA, pesquisador lúcido e perseverante que assumiu a direção da pesquisa neurológica em Dislexia, após a morte do pesquisador pioneiro, o Dr. Samuel Orton, afirma que a falta de consenso no entendimento do que é Dislexia, começou a partir da decodificação do termo criado para nomear essas específicas dificuldades de aprendizado; que foi elegido o significado latino dys, como dificuldade; e lexia, como palavra. Mas que é na decodificação do sentido da derivação grega de Dislexia, que está a significação intrínsica do termo: dys, significando imperfeito como disfunção, isto é, uma função anormal ou prejudicada; elexia que, do grego, dá significação mais ampla ao termo palavra, isto é, comoLinguagem em seu sentido abrangente. Por toda complexidade do que, realmente, é Dislexia; por muita contradição derivada de diferentes focos e ângulos pessoais e profissionais de visão; porque os caminhos de descobertas científicas que trazem respostas sobre essas específicas dificuldades de aprendizado têm sido longos e extremamente laboriosos, necessitando, sempre, de consenso, é imprescindível um olhar humano, lógico e lúcido para o entendimento maior do que é Dislexia. Dislexia é uma específica dificuldade de aprendizado da Linguagem: em Leitura, Soletração, Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social. Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva como causa primária. Dificuldades no aprendizado da leitura, em diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos.
  • 3. Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente... Disgrafia é uma inabilidade ou atraso no desenvolvimento da Linguagem Escrita, especialmente da escrita cursiva. Escrever com máquina datilográfica ou com o computador pode ser muito mais fácil para o disléxico. Na escrita manual, as letras podem ser mal grafadas, borradas ou incompletas, com tendência à escrita em letra de forma. Os erros ortográficos, inversões de letras, sílabas e números e a falta ou troca de letras e números ficam caracterizados com muita frequência... Ler mais sobre> Disgrafia Nos diferentes aspectos da Dislexia, a DISGRAFIA é caracterizada por problemas com a Linguagem Escrita, que dificulta a comunicação de idéias e de conhecimentos através desse específico canal de comunicação. Há disléxicos sem problemas de coordenação psicomotora, com uma linguagem corporal harmônica e um traçado livre e espontâneo em sua escrita, embora, até, possam ter dificuldades com Leitura e/ou com a interpretação da Linguagem Escrita. Mas há disléxicos com graves comprometimentos no traçado de letras e de números. Eles podem cometer erros ortográficos graves, omitir, acrescentar ou inverter letras e sílabas. Sua dificuldade espacial se revela na falta de domínio do traçado da letra, subindo e descendo a linha demarcada para a escrita. Há disgráficos com letra mal grafada mas inteligível, porém outros cometem erros e borrões que quase não deixam possibilidade de leitura para sua escrita cursiva, embora eles mesmos sejam capazes de ler o que escreveram. É comum que disgráficos também tenham dificuldades em matemática. Existem teorias sobre as causas da Disgrafia; uma delas aborda o processo de integração do sentido visão com a coordenação do comando cerebral do movimento. É especialmente complicado para esses disléxicos, monitorar a posição da mão que escreve, com a coordenação do direcionamento espacial necessário à grafia da letra ou do número, integrados nos movimentos de fixação e alternância da visão. Por isto, eles podem reforçar pesadamente o lápis ou a caneta, no ponto de seu foco visual, procurando controlar o que a mão está traçando durante a escrita. Por isto, também podem inclinar a cabeça para tentar ajustar distorções de imagem em seu campo de fixação ocular. Disgráficos, com freqüência, experimentam, em diferentes graus, sensação de insegurança e desequilíbrio com relação à gravidade, desde a infância. Podem surgir atrasos no desenvolvimento da marcha, dificuldades em subir e descer escadas, ao andar sobre bases em desnível ou em balanço; ao tentar aprender a andar de bicicleta, no uso de tesouras, ao amarrar os cordões dos sapatos, jogando ou apanhando uma bola. Tarefas que envolvem coordenação de movimentos com direcionamento visual podem chegar a ser, até, extremamente complicadas. Dos simples movimentos para seguir uma linha e, destes, para o refinamento da motricidade fina, que envolve o traçado da letra e do número e de suas seqüências coordenadas, podem transformar-se em trabalho especialmente laborioso. Razão porque se torna extremamente difícil para o disléxico aprender a escrever pela observação da seqüência de movimentos ensinadas pelo professor. Dificuldades também surgem na construção com blocos, no encaixe de quebra-cabeças, ao desenhar, ao tentar estabelecer valor e direcionamento ao movimento dos ponteiros do relógio na Leitura das horas. A escrita, para o disgráfico, pode tornar-se uma tarefa muito difícil e exaustiva, extremamente laboriosa e cansativa, podendo trazer os mais sérios reflexos para o desenvolvimento do ego dessa criança, desse jovem, a falta de entendimento, de diagnóstico e do imprescindível e adequado suporte psicopedagógico.
  • 4. "ESSAS CRIANÇAS PODEM SER EXTREMAMENTE BRILHANTES, CAPAZES DE EXCELENTES IDÉIAS, PORÉM COMPLETAMENTE INCAPAZES DE PASSAR PARA O PAPEL O POTENCIAL DE SUAS CABEÇAS".Dr. LEVINE,M.D. Discalculia - As dificuldades com a Linguagem Matemática são muito variadas em seus diferentes níveis e complexas em sua origem. Podem evidenciar-se já no aprendizado aritmético básico como, mais tarde, na elaboração do pensamento matemático mais avançado. Embora essas dificuldades possam manifestar-se sem nenhuma inabilidade em leitura, há outras que são decorrentes do processamento lógico-matemático da linguagem lida ou ouvida. Também existem dificuldades advindas da imprecisa percepção de tempo e espaço, como na apreensão e no processamento de fatos matemáticos, em sua devida ordem...Ler mais sobre> Discalculia Não existe uma causa única e simples com que possam ser justificadas as bases das dificuldades com a Linguagem Matemática, que podem ocorrer por falta de habilidade para determinação de razão matemática ou pela dificuldade em elaboração de cálculo matemático. Essas dificuldades estão atreladas a fatores diversos, podendo estar vinculadas a problemas com o domínio da leitura e/ou da escrita, na compreensão global do que proponha um texto, bem como no próprio processamento da linguagem. Há dificuldades diretamente relacionadas à confusão visual-espacial, como outras que têm relação com a discriminação da seqüência e da ordem precisas de fatos matemáticos e com a lembrança correta de adequação de procedimentos matemáticos. Embora ocorrendo mais raramente, também podem existir dificuldades em avaliações comparativas: maior-menor, mais-menos. Também existe a possiblidade do emocional altamente exacerbado dificultar ou, mesmo, bloquear o pensamento matemático, não possibilitando concentração precisa no foco da lógica matemática, determinante para elaboração de razão matemática. Pessoas disléxicas, com freqüência, são bem dotadas em matemática. Elas têm habilidades de visualização em três dimensões, que as ajudam a assimilar conceitos mais clara e rapidamente que pessoas não disléxicas. Por isto, também é relativamente comum que esses disléxicos possam resolver complexos problemas matemáticos mentalmente, mesmo que não sejam capazes de decompor esse calcúlo em suas etapas respectivas. E, embora com essa habilidade ímpar, e por causa deste mesmo processo de aprendizado diferencial em discalculia, essas pessoas, surpreendentemente, podem experimentar grandes dificuldades em cálculos aritméticos básicos. E quando esses disléxicos apresentam dificuldades muito pronunciadas em direcionalidade, rota de memorização e seqüência, isto pode trazer-lhes dificuldades tão pronunciadas, impedindo que seus dons matemáticos possam ser evidenciados. Há outros disléxicos que, ao contrário, não encontram grandes dificuldades e, até, podem ser hábeis em cálculos aritméticos, porém fracassam sempre que uma "incógnita" lhes traga uma abstração que eles não conseguem decodificar. Assim, encontram sérias dificuldades em matemática mais avançada. Deficiência de Atenção - É a dificuldade de concentrar e de manter concentrada a atenção em objetivo central, para discriminar, compreender e assimilar o foco central de um estímulo. Esse estado de concentração é fundamental para que, através do discernimento e da elaboração do ensino, possa completar-se a fixação do aprendizado. A Deficiência de Atenção pode manifestar-se isoladamente ou associada a uma Linguagem Corporal que caracteriza a Hiperatividade ou, opostamente, a Hipoatividade...Ler mais sobre>
  • 5. Deficiência de Atenção Há disléxicos cujo problema central está na dificuldade de focar a atenção, sustentando a coordenação seletiva dessa atenção, e mantendo esse estado convergente de atenção durante um espaço de tempo necessário à seleção e registro de um estímulo, possibilitando que se integre na construção do aprendizado. Como, de alguma forma, sempre existe o componente da atenção em Dislexia, alguns especialistas nomeavam essa dificuldade de aprendizado a partir do seu aspecto de deficiência de atenção, com as designações: "Attention Deficit Desorder-ADD" - (Distúrbio de Deficiência de Atenção-DDA); e "Attention Deficit Hyperativity Desorder-ADHD" - (Distúrbio de Deficiência de Atenção com Hiperatividade-DDAH). Por causa de sua dificuldade em concentrar a atenção, há crianças e adultos que podem tornar-se inacreditavelmente confusos e inconsistentes. E porque existe uma oscilação no nível da capacidade de concentração dessas pessoas, há dias em que elas podem melhor corresponder à expectativa escolar ensino-aprendizado, e outros dias em que se apresentam dispersivas, parecendo ter esquecido tudo o que já haviam aprendido. Por isto, elas podem conseguir uma nota alta em um dia e serem reprovadas, no mesmo conteúdo, no dia seguinte, na próxima semana ou no mês seguinte. Condição que confunde pais, professores e o próprio disléxico que não consegue entender por que isto acontece. E porque, muitas vezes, esses estudantes não são capazes de focar e manter sua atenção seletiva para uma concentração e resposta satisfatórias, pessoas e, até, profissionais desinformados acerca desse processo, podem exasperar-se e acusá-los de serem desatentos e negligentes; de não estarem levando seus estudos a sério; de não estarem determinados a aprender; de serem negligentes e indiferentes ao objetivo de conquistar um bom desempenho escolar quando, na verdade, eles não estão conseguindo atingir um nivel mínimo necessário de concentração da atenção, para que possam, mentalmente, construir e entrelaçar as seqüências relacionais em seu mecanismo psicopedagógico pessoal ensino-aprendizado. O Dr. Mel Levine, M.D., adverte que, "Freqüentemente, essas crianças são classificadas como tendo distúrbios emocionais, e seus pais podem culpá-las por isto, quando, na verdade, cada uma delas é vítima inocente de uma deficiência escondida, que interfere no caminho em que o cérebro dessa criança organiza sua habilidade de concentração". Há crianças que têm problemas de atenção e são, também, impulsivas, porém não são hiperativias. E outras, ao contrário, que podem ser hipoativas. O Dr Goldberg também esclarece que "DDA-Distúrbio de Deficiêcia de Atenção pode ocorrer sem nenhum desequilíbrio piscomotor como, também, pode acontecer acompanhado de Hiperatividade em algum de seus diferentes graus, que podem oscilar entre o quase imperceptível ao irritante e, deste, podendo atingir níveis até incapacitantes". Hiperatividade - Refere-se à atividade psicomotora excessiva, com padrões diferenciais de sintomas: o jovem ou a criança hiperativa com comportamento impulsivo é aquela que fala sem parar e nunca espera por nada; não consegue esperar por sua vez, interrompendo e atropelando tudo e todos. Porque age sem pensar e sem medir conseqüências, está sempre envolvida em pequenos acidentes, com escoriações, hematomas, cortes. Um segundo tipo de hiperatividade tem como característica mais pronunciada, sintomas de dificuldades de foco de atenção. É uma superestimulação nervosa que leva esse jovem ou essa criança a passar de um estímulo a outro, não conseguindo focar a atenção em um único tópico. Assim, dá a falsa impressão de que é desligada mas, ao contrário, é por estar ligada em tudo, ao mesmo tempo, que não consegue concentrar-se em um único estímulo, ignorando outros...Ler mais sobre> Hiperatividade
  • 6. Criança hiperativa é aquela que nunca pode parar, que está sempre agitada, que não consegue permanecer sentada, imóvel. O Dr.Serfontein diz que: "Mesmo quando mais velho, se analisado com atenção, o hiperativo revelará algum tipo de movimento contínuo das pernas, dos pés, dos braços, das mãos, dos lábios, da língua". Especialistas dizem que "...há pais e professores que, ainda, acreditam que o comportamento da criança ou do jovem hiperativo seja de oposição, e que pode e deve ser controlado". Por isto se torna muito importante a conscientização de que Hiperatividade é condição orgânica com base neurológica. E que uma criança ou jovem que se sinta incapaz de controlar os próprios movimentos, sente-se muito mal a respeito de si mesmo e sua auto-imagem e auto-estima podem tornar-se muito negativas. Existem duas características diferenciais em Hiperatividade: a primeira delas é da criança hiperativa com comportamento impulsivo, que fala sem pensar e nunca espera por nada; que não consegue esperar por sua vez, interrompendo e atropelando tudo e todos, agindo antes de pensar e nunca medindo as conseqüências dessas atitudes. Planeja e decide mal e suas ações podem ser perigosas. Como bem explicita o Dr. Paul Wender, "Essa criança corre para a rua, sobe no peitoril da janela, trepa em árvores... Por isto sua cota de escoriações, hematomas, cortes e idas ao médico são significativas". Um segundo tipo de Hiperatividade tem suas características mais pronunciadas na dificuldade de foco de atenção. Trata-se de uma super estimulação nervosa que faz com que essa criança passe de um estímulo a outro, não conseguindo focar sua atenção em um único objetivo, o que dá a impressão de que ela é desligada. Ela se distrai facilmente com um estímulo mínimo que alcance sua visão, com qualquer som ou cheiro, não conseguindo centralizar sua atenção, suprimindo detalhes de importância irrelevante. Não é que esse hiperativo não preste atenção em nada, ao contrário, ele presta atenção em tudo, ao mesmo tempo, não sendo capaz de destacar um estímulo e ignorar outros. Ele não consegue determinar o foco principal dentre estímulos que bombardeiem seu cérebro, em que deveria fixar sua atenção seletiva. É a resposta a diferentes estímulos, ao mesmo tempo, que dá a essa criança a característica de hiperativa. Não é que ela esteja desatenta, desligada; ao contrário, o fato dela estar ligada em tudo que esteja acontecendo a sua volta é que a impede de concentrar sua atenção em um só estímulo. Hipoatividade - A Hipoatividade se caracteriza por um nível baixo de atividade psicomotora, com reação lenta a qualquer estímulo. Trata-se daquela criança chamada "boazinha", que parece estar, sempre, no "mundo da lua", "sonhando acordada". Comumente o hipoativo tem memória pobre e comportamento vago, pouca interação social e quase não se envolve com seus colegas...Ler mais sobre> Hipoatividade O termo HIPOATIVIDADE expressa a tradução de sua significação literal, exatamente inversa à condição de Hiperatividade. A criança hipoativa é aquela que parece estar, sempre, no "mundo da lua", "sonhando acordada." Dá a impressão de que nunca está ligada em nada. Ela tem memória pobre e comportamento vago, pouca interação social, quase não se envolve com seus colegas e costuma não ter amigos. Hipoatividade se caracteriza por um nível baixo de atividade motora, com reação lenta a qualquer estímulo. Essa criança não costuma trazer problemas em seu convívio porque é, sempre, muito bem comportada, a chamada "criança boazinha". Hipoatividade ligada à Dislexia traz uma grande dificuldade a essa criança e jovem, no processar o que está acontecendo à sua volta, necessitando de um aprimoramento de técnicas em seu programa escolar, com a necessidade de recursos psicopedagógicos remediativos absolutamente específicos, com um suporte muito mais ativo de estímulos tanto na escola como em casa e na sociedade.
  • 7. Na Primeira Infância: 1 - atraso no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, sentar e andar; 2 - atraso ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio á pronúncia de palavras; 3 - parece difícil para essa criança entender o que está ouvindo; 4 - distúrbios do sono; 5 - enurese noturna; 6 - suscetibilidade à alergias e à infecções; 7 - tendência à hiper ou a hipo-atividade motora; 8 - chora muito e parece inquieta ou agitada com muita freqüência; 9 - dificuldades para aprender a andar de triciclo; 10 - dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares. Observação: Pesquisas científicas neurobiológicas recentes concluiram que o sintoma mais conclusivo acerca do risco de dislexia em uma criança, pequena ou mais velha, é o atraso na aquisição da fala e sua deficiente percepção fonética. Quando este sintoma está associado a outros casos familiares de dificuldades de aprendizado - dislexia é, comprovadamente, genética, afirmam especialistas que essa criança pode vir a ser avaliada já a partir de cinco anos e meio, idade ideal para o início de um programa remediativo, que pode trazer as respostas mais favoráveis para superar ou minimizar essa dificuldade. A dificuldade de discriminação fonológica leva a criança a pronunciar as palavras de maneira errada. Essa falta de consciência fonética, decorrente da percepção imprecisa dos sons básicos que compõem as palavras, acontece, já, a partir do som da letra e da sílaba. Essas crianças podem expressar um alto nível de inteligência, "entendendo tudo o que ouvem", como costumam observar suas mães, porque têm uma excelente memória auditiva. Portanto, sua dificuldade fonológica não se refere à identificação do significado de discriminação sonora da palavra inteira, mas da percepção das partes sonoras diferenciais de que a palavra é composta. Esta a razão porque o disléxico apresenta dificuldades significativas em leitura, que leva a tornar-se, até, extremamente difícil sua soletração de sílabas e palavras. Por isto, sua tendência é ler a palavra inteira, encontrando dificuldades de soletração sempre que se defronta com uma palavra nova. Porque, freqüentemente, essas crianças apresentam mais dificuldades na conquista de domínio do equilíbrio de seu corpo com relação à gravidade, é comum que pais possam submete-las a exercícios nos chamados "andadores" ou "voadores". Prática que, advertem os especialistas, além de trazer graves riscos de acidentes, é absolutamente inadequada para a aquisição de equilíbrio e desenvolvimento de sua capacidade de andar, como interfere, negativamente, na cooperação harmônica entre áreas motoras dos hemisférios esquerdo-direito do cérebro. Por isto, crianças que exercitam a marcha em "andador", só adquirem o domínio de andar sozinhas, sem apoio, mais tardiamente do que as outras crianças. Além disso, o uso do andador como exercício para conquista da marcha ou visando uma maior desenvoltura no andar dessa criança, também contribui, de maneira comprovadamente negativa, em seu desenvolvimento psicomotor potencial-global, em seu processo natural e harmônico de maturação e colaboração de lateralidade hemisférica-cerebral. A Partir dos Sete Anos de Idade:
  • 8. 1 - pode ser extremamente lento ao fazer seus deveres: 2 - ao contrário, seus deveres podem ser feitos rapidamente e com muitos erros; 3 - copia com letra bonita, mas tem pobre compreensão do texto ou não lê o que escreve; 4 - a fluência em leitura é inadequada para a idade; 5 - inventa, acrescenta ou omite palavras ao ler e ao escrever; 6 - só faz leitura silenciosa; 7 - ao contrário, só entende o que lê, quando lê em voz alta para poder ouvir o som da palavra; 8 - sua letra pode ser mal grafada e, até, ininteligível; pode borrar ou ligar as palavras entre si; 9 - pode omitir, acrescentar, trocar ou inverter a ordem e direção de letras e sílabas; 10 - esquece aquilo que aprendera muito bem, em poucas horas, dias ou semanas; 11 - é mais fácil, ou só é capaz de bem transmitir o que sabe através de exames orais; 12 - ao contrário, pode ser mais fácil escrever o que sabe do que falar aquilo que sabe; 13 - tem grande imaginação e criatividade; 14 - desliga-se facilmente, entrando "no mundo da lua"; 15 - tem dor de barriga na hora de ir para a escola e pode ter febre alta em dias de prova; 16 - porque se liga em tudo, não consegue concentrar a atenção em um só estímulo; 17 - baixa auto-imagem e auto-estima; não gosta de ir para a escola; 18 - esquiva-se de ler, especialmente em voz alta; 19 - perde-se facilmente no espaço e no tempo; sempre perde e esquece seus pertences; 20 - tem mudanças bruscas de humor; 21 - é impulsivo e interrompe os demais para falar; 22 - não consegue falar se outra pessoa estiver falando ao mesmo tempo em que ele fala; 23 - é muito tímido e desligado; sob pressão, pode falar o oposto do que desejaria; 24 - tem dificuldades visuais, embora um exame não revele problemas com seus olhos; 25 - embora alguns sejam atletas, outros mal conseguem chutar, jogar ou apanhar uma bola; 26 - confunde direita-esquerda, em cima-em baixo; na frente-atrás; 27 - é comum apresentar lateralidade cruzada; muitos são canhestros e outros ambidestros; 28 - dificuldade para ler as horas, para seqüências como dia, mês e estação do ano; 29 - dificuldade em aritmética básica e/ou em matemática mais avançada; 30 - depende do uso dos dedos para contar, de truques e objetos para calcular; 31 - sabe contar, mas tem dificuldades em contar objetos e lidar com dinheiro; 32 - é capaz de cálculos aritméticos, mas não resolve problemas matemáticos ou algébricos; 33 - embora resolva cálculo algébrico mentalmente, não elabora cálculo aritmético; 34 - tem excelente memória de longo prazo, lembrando experiências, filmes, lugares e faces; 35 - boa memória longa, mas pobre memória imediata, curta e de médio prazo; 36 - pode ter pobre memória visual, mas excelente memória e acuidade auditivas; 37 - pensa através de imagem e sentimento, não com o som de palavras; 38 - é extremamente desordenado, seus cadernos e livros são borrados e amassados; 39 - não tem atraso e dificuldades suficientes para que seja percebido e ajudado na escola; 40 - pode estar sempre brincando, tentando ser aceito nem que seja como "palhaço" ; 41 - frustra-se facilmente com a escola, com a leitura, com a matemática, com a escrita; 42 - tem pré-disposição à alergias e à doenças infecciosas; 43 - tolerância muito alta ou muito baixa à dor; 44 - forte senso de justiça; 45 - muito sensível e emocional, busca sempre a perfeição que lhe é difícil atingir; 46 - dificuldades para andar de bicicleta, para abotoar, para amarrar o cordão dos sapatos; 47 - manter o equilíbrio e exercícios físicos são extremamente difíceis para muitos disléxicos; 48 - com muito barulho, o disléxico se sente confuso, desliga e age como se estivesse distraído; 49 - sua escrita pode ser extremamente lenta, laboriosa, ilegível, sem domínio do espaço na página; 50 - cerca de 80% dos disléxicos têm dificuldades em soletração e em leitura. Crianças disléxicas apresentam combinações de sintomas, em intensidade de níveis que
  • 9. variam entre o sutil ao severo, de modo absolutamente pessoal. Em algumas delas há um número maior de sintomas e sinais; em outras, são observadas somente algumas características. Quando sinais só aparecem enquanto a criança é pequena, ou se alguns desses sintomas somente se mostram algumas vezes, isto não significa que possam estar associados à Dislexia. Inclusive, há crianças que só conquistam uma maturação neurológica mais lentamente e que, por isto, somente têm um quadro mais satisfatório de evolução, também em seu processo pessoal de aprendizado, mais tardiamente do que a média de crianças de sua idade. Pesquisadores têm enfatizado que a dificuldade de soletração tem-se evidenciado como um sintoma muito forte da Dislexia. Há o resultado de um trabalho recente, publicado no jornal Biological Psychiatry e referido no The Associated Press em 15/7/02, onde foram estudadas as dificuldades de disléxicos em idade entre 7 e 18 anos, que reafirma uma outra conclusão de pesquisa realizada com disléxicos adultos em 1998, constando do seguinte: que quanto melhor uma criança seja capaz de ler, melhor ativação ela mostra em uma específica área cerebral, quando envolvida em exercício de soletração de palavras. Esses pesquisadores usaram a técnica de Imagem Funcional de Ressonância Magnética, que revela como diferentes áreas cerebrais são estimuladas durante atividades específicas. Esta descoberta enfatiza que essa região cerebral é a chave para a habilidade de leitura, conforme sugerem esses estudos. Essa área, atrás do ouvido esquerdo, é chamada região ocipto-temporal esquerda. Cientistas que, agora, estão tentando definir que circuitos estão envolvidos e o que ocorre de errado em Dislexia, advertem que essa tecnologia não pode ser usada para diagnosticar Dislexia. Esses pesquisadores ainda esclarecem que crianças disléxicas mais velhas mostram mais atividade em uma diferente região cerebral do que os disléxicos mais novos. O que sugere que essa outra área assumiu esse comando cerebral de modo compensatório, possibilitando que essas crianças conseguiam ler, porém somente com o exercício de um grande esforço. I n t e r v e n ç ã o - E x e r c í c i o s EXEMPLOS DE EXERCÍCIOS 1. Executar traçados simétricos Desenha a outra metade em simetria
  • 10. 2. Reconhecer direita e esquerda Observa atentamente a figura e responde . O aluno está à _______________ do pai; O balde está na mão ________________da auxiliar; O pai está à _______________ da mãe; A pasta está à _______________ do aluno. 3. Completar sequências lógicas Este conceito pode ser trabalhado usando os dias da semana, os meses do ano e o alfabeto Continua as sequências
  • 11. 4. Fazer labirintos Observa a imagem. Assinala o percurso que o coelho deve fazer para chegar à cenoura 5. Distinguir letras de formas equivalentes Agrupa por cores à tua escolha as letras iguais. b q b q b d b q d q p q b q p q b q b p b d b b b d b q q q p b q q p b
  • 12. b b d b q b d b q d q d q b q d q b p b p b q b p b q 6. Fazer a correspondência entre letras ou conjuntos iguais Assinala as combinações iguais ao exemplo HNNHOPRTJ 226477990 RTVGHYIO RETPOUNGH 226477990 TIJOPILIP HMMHOQHID HNNHOPRTJ TURNASDTE JUTILUMIP 244865927 224978980 226389765 ERTOPYADE HMMHOQHID HNNHOPRTJ HNNHOPRTJ 226828917 226477990 ERTAUYRAM 589621473 5487965214 HNNHOPRTJ HNNFGTOPT 224978980 226477990 HNNHOPRTJ HNNHTRGOI HNNRTERPO 458973652 598326574 226477990 226477990 226477990 226477990 HNNHOPRTJ 224587931 7. Sopas de letras Procura nesta sopa de letras o nome de 12 alimentos L O Ã P Z N U I N E V Z A N A N A Z I O G U R T E M A T S A Ã Ç A M E R E A P O S S A L E A B A T A T A Ê P Reescreve os alimentos 1__________ 2__________ 3__________ 4__________ 5__________ 6__________ 7__________ 8__________ 9__________ 10__________ 11__________ 12__________
  • 13. 8. Identificar letras Assinala as letras p e a b na seguinte lista de palavras. balão papoila pacote bombeiro barco papão sabonete sapo sapato sabão 9. Identificar o número de vezes que um elemento se repete Identifica os elementos que se repetem. Assinala-os. ? “ $ ! § % ? # & 8 ? * ? + - 8 ? X « > 8 ? / < ? @ ? £ { [ ] } ? 8 ? 10. Descobre as diferenças
  • 14. 11. Acentuação Acentua as seguintes palavras correctamente: Alias | lençois | atraves | ananas | agua | joia Lingua | lapis | textil |arvore |bonus |sao Exercicio | silabas | televisao | figado | simpatico 12. Pontuação Pontua o texto e faz as alterações necessárias: Era uma vez um sapo muito pequenino Ele queria crescer depressa depressa e ser muito grande como já grande e gordo era o seu avô como já grande e forte era o seu pai Mas duvidava ele de perninha no ar naquela horta onde morava e comendo os bicharocos que comia seria possível crescer muito muito Maria Alberta Meneres, Histórias do Tempo Vai Tempo Vem, Ed. Asa 13. Completar palavras Completa as palavras utilizando as seguintes letras: S / X / J / G Ro__eira __irafa __ibóia Can__ar Ane__ar Fi__o Te__oura Para__em 14. Palavras diferentes com o mesmo som Continua as rimas Riscas rima com _________ Amor rima com _________ Bolas rima com __________
  • 15. 15. Melhorar velocidade e ritmo de leitura Utilizando um texto do manual escolar do aluno, determinar uma palavra e quantificar quantas vezes a mesma surge. 16. Separação de grupos sintácticos da frase Utilizando um texto do manual escolar do aluno, fotocopia-se e corta-se por parágrafos. Misturam-se as tiras de papel e solicita-se ao aluno que as ordene de forma a organizar de novo o texto. O mesmo exercício poderá ser feito apenas com frases desordenadas. 17. Identificar ideias Selecciona-se um texto adequado e solicita-se ao aluno: 1º Ler o texto em voz alta. 2º Sublinhar as ideias principais. 3º Anotar na margem do texto a palavra-chave. 4º Formular questões a par com a leitura. 18. Elaborar com os alunos: Redes semânticas / mapas conceituais / esquemas / resumos São tarefas com um certo grau de dificuldade, que após adquiridas ajudam a sistematização dos diferentes conteúdos. 19. Fazer sequência de histórias Esta actividade pode ter diferentes formas de resolução: 1º Um dos alunos dá um tema e pede a um dos presentes que continue a história; 2º Conta-se uma história e solicita-se ao aluno que lhe seja dado um final;
  • 16. 3º Conta-se uma história e pede-se um título. 20. Ler textos com tipos de letras diferentes 21. Ordenar sílabas Descobre a palavra escondida lis jor me na ta
  • 17. Atividades para Dispraxia Estas actividades servem para melhorar o equilíbrio e a coordenação, mas também o processamento visual, a distância e a velocidade, a lógica e sequência, ajudando assim nas dificuldades sentidas pelos dispráxicos. Estes exemplos são simples de seguir, no entanto algumas crianças enfrentarão algumas dificuldades na sua realização. Nadar ou andar de bicicleta são complementos muito bons. Estes exercícios deverão ser realizados durante 15 a 20 minutos por dia: Balançar Ficar de pé só numa perna, que inicialmente deverá ser a dominante e só depois passar para a outra. Enquanto fica de pé contar quanto tempo a criança aguenta esta posição, ficando de olhos abertos. De seguida fazer o mesmo exercício, mas de olhos fechados. A criança poderá sentir alguma dificuldade ao fazer o exercício com os olhos fechados. Saltar Começando novamente com a perna dominante contar quantas vezes a criança consegue saltar. Quando eventualemnte a criança perder o equilíbrio troque de perna. No início a criança irá saltar por todo o lado, mas com o tempo permanecerá mais ou menos na mesma área. Habilidades com a Bola Utilizar bolas de diferentes tamanhos para praticar atirar e apanhar. Inicialmente distancie-se pouco da criança e pouco a pouco aumente a distância. Motive a criança a observar o percurso da bola, isso ajuda a perceber a distância e a velocidade. Com o tempo variar a velocidade da bola assim como direccionar a bola mais para a esquerda ou para a direita, mas sem informar a criança desse facto. Faça o mesmo exercício,mas agora apenas com uma mão, iniciando com o braço dominante. À medida que a criança se vai tornando mais confiante, poderá atirar a bola contra a parede, dentro de uma área definida (um quadrado no chão p.ex.). Futebol
  • 18. Chutar a bola em direcção à criança e motivá-la a fazer o mesmo. A criança deve chutar primeiro com a perna dominante e depois com a outra, para a direita e para a esquerda. Atividades para Discalculia Diferenças Diferenças Jogos de diferenças são importantes para quem possui discalculia pois desenvolve a concentração e atenção. Exemplo: Descobre as 8 diferenças entre as duas imagens: Segue este site para jogares às diferenças online e em diferentes níveis:http://www.brincar.pt/jogos/jogos-de- agilidade/jogo_das_diferencas_descobre_as_diferencas_16.html Caracol
  • 19. Desenhar no chão um caracol como o da ilustração abaixo, contendo os números de 0 a 9. Posteriormente a criança deverá saltar para os números que lhe serão solicitados. Para complexificar um pouco o exercício, podem ser solicitados números com dois ou mais algarismos (Ex: 198. Neste caso a criança deverá saltar primeiro para o numero 1, seguidamente para o numero 9 e por fim, para o numero 8). Este jogo promove o reconhecimento e identificação dos números, estimula a memória e desenvolve a orientação espacial e percepção visual. Tamanhos Com objectos de vários tamanhos, pedir para os colocar por ordem crescente e, posteriormente, descrescente. Esta actividade desenvolve a orientação temporal; a noção de "alto e baixo", "pequeno e grande"; estimula a destreza manual; e desenvolve a atenção, concentração, capacidade de categorização e organização. Sudoku O objectivo é preencher um quadrado 9x9 com números de 1 a 9, sem repetir números em cada linha e cada coluna. Também não se pode repetir números em cada quadrado de 3x3. Esta actividade desenvolver a estruturação espácio-temporal; promove o raciocínio lógico; e desenvolve a atenção, concentração e percepção visual. Exemplo:
  • 20. Segue o site a seguir para jogar sudoku online com diferentes níveis de dificuldade:http://sudoku.net.br/ Todos os exercício que envolvam números, contagem e concentração são recomendados para quem tem discalculia. Atividades para Dislexia Sopa de letras Para estimular a concentração, atenção e reconhecimento das palavras/letras, a sopa de letras é um bom jogo. Exemplo:
  • 21. Encontra mais sopas de letras para fazeres no site a seguir: http://www.horavaga.net/jogo_145_1_sopa-de-letras.html Anagrama Forma uma palavra nova com as letras da palavra dada. Pedra: ___________ Sapo: ____________ Papo: ____________ Vela: _____________ Rato: _____________ Cabo: _____________ Amor: _____________ Cabo: _____________ Soluções Várias palavras Escreve (diz) palavras que contenham a parte principal da palavra que é dada:
  • 22. Exemplo: Casa: casamento, casar, casal, casarão, casinha, casado Actividade Pesca: __________________________________________ Estalo: __________________________________________ Pensar: __________________________________________ Cantar: __________________________________________ Estrela: __________________________________________ Amar: ___________________________________________ Criar os seus jogos: Criar jogos é uma excelente ferramenta para promover a aprendizagem. Siga as seguintes dicas: • Investigue sobre dislexia – aprenda sobre os sinais e os pontos fracos e fortes acerca da dislexia; • Crie letras em vários formatos e texturas e brinque com a construção de palavras; • Reproduza jogos que encontre em catálogos educacionais. Alguns são bastante dispendiosos, mas facilmente reproduzíveis; • Modifique jogos existentes para ir de encontro às necessidades do disléxico (especialmente um tipo de jogo que este aprecie); • Partilhe ideias com outros pais, professores, e técnicos de forma a melhorar os seus jogos; • Elabore o jogo em conjunto com o disléxico, ficará surpreendido com a criatividade. Corrigir a "letra feia" - Disgrafia/Disortografia O aperfeiçoamento da escrita tende a compensar os défices na mesma, na medida em que se pretende melhorar os factores funcionais que afectam o acto de escrever. Deste modo apresentam-se alguns recursos e exercícios que poderão ser úteis neste domínio.
  • 23. Proporção das letras O uso de pautas quadriculadas pode corrigir os transtornos de dimensão das letras. Deve-se dar à criança algumas orientações: as letras ascendentes ou descendentes ocupam três quadrados, as letras baixas apenas uma. Transtornos da inclinação • Desenhar linhas paralelas. • Desenhar ondas e linhas rectas paralelas. • Recortar tiras de papel paralelas. • Numa folha de papel desenhar pontos em ambos os extremos que a criança deve unir. Realizar também actividades de escrita procurando terminar em locais adequados. Transtornos de ligação entre entre letras • Exercícios de repassar palavras e frases sem levantar o lápis.
  • 24. • Pôr palavras com letras separadas para que a criança as una de forma correcta. Transtornos de Espaçamento O uso de pautas quadriculadas com o estabelecimento de deixar três quadriculas entre as palavras pode ajudar na homogeneidade do espaçamento. Posição do corpo Durante a escrita, o corpo tem de permanecer paralelo à mesa evitando que se forme um ângulo com esta, uma vez que isso obriga a rodar os ombros para escrever. As costas devem estar apoiadas nas costas da cadeira e só a zona dorsal formará um ligeiro ângulo com o bordo da mesa. Posição do papel À medida que a criança cresce o papel vai-se separando da posição vertical criando- se um ângulo cada vez maior entre a mesa e a posição do papel. O ângulo de inclinação aumenta progressivamente ao longo dos anos (nos adultos é de 30 º). Do mesmo modo, a criança tende a proximar o papel em direcção ao hemicorpo da mão que escreve. Determinadas posturas provocam alterações no grafismo (ângulo inadequado, movimentos persistentes). Convém realizar exercícios em que a criança possa aprender a escrever com correcta inclinação. Um exemplo é fixar o papel para impedir que a criança o mova durante a escrita.
  • 25. Exercícios, Atividades e Teste para Dislexia 1- Exercícios e Actividades para Dislexia 2 - Exercícios e Actividades para Dislexia
  • 26. 3 - Exercícios e Actividades para Dislexia Teste Diagnóstico para identificar Dislexia em Adultos As questões estão relacionadas com diferentes áreas da Dislexia. Lê as perguntas com atenção e responde com honestidade. 1. Achas difícil distinguir esquerda de direita? 2. Para ti é difícil ler um mapa ou encontrar uma direcção para um sítio desconhecido? 3. Não gostas de ler em alta voz? 4. Demoras mais do que era suposto para ler uma página de um livro? 5. Achas difícil perceber o que leste? 6. Não gostas de ler livros com muitas páginas? 7. Soletras mal? 8. A tua letra (caligrafia) é difícil de ler? 9. Ficas confuso se tiveres que falar em público? 10.Achas difícil escrever mensagens no telemóvel? 11.Quando dizes uma palavra longa, tens dificuldade em dizer todos os sons pela ordem correcta? 12.Achas difícil somar usando somente a mente, sem usar os dedos ou papel? 13.Confundes os números quando os marcas no telefone? 14.Consegues dizer os meses do ano rapidamente? 15.Consegues dizer os meses do ano de trás para a frente? 16.Confundes datas e horas e esqueces-te de compromissos?
  • 27. 17.Enganas-te muitas vezes ao escrever um cheque? 18.Achas que impressos são confusos? 19.Confundes números como 95 e 59? 20.Para ti é difícil aprender as tabuadas? Se respondeste sim à maioria destas questões, então há uma grande probabilidade de seres disléxico.