O documento discute os principais conceitos da teoria das vantagens comparativas de David Ricardo, como a especialização produtiva entre países baseada em suas eficiências relativas, e os benefícios do comércio internacional. Também aborda tópicos como taxas de câmbio, balanço de pagamentos, políticas comerciais e regimes cambiais.
3. O que leva os países comercializarem
entre si?
Diversidade de condições de produção.
Possibilidade de redução de custos.
4. Princípio das vantagens
comparativas:
Cada país deva especializar-se na
produção daquela mercadoria em que
é relativamente mais eficiente.
5. Desse modo explica-se a
especialização dos países na
produção de bens
diferentes, com base no qual se
concretiza o processo de trocas
entre eles.
6. Em 1987 foi formulada por David
Ricardo a Teoria das Vantagens
Comparativas.
No exemplo construído por ele temos
dois países (Inglaterra e Portugal), dois
produtos ( tecido e vinho) e apenas um
fator de produção (mão de obra).
7. Teoria das Vantagens Comparativas
Quantidade de homens/hora para a
produção de uma unidade de Tecido Vinho
mercadoria.
Inglaterra 100 120
Portugal 90 80
8. Os benefícios da especialização e do
comercio podem ser observados ao se
comparar a situação com e sem comercio
internacional:
Na Inglaterra são necessárias 100hs de
trabalho para produzir 1 unidade de tecido
e 120 para 1 vinho, 1 unidade de vinho
custa (120/100) 1,2 de tecido, com o
comercio a Inglaterra poderá importar de
Portugal 1 unidade de vinho por um preço
inferior a 1,2 unidade de tecido.
9. Conclui-se que dada certa quantidade
de recursos um país poderá obter
ganhos por meio do comercio
internacional produzindo aqueles bens
que gerarem comparativamente mais
vantagens relativas.
10. Obs: deve-se destacar que essa teoria
apresenta limitação de ser relativamente
estática, não levando em consideração a
evolução das estruturas da oferta e da
demanda, bem como das relações de
preços entre os produtos negociados no
mercado, a medida que as economias se
desenvolvem e seu nível de renda cresce.
11. Taxa de câmbio:
É o preço da moeda (divisa)
estrangeira, em termos da moeda
nacional:
Cotação preço do dólar: 2,40 reais.
(o que cada dólar vale em real)
12. Preço de compra Preço de venda
(R$) (R$)
Dólar 1,8478 1,8486
Euro 2,4580 2,4601
Libra 2,8789 2,8808
Pesos Argentinos 0,4311 0,4317
Franco Suíço 2,0084 2,0093
Dólar Australiano 1,8485 1,8502
Taxa de Câmbio – FONTE: Economia.uol.com.br Data: 29/11/2011
13. A oferta das divisa depende do volume
de exportação e da entrada de turistas
e capitais externos.
A demanda das divisas depende do
volume das importações e da saída de
turistas e capitais externos.
14. Valorização cambial ou apreciação
cambial:
Aumento do poder de compra da
moeda nacional, perante outras
moedas.
15. Desvalorização Cambial:
Representa uma perda do poder de
compra da moeda nacional, o que
corresponde a um aumento na taxa de
câmbio.
16. Regimes Cambiais:
Taxas fixas de câmbio: o BC fixa
antecipadamente a taxa de câmbio, e
compromete-se a comprar as divisas a taxa
fixada. O que se ajusta é a oferta e a
demanda das divisas ao valor fixado.
Taxas de câmbio flutuantes: varia de acordo
com a demanda e oferta de divisas, o que se
ajusta é a taxa de câmbio, e o BC não tem
compromisso de comprar divisas de mercado.
17. Flutuação suja: é adotado o câmbio flutuante
com o mercado determinando a taxa, mas com
intervenções do BC.
Bandas cambiais: se admite flutuação dentro
dos limites fixados pelo BC, enquadra-se na
regra de câmbio fixo, permanecendo a
obrigação do BC.
Currency Board: além do câmbio fixado, a
quantidade de moeda varia em função a
entrada e saída de divisas.
18. Câmbio Fixo Câmbio Flutuante
Banco Central fixa a taxa O mercado (oferta e
Características de câmbio. demanda de divisas)
Banco Central é determina a taxa de câmbio
obrigado a disponibilizar Banco Central não é
as reservas cambiais. obrigado s disponibilizar as
reservas cambiais.
Vantagens Maior controle de Política monetária mais
inflação. (custo de independente do câmbio.
importação) Reservas cambiais mais
protegidas de ataques
especulativos.
Desvantagens Reservas cambiais Taxa de câmbio fica muito
vulneráveis a ataques dependente da
especulativos. volatibilidade do mercado
A política monetária financeiro nacional e
(taxa de juros) fica internacional.
dependendo do volume Maior dificuldade de
de reservas cambiais. controle das pressões
inflacionárias,
desvalorizações cambiais.
19. Desvalorização cambial tende a
desestimular importação e estimular e
exportação. Os estrangeiros com a
mesma quantidade de dólar compram
mais produtos brasileiros.
Já a valorização cambial torna a
moeda nacional mais forte o que
estimulara a compra de produtos
importados.
20. Âncora cambial:
Valorização da taxa de cambio e
abertura comercial, com o objetivo de
aumenta as importações, que, ao
concorrer com os produtos nacionais,
permitem estabilizar os preços internos.
21. Ela tem impactos negativos, tanto para o
setor exportador que perde mercado pelo
maior valor relativo de seu produto, quanto
para os setores que eram mais protegidos e
passaram a sofrer a concorrência dos
importados.
Tende a aumentar a dependência do país
de financiamentos externos, o que
representa restrição externa ao
crescimento, constituindo uma verdadeira
armadilha cambial
22. O efeito da desvalorização cambial
sobre as taxas de inflação é chamado
de pass-through.
O nível da taxa de câmbio deve ser
relativamente alto para estimular as
exportações e relativamente baixo para
não encarecer demasiado as
importações e impressionar a inflação.
23. Variação Nominal e Variação Real do
Câmbio.
Uma desvalorização cambial de 10%, se a
taxa da inflação for também 10%, na
verdade não ocorreu uma
desvalorização em termos reais. Ou
seja, a desvalorização nominal foi de 10%
e a real nula.
24. Desvalorização ou valorização em
termos reais é muito utilizado para
verificar a competitividade dos produtos
nacionais em face dos estrangeiros.
Se a desvalorização nominal superar a
variação da inflação, sinal que a
competitividade de nossos produtos
aumentou.
25. A variação real da taxa de câmbio
depende de 3 variaveis:
I. Taxa de câmbio nominal.
II. Inflação interna (preços domesticos)
III. Inflação externa (preços internacionais)
26. Outra medida comumente utilizada
para avaliar o grau de competitividade
é a relação câmbio-salários, compara a
variação cambial com a variação dos
salários.
27. Uma valorização cambial diminui o valor
da divida em reais de imediato, mais
pode aumentar no futuro, ao estimular
as importações, relativamente as
exportações, e levando a
desvalorização cambial, elevando a
divida em reais.
28. Uma desvalorização cambial, aumenta
o estoque da divida externa em
reais, não afetando seu saldo em
dólares. Estimula
exportação, desestimula
importação, aumenta a oferta de
dólares, e leva a uma queda de divida
externa.
29. Quando as taxas de juros internas
aumentam, há uma tendência um
aumento no fluxo de capitais financeiros
internacionais para o país.
Quando diminuem tem uma queda na
oferta e um aumento da demanda de
divisas provocando desvalorização da
moeda nacional.
31. Exportações:
Preços externos em dólares.
Preços internos em reais.
Taxa de câmbio.
32. Renda mundial.
Subsídios e incentivos a exportações.
33. Importações:
Preços externos em dólares.
Preços internos em reais.
Taxa de câmbio.
34. Renda e produto nacional.
Tarifas e barreiras as importações.
35. Políticas Externas:
Atuação da economia no setor externo
pode se dar por:
1) Regime de taxas fixas de câmbio: BC
fixa antecipadamente a taxa de câmbio,
com a qual o mercado deve operar.
36. 2) Regime de taxas flutuantes ou flexíveis
de câmbio: a taxa de câmbio é
determinado pelo mercado, pela oferta e
pela demanda de moeda estrangeira.
3) Regime de bandas cambiais: BC fixa os
limites superior e inferior (uma banda)
dentro dos quais a taxa de cambio pode
flutuar.
37. Políticas comerciais externas:
1) Tarifas sobre importações: se a politica
adotada visar proteger a produção
interna, elevando o Imposto de
Importação e de outros tributos e taxas
sobre os produtos importados.
38. 2) Regulamentação do comercio exterior:
entraves burocráticos, dificultando as
transações com o exterior, bem como o
estabelecimento de cotas ou proibições
ás importações de determinados produtos
representam barreiras qualitativas as
importações.
3) Subsídios fiscais e/ou monetários: para
exportações.
39. Organização Mundial do Comercio: órgão
que tenta coibir politicas protecionistas e
praticas de dumping, ou seja, que um país
venda a preços de mercado inferiores a
seus custos de produção, que é uma
forma de aumentar a participação nos
mercados mundiais.
40. Dumping social: praticado principalmente
por países do Sudeste Asiático, onde o
custo de mão-de-obra é extremamente
baixo, dando-lhes vantagem competitiva
no mercado internacional.
41. Balanço de Pagamentos:
É o registro cambial de todas as
transações de um país com o resto do
mundo. Envolve tanto transações com
bens e serviços como transações com
capitais físicos e financeiros.
42. O registro é o mesmo da contabilidade
privada, quando há ingresso de dinheiro
na empresa, debitamos na conta Caixa.
Na contabilização do Balanço de
Pagamentos, quando isso
acontece, debitamos na conta
“Haveres e Obrigações no Exterior”
(HOE). Quando há saída de dinheiro
creditamos no HOE.
43. As transações contabilizadas na HOE
são as seguintes:
Divisas (moedas estrangeiras);
Ouro monetário;
Direitos especiais de saque: moeda
escritural;
Posição de reservas junto ao FMI.
44. Quando HOE aparece no balanço com
sinal positivo, é com saldo credor
diminuição dos haveres monetários do
país, o sinal negativo é o inverso.
As contas do balanço referem-se
apenas ao fluxo de um período, não
incluindo o total do endividamento
externo, que é um estoque.
45. O Balanço de Pagamentos esta dividido
em quatro grupos de contas:
Balança Comercial;
Balanço de Serviços;
Transferências Unilaterais;
Balanço de Transações Correntes;
46. Movimento de Capitais ou Balanço de
Capitais;
Na Conta de Capital, aparecem as
transações que produzem variações no
ativo e no passivo externos do país, e
que, portanto, modificam sua posição
devedora ou credora, perante o resto do
mundo. São registradas: contrapartidas
financeiras de importação e exportação de
bens e serviços, e das transações financeiras
puras.
47. A conta de capitais se subdivide-se em duas:
1) Movimentos autônomos de capital: na
forma de investimentos diretos de empresas
multinacionais, de empréstimos, e
financiamentos para projetos de
desenvolvimento do país e de capitais
financeiro de curto prazo, aplicados no
mercado financeiro nacional.
48. 2) Movimentos induzidos de capital: para
financiar o saldo do balanço de
pagamentos. Inclui as contas de
HOE, Atrasados Comerciais e Empréstimos
de Regularização do FMI. São as formas
pelas quais é financiado o saldo do
balanço. Este item é denominado
financiamento do
resultado, correspondente ao saldo do
Balanço de Pagamentos, com o sinal
trocado.
49. Erros e omissões:
É a diferença entre o saldo do balanço
de pagamentos e financiamento do
resultado, que surge quando se tenta
compatibilizar transações físicas
financeiras, e as varias fontes de
informações.