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FACULDADE DE AGRONOMIA E ENGENHARIA FLORESTAL
PROJECTO FINAL
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e
Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua)
Autor: Declério Moisés Sebastião Mucachua
Supervisora: Eng.ª Ângela Remane
Maputo, Julho de 2013
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua i
DEDICATÓRIA
A memória dos meus entes queridos
Dedico
Dedico este trabalho aos meus pais Moisés Sebastião Mucachua e Rita Boane, aos meus irmãos
Dinércia, Edson, Edmilson, Ercília, Etivaldo, Hélio, Moisés Júnior, Mércio, Nelinho, Ornélia,
Tânia, aos meus sobrinhos Clayton e Patrícia Chantel, as minhas primas Ivete e Elga Neusa, pelo
amor, alegria, carinho e todo apoio em todos momentos.
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua ii
.
Os que se encantam com a prática sem a ciência
são como os timoneiros que entram no navio
sem timão nem bússola,
nunca tendo certeza do seu destino
Leonardo Da Vinci
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua iii
AGRADECIMENTOS
Expresso gratidão pelo apoio que recebi durante os meus estudos na Faculdade de Agronomia,
ao qual ficou a dever-se o sucesso. Refiro-me aos Docentes da Faculdade, colegas de carteira,
amigos, familiares e todos que directamente ou indirectamente contribuiram na minha formação,
vai um muito obrigado e que DEUS esteja convosco.
Aos meus pais Moisés Sebastião Mucachua e Rita Boane, por todo o amor que têm por mim e
pela preocupação e esforço feito para a minha educação.
À minha supervisora Eng.ª Ângela Remane, pela paciência, orientação, sugestão do tema,
disponibilização dos dados e a sua preocupação pela qualidade do trabalho.
Aos técnicos do Centro de Investigação Florestal, Sr. José Lopes por ter colhido os dados e ter
explicado oralmente o processo de montagem do ensaio e de recolha de dados, Eng.ª Horácia e
Eng.ª Cacilda pela disponibilização de protocolos do ensaio.
Aos Engenheiros Meizal Popat e Bordalo Mouzinho, e ao colega Eugénio Penicela, pelo apoio
prestado na organização e análise dos dados.
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua iv
DECLARAÇÃO SOB COMPROMISSO DE HONRA
Declaro que este trabalho de fim do curso é o resultado da minha investigação e nunca foi
apresentado na sua essência para quaisquer fins, estando indicadas no texto e nas referências
bibliográficas todas as fontes por mim consultadas.
Autor
________________________________________________
(Declério Moisés Sebastião Mucachua)
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua v
RESUMO
O presente estudo foi realizado em 2012, com o objectivo de determinar rendimento médio da
Vangueria infausta nos anos 2004, 2005 e 2006, o tamanho médio do fruto, a relação entre o
tamanho do fruto e a produção e de verificar se existia alternância de produção nesta fruteira
nativa. Os dados de produção foram colhidos pelo CIF (Centro de Investigação Florestal, actual
CEF, do IIAM) no seu campo experimental, no Distrito de Marracuene, Província de Maputo,
num ensaio estabelecido com o objectivo de testar o espaçamento da Vangueria infausta
vulgarmente conhecida como Maphilua. As mudas utilizadas para o estabelecimento deste ensaio
foram produzidas por sementes e o ensaio foi estabelecido em 1998 (as sementes foram colhidas
em Marracuene em 1996). O ensaio tinha um total de 81 árvores, que foi considerado como uma
população na qual foi definida uma amostra de 45 árvores seleccionadas de forma aleatória para
determinar os rendimentos e características da produção. As primeiras árvores começaram a
produzir em 2004, portanto em 2004, 2005 e 2006, observou-se para cada árvore, os frutos que
tinham atingido a maturação, e procedeu-se à sua colheita para em seguida se fazer a contagem
dos mesmos, sua pesagem numa balança de precisão e posterior extracção e contagem do
número de sementes por fruto. Os dados obtidos foram usados para determinar os rendimentos
médios (número e peso dos frutos produzidos por árvore) e para gerar um gráfico através do
programa Microsoft Excel 2010, que permitiu também observar a variação na produção e
verificar se existia ou não alternância de produção. Para a determinação do tamanho médio dos
frutos foram colhidos dados anos 2005 e 2006, seleccionando-se ao acaso 10 frutos maduros por
árvore, em 20 das 45 árvores da amostra, que foram pesados e de seguida mediu-se a altura e
diâmetro de cada um e o diâmetro usando o paquímetro. Testou-se a existência da relação, em
termos estatísticos, entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos, através da
regressão e correlação no STATA 10. Com base nos resultados obtidos verificou-se que,
algumas das árvores da amostra apenas iniciaram a produção em 2006 e outras ainda não tinham
iniciado a produção em 2006, o que indica que existe uma grande variação no período de
juvenilidade desta fruteira, os rendimentos foram crescentes (205,1; 404,3 e 555,1, g/árvore,
respectivamente em 2004, 2005 e 2006), registando um aumento de 97% de 2004 para 2005 e de
37% de 2005 para 2006. Algumas árvores (47%) claramente mostraram um padrão de
alternância de produção, enquanto que apenas 13% das árvores mostraram uma produção
crescente entre 2004 e 2006, enquanto que as restantes apenas produziram uma vez (18%), ou
não produziram (13%), ou mostraram um decréscimo da produção (9%).O comprimento e altura
médias dos frutos registaram um aumento em 5.5 e 3.56 % respectivamente, de 2004 para 2005 e
verificou-se que o peso médio de 10 frutos foi apenas influenciado pelo comprimento e não pelo
diâmetro.
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de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua vi
ÍNDICE
DEDICATÓRIA............................................................................................................................. i
AGRADECIMENTOS ................................................................................................................iii
DECLARAÇÃO SOB COMPROMISSO DE HONRA ........................................................... iv
RESUMO....................................................................................................................................... v
ÍNDICE......................................................................................................................................... vi
LISTA DE TABELAS ...............................................................................................................viii
LISTA DE FIGURAS.................................................................................................................. ix
LISTA DE ANEXOS .................................................................................................................... x
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 1
1.1. Antecedentes ........................................................................................................................ 1
1.2. Problema de estudo e Justificação........................................................................................ 1
1.3. Objectivos............................................................................................................................. 2
1.3.1. Geral .............................................................................................................................. 2
1.3.2. Específicos..................................................................................................................... 2
1.4. Localização e caracterização da área de estudo ................................................................... 3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................ 4
2.1. Aspectos gerais..................................................................................................................... 4
2.2. Usos e valor económico ....................................................................................................... 4
2.3. Botânica................................................................................................................................ 5
2.4. Ecologia e distribuição......................................................................................................... 5
2.5. Propagação e maneio............................................................................................................ 6
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua vii
2.6. Alternância de produção....................................................................................................... 7
3. METODOLOGIA..................................................................................................................... 9
3.1. Recolha de Dados................................................................................................................. 9
3.1.1. Contagem e pesagem dos frutos .................................................................................... 9
3.2. Análise de Dados................................................................................................................ 10
3.2.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura média e diâmetro médio dos
frutos da Vangueria infausta. ................................................................................................ 10
3.2.2. Análise da existência da alternância de produção por árvore nos anos 2004, 2005 e
2006 ....................................................................................................................................... 11
3.2.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos na Vangueria
infausta nos anos 2005 e 2006............................................................................................... 11
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................................ 13
4.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura e diâmetro dos frutos da Vangueria
infausta...................................................................................................................................... 13
4.2. Análise da existência da alternância de produção nos anos 2004, 2005 e 2006. ............... 14
4.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos da Vangueria
infausta nos anos 2005 e 2006. ................................................................................................. 15
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES............................................................................. 17
5.1. Conclusões ......................................................................................................................... 17
5.2. Recomendações.................................................................................................................. 17
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 19
7. ANEXOS.................................................................................................................................. 22
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua viii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Médias anuais, variação percentual da produção e tamanho médio de 10 frutos ........13
Tabela 2: Influência e grau de influência do tamanho médio de 10 frutos no peso médio de 10
frutos .............................................................................................................................................16
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de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua ix
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Árvore da Vangueria infausta .......................................................................................5
Figura 2: Frutos de Vangueria infausta ........................................................................................5
Figura 3: Variação de produção por árvore..................................................................................14
Figura 4: Variação de produção por grupo de árvore ..................................................................15
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LISTA DE ANEXOS
DEDICATÓRIA..................................................................................................................... i
AGRADECIMENTOS.......................................................................................................... iii
DECLARAÇÃO SOB COMPROMISSO DE HONRA........................................................... iv
RESUMO.............................................................................................................................. v
ÍNDICE ............................................................................................................................... vi
LISTA DE ANEXOS............................................................................................................. x
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1
1.1. Antecedentes ........................................................................................................................ 1
1.2. Problema de estudo e Justificação........................................................................................ 1
1.3. Objectivos............................................................................................................................. 2
1.3.1. Geral............................................................................................................................................................2
1.3.2. Específicos..................................................................................................................................................2
1.4. Localização e caracterização da área de estudo ................................................................... 3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 4
2.1. Aspectos gerais..................................................................................................................... 4
2.2. Usos e valor económico ....................................................................................................... 4
2.3. Botânica................................................................................................................................ 5
2.4. Ecologia e distribuição......................................................................................................... 5
2.5. Propagação e maneio............................................................................................................ 6
2.6. Alternância de produção....................................................................................................... 7
3. METODOLOGIA.............................................................................................................. 9
3.1. Recolha de Dados................................................................................................................. 9
3.2. Análise de Dados................................................................................................................ 10
3.2.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura média e diâmetro médio dos frutos da Vangueria
infausta. ..............................................................................................................................................................10
3.2.2. Análise da existência da alternância de produção por árvore nos anos 2004, 2005 e 2006 ......................11
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua xi
3.2.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos na Vangueria infausta nos anos
2005 e 2006.........................................................................................................................................................11
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................................... 13
4.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura e diâmetro dos frutos da Vangueria
infausta ...................................................................................................................................... 13
4.2. Análise da existência da alternância de produção nos anos 2004, 2005 e 2006. ............... 14
4.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos da Vangueria
infausta nos anos 2005 e 2006................................................................................................... 15
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ......................................................................... 17
5.1. Conclusões ......................................................................................................................... 17
5.2. Recomendações.................................................................................................................. 17
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 19
ANEXOS ............................................................................................................................ 22
ANEXO 1. Dados de produção do ano 2004......................................................................... 23
ANEXO 2. Dados de produção do ano 2005......................................................................... 25
ANEXO 3. Dados de produção do ano 2006......................................................................... 27
ANEXO 4. Dados de produção da amostra........................................................................... 29
ANEXO 5. Dados de tamanho médio (cm) e peso médio de 10 frutos (g) do ano 2005........... 31
ANEXO 6. Dados de tamanho médio (cm) e peso médio de 10 frutos (g) do ano 2006........... 33
ANEXO 7. Testes de regressão, normalidade, heteroskedasticidade e correlação do ano 2005
........................................................................................................................................... 35
ANEXO 8. Testes de regressão, normalidade, heteroskedasticidade e correlação do ano 2006
........................................................................................................................................... 36
ANEXO 9. Esquema do método de aleatorização X.............................................................. 37
ANEXO 10. Esquema do ensaio da Vangueria infausta ....................................................... 39
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Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 1
1. INTRODUÇÃO
1.1. Antecedentes
O Centro de Investigação Florestal (CIF), a 3 de Abril de 1998, estabeleceu um ensaio na sua
estação experimental, no Distrito de Marracuene, Província de Maputo, com o objectivo de testar
o espaçamento da Vangueria infausta vulgarmente conhecido como Maphilua. As mudas
utilizadas para o estabelecimento desta plantação foram produzidas por sementes, e estas foram
colhidas na região de Marracuene, localidade de Ricathla, entre Fevereiro e Maio de 1996,
processadas e testadas pelo CIF no seu laboratório. O ensaio foi composto por três blocos, numa
área total de 405 m2
, desenhado com base no delineamento de blocos completos casualizados,
com três tratamentos (espaçamentos de 2,0 x 2,0 m; 2,0 x 2,5 m e 2,0 x 3,0 m), três repetições e
um total de 81 plantas no experimento. Usou-se como bordadura e entre os blocos 114 plantas de
Atleia herbert totalizando 195 plantas (Mula,2012b
).
1.2. Problema de estudo e Justificação
A Vangueria infausta é uma espécie nativa de Moçambique e de alguns países no sul da África,
ela possui frutos usados para alimentação por pessoas e animais selvagens. As outras partes da
planta são usadas na medicina tradicional para o tratamento da malária, feridas, problemas
menstruais, uterinos, inchaços genitais, entre outros (Orwa et al., 2009). Segundo Chhabra et al.,
(1984) as frutas desta espécie têm elevado valor nutritivo como uma fonte de carbohidratos,
proteínas, vitamina C (ácido ascórbico) e de minerais, em destaque potássio (K), sódio (Na),
cálcio (Ca), magnésio (Mg), fósforo (P), ferro (Fe) e zinco (Zn).
Pela sua importância alimentar, nutricional e por ser uma espécie de crescimento lento em
relação as outras fruteiras exóticas, nos princípios de 2007, surgiu a necessidade de pesquisar um
pouco mais a espécie para reduzir estes problemas. O CIF experimentou a enxertia desta espécie
com objectivo de encurtar o tempo de frutificação, melhorar a qualidade e o sabor do fruto para
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 2
que esta passe a ser plantada nas residências ou machambas das comunidades a fim de aliviar a
subnutrição verificada em alguns pontos do país (Lopes, 2008). Esta fruteira, embora sendo
importante, dela pouco se sabe no que concerne a existência de alternância de produção, níveis
de produção e como certos factores influenciam esses níveis de produção em Moçambique.
Os estudos dos níveis de produção da Vangueria infausta, servirão de base para indicar, que
factores influenciam esses níveis de produção, para nos próximos ensaios adoptar-se melhores
estratégias para aumentar-se a produção, e satisfazer a dieta alimentar de grande parte da
população rural e suburbana do país. Neste estudo, como pretende-se determinar os níveis de
produção e alternância de produção, através da análise das médias anuais de rendimento por
árvore, escolheu-se apenas três anos dentro do período de 2004 a 2007. Portanto, este estudo
complementará o ensaio que o CIF já tinha estabelecido, e terá como base os dados de peso,
comprimento e diâmetro dos frutos por árvore, colhidos pelo CIF. Este estudo será de extrema
importância para Instituições Agrárias, como o CIF, e particulares, pois carece-se de informação
relativa aos rendimentos anuais desta fruteira.
1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
 Determinar rendimento médio da Vangueria infausta dos anos 2004, 2005 e 2006, a
relação entre o tamanho do fruto e a produção nos anos 2005 e 2006 e verificar se existe
alternância de produção.
1.3.2. Específicos
 Determinar os rendimentos médios, comprimento médio e diâmetro médio dos frutos da
Vangueria infausta.
 Verificar a existência da alternância de produção nos anos 2004, 2005 e 2006.
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 3
 Explicar a relação entre o tamanho médio de 10 frutos e peso médio de 10 frutos na
Vangueria infausta nos anos 2005 e 2006.
1.4. Localização e caracterização da área de estudo
O ensaio foi montado na estação experimental do Centro de Investigação Florestal (CIF), situado
na sede do Distrito de Marracuene. Segundo MAE, (2005) este distrito está situado na parte
oriental da Província de Maputo, está localizado 30 Km a norte da cidade de Maputo, entre a
latitude de 25o
41’20’’ e longitude de 32º 40’30’’. É atravessado no sentido norte-sul ao longo de
uma extensa planície pelo rio Incomati, que vai desaguar no Oceano Índico, no delta da
Macaneta.
O clima do distrito é tropical chuvoso de savana influenciado pela proximidade do mar.
Caracteriza-se por temperaturas quentes com um valor médio anual superior a 20º C e uma
amplitude de variação anul inferior a 10º C (MAE, 2005).
A humidade relativa do distrito varia entre 55 a 75 % e a precipitação é moderada, com um valor
médio anual entre 500 mm no interior e 1.000 mm no litoral. A estação chuvosa vai de Outubro a
Abril, com 60% a 80% da pluviosidade concentrada nos mêses de Dezembro a Fevereiro (MAE,
2005).
Os solos predominantes são arenosos claros, muito profundos, com muita baixa retenção de
água, pouca matéria orgânica na superfície, de areias brancas e soltas das dunas (Mula, 2012a
).
A área foi sempre caracterizada como zona antrópica (modificada pela actuação do homem)
representada pela vegetação secundária, usada para a agricultura de amendoim e feijão além do
milho e mandioca em pequena escala (Mula, 2012a
).
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Aspectos gerais
As frutas nativas representam um importante recurso alimentar, valor medicinal e sócio-
económico. Estas são mais usadas pelas famílias rurais e constituem uma fonte de alimentação
nas épocas findas da estação seca quando se verifica uma escassez de reservas alimentares
(Bradley et al., 1993).
A Vangueria infausta é uma espécie de planta da família Rubiaceae. É uma planta alimentar
tradicional em África, mas esta fruteira pouco conhecida tem o potencial para melhorar a
nutrição, aumentar a segurança alimentar e promover o desenvolvimento rural (Orwa et al.,
2009). 'Vangueria', o nome genérico, é derivado de uma palavra de Madagáscar, e ‘infausta’, que
significa azar, pois não se deve fazer da madeira uma fonte de combustível, ela deve ser apenas
usada para outros fins como postes de casas e implementos (Behk, 2004). Vangueria infausta é
uma espécie nativa de Moçambique onde é mais conhecido no sul deste país (em tsonga) por
“Npfilua” e a sua fruta por “Mapfilua”. É conhecida em português como Nêspera Selvagem
(Watt e Breyer-Brandwijk, 1962). Esta espécie para além de ser considerada nativa de
Moçambique, é também nativa de Botswana, Quénia, Madagáscar, Malawi, Namíbia, África do
Sul, Tanzania, Uganda e Zimbabwe (Verdcourt e Bridson, 1991).
2.2. Usos e valor económico
Esta fruta tem múltiplos usos, dos quais pode-se destacar, o consumo fresco, armazenamento
para ser utilizada quando há escassez de alimentos, produção de mampoer, uma bebida alcoólica,
que é obtida através da sua destilação ou fermentação, o seu sumo pode também ser utilizado
para fins de aromatizantes (Behk, 2004). De acordo com (Rood, 1994), vinagre pode ser
produzido a partir desta fruta. Esta planta tem valor medicinal também, uma infusão das raízes e
folhas tem sido utilizada para o tratamento da malária, doenças como a pneumonia, tratamento
de micoses e alívio da dor de dentes (Behk, 2004).
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 5
2.3. Botânica
A Vangueria infausta (figura 1) é uma planta de 2-7 m de altura com tronco curto, folhas verdes
médias ou grandes, variando de forma oval a arredondada. Durante a floração ela apresenta
flores com cerca de 4 mm de comprimento e 6 mm de diâmetro com pétalas verde-amarelas. Os
seus frutos são verdes quando não maduros e castanho – alaranjados quando maduros, conforme
ilustrado na fig. 2. É uma fruta carnuda, macia, de polpa doce e possui 3 a 5 sementes rígidas
(Watt e Breyer-Brandwijk, 1962).
 
Fig. 1. Árvore da Vangueria infausta Fig. 2. Frutos da Vangueria infausta
Fonte: (CDE, 2003) Fonte: (Verdcourt e Bridson, 1991)
Na África Austral, as flores surgem de Setembro a Novembro e os frutos de Novembro a Abril
(Orwa et al., 2009). Estas frutas têm como a época de colheita entre Janeiro e Maio, podendo ser
secadas e armazenadas por um ano para uma eventual época de crise (Chhabra et al., 1984).
2.4. Ecologia e distribuição
A Vangueria infausta é encontrada em todos os tipos de floresta, declives, pastagem arborizada,
também perto do mar sobre as dunas, amplamente distribuída na savana. Ela pode suportar
longos períodos de seca e geada (Orwa et al., 2009). Esta fruteira pode ser cultivada a uma
temperatura média anual entre (17-28°C), precipitação média anual entre (1000 - 1500 mm) e
altitude entre (350-1250 m) (Orwa et al., 2009). Adapta-se melhor em solos latossólicos
(caracterizados por ter uma profundidade superior a 2 m, bem drenados, baixo teor de silte, as
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 6
argilas são predominantemente do tipo caulinita, cujas partículas são revestidas por óxidos de
ferro, responsáveis pelas típicas cores avermelhadas (Orwa et al., 2009).
2.5. Propagação e maneio
Estas plantas podem ser propagadas vegetativamente e por semente. Primeiramente, as sementes
são retiradas da polpa, secadas e quebrar a dormência por vários métodos para enfraquecer o
revestimento; o corte da parte superior da semente é o melhor método de quebra de dormência
para esta espécie, assim as fracturas do revestimento da semente criadas podem aumentar a taxa
de germinação (geralmente 80% ou mais). Outro método de quebra de dormência é mergulhá-las
em água corrente por 24h e na manhã seguinte semear em bandejas de germinação preenchidas
com areia de rio, para de seguida proceder-se com o transplante de mudas para sacos plásticos,
quando elas atingem a fase de 3 folhas, e mantê-las por pelo menos 1 ano antes de semea-las no
campo (Orwa et al., 2009).
As estacas devem ser tratadas com um pó de hormona estimulante da raiz e plantá-las durante o
início da primavera em areia de rio (Orwa et al., 2009).
A propagação vegetativa é um dos melhores métodos para o desenvolvimento desta espécie,
dentre eles o método de enxertia, a garfagem no topo em fenda cheia é um dos mais utilizados,
apresentando precocidade e altos índices de pegamento. Em menor escala realiza-se garfagem à
inglesa simples e garfagem lateral. Durante a enxertia, o porta-enxerto e o garfo apresentam
diâmetro semelhante, em torno de 1 cm.
Uma das práticas de maneio desta fruteira é a poda, que deve ser efectuada quando as plantas
começam a diminuir a sua actividade fisiológica, a sua produtividade. A poda de frutificação é
iniciada após a copa da planta encontrar-se formada, tem por fim regularizar e melhorar a
frutificação quer dominando o excesso de vegetação da planta quer pelo contrário, reduzindo os
ramos frutíferos, para que haja maior intensidade de vegetação. Dessa maneira, evita-se a
superprodução da planta, que baixa a qualidade da fruta levando a decadência rápida das árvores
(Mula, 2012b
). A poda de limpeza deve ser feita anualmente nos pomares, com a tesoura de
poda, consistindo na retirada de ramos doentes, quebrados e secos. Geralmente, todas as fruteiras
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de Vangueria infausta (Maphilua)
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necessitam deste tipo de poda. É um tipo de poda executada normalmente em períodos de baixa
actividade fisiológica da planta, ou seja, durante o inverno ou, como nas cítricas, logo após sua
colheita (Mula, 2012b
).
2.6. Alternância de produção
Quando a alta produção de frutos é intercalada com anos de baixa ou nenhuma produção, ou
vice-versa, essa característica é denominada alternância de produção. Nos anos de alta produção
os frutos são de tamanho reduzido, enfrentando problemas na comercialização, e no ano
subsequente, devido ao esgotamento das reservas das plantas, ocorre baixa ou até ausência de
produção, que deixa a actividade pouco rentável para o produtor (Moreira e Cruz, 2011).
Portanto, a aplicação de fitoreguladores como técnica para redução da floração, é útil para a
correcção da alternância de produção e o deslocamento da época de colheita (Lima et al., 2012).
Dessa forma, pesquisas vêm sendo realizadas com o intuito de garantir altas produtividades em
anos agrícolas seguidos. Bons resultados são conseguidos com a aplicação nos estágios iniciais
de desenvolvimento dos frutos dum fitoregulador que liberta etileno, capaz de reduzir a
quantidade final de frutos nas plantas, contribuindo para diminuir a alternância e melhorar a
qualidade das próprias frutas (Moreira e Cruz, 2011).
A produção excessiva de frutos, em um ano, causa um esgotamento de alguns minerais e
diminuição do teor de glícidos e outras substâncias de reserva, com isso a planta não é capaz de
promover uma boa formação de gemas florais e, também, de suportar os frutos no ano seguinte
(Fachinello et al., 2009). No caso dos citros, na maioria das espécies, se o esgotamento for muito
grande, a planta não floresce ou apresenta uma baixa floração, e no ano seguinte apenas emitirá
brotações para se recuperar e acumular reservas (Fachinello et al., 2009).
Em grande parte das fruteiras as causas da alternância de produção podem estar relacionadas
com os seguintes factores: nutrição mineral deficiente, carência de carbohidratos, mau
funcionamento do sistema radicular, ocorrência de condições climáticas desfavoráveis durante a
frutificação, como altas temperaturas antes e durante o período de queda natural dos frutos e
secas (Lima et al., 2012).
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de Vangueria infausta (Maphilua)
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As espécies mais susceptíveis à alternância de produção são as cítricas, especialmente as
tangerineiras e laranjeiras; as pereiras; os pessegueiros e as macieiras. Em geral, as cultivares
mais precoces são mais susceptíveis do que as cultivares tardias (Fachinello et al., 2009).
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de Vangueria infausta (Maphilua)
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3. METODOLOGIA
A colheita de dados no ensaio iniciou seis anos após o estabelecimento, a última medição foi em
2007. Do CIF, obtiveram-se dados de produção (quantidade de frutos, quantidade de sementes e
peso de frutos) dos anos 2004, 2005 e 2006 e de tamanho de frutos (altura e diâmetro) dos anos
2005 e 2006. Neste estudo apenas descreveu-se o processo de recolha e analisou-se.
3.1. Recolha de Dados
Os dados para realização deste trabalho foram colectados pelo CIF nos anos de 2004, 2005 e
2006, respectivamente.
Para as medições de altura e diâmetro, foram seleccionados ao acaso 10 frutos maduros por cada
árvore. A medição de altura foi feita com uma régua, colocando-a na posição vertical ao fruto (a
região apical do fruto voltada para o solo). O diâmetro foi medido com o paquímetro, colocando-
o na posição horizontal ao fruto (Lopes, 2012).
3.1.1. Contagem e pesagem dos frutos
Tendo em conta que nem todas plantas de Vangueria infausta iniciam a produção no mesmo ano,
o CIF seleccionou para cada tratamento (árvore), os frutos que tinham atingindo a maturação, de
seguida procedeu com a contagem, e pesagem dos mesmos numa balança de precisão. Dos frutos
maduros foram retiradas as sementes para a contagem (Lopes, 2012)
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de Vangueria infausta (Maphilua)
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3.2. Análise de Dados
3.2.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura média e diâmetro médio dos
frutos da Vangueria infausta.
Portanto, neste estudo pretendeu-se obter as médias anuais de rendimento (2004, 2005 e 2006) da
Vangueria infausta. Para tal, primeiramente, definiu-se um tamanho da amostra dentro da
população de 81 árvores para simplificar a análise estatística. O tamanho da amostra foi definido
com base na grande variação dos níveis de produção por árvore nos três anos. Esta grande
variação origina um desvio padrão médio (dos três anos) alto do peso de frutos, que é indicação
de erro amostral. Para minimizar o erro amostral devido ao desvio padrão alto, definiu-se um
tamanho da amostra que representase mais de 50% da população (exactamente 55%) e que fosse
possível apartir deste tamanho da amostra termos mais de 50% de árvores por parcela (55%), e
com esta base ter-se um método de aleatorização que facilitasse a escolha das árvores por
parcela. Assim ficou definido 45 árvores como tamanho da amostra, dividindo-o por 9, que
corresponde ao número de parcelas e obtendo 5, que corresponde ao número de árvores por
parcela, e a selecção destas árvores por parcela, foi feita através do método de aleatorização X
(anexo 9), pois inclui 5 árvores ou observações, número que representa mais de 50% de árvores
por parcela (9 árvores por parcela).
No Microsoft excel 2010, obteve-se para cada ano (2004, 2005 e 2006) os rendimentos médios,
através da soma do peso de frutos de cada árvore da amostra, e determinou-se também o
rendimento médio dos três anos, somando os rendimentos destes anos e dividindo por três.
Para determinar-se os valores dos parâmetros físicos dos frutos, nomeadamente, a altura média e
o diâmetro médio de 10 frutos da Vangueria infausta, procedeu-se da seguinte maneira para cada
árvore:
Somou-se as alturas de cada um dos 10 frutos e dividiu-se por 10, obtendo-se deste modo a altura
média dos 10 frutos por árvore e o mesmo fez-se com o diâmetro de cada um dos 10 frutos.
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No Microsoft Excel 2010, obteve-se para cada ano (2005 e 2006) a altura média e diâmetro
médio das árvores, através da soma da altura média e diâmetro médio de 10 frutos de todas
árvores.
3.2.2. Análise da existência da alternância de produção por árvore nos anos 2004, 2005 e
2006
Com base nos dados de peso de frutos da amostra (anexo 4), gerou-se um gráfico de colunas
através do Microsoft Excel 2010, que indica os níveis de produção por árvore em cada ano, e
através deste, identificou-se e contou-se as árvores que apresentaram alternância de produção,
dentro deste grupo através do cálculo da variação (diferença do rendimento máximo e mínimo
por árvore nos três anos), identificou-se as que tiveram maior e menor variação de rendimento
nos três anos. Identificou-se igualmente as que não apresentaram alternância (as árvores cuja
produção cresce ao longo dos três anos, as que a produção baixa, as que não produziram nos três
anos e as que produziram num dos anos. Assim, ainda no Excel 2010, gerou-se novamente um
gráfico de colunas para efectuar-se uma análise em termos de percentagem do grupo de árvores
que apresentaram o mesmo comportamento de variação de produção ao longo dos três anos. Para
tal, dividiu-se os grupos em: Árvores que apresentaram alternância e as que não apresentaram
(produção crescente, decrescente, sem produção e produção somente num dos anos).
3.2.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos na Vangueria
infausta nos anos 2005 e 2006.
Para esta análise não definiu-se nenhum tamanho da amostra, porque as medições de altura e
diâmetro de 10 frutos foram efectuadas para um número reduzido de árvores (anexos 5 e 6).
Para cada ano, determinou-se o peso médio dos 10 frutos, nas árvores em que foram medidas a
altura e diâmetro dos frutos, de modo a testar-se a existência de causalidade das variáveis
independentes (altura média e diâmetro médio de 10 frutos) na variável dependente (peso médio
de 10 frutos), através do teste de regressão, e testar o grau dessa causalidade através do teste de
correlação no pacote estatístico STATA 10.
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Para efectuar-se o teste de regressão, para cada variável independente, definiu-se as hipóteses
nula (Ho): Os coeficientes de regressão são iguais a zero e alternativa (Ha): Os coeficientes são
diferentes de zero. A Ho rejeita-se se o valor de P> |t| da (s) variável (s) independente (s) for
menor que 0.05, e se rejeitar-se, quer dizer que o coeficiente de regressão da tal variável
independente é diferente de zero e estatisticamente a variável tem influência no peso médio de
10 frutos. Para testar o grau dessa causalidade teve-se em conta somente a variável independente
que no teste de regressão teve influência no peso médio de 10 frutos, e através do valor do
coeficiente (r) de correlação, definiu-se o grau de influência, segundo (Shimakura, 2006), quando
o r estiver entre: 0 – 0.19 (correlação é bem fraca), 0.20 – 0.39 (correlação fraca), 0.40 – 0.69
(correlação moderada), 0.70 – 0.89 (correlação forte), 0.90 – 1.00 (correlação muito forte), a
correlação é positiva se r> 0 e negativa se r <0, quanto maior for o valor de r mas forte é a
correlação. Para saber se a correlação é significativa, introduziu-se no STATA 10 o comando
“pwcorr peso nome da variável independente que teve influência no peso de frutos”.
Para poder-se validar os resultados do modelo de regressão, tornou-se necessário proceder-se aos
testes de especificação para verificar a consistência dos dados (anexos 7 e 8). Assim para o teste
de normalidade e heteroskedasticidade, usando o STATA 10, recorreu-se aos testes de Shapiro
Wilks e Breausch Pagan, respectivamente.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura e diâmetro dos frutos da
Vangueria infausta.
Constam da tabela 1, os resultados dos rendimentos médios anuais, altura média e diâmetro
médio de 10 frutos. Resultados mais detalhados constam dos anexos 4, 5 e 6.
Tabela 1. Médias anuais, variação percentual da produção e tamanho médio de 10 frutos
Variação da Produção (∆V%)
Ano 2004 2005 ∆V% (2004 – 2005) 2006 ∆V% (2005 - 2006)
Médias anuais (g) 205.1 404.3 Aumento de 97% 555.1 Aumento de 37%
Tamanho médio de 10 frutos (cm)
Altura média 2.75 2.9 Aumento de 5.5%
Diâmetro médio 3.26 3.56 Aumento de 9.2%
Desta tabela, pode-se observar que a maior produção média de frutos da Vangueria infausta foi
obtida no ano 2006 e a menor produção no ano 2004, portanto a maior variação de produção
registou-se do ano 2004 para 2005, entretanto do ano 2004 para 2005 registou-se uma menor
variação. Segundo (Mula, 2012b
), o aumento de rendimento nesta fruteira pode ser explicado
pelo bom maneio do ensaio, como podas, controlo de infestantes, pragas e doenças, caso
contrário podemos ter uma redução acentuada do rendimento chegando até 100%, como
verificou-se no ano 2012 no mesmo ensaio. A redução de rendimento de um ano para o outro
pode também estar associada á factores climáticos como a temperatura e precipitação, pois
existem limites de temperatura média anual (17-28°C) e precipitação média anual (1000mm),
acima ou abaixo dos quais, a produção pode ser severamente afectada, pois a planta não floresce
ou apresenta baixa floração (Orwa et al., 2009).
A altura média e diâmetro médio de frutos por árvore, aumentaram de 2005 para 2006, embora
em baixa percentagem, o que significa que o tamanho médio de 10 frutos aumentou.
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4.2. Análise da existência da alternância de produção nos anos 2004, 2005 e 2006.
A figura 3, ilustra a variação de produção de cada árvore nos três anos.
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
2200
2400
2600
2800
3000
1 5 9 12 16 19 23 27 30 34 37 41 45 48 52 55 59 63 66 70 73 77 81
Níveisdeprodução(g)
Número de identificação da árvore
Variação de produção por árvore
Ano 2004 Ano 2005 Ano 2006
Figura 3: Variação de produção por árvore
Da figura 3, observou-se que 21 árvores apresentaram alternância de produção, como as árvores
5, 7, 10, 12, 16, 18, 28, 30, 32, 34, 36, 45, 50, 55, 64, 66, 68, 72, 77, 79 e 81, e dentro deste
grupo a árvore que teve maior variação de rendimento nos três anos de produção foi a 81 e
menor foi a 16. As restantes 24 árvores não apresentaram alternância de produção, e deste grupo
as árvores 3, 23, 27, 37, 46 e 70 tiveram uma produção crescente ao longo dos três anos,
entretanto as árvores 54, 57, 73 e 75 tiveram uma produção decrescente ao longo dos três anos,
chegando a não produzir no último ano, as árvores 9, 14, 19, e 39 produziram somente no ano
2004 e as árvores 21, 41, 48 e 59 somente produziram no ano 2006, entretanto, as árvores 1, 25,
43, 52, 61 e 63 não produziram em nenhum dos anos. Importa salientar que a maior produção foi
alcançada no ano 2006 pela árvore 48 e a árvore que teve maior produção média nos três anos foi
a 72.
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A figura 4, ilustra as percentagens dos grupos de árvores que tiveram o mesmo comportamento
em termos de variação de produção.
Figura 4: Variação de produção por grupo de árvores
Da figura 4, pode-se observar que teve-se maior percentagem de árvores sem alternância (53%),
e deste grupo teve-se menor percentagem de árvores, cuja produção decresceu e maior
percentagem de árvores que produziram somente num dos anos, não houve diferença percentual
entre árvores que não produziram e as que a produção cresceu ao longo dos três anos, entretanto
tivemos 47% de árvores que apresentam alternância de produção.
4.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos da Vangueria
infausta nos anos 2005 e 2006.
Os resultados apresentados na tabela 2, são referentes aos testes de regressão e correlação entre a
altura média, diâmetro médio de 10 frutos e peso médio de 10 frutos, onde observa-se a
influência e o grau de influência destas variáveis no peso médio de 10 frutos por árvore.
Resultados mais detalhados constam dos anexos 7 e 8.
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Tabela 2. Influência e grau de influência do tamanho médio de 10 frutos no peso médio de
10 frutos
2005
Testes Regressão Correlação
Variáveis
independentes
P> |t| Influência Coeficiente
(r)
Grau de influência
Altura de frutos 0.034 S 0.5479 Moderado
Diâmetro de frutos 0.121 NS _ _
2006
Altura de frutos 0.001 S 0.6833 Moderado
Diâmetro de frutos 0.818 NS _ _
Nota: S – Significativa e NS – Não significativa, a 5% de probabilidade
Para os anos 2005 e 2006, observou-se que, estatisticamente o diâmetro médio de 10 frutos não
teve influência significativa no peso médio de 10 frutos, pois os seus valores do teste do
coeficiente de regressão (P> |t|) são maiores do que o nível de significância de 5% (α=0.05), mas
a altura média de 10 frutos teve influência moderada nos dois anos. No ano 2006 a influência foi
significativa, pois teve-se um valor do teste dos coeficientes de regressão (P> |t|) mais distante do
nível de significância (0.05). Embora a correlação tenha sido moderada nos dois anos, no ano
2006 a altura média de 10 frutos teve uma influência mais forte no peso médio de 10 frutos. Isto
pode estar associado ao aumento da altura média de frutos do ano 2005 para 2006 de 5.5%
(tabela 1).
O facto da altura média de 10 frutos ter tido maior influência no peso médio de 10 frutos nos
dois anos, pode ser indicação de que a selecção de árvores com frutos de maior peso pode ser
feita a partir da medição da altura dos frutos ainda no campo, sem necessidade de pesá-los.
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5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1. Conclusões
Com base nos resultados obtidos, pode-se constatar que:
 O ano de menor produção média de frutos da Vangueria infausta foi 2004 e de maior
produção média foi 2006, e houve um aumento de tamanho médio de 10 frutos do ano
2005 a 2006.
 Verificou-se existência de alternância de produção em 47% de árvores e 53% de árvores
não apresentaram alternância.
 Estatisticamente, o peso médio de 10 frutos foi influenciado somente pelo comprimento
médio de 10 frutos.
5.2. Recomendações
Aos Investigadores:
 Nos próximos ensaios com o intuito de garantir altas productividades em anos seguidos
(diminuir a alternância de produção) e melhorar a qualidade das próprias frutas, pode-se
fazer um teste, aplicando nos estágios iniciais de desenvolvimento dos frutos um
fitoregulador que liberta etileno.
Aos extensionistas:
 Promover e implementar mais programas de multiplicação da Vangueria infausta e outras
fruteiras nativas, principalmente nas zonas rurais onde ainda verifica-se insegurança
alimentar e nutricional.
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Aos estudantes:
 Para o mesmo ensaio, analisar dados de tamanho de frutos dos outros anos, de modo a
verificar se repete-se o resultado do teste de correlação, e se de facto a selecção de
árvores com frutos de maior peso pode ser feita a partir da medição do comprimento dos
frutos ainda no campo, sem necessidade de pesá-los.
 Efectuar mais estudos com dados de outros factores, como a temperatura e precipitação e
correlacionar com os rendimentos das árvores, de modo a que se encontre mais
explicações sobre as causas dos níveis anuais de produção.
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de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 20
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de Vangueria infausta (Maphilua)
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de Vangueria infausta (Maphilua)
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ANEXOS
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ANEXO 1. Dados de produção do ano 2004
Parcela Árvore Nr de frutos Peso (g) Nr de sementes
1 1 0 0 0
1 2 0 0 0
1 3 0 0 0
1 4 1 14 3
1 5 5 98 23
1 6 7 185 31
1 7 8 87 28
1 8 9 161 24
1 9 34 547 133
2 10 2 58 6
2 11 4 41 9
2 12 0 0 0
2 13 4 119 19
2 14 5 85 5
2 15 0 0 0
2 16 4 105 15
2 17 0 0 0
2 18 0 0 0
3 19 11 236 39
3 20 29 304 8
3 21 0 0 0
3 22 0 0 0
3 23 0 0 0
3 24 9 232 17
3 25 0 0 0
3 26 0 0 0
3 27 4 82 8
4 28 12 261 40
4 29 33 642 73
4 30 0 0 0
4 31 0 0 0
4 32 2 54 7
4 33 34 495 130
4 34 2 44 2
4 35 0 0 0
4 36 11 459 42
5 37 2 25 6
5 38 0 0 0
5 39 2 27 5
5 40 0 0 0
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 24
Parcela Árvore Nr de frutos Peso (g) Nr de sementes
5 41 0 0 0
5 42 0 0 0
5 43 0 0 0
5 44 3 48 11
5 45 19 68 13
6 46 6 120 20
6 47 28 458 92
6 48 0 0 0
6 49 0 0 0
6 50 6 117 17
6 51 0 0 0
6 52 0 0 0
6 53 13 121 12
6 54 50 757 154
7 55 0 0 0
7 56 6 109 17
7 57 11 217 43
7 58 18 318 57
7 59 0 0 0
7 60 0 0 0
7 61 0 0 0
7 62 5 70 10
7 63 0 0 0
8 64 26 450 78
8 65 77 1819 283
8 66 36 467 112
8 67 0 0 0
8 68 41 1060 68
8 69 108 3141 392
8 70 8 199 30
8 71 144 2568 386
8 72 61 1212 189
9 73 21 445 46
9 74 0 0 0
9 75 63 911 171
9 76 0 0 0
9 77 41 513 153
9 78 0 0 0
9 79 33 479 124
9 80 3 58 12
9 81 2 46 6
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 25
ANEXO 2. Dados de produção do ano 2005
Parcela Árvore Nr frutos Peso (g)
1 1 0 0
1 2 0 0
1 3 38 462.3
1 4 67 1174.8
1 5 105 1735.9
1 6 3 229.4
1 7 70 1463.2
1 8 21 650.3
1 9 0 0
2 10 0 0
2 11 59 1382.1
2 12 123 2108.602
2 13 0 0
2 14 0 0
2 15 29 1120.5
2 16 0 0
2 17 20 586.1
2 18 13 362.6
3 19 0 0
3 20 0 0
3 21 0 0
3 22 22 373.7
3 23 6 106
3 24 96 2158
3 25 0 0
3 26 29 263.7
3 27 17 242.7
4 28 0 0
4 29 0 0
4 30 82 1627.6
4 31 12 237.8
4 32 0 0
4 33 25 1225.6
4 34 63 1427.6
4 35 70 1752.6
4 36 23 551.5
5 37 34 491.9
5 38 25 587.6
5 39 0 0
5 40 79 2816.2
5 41 0 0
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 26
Parcela Árvore Nr frutos Peso (g)
5 42 0 0
5 43 0 0
5 44 0 0
5 45 0 0
6 46 16 254.4
6 47 0 0
6 48 0 0
6 49 22 507
6 50 19 446.7
6 51 0 0
6 52 0 0
6 53 0 0
6 54 29 458.2
7 55 75 1924.4
7 56 7 281.2
7 57 6 103.9
7 58 0 0
7 59 0 0
7 60 0 0
7 61 0 0
7 62 12 193.7
7 63 0 0
8 64 14 217.6
8 65 30 838.5
8 66 23 396.3
8 67 0 0
8 68 31 214
8 69 22 383.3
8 70 56 1011.7
8 71 64 940.5
8 72 69 1048.7
9 73 7 293.1
9 74 0 0
9 75 25 534.4
9 76 0 0
9 77 20 340
9 78 23 254.3
9 79 12 372
9 80 28 218.9
9 81 0 0
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 27
ANEXO 3. Dados de produção do ano 2006
Parcela Árvore Nr frutos Peso (g)
1 1 0 0
1 2 0 0
1 3 96 1482
1 4 68 1425
1 5 24 509
1 6 16 210
1 7 15 440
1 8 7 766
1 9 0 0
2 10 39 1035
2 11 36 789
2 12 25 469
2 13 0 0
2 14 0 0
2 15 58 1719.9
2 16 3 32.2
2 17 2 207.8
2 18 0 0
3 19 0 0
3 20 0 0
3 21 34 635
3 22 0 0
3 23 38 437
3 24 21 478
3 25 0 0
3 26 37 490
3 27 42 957
4 28 4 139
4 29 27 343
4 30 0 0
4 31 29 465
4 32 12 215
4 33 204 2409
4 34 13 207
4 35 0 0
4 36 0 0
5 37 35 611
5 38 0 0
5 39 0 0
5 40 0 0
5 41 6 95.5
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 28
Parcela Árvore Nr frutos Peso (g)
5 42 0 0
5 43 0 0
5 44 0 0
5 45 46 837
6 46 38 1272
6 47 0 0
6 48 260 2948
6 49 0 0
6 50 5 102
6 51 26 679
6 52 0 0
6 53 8 219
6 54 0 0
7 55 17 792
7 56 0 0
7 57 0 0
7 58 79 1679
7 59 53 1497
7 60 0 0
7 61 0 0
7 62 267 3699
7 63 0 0
8 64 15 313
8 65 147 2828
8 66 21 1401
8 67 0 0
8 68 25 435
8 69 142 2682
8 70 66 2229
8 71 328 3975
8 72 72 1926
9 73 0 0
9 74 0 0
9 75 0 0
9 76 32 489
9 77 45 825
9 78 56 1245
9 79 65 385
9 80 71 1592
9 81 255 2752
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 29
ANEXO 4. Dados de produção da amostra
Tratamentos Peso de frutos (g)
Nr de identificação da árvore 2004 2005 2006 Media
1 0 0 0 0.0
3 0 462.3 1482 648.1
5 98 1735.9 509 781.0
7 87 1463.2 440 663.4
9 547 0 0 182.3
10 58 0 1035 364.3
12 0 2108.6 469 859.2
14 85 0 0 28.3
16 105 0 32.2 45.7
18 0 362.6 0 120.9
19 236 0 0 78.7
21 0 0 635 211.7
23 0 106 437 181.0
25 0 0 0 0.0
27 82 242.7 957 427.2
28 261 0 139 133.3
30 0 1627.6 0 542.5
32 54 0 215 89.7
34 44 1427.6 207 559.5
36 459 551.5 0 336.8
37 25 491.9 611 376.0
39 27 0 0 9.0
41 0 0 95.5 31.8
43 0 0 0 0.0
45 68 0 837 301.7
46 120 254.4 1272 548.8
48 0 0 2948 982.7
50 117 446.7 102 221.9
52 0 0 0 0.0
54 757 458.2 0 405.1
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 30
Tratamentos Peso de frutos (g)
Nr de identificação da árvore 2004 2005 2006 Media
55 0 1924.4 792 905.5
57 217 103.9 0 107.0
59 0 0 1497 499.0
61 0 0 0 0.0
63 0 0 0 0.0
64 450 217.6 313 326.9
66 467 396.3 1401 754.8
68 1060 214 435 569.7
70 199 1011.7 2229 1146.6
72 1212 1048.7 1926 1395.6
73 445 293.1 0 246.0
75 911 534.4 0 481.8
77 513 340 825 559.3
79 479 372 385 412.0
81 46 0 2752 932.7
Media 205.09 404.34 555.06 388.2
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 31
ANEXO 5. Dados de tamanho médio (cm) e peso médio de 10 frutos (g) do ano 2005
Parcela Árvore Altura Diametro Peso
1 1
1 2
1 3
1 4 2.24 3.21 13.99
1 5 2.53 2.21 18.25
1 6
1 7 2.54 3.20 20.60
1 8
1 9
2 10
2 11 2.84 3.15 16.80
2 12 2.81 3.39 14.62
2 13
2 14
2 15 3.19 3.71 27.57
2 16
2 17 3.16 3.22 25.54
2 18 2.75 3.21 20.25
3 19
3 20
3 21
3 22
3 23
3 24 2.69 3.35 18.70
3 25
3 26 2.29 3.56 15.75
3 27
4 28
4 29
4 30 3.18 3.65 23.34
4 31
4 32
4 33
4 34 3.09 3.51 23.89
4 35 3.03 2.78 18.25
4 36
5 37 3.07 3.39 18.18
5 38 2.9 3.06 16.22
5 39
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 32
5 40 3.18 3.59 25.40
5 41
5 42
5 43
Parcela Árvore Altura Diametro Peso
5 44
5 45
6 46 2.52 2.76 10.29
6 47
6 48
6 49 3.37 3.67 14.53
6 50 3.05 3.78 20.64
6 51
6 52
6 53
6 54 2.71 3.11 14.62
7 55 2.84 3.22 17.91
7 56
7 57
7 58
7 59
7 60
7 61
7 62 3.07 3.76 27.41
7 63
8 64 2.81 3.07 15.34
8 65 2.3 3.38 17.13
8 66 2.1 3.14 16.53
8 67
8 68
8 69
8 70 2.48 2.96 13.65
8 71
8 72 3.24 3.79 24.55
9 73
9 74
9 75 2.06 2.37 17.56
9 76
9 77 2.22 3.31 18.61
9 78
9 79
9 80 2.12 3.24 16.53
9 81
Media 2.75 3.26 18.75
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 33
Nota: Os espaços em branco indicam que a árvore não produziu ou produziu abaixo de 10 frutos.
ANEXO 6. Dados de tamanho médio (cm) e peso médio de 10 frutos (g) do ano 2006
Parcela Árvore Altura Diametro Peso
1 1
1 2
1 3 2.6 3.33 17.32
1 4
1 5 3.06 5.19 21.43
1 6
1 7 2.83 3.61 22.81
1 8
1 9
2 10 2.97 3.72 23.79
2 11 4.01 4.62 28.28
2 12
2 13
2 14
2 15 3.3 3.62 14.76
2 16
2 17
2 18
3 19
3 20
3 21 2.93 3.38 19.11
3 22
3 23
3 24 2.79 3.35 18.70
3 25
3 26 2.42 3.13 15.15
3 27 2.79 3.4 20.25
4 28
4 29
4 30
4 31 4.07 4.67 25.54
4 32
4 33 2.61 3.02 13.99
4 34 3.06 3.64 16.27
4 35
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 34
4 36
5 37 2.66 3.11 14.62
5 38
5 39
5 40
5 41
5 42
5 43
Parcela Árvore Altura Diametro Peso
5 44
5 45 2.08 3.16 16.22
6 46 3.05 3.47 20.64
6 47
6 48 3.08 3.59 24.50
6 49
6 50
6 51 3.3 4.07 31.83
6 52
6 53
6 54
7 55 2.84 3.22 17.91
7 56
7 57
7 58 2.92 3.47 18.25
7 59 3.19 3.65 23.34
7 60
7 61
7 62 2.61 3.08 13.99
7 63
8 64 2.81 3.08 15.34
8 65 2.63 3.16 13.39
8 66
8 67
8 68
8 69 2.8 3.24 16.53
8 70
8 71 2.74 3.2 22.72
8 72 2.46 4.74 10.29
9 73
9 74
9 75
9 76
9 77 2.76 3.35 18.60
9 78 2.86 3.33 17.44
9 79
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 35
Fonte: CIF (Dados de produção dos anos 2004, 2005 e 2006 e de tamanho médio de 10 frutos
dos anos 2005 e 2006 da Vangueria infausta).
ANEXO 7. Testes de regressão, normalidade, heteroskedasticidade e correlação do ano
2005
Prob > chi2 = 0.3044
chi2(1) = 1.05
Variables: erro
Ho: Constant variance
Breusch-Pagan / Cook-Weisberg test for heteroskedasticity
. hettest erro
erro 30 0.97489 0.798 -0.466 0.67944
Variable Obs W V z Prob>z
Shapiro-Wilk W test for normal data
. swilk erro
. predict erro, residual
_cons -4.261654 6.127889 -0.70 0.493 -16.83504 8.311736
altura 4.498072 2.018937 2.23 0.034 .3555546 8.640589
diametro 3.27313 2.046774 1.60 0.121 -.9265023 7.472763
peso Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval]
Total 551.928949 29 19.0320327 Root MSE = 3.6149
Adj R-squared = 0.3134
Residual 352.826423 27 13.0676453 R-squared = 0.3607
Model 199.102526 2 99.5512628 Prob > F = 0.0024
F( 2, 27) = 7.62
Source SS df MS Number of obs = 30
reg peso diametro altura
altura 0.5479* 1.0000
peso 1.0000
peso altura
. pwcorr peso altura, star(0.05)
9 80
9 81 2.81 3.2 17.56
Media 2.9 3.56 19.02
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 36
Nota: Os dados seguem distribuição normal pelo teste de normalidade de Shapiro Wilk, se o
Prob> z for maior que 0.05, e os resíduos são homoskedásticos, se Prob> chi2 for maior que
0.05. O modelo de regressão tem poder explanatório, se Prob> F for menor que 0.05.
*: Significa efeito significativo da variável independente no teste de correlação.
ANEXO 8. Testes de regressão, normalidade, heteroskedasticidade e correlação do ano
2006
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 37
.
altura 0.6833* 1.0000
peso 1.0000
peso altura
. pwcorr peso altura, star(0.05)
Prob > chi2 = 0.1074
chi2(1) = 2.59
Variables: erro
Ho: Constant variance
Breusch-Pagan / Cook-Weisberg test for heteroskedasticity
. hettest erro
erro 30 0.97366 0.837 -0.367 0.64323
Variable Obs W V z Prob>z
Shapiro-Wilk W test for normal data
. swilk erro
. predict erro, residual
_cons -4.820773 5.172419 -0.93 0.360 -15.4337 5.792153
altura 7.7895 2.06449 3.77 0.001 3.553516 12.02548
diametro .348269 1.500095 0.23 0.818 -2.729671 3.426209
peso Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval]
Total 657.570294 29 22.6748377 Root MSE = 3.5999
Adj R-squared = 0.4285
Residual 349.892604 27 12.9589853 R-squared = 0.4679
Model 307.67769 2 153.838845 Prob > F = 0.0002
F( 2, 27) = 11.87
Source SS df MS Number of obs = 30
reg peso diametro altura
ANEXO 9. Esquema do método de aleatorização X
No
da
parcela
Plantas No
da
parcela
Plantas No
da
parcela
Plantas
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 38
Nota: Os números destacados a negrito são as árvores da amostra, seleccionadas do processo de
aleatorização X.
1
1 4 7
4
28 31 34
7
55 58 61
2 5 8 29 32 35 56 59 62
3 6 9 30 33 36 57 60 63
2
10 13 16
5
37 40 43
8
64 67 70
11 14 17 38 41 44 65 68 71
12 15 18 39 42 45 66 69 72
3
19 22 25
6
46 49 52
9
73 76 79
20 23 26 47 50 53 74 77 80
21 24 27 48 51 54 75 78 81
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 39
ANEXO 10. Esquema do ensaio da Vangueria infausta
Fonte: (Mula, 2012a
)
No
da
parcela
Compasso Atleia
herbert
No
da
parcela
Compasso Atleia
herbert
No
da
parcela
Compasso
1 (2X2.5) 4 (2X3) 7 (2X2)
2 (2X3) 5 (2X2) 8 (2X2.5)
3 (2X2) 6 (2X2.5) 9 (2X3)
Bloco I Bloco II Bloco III
Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção
de Vangueria infausta (Maphilua)
Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 40
Onde:
reg = Comando usado para o teste de regressão
Source = Fonte de variação
Model = Modelo
Residual = Resíduo
df = Grau de liberdade
MS (Mean Square) = Quadrados médios
Number of obs. = Número de observações
R-Square = R-Quadrado
R-Square adjusted = R-Quadrado ajustado
Root MSE = Raíz quadrada da soma dos quadrados médios
Prob> F = Valor de probabilidade usado para ver se o modelo de regressão tem poder explanatório,
comparando-se com nível de significância (0.05)
Coef. = Coeficientes de regressão
Std. Err. = Erro padrão
P> t = Valor do teste “t” (t-calculado) usado para comparar com nivel de significância (0.05)
[95% Conf. Interval] = Intervalo de confiança a 95%
predict erro, residual = Comando usado para estimar o erro dos resíduos
swilk erro = Comando usado para o teste da normalidade dos resíduos
Prob> z = Valor do teste de normalidade de Shapiro Wilk usado para comparar com nível de significância
(0.05)
hettest erro = Comando usado para o teste de heteroskedasticidade dos resíduos
Prob> chi2 = Valor do teste de heteroskedasticidade de Breausch Pagan usado para comparar com nível
de significância (0.05).
Ho: Constant variance = Variância constante
chi2 = Qui-quadrado
pwcorr = Comando usado para o teste de correlação
star(0.05) = Comando acrescentado no teste “pwcorr” para determinar se a correlação é significativa a 5%
de probabilidade pelo teste t

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  • 1. FACULDADE DE AGRONOMIA E ENGENHARIA FLORESTAL PROJECTO FINAL Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Autor: Declério Moisés Sebastião Mucachua Supervisora: Eng.ª Ângela Remane Maputo, Julho de 2013
  • 2. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua i DEDICATÓRIA A memória dos meus entes queridos Dedico Dedico este trabalho aos meus pais Moisés Sebastião Mucachua e Rita Boane, aos meus irmãos Dinércia, Edson, Edmilson, Ercília, Etivaldo, Hélio, Moisés Júnior, Mércio, Nelinho, Ornélia, Tânia, aos meus sobrinhos Clayton e Patrícia Chantel, as minhas primas Ivete e Elga Neusa, pelo amor, alegria, carinho e todo apoio em todos momentos.
  • 3. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua ii . Os que se encantam com a prática sem a ciência são como os timoneiros que entram no navio sem timão nem bússola, nunca tendo certeza do seu destino Leonardo Da Vinci
  • 4. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua iii AGRADECIMENTOS Expresso gratidão pelo apoio que recebi durante os meus estudos na Faculdade de Agronomia, ao qual ficou a dever-se o sucesso. Refiro-me aos Docentes da Faculdade, colegas de carteira, amigos, familiares e todos que directamente ou indirectamente contribuiram na minha formação, vai um muito obrigado e que DEUS esteja convosco. Aos meus pais Moisés Sebastião Mucachua e Rita Boane, por todo o amor que têm por mim e pela preocupação e esforço feito para a minha educação. À minha supervisora Eng.ª Ângela Remane, pela paciência, orientação, sugestão do tema, disponibilização dos dados e a sua preocupação pela qualidade do trabalho. Aos técnicos do Centro de Investigação Florestal, Sr. José Lopes por ter colhido os dados e ter explicado oralmente o processo de montagem do ensaio e de recolha de dados, Eng.ª Horácia e Eng.ª Cacilda pela disponibilização de protocolos do ensaio. Aos Engenheiros Meizal Popat e Bordalo Mouzinho, e ao colega Eugénio Penicela, pelo apoio prestado na organização e análise dos dados.
  • 5. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua iv DECLARAÇÃO SOB COMPROMISSO DE HONRA Declaro que este trabalho de fim do curso é o resultado da minha investigação e nunca foi apresentado na sua essência para quaisquer fins, estando indicadas no texto e nas referências bibliográficas todas as fontes por mim consultadas. Autor ________________________________________________ (Declério Moisés Sebastião Mucachua)
  • 6. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua v RESUMO O presente estudo foi realizado em 2012, com o objectivo de determinar rendimento médio da Vangueria infausta nos anos 2004, 2005 e 2006, o tamanho médio do fruto, a relação entre o tamanho do fruto e a produção e de verificar se existia alternância de produção nesta fruteira nativa. Os dados de produção foram colhidos pelo CIF (Centro de Investigação Florestal, actual CEF, do IIAM) no seu campo experimental, no Distrito de Marracuene, Província de Maputo, num ensaio estabelecido com o objectivo de testar o espaçamento da Vangueria infausta vulgarmente conhecida como Maphilua. As mudas utilizadas para o estabelecimento deste ensaio foram produzidas por sementes e o ensaio foi estabelecido em 1998 (as sementes foram colhidas em Marracuene em 1996). O ensaio tinha um total de 81 árvores, que foi considerado como uma população na qual foi definida uma amostra de 45 árvores seleccionadas de forma aleatória para determinar os rendimentos e características da produção. As primeiras árvores começaram a produzir em 2004, portanto em 2004, 2005 e 2006, observou-se para cada árvore, os frutos que tinham atingido a maturação, e procedeu-se à sua colheita para em seguida se fazer a contagem dos mesmos, sua pesagem numa balança de precisão e posterior extracção e contagem do número de sementes por fruto. Os dados obtidos foram usados para determinar os rendimentos médios (número e peso dos frutos produzidos por árvore) e para gerar um gráfico através do programa Microsoft Excel 2010, que permitiu também observar a variação na produção e verificar se existia ou não alternância de produção. Para a determinação do tamanho médio dos frutos foram colhidos dados anos 2005 e 2006, seleccionando-se ao acaso 10 frutos maduros por árvore, em 20 das 45 árvores da amostra, que foram pesados e de seguida mediu-se a altura e diâmetro de cada um e o diâmetro usando o paquímetro. Testou-se a existência da relação, em termos estatísticos, entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos, através da regressão e correlação no STATA 10. Com base nos resultados obtidos verificou-se que, algumas das árvores da amostra apenas iniciaram a produção em 2006 e outras ainda não tinham iniciado a produção em 2006, o que indica que existe uma grande variação no período de juvenilidade desta fruteira, os rendimentos foram crescentes (205,1; 404,3 e 555,1, g/árvore, respectivamente em 2004, 2005 e 2006), registando um aumento de 97% de 2004 para 2005 e de 37% de 2005 para 2006. Algumas árvores (47%) claramente mostraram um padrão de alternância de produção, enquanto que apenas 13% das árvores mostraram uma produção crescente entre 2004 e 2006, enquanto que as restantes apenas produziram uma vez (18%), ou não produziram (13%), ou mostraram um decréscimo da produção (9%).O comprimento e altura médias dos frutos registaram um aumento em 5.5 e 3.56 % respectivamente, de 2004 para 2005 e verificou-se que o peso médio de 10 frutos foi apenas influenciado pelo comprimento e não pelo diâmetro.
  • 7. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua vi ÍNDICE DEDICATÓRIA............................................................................................................................. i AGRADECIMENTOS ................................................................................................................iii DECLARAÇÃO SOB COMPROMISSO DE HONRA ........................................................... iv RESUMO....................................................................................................................................... v ÍNDICE......................................................................................................................................... vi LISTA DE TABELAS ...............................................................................................................viii LISTA DE FIGURAS.................................................................................................................. ix LISTA DE ANEXOS .................................................................................................................... x 1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 1 1.1. Antecedentes ........................................................................................................................ 1 1.2. Problema de estudo e Justificação........................................................................................ 1 1.3. Objectivos............................................................................................................................. 2 1.3.1. Geral .............................................................................................................................. 2 1.3.2. Específicos..................................................................................................................... 2 1.4. Localização e caracterização da área de estudo ................................................................... 3 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................ 4 2.1. Aspectos gerais..................................................................................................................... 4 2.2. Usos e valor económico ....................................................................................................... 4 2.3. Botânica................................................................................................................................ 5 2.4. Ecologia e distribuição......................................................................................................... 5 2.5. Propagação e maneio............................................................................................................ 6
  • 8. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua vii 2.6. Alternância de produção....................................................................................................... 7 3. METODOLOGIA..................................................................................................................... 9 3.1. Recolha de Dados................................................................................................................. 9 3.1.1. Contagem e pesagem dos frutos .................................................................................... 9 3.2. Análise de Dados................................................................................................................ 10 3.2.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura média e diâmetro médio dos frutos da Vangueria infausta. ................................................................................................ 10 3.2.2. Análise da existência da alternância de produção por árvore nos anos 2004, 2005 e 2006 ....................................................................................................................................... 11 3.2.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos na Vangueria infausta nos anos 2005 e 2006............................................................................................... 11 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................................ 13 4.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura e diâmetro dos frutos da Vangueria infausta...................................................................................................................................... 13 4.2. Análise da existência da alternância de produção nos anos 2004, 2005 e 2006. ............... 14 4.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos da Vangueria infausta nos anos 2005 e 2006. ................................................................................................. 15 5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES............................................................................. 17 5.1. Conclusões ......................................................................................................................... 17 5.2. Recomendações.................................................................................................................. 17 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 19 7. ANEXOS.................................................................................................................................. 22
  • 9. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua viii LISTA DE TABELAS Tabela 1: Médias anuais, variação percentual da produção e tamanho médio de 10 frutos ........13 Tabela 2: Influência e grau de influência do tamanho médio de 10 frutos no peso médio de 10 frutos .............................................................................................................................................16
  • 10. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua ix LISTA DE FIGURAS Figura 1: Árvore da Vangueria infausta .......................................................................................5 Figura 2: Frutos de Vangueria infausta ........................................................................................5 Figura 3: Variação de produção por árvore..................................................................................14 Figura 4: Variação de produção por grupo de árvore ..................................................................15
  • 11. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua x LISTA DE ANEXOS DEDICATÓRIA..................................................................................................................... i AGRADECIMENTOS.......................................................................................................... iii DECLARAÇÃO SOB COMPROMISSO DE HONRA........................................................... iv RESUMO.............................................................................................................................. v ÍNDICE ............................................................................................................................... vi LISTA DE ANEXOS............................................................................................................. x 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1 1.1. Antecedentes ........................................................................................................................ 1 1.2. Problema de estudo e Justificação........................................................................................ 1 1.3. Objectivos............................................................................................................................. 2 1.3.1. Geral............................................................................................................................................................2 1.3.2. Específicos..................................................................................................................................................2 1.4. Localização e caracterização da área de estudo ................................................................... 3 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 4 2.1. Aspectos gerais..................................................................................................................... 4 2.2. Usos e valor económico ....................................................................................................... 4 2.3. Botânica................................................................................................................................ 5 2.4. Ecologia e distribuição......................................................................................................... 5 2.5. Propagação e maneio............................................................................................................ 6 2.6. Alternância de produção....................................................................................................... 7 3. METODOLOGIA.............................................................................................................. 9 3.1. Recolha de Dados................................................................................................................. 9 3.2. Análise de Dados................................................................................................................ 10 3.2.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura média e diâmetro médio dos frutos da Vangueria infausta. ..............................................................................................................................................................10 3.2.2. Análise da existência da alternância de produção por árvore nos anos 2004, 2005 e 2006 ......................11
  • 12. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua xi 3.2.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos na Vangueria infausta nos anos 2005 e 2006.........................................................................................................................................................11 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................................... 13 4.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura e diâmetro dos frutos da Vangueria infausta ...................................................................................................................................... 13 4.2. Análise da existência da alternância de produção nos anos 2004, 2005 e 2006. ............... 14 4.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos da Vangueria infausta nos anos 2005 e 2006................................................................................................... 15 5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ......................................................................... 17 5.1. Conclusões ......................................................................................................................... 17 5.2. Recomendações.................................................................................................................. 17 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 19 ANEXOS ............................................................................................................................ 22 ANEXO 1. Dados de produção do ano 2004......................................................................... 23 ANEXO 2. Dados de produção do ano 2005......................................................................... 25 ANEXO 3. Dados de produção do ano 2006......................................................................... 27 ANEXO 4. Dados de produção da amostra........................................................................... 29 ANEXO 5. Dados de tamanho médio (cm) e peso médio de 10 frutos (g) do ano 2005........... 31 ANEXO 6. Dados de tamanho médio (cm) e peso médio de 10 frutos (g) do ano 2006........... 33 ANEXO 7. Testes de regressão, normalidade, heteroskedasticidade e correlação do ano 2005 ........................................................................................................................................... 35 ANEXO 8. Testes de regressão, normalidade, heteroskedasticidade e correlação do ano 2006 ........................................................................................................................................... 36 ANEXO 9. Esquema do método de aleatorização X.............................................................. 37 ANEXO 10. Esquema do ensaio da Vangueria infausta ....................................................... 39
  • 13. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua xii 
  • 14. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 1 1. INTRODUÇÃO 1.1. Antecedentes O Centro de Investigação Florestal (CIF), a 3 de Abril de 1998, estabeleceu um ensaio na sua estação experimental, no Distrito de Marracuene, Província de Maputo, com o objectivo de testar o espaçamento da Vangueria infausta vulgarmente conhecido como Maphilua. As mudas utilizadas para o estabelecimento desta plantação foram produzidas por sementes, e estas foram colhidas na região de Marracuene, localidade de Ricathla, entre Fevereiro e Maio de 1996, processadas e testadas pelo CIF no seu laboratório. O ensaio foi composto por três blocos, numa área total de 405 m2 , desenhado com base no delineamento de blocos completos casualizados, com três tratamentos (espaçamentos de 2,0 x 2,0 m; 2,0 x 2,5 m e 2,0 x 3,0 m), três repetições e um total de 81 plantas no experimento. Usou-se como bordadura e entre os blocos 114 plantas de Atleia herbert totalizando 195 plantas (Mula,2012b ). 1.2. Problema de estudo e Justificação A Vangueria infausta é uma espécie nativa de Moçambique e de alguns países no sul da África, ela possui frutos usados para alimentação por pessoas e animais selvagens. As outras partes da planta são usadas na medicina tradicional para o tratamento da malária, feridas, problemas menstruais, uterinos, inchaços genitais, entre outros (Orwa et al., 2009). Segundo Chhabra et al., (1984) as frutas desta espécie têm elevado valor nutritivo como uma fonte de carbohidratos, proteínas, vitamina C (ácido ascórbico) e de minerais, em destaque potássio (K), sódio (Na), cálcio (Ca), magnésio (Mg), fósforo (P), ferro (Fe) e zinco (Zn). Pela sua importância alimentar, nutricional e por ser uma espécie de crescimento lento em relação as outras fruteiras exóticas, nos princípios de 2007, surgiu a necessidade de pesquisar um pouco mais a espécie para reduzir estes problemas. O CIF experimentou a enxertia desta espécie com objectivo de encurtar o tempo de frutificação, melhorar a qualidade e o sabor do fruto para
  • 15. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 2 que esta passe a ser plantada nas residências ou machambas das comunidades a fim de aliviar a subnutrição verificada em alguns pontos do país (Lopes, 2008). Esta fruteira, embora sendo importante, dela pouco se sabe no que concerne a existência de alternância de produção, níveis de produção e como certos factores influenciam esses níveis de produção em Moçambique. Os estudos dos níveis de produção da Vangueria infausta, servirão de base para indicar, que factores influenciam esses níveis de produção, para nos próximos ensaios adoptar-se melhores estratégias para aumentar-se a produção, e satisfazer a dieta alimentar de grande parte da população rural e suburbana do país. Neste estudo, como pretende-se determinar os níveis de produção e alternância de produção, através da análise das médias anuais de rendimento por árvore, escolheu-se apenas três anos dentro do período de 2004 a 2007. Portanto, este estudo complementará o ensaio que o CIF já tinha estabelecido, e terá como base os dados de peso, comprimento e diâmetro dos frutos por árvore, colhidos pelo CIF. Este estudo será de extrema importância para Instituições Agrárias, como o CIF, e particulares, pois carece-se de informação relativa aos rendimentos anuais desta fruteira. 1.3. Objectivos 1.3.1. Geral  Determinar rendimento médio da Vangueria infausta dos anos 2004, 2005 e 2006, a relação entre o tamanho do fruto e a produção nos anos 2005 e 2006 e verificar se existe alternância de produção. 1.3.2. Específicos  Determinar os rendimentos médios, comprimento médio e diâmetro médio dos frutos da Vangueria infausta.  Verificar a existência da alternância de produção nos anos 2004, 2005 e 2006.
  • 16. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 3  Explicar a relação entre o tamanho médio de 10 frutos e peso médio de 10 frutos na Vangueria infausta nos anos 2005 e 2006. 1.4. Localização e caracterização da área de estudo O ensaio foi montado na estação experimental do Centro de Investigação Florestal (CIF), situado na sede do Distrito de Marracuene. Segundo MAE, (2005) este distrito está situado na parte oriental da Província de Maputo, está localizado 30 Km a norte da cidade de Maputo, entre a latitude de 25o 41’20’’ e longitude de 32º 40’30’’. É atravessado no sentido norte-sul ao longo de uma extensa planície pelo rio Incomati, que vai desaguar no Oceano Índico, no delta da Macaneta. O clima do distrito é tropical chuvoso de savana influenciado pela proximidade do mar. Caracteriza-se por temperaturas quentes com um valor médio anual superior a 20º C e uma amplitude de variação anul inferior a 10º C (MAE, 2005). A humidade relativa do distrito varia entre 55 a 75 % e a precipitação é moderada, com um valor médio anual entre 500 mm no interior e 1.000 mm no litoral. A estação chuvosa vai de Outubro a Abril, com 60% a 80% da pluviosidade concentrada nos mêses de Dezembro a Fevereiro (MAE, 2005). Os solos predominantes são arenosos claros, muito profundos, com muita baixa retenção de água, pouca matéria orgânica na superfície, de areias brancas e soltas das dunas (Mula, 2012a ). A área foi sempre caracterizada como zona antrópica (modificada pela actuação do homem) representada pela vegetação secundária, usada para a agricultura de amendoim e feijão além do milho e mandioca em pequena escala (Mula, 2012a ).
  • 17. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 4 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. Aspectos gerais As frutas nativas representam um importante recurso alimentar, valor medicinal e sócio- económico. Estas são mais usadas pelas famílias rurais e constituem uma fonte de alimentação nas épocas findas da estação seca quando se verifica uma escassez de reservas alimentares (Bradley et al., 1993). A Vangueria infausta é uma espécie de planta da família Rubiaceae. É uma planta alimentar tradicional em África, mas esta fruteira pouco conhecida tem o potencial para melhorar a nutrição, aumentar a segurança alimentar e promover o desenvolvimento rural (Orwa et al., 2009). 'Vangueria', o nome genérico, é derivado de uma palavra de Madagáscar, e ‘infausta’, que significa azar, pois não se deve fazer da madeira uma fonte de combustível, ela deve ser apenas usada para outros fins como postes de casas e implementos (Behk, 2004). Vangueria infausta é uma espécie nativa de Moçambique onde é mais conhecido no sul deste país (em tsonga) por “Npfilua” e a sua fruta por “Mapfilua”. É conhecida em português como Nêspera Selvagem (Watt e Breyer-Brandwijk, 1962). Esta espécie para além de ser considerada nativa de Moçambique, é também nativa de Botswana, Quénia, Madagáscar, Malawi, Namíbia, África do Sul, Tanzania, Uganda e Zimbabwe (Verdcourt e Bridson, 1991). 2.2. Usos e valor económico Esta fruta tem múltiplos usos, dos quais pode-se destacar, o consumo fresco, armazenamento para ser utilizada quando há escassez de alimentos, produção de mampoer, uma bebida alcoólica, que é obtida através da sua destilação ou fermentação, o seu sumo pode também ser utilizado para fins de aromatizantes (Behk, 2004). De acordo com (Rood, 1994), vinagre pode ser produzido a partir desta fruta. Esta planta tem valor medicinal também, uma infusão das raízes e folhas tem sido utilizada para o tratamento da malária, doenças como a pneumonia, tratamento de micoses e alívio da dor de dentes (Behk, 2004).
  • 18. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 5 2.3. Botânica A Vangueria infausta (figura 1) é uma planta de 2-7 m de altura com tronco curto, folhas verdes médias ou grandes, variando de forma oval a arredondada. Durante a floração ela apresenta flores com cerca de 4 mm de comprimento e 6 mm de diâmetro com pétalas verde-amarelas. Os seus frutos são verdes quando não maduros e castanho – alaranjados quando maduros, conforme ilustrado na fig. 2. É uma fruta carnuda, macia, de polpa doce e possui 3 a 5 sementes rígidas (Watt e Breyer-Brandwijk, 1962).   Fig. 1. Árvore da Vangueria infausta Fig. 2. Frutos da Vangueria infausta Fonte: (CDE, 2003) Fonte: (Verdcourt e Bridson, 1991) Na África Austral, as flores surgem de Setembro a Novembro e os frutos de Novembro a Abril (Orwa et al., 2009). Estas frutas têm como a época de colheita entre Janeiro e Maio, podendo ser secadas e armazenadas por um ano para uma eventual época de crise (Chhabra et al., 1984). 2.4. Ecologia e distribuição A Vangueria infausta é encontrada em todos os tipos de floresta, declives, pastagem arborizada, também perto do mar sobre as dunas, amplamente distribuída na savana. Ela pode suportar longos períodos de seca e geada (Orwa et al., 2009). Esta fruteira pode ser cultivada a uma temperatura média anual entre (17-28°C), precipitação média anual entre (1000 - 1500 mm) e altitude entre (350-1250 m) (Orwa et al., 2009). Adapta-se melhor em solos latossólicos (caracterizados por ter uma profundidade superior a 2 m, bem drenados, baixo teor de silte, as
  • 19. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 6 argilas são predominantemente do tipo caulinita, cujas partículas são revestidas por óxidos de ferro, responsáveis pelas típicas cores avermelhadas (Orwa et al., 2009). 2.5. Propagação e maneio Estas plantas podem ser propagadas vegetativamente e por semente. Primeiramente, as sementes são retiradas da polpa, secadas e quebrar a dormência por vários métodos para enfraquecer o revestimento; o corte da parte superior da semente é o melhor método de quebra de dormência para esta espécie, assim as fracturas do revestimento da semente criadas podem aumentar a taxa de germinação (geralmente 80% ou mais). Outro método de quebra de dormência é mergulhá-las em água corrente por 24h e na manhã seguinte semear em bandejas de germinação preenchidas com areia de rio, para de seguida proceder-se com o transplante de mudas para sacos plásticos, quando elas atingem a fase de 3 folhas, e mantê-las por pelo menos 1 ano antes de semea-las no campo (Orwa et al., 2009). As estacas devem ser tratadas com um pó de hormona estimulante da raiz e plantá-las durante o início da primavera em areia de rio (Orwa et al., 2009). A propagação vegetativa é um dos melhores métodos para o desenvolvimento desta espécie, dentre eles o método de enxertia, a garfagem no topo em fenda cheia é um dos mais utilizados, apresentando precocidade e altos índices de pegamento. Em menor escala realiza-se garfagem à inglesa simples e garfagem lateral. Durante a enxertia, o porta-enxerto e o garfo apresentam diâmetro semelhante, em torno de 1 cm. Uma das práticas de maneio desta fruteira é a poda, que deve ser efectuada quando as plantas começam a diminuir a sua actividade fisiológica, a sua produtividade. A poda de frutificação é iniciada após a copa da planta encontrar-se formada, tem por fim regularizar e melhorar a frutificação quer dominando o excesso de vegetação da planta quer pelo contrário, reduzindo os ramos frutíferos, para que haja maior intensidade de vegetação. Dessa maneira, evita-se a superprodução da planta, que baixa a qualidade da fruta levando a decadência rápida das árvores (Mula, 2012b ). A poda de limpeza deve ser feita anualmente nos pomares, com a tesoura de poda, consistindo na retirada de ramos doentes, quebrados e secos. Geralmente, todas as fruteiras
  • 20. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 7 necessitam deste tipo de poda. É um tipo de poda executada normalmente em períodos de baixa actividade fisiológica da planta, ou seja, durante o inverno ou, como nas cítricas, logo após sua colheita (Mula, 2012b ). 2.6. Alternância de produção Quando a alta produção de frutos é intercalada com anos de baixa ou nenhuma produção, ou vice-versa, essa característica é denominada alternância de produção. Nos anos de alta produção os frutos são de tamanho reduzido, enfrentando problemas na comercialização, e no ano subsequente, devido ao esgotamento das reservas das plantas, ocorre baixa ou até ausência de produção, que deixa a actividade pouco rentável para o produtor (Moreira e Cruz, 2011). Portanto, a aplicação de fitoreguladores como técnica para redução da floração, é útil para a correcção da alternância de produção e o deslocamento da época de colheita (Lima et al., 2012). Dessa forma, pesquisas vêm sendo realizadas com o intuito de garantir altas produtividades em anos agrícolas seguidos. Bons resultados são conseguidos com a aplicação nos estágios iniciais de desenvolvimento dos frutos dum fitoregulador que liberta etileno, capaz de reduzir a quantidade final de frutos nas plantas, contribuindo para diminuir a alternância e melhorar a qualidade das próprias frutas (Moreira e Cruz, 2011). A produção excessiva de frutos, em um ano, causa um esgotamento de alguns minerais e diminuição do teor de glícidos e outras substâncias de reserva, com isso a planta não é capaz de promover uma boa formação de gemas florais e, também, de suportar os frutos no ano seguinte (Fachinello et al., 2009). No caso dos citros, na maioria das espécies, se o esgotamento for muito grande, a planta não floresce ou apresenta uma baixa floração, e no ano seguinte apenas emitirá brotações para se recuperar e acumular reservas (Fachinello et al., 2009). Em grande parte das fruteiras as causas da alternância de produção podem estar relacionadas com os seguintes factores: nutrição mineral deficiente, carência de carbohidratos, mau funcionamento do sistema radicular, ocorrência de condições climáticas desfavoráveis durante a frutificação, como altas temperaturas antes e durante o período de queda natural dos frutos e secas (Lima et al., 2012).
  • 21. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 8 As espécies mais susceptíveis à alternância de produção são as cítricas, especialmente as tangerineiras e laranjeiras; as pereiras; os pessegueiros e as macieiras. Em geral, as cultivares mais precoces são mais susceptíveis do que as cultivares tardias (Fachinello et al., 2009).
  • 22. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 9 3. METODOLOGIA A colheita de dados no ensaio iniciou seis anos após o estabelecimento, a última medição foi em 2007. Do CIF, obtiveram-se dados de produção (quantidade de frutos, quantidade de sementes e peso de frutos) dos anos 2004, 2005 e 2006 e de tamanho de frutos (altura e diâmetro) dos anos 2005 e 2006. Neste estudo apenas descreveu-se o processo de recolha e analisou-se. 3.1. Recolha de Dados Os dados para realização deste trabalho foram colectados pelo CIF nos anos de 2004, 2005 e 2006, respectivamente. Para as medições de altura e diâmetro, foram seleccionados ao acaso 10 frutos maduros por cada árvore. A medição de altura foi feita com uma régua, colocando-a na posição vertical ao fruto (a região apical do fruto voltada para o solo). O diâmetro foi medido com o paquímetro, colocando- o na posição horizontal ao fruto (Lopes, 2012). 3.1.1. Contagem e pesagem dos frutos Tendo em conta que nem todas plantas de Vangueria infausta iniciam a produção no mesmo ano, o CIF seleccionou para cada tratamento (árvore), os frutos que tinham atingindo a maturação, de seguida procedeu com a contagem, e pesagem dos mesmos numa balança de precisão. Dos frutos maduros foram retiradas as sementes para a contagem (Lopes, 2012)
  • 23. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 10 3.2. Análise de Dados 3.2.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura média e diâmetro médio dos frutos da Vangueria infausta. Portanto, neste estudo pretendeu-se obter as médias anuais de rendimento (2004, 2005 e 2006) da Vangueria infausta. Para tal, primeiramente, definiu-se um tamanho da amostra dentro da população de 81 árvores para simplificar a análise estatística. O tamanho da amostra foi definido com base na grande variação dos níveis de produção por árvore nos três anos. Esta grande variação origina um desvio padrão médio (dos três anos) alto do peso de frutos, que é indicação de erro amostral. Para minimizar o erro amostral devido ao desvio padrão alto, definiu-se um tamanho da amostra que representase mais de 50% da população (exactamente 55%) e que fosse possível apartir deste tamanho da amostra termos mais de 50% de árvores por parcela (55%), e com esta base ter-se um método de aleatorização que facilitasse a escolha das árvores por parcela. Assim ficou definido 45 árvores como tamanho da amostra, dividindo-o por 9, que corresponde ao número de parcelas e obtendo 5, que corresponde ao número de árvores por parcela, e a selecção destas árvores por parcela, foi feita através do método de aleatorização X (anexo 9), pois inclui 5 árvores ou observações, número que representa mais de 50% de árvores por parcela (9 árvores por parcela). No Microsoft excel 2010, obteve-se para cada ano (2004, 2005 e 2006) os rendimentos médios, através da soma do peso de frutos de cada árvore da amostra, e determinou-se também o rendimento médio dos três anos, somando os rendimentos destes anos e dividindo por três. Para determinar-se os valores dos parâmetros físicos dos frutos, nomeadamente, a altura média e o diâmetro médio de 10 frutos da Vangueria infausta, procedeu-se da seguinte maneira para cada árvore: Somou-se as alturas de cada um dos 10 frutos e dividiu-se por 10, obtendo-se deste modo a altura média dos 10 frutos por árvore e o mesmo fez-se com o diâmetro de cada um dos 10 frutos.
  • 24. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 11 No Microsoft Excel 2010, obteve-se para cada ano (2005 e 2006) a altura média e diâmetro médio das árvores, através da soma da altura média e diâmetro médio de 10 frutos de todas árvores. 3.2.2. Análise da existência da alternância de produção por árvore nos anos 2004, 2005 e 2006 Com base nos dados de peso de frutos da amostra (anexo 4), gerou-se um gráfico de colunas através do Microsoft Excel 2010, que indica os níveis de produção por árvore em cada ano, e através deste, identificou-se e contou-se as árvores que apresentaram alternância de produção, dentro deste grupo através do cálculo da variação (diferença do rendimento máximo e mínimo por árvore nos três anos), identificou-se as que tiveram maior e menor variação de rendimento nos três anos. Identificou-se igualmente as que não apresentaram alternância (as árvores cuja produção cresce ao longo dos três anos, as que a produção baixa, as que não produziram nos três anos e as que produziram num dos anos. Assim, ainda no Excel 2010, gerou-se novamente um gráfico de colunas para efectuar-se uma análise em termos de percentagem do grupo de árvores que apresentaram o mesmo comportamento de variação de produção ao longo dos três anos. Para tal, dividiu-se os grupos em: Árvores que apresentaram alternância e as que não apresentaram (produção crescente, decrescente, sem produção e produção somente num dos anos). 3.2.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos na Vangueria infausta nos anos 2005 e 2006. Para esta análise não definiu-se nenhum tamanho da amostra, porque as medições de altura e diâmetro de 10 frutos foram efectuadas para um número reduzido de árvores (anexos 5 e 6). Para cada ano, determinou-se o peso médio dos 10 frutos, nas árvores em que foram medidas a altura e diâmetro dos frutos, de modo a testar-se a existência de causalidade das variáveis independentes (altura média e diâmetro médio de 10 frutos) na variável dependente (peso médio de 10 frutos), através do teste de regressão, e testar o grau dessa causalidade através do teste de correlação no pacote estatístico STATA 10.
  • 25. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 12 Para efectuar-se o teste de regressão, para cada variável independente, definiu-se as hipóteses nula (Ho): Os coeficientes de regressão são iguais a zero e alternativa (Ha): Os coeficientes são diferentes de zero. A Ho rejeita-se se o valor de P> |t| da (s) variável (s) independente (s) for menor que 0.05, e se rejeitar-se, quer dizer que o coeficiente de regressão da tal variável independente é diferente de zero e estatisticamente a variável tem influência no peso médio de 10 frutos. Para testar o grau dessa causalidade teve-se em conta somente a variável independente que no teste de regressão teve influência no peso médio de 10 frutos, e através do valor do coeficiente (r) de correlação, definiu-se o grau de influência, segundo (Shimakura, 2006), quando o r estiver entre: 0 – 0.19 (correlação é bem fraca), 0.20 – 0.39 (correlação fraca), 0.40 – 0.69 (correlação moderada), 0.70 – 0.89 (correlação forte), 0.90 – 1.00 (correlação muito forte), a correlação é positiva se r> 0 e negativa se r <0, quanto maior for o valor de r mas forte é a correlação. Para saber se a correlação é significativa, introduziu-se no STATA 10 o comando “pwcorr peso nome da variável independente que teve influência no peso de frutos”. Para poder-se validar os resultados do modelo de regressão, tornou-se necessário proceder-se aos testes de especificação para verificar a consistência dos dados (anexos 7 e 8). Assim para o teste de normalidade e heteroskedasticidade, usando o STATA 10, recorreu-se aos testes de Shapiro Wilks e Breausch Pagan, respectivamente.
  • 26. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 13 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura e diâmetro dos frutos da Vangueria infausta. Constam da tabela 1, os resultados dos rendimentos médios anuais, altura média e diâmetro médio de 10 frutos. Resultados mais detalhados constam dos anexos 4, 5 e 6. Tabela 1. Médias anuais, variação percentual da produção e tamanho médio de 10 frutos Variação da Produção (∆V%) Ano 2004 2005 ∆V% (2004 – 2005) 2006 ∆V% (2005 - 2006) Médias anuais (g) 205.1 404.3 Aumento de 97% 555.1 Aumento de 37% Tamanho médio de 10 frutos (cm) Altura média 2.75 2.9 Aumento de 5.5% Diâmetro médio 3.26 3.56 Aumento de 9.2% Desta tabela, pode-se observar que a maior produção média de frutos da Vangueria infausta foi obtida no ano 2006 e a menor produção no ano 2004, portanto a maior variação de produção registou-se do ano 2004 para 2005, entretanto do ano 2004 para 2005 registou-se uma menor variação. Segundo (Mula, 2012b ), o aumento de rendimento nesta fruteira pode ser explicado pelo bom maneio do ensaio, como podas, controlo de infestantes, pragas e doenças, caso contrário podemos ter uma redução acentuada do rendimento chegando até 100%, como verificou-se no ano 2012 no mesmo ensaio. A redução de rendimento de um ano para o outro pode também estar associada á factores climáticos como a temperatura e precipitação, pois existem limites de temperatura média anual (17-28°C) e precipitação média anual (1000mm), acima ou abaixo dos quais, a produção pode ser severamente afectada, pois a planta não floresce ou apresenta baixa floração (Orwa et al., 2009). A altura média e diâmetro médio de frutos por árvore, aumentaram de 2005 para 2006, embora em baixa percentagem, o que significa que o tamanho médio de 10 frutos aumentou.
  • 27. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 14 4.2. Análise da existência da alternância de produção nos anos 2004, 2005 e 2006. A figura 3, ilustra a variação de produção de cada árvore nos três anos. 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400 2600 2800 3000 1 5 9 12 16 19 23 27 30 34 37 41 45 48 52 55 59 63 66 70 73 77 81 Níveisdeprodução(g) Número de identificação da árvore Variação de produção por árvore Ano 2004 Ano 2005 Ano 2006 Figura 3: Variação de produção por árvore Da figura 3, observou-se que 21 árvores apresentaram alternância de produção, como as árvores 5, 7, 10, 12, 16, 18, 28, 30, 32, 34, 36, 45, 50, 55, 64, 66, 68, 72, 77, 79 e 81, e dentro deste grupo a árvore que teve maior variação de rendimento nos três anos de produção foi a 81 e menor foi a 16. As restantes 24 árvores não apresentaram alternância de produção, e deste grupo as árvores 3, 23, 27, 37, 46 e 70 tiveram uma produção crescente ao longo dos três anos, entretanto as árvores 54, 57, 73 e 75 tiveram uma produção decrescente ao longo dos três anos, chegando a não produzir no último ano, as árvores 9, 14, 19, e 39 produziram somente no ano 2004 e as árvores 21, 41, 48 e 59 somente produziram no ano 2006, entretanto, as árvores 1, 25, 43, 52, 61 e 63 não produziram em nenhum dos anos. Importa salientar que a maior produção foi alcançada no ano 2006 pela árvore 48 e a árvore que teve maior produção média nos três anos foi a 72.
  • 28. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 15 A figura 4, ilustra as percentagens dos grupos de árvores que tiveram o mesmo comportamento em termos de variação de produção. Figura 4: Variação de produção por grupo de árvores Da figura 4, pode-se observar que teve-se maior percentagem de árvores sem alternância (53%), e deste grupo teve-se menor percentagem de árvores, cuja produção decresceu e maior percentagem de árvores que produziram somente num dos anos, não houve diferença percentual entre árvores que não produziram e as que a produção cresceu ao longo dos três anos, entretanto tivemos 47% de árvores que apresentam alternância de produção. 4.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos da Vangueria infausta nos anos 2005 e 2006. Os resultados apresentados na tabela 2, são referentes aos testes de regressão e correlação entre a altura média, diâmetro médio de 10 frutos e peso médio de 10 frutos, onde observa-se a influência e o grau de influência destas variáveis no peso médio de 10 frutos por árvore. Resultados mais detalhados constam dos anexos 7 e 8.
  • 29. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 16 Tabela 2. Influência e grau de influência do tamanho médio de 10 frutos no peso médio de 10 frutos 2005 Testes Regressão Correlação Variáveis independentes P> |t| Influência Coeficiente (r) Grau de influência Altura de frutos 0.034 S 0.5479 Moderado Diâmetro de frutos 0.121 NS _ _ 2006 Altura de frutos 0.001 S 0.6833 Moderado Diâmetro de frutos 0.818 NS _ _ Nota: S – Significativa e NS – Não significativa, a 5% de probabilidade Para os anos 2005 e 2006, observou-se que, estatisticamente o diâmetro médio de 10 frutos não teve influência significativa no peso médio de 10 frutos, pois os seus valores do teste do coeficiente de regressão (P> |t|) são maiores do que o nível de significância de 5% (α=0.05), mas a altura média de 10 frutos teve influência moderada nos dois anos. No ano 2006 a influência foi significativa, pois teve-se um valor do teste dos coeficientes de regressão (P> |t|) mais distante do nível de significância (0.05). Embora a correlação tenha sido moderada nos dois anos, no ano 2006 a altura média de 10 frutos teve uma influência mais forte no peso médio de 10 frutos. Isto pode estar associado ao aumento da altura média de frutos do ano 2005 para 2006 de 5.5% (tabela 1). O facto da altura média de 10 frutos ter tido maior influência no peso médio de 10 frutos nos dois anos, pode ser indicação de que a selecção de árvores com frutos de maior peso pode ser feita a partir da medição da altura dos frutos ainda no campo, sem necessidade de pesá-los.
  • 30. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 17 5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 5.1. Conclusões Com base nos resultados obtidos, pode-se constatar que:  O ano de menor produção média de frutos da Vangueria infausta foi 2004 e de maior produção média foi 2006, e houve um aumento de tamanho médio de 10 frutos do ano 2005 a 2006.  Verificou-se existência de alternância de produção em 47% de árvores e 53% de árvores não apresentaram alternância.  Estatisticamente, o peso médio de 10 frutos foi influenciado somente pelo comprimento médio de 10 frutos. 5.2. Recomendações Aos Investigadores:  Nos próximos ensaios com o intuito de garantir altas productividades em anos seguidos (diminuir a alternância de produção) e melhorar a qualidade das próprias frutas, pode-se fazer um teste, aplicando nos estágios iniciais de desenvolvimento dos frutos um fitoregulador que liberta etileno. Aos extensionistas:  Promover e implementar mais programas de multiplicação da Vangueria infausta e outras fruteiras nativas, principalmente nas zonas rurais onde ainda verifica-se insegurança alimentar e nutricional.
  • 31. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 18 Aos estudantes:  Para o mesmo ensaio, analisar dados de tamanho de frutos dos outros anos, de modo a verificar se repete-se o resultado do teste de correlação, e se de facto a selecção de árvores com frutos de maior peso pode ser feita a partir da medição do comprimento dos frutos ainda no campo, sem necessidade de pesá-los.  Efectuar mais estudos com dados de outros factores, como a temperatura e precipitação e correlacionar com os rendimentos das árvores, de modo a que se encontre mais explicações sobre as causas dos níveis anuais de produção.
  • 32. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 19 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bradley, P.N.B.; McNamara, K.1993. Living with trees, Policies for Forestry Management in Zimbabwe, World Bank and Washington DC, USA. Acessado em Maio de 2013. (http://www- wds.worldbank.org/servlet/WDSContentServer/IW3P/IB/1993/07/01/0000092653970716144742 /Rendered/PDF/multi_page.pdf) Behk, K. 2004. Vangueria infausta Burch. subsp. infausta. Pretoria Garden. Acessado em Julho de 2012. (http://www.plantzafrica.com/planttuv/vangueria infaust.htm) Centre for Development and Environment. 2003. Projecto de Utilização de Recursos Indígenas no Distrito de Matutuíne. Pp.55. Disponível em Dezembro de 2012. (www.cde.unibe.ch › faculty of science) Chhabra, S.C.; Uiso, F.C.; Mshiu, E.N. 1984. Phytochemical Screening of Tanzanian Medicinal Plants. J. Ethnopharmacol. 11:157-179. Acessado em Março de 2013. (http://www.sciencedirect.com/article/pii/0378874184900370) Fachinello, J.C.; Nachtigal, J.C.; Kersten, E. 2009. Fruticultura: Fundamentos e Práticas. Embrapa, caps. 8 e 9. Acessado em Maio de 2013. (http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/download/livro/fruticultura_fundamentos_pratica/ind ex.htm) Lima, A. P. F. de; Machado, B. D.; Turmina, A. G.; Rufato, A. de R.; Rufato, L. “Fitorreguladores: Uma alternativa para aumentar o rendimento de fruteiras”. Agapomi Notícias. Maio de 2012, n. 216. Acessado em Janeiro de 2013. (www.agapomi.com.br/jornal.php?noticia2012=208) Lopes, J. 2008. Propagação de fruteiras nativas: O caso da enxertia da Vangueria infausta e esculenta. Boletim do IIAM. 7: 7
  • 33. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 20 Lopes, J. Entrevista, Centro de Investigação Florestal, Maputo, Moçambique, 28 de Setembro de 2012. Moreira, R. A. & Cruz, M. C. M. “Fruticultura: O grupo cítrico das tangerinas”. Jornal Democrata, São José do Rio Pardo - SP, 7 de Maio de 2011, v. 1146, p. 8 - segundo caderno. Acessado em Janeiro de 2013. (http://fruticultura.webnode.com.br/news/o-grupo-citrico-das- tangerinas/) Ministério da Administração Estatal. 2005. Perfil do Distrito de Marracuene. Disponível em Abril de 2013. (www.portaldogoverno.gov.mz/Informacao/distritos/p_maputo/Marracuene) Mula, H. 2012a . Domesticação de fruteiras nativas: Projecto Vangueria infausta. Centro de Investigação Florestal, Maputo. Mula, H. 2012b . Tratamentos silviculturais do experimento de espaçamento e domesticação da Vangueria infausta (maphilua) em Marracuene. Centro de Investigação Florestal, Maputo. Orwa, C.; Mutua, A.; Kindt, R.; Jamnadass, R.; Simons, A. 2009. Agroforestree Database: a tree reference and selection guide version 4.0. Acessado em Dezembro de 2013. (http://www.worldagroforestry.org/af/treedb)/Vangueria infausta Rood, B. 1994. Kos uit die veldkombuis (Comida da cozinha do campo). Tafelberg, Cidade do Cabo. Disponível em Julho de 2012. (http://www.plantzafrica.com/planttuv/vangueria infaust.htm) Shimakura, S. 2006. Interpretação dos Coeficientes de Correlação. Acessado em Março de 2013. (http://leg.ufpr.br/~silvia/CE003/node74.html) Verdcourt, B. e Bridson, D. M. 1991. Flora of Tropical East Africa Rubiaceae. Part 3. CRC Press Ed. 1177 p. Acessado em Maio de 2013. (http://www.amazon.com/Flora-Tropical-East- Africa-Rubiaceae/dp/9061913373)
  • 34. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 21 Watt, J. M. e Breyer-Brandwijk, M. G. 1962. Medicinal and Poisonous Plants of Southern and Eastern Africa. 2a ed. Livingstone, Ltd. Edinbugh. 1457 p. Acessado em Maio de 2013. (http://www.abebooks.com/book-search/title/medicinal-poisonous-plants-southern-eastern- africa/page-1)
  • 35. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 22 ANEXOS
  • 36. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 23 ANEXO 1. Dados de produção do ano 2004 Parcela Árvore Nr de frutos Peso (g) Nr de sementes 1 1 0 0 0 1 2 0 0 0 1 3 0 0 0 1 4 1 14 3 1 5 5 98 23 1 6 7 185 31 1 7 8 87 28 1 8 9 161 24 1 9 34 547 133 2 10 2 58 6 2 11 4 41 9 2 12 0 0 0 2 13 4 119 19 2 14 5 85 5 2 15 0 0 0 2 16 4 105 15 2 17 0 0 0 2 18 0 0 0 3 19 11 236 39 3 20 29 304 8 3 21 0 0 0 3 22 0 0 0 3 23 0 0 0 3 24 9 232 17 3 25 0 0 0 3 26 0 0 0 3 27 4 82 8 4 28 12 261 40 4 29 33 642 73 4 30 0 0 0 4 31 0 0 0 4 32 2 54 7 4 33 34 495 130 4 34 2 44 2 4 35 0 0 0 4 36 11 459 42 5 37 2 25 6 5 38 0 0 0 5 39 2 27 5 5 40 0 0 0
  • 37. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 24 Parcela Árvore Nr de frutos Peso (g) Nr de sementes 5 41 0 0 0 5 42 0 0 0 5 43 0 0 0 5 44 3 48 11 5 45 19 68 13 6 46 6 120 20 6 47 28 458 92 6 48 0 0 0 6 49 0 0 0 6 50 6 117 17 6 51 0 0 0 6 52 0 0 0 6 53 13 121 12 6 54 50 757 154 7 55 0 0 0 7 56 6 109 17 7 57 11 217 43 7 58 18 318 57 7 59 0 0 0 7 60 0 0 0 7 61 0 0 0 7 62 5 70 10 7 63 0 0 0 8 64 26 450 78 8 65 77 1819 283 8 66 36 467 112 8 67 0 0 0 8 68 41 1060 68 8 69 108 3141 392 8 70 8 199 30 8 71 144 2568 386 8 72 61 1212 189 9 73 21 445 46 9 74 0 0 0 9 75 63 911 171 9 76 0 0 0 9 77 41 513 153 9 78 0 0 0 9 79 33 479 124 9 80 3 58 12 9 81 2 46 6
  • 38. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 25 ANEXO 2. Dados de produção do ano 2005 Parcela Árvore Nr frutos Peso (g) 1 1 0 0 1 2 0 0 1 3 38 462.3 1 4 67 1174.8 1 5 105 1735.9 1 6 3 229.4 1 7 70 1463.2 1 8 21 650.3 1 9 0 0 2 10 0 0 2 11 59 1382.1 2 12 123 2108.602 2 13 0 0 2 14 0 0 2 15 29 1120.5 2 16 0 0 2 17 20 586.1 2 18 13 362.6 3 19 0 0 3 20 0 0 3 21 0 0 3 22 22 373.7 3 23 6 106 3 24 96 2158 3 25 0 0 3 26 29 263.7 3 27 17 242.7 4 28 0 0 4 29 0 0 4 30 82 1627.6 4 31 12 237.8 4 32 0 0 4 33 25 1225.6 4 34 63 1427.6 4 35 70 1752.6 4 36 23 551.5 5 37 34 491.9 5 38 25 587.6 5 39 0 0 5 40 79 2816.2 5 41 0 0
  • 39. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 26 Parcela Árvore Nr frutos Peso (g) 5 42 0 0 5 43 0 0 5 44 0 0 5 45 0 0 6 46 16 254.4 6 47 0 0 6 48 0 0 6 49 22 507 6 50 19 446.7 6 51 0 0 6 52 0 0 6 53 0 0 6 54 29 458.2 7 55 75 1924.4 7 56 7 281.2 7 57 6 103.9 7 58 0 0 7 59 0 0 7 60 0 0 7 61 0 0 7 62 12 193.7 7 63 0 0 8 64 14 217.6 8 65 30 838.5 8 66 23 396.3 8 67 0 0 8 68 31 214 8 69 22 383.3 8 70 56 1011.7 8 71 64 940.5 8 72 69 1048.7 9 73 7 293.1 9 74 0 0 9 75 25 534.4 9 76 0 0 9 77 20 340 9 78 23 254.3 9 79 12 372 9 80 28 218.9 9 81 0 0
  • 40. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 27 ANEXO 3. Dados de produção do ano 2006 Parcela Árvore Nr frutos Peso (g) 1 1 0 0 1 2 0 0 1 3 96 1482 1 4 68 1425 1 5 24 509 1 6 16 210 1 7 15 440 1 8 7 766 1 9 0 0 2 10 39 1035 2 11 36 789 2 12 25 469 2 13 0 0 2 14 0 0 2 15 58 1719.9 2 16 3 32.2 2 17 2 207.8 2 18 0 0 3 19 0 0 3 20 0 0 3 21 34 635 3 22 0 0 3 23 38 437 3 24 21 478 3 25 0 0 3 26 37 490 3 27 42 957 4 28 4 139 4 29 27 343 4 30 0 0 4 31 29 465 4 32 12 215 4 33 204 2409 4 34 13 207 4 35 0 0 4 36 0 0 5 37 35 611 5 38 0 0 5 39 0 0 5 40 0 0 5 41 6 95.5
  • 41. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 28 Parcela Árvore Nr frutos Peso (g) 5 42 0 0 5 43 0 0 5 44 0 0 5 45 46 837 6 46 38 1272 6 47 0 0 6 48 260 2948 6 49 0 0 6 50 5 102 6 51 26 679 6 52 0 0 6 53 8 219 6 54 0 0 7 55 17 792 7 56 0 0 7 57 0 0 7 58 79 1679 7 59 53 1497 7 60 0 0 7 61 0 0 7 62 267 3699 7 63 0 0 8 64 15 313 8 65 147 2828 8 66 21 1401 8 67 0 0 8 68 25 435 8 69 142 2682 8 70 66 2229 8 71 328 3975 8 72 72 1926 9 73 0 0 9 74 0 0 9 75 0 0 9 76 32 489 9 77 45 825 9 78 56 1245 9 79 65 385 9 80 71 1592 9 81 255 2752
  • 42. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 29 ANEXO 4. Dados de produção da amostra Tratamentos Peso de frutos (g) Nr de identificação da árvore 2004 2005 2006 Media 1 0 0 0 0.0 3 0 462.3 1482 648.1 5 98 1735.9 509 781.0 7 87 1463.2 440 663.4 9 547 0 0 182.3 10 58 0 1035 364.3 12 0 2108.6 469 859.2 14 85 0 0 28.3 16 105 0 32.2 45.7 18 0 362.6 0 120.9 19 236 0 0 78.7 21 0 0 635 211.7 23 0 106 437 181.0 25 0 0 0 0.0 27 82 242.7 957 427.2 28 261 0 139 133.3 30 0 1627.6 0 542.5 32 54 0 215 89.7 34 44 1427.6 207 559.5 36 459 551.5 0 336.8 37 25 491.9 611 376.0 39 27 0 0 9.0 41 0 0 95.5 31.8 43 0 0 0 0.0 45 68 0 837 301.7 46 120 254.4 1272 548.8 48 0 0 2948 982.7 50 117 446.7 102 221.9 52 0 0 0 0.0 54 757 458.2 0 405.1
  • 43. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 30 Tratamentos Peso de frutos (g) Nr de identificação da árvore 2004 2005 2006 Media 55 0 1924.4 792 905.5 57 217 103.9 0 107.0 59 0 0 1497 499.0 61 0 0 0 0.0 63 0 0 0 0.0 64 450 217.6 313 326.9 66 467 396.3 1401 754.8 68 1060 214 435 569.7 70 199 1011.7 2229 1146.6 72 1212 1048.7 1926 1395.6 73 445 293.1 0 246.0 75 911 534.4 0 481.8 77 513 340 825 559.3 79 479 372 385 412.0 81 46 0 2752 932.7 Media 205.09 404.34 555.06 388.2
  • 44. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 31 ANEXO 5. Dados de tamanho médio (cm) e peso médio de 10 frutos (g) do ano 2005 Parcela Árvore Altura Diametro Peso 1 1 1 2 1 3 1 4 2.24 3.21 13.99 1 5 2.53 2.21 18.25 1 6 1 7 2.54 3.20 20.60 1 8 1 9 2 10 2 11 2.84 3.15 16.80 2 12 2.81 3.39 14.62 2 13 2 14 2 15 3.19 3.71 27.57 2 16 2 17 3.16 3.22 25.54 2 18 2.75 3.21 20.25 3 19 3 20 3 21 3 22 3 23 3 24 2.69 3.35 18.70 3 25 3 26 2.29 3.56 15.75 3 27 4 28 4 29 4 30 3.18 3.65 23.34 4 31 4 32 4 33 4 34 3.09 3.51 23.89 4 35 3.03 2.78 18.25 4 36 5 37 3.07 3.39 18.18 5 38 2.9 3.06 16.22 5 39
  • 45. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 32 5 40 3.18 3.59 25.40 5 41 5 42 5 43 Parcela Árvore Altura Diametro Peso 5 44 5 45 6 46 2.52 2.76 10.29 6 47 6 48 6 49 3.37 3.67 14.53 6 50 3.05 3.78 20.64 6 51 6 52 6 53 6 54 2.71 3.11 14.62 7 55 2.84 3.22 17.91 7 56 7 57 7 58 7 59 7 60 7 61 7 62 3.07 3.76 27.41 7 63 8 64 2.81 3.07 15.34 8 65 2.3 3.38 17.13 8 66 2.1 3.14 16.53 8 67 8 68 8 69 8 70 2.48 2.96 13.65 8 71 8 72 3.24 3.79 24.55 9 73 9 74 9 75 2.06 2.37 17.56 9 76 9 77 2.22 3.31 18.61 9 78 9 79 9 80 2.12 3.24 16.53 9 81 Media 2.75 3.26 18.75
  • 46. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 33 Nota: Os espaços em branco indicam que a árvore não produziu ou produziu abaixo de 10 frutos. ANEXO 6. Dados de tamanho médio (cm) e peso médio de 10 frutos (g) do ano 2006 Parcela Árvore Altura Diametro Peso 1 1 1 2 1 3 2.6 3.33 17.32 1 4 1 5 3.06 5.19 21.43 1 6 1 7 2.83 3.61 22.81 1 8 1 9 2 10 2.97 3.72 23.79 2 11 4.01 4.62 28.28 2 12 2 13 2 14 2 15 3.3 3.62 14.76 2 16 2 17 2 18 3 19 3 20 3 21 2.93 3.38 19.11 3 22 3 23 3 24 2.79 3.35 18.70 3 25 3 26 2.42 3.13 15.15 3 27 2.79 3.4 20.25 4 28 4 29 4 30 4 31 4.07 4.67 25.54 4 32 4 33 2.61 3.02 13.99 4 34 3.06 3.64 16.27 4 35
  • 47. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 34 4 36 5 37 2.66 3.11 14.62 5 38 5 39 5 40 5 41 5 42 5 43 Parcela Árvore Altura Diametro Peso 5 44 5 45 2.08 3.16 16.22 6 46 3.05 3.47 20.64 6 47 6 48 3.08 3.59 24.50 6 49 6 50 6 51 3.3 4.07 31.83 6 52 6 53 6 54 7 55 2.84 3.22 17.91 7 56 7 57 7 58 2.92 3.47 18.25 7 59 3.19 3.65 23.34 7 60 7 61 7 62 2.61 3.08 13.99 7 63 8 64 2.81 3.08 15.34 8 65 2.63 3.16 13.39 8 66 8 67 8 68 8 69 2.8 3.24 16.53 8 70 8 71 2.74 3.2 22.72 8 72 2.46 4.74 10.29 9 73 9 74 9 75 9 76 9 77 2.76 3.35 18.60 9 78 2.86 3.33 17.44 9 79
  • 48. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 35 Fonte: CIF (Dados de produção dos anos 2004, 2005 e 2006 e de tamanho médio de 10 frutos dos anos 2005 e 2006 da Vangueria infausta). ANEXO 7. Testes de regressão, normalidade, heteroskedasticidade e correlação do ano 2005 Prob > chi2 = 0.3044 chi2(1) = 1.05 Variables: erro Ho: Constant variance Breusch-Pagan / Cook-Weisberg test for heteroskedasticity . hettest erro erro 30 0.97489 0.798 -0.466 0.67944 Variable Obs W V z Prob>z Shapiro-Wilk W test for normal data . swilk erro . predict erro, residual _cons -4.261654 6.127889 -0.70 0.493 -16.83504 8.311736 altura 4.498072 2.018937 2.23 0.034 .3555546 8.640589 diametro 3.27313 2.046774 1.60 0.121 -.9265023 7.472763 peso Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval] Total 551.928949 29 19.0320327 Root MSE = 3.6149 Adj R-squared = 0.3134 Residual 352.826423 27 13.0676453 R-squared = 0.3607 Model 199.102526 2 99.5512628 Prob > F = 0.0024 F( 2, 27) = 7.62 Source SS df MS Number of obs = 30 reg peso diametro altura altura 0.5479* 1.0000 peso 1.0000 peso altura . pwcorr peso altura, star(0.05) 9 80 9 81 2.81 3.2 17.56 Media 2.9 3.56 19.02
  • 49. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 36 Nota: Os dados seguem distribuição normal pelo teste de normalidade de Shapiro Wilk, se o Prob> z for maior que 0.05, e os resíduos são homoskedásticos, se Prob> chi2 for maior que 0.05. O modelo de regressão tem poder explanatório, se Prob> F for menor que 0.05. *: Significa efeito significativo da variável independente no teste de correlação. ANEXO 8. Testes de regressão, normalidade, heteroskedasticidade e correlação do ano 2006
  • 50. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 37 . altura 0.6833* 1.0000 peso 1.0000 peso altura . pwcorr peso altura, star(0.05) Prob > chi2 = 0.1074 chi2(1) = 2.59 Variables: erro Ho: Constant variance Breusch-Pagan / Cook-Weisberg test for heteroskedasticity . hettest erro erro 30 0.97366 0.837 -0.367 0.64323 Variable Obs W V z Prob>z Shapiro-Wilk W test for normal data . swilk erro . predict erro, residual _cons -4.820773 5.172419 -0.93 0.360 -15.4337 5.792153 altura 7.7895 2.06449 3.77 0.001 3.553516 12.02548 diametro .348269 1.500095 0.23 0.818 -2.729671 3.426209 peso Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval] Total 657.570294 29 22.6748377 Root MSE = 3.5999 Adj R-squared = 0.4285 Residual 349.892604 27 12.9589853 R-squared = 0.4679 Model 307.67769 2 153.838845 Prob > F = 0.0002 F( 2, 27) = 11.87 Source SS df MS Number of obs = 30 reg peso diametro altura ANEXO 9. Esquema do método de aleatorização X No da parcela Plantas No da parcela Plantas No da parcela Plantas
  • 51. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 38 Nota: Os números destacados a negrito são as árvores da amostra, seleccionadas do processo de aleatorização X. 1 1 4 7 4 28 31 34 7 55 58 61 2 5 8 29 32 35 56 59 62 3 6 9 30 33 36 57 60 63 2 10 13 16 5 37 40 43 8 64 67 70 11 14 17 38 41 44 65 68 71 12 15 18 39 42 45 66 69 72 3 19 22 25 6 46 49 52 9 73 76 79 20 23 26 47 50 53 74 77 80 21 24 27 48 51 54 75 78 81
  • 52. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 39 ANEXO 10. Esquema do ensaio da Vangueria infausta Fonte: (Mula, 2012a ) No da parcela Compasso Atleia herbert No da parcela Compasso Atleia herbert No da parcela Compasso 1 (2X2.5) 4 (2X3) 7 (2X2) 2 (2X3) 5 (2X2) 8 (2X2.5) 3 (2X2) 6 (2X2.5) 9 (2X3) Bloco I Bloco II Bloco III
  • 53. Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 40 Onde: reg = Comando usado para o teste de regressão Source = Fonte de variação Model = Modelo Residual = Resíduo df = Grau de liberdade MS (Mean Square) = Quadrados médios Number of obs. = Número de observações R-Square = R-Quadrado R-Square adjusted = R-Quadrado ajustado Root MSE = Raíz quadrada da soma dos quadrados médios Prob> F = Valor de probabilidade usado para ver se o modelo de regressão tem poder explanatório, comparando-se com nível de significância (0.05) Coef. = Coeficientes de regressão Std. Err. = Erro padrão P> t = Valor do teste “t” (t-calculado) usado para comparar com nivel de significância (0.05) [95% Conf. Interval] = Intervalo de confiança a 95% predict erro, residual = Comando usado para estimar o erro dos resíduos swilk erro = Comando usado para o teste da normalidade dos resíduos Prob> z = Valor do teste de normalidade de Shapiro Wilk usado para comparar com nível de significância (0.05) hettest erro = Comando usado para o teste de heteroskedasticidade dos resíduos Prob> chi2 = Valor do teste de heteroskedasticidade de Breausch Pagan usado para comparar com nível de significância (0.05). Ho: Constant variance = Variância constante chi2 = Qui-quadrado pwcorr = Comando usado para o teste de correlação star(0.05) = Comando acrescentado no teste “pwcorr” para determinar se a correlação é significativa a 5% de probabilidade pelo teste t