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O cérebro do adolescente
O cérebro do adolescente:
sobre Comportamento e Cognição
O cérebro do adolescente não é um rascunho de um cérebro
adulto. Ele foi primorosamente para ter características
diferenciadas do cérebro de crianças e de adultos
O CÉREBRO DO ADOLESCENTE
Jay Giedd
Plasticidade
Os tropeços da adolescência são sinais de que o cérebro jovem está
procurando se adaptar ao ambiente. A adolescência é marcada por
um aumento das conexões entre diferentes partes do cérebro. É
um processo de integração que continuará por toda a vida,
melhorando o trabalho conjunto entre as partes.
O CÉREBRO DO ADOLESCENTE
Plasticidade
Caráter e temperamento:
aspectos biopsicossociais
CARÁTER
?
AULA 2
Do grego charakter
(sinal, marca)
No estudo da personalidade denota aqueles aspectos
que foram gravados, inscritos em cada indivíduo durante
seu desenvolvimento.
CARÁTER
Modo habitual e global, próprio de um indivíduo reagir no ambiente social
que está inserido;
Diferente e típica atitude assumida pela pessoa diante de valores como o
estético, o econômico, o político, o social e o religioso;
Conjunto de reações e hábitos de comportamento que vão sendo
adquiridos ao longo da vida e que especificam o modo individual de cada
pessoa.
CARÁTER
Vai se estruturando gradativamente no curso da vida, sob
influência de fatores ambientais (família, educação, condição
social, etc.), os quais atuam de maneira variada, modificando
tendências iniciais.
Vai se formando enquanto atravessa as distintas fases do
desenvolvimento, até alcançar sua completa expressão ao final da
adolescência.
CARÁTER
TEMPERAMENTO
?
TEMPERAMENTO
Latim
Temperaramentum = medida
Representa a peculiaridade e intensidade individual dos afetos
psíquicos e da estrutura dominante de humor e motivação.
Certas características do temperamento são decorrentes de processos
fisiológicos do sistema linfático e da ação endócrina de certos
hormônios.
Disposição inata e particular de cada pessoa, pronta para reagir aos
estímulos ambientais.
É a maneira de ser e agir da pessoa, geneticamente determinado.
É o aspecto somático da personalidade.
É entendido como especial combinação de caracteres físicos e funcionais.
TEMPERAMENTO
“O temperamento pode ser transmitido de pais para filhos,
porém, não é aprendido, nem pode ser educado; pode ser
abrandado em sua maneira de ser, o que é feito pelo caráter.”
(Volpi, 2004)
TEMPERAMENTO
1. O temperamento é biologicamente determinado e a personalidade é um
produto do ambiente social.
2. Características temperamentais podem ser identificadas já cedo, ao passo que
a personalidade é moldada durante os períodos do desenvolvimento infantil.
3. A personalidade é prerrogativa dos seres humanos. Nos animais podemos
identificar apenas traços de temperamentos.
TEMPERAMENTO # PERSONALIDADE
TEMPERAMENTO
4. O temperamento apresenta aspectos estilísticos. A personalidade contém
aspectos do comportamento.
5. Ao contrário do temperamento, a personalidade se refere à função integrativa
do comportamento humano.
TEMPERAMENTO # PERSONALIDADE
TEMPERAMENTO
Hipócrates
*460 a.C.
† 370 a.C
Pai da Medicina
asclepíade
Hipócrates classificava os doentes em quatro tipos. Cada
um dos quais apresentava desenvolvimento anormal de um
sistema ou função.
Para ele, os estados fisiológicos tem relação direta com o
comportamento.
TEMPERAMENTO
No ser humano existem quatro aparelhos anatômicos fundamentais, que
determinam o temperamento:
RESPIRATÓRIO SANGUÍNEO A limpeza do sangue se faz nos pulmões
OSTEOMUSCULAR COLÉRICO
Comem muito, produzem mais gordura. O
trabalho da vesícula é maior
NERVOSO CEREBRAL MELANCÓLICO Funcionamento cerebral
DIGESTIVO FLEUMÁTICO Ligação linfática com a digestão
APARELHO TEMPERAMENTO SIGNIFICADO
TEMPERAMENTO
SANGUÍNEO excesso de sangue
Típico de pessoas com humor
variado
COLÉRICO
excesso de
bílis
Característico de pessoas tristes e
nervosas
MELANCÓLICO
excesso de
fluido nervos
Peculiar de pessoas mais
impulsivas e de humor variado
FLEUMÁTICO
excesso de
muco (fleuma)
Encontrado em pessoas de
sangue frio
TEMPERAMENTO
TEMPERAMENTO
+
EDUCAÇÃO
=
CARÁTER
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EXPERIÊNCIAS DA VIDA
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PERSONALIDADE
A Síndrome da
Adolescência
Normal
O CÉREBRO DO ADOLESCENTE
Busca de si mesmo e
da identidade
O CÉREBRO DO ADOLESCENTE
Modificações corporais e as expectativas da sociedade;
Ansiedade e conflitos com a auto-imagem;
Oscilações entre “quem eu sou” quem quero ser”;
Isolamento e assunção de identidades transitórias, ocasionais ou
circunstanciais, no sentido de entender a sua intimidade e, assim,
desenhar a sua própria identidade;
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O CÉREBRO DO ADOLESCENTE
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O CÉREBRO DO ADOLESCENTE
A realidade impõe ao adolescente a necessidade de
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o mundo, nas quais vai misturar justificativas concretas com
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Deslocamento
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O CÉREBRO DO ADOLESCENTE
Constante contradição ente as urgências e a procrastinação;
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delimitar e discriminar a realidade concreta, bem como o
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surgir o conceito de tempo, que implica as noções de
passado, presente e futuro.
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O CÉREBRO DO ADOLESCENTE
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Fase das grandes e “definitivas” paixões, que representa
todos os aspectos dos vínculos intensos e frágeis das
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Reivindicatória
O CÉREBRO DO ADOLESCENTE
Respostas às restrições impostas pela sociedade;
São a consolidação do que vem ocorrendo no pensamento;
As intelectualizações e fantasias conscientes que se
reforçam nos grupos fazem com que essas atitudes se
transformem em pensamento ativo, em uma verdadeira
ação social, política, cultural.
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sucessivas em todas
as manifestações de
conduta
O CÉREBRO DO ADOLESCENTE
Sua conduta está dominada pela ação, sendo esta a sua forma mais
típica de expressão, mas o adolescente não pode manter uma linha
de conduta rígida, permanente, mesmo que tente.
Sua personalidade “esponjosa” absorve, mas também projeta tudo
enormemente, muitas vezes de maneira não linear;
“Na verdade, é o mundo adulto que não suporta as contradições dos
adolescentes, não aceita suas identidades transitórias e exige deles
uma atitude adulta para a qual ainda não estão capacitados”
Separação
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O CÉREBRO DO ADOLESCENTE
Perda fundamental (o luto da separação);
Daí a importância da internalização por parte dos
adolescentes de boas imagens parentais, com papéis bem
definidos, sem ambiguidades ou encobrimentos.
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flutuações do
humor
O CÉREBRO DO ADOLESCENTE
Além das modificações hormonais que já influenciariam as modificações
do humor, o sentimento básico de ansiedade e depressão acompanha a
adolescência, sobretudo devido às perdas que sofre;
A maneira como o adolescente as elabora determinará a maior ou menor
intensidade dessas flutuações;
A realidade nem sempre satisfaz suas aspirações, resultando em
sentimentos de frustração e solidão. Mas, da mesma maneira que se sente
isolado do mundo, um gesto simples pode fazer com que se sinta a mais
feliz das criaturas.
“Ensinar é um exercício de imortalidade. De
alguma forma continuamos a viver naqueles
cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela
magia da nossa palavra. O professor, assim,
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Rubem Alves
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O cérebro do adolescente: comportamento, cognição e plasticidade

  • 1.
  • 2. O cérebro do adolescente
  • 3. O cérebro do adolescente: sobre Comportamento e Cognição
  • 4. O cérebro do adolescente não é um rascunho de um cérebro adulto. Ele foi primorosamente para ter características diferenciadas do cérebro de crianças e de adultos O CÉREBRO DO ADOLESCENTE Jay Giedd Plasticidade
  • 5. Os tropeços da adolescência são sinais de que o cérebro jovem está procurando se adaptar ao ambiente. A adolescência é marcada por um aumento das conexões entre diferentes partes do cérebro. É um processo de integração que continuará por toda a vida, melhorando o trabalho conjunto entre as partes. O CÉREBRO DO ADOLESCENTE Plasticidade
  • 8. Do grego charakter (sinal, marca) No estudo da personalidade denota aqueles aspectos que foram gravados, inscritos em cada indivíduo durante seu desenvolvimento. CARÁTER
  • 9. Modo habitual e global, próprio de um indivíduo reagir no ambiente social que está inserido; Diferente e típica atitude assumida pela pessoa diante de valores como o estético, o econômico, o político, o social e o religioso; Conjunto de reações e hábitos de comportamento que vão sendo adquiridos ao longo da vida e que especificam o modo individual de cada pessoa. CARÁTER
  • 10. Vai se estruturando gradativamente no curso da vida, sob influência de fatores ambientais (família, educação, condição social, etc.), os quais atuam de maneira variada, modificando tendências iniciais. Vai se formando enquanto atravessa as distintas fases do desenvolvimento, até alcançar sua completa expressão ao final da adolescência. CARÁTER
  • 12. TEMPERAMENTO Latim Temperaramentum = medida Representa a peculiaridade e intensidade individual dos afetos psíquicos e da estrutura dominante de humor e motivação. Certas características do temperamento são decorrentes de processos fisiológicos do sistema linfático e da ação endócrina de certos hormônios.
  • 13. Disposição inata e particular de cada pessoa, pronta para reagir aos estímulos ambientais. É a maneira de ser e agir da pessoa, geneticamente determinado. É o aspecto somático da personalidade. É entendido como especial combinação de caracteres físicos e funcionais. TEMPERAMENTO
  • 14. “O temperamento pode ser transmitido de pais para filhos, porém, não é aprendido, nem pode ser educado; pode ser abrandado em sua maneira de ser, o que é feito pelo caráter.” (Volpi, 2004) TEMPERAMENTO
  • 15. 1. O temperamento é biologicamente determinado e a personalidade é um produto do ambiente social. 2. Características temperamentais podem ser identificadas já cedo, ao passo que a personalidade é moldada durante os períodos do desenvolvimento infantil. 3. A personalidade é prerrogativa dos seres humanos. Nos animais podemos identificar apenas traços de temperamentos. TEMPERAMENTO # PERSONALIDADE TEMPERAMENTO
  • 16. 4. O temperamento apresenta aspectos estilísticos. A personalidade contém aspectos do comportamento. 5. Ao contrário do temperamento, a personalidade se refere à função integrativa do comportamento humano. TEMPERAMENTO # PERSONALIDADE TEMPERAMENTO
  • 17. Hipócrates *460 a.C. † 370 a.C Pai da Medicina asclepíade
  • 18. Hipócrates classificava os doentes em quatro tipos. Cada um dos quais apresentava desenvolvimento anormal de um sistema ou função. Para ele, os estados fisiológicos tem relação direta com o comportamento. TEMPERAMENTO
  • 19. No ser humano existem quatro aparelhos anatômicos fundamentais, que determinam o temperamento: RESPIRATÓRIO SANGUÍNEO A limpeza do sangue se faz nos pulmões OSTEOMUSCULAR COLÉRICO Comem muito, produzem mais gordura. O trabalho da vesícula é maior NERVOSO CEREBRAL MELANCÓLICO Funcionamento cerebral DIGESTIVO FLEUMÁTICO Ligação linfática com a digestão APARELHO TEMPERAMENTO SIGNIFICADO TEMPERAMENTO
  • 20. SANGUÍNEO excesso de sangue Típico de pessoas com humor variado COLÉRICO excesso de bílis Característico de pessoas tristes e nervosas MELANCÓLICO excesso de fluido nervos Peculiar de pessoas mais impulsivas e de humor variado FLEUMÁTICO excesso de muco (fleuma) Encontrado em pessoas de sangue frio TEMPERAMENTO
  • 21.
  • 23. A Síndrome da Adolescência Normal O CÉREBRO DO ADOLESCENTE
  • 24. Busca de si mesmo e da identidade O CÉREBRO DO ADOLESCENTE
  • 25. Modificações corporais e as expectativas da sociedade; Ansiedade e conflitos com a auto-imagem; Oscilações entre “quem eu sou” quem quero ser”; Isolamento e assunção de identidades transitórias, ocasionais ou circunstanciais, no sentido de entender a sua intimidade e, assim, desenhar a sua própria identidade; Comportamento defensivo.
  • 27. Segurança e auto-estima; Busca por identificação coletiva (estereotipias, maneiras de agir, vestir, falar; Identificação maior com o grupo que com a família; Apoio às necessidades; Contraditoriamente, ansiedade pela negativa do outro.
  • 29. A realidade impõe ao adolescente a necessidade de renunciar ao corpo infantil e à proteção familiar. Tendência a fugir para seu mundo interior, como uma forma de buscar um reajuste emocional; Neste momento, pode desenvolver grandes “teorias” sobre o mundo, nas quais vai misturar justificativas concretas com ideias fantasiosas infantis.
  • 31. Constante contradição ente as urgências e a procrastinação; O adolescente não possui ainda as características adultas de delimitar e discriminar a realidade concreta, bem como o que é ou não é possível em determinado tempo; À medida que vai elaborando suas perdas, começa a surgir o conceito de tempo, que implica as noções de passado, presente e futuro.
  • 33. Fase genital: exploração do corpo; Fase das grandes e “definitivas” paixões, que representa todos os aspectos dos vínculos intensos e frágeis das relações interpessoais do adolescente.
  • 35. Respostas às restrições impostas pela sociedade; São a consolidação do que vem ocorrendo no pensamento; As intelectualizações e fantasias conscientes que se reforçam nos grupos fazem com que essas atitudes se transformem em pensamento ativo, em uma verdadeira ação social, política, cultural.
  • 36. Contradições sucessivas em todas as manifestações de conduta O CÉREBRO DO ADOLESCENTE
  • 37. Sua conduta está dominada pela ação, sendo esta a sua forma mais típica de expressão, mas o adolescente não pode manter uma linha de conduta rígida, permanente, mesmo que tente. Sua personalidade “esponjosa” absorve, mas também projeta tudo enormemente, muitas vezes de maneira não linear; “Na verdade, é o mundo adulto que não suporta as contradições dos adolescentes, não aceita suas identidades transitórias e exige deles uma atitude adulta para a qual ainda não estão capacitados”
  • 39. Perda fundamental (o luto da separação); Daí a importância da internalização por parte dos adolescentes de boas imagens parentais, com papéis bem definidos, sem ambiguidades ou encobrimentos.
  • 41. Além das modificações hormonais que já influenciariam as modificações do humor, o sentimento básico de ansiedade e depressão acompanha a adolescência, sobretudo devido às perdas que sofre; A maneira como o adolescente as elabora determinará a maior ou menor intensidade dessas flutuações; A realidade nem sempre satisfaz suas aspirações, resultando em sentimentos de frustração e solidão. Mas, da mesma maneira que se sente isolado do mundo, um gesto simples pode fazer com que se sinta a mais feliz das criaturas.
  • 42. “Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais...” Rubem Alves