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A parcela da Equação (1) (R-Roy-PIS-PE-CO-IC-Depequip) correspon-
de ao lucro tributável, que por sua vez é a dedução de despesas e
de depreciação das receitas.
A receita bruta consiste na multiplicação da produção de óleo e
gás pelos seus respectivos preços. Os preços do óleo utilizados
consistem na multiplicação do preço do barril padrão pelo fator
que corresponde ao tipo de óleo produzido. Os preços do gás são
os preços do contrato de venda.
Os custos operacionais (OpEx) ocorrem durante a vida útil do
projeto e dividem-se em custos fixos e custos variáveis. Os custos
fixos compreendem as despesas independentes do nível de produ-
ção, por exemplo, gastos com seguros de instalações, aluguéis etc.
Já os custos variáveis, associados à produção, compreendem a
mão de obra, materiais, suprimentos e insumos consumidos no
processo produtivo.
Gastos com investimentos compreendem as despesas relaciona-
das à exploração, avaliação, desenvolvimento, investimentos adi-
cionais em recuperação suplementar, entre outros. Geralmente,
restam várias dúvidas em relação aos tipos de investimento, isto é,
os investimentos distinguem-se em:
Investimentos depreciáveis: investimentos em platafor-
mas, instalação, coleta e escoamento da produção,
interligação, dutos, entre outros.
Investimentos não-depreciáveis: investimentos em
exploração, perfuração, completação, abandono, entre
outros.
O CapEx (Capital Expenditures) é atribuído às despesas realiza-
das desde o início do projeto, antes do início da produção, como
aquisição e substituição de ativos imobilizados, porém posterior-
mente gastos adicionais podem ser necessários para acelerar ou
manter as receitas. Os ativos imobilizados dividem-se em tangíveis
(ativos físicos capitalizados e depreciados: máquinas, equipamen-
tos, etc) e intangíveis (patentes, licenças, contratos, direitos
autorais, etc).
A depreciação representa a perda de valor de um bem, desgaste
ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
Não é uma saída monetária, porém esta despesa pode ser abatida
das receitas, diminuindo o lucro tributável e possibilitando assim,
deduções no imposto de renda. A legislação fiscal adota os prazos
de vida útil de acordo com os bens a serem depreciados. No Brasil,
estima-se a depreciação pelo método linear com base em porcen-
tagens anuais de depreciação.
A fatia governamental, ou Government Take, inclui tributos,
contribuições sociais e as participações governamentais.
As participações governamentais compreendem os bônus de
assinatura, royalties, participação especial, pagamento por ocupa-
ção ou retenção de área.
As categorias de tributação dividem-se em:
Impostos proporcionais à produção: royalties, PIS/Pasep
e COFINS, participação especial;
Impostos proporcionais ao lucro: Imposto de Renda de
Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre Lucro
Líquido (CSLL);
Bônus fixos: bônus de assinatura e pagamento pela
ocupação ou retenção de área.
Aplicação
Alguns resultados são apresentados aqui para mostrar detalhes de
um exemplo de aplicação. Um exemplo da influência da depreciação
O valor do dinheiro no tempo é a fundamentação da análise econô-
mica e é a base para as medidas de lucro para selecionar investi-
mentos.
Geralmente, a avaliação econômica de projetos petrolíferos é feita
por meio do fluxo de caixa descontado, do qual são obtidos os
principais indicadores econômicos dos quais se destaca o valor
presente líquido (VPL) que é definido como o somatório dos
valores das entradas e saídas do fluxo de caixa, descontados a
uma taxa mínima de atratividade e a uma determinada data. O VPL
representa o patrimônio ganho ou perdido pela empresa devido ao
projeto.
Na avaliação de projetos de E&P, é importante que os indicadores
escolhidos sejam utilizados já na fase de decisão técnica ligada ao
processo decisório de como deve ser a explotação dos campos de
petróleo, por isso, é importante que os conceitos sejam claros e
integrados com o processo de simulação e gerenciamento dos
campos.
Assim, o objetivo deste artigo é apresentar uma breve descrição
dos principais componentes de um fluxo de caixa e alguns resulta-
dos de um estudo de caso. A Figura 1 ilustra um exemplo de fluxo
de caixa de um projeto de exploração e produção de petróleo. A
fase de exploração envolve a descoberta de reservatórios, com a
perfuração de poços pioneiros e de avaliação. Em seguida, vem a
fase de desenvolvimento e produção do campo, são instalados os
poços de desenvolvimento, infra-estrutura de produção e equipa-
mentos para transporte de óleo e gás.
Na análise econômica algumas premissas básicas são adotadas,
considerando-se cenários de preços, taxas de desconto, taxas de
câmbio, sistemas fiscais, previsão de inflação, entre outros.
A Equação (1) define o fluxo de caixa líquido, em que cada termo da
equação será brevemente definido. Os principais componentes do
fluxo de caixa são: produção, preços, custos operacionais, investi-
mentos, depreciação, tributos etc.
(1)
sendo:
FCL: Fluxo de caixa líquido; R: Receita bruta da venda de óleo e gás;
Roy: montante pago em royalties; PIS: montante pago em PIS/
Pasep e COFINS; PE: Participação especial; CO: Custos operacio-
nais; IC: Investimentos contabilizados como despesas (não depreci-
áveis); Depequip: Depreciação de equipamentos; IR: Soma das alíquo-
tas de imposto de renda e contribuição social sobre lucro líquido;
ID: Investimentos Depreciáveis.
UNISIM ON-LINE
Ano 3, Volume 2 23ª Edição Janeiro de 2008
Links:
Unicamp
Cepetro
Dep. Eng. Petróleo
Fac. Eng. Mecânica
Ciências e Eng. de Petróleo
Pós-Graduação:
Ciências em Engenharia de
Petróleo: interessados em
Mestrado e Doutorado na área
de Simulação e Gerenciamento
de Reservatórios de Petróleo
cliquem aqui.
“O CapEx é atribuído às
despesas realizadas
desde o início do proje-
to, antes do início da
produção, porém poste-
riormente gastos adi-
cionais podem ser ne-
cessários para acelerar
ou manter as receitas.”
Interesses Especiais:
UNISIM
Publicações UNISIM
Portal de Simulação e Geren-
ciamento de Reservatórios
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Edições Anteriores
AvaliaçãoEconômicadeProjetosdeE&P
Ana Teresa F. S. Gaspar Ravagnani
Figura 1: Fluxo de Caixa típico de um projeto de E&P.
ID-DepIR)-(1
)Dep-IC-CO-PE-PIS-Roy-(RFCL
equip
equip
O UNISIM é um grupo de pesquisa do Departamento de Engenharia de Petróleo da Faculdade de Engenharia Mecânica da
UNICAMP, com apoio do Centro de Estudos de Petróleo (CEPETRO) que tem como objetivo desenvolver trabalhos e projetos
na área de simulação e gerenciamento de reservatórios.
Página 2 UNISIM ON-LINE
Para maiores informações, visite
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pesquisas no UNISIM, entre em
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simulação, gerenciamento
e caracterização de reser-
vatórios
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Depto. Eng. Petróleo
Fac. Eng. Mecânica
Univ. Estadual de Campinas
Campinas-SP
Grupo de Pesquisa em
Simulação e Gerenciamento de
Reservatórios
no lucro é apresentado pela Tabela 1.
Observa-se que a depreciação permite uma melhora no fluxo de
caixa líquido. Se a depreciação não fosse considerada, o fluxo de
caixa anual seria de US$ 3,03 milhões, com uma redução de 5,31%
em relação ao exemplo com depreciação.
Apenas como exemplo, são apresentados alguns resultados de um
estudo de caso baseado em um campo offshore raso com vida útil
de 20 anos, investimentos de US$ 510 milhões em poços e instala-
ções (depreciáveis linearmente em 10 anos), custo de produção
médio de US$ 5.80/boe, preço do óleo de US$ 45/bbl, taxa de
desconto de 13% a.a, alíquota de royalties de 10%, IR/CSLL de 34%
e PIS/COFINS de 9,25%.
A curva de royalties ao longo do tempo segue o comportamento do
perfil de produção de óleo e gás. Observa-se pela Figura 2 que o
montante pago em royalties no início da produção é maior que
posteriormente.
A Figura 3 apresenta uma ilustração da distribuição da receita
para preços de óleo considerados como baixo, médio e alto. As
receitas estão divididas em vários componentes, onde para o caso
base (US$ 45/ bbl), o CapEx corresponde a 6.2% das receitas do
projeto, enquanto o OpEx corresponde a 9.9%, royalties a 10%, PIS
a 9,25%, PE a 4.0% e IR a 21%. O restante (39,6%) corresponde
ao lucro (FCL). É possível observar que para todos os níveis de
preço, a maior parcela corresponde ao lucro. Com o aumento do
preço do óleo, há uma diminuição nas parcelas referentes ao
CapEx,, OpEx e PE, enquanto que a parcela referente ao IR e CSLL
aumenta. As parcelas referentes ao montante pago em royalties e
PIS/Pasep/COFINS permanecem constantes, pois são proporcio-
nais à receita bruta.
Informações sobre o autor:
Ana Teresa F. S. Gaspar Ravagnani é doutora em Ciências e
Engenharia de Petróleo pela UNICAMP e é pesquisadora do grupo
UNISIM desde abril de 2007.
“A depreciação não é
uma saída monetária,
porém esta despesa
pode ser abatida das
receitas, diminuindo o
lucro tributável e possi-
bilitando assim, dedu-
ções no imposto de
renda.”
Tabela 1: Influência da depreciação no lucro.
Exemplocomdepreciação 2008 2009 2010 2011 2012
Investimento ($ milhões) -2,00
ReceitaBruta ($ milhões) 6,00 6,00 6,00 6,00
OpEx ($ milhão) 1,40 1,40 1,40 1,40
ReceitaLíquida ($ milhões) 4,60 4,60 4,60 4,60
Depreciação($ milhão) 0,50 0,50 0,50 0,50
Lucro Tributável ($ milhões) 4,10 4,10 4,10 4,10
IR+CSLL (34%) ($ milhão) 1,40 1,40 1,40 1,40
Fluxo de caixalíquido ($ milhões) -2,00 3,20 3,20 3,20 3,20
Exemplosemdepreciação 2008 2009 2010 2011 2012
Investimento ($ milhões) -2,00
ReceitaBruta ($ milhões) 6,00 6,00 6,00 6,00
OpEx ($ milhão) 1,40 1,40 1,40 1,40
ReceitaLíquida ($ milhões) 4,60 4,60 4,60 4,60
IR+CSLL (34%) ($ milhão) 1,57 1,57 1,57 1,57
Fluxo de caixalíquido ($ milhões) -2,00 3,03 3,03 3,03 3,03
Para preços de óleo mais baixos, a parcela correspondente ao IR e
CSLL não é tão significativa quanto para preços de óleo mais altos.
A parcela que se destaca para este nível de preço é a de OpEx.
Pode-se ainda notar pela Figura 3 que a fatia governamental para
os preços de óleo baixo, médio e alto corresponde a: 41,55%,
44,25% e 44,9%, respectivamente, da receita.
Comentários Finais
Estes são apenas alguns exemplos da necessidade de integração
da análise econômica com o processo de simulação e gerencia-
mento de reservatórios, pois as decisões a serem tomadas depen-
dem deste tipo de avaliação. Por isso, é importante que o processo
seja todo integrado para melhorar a decisão no desenvolvimento
de campos de petróleo.
O montante pago em royalties torna-se menor à medida que a
reserva torna-se depletada, pois este tributo é proporcional à
receita bruta.
O crescimento do preço de óleo implica em uma diminuição nos
percentuais correspondentes ao CapEx, OpEx e PE. Por outro lado,
como esperado à medida que o preço aumenta, há um aumento nas
parcelas de IR e CSLL e evidentemente no lucro.
As parcelas referentes aos royalties e PIS/Pasep/COFINS na
distribuição da receita permanecem constantes com o aumento de
preço do óleo. Isto ocorre, pois tais tributos são reduções diretas
da receita bruta.
Também, a depreciação deve ser considerada no cálculo do fluxo
de caixa, pois em caso de negligência pode apresentar aumento do
lucro tributável.
O estudo de caso indicou que para os três níveis de preço de óleo
analisados a parcela que fica para o governo é significativa.
Todos esses itens citados têm impacto importante na escolha da
melhor estratégia de produção dos campos e nas decisões ligadas
ao gerenciamento do campo.
Figura 2: Exemplo de curva de produção e óleo e royalties
0
40
80
120
160
200
240
280
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4
1.6
0 5 10 15 20
Royalties(MilhõesUS$)
ProduçãodeÓleo(Milhõesbbl)
Tempo (anos)
produçãode óleo
royalties
Figura 3: Distribuição da receita para diferentes preços de óleo
13%
20.6%
10%
9.3%8.4%
13.9%
24.8%
4.8%
7.5%
10%
9.3%
3.1%
22.5%
42.8%
Capex Opex Royalties PIS
PE IR+CSSL FCL
6.2%
9.9%
10%
9.3%
4.0%
21%
39.6%
20 US$/bbl
45 US$/bbl
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  • 1. A parcela da Equação (1) (R-Roy-PIS-PE-CO-IC-Depequip) correspon- de ao lucro tributável, que por sua vez é a dedução de despesas e de depreciação das receitas. A receita bruta consiste na multiplicação da produção de óleo e gás pelos seus respectivos preços. Os preços do óleo utilizados consistem na multiplicação do preço do barril padrão pelo fator que corresponde ao tipo de óleo produzido. Os preços do gás são os preços do contrato de venda. Os custos operacionais (OpEx) ocorrem durante a vida útil do projeto e dividem-se em custos fixos e custos variáveis. Os custos fixos compreendem as despesas independentes do nível de produ- ção, por exemplo, gastos com seguros de instalações, aluguéis etc. Já os custos variáveis, associados à produção, compreendem a mão de obra, materiais, suprimentos e insumos consumidos no processo produtivo. Gastos com investimentos compreendem as despesas relaciona- das à exploração, avaliação, desenvolvimento, investimentos adi- cionais em recuperação suplementar, entre outros. Geralmente, restam várias dúvidas em relação aos tipos de investimento, isto é, os investimentos distinguem-se em: Investimentos depreciáveis: investimentos em platafor- mas, instalação, coleta e escoamento da produção, interligação, dutos, entre outros. Investimentos não-depreciáveis: investimentos em exploração, perfuração, completação, abandono, entre outros. O CapEx (Capital Expenditures) é atribuído às despesas realiza- das desde o início do projeto, antes do início da produção, como aquisição e substituição de ativos imobilizados, porém posterior- mente gastos adicionais podem ser necessários para acelerar ou manter as receitas. Os ativos imobilizados dividem-se em tangíveis (ativos físicos capitalizados e depreciados: máquinas, equipamen- tos, etc) e intangíveis (patentes, licenças, contratos, direitos autorais, etc). A depreciação representa a perda de valor de um bem, desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. Não é uma saída monetária, porém esta despesa pode ser abatida das receitas, diminuindo o lucro tributável e possibilitando assim, deduções no imposto de renda. A legislação fiscal adota os prazos de vida útil de acordo com os bens a serem depreciados. No Brasil, estima-se a depreciação pelo método linear com base em porcen- tagens anuais de depreciação. A fatia governamental, ou Government Take, inclui tributos, contribuições sociais e as participações governamentais. As participações governamentais compreendem os bônus de assinatura, royalties, participação especial, pagamento por ocupa- ção ou retenção de área. As categorias de tributação dividem-se em: Impostos proporcionais à produção: royalties, PIS/Pasep e COFINS, participação especial; Impostos proporcionais ao lucro: Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL); Bônus fixos: bônus de assinatura e pagamento pela ocupação ou retenção de área. Aplicação Alguns resultados são apresentados aqui para mostrar detalhes de um exemplo de aplicação. Um exemplo da influência da depreciação O valor do dinheiro no tempo é a fundamentação da análise econô- mica e é a base para as medidas de lucro para selecionar investi- mentos. Geralmente, a avaliação econômica de projetos petrolíferos é feita por meio do fluxo de caixa descontado, do qual são obtidos os principais indicadores econômicos dos quais se destaca o valor presente líquido (VPL) que é definido como o somatório dos valores das entradas e saídas do fluxo de caixa, descontados a uma taxa mínima de atratividade e a uma determinada data. O VPL representa o patrimônio ganho ou perdido pela empresa devido ao projeto. Na avaliação de projetos de E&P, é importante que os indicadores escolhidos sejam utilizados já na fase de decisão técnica ligada ao processo decisório de como deve ser a explotação dos campos de petróleo, por isso, é importante que os conceitos sejam claros e integrados com o processo de simulação e gerenciamento dos campos. Assim, o objetivo deste artigo é apresentar uma breve descrição dos principais componentes de um fluxo de caixa e alguns resulta- dos de um estudo de caso. A Figura 1 ilustra um exemplo de fluxo de caixa de um projeto de exploração e produção de petróleo. A fase de exploração envolve a descoberta de reservatórios, com a perfuração de poços pioneiros e de avaliação. Em seguida, vem a fase de desenvolvimento e produção do campo, são instalados os poços de desenvolvimento, infra-estrutura de produção e equipa- mentos para transporte de óleo e gás. Na análise econômica algumas premissas básicas são adotadas, considerando-se cenários de preços, taxas de desconto, taxas de câmbio, sistemas fiscais, previsão de inflação, entre outros. A Equação (1) define o fluxo de caixa líquido, em que cada termo da equação será brevemente definido. Os principais componentes do fluxo de caixa são: produção, preços, custos operacionais, investi- mentos, depreciação, tributos etc. (1) sendo: FCL: Fluxo de caixa líquido; R: Receita bruta da venda de óleo e gás; Roy: montante pago em royalties; PIS: montante pago em PIS/ Pasep e COFINS; PE: Participação especial; CO: Custos operacio- nais; IC: Investimentos contabilizados como despesas (não depreci- áveis); Depequip: Depreciação de equipamentos; IR: Soma das alíquo- tas de imposto de renda e contribuição social sobre lucro líquido; ID: Investimentos Depreciáveis. UNISIM ON-LINE Ano 3, Volume 2 23ª Edição Janeiro de 2008 Links: Unicamp Cepetro Dep. Eng. Petróleo Fac. Eng. Mecânica Ciências e Eng. de Petróleo Pós-Graduação: Ciências em Engenharia de Petróleo: interessados em Mestrado e Doutorado na área de Simulação e Gerenciamento de Reservatórios de Petróleo cliquem aqui. “O CapEx é atribuído às despesas realizadas desde o início do proje- to, antes do início da produção, porém poste- riormente gastos adi- cionais podem ser ne- cessários para acelerar ou manter as receitas.” Interesses Especiais: UNISIM Publicações UNISIM Portal de Simulação e Geren- ciamento de Reservatórios UNIPAR STEP Edições Anteriores AvaliaçãoEconômicadeProjetosdeE&P Ana Teresa F. S. Gaspar Ravagnani Figura 1: Fluxo de Caixa típico de um projeto de E&P. ID-DepIR)-(1 )Dep-IC-CO-PE-PIS-Roy-(RFCL equip equip
  • 2. O UNISIM é um grupo de pesquisa do Departamento de Engenharia de Petróleo da Faculdade de Engenharia Mecânica da UNICAMP, com apoio do Centro de Estudos de Petróleo (CEPETRO) que tem como objetivo desenvolver trabalhos e projetos na área de simulação e gerenciamento de reservatórios. Página 2 UNISIM ON-LINE Para maiores informações, visite http://www.dep.fem.unicamp.br/unisim Oportunidade: Se você tem interesse em trabalhar ou desenvolver pesquisas no UNISIM, entre em contato conosco: Interesse imediato em: Pesquisador na área de simulação, gerenciamento e caracterização de reser- vatórios Para mais detalhes, clique aqui. Tel: 55-19-3521-3359 Fax: 55-19-3289-4999 Email: unisim@dep.fem.unicamp.br UNISIM Depto. Eng. Petróleo Fac. Eng. Mecânica Univ. Estadual de Campinas Campinas-SP Grupo de Pesquisa em Simulação e Gerenciamento de Reservatórios no lucro é apresentado pela Tabela 1. Observa-se que a depreciação permite uma melhora no fluxo de caixa líquido. Se a depreciação não fosse considerada, o fluxo de caixa anual seria de US$ 3,03 milhões, com uma redução de 5,31% em relação ao exemplo com depreciação. Apenas como exemplo, são apresentados alguns resultados de um estudo de caso baseado em um campo offshore raso com vida útil de 20 anos, investimentos de US$ 510 milhões em poços e instala- ções (depreciáveis linearmente em 10 anos), custo de produção médio de US$ 5.80/boe, preço do óleo de US$ 45/bbl, taxa de desconto de 13% a.a, alíquota de royalties de 10%, IR/CSLL de 34% e PIS/COFINS de 9,25%. A curva de royalties ao longo do tempo segue o comportamento do perfil de produção de óleo e gás. Observa-se pela Figura 2 que o montante pago em royalties no início da produção é maior que posteriormente. A Figura 3 apresenta uma ilustração da distribuição da receita para preços de óleo considerados como baixo, médio e alto. As receitas estão divididas em vários componentes, onde para o caso base (US$ 45/ bbl), o CapEx corresponde a 6.2% das receitas do projeto, enquanto o OpEx corresponde a 9.9%, royalties a 10%, PIS a 9,25%, PE a 4.0% e IR a 21%. O restante (39,6%) corresponde ao lucro (FCL). É possível observar que para todos os níveis de preço, a maior parcela corresponde ao lucro. Com o aumento do preço do óleo, há uma diminuição nas parcelas referentes ao CapEx,, OpEx e PE, enquanto que a parcela referente ao IR e CSLL aumenta. As parcelas referentes ao montante pago em royalties e PIS/Pasep/COFINS permanecem constantes, pois são proporcio- nais à receita bruta. Informações sobre o autor: Ana Teresa F. S. Gaspar Ravagnani é doutora em Ciências e Engenharia de Petróleo pela UNICAMP e é pesquisadora do grupo UNISIM desde abril de 2007. “A depreciação não é uma saída monetária, porém esta despesa pode ser abatida das receitas, diminuindo o lucro tributável e possi- bilitando assim, dedu- ções no imposto de renda.” Tabela 1: Influência da depreciação no lucro. Exemplocomdepreciação 2008 2009 2010 2011 2012 Investimento ($ milhões) -2,00 ReceitaBruta ($ milhões) 6,00 6,00 6,00 6,00 OpEx ($ milhão) 1,40 1,40 1,40 1,40 ReceitaLíquida ($ milhões) 4,60 4,60 4,60 4,60 Depreciação($ milhão) 0,50 0,50 0,50 0,50 Lucro Tributável ($ milhões) 4,10 4,10 4,10 4,10 IR+CSLL (34%) ($ milhão) 1,40 1,40 1,40 1,40 Fluxo de caixalíquido ($ milhões) -2,00 3,20 3,20 3,20 3,20 Exemplosemdepreciação 2008 2009 2010 2011 2012 Investimento ($ milhões) -2,00 ReceitaBruta ($ milhões) 6,00 6,00 6,00 6,00 OpEx ($ milhão) 1,40 1,40 1,40 1,40 ReceitaLíquida ($ milhões) 4,60 4,60 4,60 4,60 IR+CSLL (34%) ($ milhão) 1,57 1,57 1,57 1,57 Fluxo de caixalíquido ($ milhões) -2,00 3,03 3,03 3,03 3,03 Para preços de óleo mais baixos, a parcela correspondente ao IR e CSLL não é tão significativa quanto para preços de óleo mais altos. A parcela que se destaca para este nível de preço é a de OpEx. Pode-se ainda notar pela Figura 3 que a fatia governamental para os preços de óleo baixo, médio e alto corresponde a: 41,55%, 44,25% e 44,9%, respectivamente, da receita. Comentários Finais Estes são apenas alguns exemplos da necessidade de integração da análise econômica com o processo de simulação e gerencia- mento de reservatórios, pois as decisões a serem tomadas depen- dem deste tipo de avaliação. Por isso, é importante que o processo seja todo integrado para melhorar a decisão no desenvolvimento de campos de petróleo. O montante pago em royalties torna-se menor à medida que a reserva torna-se depletada, pois este tributo é proporcional à receita bruta. O crescimento do preço de óleo implica em uma diminuição nos percentuais correspondentes ao CapEx, OpEx e PE. Por outro lado, como esperado à medida que o preço aumenta, há um aumento nas parcelas de IR e CSLL e evidentemente no lucro. As parcelas referentes aos royalties e PIS/Pasep/COFINS na distribuição da receita permanecem constantes com o aumento de preço do óleo. Isto ocorre, pois tais tributos são reduções diretas da receita bruta. Também, a depreciação deve ser considerada no cálculo do fluxo de caixa, pois em caso de negligência pode apresentar aumento do lucro tributável. O estudo de caso indicou que para os três níveis de preço de óleo analisados a parcela que fica para o governo é significativa. Todos esses itens citados têm impacto importante na escolha da melhor estratégia de produção dos campos e nas decisões ligadas ao gerenciamento do campo. Figura 2: Exemplo de curva de produção e óleo e royalties 0 40 80 120 160 200 240 280 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 0 5 10 15 20 Royalties(MilhõesUS$) ProduçãodeÓleo(Milhõesbbl) Tempo (anos) produçãode óleo royalties Figura 3: Distribuição da receita para diferentes preços de óleo 13% 20.6% 10% 9.3%8.4% 13.9% 24.8% 4.8% 7.5% 10% 9.3% 3.1% 22.5% 42.8% Capex Opex Royalties PIS PE IR+CSSL FCL 6.2% 9.9% 10% 9.3% 4.0% 21% 39.6% 20 US$/bbl 45 US$/bbl 60 US$/bbl