SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  28
Consiste no acesso cirúrgico das vias aéreas
através da membrana cricotireóidea.
Principal Indicação:
Acesso emergencial das vias aéreas (especialmente
politraumatizados com lesões maxilofaciais graves,
onde a intubação translaríngea não é possível), pois
permite acesso rápido e seguro às vias aéreas.
Contra - Indicações
Não deve ser feita de forma eletiva para acesso
prolongado das vias aéreas
 Não pode ser usada em <10 anos (pois, nas crianças, a
cartilagem cricóidea é um dos poucos suportes
anatômicos da porção alta da traquéia e há risco de
lesão das cordas vocais).
CRICOTIREOIDOSTOMIA
Toda cricotireoidostomia deve ser convertida para
uma traqueostomia dentro de 24- 72h.
Uma complicação descrita, que é a estenose
subglótica, pode ser evitada com a conversão
precoce .
Localização topográfica
Palpa-se a proeminência laríngea na cartilagem
tireóidea e desliza-se o dedo para a sua borda inferior,
em direção à cartilagem cricóidea, ou seja, no sentido
crânio-caudal.
Localização topográfica
Sente-se uma pequena depressão de consistência
mais elástica, seguida de uma elevação de
consistência óssea (cartilagem cricóide). Ao nível
desta depressão é que se atinge a membrana
cricotireóidea.
Passo a Passo:
Assepsia local
Anestesia local (lidocaína)
Identificar membrana cricotireóidea
Fixar as cartilagens tireóide e cricóide através de uma
discreta pressão digital do 2º e 3º dedos sobre elas
Fazer incisão de 2-3cm da pele e tecido subcutâneo
Passo a Passo
Com uma pinça de Halsted (mosquito), disseca-se a
delgada camada de músculo platisma até atingir a
membrana cricotireóidea.
Fazer incisão na membrana cricotireóidea
transversalmente, de 2-3cm de extensão
Passo a Passo
Introduzir cânula de traqueostomia de tamanho
adequado pelo orifício
Conecta-se a válvula na cânula, infla-se o cuff e
ventila-se o paciente observando os movimentos
dinâmicos e ruídos respiratórios. Deve-se fixar o tubo
para prevenir desposicionamento.
Complicações
Asfixia
Aspiração (de sangue)
Celulite
Criação de falso trajeto nos tecidos
Estenose de laringe
Hematoma/hemorragia
Laceração do esôfago e traquéia
Enfisema mediastinal
Paralisia das cordas vocais.
CRICOTIREOIDOSTOMIA DE
PUNÇÃO
Método ainda mais fácil e simples de acesso das vias
aéreas, do que a Cricotireoidostomia Cirúrgica.
Consiste no acesso às vias aéreas, através da
membrana cricotireóidea, através de punção desta
membrana com uma extracat (jelco) de grosso calibre.
Principal Indicação
Politraumatismo com urgência de acesso das vias
aéreas, onde métodos translaríngeos e a
cricotireoidostomia cirúrgica são inviáveis (Ex: pode
ser feita em <10 anos, onde a Cricotireoidostomia
Cirúrgica é contra-indicada).
Contra - Indicações
Situações onde possa se optar por métodos mais
adequados. A cricotireoidostomia por punção deve ser
realizada em situações extremas, onde não seria
possível realizar a cricotireoidostomia cirúrgica
CRICOTIREOIDOSTOMIA DE
PUNÇÃO
A ventilação pode ser conseguida através de um alto
fluxo de O2 [10 L/min), ou através de um reservatório
caso disponível.
Nos casos de suspeita de corpos estranhos em vias
aéreas, a ventilação deve ser feita com um baixo fluxo
de 02 [3,7].
CRICOTIREOIDOSTOMIA DE
PUNÇÃO
Desvantagem: só se consegue uma oxigenação
adequada por um espaço curto de tempo (mas que é
suficiente até que outro método definitivo seja
obtido).
Passo a Passo:
Prepara-se um tubo de oxigênio fazendo uma
fenestração no final do tubo; o outro extremo deve ser
conectado a uma fonte de O2, assegurando um fluxo
livre. Monta-se um extracath (jelco) em uma seringa.
Assepsia local
Anestesia local (lidocaína)
Identificar membrana cricotireóidea
Fixar as cartilagens tireóide e cricóide através de uma
discreta pressão digital do 2º e 3º dedos sobre elas
Passo a Passo:
Punção da pele na linha média com o extracath
acoplado a seringa sobre a membrana cricotireóidea.
Direciona-se a agulha 45o
caudalmente, enquanto
aplica-se pressão negativa na seringa.
Cuidadosamente insere-se a agulha através da metade
inferior da membrana cricotireóidea, aspirando na
medida em que o extracath avançar. A aspiração de ar
significa entrada na luz da traquéia.Inclinar (crânio-
caudal) e introduzir o conjunto (agulha introdutora +
cateter)
Passo a Passo:
Retira-se a seringa e a guia do extracath enquanto
cautelosamente avança o cateter em posição
descendente, com cuidado para não perfurar a parede
posterior da traquéia.
Passo a Passo:
Acopla-se o tubo de O2 no cateter segurando-o no
pescoço do paciente. A ventilação intermitente pode
ser obtida ocluindo o buraco aberto no tubo de
oxigênio com o polegar por 1 segundo e abrindo por 4
segundos. Após retirar o polegar do furo, a expiração
passiva ocorre.
Observar a expansibilidade e auscultar o tórax para
ventilar adequadamente.
Complicações
Asfixia
Aspiração
Celulite
Perfuração Esofágica
Hematomas
Perfuração da parede posterior da traquéia
Enfisema subcutâneo e/ou mediastinal
Perfuração da tireóide
Ventilação inadequada do paciente levando a hipóxia
e morte.
BIBLIOGRAFIA
MORI,Newton Djin.Cricotireoidostomia e Trauma.In.:Clínica Cirúrgica –
Fundamentos Teóricos e práticos.Vol.1.Atheneu.2002.p.376-379.
TORRES E SOUZA,Wilson;EULÁLIO, José Marcus Raso. Traqueostomia.
In.:Cirurgia de Emergência com testes de auto avaliação.Ed.Atheneu. 1998.
p.749-755.

Contenu connexe

Tendances

Primeiros socorros SBV
Primeiros socorros SBVPrimeiros socorros SBV
Primeiros socorros SBVZeca Ribeiro
 
Aula intubacao traqueal
Aula intubacao traquealAula intubacao traqueal
Aula intubacao traquealclbell
 
Unidade de Terapia Intensiva (parte 2)
Unidade de Terapia Intensiva (parte 2)Unidade de Terapia Intensiva (parte 2)
Unidade de Terapia Intensiva (parte 2)Will Nunes
 
Assistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de caso
Assistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de casoAssistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de caso
Assistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de casoresenfe2013
 
Períodos Perioperatórios: Pré Operatório AULA 4
Períodos Perioperatórios: Pré Operatório AULA 4Períodos Perioperatórios: Pré Operatório AULA 4
Períodos Perioperatórios: Pré Operatório AULA 4Aline Bandeira
 
Período Intra Operatório e Tempos Cirúrgicos AULA 5
Período Intra Operatório e Tempos Cirúrgicos AULA 5Período Intra Operatório e Tempos Cirúrgicos AULA 5
Período Intra Operatório e Tempos Cirúrgicos AULA 5Aline Bandeira
 
Parada cardiorrespiratória
Parada cardiorrespiratória Parada cardiorrespiratória
Parada cardiorrespiratória Leila Daniele
 
Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais adriana
Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais   adrianaAula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais   adriana
Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais adrianaSMS - Petrópolis
 

Tendances (20)

Aula tecnicas
Aula tecnicasAula tecnicas
Aula tecnicas
 
Trauma torácico
Trauma torácicoTrauma torácico
Trauma torácico
 
Ostomias
OstomiasOstomias
Ostomias
 
Primeiros socorros SBV
Primeiros socorros SBVPrimeiros socorros SBV
Primeiros socorros SBV
 
Novas diretrizes na pcr
Novas diretrizes na pcrNovas diretrizes na pcr
Novas diretrizes na pcr
 
Drenos
DrenosDrenos
Drenos
 
Aula intubacao traqueal
Aula intubacao traquealAula intubacao traqueal
Aula intubacao traqueal
 
Unidade de Terapia Intensiva (parte 2)
Unidade de Terapia Intensiva (parte 2)Unidade de Terapia Intensiva (parte 2)
Unidade de Terapia Intensiva (parte 2)
 
E Nf. 02
E Nf. 02E Nf. 02
E Nf. 02
 
Assistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de caso
Assistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de casoAssistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de caso
Assistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de caso
 
RCP
RCPRCP
RCP
 
Ppt rcp 2014 (1)
Ppt rcp 2014 (1)Ppt rcp 2014 (1)
Ppt rcp 2014 (1)
 
Períodos Perioperatórios: Pré Operatório AULA 4
Períodos Perioperatórios: Pré Operatório AULA 4Períodos Perioperatórios: Pré Operatório AULA 4
Períodos Perioperatórios: Pré Operatório AULA 4
 
Aula acessos venosos
Aula acessos venososAula acessos venosos
Aula acessos venosos
 
Iot
IotIot
Iot
 
Período Intra Operatório e Tempos Cirúrgicos AULA 5
Período Intra Operatório e Tempos Cirúrgicos AULA 5Período Intra Operatório e Tempos Cirúrgicos AULA 5
Período Intra Operatório e Tempos Cirúrgicos AULA 5
 
Colostomia
ColostomiaColostomia
Colostomia
 
Parada cardiorrespiratória
Parada cardiorrespiratória Parada cardiorrespiratória
Parada cardiorrespiratória
 
Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais adriana
Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais   adrianaAula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais   adriana
Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais adriana
 
Isolamento
IsolamentoIsolamento
Isolamento
 

Similaire à Cricotireoidostomia

Drenagem torácica - métodos e técnicas de aplicação
Drenagem torácica - métodos e técnicas de aplicaçãoDrenagem torácica - métodos e técnicas de aplicação
Drenagem torácica - métodos e técnicas de aplicaçãoWillyenneGomes
 
Respiração Orotraqueal
Respiração OrotraquealRespiração Orotraqueal
Respiração OrotraquealAndressa Macena
 
Cap 123 intubação nasotraqueal cega
Cap 123 intubação nasotraqueal cegaCap 123 intubação nasotraqueal cega
Cap 123 intubação nasotraqueal cegaThiago Viegas
 
Acessos e dispositivos.ppt
Acessos e dispositivos.pptAcessos e dispositivos.ppt
Acessos e dispositivos.pptJssicaBizinoto
 
Aula 08 aspiração endotraqueal
Aula 08   aspiração endotraquealAula 08   aspiração endotraqueal
Aula 08 aspiração endotraquealRodrigo Abreu
 
Cirurgias de pescoço
Cirurgias de pescoçoCirurgias de pescoço
Cirurgias de pescoçorato06
 
Acessos vasculares .ppt
 Acessos vasculares .ppt Acessos vasculares .ppt
Acessos vasculares .pptBrunno Rosique
 
Cuidado com as Vias Areas
Cuidado com as Vias AreasCuidado com as Vias Areas
Cuidado com as Vias Areasthaaisvieira
 
Aula de cuidados com drenos
Aula de cuidados com drenosAula de cuidados com drenos
Aula de cuidados com drenosLaiane Alves
 
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)cuidadoaoadulto
 

Similaire à Cricotireoidostomia (20)

Entenda o que é traqueostomia
Entenda o que é traqueostomiaEntenda o que é traqueostomia
Entenda o que é traqueostomia
 
Drenagem torácica - métodos e técnicas de aplicação
Drenagem torácica - métodos e técnicas de aplicaçãoDrenagem torácica - métodos e técnicas de aplicação
Drenagem torácica - métodos e técnicas de aplicação
 
Respiração Orotraqueal
Respiração OrotraquealRespiração Orotraqueal
Respiração Orotraqueal
 
Cap 123 intubação nasotraqueal cega
Cap 123 intubação nasotraqueal cegaCap 123 intubação nasotraqueal cega
Cap 123 intubação nasotraqueal cega
 
Acessos e dispositivos.ppt
Acessos e dispositivos.pptAcessos e dispositivos.ppt
Acessos e dispositivos.ppt
 
Aula 08 aspiração endotraqueal
Aula 08   aspiração endotraquealAula 08   aspiração endotraqueal
Aula 08 aspiração endotraqueal
 
Cirurgias de pescoço
Cirurgias de pescoçoCirurgias de pescoço
Cirurgias de pescoço
 
Acesso apostila
Acesso apostilaAcesso apostila
Acesso apostila
 
Trauma de torax.pdf
Trauma de torax.pdfTrauma de torax.pdf
Trauma de torax.pdf
 
Aula terapia intravenosa
Aula terapia intravenosaAula terapia intravenosa
Aula terapia intravenosa
 
Sutu.pdf
Sutu.pdfSutu.pdf
Sutu.pdf
 
Acessos vasculares .ppt
 Acessos vasculares .ppt Acessos vasculares .ppt
Acessos vasculares .ppt
 
Cuidado com as Vias Areas
Cuidado com as Vias AreasCuidado com as Vias Areas
Cuidado com as Vias Areas
 
Aula t.torax
Aula t.toraxAula t.torax
Aula t.torax
 
Cirurgia toracica
Cirurgia toracicaCirurgia toracica
Cirurgia toracica
 
Aula de cuidados com drenos
Aula de cuidados com drenosAula de cuidados com drenos
Aula de cuidados com drenos
 
pneumotorax.pptx
 pneumotorax.pptx pneumotorax.pptx
pneumotorax.pptx
 
Acesso Venoso Central
Acesso Venoso Central Acesso Venoso Central
Acesso Venoso Central
 
E Nf 01
E Nf 01E Nf 01
E Nf 01
 
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
 

Dernier

Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivProfessorThialesDias
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptAlberto205764
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 

Dernier (8)

Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 

Cricotireoidostomia

  • 1.
  • 2. Consiste no acesso cirúrgico das vias aéreas através da membrana cricotireóidea.
  • 3. Principal Indicação: Acesso emergencial das vias aéreas (especialmente politraumatizados com lesões maxilofaciais graves, onde a intubação translaríngea não é possível), pois permite acesso rápido e seguro às vias aéreas.
  • 4. Contra - Indicações Não deve ser feita de forma eletiva para acesso prolongado das vias aéreas  Não pode ser usada em <10 anos (pois, nas crianças, a cartilagem cricóidea é um dos poucos suportes anatômicos da porção alta da traquéia e há risco de lesão das cordas vocais).
  • 5. CRICOTIREOIDOSTOMIA Toda cricotireoidostomia deve ser convertida para uma traqueostomia dentro de 24- 72h. Uma complicação descrita, que é a estenose subglótica, pode ser evitada com a conversão precoce .
  • 6. Localização topográfica Palpa-se a proeminência laríngea na cartilagem tireóidea e desliza-se o dedo para a sua borda inferior, em direção à cartilagem cricóidea, ou seja, no sentido crânio-caudal.
  • 7. Localização topográfica Sente-se uma pequena depressão de consistência mais elástica, seguida de uma elevação de consistência óssea (cartilagem cricóide). Ao nível desta depressão é que se atinge a membrana cricotireóidea.
  • 8.
  • 9. Passo a Passo: Assepsia local Anestesia local (lidocaína) Identificar membrana cricotireóidea Fixar as cartilagens tireóide e cricóide através de uma discreta pressão digital do 2º e 3º dedos sobre elas Fazer incisão de 2-3cm da pele e tecido subcutâneo
  • 10. Passo a Passo Com uma pinça de Halsted (mosquito), disseca-se a delgada camada de músculo platisma até atingir a membrana cricotireóidea. Fazer incisão na membrana cricotireóidea transversalmente, de 2-3cm de extensão
  • 11. Passo a Passo Introduzir cânula de traqueostomia de tamanho adequado pelo orifício Conecta-se a válvula na cânula, infla-se o cuff e ventila-se o paciente observando os movimentos dinâmicos e ruídos respiratórios. Deve-se fixar o tubo para prevenir desposicionamento.
  • 12.
  • 13.
  • 14. Complicações Asfixia Aspiração (de sangue) Celulite Criação de falso trajeto nos tecidos Estenose de laringe Hematoma/hemorragia Laceração do esôfago e traquéia Enfisema mediastinal Paralisia das cordas vocais.
  • 15. CRICOTIREOIDOSTOMIA DE PUNÇÃO Método ainda mais fácil e simples de acesso das vias aéreas, do que a Cricotireoidostomia Cirúrgica. Consiste no acesso às vias aéreas, através da membrana cricotireóidea, através de punção desta membrana com uma extracat (jelco) de grosso calibre.
  • 16. Principal Indicação Politraumatismo com urgência de acesso das vias aéreas, onde métodos translaríngeos e a cricotireoidostomia cirúrgica são inviáveis (Ex: pode ser feita em <10 anos, onde a Cricotireoidostomia Cirúrgica é contra-indicada).
  • 17. Contra - Indicações Situações onde possa se optar por métodos mais adequados. A cricotireoidostomia por punção deve ser realizada em situações extremas, onde não seria possível realizar a cricotireoidostomia cirúrgica
  • 18. CRICOTIREOIDOSTOMIA DE PUNÇÃO A ventilação pode ser conseguida através de um alto fluxo de O2 [10 L/min), ou através de um reservatório caso disponível. Nos casos de suspeita de corpos estranhos em vias aéreas, a ventilação deve ser feita com um baixo fluxo de 02 [3,7].
  • 19. CRICOTIREOIDOSTOMIA DE PUNÇÃO Desvantagem: só se consegue uma oxigenação adequada por um espaço curto de tempo (mas que é suficiente até que outro método definitivo seja obtido).
  • 20. Passo a Passo: Prepara-se um tubo de oxigênio fazendo uma fenestração no final do tubo; o outro extremo deve ser conectado a uma fonte de O2, assegurando um fluxo livre. Monta-se um extracath (jelco) em uma seringa. Assepsia local Anestesia local (lidocaína) Identificar membrana cricotireóidea Fixar as cartilagens tireóide e cricóide através de uma discreta pressão digital do 2º e 3º dedos sobre elas
  • 21. Passo a Passo: Punção da pele na linha média com o extracath acoplado a seringa sobre a membrana cricotireóidea. Direciona-se a agulha 45o caudalmente, enquanto aplica-se pressão negativa na seringa. Cuidadosamente insere-se a agulha através da metade inferior da membrana cricotireóidea, aspirando na medida em que o extracath avançar. A aspiração de ar significa entrada na luz da traquéia.Inclinar (crânio- caudal) e introduzir o conjunto (agulha introdutora + cateter)
  • 22. Passo a Passo: Retira-se a seringa e a guia do extracath enquanto cautelosamente avança o cateter em posição descendente, com cuidado para não perfurar a parede posterior da traquéia.
  • 23. Passo a Passo: Acopla-se o tubo de O2 no cateter segurando-o no pescoço do paciente. A ventilação intermitente pode ser obtida ocluindo o buraco aberto no tubo de oxigênio com o polegar por 1 segundo e abrindo por 4 segundos. Após retirar o polegar do furo, a expiração passiva ocorre. Observar a expansibilidade e auscultar o tórax para ventilar adequadamente.
  • 24. Complicações Asfixia Aspiração Celulite Perfuração Esofágica Hematomas Perfuração da parede posterior da traquéia Enfisema subcutâneo e/ou mediastinal Perfuração da tireóide Ventilação inadequada do paciente levando a hipóxia e morte.
  • 25.
  • 26.
  • 27.
  • 28. BIBLIOGRAFIA MORI,Newton Djin.Cricotireoidostomia e Trauma.In.:Clínica Cirúrgica – Fundamentos Teóricos e práticos.Vol.1.Atheneu.2002.p.376-379. TORRES E SOUZA,Wilson;EULÁLIO, José Marcus Raso. Traqueostomia. In.:Cirurgia de Emergência com testes de auto avaliação.Ed.Atheneu. 1998. p.749-755.