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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA – AVALIAÇÃO 3
PARTICIPANTES DO TRABALHO: DOMSILOS DE A.,JOELTON G. DA COSTA
DATA:
Elabore um pequeno texto didático, para estudantes do ensino médio, abordando a
crise atual da Síria. O texto deverá ter no mínimo 2 folhas e no máximo 5, escrito na
fonte Arial 12, com espaçamento 1,5. No caso de utilizar figuras (mapas, fotos e
outros) estas não devem ser incluídas nas duas folhas mínimas recomendadas para o
trabalho.
O texto deverá abordar os seguintes pontos:
1- Localização da Síria em termos regionais, comentando a relação com
vizinhança;
2- Contextualização do início do conflito
3- Identificação do Estado islâmico e seu papel nos atuais conflitos do Oriente
Médio;
4- O papel da Rússia, Estados Unidos, Turquia, Irã e Arábia Saudita no contexto
do conflito sírio, apontando a quem estão combatendo e a quem estão
apoiando.
Cada item vale 2,5 pontos.
Para a elaboração do trabalho, você poderá utilizar algumas das referências abaixo
indicadas, os textos disponibilizados e / ou consultar outras referências que considere
conveniente.
Referências sugeridas para a pesquisa:
1- Jornal Folha de São Paulo, edição de 01/10/2015 no artigo: Saiba qual o papel
que EUA, Rússia, Turquia, Irã e Arábia Saudita desempenham no conflito sírio.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/asmais/2015/10/1688852-saiba-
qual-o-papel-que-eua-russia-turquia-ira-e-arabia-saudita-desempenham-no-
conflito-sirio.shtml
2- EUA, IRÃ E SÍRIA: possibilidades de reconfiguração geopolítica no
Oriente Médio
https://isape.wordpress.com/2014/01/03/eua-ira-e-siria-possibilidades-de-
reconfiguracao-geopolitica-no-oriente-medio/
3- Quatro divergências entre Obama e Putin sobre conflito na Síria. Disponível
em:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150928_diferencas_siria_mdb
4- Las Potencias Internacionales en la crisis síria. Disponível em:
http://www.rcci.net/globalizacion/2015/fg2185.htm
Atenção: Veja, também, os textos disponibilizados
Os conflitos entre Israel e Palestina nasceram em tempos remotos, pois
se enraízam nos ancestrais confrontos entre árabes e israelenses. Mas os
embates entre estes povos, que detêm a mesma origem étnica, recrudesceram
no final do século XIX, quando o povo judeu, cansado do exílio, passou a
expressar o desejo de retornar para sua antiga pátria, então habitada em
grande parte pelos palestinos, embora sob o domínio dos otomanos. O ideal
judaico de retorno á terra natal de seus antepassados é conhecido como
Sionismo, vigente desde 1897, estimulado pela Declaração de Balfour,
iniciativa britânica, que dá aos judeus aquilo que até então eles não tinham,
direitos políticos próprios de um povo. Neste momento, vários colonos judeus
começaram a marchar na direção da terra prometida.
Com a queda do Império Otomano, a Inglaterra transforma a região em
colônia britânica, instituindo um protetorado - apoio dado por uma nação a
outra menos poderosa - na região pleiteada tanto por palestinos quanto por
israelenses, o qual se estendeu de 1918 até 1939. Depois do início da segunda
guerra mundial, com a perseguição do nazismo aos judeus, os problemas se
agravaram, pois mais que nunca eles desejavam retornar à Palestina, há muito
tempo considerado como um território árabe.
O principal confronto entre palestinos e israelitas se dá em torno da
soberania e do poder sobre terras que envolvem complexas e antigas questões
históricas, religiosas e culturais. Tanto árabes quanto judeus reivindicam a
posse de territórios nos quais se encontram seus monumentos mais sagrados.
A ONU ofereceu aos dois lados a possibilidade de dividir a região entre
palestinos e israelenses; estes deteriam 55% da área, 60% composta pelo
deserto do Neguev. A Palestina resistiu e se recusou a aceitar a presença de
um povo não árabe neste território.
Com a saída dos ingleses das terras ocupadas, a situação se complicou,
pois os judeus anunciaram a criação do Estado de Israel. Egito, Jordânia,
Líbano , Síria e Iraque se mobilizaram e deflagraram intenso ataque contra os
israelenses, em busca de terras. Assim, o Egito conquista a Faixa de gaza,
enquanto a Jordânia obtém a área composta pela Cisjordânia e por Jerusalém
Oriental. Com a conseqüência desta disputa os palestinos são desprovidos de
qualquer espaço nesta região.
A OLP – Organização para Libertação da Palestina –, organização
política e armada, voltada para a luta pela criação de um Estado Palestino livre,
é criada em 1964. Logo depois, em 1967, os egípcios passam a impedir a
passagem de navios israelenses e começam a ameaçar as fronteiras de Israel
localizadas na península do Sinai, enquanto Jordânia e Síria posicionam seus
soldados igualmente nas regiões fronteiriças israelenses. Antes de ser atacado,
o povo israelita dá início à a guerra dos seis dias, da qual sai vitorioso,
conquistando partes da Faixa de Gaza, do Monte Sinai, das Colinas de Golã,
da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental. Em 1982, obedecendo a um acordo
com o Egito, assinado em 1979, os israelenses deixam o Sinai.
Em 1973, outra guerra se instaura entre Egito e Síria, à frente de outros países
árabes, e Israel, o Yom Kippur, assim denominada por ter se iniciado
justamente nas comemorações deste feriado, um dos mais importantes dos
judeus, com um ataque surpresa dos adversários. Este embate provoca no
Ocidente uma grande crise econômica, pois os árabes boicotam o envio de
petróleo para os países que apóiam Israel, mas apesar de tudo os israelenses
saem vitoriosos, com acordos estabelecidos em Camp David, território norte-
americano. O Egito é o primeiro povo árabe a assinar um tratado de paz com
Israel, sob os governos do egípcio Anuar Sadat e do primeiro ministro
israelense Menahen Begin. Em conseqüência deste ato, o país é expulso da
Liga Árabe.
Mas a paz não dura muito. Em 1982 Israel ataca o Líbano, com o
suposto objetivo de cessar as investidas terroristas que seriam empreendidas
pela OLP a partir de bases localizadas neste país. Cinco anos depois ocorre a
primeira intifada – sublevação popular assinalada pela utilização de armas
rudimentares, como paus e pedras, atirados contra os judeus; mas ela não se
resumia só a essas investidas, englobava também vários atentados sérios
contra os israelenses. Finalmente, em 1988, o Conselho Palestino rejeita a
Intifada e aceita a Partilha proposta pela ONU.
No ano de 1993, através do Acordo de Paz de Oslo, criou-se a
Autoridade Palestina, liderada pelo célebre Yasser Arafat. Os palestinos,
porém, continuaram descumprindo as cláusulas do tratado por eles firmado,
pois a questão principal, referente a Jerusalém, se mantém em aberto,
enquanto os israelenses, mesmo dispostos a abandonar várias partes dos
territórios ocupados em Gaza e na Cisjordânia, preservam neles alguns
assentamentos judaicos. Por outro lado, não cessam os atentados palestinos.
Uma nova Intifada é organizada a partir de 2000. Um ano depois Ariel
Sharon é elevado ao cargo de primeiro-ministro de Israel, invade novamente
terras palestinas e começa a edificar uma cerca na Cisjordânia para evitar
novos atentados de homens-bombas. Em 2004 morre Yasser Arafat,
substituído então por Mahmud Abbas, ao mesmo tempo em que israelenses
recuam e eliminam encraves judaicos nos territórios ocupados. O terror, porém,
continua a agir. Em 2006 ocorre um novo retrocesso com a ascensão do
Hamas, grupo de fundamentalistas que se recusa a aceitar o Estado de Israel,
ao Parlamento Palestino. Qualquer tentativa de negociação da paz se torna
inviável.
Desde o início dos protestos sociais em março de 2011, a Síria
atravessa um momento de grave tensão social. A maioria da população
corresponde aos sunitas, divisão do islamismo que abrange cerca de 90% dos
islâmicos do mundo. O presidente sírio Bashar al-Assad pertence à seita
islâmica alauita, uma vertente dos xiitas. Os alauitas podem ser considerados
como a elite econômica e política da Síria, possuindo também uma posição
privilegiada nas forças armadas. O governo sírio é apoiado pelo Irã, país de
maioria xiita e que é declaradamente opositor à dominação geopolítica do
ocidente na região. Recebe também grande influência do grupo xiita Hezbolah,
milícia islâmica que luta pela criação de um Estado palestino e que
recentemente assumiu o poder no vizinho Líbano.
Bashar al-Assad chegou à presidência no ano de 2000 após o falecimento de
seu pai, Hafez al-Assad, prometendo uma série de reformas que nunca foram
realizadas. O partido Ba’ath governa a Síria desde 1963 e pouco tempo depois
que chegou ao poder impôs censura à imprensa e decretou um Estado de
Emergência, que é quando o governo pode tomar medidas que contrariam os
direitos civis em nome dos ideais do Estado, efetuando prisões, impondo
toques de recolher, entre outras medidas.
Atualmente o país é governado por uma espécie de cartel formado por
governistas e empresários. Algumas reformas políticas foram realizadas nos
últimos anos, mas não foram suficientes para impedir as manifestações da
população civil que começaram na cidade de Deraa, ao sul, e que se
espalharam por todo o país. A violência aumentou muito, e os dados da ONU
indicam ao menos 10.000 mortes em 1 ano de conflito.
Ao final do mês de abril de 2011, o governo encerrou o Estado de Emergência
que vigorou no país por 38 anos, afirmando que as manifestações políticas
pacíficas seriam permitidas no país. Após a projeção internacional da crise, o
líder sírio tentou convencer a ONU que as ações contra os manifestantes não
eram intensas, diferente das informações que os rebeldes e os opositores em
exílio expuseram para a comunidade internacional. ONU e Liga Árabe
procuraram saídas diplomáticas e negociaram um cessar-fogo que
aparentemente não foi praticado. Os bombardeios contra os focos de
resistência rebelde ainda são constantes.
As deserções de soldados sírios começaram a ajudar os opositores, que
pretendem criar um conselho transitório de governo. Os principais alvos dos
rebeldes são os símbolos do poder do governo, como delegacias e tribunais.
As cidades de Aleppo (a mais populosa e importante) e a capital Damasco
concentram a maior parte dos confrontos. O número de refugiados já
ultrapassa a marca de 250 000 indivíduos, a sua maioria em direção à
Jordânia.
Os Estados Unidos parecem não querer interferir diretamente na questão Síria
por entenderem o momento inoportuno para encarar o Irã, que pode se sentir
ameaçado ao ver o ocidente interferindo nas políticas internas do seu aliado.
Além disso, a característica apresentada pelo governo norte-americano de
Barack Obama é evitar “novos Iraques”, isto é, guerras dispendiosas do ponto
de vista financeiro e humano. Há uma disposição por parte da ONU de tomar
medidas mais drásticas contra Bashar al-Assad, que são veementemente
refutadas por China e Rússia, países que possuem em seus territórios conflitos
separatistas e etnias que buscam autonomia. Várias sanções políticas e
econômicas já foram impostas, como o congelamento dos bens do Estado sírio
e a suspensão da comercialização do petróleo, principal produto exportado
pelo país. A saída de al-Assad é algo inevitável, mas pode ceifar milhares de
vidas até a sua consumação.
Estado Islâmico (EI): Grupo muçulmano extremista fundado em 2004
no Iraque, inicialmente como um braço da rede terrorista AL-Qaeda– com o
qual romperia posteriormente. Até recentemente, o grupo era conhecido como
Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL, ou ISIS na sigla em inglês).
Islâmicos sunitas, seus militantes consideram os xiitas, grupo predominante no
Iraque, como infiéis que merecem ser mortos e afirmam que os cristãos têm
que se converter ao Islã, pagar uma taxa religiosa ou enfrentar a pena de
morte.
Seu objetivo é criar um Estado muçulmano que inclua as zonas sunitas do
Iraque e da Síria. A violenta ofensiva do grupo tem apoio de sunitas
descontentes com o governo de Bashar Al-Assad na Síria e também com o
governo iraquiano xiita.
Sunitas e xiitas são duas correntes rivais do Islã e inimigos há séculos. O
Iraque já teve vários conflitos e atentados envolvendo extremistas desses dois
grupos.
Sunitas: É o nome dado aos adeptos da corrente majoritária do
islamismo. Constituem maioria em quase todos os países muçulmanos, menos
Irã e Iraque. O nome tem origem no fato de aderirem à "Suna", livro que conta
a vida de Maomé.
Originalmente, os sunitas teriam uma interpretação mais flexível dos textos
sagrados e adaptariam sua crença ao tempo em que vivem. Sua ação política e
religiosa é marcada pela conciliação e pragmatismo, com o diálogo entre povos
e religiões. Porém, os sunitas do Estado Islâmico são radicais e têm adotado
uma conduta violenta no conflito. Xiitas: A minoria xiita acredita que a adoção
de princípios rígidos na vida garantiria o retorno do último descendente direto
de Maomé para governar a humanidade.
A rivalidade entre sunitas e xiitas tem origem na disputa sucessória após a
morte de Maomé (632 d.C.). Os sunitas reconhecem somente a ascensão de
líderes religiosos escolhidos pela população islâmica.
Já os xiitas acreditam que somente descendentes do profeta Maomé podem
ser líderes legítimos do islamismo. O governo do Iraque é xiita, e a maioria da
população do país também.
Jihadistas: Os militantes do Estado Islâmico são chamados de
jihadistas, nome dado aos integrantes da jihad, termo traduzido no Ocidente
como “guerra santa”.
A palavra, originalmente, tem um significado mais espiritual, porém com o
tempo passou a ser usado para designar a ação de grupos que pegam em
armas com o objetivo de impor um estado islâmico ou para lutar contra aqueles
considerados inimigos do Islã.
Na Idade Média, quem liderava a jihad era o califa. No atual conflito no
Iraque, Abu BaKr Al-Bagdali , o misterioso líder do Estado Islâmico, foi
designado por seu grupo como o "califa de todos os muçulmanos", em 29 de
junho. Com sua ofensiva na fronteira entre Iraque e Síria, se tornou um dos
jihadistas mais influentes do mundo.
Yazidis: São uma minoria de língua curda e que segue uma religião pré-
islâmica. Injustamente chamados de "adoradores do diabo" por terem uma
crença diferente, vivem em pequenas comunidades isoladas no Iraque, na Síria
e na Turquia.
Com o avanço dos jihadistas na região de Sinkhar – reduto histórico desta
minoria – um grupo de yazidis se viu obrigado a fugir para as montanhas no
noroeste do Iraque, onde ficou isolado sem água nem comida. Segundo a
Unicef, 40 crianças Yazidis já morreram em ataques dos jihadistas do Estado
Islâmico.
Curdos: Os curdos são um povo original da região do Curdistão, que
inclui áreas da Turquia, Iraque, Irâ, Síria, Armênia e Azerbaijão.
Entre os dias 2 e 3 de agosto, o Estado Islâmico invadiu várias zonas sob
controle dos curdos nas proximidades de Mossul, cidade do norte do Iraque.
Os jihadistas também assumiram o controle de Sinjar, a 50 quilômetros da
fronteira com a Síria, expulsando quase 200.000.
Para retomar seus territórios, os peshmergas (como são chamados os
combatentes curdos) do Iraque, Síria e Turquia iniciaram uma ofensiva contra
os jihadistas do Estado Islâmico.
Os militantes do Estado Islâmico suspenderam o funcionamento de todos os
postos de controle em Raqqa, na Síria e cancelaram todas as iniciativas
públicas por causa da operação aérea russa, disse à Sputnik uma fonte em
Raqqa. A fonte disse que os jihadistas não esperavam que a aviação russa
agisse de forma tão decisiva
“Pensavam que os caças russos iriam agir como os aviões norte-americanos
que realizavam ataques localizados de pouca frequência à noite e depois
partiam. Mas a aviação russa faz outra coisa. Os caças realizam
bombardeamentos contínuos contra as posições do Estado Islâmico em Raqqa
e nos seus arredores”, disse.
A operação área russa contra o Estado Islâmico fez com que o comando
do grupo terrorista tomasse medidas urgentes. Segundo as informações
obtidas pela Sputnik de fonte cujo nome não se revela por motivos de
segurança, na capital não oficial do Estado Islâmico os bombardeios dos caças
russos provocaram o pânico entre os terroristas.
A fonte afirma que as ações da aviação russa são muito eficientes. A
ofensiva em massa paralisou completamente a ação do grupo terrorista. Antes
disso, no centro de Raqqa e nos arredores da cidade existiam postos de
controle do Estado Islâmico, mas dois dias atrás os jihadistas desmontaram-
nos. Os militantes do Estado Islâmico foram obrigados a tomar mais medidas
de precaução.
“Agora os militantes [do Estado Islâmico] não podem se deslocar sem
preocupação no centro da cidade com armas na mão. Têm de vestir-se de
burca e esconder as armas no seu interior para não serem descobertos”, disse
a fonte.
Também o comando do Estado Islâmico proibiu os seus combatentes de se
deslocarem em grandes grupos. Agora, quando precisam transportar armas
tentam fingir que transportam móveis ou mudam de casa. Segundo a fonte, as
restrições também abrangeram a vida religiosa dos militantes do Estado
Islâmico.
“Além disso, o Estado Islâmico proibiu realizar orações coletivas. Antes, os
membros do grupo terrorista realizavam orações todos juntos no centro da
cidade”, frisou a fonte.
A fonte comunicou que, como medidas de precaução, o Estado Islâmico
impediu de festejar casamentos e levar a cabo castigos públicos nas praças da
cidade. Antes, quando um dos habitantes cometia um roubo ou era apanhado
fumando ou cometendo qualquer outra ação considerada crime pelos
jihadistas, era levado à praça no centro da cidade onde se realizavam
julgamentos segundo a lei islâmica e era depois castigado publicamente. De
acordo com a fonte, agora tais ações não são realizadas por motivos de
segurança.
Os conflitos nesta região são muito intenso chegando a dizimar
diversas pessoas e até desabrigar diversas pessoas, como podemos
acompanhar os casos mais recentes enfrentado pela população da Síria,
onde boa parte da população para fugir da situação da guerra percorrem
fugas indesejáveis abandonando casas e em alguns casos até familiares,
para tentar uma nova vida em outro pais,que por sua vez tem fechado
fronteira para essas pessoas deixando essas famílias a sua própria
sorte,diante deste fato muitos não resistem a estas jornadas e acabam
morrendo por descaso de ajudas humanitárias internacionais, nesta
holística podemos dizer que instituição que poderiam estar apoiando
como ONU, UNICEF estão fechando os olhos para estes refugiados.
Localizada no Oriente Médio e banhada pelo Mar Mediterrâneo, a Síria faz
fronteiras com a Turquia (ao norte), Iraque (a leste), Jordânia (ao sul), Israel (a
sudoeste) e Líbano (a oeste). A maior parte do território nacional é coberta por
desertos.
Pesquisas arqueológicas afirmam que a ocupação da região, que atualmente
corresponde à Síria, ocorreu há mais de 5 mil anos. Esse fato proporcionou ao
país uma série de elementos históricos: sítios arqueológicos, ruínas romanas
na cidade de Palmyra; castelos medievais da época das Cruzadas;
construções islâmicas em Damasco.
Ao longo da história, o território da Síria foi dominado por impérios Persa,
Macedônico, Romano, Árabe e Turco-Otomano. A França, durante a primeira
metade do século XX, realizou o processo de colonização no país, que
conquistou a independência no dia 17 de abril de 1946.
A Síria é grande opositora da política israelense, sendo que as duas nações se
envolveram em um conflito armado, denominado Guerra dos Seis Dias, em
1967. Os Estados Unidos acusam a Síria de financiar grupos terroristas anti-
Israel, em especial o libanês Hezbollah e o palestino Hamas.
A economia nacional tem na exploração de petróleo e gás natural a principal
fonte de receitas. Outra atividade de fundamental importância é a agricultura,
na qual há o cultivo de azeitona, frutas, legumes, verduras e algodão. A
indústria, por sua vez, é pouco desenvolvida, e atua nos seguintes segmentos:
químico, petroquímico, couro, têxtil e alimentício.
Brasão de Armas da Síria
Dados da Síria:
Extensão territorial: 184.050 km².
Localização: Oriente Médio.
Capital: Damasco.
Clima: Mediterrâneo (litoral) e árido (interior).
Governo: República presidencialista (ditadura militar desde 1970).
Divisão administrativa: 14 distritos.
Idiomas: Árabe (oficial), curdo.
Religiões: Islamismo 92,1%, cristianismo 5,2% (ortodoxos 2,7%, outros 2,5%),
sem religião e ateísmo 2,7%.
População: 21.906.156 habitantes. (Homens: 11.056.330; Mulheres:
10.849.826).
Composição: Árabes sírios 90%, curdos 5,9%, circassianos, turcos e armênios
4,1%.
Densidade demográfica: 119 hab/km².
Taxa média anual de crescimento populacional: 3,2%.
População residente em área urbana: 54,5%.
População residente em área rural: 45,5%.
População subnutrida: menor que 5%.
Taxa de mortalidade infantil: 15 óbitos a cada mil nascidos vivos.
Esperança de vida ao nascer: 73,9 anos.
Analfabetismo: 17%.
Domicílios com acesso a água potável: 89%.
Domicílios com acesso a rede sanitária: 92%.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,589 (médio).
Moeda: Libra síria.
Produto Interno Bruto (PIB): 55,2 bilhões de dólares.
PIB per capita: 1.883 dólares.
Relações exteriores: Banco Mundial, FMI, ONU.
Referencias:
Fonte: http://www.brasilescola.com/geografia/conflito-na-siria-primavera-que-
nao-consegue-se-estabelecer.htm
http://tribunadainternet.com.br/ataques-russos-levam-panico-aos-terroristas-do-
estado-
islamico/http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150928_diferencas_s
iria_mdb
Sites:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conflito_israelo-palestino
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u105498.shtml
http://www.historiamais.com/israel_arabes.htm.

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Avaliação 3 asía - oriente médio (1)

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA – AVALIAÇÃO 3 PARTICIPANTES DO TRABALHO: DOMSILOS DE A.,JOELTON G. DA COSTA DATA: Elabore um pequeno texto didático, para estudantes do ensino médio, abordando a crise atual da Síria. O texto deverá ter no mínimo 2 folhas e no máximo 5, escrito na fonte Arial 12, com espaçamento 1,5. No caso de utilizar figuras (mapas, fotos e outros) estas não devem ser incluídas nas duas folhas mínimas recomendadas para o trabalho. O texto deverá abordar os seguintes pontos: 1- Localização da Síria em termos regionais, comentando a relação com vizinhança; 2- Contextualização do início do conflito 3- Identificação do Estado islâmico e seu papel nos atuais conflitos do Oriente Médio; 4- O papel da Rússia, Estados Unidos, Turquia, Irã e Arábia Saudita no contexto do conflito sírio, apontando a quem estão combatendo e a quem estão apoiando. Cada item vale 2,5 pontos. Para a elaboração do trabalho, você poderá utilizar algumas das referências abaixo indicadas, os textos disponibilizados e / ou consultar outras referências que considere conveniente. Referências sugeridas para a pesquisa: 1- Jornal Folha de São Paulo, edição de 01/10/2015 no artigo: Saiba qual o papel que EUA, Rússia, Turquia, Irã e Arábia Saudita desempenham no conflito sírio. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/asmais/2015/10/1688852-saiba- qual-o-papel-que-eua-russia-turquia-ira-e-arabia-saudita-desempenham-no- conflito-sirio.shtml 2- EUA, IRÃ E SÍRIA: possibilidades de reconfiguração geopolítica no Oriente Médio https://isape.wordpress.com/2014/01/03/eua-ira-e-siria-possibilidades-de- reconfiguracao-geopolitica-no-oriente-medio/ 3- Quatro divergências entre Obama e Putin sobre conflito na Síria. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150928_diferencas_siria_mdb 4- Las Potencias Internacionales en la crisis síria. Disponível em: http://www.rcci.net/globalizacion/2015/fg2185.htm Atenção: Veja, também, os textos disponibilizados
  • 2. Os conflitos entre Israel e Palestina nasceram em tempos remotos, pois se enraízam nos ancestrais confrontos entre árabes e israelenses. Mas os embates entre estes povos, que detêm a mesma origem étnica, recrudesceram no final do século XIX, quando o povo judeu, cansado do exílio, passou a expressar o desejo de retornar para sua antiga pátria, então habitada em grande parte pelos palestinos, embora sob o domínio dos otomanos. O ideal judaico de retorno á terra natal de seus antepassados é conhecido como Sionismo, vigente desde 1897, estimulado pela Declaração de Balfour, iniciativa britânica, que dá aos judeus aquilo que até então eles não tinham, direitos políticos próprios de um povo. Neste momento, vários colonos judeus começaram a marchar na direção da terra prometida. Com a queda do Império Otomano, a Inglaterra transforma a região em colônia britânica, instituindo um protetorado - apoio dado por uma nação a outra menos poderosa - na região pleiteada tanto por palestinos quanto por israelenses, o qual se estendeu de 1918 até 1939. Depois do início da segunda guerra mundial, com a perseguição do nazismo aos judeus, os problemas se agravaram, pois mais que nunca eles desejavam retornar à Palestina, há muito tempo considerado como um território árabe. O principal confronto entre palestinos e israelitas se dá em torno da soberania e do poder sobre terras que envolvem complexas e antigas questões históricas, religiosas e culturais. Tanto árabes quanto judeus reivindicam a posse de territórios nos quais se encontram seus monumentos mais sagrados. A ONU ofereceu aos dois lados a possibilidade de dividir a região entre palestinos e israelenses; estes deteriam 55% da área, 60% composta pelo deserto do Neguev. A Palestina resistiu e se recusou a aceitar a presença de um povo não árabe neste território. Com a saída dos ingleses das terras ocupadas, a situação se complicou, pois os judeus anunciaram a criação do Estado de Israel. Egito, Jordânia, Líbano , Síria e Iraque se mobilizaram e deflagraram intenso ataque contra os israelenses, em busca de terras. Assim, o Egito conquista a Faixa de gaza, enquanto a Jordânia obtém a área composta pela Cisjordânia e por Jerusalém
  • 3. Oriental. Com a conseqüência desta disputa os palestinos são desprovidos de qualquer espaço nesta região. A OLP – Organização para Libertação da Palestina –, organização política e armada, voltada para a luta pela criação de um Estado Palestino livre, é criada em 1964. Logo depois, em 1967, os egípcios passam a impedir a passagem de navios israelenses e começam a ameaçar as fronteiras de Israel localizadas na península do Sinai, enquanto Jordânia e Síria posicionam seus soldados igualmente nas regiões fronteiriças israelenses. Antes de ser atacado, o povo israelita dá início à a guerra dos seis dias, da qual sai vitorioso, conquistando partes da Faixa de Gaza, do Monte Sinai, das Colinas de Golã, da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental. Em 1982, obedecendo a um acordo com o Egito, assinado em 1979, os israelenses deixam o Sinai. Em 1973, outra guerra se instaura entre Egito e Síria, à frente de outros países árabes, e Israel, o Yom Kippur, assim denominada por ter se iniciado justamente nas comemorações deste feriado, um dos mais importantes dos judeus, com um ataque surpresa dos adversários. Este embate provoca no Ocidente uma grande crise econômica, pois os árabes boicotam o envio de petróleo para os países que apóiam Israel, mas apesar de tudo os israelenses saem vitoriosos, com acordos estabelecidos em Camp David, território norte- americano. O Egito é o primeiro povo árabe a assinar um tratado de paz com Israel, sob os governos do egípcio Anuar Sadat e do primeiro ministro israelense Menahen Begin. Em conseqüência deste ato, o país é expulso da Liga Árabe. Mas a paz não dura muito. Em 1982 Israel ataca o Líbano, com o suposto objetivo de cessar as investidas terroristas que seriam empreendidas pela OLP a partir de bases localizadas neste país. Cinco anos depois ocorre a primeira intifada – sublevação popular assinalada pela utilização de armas rudimentares, como paus e pedras, atirados contra os judeus; mas ela não se resumia só a essas investidas, englobava também vários atentados sérios contra os israelenses. Finalmente, em 1988, o Conselho Palestino rejeita a Intifada e aceita a Partilha proposta pela ONU.
  • 4. No ano de 1993, através do Acordo de Paz de Oslo, criou-se a Autoridade Palestina, liderada pelo célebre Yasser Arafat. Os palestinos, porém, continuaram descumprindo as cláusulas do tratado por eles firmado, pois a questão principal, referente a Jerusalém, se mantém em aberto, enquanto os israelenses, mesmo dispostos a abandonar várias partes dos territórios ocupados em Gaza e na Cisjordânia, preservam neles alguns assentamentos judaicos. Por outro lado, não cessam os atentados palestinos. Uma nova Intifada é organizada a partir de 2000. Um ano depois Ariel Sharon é elevado ao cargo de primeiro-ministro de Israel, invade novamente terras palestinas e começa a edificar uma cerca na Cisjordânia para evitar novos atentados de homens-bombas. Em 2004 morre Yasser Arafat, substituído então por Mahmud Abbas, ao mesmo tempo em que israelenses recuam e eliminam encraves judaicos nos territórios ocupados. O terror, porém, continua a agir. Em 2006 ocorre um novo retrocesso com a ascensão do Hamas, grupo de fundamentalistas que se recusa a aceitar o Estado de Israel, ao Parlamento Palestino. Qualquer tentativa de negociação da paz se torna inviável. Desde o início dos protestos sociais em março de 2011, a Síria atravessa um momento de grave tensão social. A maioria da população corresponde aos sunitas, divisão do islamismo que abrange cerca de 90% dos islâmicos do mundo. O presidente sírio Bashar al-Assad pertence à seita islâmica alauita, uma vertente dos xiitas. Os alauitas podem ser considerados como a elite econômica e política da Síria, possuindo também uma posição privilegiada nas forças armadas. O governo sírio é apoiado pelo Irã, país de maioria xiita e que é declaradamente opositor à dominação geopolítica do ocidente na região. Recebe também grande influência do grupo xiita Hezbolah, milícia islâmica que luta pela criação de um Estado palestino e que recentemente assumiu o poder no vizinho Líbano. Bashar al-Assad chegou à presidência no ano de 2000 após o falecimento de seu pai, Hafez al-Assad, prometendo uma série de reformas que nunca foram realizadas. O partido Ba’ath governa a Síria desde 1963 e pouco tempo depois que chegou ao poder impôs censura à imprensa e decretou um Estado de
  • 5. Emergência, que é quando o governo pode tomar medidas que contrariam os direitos civis em nome dos ideais do Estado, efetuando prisões, impondo toques de recolher, entre outras medidas. Atualmente o país é governado por uma espécie de cartel formado por governistas e empresários. Algumas reformas políticas foram realizadas nos últimos anos, mas não foram suficientes para impedir as manifestações da população civil que começaram na cidade de Deraa, ao sul, e que se espalharam por todo o país. A violência aumentou muito, e os dados da ONU indicam ao menos 10.000 mortes em 1 ano de conflito. Ao final do mês de abril de 2011, o governo encerrou o Estado de Emergência que vigorou no país por 38 anos, afirmando que as manifestações políticas pacíficas seriam permitidas no país. Após a projeção internacional da crise, o líder sírio tentou convencer a ONU que as ações contra os manifestantes não eram intensas, diferente das informações que os rebeldes e os opositores em exílio expuseram para a comunidade internacional. ONU e Liga Árabe procuraram saídas diplomáticas e negociaram um cessar-fogo que aparentemente não foi praticado. Os bombardeios contra os focos de resistência rebelde ainda são constantes. As deserções de soldados sírios começaram a ajudar os opositores, que pretendem criar um conselho transitório de governo. Os principais alvos dos rebeldes são os símbolos do poder do governo, como delegacias e tribunais. As cidades de Aleppo (a mais populosa e importante) e a capital Damasco concentram a maior parte dos confrontos. O número de refugiados já ultrapassa a marca de 250 000 indivíduos, a sua maioria em direção à Jordânia. Os Estados Unidos parecem não querer interferir diretamente na questão Síria por entenderem o momento inoportuno para encarar o Irã, que pode se sentir ameaçado ao ver o ocidente interferindo nas políticas internas do seu aliado. Além disso, a característica apresentada pelo governo norte-americano de Barack Obama é evitar “novos Iraques”, isto é, guerras dispendiosas do ponto de vista financeiro e humano. Há uma disposição por parte da ONU de tomar
  • 6. medidas mais drásticas contra Bashar al-Assad, que são veementemente refutadas por China e Rússia, países que possuem em seus territórios conflitos separatistas e etnias que buscam autonomia. Várias sanções políticas e econômicas já foram impostas, como o congelamento dos bens do Estado sírio e a suspensão da comercialização do petróleo, principal produto exportado pelo país. A saída de al-Assad é algo inevitável, mas pode ceifar milhares de vidas até a sua consumação. Estado Islâmico (EI): Grupo muçulmano extremista fundado em 2004 no Iraque, inicialmente como um braço da rede terrorista AL-Qaeda– com o qual romperia posteriormente. Até recentemente, o grupo era conhecido como Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL, ou ISIS na sigla em inglês). Islâmicos sunitas, seus militantes consideram os xiitas, grupo predominante no Iraque, como infiéis que merecem ser mortos e afirmam que os cristãos têm que se converter ao Islã, pagar uma taxa religiosa ou enfrentar a pena de morte. Seu objetivo é criar um Estado muçulmano que inclua as zonas sunitas do Iraque e da Síria. A violenta ofensiva do grupo tem apoio de sunitas descontentes com o governo de Bashar Al-Assad na Síria e também com o governo iraquiano xiita. Sunitas e xiitas são duas correntes rivais do Islã e inimigos há séculos. O Iraque já teve vários conflitos e atentados envolvendo extremistas desses dois grupos. Sunitas: É o nome dado aos adeptos da corrente majoritária do islamismo. Constituem maioria em quase todos os países muçulmanos, menos Irã e Iraque. O nome tem origem no fato de aderirem à "Suna", livro que conta a vida de Maomé. Originalmente, os sunitas teriam uma interpretação mais flexível dos textos sagrados e adaptariam sua crença ao tempo em que vivem. Sua ação política e religiosa é marcada pela conciliação e pragmatismo, com o diálogo entre povos e religiões. Porém, os sunitas do Estado Islâmico são radicais e têm adotado
  • 7. uma conduta violenta no conflito. Xiitas: A minoria xiita acredita que a adoção de princípios rígidos na vida garantiria o retorno do último descendente direto de Maomé para governar a humanidade. A rivalidade entre sunitas e xiitas tem origem na disputa sucessória após a morte de Maomé (632 d.C.). Os sunitas reconhecem somente a ascensão de líderes religiosos escolhidos pela população islâmica. Já os xiitas acreditam que somente descendentes do profeta Maomé podem ser líderes legítimos do islamismo. O governo do Iraque é xiita, e a maioria da população do país também. Jihadistas: Os militantes do Estado Islâmico são chamados de jihadistas, nome dado aos integrantes da jihad, termo traduzido no Ocidente como “guerra santa”. A palavra, originalmente, tem um significado mais espiritual, porém com o tempo passou a ser usado para designar a ação de grupos que pegam em armas com o objetivo de impor um estado islâmico ou para lutar contra aqueles considerados inimigos do Islã. Na Idade Média, quem liderava a jihad era o califa. No atual conflito no Iraque, Abu BaKr Al-Bagdali , o misterioso líder do Estado Islâmico, foi designado por seu grupo como o "califa de todos os muçulmanos", em 29 de junho. Com sua ofensiva na fronteira entre Iraque e Síria, se tornou um dos jihadistas mais influentes do mundo. Yazidis: São uma minoria de língua curda e que segue uma religião pré- islâmica. Injustamente chamados de "adoradores do diabo" por terem uma crença diferente, vivem em pequenas comunidades isoladas no Iraque, na Síria e na Turquia. Com o avanço dos jihadistas na região de Sinkhar – reduto histórico desta minoria – um grupo de yazidis se viu obrigado a fugir para as montanhas no noroeste do Iraque, onde ficou isolado sem água nem comida. Segundo a
  • 8. Unicef, 40 crianças Yazidis já morreram em ataques dos jihadistas do Estado Islâmico. Curdos: Os curdos são um povo original da região do Curdistão, que inclui áreas da Turquia, Iraque, Irâ, Síria, Armênia e Azerbaijão. Entre os dias 2 e 3 de agosto, o Estado Islâmico invadiu várias zonas sob controle dos curdos nas proximidades de Mossul, cidade do norte do Iraque. Os jihadistas também assumiram o controle de Sinjar, a 50 quilômetros da fronteira com a Síria, expulsando quase 200.000. Para retomar seus territórios, os peshmergas (como são chamados os combatentes curdos) do Iraque, Síria e Turquia iniciaram uma ofensiva contra os jihadistas do Estado Islâmico. Os militantes do Estado Islâmico suspenderam o funcionamento de todos os postos de controle em Raqqa, na Síria e cancelaram todas as iniciativas públicas por causa da operação aérea russa, disse à Sputnik uma fonte em Raqqa. A fonte disse que os jihadistas não esperavam que a aviação russa agisse de forma tão decisiva “Pensavam que os caças russos iriam agir como os aviões norte-americanos que realizavam ataques localizados de pouca frequência à noite e depois partiam. Mas a aviação russa faz outra coisa. Os caças realizam bombardeamentos contínuos contra as posições do Estado Islâmico em Raqqa e nos seus arredores”, disse. A operação área russa contra o Estado Islâmico fez com que o comando do grupo terrorista tomasse medidas urgentes. Segundo as informações obtidas pela Sputnik de fonte cujo nome não se revela por motivos de segurança, na capital não oficial do Estado Islâmico os bombardeios dos caças russos provocaram o pânico entre os terroristas. A fonte afirma que as ações da aviação russa são muito eficientes. A ofensiva em massa paralisou completamente a ação do grupo terrorista. Antes
  • 9. disso, no centro de Raqqa e nos arredores da cidade existiam postos de controle do Estado Islâmico, mas dois dias atrás os jihadistas desmontaram- nos. Os militantes do Estado Islâmico foram obrigados a tomar mais medidas de precaução. “Agora os militantes [do Estado Islâmico] não podem se deslocar sem preocupação no centro da cidade com armas na mão. Têm de vestir-se de burca e esconder as armas no seu interior para não serem descobertos”, disse a fonte. Também o comando do Estado Islâmico proibiu os seus combatentes de se deslocarem em grandes grupos. Agora, quando precisam transportar armas tentam fingir que transportam móveis ou mudam de casa. Segundo a fonte, as restrições também abrangeram a vida religiosa dos militantes do Estado Islâmico. “Além disso, o Estado Islâmico proibiu realizar orações coletivas. Antes, os membros do grupo terrorista realizavam orações todos juntos no centro da cidade”, frisou a fonte. A fonte comunicou que, como medidas de precaução, o Estado Islâmico impediu de festejar casamentos e levar a cabo castigos públicos nas praças da cidade. Antes, quando um dos habitantes cometia um roubo ou era apanhado fumando ou cometendo qualquer outra ação considerada crime pelos jihadistas, era levado à praça no centro da cidade onde se realizavam julgamentos segundo a lei islâmica e era depois castigado publicamente. De acordo com a fonte, agora tais ações não são realizadas por motivos de segurança. Os conflitos nesta região são muito intenso chegando a dizimar diversas pessoas e até desabrigar diversas pessoas, como podemos acompanhar os casos mais recentes enfrentado pela população da Síria, onde boa parte da população para fugir da situação da guerra percorrem fugas indesejáveis abandonando casas e em alguns casos até familiares, para tentar uma nova vida em outro pais,que por sua vez tem fechado
  • 10. fronteira para essas pessoas deixando essas famílias a sua própria sorte,diante deste fato muitos não resistem a estas jornadas e acabam morrendo por descaso de ajudas humanitárias internacionais, nesta holística podemos dizer que instituição que poderiam estar apoiando como ONU, UNICEF estão fechando os olhos para estes refugiados. Localizada no Oriente Médio e banhada pelo Mar Mediterrâneo, a Síria faz fronteiras com a Turquia (ao norte), Iraque (a leste), Jordânia (ao sul), Israel (a sudoeste) e Líbano (a oeste). A maior parte do território nacional é coberta por desertos. Pesquisas arqueológicas afirmam que a ocupação da região, que atualmente corresponde à Síria, ocorreu há mais de 5 mil anos. Esse fato proporcionou ao país uma série de elementos históricos: sítios arqueológicos, ruínas romanas na cidade de Palmyra; castelos medievais da época das Cruzadas; construções islâmicas em Damasco. Ao longo da história, o território da Síria foi dominado por impérios Persa, Macedônico, Romano, Árabe e Turco-Otomano. A França, durante a primeira metade do século XX, realizou o processo de colonização no país, que conquistou a independência no dia 17 de abril de 1946. A Síria é grande opositora da política israelense, sendo que as duas nações se envolveram em um conflito armado, denominado Guerra dos Seis Dias, em 1967. Os Estados Unidos acusam a Síria de financiar grupos terroristas anti- Israel, em especial o libanês Hezbollah e o palestino Hamas. A economia nacional tem na exploração de petróleo e gás natural a principal fonte de receitas. Outra atividade de fundamental importância é a agricultura, na qual há o cultivo de azeitona, frutas, legumes, verduras e algodão. A indústria, por sua vez, é pouco desenvolvida, e atua nos seguintes segmentos: químico, petroquímico, couro, têxtil e alimentício.
  • 11. Brasão de Armas da Síria Dados da Síria: Extensão territorial: 184.050 km². Localização: Oriente Médio. Capital: Damasco. Clima: Mediterrâneo (litoral) e árido (interior). Governo: República presidencialista (ditadura militar desde 1970). Divisão administrativa: 14 distritos. Idiomas: Árabe (oficial), curdo. Religiões: Islamismo 92,1%, cristianismo 5,2% (ortodoxos 2,7%, outros 2,5%), sem religião e ateísmo 2,7%. População: 21.906.156 habitantes. (Homens: 11.056.330; Mulheres: 10.849.826). Composição: Árabes sírios 90%, curdos 5,9%, circassianos, turcos e armênios 4,1%. Densidade demográfica: 119 hab/km².
  • 12. Taxa média anual de crescimento populacional: 3,2%. População residente em área urbana: 54,5%. População residente em área rural: 45,5%. População subnutrida: menor que 5%. Taxa de mortalidade infantil: 15 óbitos a cada mil nascidos vivos. Esperança de vida ao nascer: 73,9 anos. Analfabetismo: 17%. Domicílios com acesso a água potável: 89%. Domicílios com acesso a rede sanitária: 92%. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,589 (médio). Moeda: Libra síria. Produto Interno Bruto (PIB): 55,2 bilhões de dólares. PIB per capita: 1.883 dólares. Relações exteriores: Banco Mundial, FMI, ONU.