O documento discute a reabilitação com implantes dentários e a periimplantite. A reabilitação com implantes é vantajosa para pacientes edêntulos, porém eles ainda estão sujeitos a doenças como a periimplantite. A periimplantite causa inflamação e perda óssea ao redor dos implantes. O diagnóstico é feito através de exames clínicos e radiográficos. O tratamento objetiva descontaminar a superfície do implante e restaurar a perda óssea, pod
2. A reabilitação com implantes é um tratamento vantajoso para
pacientes com indicações para edêntulos parciais, múltiplos e
unitários (RAMALHO-FERREIRA et al., 2010). Porém, reestabelecer um
elemento dental com implante não significa que o paciente
não esta sujeito a doenças periodontais (SOBREIRA et al., 2011).
A periimplantite define-se pela perda óssea e lesão
inflamatória de tecido mole, acometendo tecidos que
circundam os implantes dentais osseointegrados (REZENDE et al., 2005).
INTRODUÇÃO
L.P.M.C.
3. INTRODUÇÃO
Os dois maiores fatores etiológicos da periimplantite são
infecção bacteriana e fatores biomecânicos (REZENDE et al., 2005).
Sucesso da reabilitação com implantes: plano de
tratamento, diagnóstico, prevenção e tratamento da doença
(CÉSAR, 2014).
Utilização do laser (MAROTTI et al., 2008).
Este estudo retifica os aspectos clínicos e radiográficos,
diagnóstico e tratamento a laser da periimplantite.
L.P.M.C.
4. Implantodontia
Diferenças e similaridades entre os tecidos periimplantares
e periodontais
Sucesso e insucesso da osseointegração
Periimplantite
Diagnóstico da periimplantite
Tratamento da periimplantite
REVISÃO DE LITERATURA
L.P.M.C.
5. IMPLANTODONTIA
As únicas opções para reabilitação do edentulismo eram
próteses totais e parciais (FAVERANI et al., 2011).
Através da busca de um substituto ideal para os dentes
ausentes, surgiu a implantodontia (BARBOSA, 2013).
A implantodontia permite resultados altamente satisfatórios,
restauração da função e estética perdida (BARBOSA, 2013).
L.P.M.C.
6. DIFERENÇAS E SIMILARIDADES ENTRE
OS TECIDOS PERIIMPLANTARES E
PERIODONTAIS
Apesar da alta previsibilidade da osseointegração dos
implantes, há relatos na literatura de fracassos dos implantes
associados a patologias de tecidos periimplantares, que se
assemelham a doença periodontal. Grande similaridade
clínica e histológica é notada entre os tecidos periodontais e
periimplantares (BARBOSA, 2013).
L.P.M.C.
7. DIFERENÇAS E SIMILARIDADES ENTRE
OS TECIDOS PERIIMPLANTARES E
PERIODONTAIS
Conexão (MISCH, 2006)
Composição (BARBOSA, 2013)
Inserção do epitélio (BARBOSA, 2013)
Selamento biológico(BARBOSA, 2013)
Fonte: COSTA, 2009 L.P.M.C.
8. DIFERENÇAS E SIMILARIDADES ENTRE
OS TECIDOS PERIIMPLANTARES E
PERIODONTAIS
Inserção conjuntiva
(MISCH, 2006)
Fonte: Consolaro et al., 2010
L.P.M.C.
9. DIFERENÇAS E SIMILARIDADES ENTRE
OS TECIDOS PERIIMPLANTARES E
PERIODONTAIS
Vascularização (NEVES, 2001) Profundidade de sondagem
(MISCH, 2006)
Fonte: TELLES, 2014 L.P.M.C.Fonte: TELLES, 2014
10. Osseointegração
Para que ocorra a osseointegração o implante deve
manter-se penetrado em osso por um período de 4 a 6
meses.
SUCESSO E INSUCESSO DA
OSSEOINTEGRAÇÃO
FAVERANI et al., 2011
L.P.M.C.
11. Critérios de Sucesso
Ausência de
sintomatologia e infecção
Ausência de desconforto
Estética favorecida
Controle do calor abaixo
de 43ºC com rotação de
até 2000 RPM e irrigação
Higienização adequada
Planejamento adequado
SUCESSO E INSUCESSO DA
OSSEOINTEGRAÇÃO
Critérios de Insucesso
Falhas biológicas
(qualidade do local a ser
implantado)
Falhas iatrogênicas
(dependentes do
profissional)
Grau inadequado de
higiene bucal
FAVERANI et al., 2011
L.P.M.C.
13. PERIIMPLANTITE
Como a periodontite crônica, a periimplantite é uma destruição
tecidual que afeta tecidos ao redor do implante e perda do osso
de suporte (SANTOS, 2012).
Inflamação
Dor
Mobilidade do implante
Migração apical do epitélio juncional
Exposição da rosca do implante ao meio oral
Profundidade de sondagem aumentada associada a
supuração e/ou sangramento à sondagem
MAROTTI et al., 2008
L.P.M.C.
16. Defeitos em forma de cratera
Perda óssea com aparência simétrica
PERIIMPLANTITE
L.P.M.C.
Fonte: LINDHE, LANG & KARRING, 2010
17. DIAGNÓSTICO DA PERIIMPLANTITE
Fatores que devem ser avaliados para um bom diagnóstico:
Índice de placas
Bolsas periimplantares maiores que 3 mm
Sinais de inflamação
Perda óssea periimplantar (avaliação radiográfica,
mobilidade)
Existência de bolsas maiores que 5 mm
Problema localizado
Causa do problema MOMBELLI, 2002L.P.M.C.
18. TRATAMENTO DA PERIIMPLANTITE
Objetivo: Descontaminação da superfície do implante,
remoção de tecido de granulação e restauração da perda
óssea (POLO et al., 2011).
Nova modalidade de tratamento:
Laser
Laser de Alta Potência
Laser de Baixa Potência
Terapia Fotodinâmica (Photodynamic Therapy)
L.P.M.C.
19. LASER
AsGa
AsGaAl
HeNe
InGaAIP
Características: monocromaticidade, coerência e colimação
(MAROTTI et al., 2008).
Principais tipos de lasers usados na odontologia:
CO2
Nd:YAG
Er:YAG
Argônio
Diodos semicondutores
L.P.M.C.
20. LASER DE ALTA POTÊNCIA
Capacidade de coagulação, remoção de tecido e
descontaminação, pelo aumento de temperatura (MAROTTI et
al.,2008).
É utilizado para tratamento de mucosite e periimplantite, no
debridamento da superfície do implante e a remoção de
tecido de granulação (CONVISSAR, 2011).
L.P.M.C.
21. Função principal de biomodulação, modulação da
inflamação e analgesia, não sendo capazes de remover
tecido ou promover uma descontaminação e, não geram
aumento de temperatura durante a irradiação (MAROTTI et al., 2009).
É utilizado como auxiliar nos tratamentos convencionais:
como laser terapêutico ou na terapia fotodinâmica (SANTOS, 2012).
LASER DE BAIXA POTÊNCIA
L.P.M.C.
22. TERAPIA FOTODINÂMICA (PDT)
Associação de agente fotossensibilizador e uma fonte de
luz específica, que promove a morte de bactérias, fungos e
vírus. Promove uma redução bacteriana muito semelhante
ao laser de alta potência, com vantagem de não promover
aumento de temperatura (MAROTTI, et al., 2008).
L.P.M.C.
23. Esse trabalho propõe realizar uma analise de artigos
científicos publicados e livros sobre a periimplantite,
apresentando aspectos clínicos e radiográficos,
diagnóstico e tratamento a laser de baixa e alta potência
e terapia fotodinâmica da periimplantite.
PROPOSIÇÃO
L.P.M.C.
24. Ramalho-Ferreira et al. (2010), Barbosa (2013) e Faverani et al. (2011)
corroboram que o implante é vantajoso = função e a estética
de pacientes edêntulos parciais, múltiplos e unitários.
Nos dentes a estrutura de suporte é o ligamento periodontal
com inserção conjuntiva de 13 grupos de fibras colágenas. Já
no implante, sua estrutura de suporte é a osseointegração
com 2 grupos de fibras colágenas (MISCH, 2006; BARBOSA, 2013; FAVERANI et al.,
2011).
Há sucessos e insucessos na implantodontia = doenças
periodontais (SALLUM, FILHO & SALLUM, 2008; USBERTI, 2002; REZENDE et al., 2005).
DISCUSSÃO
L.P.M.C.
25. Periimplantite: dor, inflamação, hiperplasia gengival,
sangramento e/ou supuração à sondagem, bolsa infra óssea,
mobilidade do implante, perda óssea periimplantar (RAMALHO-
FERREIRA et al., 2010; CHEN & DARBY, 2003; FERREIRA, 2014).
Diagnóstico precoce: avaliação clínica e radiográfica após a
instalação do implante (POMPA, RIBEIRO & SOUSA, 2009; CHEN & DARBY, 2003; SALVI & NIKLAUS,
2004).
Tratamento da periimplantite: descontaminação da superfície
do implante, remoção de tecido de granulação e restauração
da perda óssea (POLO et al., 2011).
DISCUSSÃO
L.P.M.C.
26. Terapia a laser: nova modalidade de tratamento, tendo
vantagem significativa na odontologia (CONVISSAR, 2011; MAROTTI et al.,
2008).
Oliveira (2014) concluiu que a descontaminação através do
laser de diodo na superfície dos implantes teve efeitos
letais sobre cepas de bactérias gram negativas,
anaeróbicas, produtoras de pigmentos negros.
PDT = AsGaAl é o mais eficaz = altos índices de re-
osseointegração (POLO et al., 2011; MAROTTI et al., 2008; FERREIRA, 2014).
DISCUSSÃO
L.P.M.C.
27. Todos pacientes que são reabilitados com implante estão sujeitos a
periimplantite.
Diagnóstico: inflamação, infecção, sondagem, radiografias, cálculo,
edema, sangramento, coloração.
Tratamento da periimplantite: Desinfecção do implante, remoção do
tecido de granulação e nivelação do defeito ósseo ou restauração
da perda óssea. Podendo ser utilizado o laser de baixa potência
(laser terapêutico ou na PDT) e o de alta potência (remoção de
tecido e descontaminação). Porém, por ser uma opção de
tratamento nova, mais estudos são necessários para avaliar a
vantagem da terapia a laser no tratamento da periimplantite.
CONCLUSÃO
L.P.M.C.
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REFERÊNCIAS