O documento descreve as atividades realizadas por alunos portugueses durante uma semana na Lituânia no âmbito do projeto Comenius. Eles conheceram as famílias anfitriãs, visitaram a escola local e museu, e fizeram excursões a locais históricos como o Monte Alytus, o castelo de Trakai e uma quinta para aprender sobre a história do pão na Lituânia, enquanto conviviam com alunos de outros países.
1. Comenius.4
Liberdade .28
Galardão Ecoescolas .12
N.
55
gafanhotoEscola Secundária Gafanha Nazaré
JANEIRO
2012
Liberdade
A responsabilidade é a maior li-
berdade que podemos alcançar
A imaginação é a esperança de
ter liberdade, de sonhar
É escolhermos os caminhos da
vida, da bondade
Escolhermos o valor do amor e
a luz da liberdade
Beatriz Graça, Beatriz Casqueira, Diana
Ferreira, Diogo Margaça
“A liberdade é como
uma pena que transporta
a felicidade”
Diário da viagem à Lituânia
Poesia, História, Cultura Geral, Teatro, Cinema.
O prazer de saber.
página .16
SUPLEMENTO
LITERÁRIO
Isto é uma espécie de
2. Escola Secundária
da Gafanha da Nazarégafanhoto
Índice
3. Editorial
4. Comenius
6. Observação do céu noturno
7. Visita à UA
8. Ler +; Nota discordante
9. Ontem, hoje e amanhã
10. Eu sei escolher
13. Ecoescolas
14. Bioria
Ficha Técnica
Coordenação:
Fernanda Alegrete
Redacção:
Direcção Executiva
– Maria Eugénia Martins Pinheiro
Professores
Amélia Pinheiro, Ana Luísa Torres, Cristina
Vidal, Dulce Carlos, Eugénia Pinheiro, Graça
Martinho, Helena Silva, Isabel Sardo, Leonor
Mendonça, Luísa Costa, Luísa São Marcos, Luís
Ventura Pereira, Maria João Fonte, Paula Ribau,
Paula Rocha, Rosa Agostinho, Teresa Pacheco.
Alunos
Ana Amarante, Ana Carolina, Ana Luísa
Costa, Ana Rita Castro, Ana Rita Soares, Ana
Teixeira, André Brandão, André Silva, António,
Armando Marçal dos Santos, Beatriz Casqueira,
Beatriz Graça, Beatriz Nogueira, Bernardo,
Carlos Matos, Carolina, Carolina Rocha,
Carolina Machado, Carolina Ribau, Catarina
Graça, Catarina Santos, Cátia Simões, Daniel
Encarnação, Daniela Almeida, David Tavares,
David Roque, Diana Ferreira, Diogo Amaro,
Diogo Ferreira, Diogo Margaça, Diogo Teixeira,
Edna, Fábio Maia, Francisco Almeida, Helder
Reis, Inês Duarte, Inês Ferreira, Inês Oliveira,
Inês Vaz, Joana Calisto, João Pedro, João Pedro
Fernandes, João Pedro Santos, João Santos,
Karina Vicente, Manuel Pires Jorge, Maria
Diana, Maria João, Mariana Silva, Mariana
Vaz, Pedro Guedes, Pedro Martinho, Rafaela
Ferraz, Raquel Almeida, Salomé Margaça, Sara
Batista, Sara Gonçalves, Sérgio Gandarinho,
Silvério Pereira, Sofia Santos, SIlvelys, Vasco
Fernandes, e ainda os alunos do 7ºE, do 8ºA,
do 8ºB, do 8ºC e do 10ºF.
Recolha de material, redação e paginação
Fernanda Alegrete, Paula Justiça e Paulo Pebre
ESGN
Nãogostavaquelhechamassem
Nuno,porissolhechamávamos
Rafael,oseusegundonome,eé
essequenosficaránamemória,
assimcomoasuadoçura,a
suaboadisposição,assuas
brincadeiras,asuaesperança,as
suasexpectativasfaceàvida.Por
tudoisso,porotermosacolhido
bemeporeletãofacilmente
seterintegradonogrupo,
nuncapoderemosesquecê-lo.É
impossívelexpressarempalavras
oquesentimoseoquedenós
perdemosporjánãootermos
connosco.Àsvezesépreferível
calarmo-noseemsilêncio
recordartodososmomentos
bonsquevivemosjuntos.
Para ti Rafael...
O destino pregou-te uma das partidas mais
cruéis, a tua partida...
Não tiveste tempo para sonhar, amar, brincar,
viver na sua plenitude. E tu merecias tudo isso!
Não tivemos oportunidade para bem nos co-
nhecermos. O tempo passou num ápice, foi tudo
demasiado fugaz.
Guardo algumas imagens tuas...Tu a encheres
umbalão,numaaula,comosefosseacoisamais
natural do mundo. O teu tamborilar constante,
a tua desatenção... Perguntas se me irritavas?
Claro que sim... Claro que me aborreci contigo.
Mas vou guardar como imagem de eleição,
a aula em que pedi um voluntário para ler, e
tu, com um entusiasmo invulgar e um sorriso
magnífico, disseste: ”Deixe-me ler professora,
adoro ler...”
E leste!
Lesteopoemaeatualeiturafoisimplesmente
harmoniosa e sublime!
Da tua professora de Português
15. Erosão costeira
16. À descoberta de... ; Fábulas dos dias de hoje
18. Dia Mundial da luta contra a SIDA
20. Temas e problemas
24. O presépio de Júlia Ramalho
26. Os patos preferem a escola
27. Bienal de cerâmica
28. Liberdade
Suplemento literário
3. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
Aproxima-se um
momento marcante
da nossa vida
enquanto comunidade
educativa: tudo indica
que, em Janeiro,
entraremos pela
porta do novo bloco
administrativo e
desembrulharemos
parte do presente
que é a nova Escola
Secundária da
Gafanha da Nazaré.
Parte,porquesóficaconcluídaaprimeira
fase de obra: o bloco administrativo onde
podem encontrar os diferentes serviços
(direção, diretores de turma, secretaria,
CNO, CFAECIVOB, papelaria, reprografia),
uma enorme sala de convívio com bar e
refeitório, uma grandiosa biblioteca, sala
de professores, salas Tic e algumas salas
de aula.
Opavilhãogimnodesportivoficaráigual-
mente disponível, assim como um novo
equipamento: o ginásio/auditório.
Como se pode deduzir, o nosso período
natalíciovaiserumaazáfama:colocartudo
nobloconovoparaquevosrecebacondig-
namenteemJaneiro.Atéláteremosonosso
dia-a-dia condicionado por trabalhos de
instalaçãodeumaportariaprovisória,assim
comooutrostrabalhosdeinfraestruturase
colocação de mais monoblocos.
Asegundafasedaobraenglobaarequa-
lificação dos atuais blocos A, B e D, onde
seráconstruídaaquasetotalidadedassalas
de aula da futura ESGN, os laboratórios e
as oficinas específicas.
Na atual situação do país é uma res-
ponsabilidade muito grande para a nossa
comunidade poder usufruir deste tipo de
equipamento escolar – em primeiro lugar
exige-se-nosumaatitudederespeitoezelo
pelasinstalaçõesemobiliário(seráforneci-
domobiliárionovoparaosdiversossetores,
mas pode não estar todo já colocado em
Janeiro);umaatitudedecompreensãopara
o facto de se estar, ainda, em obras, o que
implica situações excecionais (como,
porexemplo,utilizaçãodeespaçosparafins
diferentesdaquelesparaoqueforamconce-
bidos);umaatitudedeaberturaàmudança;
mas exige, acima de tudo, que queiramos
serumaverdadeiracomunidadeeducativa,
que abracemos esta oportunidade.
Umanovaescolanãosãoparedeseedi-
fícios, mesas e cadeiras. O bem - estar é
fundamental,éclaro,econtribuiparaque
nossintamosmelhor.Umanovaescola,uma
nova ESGN, que se quer assumir como “ o
futuro começa aqui”, somos nós, as pes-
soas:alunosempenhadoseresponsáveis,
comprometidoscombonsresultados,que
sedistinguempelocomportamentocívico,
professoresedireçãocomprometidoscom
o sucesso educativo dos alunos e com um
bomclimadeescola,paisempenhadosna
educação e acompanhamento dos filhos,
pessoalnãodocentequeassumaaescola,
comunidadelocalqueapostenaeducação.
Felizmente, já temos muitos e bons exem-
plos do que acabei de enumerar.
Masestecaminho…estecaminhoéuma
construçãodiária,terámaisfasesdoquea
intervenção da Parque Escolar.
Este poema de Fernando Pessoa é, no
meu entender, uma excelente mensagem,
a este propósito:
PALCODAVIDA
Você pode ter defeitos, viver ansioso e
ficar irritado algumas vezes, mas não se
esqueçadequesuavidaéamaiorempresa
do mundo. E você pode evitar que ela vá
à falência.
Hámuitaspessoasqueprecisam,admi-
ram e torcem por você. Gostaria que você
sempre se lembrasse de que ser feliz não
é ter um céu sem tempestade, caminhos
sem acidentes, trabalhos sem fadigas, re-
lacionamentos sem desilusões.
Ser feliz é encontrar força no perdão,
esperançanasbatalhas,segurançanopalco
do medo, amor nos desencontros.
Serfeliznãoéapenasvalorizarosorriso,
masrefletirsobreatristeza.Nãoéapenas
comemorarosucesso,masaprenderlições
nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos
aplausos, mas encontrar alegria no ano-
nimato. Ser feliz é reconhecer que vale a
pena viver, apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos pro-
blemas e se tornar um autor da própria
história. É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis no
recôndito da sua alma.
Ser feliz é não ter medo dos próprios
sentimentos. É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “não”. É ter
segurançaparareceberumacrítica,mesmo
que injusta.
Ser feliz é deixar viver a criança livre,
alegreesimples,quemoradentrodecada
umdenós.Étermaturidadeparafalar“eu
errei”.Éterousadiaparadizer“meperdoe”.
Étersensibilidadeparaexpressar“eupre-
cisodevocê”.Étercapacidadededizer“eu
te amo”. É ter humildade da recetividade.
Desejo que a vida se torne um canteiro
de oportunidades para você ser feliz... E,
quando você errar o caminho, recomece,
pois assim você descobrirá que ser feliz
não é ter uma vida perfeita, mas usar as
lágrimas para irrigar a tolerância.
Usarasperdaspararefinarapaciência.
Usar as falhas para lapidar o prazer.
Usarosobstáculosparaabrirasjanelas
da inteligência.
Jamais desista de si mesmo.
Jamaisdesistadaspessoasquevocêama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida
é um espetáculo imperdível, ainda que se
apresentemdezenasdefatoresademons-
trarem o contrário.
Pedrasnocaminho?Guardotodas...Um
dia vou construir um castelo!
um gratificante Ano Novo,
Maria Eugénia Martins Pinheiro
Editorial.3
Cara comunidade
ESGN
4. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
4.Comenius
Em Alytus, depois
de uma pobre noite
de sono, fomos
apresentados às
famílias com as
quais íamos viver
durante uma semana.
Cada um foi para a
respetiva casa, onde
desfizemos as malas
e nos preparámos
para a apresentação
na escola. Aí, ficámos
a conhecer os outros
alunos da escola e
dos outros países.
Depois fizemos uma
visita guiada à escola
e ao museu escolar.
A impressão que nos
ficou da escola é que
é muito diferente da
nossa. Cada disciplina
tem uma sala própria
que se encontra
adornada de acordo
com a disciplina
em causa. Algo que
notámos foi que o
desporto predominante
era o basquetebol,
sendo que em cada 100
metros havia um campo
para jogarem. A língua,
ao contrário do que
nós achávamos, era
totalmente diferente
do Russo, mas tinha
bastantes semelhanças
com o Polaco.
1º DIA
Depois de conhecermos a escola e al-
gum vocabulário em Lituano, fizemos uma
excursão ao Monte Alytus, onde tivemos
a oportunidade de ver algumas estátuas
lá presentes e os dois rios da cidade que
se encontravam nesse ponto. De seguida,
fizemos uma visita ao melhor ferreiro da
Lituânia, Vytautasjarutis. Ao fim do dia,
voltámos para a escola e fizemos várias
atividades, nomeadamente danças tra-
dicionais.
2º DIA
Namanhãseguinte,tivemosumavisitaà
Câmara Municipal, com as boas vindas do
presidente. Mais tarde, formámos grupos
com alunos de diferentes nacionalidades
para descobrirmos mais sobre a cidade e
vários sítios interessantes. Depois desta
atividade,almoçámosnacantinadaescola.
Àtarde,apresentámosostrabalhosrealiza-
dossobreopasseioàvoltadacidadee,por
fim, fomos para o pavilhão da escola jogar
basquetebol e outros desportos.
3º DIA
No terceiro dia apanhámos o autocarro
até à região de Trakai. Lá tivemos uma
guia que nos mostrou alguns pontos inte-
ressantes na cidade e também o magnífico
castelo de Trakai. Tivemos algum tempo
livre para comprar “souvenirs” e logo de
seguida visitámos o palácio e o parque de
Uzutrakis.Odestinofinaldodiafoiavisita
à quinta de Galgedu, onde adquirimos
alguns conhecimentos sobre a história do
pão na Lituânia.
4º DIA
Já no outro dia, encontrámo-nos na es-
cola para irmos todos juntos até ao museu
de Etnografia, em Alytus. Vimos inúmeras
exposições e observámos como se faziam
velas em outros tempos, experimentando
tambémnóspróprios.Maistarde,cadapaís
apresentou uma música/dança tradicional
do seu país. Aprendemos também a cantar
uma música lituana.
Diário do Comenius
Anossaexperiência
naLituânia
5. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
Comenius.5
PROJETO MIA
Mobilidade Individual de Alunos
Integrada no Projeto Comenius, a nossa escola apresentou candidatura ao Pro-
jeto MIA (Mobiliddae Individual de Alunos) 2012-2013, patrocinado pela PROALV.
Este projeto, pioneiro em 2007-2008, possibilita a alunos do ensino secundário
frequentar uma escola num país parceiro do Projeto Comenius de que faz parte a
ESGN, e também receber em sua casa um aluno, por um período que poderá ir de
3 a 10 meses. A candidatura apresentada deverá envolver quatro alunos (dois da
nossa escola e dois do Istituto Tecnico Commerciale e per Geometri Enrico Fermi
em Pontedera, Itália).
Este tipo de parcerias possibilita aos alunos uma experiência diferente, uma vez
que lhes permite a aprendizagem de uma lingua estrangeira, o contacto com mé-
todos de ensino diferentes, lado a lado com a partilha da vida familiar de um aluno
do país de acolhimento. Projetos desta natureza permitem ainda aos participantes
uma melhor compreensão da dimensão europeia e da diversidade das culturas
de línguas europeias e ajuda-os a adquirir as capaciaddes necessárias para o seu
desenvolvimento pessoal.
A cooperação entre a escola de origem e a escola de acolhimento é fundamental
para o sucesso de projetos desta natureza. Resta-nos aguardar pelo resultado da
candidatura.
Prof. Helena Silva
Dário Margaça, 11ºA e David Roque 10ºA
Em geral, achamos que
foi uma experiência
única. As famílias que
nos acolheram foram
simpáticas e acima de
tudo preocupadas com
o nosso bem-estar. Os
nossos colegas, com
quem partilhamos
bons momentos, foram
espetaculares connosco,
amigas e brincalhonas.
As paisagens e
os monumentos
que visitámos são
fantásticos, incluindo
as catedrais. A comida
era diferente da nossa,
mas no entanto era
apetitosa.
Aconselhamos todos
a participarem neste
projeto, porque
realmente é uma
experiência espetacular,
que garante
proporcionar dos
melhores momentos
da nossa vida.
5º DIA
Dia seguinte: visitámos Kaunas, a se-
gunda maior cidade do país, e o dia foi
repletodesítiosfantásticos,comoomuseu
dos Diabos, que tem diabos de todos os
cantos do mundo, uma catedral das mais
impressionantes que já vimos na vida, e
um centro de fazer cruzes “Prienai Cross
– making centre”, uma tradição de grande
valornaLituânia,artepopularreconhecida
pela UNESCO.
6ºDIA
Noúltimodia,visitámosVilnius,acapital.
6. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
6.Atividades
Se eu pudesse ir a Gliese 581g, levava
alguns humanos para tentar formar vida
no planeta, já que condições não faltavam!
Primeiro, levava material para construir
habitações e indústrias, depois vinha bus-
car mais vinte homens e vinte mulheres
para habitarem o planeta. Quando viesse
buscar essas pessoas, levava plantas para
plantar em Gliese, e, assim, dentro de pou-
co tempo o planeta estava com humanos,
cheio de vegetação. Claro que levava tam-
bém alguns animais!
João Pedro, 7E
Observação do céu noturno
Este evento, organizado pelos professo-
res que lecionam Ciências Físico-Químicas
ao 7º ano, Carmo Constantino, Fernanda
Alegrete, Paula Beirão e Teresa Pacheco e
pelosub-coordenadordogrupodisciplinar,
António Rodrigues, decorreu na noite de
28 de Outubro, no recinto da ESGN, com
a presença do astrónomo amador, João
Pereira.
Durantetodaasemanaqueoantecedeu,
tememos que tivesse de ser cancelado, de-
vido às condições meteorológicas: a chuva
e o céu carregado de nuvens impedem a
boa visibilidade dos corpos celestes.
MasoUniversocrioucondiçõesparaque
essa 6ª feira amanhecesse com céu limpo,
semnuvensnemchuva,queseprolongaram
para a noite.
A ESGN encheu-se de vida e de vontade
deespreitarpelotelescópio,paraobservar
o planeta Júpiter e algumas das suas luas.
Pudemos ainda deliciar os olhos com
fotografias de vários corpos celestes, tira-
das pelo astrónomo João Pereira. Tivemos
assimumanoitecheiadeimagensúnicase
quedeoutromodonãoconseguiríamoster.
Sábado choveu de novo e voltou a estar
uma semana inteira de céu carregado, que
não permitia ver para além das nuvens.
Mas nós já tínhamos tido a nossa noite
mágica!
Se eu pudesse
ir a Gliese 581g
7. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
Atividades.7
Os alunos das turmas B, C e
D do 9º ano, participaram
na semana da Ciência e
Tecnologia da universidade
de Aveiro, que se realizou
do dia 21 ao dia 26 de
novembro. Os alunos do
9ºB, acompanhados pelos
professores de Ciências
Naturais e Ciências Físico-
Químicas, visitaram diversas
exposições interativas,
nomeadamente: ATLASCAR,
assistência ao condutor e
rumo à condução autónoma,
espetáculo da Física,
experiências de Química,
respirar e vozear, um olhar
sobre as células, volta
ao mundo em 10 árvores,
equilibrar o equilíbrio e a
química das coisas. No dia
25 de novembro as turmas C
e D tiveram a oportunidade
de assistiram também ao
Show da Física no auditório
da reitoria e um dos alunos
da turma D participou,
inclusivamente, no
espetáculo. Neste atividade
de palco demonstraram-se
de forma lúdica e divertida
diversas atividades
relacionadas com a ótica, a
termodinâmica, mecânica,
eletricidade e magnetismo.
Visita à semana
da ciência e tecnologia
da universidade de aveiro
8. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
8.Atividades
Decorreu no dia 15 de dezembro, no auditório do santuário de Schöenstatt, pelas vinte
horas, e organizado pelo Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Gafanha
da Nazaré, a primeira noite de poesia. Formandos, pessoal docente e não docente, revi-
sitaram alguns dos poetas mais representativos da poesia portuguesa, com momentos
de elevação, humor e música, que culminou num convívio salutar entre os participantes.
O centro agradece a todos os que estiveram presentes, e em particular aos que acei-
taram o desafio de dar voz a esta Nota Discordante.
Cristina Vidal
LER COMPENSA
SEMPRE!
“Senhora Professora…
foi uma sessão
tão interessante! É
impressionante o que
podemos fazer a partir
da leitura de uns textos!
Ainda bem que vim!”
Foi desta forma que, no passado dia 07
de dezembro, terminou mais uma sessão
Ler+ do nível básico, desta vez dedicada
ao tema da solidariedade.
“Os únicos bens duráveis, imutáveis e
sem preço, são o afeto e a solidariedade
que se sentem pelas pessoas queridas”.
Os adultos dos grupos 155, 157 e 158
participaram ativamente na leitura de dois
textospropostospelaequipatécnico-peda-
gógica do nível básico, nomeadamente um
de José Jorge Letria, Uma Ceia Inesperada,
que serviram de ponto de partida para
a realização de actividades práticas de
reconhecimento com o objetivo final de
validação de algumas competências por
parte dos adultos participantes.
Para não quebrar a tradição, a atividade
culminou com o tradicional chá das dez
(da noite!) acompanhado de um delicioso
Bolo Rei, permitindoumsaudávelconvívio
entre a equipa e os adultos!
Enquadradas na iniciativa Novas Opor-
tunidades a Ler+, estas sessões têm sido
uma aposta do centro que desde setembro
até dezembro já dinamizou seis momentos
dedicados à leitura para os níveis básico e
secundário, sempre do agrado dos adultos
convidados. Desta forma o centro cumpre
o seu papel indo ao encontro do grande
objetivo do Plano Nacional de Leitura,
que é a promoção de hábitos de leitura.
Portodosestesmotivosemaisalguns,
afinal … LER COMPENSA SEMPRE!
No dia 15 de dezembro, em vez de ficar no Facebook a conversar com os amigos de
sempre, fui com a minha mãe ao auditório do Santuário de Schoenstatt assistir à pri-
meira noite de poesia, organizada pelo Centro Novas Oportunidades da nossa escola.
Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, Miguel Torga, Alexandre O´Neill, José Régio,
foram alguns dos poetas portugueses que partilharam a noite connosco, através da voz
dos formandos, do pessoal docente e pessoal não docente.
E valeu mesmo a pena! Descobri novos amigos, cheios de emoção e loucura, alguns
até me fizeram rir…Afinal a poesia também é divertida!
Já com as almas aconchegadas, era preciso tratar do corpo! E nada que um delicioso
bolo - rei e outros bolinhos, acompanhados por chá quentinho, não pudessem fazer.
Nessa noite a nota foi mesmo discordante!
Mariana Vaz
NotaDiscordante…
NoitedePoesia
Descobrirapoesia
CNOCentro Novas Oportunidades da ESGN
9. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
Atividades.9
Todas as turmas EFA participaram na
atividade, que estava inserida nas pro-
postas de trabalho de CP – Cidadania e
Profissionalidade, CLC – Cultura Língua e
Comunicação,STC–Sociedade,Tecnologia
e Ciência e Língua Estrangeira - Inglês.
Cada turma tinha como objetivo a deco-
ração de uma mesa alusiva ao S. Martinho,
tendoporbasemateriaisreciclados/reutili-
zados. Para a sua concretização, as turmas
organizaram-se por grupos e elaboraram
pequenos enfeites que tivessem a ver com
o tema do projeto. A criatividade não fal-
tou a todos os alunos: construímos carros
e cartuchos para as castanhas, bonecos,
velas, porta-retratos com poemas alusivos
ao tema, toalhas de mesa feitas através de
papel de jornal, flores feitas com bases em
garrafas de plástico, entre muitos outros.
Nessa sexta-feira, antes de passarmos
à eleição das mesas e ao jantar, tivemos
uma palestra em que o tema foi “Processos
de valorização e tratamento de resíduos
nas medidas de segurança e preservação
ambiental”,palestraestadirigidapelaDra.
Ana Gomes da Universidade de Aveiro.
O jantar começou por volta das 21 horas,
e a ementa era composta por caldo verde,
bifana,broadeabóbora,papasdeabóbora,
leite-creme e, claro, as castanhas assadas,
que não podiam faltar neste dia festivo em
honra do São Martinho.
Comemos, convivemos e passámos um
bom momento em ambiente escolar.
No final da noite, procedemos à ava-
liação das mesas. O júri era constituído
por um representante de cada turma, um
funcionário, um representante da direção
daescolaepelapalestrante,Dr.ªAnaPaula
Gomes, do Departamento do Ambiente e
Ordenamento da Universidade de Aveiro.
A mesa vencedora foi a da turma D, e os
alunos foram premiados com um chocolate
e com a atribuição de um diploma.
Concluímos dizendo que esta atividade
integradora foi muito rica, na medida em
que contribuiu para sensibilizar os alunos
para os problemas ambientais e para a
necessidade de reciclar/reutilizar, com o
objetivo de proteger o planeta. Percebe-
mos, ainda, que, através da reutilização
de algum “lixo”, podem nascer projetos
bastante interessantes.
As formandas: Rafaela Ferraz e Ana Luísa Costa
Atividade Integradora
“Ontem,Hoje…eAmanhã?”
No âmbito da atividade integradora “Ontem, Hoje…e Amanhã?”,
realizou-se no dia 11 de novembro, na Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré, um concurso para eleger
a mesa mais criativa, feita através de materiais recicláveis,
tendo como tema o São Martinho.
Neste ano letivo
o nosso departamento
norteou o seu Plano
de Atividades com
um objetivo concreto:
reconhecer o esforço
de alunos que mais se
destaquem na vida da
Escola, oferecendo-lhes
uma viagem, em Junho.
Mas os sonhos não se concretizam sem
suportefinanceiro!Easverbasnecessárias
obrigam a um trabalho meticuloso e ao
longo de todo o ano. Sem medo, pusemos
“mãos à obra” e comemorámos o dia de S.
Martinho. Promovemos o convívio entre
todososelementosdaComunidadeEscolar
comumalmoçoondeossaboresdooutono
encheramasnossasmesas:ascastanhas,as
papasdeabóbora,asbroasdefrutossecos,
entre outros … Os nossos alunos do Curso
Profissional de Comércio asseguraram as
febras e os de Restauração iniciaram-se
no serviço de mesa.
E foi, de facto, um momento bonito! A
Escola ganhava a vida e a alegria de um
“Picnic”, que todos nós tão bem conhe-
cemos!
Também as manhãsdeterça-feirasetor-
narammaissaborosascomocheirinhodas
broas de abóbora, que chegavam por volta
das onze horas. Poucos professores conse-
guiram dar as aulas do 3.º bloco da manhã
sem que os alunos os interrogassem sobre
o cheirinho que estava na sala. E quantos
não partilharam essa “iguaria” com eles!
Mas falta ainda trabalhar bastante para
queestesonhotenhasucesso.Maisativida-
desagendadas,esperandoodepartamento
que todos aqueles que queiram colaborar
o façam, assumindo o projeto como seu.
Atodososquejáaderiram,onossomuito
obrigado.
Rosa Agostinho
10. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré10.Projetos
gafanhoto
Nunca é tarde demais
para aprender a comer
Como em tudo na vida, manter o equilí-
brio, o bom senso e valorizar cada detalhe,
são princípios de eficácia.
Há três princípios básicos de uma ali-
mentação saudável. Deve ser completa
- diariamente, devemos ingerir todos os
alimentos de cada grupo da roda alimentar
e beber bastante água. Deve ser equilibra-
da - importa ingerir maior quantidade dos
alimentos com maior representatividade
na roda dos alimentos e menor quantidade
daquelescommenorrepresentatividade,de
forma a garantir o equilíbrio alimentar. E
deveservariada-dentrodecadagrupoede
acordo com a estação do ano. Num adulto,
a alimentação deve fornecer os nutrientes
necessários para garantir que o sistema
imunitário continue a desempenhar com
eficácia o seu papel de barreira contra as
infeções, e em quantidade adequada, para
prevenir o risco de obesidade.
Proteínas, hidratos de carbono, fibras,
minerais, vitaminas, gorduras e açúcares
são necessários, porque cumprem funções
diferenciadas no organismo: uns fornecem
energia, outros intervêm na formação e
regeneração de tecidos, outros ainda na
regulação das funções fisiológicas.
Énestesprincípiosqueassentaachama-
da dieta mediterrânica, que continua a ser
entendidacomoabasedeumaalimentação
saudável.Aregradeouroéajustaroconsu-
mo em função dos benefícios nutricionais.
0 problema é que ainda há alimentos con-
sumidos em excesso e outros que escas-
seiam, na dieta dos portugueses. Exemplo
de um consumo deficitário são os vegetais,
apesar dos elevados teores de vitaminas
e sais minerais que fornecem, saciando e
prevenindo o envelhecimento. Tal como a
fruta - deveríamos comer em média cinco
porções de alimentos do grupo da fruta
e legumes por dia - fonte de vitaminas e
minerais e pouco calóricos. Os hidratos de
carbono abundam no pão, massa, arroz ou
batata,devendoconstituiraprincipalfonte
de energia, sendo de preferir às gorduras,
embora como regra geral devamos evitar
os excessos. Carne, peixe e ovos são as
maiores fontes de proteínas.
Para além do aporte proteico, o peixe
fornece ácidos gordos essenciais bené-
ficos para o cérebro e o coração, sendo
pouco calórico. As carnes de aves devem
ser privilegiadas face às carnes de porco
ou de vaca, por serem mais magras. Leite e
derivadoscontribuemparaasaúdedeossos
e dentes, devido ao seu elevado teor em
cálcio. Finalmente, a água - que participa
em todas as funções e é componente de
células e tecidos -, litro e meio a dois litros
por dia, é a quantidade indicada para um
adulto saudável.
Hábitos precoces
A alimentação das crianças não difere
assim tanto da dos adultos, mas dada a
fase acelerada de crescimento, as crianças
têm exigências nutricionais específicas.
A verdade é que o número de calorias
diárias varia em função da idade, do ritmo
de crescimento e do nível de atividade:
2200 kcal para crianças e adolescentes
do sexo feminino e 2800 kcal para ado-
lescentes do sexo masculino. Mais do que
o valor, é a qualidade dos alimentos que
permite alcançar a dose de energia diá-
ria. Neste plano, o exemplo dos adultos é
determinante, porque se os pais comerem
vegetais e frutas, moderarem doces, fritos
e salgados, a probabilidade de os filhos
seguirem o mesmo modelo é maior. Mas
se os pais recusam a sopa ou a salada,
tornar-se-ámaisdifícilosfilhosapreciarem
estes alimentos.
Asboasdecisõessobreofuturodosfilhos
passamtambémpelaalimentação.Oshábi-
tos que adquirirem na infância perdurarão
muito provavelmente durante toda a vida.
Adolescência é determinante
Na adolescência, a alimentação deve,
entre outros aspetos, contribuir para pro-
mover as capacidades mentais e as compe-
tências intelectuais. É também desde cedo
e durante a adolescência que se previnem
muitas das doenças da idade adulta, que
podem ser devidas a uma alimentação
desequilibrada: obesidade, diabetes, hi-
pertensão arterial e colesterol elevado.
Por isso, o adolescente deve incluir na
sua alimentação, em quantidades sempre
adequadas, alimentos ricos em proteínas
(a carne, o peixe, os ovos e o leite e deri-
vados), energéticos (massas, arroz, batata,
pão)ecomfunçãoreguladoraquecontribui
para o bem-estar e bom funcionamento do
organismo (frutas e legumes, fontes de
fibras, vitaminas e sais minerais).
No dia 17 de outubro , em comemoração do Dia Mundial
da Alimentação, foi lançada na escola a Campanha “Eu
sei escolher!”, cujo objetivo é promover e incentivar
o consumo de lanches saudáveis. Nesse sentido,
foram propostas várias combinações de menus, que
se encontram disponíveis no bar dos alunos da nossa
escola, a preços mais acessíveis.
Com esta iniciativa, a escola pretende que os seus alunos
adquiram hábitos alimentares mais saudáveis, uma vez
que é na escola que passam um elevado número de horas,
sendo portanto o local onde ingerem uma parte substan-
cial de alimentos. A qualidade e a quantidade de géneros
alimentícios, ingeridos em meio escolar, têm um impacto
enorme na saúde e bem-estar dos jovens, sendo o bufete
escolar um espaço de capital importância.
No âmbito do Projeto de Educação para a Saúde tem-se vin-
do a aferir a quantidade de massa gorda em todos os alunos
da escola e a encaminhar os casos mais problemáticos para
a Consulta de Nutrição do Centro de Saúde de Ílhavo.
Equipa do PES
11. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré Projetos.11
gafanhoto
Em síntese, e para todas
as faixas etárias:
— Preferir hidratos de carbono (pão, mas-
sa, arroz, batata, cereais) como fonte de
energia.
—Reforçaroconsumodeprodutoslácteos.
—Consumirproteínasdeformaequilibrada,
tendo o cuidado de limitar a ingestão de
gordura de origem animal.
—Aumentaraingestãodefrutaselegumes.
— Beber água em abundância.
— Evitar as bebidas gaseificadas e refri-
gerantes.
— Moderar o consumo de sal e de açúcar.
— Tomar sempre o pequeno-almoço.
— Repartir as refeições, evitando o jejum
prolongado,comendoporçõesmaispeque-
nas a cada refeição.
Alimentar o envelhecimento
Com a idade, as necessidades energé-
ticas diminuem, sobretudo se a atividade
física for limitada, mas o corpo continua
a precisar das mesmas quantidades de
proteínas, vitaminas e minerais, e maior
necessidadedefibra.Porissoéfundamen-
tal que os alimentos sejam ricos do ponto
de vista nutricional. Apesar de a maioria
dos idosos beneficiar com a diminuição
da ingestão de gorduras, estas não devem
ser descuradas, pois são importantes para
melhorarem o sabor dos alimentos. É de
salientar a importânciadealimentoscomo
os peixes e óleos vegetais, ricos em ácidos
gordosómega3eómega6,dereconhecida
utilidade, especialmente naqueles que
apresentem elevado risco cardiovascular.
Relativamente às fibras, visto que nos
idosos a obstipação e outros problemas
intestinais são frequentes, o consumo de
cereais, frutas e legumes, deve ser incen-
tivado, para favorecer o normal funciona-
mento dos intestinos.
0 “primeiro almoço”
0 pequeno-almoço é a refeição mais
importante do dia. Só que o ritmo acele-
rado do quotidiano leva-nos a torpedear
esta lógica. Será que essa desvalorização
é induzida pelo adjetivo “pequeno”? É
que deveria mesmo chamar-se “primeiro”,
pelo papel essencial no funcionamento do
organismo ao longo do dia: é a refeição
que permite recarregar baterias, elevar os
níveisdeenergia,depoisdashorasdesono.
Não assegurar o pequeno-almoço signi-
fica comprometer funções como a concen-
tração e a memória, tão importantes quer
em idade escolar, quer no desempenho
profissional. As crianças que “passam” a
primeira refeição do dia têm mais dificul-
dades em provas realizadas pela manhã.
E quando assim é, acabam por sentir fome
durante a manhã e, mais cedo ou mais tar-
de, são tentadas por alimentos altamente
calóricos, desestabilizando o peso.
A azáfama diária em que mergulhamos
logo de manhã é o argumento para muitas
pessoas não tomarem o pequeno-almoço
adequadamente. Grande parte nem come
nada, outros ficam-se por “qualquer coi-
sa”... Mas o pequeno-almoço é de extrema
importância e, sobretudo para os mais
jovens, tem uma influência determinante
no sucesso escolar.
Uma alimentação correta deve carate-
rizar-se por ser completa, equilibrada e
diversificada, mas nem sempre tal acon-
tece. As pessoas ainda retêm a imagem
da pirâmide alimentar, procurando incluir
as doses certas dos diversos nutrientes,
mas frequentemente esquecem o quão
importante é fazer refeições ao longo do
dia. Não basta diversificar e calibrar nu-
trientes.Háquesaberdistribui-losdurante
as 24 horas. Quando, a caminho da escola
ou do emprego, se come uma bolacha ou
um biscoito ou se bebe meio copo de leite
ou um simples café, perdemos a noção de
que já passaram oito ou mais horas desde
a última refeição ingerida... Ao deixarmos
o organismo sem aporte nutritivo durante
longas horas, o seu funcionamento, inevi-
tavelmente, ressente-se.
Afinal, basta reservar 10 minutos para
salvaguardar o nosso organismo ao acor-
dar. As pessoas não têm todas as mesmas
necessidadescalóricaseissotambémdeve
serrespeitadonopequeno-almoço.Aidade,
o sexo, o peso, o estilo de vida e o próprio
clima, são fatores que influenciam o tipo
dealimentosincluídosnopequeno-almoço,
que deve fornecer 20 a 25 por cento da
energia total obtida com a alimentação ao
longo do dia. Assim sendo, não importa se
há pessoas que ficam reconfortadas com
umcopodeleiteeumasandeseoutrasque
requerem algo mais substancial. Mas - é
claro - convém ter cautela com o açúcar,
a gordura e o sal, tal como nas restantes
refeições. As pessoas mais sedentárias
devem evitar pequenos-almoços muito
abundantes, que podem implicar uma
maior ingestão de gorduras, para além de
dificultarem a digestão. Um conselho que
seaplicatambémapessoasobesasoucom
tendência para a obesidade, a idosos e in-
divíduoscomproblemascardiovasculares.
4 mandamentos, para
começar bem o dia:
— Comer devagar, mastigando bem os
alimentos
— Ingerir alimentos variados, que for-
neçam proteínas e hidratos de carbono de
absorçãolentaecombaixoteordegorduras
— Comer sempre à mesma hora
—Tomararefeiçãonumambientecalmo,
sem pressas
A Primeira Refeição da Manhã é funda-
mental para que o dia corra bem. Há por
isso que valorizar (e muito) o pequeno-
almoço ...e tenha um dia feliz!
Retirado de Revista Saúde, nº181,
outubro 2011-12-07
12. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré12.Projetos
Com PET
No âmbito das atividades do projeto
Eco-Escolas foi construída na ESGN uma
árvore ecológica com garrafas PET.
Arecolhadasgarrafasfoifeitaprincipal-
mente pelos diretores de turma do ensino
básico, nas aulas de Formação Cívica, mas
o pessoal docente e não docente da escola
e a Câmara Municipal de Ílhavo também
contribuíramdepositandotodasasgarrafas
de água nos locais adequados.
Asturmasquemaisgarrafasrecolheram
foram: 7ºB, 7ºC e o 9ºC.
Durante as tardes de quarta feira al-
guns alunos destas turmas e também do
7ºE, participaram nas diversas fases de
construção da árvore, que envolveram a
construçãoderecipientesadequadospara
a recolha das garrafas na escola, corte de
garrafas e colocação das mesmas no local.
Os alunos do 8º ano do Curso de Educação
e Formação de Eletricidade colaboraram
na iluminação da árvore.
Ecos do eco
Felicitada pelo sucesso dos seus produ-
tos, a Eco-Decor agradece a todos quantos
participaram, ou de alguma forma con-
tribuíram para a entrega atempada das
encomendas de Natal.
Muito para além da meia hora suple-
mentar de laboração diária, já prevista, os
colaboradores da Eco-Decor orgulham-se
de trabalhar, arduamente, sempre que
as obrigações assim o exijam. Certos de
que é possível continuar a contar com a
disponibilidade de todos, não se receia a
deslocalizaçãodaempresa,nemestãopre-
vistos cortes nos salários, nem tão pouco
despedimentos de pessoal.
Na firme convicção de que, num futuro
próximo,aEco-Decorvenhaasercotadaem
Bolsa,écomalegriaqueatodosdesejamos
Festas Felizes e um Bom Ano de 2012,
com a eco-decor, a empresa do futuro!
departamento de informática, publicidade e
marketing
“ Reciclagem de papel”
No dia 4 de novembro as professoras Teresa Pacheco e Ade-
laide Pinheiro, do Eco Escolas, dinamizaram uma atividade com
os alunos do EFA (Educação e Formação de Adultos) para estes
aprenderem a reciclar papel e assim poderem fazer umas toalhas
paraaAtividadeIntegradoradoDiadeSãoMartinho.Estaatividade
teve como objetivos principais a sensibilização dos formandos
para a problemática do excesso de resíduos, nomeadamente do
papel e a divulgação da técnica da reciclagem do papel. Alguns
dos formandos participaram com entusiasmo e aprenderam a
reciclar materiais e assim contribuíram para a Sustentabilidade
do planeta Terra.
Estas bandeiras têm como principal objetivo reconhecer e pre-
miar o trabalho desenvolvido pelos estabelecimentos de ensino
na melhoria do seu desempenho ambiental. A ESGN contribuiu
para que Ílhavo seja, pelo 5º ano consecutivo, o 2º melhor mu-
nicípio do país e fez-se representar pela direção, professores,
encarregados de educação e por muitos alunos participantes
no projeto Eco Escolas.
Obrigada a todos os que contribuíram e apostaram no
projeto.
Galardão do Eco-Escolas
No dia 18 de novembro, no Centro
Cultural de Ílhavo, foram entregues
as Bandeiras Verdes do Eco Escolas
do município de Ílhavo.
13. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
Projetos.13
Há Rolhas que dão Folhas”
O Projeto Eco Escolas da ESGN ins-
creveu-se na campanha promovida pelo
CONTINENTE “Rolhas que dão folhas”.
Esta campanha tem em vista a sensibili-
zação das comunidades escolares, seus
familiares e amigos, para a reciclagem
de rolhas de cortiça e as vantagens da
reciclagem de rolhas de cortiça, pela qual
se pretende plantar árvores no âmbito do
Projeto “Floresta Comum”.
Uma vez inscrita na Campanha, o Eco
Escolas da ESGN ficou encarregue de reu-
nir o maior número de rolhas junto da
respetiva comunidade escolar.
a) Por cada saco de rolhas entregue,
o CONTINENTE entregará um vale, que
servirá como comprovativo da entrega
efetuada.
b) As escolas vencedoras serão aque-
las com maior número de vales reunidos,
proporcionalmente ao número de alunos.
Já foi entregue uma garrafa simbólica a
todososelementosdacomunidadeeduca-
tiva para recolher rolhas em casa e cada
diretor de turma terá um garrafão para
colocar as rolhas dos alunos da sua turma.
Esperamos que todos participem, para
assimpodermosreuniromáximoderolhas
na escola.
30 de Outubro
DiaMundialdaLuta
contraoCancrodaMama
No âmbito desta comemoração, foi dinamizado o placard
do bloco D com posters científicos alusivos à temática,
elaborados pelos alunos de Biologia e Geologia do 11º ano.
Equipa do PES
14. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
14.Litoral
Avanca (3km)
OPercursoteminícionaCasaMuseuEgas
Moniz - Quinta do Marinheiro, onde foram
instalados dois alpendres e seis conjuntos
de mesas com bancos nas margens do Rio
Gonde, permitindo assim aos visitantes
usufruir deste parque de merendas com
capacidadeparaalbergargruposcomcerca
de 50 elementos, interligando o patrimó-
nio cultural e natural do concelho. Foram
também instalados bancos, papeleiras e
suportes de painéis informativos. Este
percurso termina na ribeira do Mourão,
fazendo a ligação ao percurso das Ribeiras
de Pardilhó.
Ribeiras de Pardilhó (8km)
Nestepercursoforaminstaladossuportes
depainéisinformativosemtodasasribeiras
e os visitantes têm ao dispor na Ribeira
da Aldeia uma zona de paragem que foi
reforçadacomumalpendre,mesas,bancos
e papeleiras. Este percurso termina na Ri-
beira das Teixugueiras onde está instalada
umtorredeobservaçãocomumamagnífica
perspetiva sobre o espelho de água da Ria
de Aveiro, onde atualmente é possível ver
facilmente grupos de flamingos.
Ribeiras de Veiros (9km)
Com início na Ribeira Nova, este pa-
seio, vai-se afastando gradualmente da
Ria,permitindocontactarcomoutrotipode
habitatseaproveitaravistapanorâmicada
torredeobservaçãoinstaladanaRibeirada
Moitela. O percurso, com passagem pelas
ribeiras de Veiros, Moitela, Tralhinha e
Moita, termina no Esteiro de Estarreja. Só
foipossíveladefiniçãodestetroçoapósin-
tervençãorecentedaautarquianasmargens
do esteiro. Este percurso ficará ligado ao
PercursodoRioAntuãedessaformaatoda
a rede de percursos BIORIA já existentes.
40 km de percursos
A inauguração dos novos percursos
ocorrerá na Primavera (altura em que será
atualizada a informação nos painéis infor-
mativos), assinalando assim o arranque
de uma nova época. Os visitantes terão
ao dispor cerca de 40 km de percursos (20
kmatuais+20kmnovospercursos)pedes-
tres em zonas completamente distintas em
termos paisagísticos, bem como habitats
e biodiversidade associada.
BIORIA com novos
percursos naturais
Foram já instaladas as estruturas dos novos
percursos nas freguesias mais a norte do concelho
de Estarreja. Decorre assim a fase denominada
como BIORIA 3 e que abrange as freguesias
de Avanca, Pardilhó, Veiros e Beduído.
Reforço de estruturas
no Percurso de Salreu
No Percurso de Salreu, o primeiro trilho
natural do BioRia, foi colocada uma torre
de observação na zona de transição entre
arrozais e caniçal permitindo assim ter
um grande plano sobre estes dois habitats
vitais para o ecossistema local, com uma
elevada biodiversidade associada.
Também a zona de merendas, ao lado
do centro de interpretação ambiental, foi
reforçada com dois alpendres de forma a
poder dar resposta ao crescente número
de grupos que durante todo o ano visitam
a rede de percurso pedestres.
A rede de Percurso
Pedestres ficará
concluída no verão com
implementaçãodoPercurso
de Fermelã atravessando
o raro e genuíno habitat
“Bocage”.
http://www.bioria.com/
newstext.php?id=80
O Projeto BIORIA e a sua interligação às intervenções previstas no POLIS (Frente
Lagunar, Núcleos Piscatórios e Via Ecológica Ciclável) e à rede de percursos
intermunicipais do CICLORIA, permitirá uma efetiva e profunda requalificação
de toda a frente lagunar de Estarreja, recuperando e aprofundando a relação
do nosso território com a Ria de Aveiro. Cumpre-se assim o desígnio de “Virar o
Concelho para a Ria”.
15. oooooooooo.29Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
Sim, um suplemento é, segundo o Dicionário Houaiss de Sinónimos e
Antónimos,umcaderno,umapêndice,umcomplemento.Esteteráaousadia
desedizerliterário:porquedeleconstarãotextosproduzidosporelementos
da nossa comunidade escolar; porque através dele poderemos ficar
a saber um pouco mais sobre escritores e correntes literárias…
Assim, lançamos um desafio: escrevam, escrevam sempre;
preencham este espaço com textos, muitos textos – poesia;
prosa;diário;textosdeopinião;sobreoMundoeomundo;
sobre o aqui e o acolá; o próximo e o distante; o
passado e o futuro; o eu e o outro;…
Natureza
Natureza,
Não vivemos sem ti.
Contigo podemos ser livres,
Podemos sentir-te;
Podemos saber se estás feliz ou triste,
Podemos compreender se estás abandonada ou protegida.
Na Primavera e no Verão és feliz.
Aí tudo é belo.
O brilho do Sol,
A serenidade da água do mar, na vasta imensidão,
Os jardins verdejantes, bonitos, delicados,
As flores a perfumar…
Mas sentes-te triste e abandonada.
Por vezes, revoltas-te contra o que o Homem te faz.
No Outono já te começas a revelar:
As folhas das árvores que deixas cair,
As lágrimas que fazes soltar…
Por vezes, as grandes tempestades
Que levam o Homem a pensar…
Os Homens estão a tirar-te tudo aquilo que és,
Querem dominar ...
Não deixes que tal aconteça.
Tu és única, bela e imponente!
Carolina Maria Teixeira Ribau, 11ºC
Espelho
da alma
O poder do sorriso é grande e, saber
sorrir é algo de muito importante. Existe
o sorriso espontâneo, soltado de um
modo verdadeiro como uma planta
que não foi semeada, o sorriso discreto
e envergonhado vindo da terra dos
segredos ou o sorriso contagiante que
espalha magia e sedução. Sorrir não é
apenas um acto, é também um modo de
estar na vida. Um sorriso pode afastar
uma angústia, se for simpático, ou
aumentá-la se for sarcástico.
Um sorriso pode estimular um
trabalho, se for de aprovação, ou
desanimar quem trabalha se for hipócrita.
Pode criar uma amizade, se for sincero
e transparente, ou um afastamento se
for fingido. Pode também humilhar de
modo irreversível, se não for autêntico e
espontâneo. Um sorriso tem mil palavras
para contar e que ficam por dizer.
Mostrar um sorriso, é importante
para quem sorri e para quem o sorriso
é dirigido. Ao sorrir, mostramos a
afectividade, o carinho e a solidariedade
para com a pessoa. Para as mulheres,
o sorriso é mais frequente, utilizam-no
como arma de sedução espontânea.
Pelo contrário, o homem utiliza-o
racionalmente para delimitar o seu desejo
de dominação. Sorrir é sinal de vida, e não
há emoções que se despertem que não se
consigam esconder por trás de um sorriso.
Sorrir é algo inevitável. As pequenas
coisas da vida fazem-nos sorrir. Um cego
que nunca viu um sorriso, sorri. Um surdo
que nunca ouviu uma gargalhada pode
soltá-la. Todas as pessoas merecem sorrir,
e se sorrirem para a vida a vida sorrirá
para elas. Sorrir faz parte da qualidade
de vida de cada ser humano e é uma
forma de elevar-se a si mesmo, de manter
uma atitude positiva diante de cada
circunstância da vida, de se amar e se
valorizar.
Ao sorrirmos ao próximo estamos a
dar importância ao outro e a dizer que
o vemos e que ele é importante para
nós. Sorrir é descobrir a beleza da vida
e dar um mundo melhor a todos os que
nos rodeiam. Um sorriso certo na hora
certa pode ser tudo numa altura de
fraqueza para alguém. Um sorriso é algo
muito sério. É o solvente universal dos
problemas.
É por isso que um sorriso é um espelho
da alma. Reflecte o estado de espírito,
a emoção, a integração e a reacção a
pequenos gestos que trazem felicidade.
A felicidade só nos é devolvida quando
entregamos felicidade aos outros. Para
receber é preciso dar e, porque um sorriso
pode representar imensos sentimentos,
mais vale um sorriso triste do que a
tristeza de não saber sorrir. Sorri.
Salomé Margaça Carvalho, 12ºano
SUPLEMENTO
LITERÁRIO
Isto é uma espécie de
16. 30.oooooooooo Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
Eraumavezumaaldeiaondeexis-
tiammillagoas.Numadessas,estava
escondidoumtesouroquedavavidae
fortunaeternaaquemoencontrasse.
OReidaAldeiadasMilLagoas,“El-Rei
D.Corleone”,mandouosseusservos
procurarotesouronessaslagoas.Mas
apenasdois,esódois,regressaram;
contudo,semopretendido.
Maistarde,quandoopovosoubeque
oreisofriadeumagravedoençaeque
pagavaaquemencontrasseotesouro,
muitosforamaquelesqueseaventura-
ramairprocurá-lo,mas,paraalémdos
quemorreram,muitosdesistiram.Orei
pensavaquetudoestavaperdido,até
que,derepente,entra-lhepelocastelo
adentroumhomem,dequemtodosna
aldeiatroçavameporquemnãotinham
omínimorespeito.Ohomemtrazia
comeleotesouroqueiriasalvaroRei
D.Corleoneeaaldeia.Todosficaram
admiradoscomacoragemevalentia
daquelepequenohomeme,assim,
todaaaldeiaeopróprioReiganharam
respeitoporeleeaprenderamatratar
todosdamesmamaneira.
Joana Gomes — Gil Cardoso
— Nuno Martim — Sara Rocha
Haviaumsegredoinigualável,escondi-
donumvelhoepoderosolivroqueseen-
contravaenterradopertodasmuralhas
docastelodumReinoLongínquo.Nesse
mesmoreino,existiaumlagorepletode
sapos,quequeriamserimortais,mas
que,paraisso,precisavamdeconsul-
tarofamosolivro.Porém,haviaum
malvadodiaboqueprotegiaocastelo,
impedindoossaposderealizaremoseu
sonho.
Filipa Miranda — Luana Fernandes
— Maria Spínola — Raquel Cravo — Ricardo Oliveira
O Gato Bóris
Havia,hámuito,muitotempo,naaltura
dosreis,bruxasecavaleiros,umgato
chamadoBóris.Vivianumalindaaldeia
nomeiodasmontanhas,aldeiaonde
corriasempararumrioondeBóris,
todososdias,íapescarebrincarcoma
suanamoradaKitty.
Numabelatardedesol,BóriseKitty
combinaramirbrincarparaosítiohabi-
tual.Quandoláchegaram,deitaram-se
debaixodeumaárvoreacomerpeixe,
quetinhampescadonorio.Depoisde
teremrelaxado,decidiramirnadar
umbocadinho.Nabrincadeira,Bóris
empurrouKittyparaaáguaeestaficou
furiosacomele.Bóristentoudesculpar-
se,masKitty,tãoaborrecidaqueestava,
disse-lheparaelesecalareparanunca
maislhedirigirapalavra.Eleficoumui-
totristee,então,tomouumadecisão:ir
àflorestafalarcomavelhabruxaque
lávivia.Bóris,comoeramuitoveloz,
chegoulá“numabrirefechardeolhos”.
Eleexplicou-lheasituaçãoeabruxa
disse-lhe:
-Tensdeiraotopodacolina,ondeen-
contrarásumcavaleiroquetedaráuma
poçãomágica,quetevairesolvertodos
osteusproblemasamorosos.
OGatoBórisdemorouquaseumdiaair
buscarapoçãomágica,depoistomou-a
edeu-aàsuaamadaeentãoviveram
felizesparasemprejuntodosseus
filhinhos.
Miguel Vilarinho — Francisco Garrelhas
— Beatriz Monteiro — Levi Campos
Estes pequenos textos foram escritos a partir de
um jogo de cartas chamado «A Arca dos Contos» e
foram, posteriormente, alvo de pequenas drama-
tizações. A turma dividiu-se em grupos e cada um
tirou sete cartas de um baralho; a partir destas,
escreveram as histórias. Seguem-se três delas….
Oficina
Teatro
EFEMÉRIDES
Mary Blair
MaryBlair, responsável famosapelaanima-
ção de filmes como “Dumbo”, “A Dama e o
Vagabundo” e “Peter Pan”, nasceu a 21 de
outubro de 1911, em McAlester, Oklahoma.
Esta artista norte-americana introduziu a
arte moderna nos estúdios de Walt Disney
ao longo de 30 anos.
Comassuascoresimaginativas,MaryBlair
inspirou filmescomo“AlicenoPaísdasMa-
ravilhas”, “Cinderela” e parques da Dis-
neylândia. Deu vida a personagens criadas
porWaltDisney,quegostavamuitodotoque
“infantil” que a artista dava às suas obras.
Falecida em 1978, foi uma das primeiras
mulheresdistinguida comoDisneyLegend,
em1991.Também,atítulopóstumo,recebeu
oWinsorMcCay,prémiodaASIFA-Hollywood
em 1996.
Mark Twain
MarkTwain,escritornorte-americano,come-
moraria, este ano, o seu 176.º aniversário.
TomSawyereHuckleberryFinnsãoduasdas
suas mais célebres personagens.
A sequela “As aventuras de Huckleberry
Finn”,de1885,faztambémpartedasobras
mais famosas de Mark Twain, escritor refe-
rido por William Faulkner como “o pai da
literatura norte-americana”.
Conhecidopelassuasnarrativasdeviagense
aventuras,MarkTwain,cujonomeverdadeiro
é Samuel Langhorne Clemens, morreu a 21
de abril de 1910. Tal como era desejo do
autor, a sua autobiografia foi publicada no
anopassado,umséculodepoisdasuamorte.
SUPLEMENTO
LITERÁRIO
gafanhoto
17. oooooooooo.31Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
Ser poeta (10º F)
Ser poeta é
Construir, sonhar, viver
Ter alma, amar, sentir
É querer...
É ter vida, coragem, vontade.
Ser poeta é
Ser livre, realizar, gostar
Ter objetivos, tempo, fé
É chegar mais alto...
É recordar, criar, brincar.
Ser poeta é
Ter confiança, força, esperança
É pensar, imaginar, diversificar
É ser cuidadoso, feliz, leal
Ter tempo, sentimentos, saudade.
Ser poeta é
Lembrar... Recordar...
E ter medo de perder os que amamos!
Ser poeta (8º A)
Ser poeta é gritar, sonhar, rimar
Exprimir-se, é ser livre, amar.
Ser poeta é sentir, pensar, voar
Cantar, brincar, imaginar.
Ser poeta é ser humano, ter espírito
Ser especial, observador, realizador.
Ser poeta é ser feliz, apaixonado,
criativo
É ter emoção, afeto, saudade.
Ser poeta é ir mais longe
E tornar o mundo amigo!
Ser poeta (8º B)
Ser poeta é ser criador de um novo
mundo
E voar pelas palavras…
Ser poeta é dizer o que sentimos
Por amor às palavras…
Ser poeta é ser um anjo que cria
É ser um dragão que expele fogo.
Ser poeta é seguir o coração
E ter imaginação…
Ser poeta é ser uma fada com asas de
seda
E tornar possível o impossível…
Ser poeta é ter magia
E viver a sua história…
É sonhar acordado!
Ser poeta (8º C)
Rimar com os sentimentos
Ir mais além
Soltar tudo o que se tem em mente
Desprezar a monotonia
Ser provocado pela melodia das
palavras
Ser atrevido
Ser homenageado
Sentir paixão pela escrita
Ser imortal
Viver pelas palavras
Revelar algo novo
Criar, renovar, sonhar
Imaginar o impossível
Ultrapassar a margem
Ser livre
Morrer e ficar na memória…
Ser
Poeta
Numa aula de Língua Portuguesa, criámos um
espaço diferente: um momento de poesia.
Saboreia a vida! Vicia-te em poesia! Um Natal, com
salpicos de rosa e de magia!
As professoras, Amélia Pinheiro e Isabel Sardo.
D. Dinis
D. Dinis (1261-1325) era filho do rei D.
Afonso III, neto de D. Afonso X, rei de Leão
eCastela,etrinetodeD.AfonsoHenriques.
Subiu ao trono de Portugal em 1279. Co-
nhecido como rei lavrador, desenvolveu
a agricultura e ordenou a plantação do
Pinhal de Leiria.
Nodomíniocultural,cabe-lheaglóriade
ter fundado a Universidade que, sediada
em 1290 em Lisboa, foi transferida em
1308 para Coimbra; determinou, ainda,
que na língua vulgar portuguesa, e não
na latina, passassem a ser redigidos os
documentos judiciais.
Mas é como rei-poeta que D. Dinis nos
interessa particularmente: foi trovador,
um dos maiores da sua época e, segun-
do Natália Correia, o mais fecundo dos
trovadores portugueses, tendo chegado
até nós 138 cantigas por ele compostas.
Aindasegundoaquelaescritora,«pelonovo
alento que deu às letras hispânicas numa
época de decadência, pela importância
de sua própria obra poética, o nome de
D. Dinis deve ocupar lugar privilegiado na
literatura medieval portuguesa.
Cantares dos Trovadores Galego – Portugueses,
Natália Correia, Editorial Estampa, 1970
SUPLEMENTO
LITERÁRIO
gafanhoto
18. 32.oooooooooo Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
Durantepartedoprimeiroperíodo,osalunosdo7ºanoestudaram,nasaulasdeLíngua
Portuguesa, a obra O Cavaleiro da Dinamarca de Sophia de Mello Breyner Andresen.
Esta história conta a viagem de um cavaleiro dinamarquês à Terra Santa para passar o
Natal. De regresso à sua terra, ele visitou locais magníficos e conheceu pessoas muito
interessantes.
Nós (7º E) imaginámos as cartas que o cavaleiro e a sua família escreveram.
A Dinamarca vista de terra alheia
Não parece mais do que um grão de areia
A Dinamarca, como um dinamarquês a vê,
É tão grande que ninguém crê.
Piet Hein (poeta dinamarquês)
Dinamarca, 4 de maio de 1456
Querido,
Quando soube que estavas em Veneza,
fiquei mais descansada, pois não tinha
notícias tuas há muito tempo.
Decidi escrever-te esta carta para te
contaronossoNataleparasabercomo
é que estavas.
ONatalfoicomoocostume:grandeazá-
fama nos preparativos, o calor e a ale-
griadentrodecasa,umagrandeceia,as
grandescoroasdeazevinhopenduradas
nasportase,principalmente,asnossas
histórias, que continuaram a ser belas
e emocionantes. Ma s não foi a mesma
coisa sem ti…
Quandovoltas?Estamoscheiosdesau-
dades tuas e o tempo está a passar tão
devagar…
Por aqui está tudo bem, tirando o facto
de o nosso filho mais novo ter partido
umapernaeumbraço,poiscaiudeuma
árvore.
Temcuidadonorestodaviagem.Quere-
mos que voltes são e salvo, a tempo de
celebrares o Natal connosco, tal como
prometeste.
Fico a aguardar uma resposta.
Um beijo da tua esposa
Jeraldina
Ana Rita Castro
Antuérpia, 25 de julho de 1456
Querida família
Estou em Antuérpia, na casa de um sim-
páticonegociantee,graçasaDeus,deboa
saúde. Tenho muitas saudades vossas!
O meu coração anda apertadinho desde
que parti… Faço sempre esta pergunta a
mimmesmo:conseguireicumpriraminha
promessa?Esperoqueosmeninosestejam
bem e que nunca se esqueçam que o pai
osiráapoiarsempre.
Jápasseiportanto,nemimaginam!Avia-
gematéJerusalémfoicalmae,lá,visitei,
umporum,oslugaressantos.Nanoitede
Natal,rezeimuitonaquelagrutadeBelém.
AcaminhodeRavena,fomosasswaltados
porumaterríveltempestadeque,felizmen-
te,amainoupassadoscincodias.Ravena
é uma bela cidade, mas Veneza é irreal,
pareceumcontodefadas!Estivealojado
na casa de um mercador que me contou
umahistórialindíssima.EmFlorençaera
tudo mais sério e calmo, mas reinava a
sabedoria.NacasadobanqueiroAverardo,
contaram-mehistóriasinteressantíssimas!
TivepenadedeixarItália…
Aqui, em Antuérpia, é tudo diferente. O
negocianteflamengovivenumambiente
muitoacolhedor…Conheciumcapitãoque
mecontouassuasaventuras…
Depois conto-vos tudo. Tenho muitas
saudades.
Amo-vos muito
Hamer
Ana Carolina
Inesperadamente…
Olhei para ti,
Inesperadamente…
Olhaste para mim,
Inesperadamente…
Cruzámos olhares,
Cruzámos corações,
Trocámos amor,
Sem saber, sem querer, sem pensar…
Inesperadamente…
Foi sem saber que te olhei,
Sem querer que te beijei,
Sem pensar que te amei.
Um dia partiste,
Inesperadamente…
Já não cruzamos olhares,
Já não cruzamos corações
Já não trocamos amor.
Porque tu não percebeste,
Porque tu não acreditaste,
Porque tu não aguentaste,
Fiquei só,
Inesperadamente…
Sem ti,
Já não olho, já não sinto, já não vivo.
Foste sem mim,
Inesperadamente…
Mariana Ferreira Matos da Silva, 11ºC
DinamarcaSUPLEMENTO
LITERÁRIO
gafanhoto
19. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
Litoral.15
Recentemente o mar invadiu a costa a
sul de Aveiro. O mar destruiu o sistema
dunar entre a praia do Areão e a praia da
Vagueira, mais precisamente na praia do
Labrego, invadindo os terrenos interiores,
chegando mesmo a cortar a estrada muni-
cipal 591, situada junto ao Canal de Mira
e que liga as duas localidades.
Este fenómeno da erosão costeira não
é novidade na região, dado ser uma zona
de elevado risco geológico, com acentuado
recuo da linha de costa e diminuição dos
areais das praias. No ano 2000, já tinha
acontecidoomesmo.Numestudorealizado
peloprofessorLuísPereiraentreOutubrode
1998 e Dezembro de 2000, já se alertava
para as consequências deste fenómeno
na região.
De facto, com a construção de várias
barragens nos principais cursos de água
situados a norte da região, verificou-se
uma acentuada diminuição da quantidade
de sedimentos, que chegam ao mar e com
o aumento do molhe norte da barra de
Aveiro em cerca de 500 metros, em 1985,
observou-se que ano após ano a erosão
costeira se agrava de forma muito rápida e
emlargaescalaemtodasaspraiassituadas
a sul do porto de Aveiro. Logo a principal
causa, segundo vários especialistas, para
esta problemática, é a falta de sedimentos
quecirculamnascorrenteslitorais,ficando
retidas a norte nos molhes e esporões a
pouca areia que circula.
No final de Outubro de 2011, nas praias
da Vagueira, Areão e Mira, este fenómeno
tornou-se de tal modo acentuado e visível,
que as populações se alarmaram, com a
possibilidade de verem destruídas as suas
habitações,bemcomoassuasculturas,que
estão em terrenos interdunares.
NesteiníciodomêsdeNovembro,oINAG
(InstitutoNacionaldaÁgua)eMinistériodo
Ambiente,têmtentadoremediarosestragos
causados pelo mar, colocando sacos de
areia, junto às dunas (em Mira) ou recons-
truindoocordãodunarcomadeposiçãode
areias tirada de terrenos interiores. Esta
forma de atuar é como “colocar um penso
rápido numa fratura exposta” e, como tal,
inadequada e desajustada para o tipo de
costa da nossa região.
A Câmara de Vagos iniciou obras de re-
paração, por questões de segurança, na
estrada junto ao canal.
Será de dizer que esta operação de pou-
co vale, pois o mar continuará a erodir a
costa,jáqueaenergiadaondulaçãonãose
dissipará antes de chegar à praia e duna.
Além disso, ocorrerão as denominadas
marés vivas, em que se verifica erosão
mais acentuada.
Aerosãotambémépornormamaisacen-
tuadaemalturasdetempestade,emqueos
ventos são de Sul ou de sudoeste.
Em minha opinião, a solução para este
fenómenonãodevesersóareconstruçãodo
cordãodunar,masarealimentaçãoartificial
das praias com sedimentos retidos a norte
das barras dos rios principais.
Também penso que as autoridades res-
ponsáveisdeveriamolharmaisparadentro
domar,comoumasériahipótesedeminorar
os efeitos da erosão e, não somente, a re-
construçãodunar(daformaqueofazem,em
que os sedimentos ficam soltos, podendo
facilmente ser mobilizados).
Professor Luís ventura Pereira
Erosãocosteira
agrava-se
a sul do porto de Aveiro
20. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
16.Biblioteca
À descoberta de…
Álvaro Magalhães
A atividade “À descoberta de…” faz parte do Plano Anual
da Rede de Bibliotecas do concelho de Ílhavo, organismo
de que a Biblioteca da ESGN faz parte.
Esteano,oautorescolhidofoiÁlvaroMa-
galhães.Dandoinícioàsuacarreiraliterária
com a publicação de poesia, em 1980, con-
tinuou em 82 com o seu primeiro livro para
crianças, intitulado História com muitas
Letras. Desde então, construiu uma obra
singular e diversificada, que conta atual-
mente com mais de três dezenas de títulos,
integrandocontos,poesia,narrativasjuvenis
e textos dramáticos.
Comoobjetivodedaraconheceravidae
obra de Álvaro Magalhães, a Biblioteca tem
vindoadesenvolverumtrabalhocooperativo
com as docentes de Língua Portuguesa e
Oficina de Teatro do 8º ano, cujas turmas
se dedicam à descoberta do trabalho deste
autor. Paralelamente, foram adquiridas al-
gumasobrasdasuaautoriae“Trêshistórias
de amor” foi a escolhida para a 1ª fase do
concursoÍlhavoaLermais,quedecorrerána
nossa escola no próximo dia 11 de janeiro.
O cão e o galo
Era uma vez, num belo campo, um cão
que, todos os dias, roubava a comida de
um galo.
Tudo acontecia assim: quando o galo
começava a cantar, logo de manhãzinha, o
cão aproveitava para lhe roubar a comida.
Certo dia, o galo fartou-se do cão lhe
roubaracomidaedecidiupreparar-lheuma
armadilha: pegou na comida e colocou-a
ao pé da comida do touro.
Quando o galo começou a cantar, o cão,
como de costume, foi tentar roubar-lhe a
comida. Foi então que descobriu que ele
a tinha mudado de lugar.
Julgando-se muito esperto, o cão come-
çouaprocuraracomida,atéqueaviuaopé
da do touro. Mas não reparou que o touro
lá estava também. Começou a correr para
a ir roubar e disse baixinho:
- O galo acha-se muito esperto, mas eu
sou ainda mais esperto do que ele! Hi…
hi…hi!
Quandoiaparacomeçaracomer,otouro,
incomodado,pensandoqueaquelaera sua
comida, deu-lhe uma valente cornada e o
cão por terra caiu. Ao ver o cão naquele
estado, o galo riu-se até não poder mais.
Moral da história: “Quem ri por último,
ri melhor!”
João Pedro Santos
Amigos para sempre,
ou talvez não?
Era uma vez, no campo do tio Zé, um cão
e um galo fortalhaço. Eles eram amigos e
assim eram há já muito tempo. Porém, tal
não iria durar para sempre…
Certodia,ogaloeocãoestavamapescar
nolagomaisosoutrosanimais.Estavatudo
a correr bem, até o galo decidir pregar uma
partida ao cão. Então, chegou atrás dele,
encheu os pulmões de ar e berrou:
- Então, amigo?!
O cão apanhou tal susto que se atirou
para a água, cheio de medo.
Quando emergiu, os outros animais
riram-se dele e chamaram-lhe medricas.
O cão foi-se embora muito zangado.
Certo dia, o cão decidiu vingar-se do
galo. Então, pegou num ovo, chegou ao pé
do galo e, sorrateiramente, sem que ele se
apercebesse, pôs o ovo debaixo do galo.
Depois, disse:
- Oh compadre, o que é que tens debaixo
de ti?
O galo levantou-se de relance, muito
surpreendido, e todos os outros animais
se começaram a rir e a dizer:
- Olha, deu à luz um ovo!!!
O galo ficou tão vermelho de vergonha
que se transformou num tomate.
Quem ri por último…
Manuel Pires Jorge
Fábulas
dos dias
de hoje
No âmbito do estudo da
unidade “Narrativas da
literatura popular e tradi-
cional”, os alunos do 7º C
foram desafiados a criar
novas fábulas, tendo como
protagonistas um cão e
um galo. A história criada
deveria, ainda, dar voz ao
provérbio “Quem ri por
último, ri melhor!”
Dos vários trabalhos ap-
resentados destacaram-se
dois, que aqui se divulgam
à comunidade escolar:
21. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
Biblioteca.17
Escrevi a palavra nuvem
eumanuvemnasceu…
Deixoucairasúltimasgotasdechuva
queestavamamaisnasuaformação.
Ergueutodosospedaçosdealgodãodoce
eexerceuasuafunção:
tapouosolparaaliviarocalor
echoveuparaascriançasbrincaremàchuva.
Depoisdecorrermundointeiro,
foidescobriroutrosmundos!...
Maria Diana
Escrevi a palavra amor
eumcoraçãonasceu
nodesertodepapel.
Eraumcoração
comoéumcoração.
endireitouaalegria,
sacudiuamagia
eperfumouoar.
Voltouacabeça
àprocuradosol
edeixoucair
doispedaçosdeamorsobrealguém.
Depoiscresceu,
atéficarcomapontadamagia
foradanatureza…
RaquelAlmeida
Dedia
Quandoaluasevaieéchegadoosol,
amãeabrefechosepersianas
evaidestrancaroportãoquedáp’rarua.
Depoiseuacordo,masosmeussonhos
nãoacabamaquieeusaio
para riscarodiacomumfiodeimaginação,
paracavalgarmistériosatédenoite.
Ànoite,umasimplesbrisa
abreportasejanelas
enãoháchave,fechooutranca
quefecheaportalargadosmeussonhos.
Maria João e Carolina
De dia
Quando a lua se vai e é chegado o sol,
a mãe abre fechos e persianas
e vai destrancar o portão que dá p’ra rua.
Depois eu acordo, mas os meus sonhos
não acabam aqui e eu saio
para riscar o dia com um fio de imaginação,
para cavalgar mistérios até de noite.
À noite, uma simples brisa
abre portas e janelas
e não há chave, fecho ou tranca
que feche a porta larga dos meus sonhos.
Maria João e Carolina
Escrevi a palavra água
eumpeixenasceu
nooceanodepapel.
Eraumpeixe
comoéumpeixe.
Endireitouabarbatana,
sacudiuacauda
eagitouomar.
Voltouacabeça
àprocuradasuperfície
edeixoucairumaescama
sobreocoral.
Depoiscresceu,atéficar
comapontadabarbatana
foradanatureza…
Edna,AntónioeBernardo
Escreviapalavramar
eumagotanasceu
nodesertodepapel.
Eraumagota
comosãotodasasgotas:
transparente,pequenaebrilhante.
Depois,juntou-seaoutrasgotas
eformouummardepalavras
paratransmitirtodasasemoções…
Inês Oliveira
Escrevi a palavra mar
e uma gota nasceu
no deserto de papel.
Era uma gota
como são todas as gotas:
transparente, pequena e brilhante.
Depois, juntou-se a outras gotas
e formou um mar de palavras
para transmitir todas as emoções…
Inês Oliveira
Escrevi a palavra ave
eumagaivotanasceu
nodesertodepapel.
Eraumagaivota,
comoéumagaivota.
Endireitouasasas,
sacudiuaspenas
eembelezouoninho.
Voltouacabeça
àprocuradocéu
edeixoucairduaspenas
sobreotronco.
Depoiscresceu,
atéficarcomapontadobico
foradanatureza…
Daniela Almeida
Depois de algumas aulas dedicadas à
descoberta e estudo da obra de Álvaro
Magalhães, os alunos do 8º D deram asas
à sua imaginação e criaram alguns textos,
parafraseando os poemas Mistérios da
escrita e À noite.
Dopoema“Mistériosdaescrita”,saíramnovosmistérios…
Dopoema“Ànoite”,nasceu“Dedia…”
Porque o saber
ocupa lugar...
...a Biblioteca da nossa escola
enriqueceu o seu acervo com
mais algumas obras, de modo a
possibilitar um leque de escolhas
cada vez mais abrangente à
comunidade escolar.
De entre os novos títulos
adquiridosnosmesesdesetembro
e novembro, destacamos os
seguintes:
Novos autores portugueses
O bom Inverno – João Tordo
Histórias falsas – Gonçalo M.
Tavares
Breve história de amor – Tiago
Rebelo
O Filho de Mil Homens – Valter
Hugo Mãe
Escritores africanos
de expressão portuguesa
A feira dos assombrados – José
Eduardo Agualusa
A Montanha da Água Lilás –
Pepetela
O Testamento do Sr. Napumoceno
da Silva Araújo – Germano Almeida
Leitura recreativa
Coleção de livros de Ulysses Moore
O fantástico Sr. Raposo – Roald Dahl
O silêncio da água – José Saramago
Os Piratas; O Inventão – Manuel
António Pina
A trança de Inês; O vento Suão –
Rosa Lobato Faria
O livro dos Amantes; A História pelo
buraco da fechadura; Entre cães e
gatos – José Jorge Letria
Histórias para ler e chorar por mais
– Várias autoras
O que se leva desta vida – Alice
Vieira
O homem do turbante verde – Mário
de Carvalho
22. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
18.Prevenção
O Dia Mundial de Luta contra a SIDA celebra-se todos os anos a nível mundial, no dia
1 de dezembro. Tornou-se um dos dias internacionais para a saúde mais reconhecidos e
uma oportunidade chave para despertar consciências, comemorar os que têm passado
a mensagem adiante e celebrar vitórias, tais como mais acesso ao tratamento e aos
serviços de prevenção.
Na nossa escola esse dia também não passou despercebido. Os alunos da turma D do
9º ano, das turmas A, B,C e D do 10ºano e da turma C do 11ºano, inserido no projeto
de educação sexual de turma, elaboraram um conjunto de frases alusivas ao tema, que
afixaram no recinto escolar, entre os blocos A e B.
Estas frases pretendiam sensibilizar toda a comunidade escolar para os problemas
éticos, sociais, afetivos e biológicos relacionados com o tema, assim como promover
atitudes de prevenção, reforçando que o preservativo é a única forma de não correr
riscos numa relação sexual.
O Dia Mundial de Luta contra a SIDA dá-nos a todos a oportunidade de agir e de
garantir que os direitos humanos estão salvaguardados e que os objectivos mundiais
de prevenção, tratamento e cuidados são atingidos.
Equipa do PES
A palavra SIDA
significa Síndroma
da Imunodeficiência
Adquirida, que é uma
doença resultante da
infecção pelo VIH (Vírus
da Imunodeficiência
Humana). Este vírus
ataca e destrói as
defesas do corpo,
levando a pessoa à
morte. Actualmente,
com as diversas
terapias de combinação
potentes, as pessoas
infectadas vêem a sua
vida prolongada em
vários anos.
SIDA
DIAMUNDIALDELUTA
CONTRAASIDA2011
… uma pequena reflexão !
No dia - 1 de Dezembro - comemora-se o Dia Mundial da Luta contra a SIDA.
O último relatório da ONU Sida aponta que desde que surgiu a doença, morreram
cerca de 25 milhões de pessoas e 60 milhões foram infectadas com o vírus do HIV.
Este vírus existe e não infecta só os outros...
Esta provoca uma ausência de imunidades, que não tem cura, que mata! E há que a
respeitar...
A prevenção começa em casa, na escola, entre amigos...
23. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
Prevenção.19
“ Cordão Solidário…
Porque a SIDA existe! “
1O VIH e a SIDA são a mes-
ma coisa.
2 Pessoas com mais de 50
anos não ficam infetadas
com o VIH.
3 O Preservativo é a única
forma de me proteger das
infeçõessexualmentetrans-
missíveis.
4Setiversexocomumavir-
gem vou ficar curado.
5 Não vou infetar-me se
só não usar o preservativo
desta vez.
6Se retirar o pénis antes de
ejacular,nãoficoinfetado/a.
7 A Pílula protege do VIH.
8Uma grávida seropositiva
tem sempre filhos infecta-
dos.
9 Quem ficar infetado pelo
VIH vai falecer num curto
período de tempo.
10Em Portugal, posso ficar
infetadosereceberumado-
ação de sangue.
11O leite materno não con-
tém VIH.
12 Existe uma nova versão
dovírus,queétransmissível
pelo ar.
13 O líquido pré-ejaculató-
rio contém VIH.
Alguns Mitos
e Crenças
Podes ter um filho se tu ou o teu/a tua parceiro/a for
seropositivo/a?
—Se alguém que tem VIH decidir que quer ter um filho há opções disponíveis de forma
a permitir que consigam esse objectivo, sem infectar o seu/a sua parceiro/a e existem
etapas a seguir para assegurar que a criança não seja seropositiva.
Se tiveres VIH, morres em breve?
—Os tratamentos estão muito avançados e, embora não exista uma cura para o VIH,
não é uma sentença de morte. As pessoas com um diagnóstico de VIH, nos dias de
hoje, podem ter uma esperança de vida normal e viver uma vida saudável e produtiva.
Consegues dizer, ao olhar para uma pessoa, que é
seropositiva?
—Frequentemente, as pessoas que têm VIH não parecem doentes. De facto, na gene-
ralidade, não consegues dizer se alguém é seropositivo.
Podem passar-se meses até conseguires fazer um teste
de rastreio para saberes se estás infectado com o VIH?
—Um teste de rastreio ao VIH, que dê um resultado fiável, pode ser feito no espaço
de um mês, após exposição ao vírus.
Se fizeres um teste, arriscas-te a uma longa espera para
saberes o resultado?
—Hoje em dia, os resultados do teste ficam disponíveis rapidamente.
Conheço alguém seropositivo?
—Hoje em dia, há mais pessoas do que nunca a viver com o VIH, mas menos pessoas
reportam que conhecem alguém com VIH. As pessoas com VIH geralmente têm uma
aparência saudável e muitos não acham fácil contar a outras pessoas, por isso poderás
não te aperceber se alguém que conheces é seropositivo.
Não preciso de me preocupar com o VIH, porque já há
tratamentos disponíveis muito bons?
—Não existe cura para o VIH. Ainda que existam bons tratamentos, o que significa
que as pessoas podem viver mais tempo com o VIH, tal requer a toma de medicação
todos os dias. Podem ocorrer efeitos secundários. Há também sequelas a longo prazo
por ter de se viver com uma doença crónica e, infelizmente, ainda existe muito estigma
e discriminação.
Fonte: www.worldaidsday.org
Original em inglês
SOLUÇÕES:Verdadeiro:3,13
Falso:1,2,4,5,6,7,8,9,10,11,12.
TESTA O TEU
CONHECIMENTO
Verdadeiro
ou falso?
Nesta tabela, para as
seguintes afirmações,
deves escolher se são
verdadeiras ou falsas,
assinalando com uma cruz
(X) no espaço em branco
em frente
de cada item.
V F
V F
V F
V F
V F
V F
V F
V F
V F
V F
V F
V F
V F
24. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
20.Temas e problemas
A pena de morte
A pena de morte é um assunto sensível e não é fácil chegar a uma con-
clusão. Será correto tirar a vida a um indivíduo por cometer um crime? Ou
é incorreto? Eu acho que sim; é incorreto tirar a vida a um indivíduo por
cometer um crime. Porquê? Na minha opinião, não é suficiente. Ainda que
muitos considerem a pena de morte a pena máxima; eu acho que é pouco.
De certo modo, o criminoso sente-se aliviado por não ter de passar o resto
da vida na prisão. Logo, se queremos que o criminoso sofra pelos crimes
que cometeu, deve-lhe ser atribuída a pena de prisão perpétua, onde terá
todo o tempo do mundo para se debruçar sobre as suas ações.
Quem tira a vida de milhões merece sofrer, sem dúvida. Não podemos
simplesmente ignorar um crime que justifique a condenação à morte. Mas
para além disso, também merece a oportunidade de se redimir e educar. Não
estamos a provar nada se condenarmos o criminoso à morte.
Isto, claro, ignorando o facto de que é simplesmente errado tirar a vida de
um indivíduo. No fundo, é esse o primeiro ponto a ser considerado e aquele
a que devemos dar mais importância. Tudo o resto é secundário. Citando a
Declaração Universal dos Direitos Humanos, Artigo 3º, «Todo o indivíduo
tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.»
André Silva, Carolina, Fábio Maia, 10º C
Clonagem
É verdade que a clonagem é uma proposta tentadora. Poder assumir o
papel da natureza ou de Deus, criar vida de acordo com condições que nós
queremos é algo apelativo. Mas é inaceitável reduzir o conceito de vida a
um produto que, de certa forma, iria ser comercializado - já imaginou uma
fábrica de seres humanos? Como seriam esses seres psicologicamente (já
que sendo seres humanos, estariam protegidos pelos Direitos do Homem)?
O Homem, para além do corpo físico, não deveria também ter uma alma,
pensamentos, crenças, e as suas próprias características psicológicas? A
ideia de reduzirmos a nossa própria espécie a uma indústria é ridícula. Pior
ainda é o facto de numa sociedade que diz defender a igualdade de direitos,
uns Homens poderem criar e manipular outros.
Tudo bem que a clonagem seja usada para a criação de órgãos necessários
para transplante, desde que para se obter esses órgãos não se tenha de criar
um ser humano completo, mas não será correto usá-la para criarmos seres
perfeitos, ou melhor, monstros.
Nem é eticamente correto criar um homem que será depois usado como
“recurso natural” e, posteriormente morto.
Bruno Modesto, João Santos, José Leal, Soraia Calixto
Veganismo
Este tema tão polémico surge-nos numa altura em que a preocupação
ambiental e com a extinção de muitas espécies do reino animal corre todo
o mundo, ganhando cada vez mais importância.
Em ambos os casos existem argumentos válidos, que podem ser apre-
sentados em defesa de cada um, porém acreditamos que o futuro reserva
grandes evoluções no que diz respeito a esta matéria. Este tema pode ser
tratado de dois pontos de vista diferentes:
No caso da forma de pensar dos que estão contra o veganismo, será o
melhoramento da qualidade de vida humana, e no caso da forma de pensar
dos que se pposicionam a favor do veganismo, será respeitar e assegurar a
vida animal, que é tão significativa como a humana.
Na nossa opinião, estes dois pontos de vista, que aparentam ser tão
diferentes, podem unir-se, já que a qualidade de vida do ser humano passa
também pelo respeito pela natureza e pelo mundo à nossa volta.
Inês Vaz, Mariana Vaz, Vasco Fernandes, Catarina Graça
Temaseproblemas
25. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
Temas e problemas.21
Casamentos homossexuais
As relações e os casamentos entre homossexuais são temas polémicos.
Deveremos aceitá-las? Existem tantos argumentos contra como a favor,
sendo então impossível decidir se é algo errado ou não. Estas relações são,
porém, protegidas, pois os sentimentos sentidos por indivíduos do mesmo
sexo apenas dizem respeito aos próprios, não tendo o resto das pessoas
nenhuma consideração a fazer quanto a elas. Por outro lado, são motivo de
polémica, pois não são aceites pela maioria da sociedade.
Relativamente a este assunto, as pessoas são livres de ter a sua opinião,
desde que tenham argumentos válidos e suficientes para fundamentá-la.
Assim, não podemos tomar como certo ou errado o casamento homossexual,
pois pode ser tão aceite como o direito à liberdade de expressão, ou tão
proibido como a violência doméstica.
A vontade de impedir a legalização do casamento entre homossexuais
deriva, em grande medida, de uma tendência lamentável para tentar impor
aos outros o estilo de vida que consideramos melhor. Quanto muito, os
argumentos que visam banir este facto não merecem o apoio jurídico do
Estado, visto que a função do mesmo não é promover a moralidade popular
ou opinião, mas sim os direitos dos seus cidadãos.
Por fim, gostaríamos de terminar este assunto com a seguinte frase, que
sintetiza o espírito por detrás da defesa da legalização do casamento entre
homossexuais e da adoção por parte de homossexuais: “A única liberdade
que merece o nome, é a liberdade de procurar o nosso próprio bem à nossa
própria maneira, desde que não tentemos privar os outros do seu bem, ou
colocar obstáculos aos seus esforços para o alcançar. Cada qual é o justo
guardião da sua própria saúde, tanto física, como mental e espiritual. As
pessoas têm mais a ganhar em deixar que cada um viva como lhe parece
bem a si, do que forçando cada um a viver como parece bem aos outros.”
– Stuart Mill
Karina Vicente, Cátia simões , Ana Teixeira, Francisco Almeida
O Fast Food
O Fast Food pode ter os seus benefícios, mas também pode ter graves
consequências. A nível de custo e de rapidez, podemos dizer que é mais
favorável para quem tem um baixo ordenado e pouco tempo para almoçar,
por exemplo.
Mas existem outras opções de baixo custo mais saudáveis, pelas quais
podemos optar, como por exemplo uma sandes convencionais.
Quanto ao sabor, apesar de ser óptimo, vem na maior parte das vezes de
gorduras e sal, que são postos na comida.
Concluímos,então,queoFastFooftemjáváriospontosafavor,poisexistem
cada vez mais opções saudáveis contudo, as pessoas acabam muitas vezes
por optar pelas escolhas menos saudáveis. Mas se consumirmos apenas de
vez em quando, esperamos que não nos faça muito mal.
David Tavares, João Pedro Fernandes, Pedro Martinho, Pedro Guedes
Violência
A violência é um comportamento que causa dano a outra pessoa, quer
fisica quer psicologicamente, sexualmente ou até socioeconomicamente. A
violência infantil, a doméstica, a violência contra outros grupos raciais ou
étnicos, ou contra animais, são alguns exemplos de violência.
A violência pode levar ao homicídio ou ao suicídio da pessoa lesionada.
Algumas das restantes consequências são: trauma, hematomas, depressões,
impedimento do desenvolvimento físico ou psíquico, mau desempenho no
trabalho, mau relacionamento com as pessoas.
Não temos o direito de causar sofrimento a ninguém, levar a outra pessoa
à morte, ofender ou bater, tirar a infância às crianças e também não temos
o direito de excluir os outros, só por acharmos que eles são diferentes, por
serem de outra raça, cor, etnia ou país. Acima de tudo, não temos o direito
de praticar a violência, pois ninguém mudará por nós a praticarmos.
Inês Ferreira, Sofia Santos, Beatriz Nogueira
Temaseproblemas
26. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
22.Temas e problemas
ADOPÇÃO DE CRIANÇAS
POR HOMOSSEXUAIS
A adopção de crianças por casais homossexuais é possível e justa, pois
existem inúmeros casos de crianças órfãs que necessitam de uma família
que lhes dê carinho e conforto. Assim, apresentamos argumentos contra e
a favor deste tema:
Como por exemplo, dos argumentos a favor temos as crianças adoptadas
por homossexuais, que têm maior probabilidade de se tornarem homosse-
xuais, podemos contrariar afirmando que a maioria dos homossexuais foram
criados por casais heterossexuais;
— o crescimentodascriançasadoptadasporhomossexuaissemumafigura
feminina ou masculina, irá prejudicar o seu desenvolvimento, mas muitas
crianças são educadas sem um pai ou uma mãe devido a seu falecimento,
divórcio e não apresentam falhas ao nível do desenvolvimento;
— uma criança adoptada por homossexuais iria ser gozada pelas outras
crianças, o que constituiria uma experiência traumática para a mesma, mas
este argumento não é válido, visto que as crianças provocam-se frequente-
mente, por razões mesquinhas e lamentáveis;
— outro argumento contra a adopção por homossexuais é o facto de estes
não possuírem estabilidade para educarem uma criança, no entanto existem
inúmeros casais heterossexuais que criam crianças, mas que não possuem
maturidade e estabilidade para as criarem;
— as crianças criadas por casais homossexuais estão mais susceptíveis
a terem comportamentos obscenos, isto não pode ser considerado um bom
argumento, visto que o que determina este tipo de comportamentos é a
sociedade onde estão inseridas e a educação que os pais lhe oferecem;
— as crianças adoptadas por homossexuais correm mais risco de serem
vítimas de abuso sexual, mas há crianças que são vítimas do mesmo abuso
e são filhas de casais heterossexuais;
— as crianças adoptadas por homossexuais terão mais dificuldade na
adaptação social, por causa do estigma que sofrerão, por serem criadas por
homossexuais, mas este facto não se aplica apenas às crianças criadas por
homossexuais, aplica-se também às pessoas deficientes… por isso não se
torna um argumento válido;
— as crianças adoptadas por homossexuais sofrem atrasos no seu desen-
volvimento psicológico e cognitivo, mas as crianças adoptadas pelos casais
homossexuais são filhas de casais heterossexuais, ou seja, têm os genes dos
mesmos (que determinam o aspecto físico e psicológico);
— a adopção de crianças por casais homossexuais só vai em prejuízo do
menor, principalmente quanto ao aspecto patrimonial, mas uma criança
criada por homossexuais, quando bem-educada e bem tratada, não terá
quaisquer problemas em receber menos bens materiais do que uma criança
criada por heterossexuais - a adoção de crianças por casais homossexuais só
vem em prejuízo do menor, principalmente quanto ao aspecto patrimonial,
este argumento não se apresenta válido, uma vez que uma criança criada
por homossexuais quando bem-educada e bem tratada, não terá quaisquer
problemas em receber menos bens materiais do que uma criança criada
por heterossexuais;
— uma criança nunca deveria ser adotada por um casal homossexual,
e este argumento pode também ser considerado falacioso, uma vez que o
estatuto da criança e do adolescente, que regula a adoção de menores, não
faz restrição alguma que seja quanto à sexualidade dos candidatos. Por
fim, podemos acrescentar que tal como a mulher lutou para mostrar que
era tão capaz como o homem em todas as áreas de vida humana, também
os homossexuais acabarão pode demonstrar que a sua opção sexual não
os impede de viver da mesma forma que todos os outros seres humanos.
Diogo Teixeira, Sara Gonçalves, Sara Batista, Silvério Pereira
Temaseproblemas
27. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
Temas e problemas.23
A Degradação Ambiental
Adegradaçãoambientaléumgrandeproblemadevidoaatosprovenientes
do Homem, querendo melhorar a sua vida, não pensando que riscos é que
isso trará para a natureza e também para nós, ou seja, o Homem ao pensar
só em si torna- se “egocêntrico”.
Atos como: derrame de petróleo em alto mar, o uso de adubos e inseticidas
nas colheitas, a destruição de florestas para a construção de indústrias, o
uso de papel não reciclado, são atos que levam à destruição de espécies,
ao aumento de CO2 na atmosfera, e diminuição de O2.
Sãoestesatoseoutrosqueumasociedadedevetentarcombater,começando
pela simples reciclagem, o tratamento de águas residuais, a colocação de
filtros nas indústrias, a sensibilização dos mais jovens, o abate de menos
árvores, etc., contudo algumas destas soluções têm elevados custos, por
isso é necessário um esforço de toda a população.
Ana Maria Amarante, Beatriz Casqueira, Carlos Matos, Diogo Amaro
De que modo a publicidade
e a propaganda influenciam
a nossa vida?
Desde tempos remotos, tem-se usado a publicidade e a propaganda como
modo de vender produtos e influenciar o nosso quotidiano. É neste contexto
que apresentamos este artigo, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia.
Poderás ver como se relacionam e a maneira como afetam a nossa vida.
A publicidade é um meio utilizado com o propósito de levar o público a
adquirir um certo produto ou a utilizar um determinado serviço. Este método
é utilizado em todo o mundo e teve a sua origem nos finais do século XVIII.
A publicidade funciona tendo em conta três aspetos importantes: atenção,
memorização, persuasão e interesse.
A propaganda é utilizada por empresas ou instituições, de modo a expor
informação sobre a sua marca, que tem como fim influenciar a atitude no
público-alvo para uma causa.
A propaganda pode ser usada como uma forma de luta política, ou até
mesmocomcampanhasparaencorajaroscidadãosaexercerosseusdireitos,
ou com mensagens de incentivo às pessoas a denunciar crimes ou refletir
sobre os problemas atuais da Humanidade.
O Homem é facilmente influenciável e por isso, muitas vezes somos leva-
dos a adquirir produtos que não são essenciais (consumismo) ou a alterar
comportamentos.
Évistoqueapublicidadeeapropagandairãocontinuaraexistir,noentanto,
vão ter sempre em conta as exigências dos consumidores e do mercado.
A linguagem argumentativa é uma ferramenta da publicidade. Faz parte
do apelo emocional e tem o objetivo de provocar reflexão, propor ideias em
lugardeimporumaformadepensar.Poressascaracterísticas,costumacausar
empatia com a marca e provocar momentos de prazer nos consumidores.
«Já ninguém pode escapar à sugestão da publicidade.»
Papa Paulo VI
«O uso prudente da publicidade pode contribuir para o melhoramen-
to do nível de vida dos povos em vias de desenvolvimento. Mas pode
também causar-lhes grave prejuízo, se a publicidade e a pressão
comercial se torna de tal maneira irresponsável.»
Papa Paulo VI
Temaseproblemas
28. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré24.natal
numacasaemqueninguémligavaaospor-
menores da vida quotidiana, nem mesmo a
mãe,queacabaradecomprarunsóculosque
a deixavam ver tudo nitidamente, até o pó!
Aliás,quandoelachegouacasa,reparou
logo no presépio e perguntou-lhes quem é
o que o tinha limpo, pois até reluzia enfia-
do numa sala coberta de pó! Eles ficaram
pasmados a olhar para ela, nunca lhes ti-
nha perguntado nada semelhante, nunca
se preocupara com a limpeza ou o arrumo
dacasa,sempreostinhadeixadoàvontade
parateremoquartoondedormiamdepernas
parar o ar! É claro que sem os pais se inco-
modarem o que se fazia não tinha a mesma
piada, então decidiram entre si arrumar o
quarto à vez, tal como faziam com tudo o
resto, a comida, lavar a louça, pôr a roupa
namáquinaeasecar,esticá-labemnacorda
ainda molhada, para não terem de passar
a ferro depois de tantos cuidados. Nunca
tinhampercebidoporquequeéqueninguém
em casa se preocupava com essas tarefas
a não ser eles, por isso desde cedo que as
assumiram e que dividiram os encargos,
para nenhum deles ficar mais cansado com
a vida doméstica do que os outros.
Todos os anos, no Natal, tinham prendas
de outro mundo, que realmente caiam num
saco de natal pela chaminé da lareira da
sala, tal como devia acontecer em todas
as outras casas. Mas eles sabiam que o pai
Natal era uma invenção dos criadores da
coca-colaedoscentroscomerciais,quenão
ìasequeràsoutrascasasequemuitomenos
sependurarianumachaminéparaempurrar
o saco das prendas lá para dentro!
Na realidade, com eles acontecia isso,
não eram os pais, sempre aluados, que se
apercebiam do Natal e de que deveriam
comprar prendas para aqueles miúdos tão
atinadinhos,quenemsequerpareciamfilhos
deles! Sim, deviam sair aos avós, bisavós,
ou trisavós, ou talvez aquela tia afastada
do pai que depois de enlouquecer decidiu
que lhe competia a tarefa de limpar todo
o manicómio, o que ainda hoje continua
a fazer. Como o pai Natal sabia que estes
três irmãos eram realmente boas pessoas
e mereciam ser recompensados, todos os
anos lhes deixava como prendas o que eles
desejavam e ainda uma pequena surpresa,
que geralmente aparecia antes do Natal.
No ano anterior tinha sido uma ninhada
de gatinhos, que apareceram no primeiro
dia de férias no quintal, sem a mãe nem
ninguémqueasubstituísse,tendosidotodos
recolhidos e tratados quase como bebés
humanos. Ali andavam os três gatarrões
a roçar-se na árvore e a tentar derrubar as
bolas dos ramos mais baixos, tão lindos
que eles estavam, ninguém diria que eram
os mesmos ratinhos que no ano anterior
miavam desalmadamente no jardim!
Esteanoaindanãotinhaacontecidonada
de extraordinário, apesar dos miúdos es-
tarem desejosos que chegasse a noite de
Natalparaabriremasprendasedetodosos
diasesperaremporumanovidade.Comose
deitavamantesdameianoitenãosetinham
apercebidodomovimentoqueasalaganha-
vaapartirdessahora,quandoosbonecosdo
presépio saiam da casota e vinham cá para
fora viver a segunda vida deles. Sim, que
a primeira os confinava à casota de barro,
ondetinhamdeficareternamenteestáticos,
a não ser que passasse da meia noite e não
houvesse nenhum adulto por perto.
O presépio
Era uma vez um
presépio da Júlia
Ramalho, que foi
deixado por um senhor
lisboeta na cadeira
de uma mesa de café
e que foi levado para
casa pelo casal que
se sentou na mesma
mesa depois dele se ter
ido embora. O presépio
foi colocado na mesa
pequena, encostado
à parede, num canto
da sala, e nunca mais
ninguém se lembrou
dele. Uma semana
antes do Natal,
quando os miúdos
decidiram finalmente
enfeitar a árvore,
resolveram pegar
nele para o colocarem
perto dela. Deviam
ter reparado que não
tinha pó, que brilhava,
que estava mais limpo
do que tudo o resto,
29. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré natal.25
gafanhoto
O primeiro a acordar era o menino, os
outros chamavam-lhe Jesus, rebolava na
palha e começava-se a coçar, era alérgico
à palha, por isso passado cinco minutos de
ter acordado já estava cheio de bolhinhas
vermelhas. A mãe acordava com o filho a
coçar-seepegavalogoneleaocolo,paraele
sossegar.Deseguida,eraopaiadoptivoque
deixavacairocajado,estremeciaeacordava
também, soltando um longo suspiro, que
fazia com que o burro ficasse espantado
com o barulho e se levantasse de um pulo!
Avaca,maisrefasteladadoqueosrestantes
habitantes do presépio, custava-lhe mais a
arrebitar, tinha a mania que era indiana e
quedevialevarumaboavida,demodoque
não se esforçava para nada de nada.
Mesmo assim, todos juntos divertiam-se
bastante,poisanoiteerapassadaatentarem
encontrar comida e bebida, a subirem a ca-
deiras, a mesas e armários, a jogarem com
os berlindes dos gatos e a brincarem com
eles às escondidinhas. Os gatos adoravam
estes novos inquilinos e por isso todos se
escondiam debaixo dos armários antes da
meia noite, para não correrem o risco de
serem enxotados da sala para fora!
Na segunda-feira antes do Natal, o mais
novodosmiúdoslevantou-seameiodanoite
paraviraoquartodebanhoefoinessaaltura
queouviuosgatosarebolaremnostapetes
dasala.Foi-lhesabriraporta,pensandoque
tinhamficadolápresos,masquandoaabre
ficaboquiaberto,porquenotapeteestavam
todas as figuras do presépio, a jogarem à
macacanosquadradosdotapete,eosgatosa
rebolarem-seaolado,comosetodosfossem
já grandes amigos!
Depoisderecuperaremdosusto,omiúdo
disse:queméqueestáaganhar?Soueu,dis-
seJesus,porissoganheiaestrela,aqueestá
nocimodepresépio,maisumasjogadaseé
tudomeu,acabana,oberçoeorestodasala.
És tu que fazes os milagres?, perguntou-lhe
omiúdo.Achoquenão,disseJesus,oupelo
menos ainda não me ensinaram a fazê-los,
apesardomeupaiadoptivopassarotempoa
dizerqueéummilagreestarmosvivos,mas
tenho a certeza que não fui eu a fazer esse
milagre. Não, ele ainda não fez milagres,
respondeu a mãe, pois nem o vinho e o pão
ele multiplica, quanto mais curar os cegos
e fazer andar os paralíticos! Ai são esses os
milagres?, perguntou o miúdo, espantado,
masissoétãofácildefazernomundovirtual,
porque é que ele não vai pala lá aprender?
Todosficaramcuriosos,atéosgatos,que
nunca se tinham apercebido que os tês mi-
údos estivessem a fazer milagres quando
jogavamnocomputador.Sim,estamos,asse-
gurouomiúdo,sónãoconseguimostrazerdo
mundovirtualparaoreal.Quandochegara
épocadanossahibernação,podeslevar-nos
para o mundo virtual, para continuarmos a
viver?, perguntou o José, insatisfeito com a
sorte que lhe cabia. Posso tentar, opinou o
miúdo,masquandoéqueissovaiacontecer,
vocêshibernarem?Depoisdosreis,respon-
deu José, quando me trazem as prendas a
mim, depois do pai Natal trazer as vossas.
Tanto eu gostava de saber quais são as
nossas este ano, exclamou o miúdo. Se me
pedires com meiguice eu conto-te o que é
que ele te vai trazer, sei isso por intuição,
mas tenho acertado sempre, acrescentou a
mãe. Diz-me, por favor, diz-me! Para ti vai
trazer uma vassoura do Harry Potter, para
a tua irmã uma varinha mágica e o manto
de tornar as pessoas invisíveis, para o teu
irmãoumcapacetevirtual,parapoderviver
tudo o que não pode no mundo real.
Comooirmãomaisvelhotinhaumadoen-
ça que não lhe permitia andar sem cadeira
de rodas, o miúdo emocionou-se e achou
que o Pai Natal este ano se tinha esmera-
do, aliás, como podia ele saber que o seu
maior desejo seria voar de vassoura por
cima dos prédios da cidade?! A Vassoura
voa mesmo, não é daquelas de fingir? Não,
não é, é das que podes usar mesmo fora do
mundo virtual, porque é preciso ter carta
para andar de vassoura nem tens sequer
de estudar o código, por isso todos podem
vassourar,tensédetreinarpertinhodochão
antesdeteaventurares,queaquilonãotem
pára-quedas!
Mãe de Jesus, és tu a Maria Madalena?
Não, sou só a Maria, a Madalena ainda não
nasceu, Jesus vai apaixonar-se por ela e
ela vai dar o nome a uma praia de Gaia,
depois de ter ido para lá morar e ter tido
a ideia de criar uma ciclo via de Espinho
até ao Porto. Ina, as coisas que tu sabes!
Posso chamar os meus irmãos? Sim, claro,
e o miúdo foi aos pulos para o quarto, feliz
por já saber que prenda de natal iria ter e
por ter sido o primeiro a deparar-se com a
surpresa deste ano.
Acordouosirmãoseatéaosreispassaram
a dormir de manhã em vez de o fazerem
durante a noite, para desfrutarem da com-
panhia dos habitantes da cabana. O miúdo
não conseguiu levá-los para o mundo virtu-
al, mas criou avatares iguaizinhos a eles e
criouumpresépionoOpenSim,paranunca
se esquecer deles enquanto não chegasse
novamente o Natal!
da Júlia Ramalho
30. Escola Secundária
da Gafanha da Nazaré
gafanhoto
26.escola
Os primeiros alunos foram o Cisne, o
Pato, o Coelho e o Gato.
Começadas as aulas, cada professor,
altamente preocupado com a sua discipli-
na, preparava primorosamente a matéria,
que dava sem perder tempo, procurando
cumprir o programa e a sua planificação.
Faziam, assim, jus aos seus títulos e com-
petências. Mas os alunos iam-se desencan-
tando com a tão sonhada escola. Vejam o
caso particular de cada aluno:
- O Cisne, nas aulas de correr, voar e
trepar montes era um péssimo aluno. E
mesmo quando se esforçava, ao ponto de
ficar com as patas ensanguentadas das
corridas e calos nas asas, adquiridos na
ânsia de voar, tinha notas más. O pior era
que, com o esforço e desgaste psicológico
despendido nessas disciplinas, estava a
enfraquecer na natação.
- O Coelho, por sua vez padecia nas
matérias de nadar e voar. Como poderia
voar se não tinha asas? Em se tratando de
nadar, a coisa também não era fácil. Em
contrapartida, ninguém melhor do que ele,
corria e trepava montes.
- O Gato tinha problemas idênticos ao
do coelho, nas disciplinas de natação e
voo. Ele bem insistia com o professor que,
se o deixasse voar de cima para baixo,
ainda poderia ter êxito. Só que o professor
não aceitava essa ideia louca: não estava
contemplada no programa aprovado e o
critério de seleção era igual para todos.
- O pato, voava um pouquinho, corria
mais ou menos, nadava bem mas muito
pior do que o cisne, e desastradamente,
emboracomalgumdesembaraço,atéconse-
guia subir montes e saltar obstáculos. Não
tinha reprovações a nenhuma disciplina,
comoosseusrestantescolegas,oquefazia
sumamente brilhante nas pautas finais. Os
professores consideraram-no o aluno mais
equilibrado, deram-lhe a possibilidade de
prosseguir estudos.
Osrestantesalunosestavaminconforma-
dos. Nada tinham contra o pato, gostavam
dele, compreendiam o seu grau mínimo
de suficiência a todas as disciplinas, mas,
perguntavam-se: a espantosa capacidade
do Coelho em saltar obstáculos, correr e
trepar montes não poderia ser aproveita-
da para enfrentar as tais novas situações
sociais, que os levaram a ter a ideia de
ESCOLA? E o Gato? De nada lhe serviria
correr e saltar melhor do que o pato? E que
utilidade teria, para o cisne, nadar como
nenhum outro? – Cada um tinha, de facto,
a sua queixa justificada. Escola, pensavam
eles, era o local onde aperfeiçoariam as
capacidades que tinham, de modo a pô-
las ao serviço da sociedade. Se as coisas
já estavam difíceis, que fazer agora com a
tremenda frustração de não servirem para
nada? Foram falar com os professores. As
limitações de cada um eram um facto, eles
sabiam que jamais seriam polivalentes, de
modo a terem grandes escolhas. Contudo,
se reprovassem no ano seguinte estariam
exatamente na mesma situação.
Osprofessoreslamentarammuito.Havia
um programa, superiormente estabelecido
e a questão era só esta: Ninguém tinha
média igual à do pato e, por isso, na sua
mediocridade, ele era, estatisticamente,
superior a todos.
Os outros alunos abandonaram a escola.
Desde então, por razões óbvias, a escola
atrai mais os patos e, na sociedade são
eles que dominam.
Adaptado de um texto publicado na revista Noesis,
nº20, Setembro de 1991
Os patos preferem a escola
(ouaescolaprefereospatos…)
No tempo em que os
animais falavam, os
bichos constataram que
o meio em que viviam
começava a tornar-se
cada vez mais complexo
e havia que impor novas
hierarquias, estabelecer
novos parâmetros de
comportamento, uma vez
que já não chegavam os
seus instintos inatos para
enfrentar as modificações
do meio. Esta necessidade
deu lugar à ideia de
ESCOLA: uma estrutura
social, que os habilitaria,
a todos, para enfrentar as
crescentes modificações
a que assistiam. Foram
escolhidos os melhores
animais para a docência,
isto é, os reconhecidos
como mais experientes,
alta profissionalização nos
seus domínios específicos.
Com muitas reuniões
escolheram o seguinte
currículo: nadar, correr,
voar, trepar montes e
saltar obstáculos.