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Das Regências a proclamação da República
1. História Das Regências a Proclamação da República
1. O período Regencial
• Abdicação de D. Pedro I (1831).
• Fragmentação das forças políticas responsáveis
pela saída do imperador.
─ Liberais exaltados e farroupilhas - defendiam a
transformação das instituições.
─ Jurujubas – Defendiam a luta armada para se
chegar a transformação.
─ Caramurus – defendiam o retorno do imperador D.
Pedro I ao trono.
─ Chimangos – defensores da liberdade e da
independência nacional.
2. História Das Regências a Proclamação da República
Evolução político-partidária durante o Império
3. História Das Regências a Proclamação da República
• Regência Trina Provisória (abr/jul 1831)
• Regência Trina Permanente (1831-1834)
─ Diogo Antônio Feijó – Ministério da Justiça.
─ Criação da Guarda Nacional – agosto 1831 – figura
do coronel.
4. História Das Regências a Proclamação da República
• O Código do Processo Criminal de 1832 e o Ato
Adicional de 1834.
─ O Código do Processo Criminal reforçava e ampliava
as atribuições judiciais e policiais dos juízes de paz =
fortalecimento do poder local.
─ Ato Adicional = reformas da constituição de 1824.
Criação das Assembleias Legislativas Provinciais.
Governo de um regente na menoridade do Imperador.
Supressão do Conselho de Estado.
Manutenção do poder moderador.
Vitaliciedade do senado.
5. História Das Regências a Proclamação da República
2. As revoltas regenciais
• As elites proprietárias tentam manter o controle do
país.
• Centralização do poder + desigualdades = eclosão
de revoltas populares.
• Revolução Farroupilha (RS 1835-1845)
─ Mais longa revolta da História do Brasil.
─ Liderança da elite gaúcha.
─ Interesses econômicos e políticos.
─ Defesa do federalismo e da autonomia provincial.
─ Fundação da República Rio-grandense (RS) e da
República Juliana (SC).
7. História Das Regências a Proclamação da República
─ Após dez anos de resistência, os farrapos foram
dominados – 1845.
─ Conseguiram um acordo de paz favorável.
Anistia dos revoltosos.
Incorporação dos oficiais farroupilhas ao exército
brasileiro.
Diminuição dos impostos.
Devolução das terras confiscadas durante a
guerra.
Fortalecimento da Assembleia Local.
8. História Das Regências a Proclamação da República
• Cabanagem (PA 1835-1840)
─ Luta entre as facções políticas locais – isolamento
e pobreza da população = levantes.
─ 1832 – revolta liderada pelo Padre Batista
Campos – insatisfação da população com as
autoridades nomeadas pelo poder central.
─ Dezembro de 1833 – Bernardo Lobo de Souza
(Presidente enviado pelo Governo Central) –
iniciou uma política extremamente repressora.
─ Perseguiu, prendeu e deportou todos os suspeitos
e líderes da revolta de 1832 – causou a
indignação geral da província.
9.
10. História Das Regências a Proclamação da República
─ 1835 – Os cabanos ocuparam Belém.
Prenderam e executaram o presidente da
província
Félix Antônio Malcher assumiu a presidência do
Pará e os cabanos passaram a exercer o governo
local.
─ As dissidências entre os líderes.
Malcher e as elites não concordavam com o
caráter violente do movimento da facção popular do
movimento – declararam fiéis ao imperador – passaram
a reprimir os manifestantes mais radicais
12. História Das Regências a Proclamação da República
─ A fúria dos cabanos – Malcher foi deposto, executado
e substituído por Francisco Vinagre (que acabou
também negociando com as autoridades centrais).
─ Foi empreendida uma ação repressora sob o comando
do almirante Inglês Taylor = derrota dos cabanos.
─ Logo após se recuperarem da derrota os cabanos
atacaram Belém e retomaram o poder – Eduardo
Angelim foi escolhido para chefiar o governo.
10 meses no poder – movimento desgastado
(dissidências internas + repressão regencial).
─ De 1836 a 1839 lutaram, mais acabaram por perecer
frente as tropas governamentais.
13. História Das Regências a Proclamação da República
• Balaiada – Maranhão – Dezembro de 1838.
─ Liderada pelos liberais maranhenses – bem-te-vis
– contrários aos abusos da oligarquia local, ao
governo conservador exercido por Vicente
Camargo e a Lei dos Prefeitos.
─ Os rebeldes chegaram a tomar a Vila de Caxias.
As tropas do governo (Duque de Caxias)
sufocaram o movimento após dois anos de lutas.
─ Líderes principais:
O ex-escravo Cosme Bento;
Manuel dos Anjos Ferreira (Balaio).
14. História Das Regências a Proclamação da República
─ O governo deu anistia a todos que combatessem
o Negro Cosme = divisão dos revoltosos.
Fim da revolta (1841).
Negro Cosme condenado à morte na forca (1842).
15. História Das Regências a Proclamação da República
• Sabinada (BA 1837-1838).
─ Os revoltosos, liberais exaltados desejavam tornar
a província independente até que o Imperador
atingisse a maioridade.
─ Revolta de caráter urbano – profissionais liberais –
funcionários públicos – pequenos comerciantes –
artesãos – militares (baixo soldo e promoções dos
indivíduos de famílias privilegiadas).
─ Foi prevista a instalação de uma Assembleia e a
libertação dos escravos nascidos no Brasil que
aderissem à revolta.
17. História Das Regências a Proclamação da República
─ Líderes em destaque
Francisco Sabino (médico) – responsável pela
proclamação da República Baiense – novembro de
1837.
Inocêncio da Rocha Galvão – Advogado exilado nos
EUA – foi nomeado Presidente.
O Bacharel João Carneiro da Silva Rego – Vice.
Francisco Sabino – Secretaria do Governo.
─ Radicalização do movimento = caráter social.
Ricos brancos + mestiços X pobres negros +
Mestiços.
Enfrentamento evitado pelo ataque das tropas do
Governo Central.
18. História Das Regências a Proclamação da República
• Sabinada (BA 1837-1838).
─ Os revoltosos, liberais exaltados desejavam tornar
a província independente até que o Imperador
atingisse a maioridade.
─ Revolta de caráter urbano – profissionais liberais –
funcionários públicos – pequenos comerciantes –
artesãos – militares (baixo soldo e promoções dos
indivíduos de famílias privilegiadas).
─ Foi prevista a instalação de uma Assembleia e a
libertação dos escravos nascidos no Brasil que
aderissem à revolta.
19. História Das Regências a Proclamação da República
• A Revolta dos Malês - Bahia – 1835.
─ Situação social extremamente tensa.
Negros = metade da população – 80% negros de
ganho (alfaiates, carpinteiros, vendedores
ambulantes).
Grande parte de cultura islâmica – Malê = negro
que sabia ler e escrever em árabe.
Péssimas condições de vida = revolta.
─ Objetivo: libertar os negros e massacrar os
brancos e mulatos (considerados traidores).
─ A rebelião marcada para o dia 25 de janeiro foi
denunciada.
20. História Das Regências a Proclamação da República
As tropas foram mobilizadas
e os principais líderes foram
presos – derrotados devido
o aparato bélico superior
(governo).
Vários presos e torturados
até a morte – outros
julgados (18 condenados a
morte, 32 a penas que iam
de dois anos de prisão até
as Galés perpétuas e 11
sentenciados a açoite).
21. História Das Regências a Proclamação da República
3. O avanço liberal
• O Regresso
─ 1835 – eleição de Diogo Feijó
(apoiado pelos Liberais
Moderados) – Regente Uno.
Defendia um poder mais forte do
executivo.
Regência turbulenta – agravada
pelo seu autoritarismo.
Renúncia em setembro de 1837
(pressões adversárias)
22. História Das Regências a Proclamação da República
4. O Regresso Conservador
• 1838 – cargo de regente
ocupado por Araújo Lima –
ligado a Bernardo Pereira de
Vasconcelos (início de uma
reação conservadora –
conhecida como Regresso).
23. História Das Regências a Proclamação da República
• Os regressistas temiam a desorganização e a
anarquia – resultado do excesso de liberdade –
Ato adicional de 1834.
─ Defendiam a volta da centralização.
─ Reforma do Código do Processo Criminal e Lei
de Interpretação do Ato Adicional de 1840.
Implantação de medidas centralizadoras.
Atribuições das Assembleias Legislativas
Provinciais restringidas.
Câmara dos Deputados e o Senado voltaram =
únicos órgãos com poder de votar leis para o país,
as províncias e os municípios.
24. História Das Regências a Proclamação da República
Restauração do Conselho de Estado.
Competências dos Juízes de Paz foram retiradas.
Caráter eletivo do sistema judicial foi substituído
pela escolha do poder central.
• Golpe da maioridade (1840)
─ Antecipação da maioridade de D. Pedro de
Alcântara
─ Golpe dos Progressistas X Regressistas.
Os progressistas achavam que poderiam
influenciar D. Pedro se o levassem ao trono.
26. História Das Regências a Proclamação da República
5. O Segundo Reinado
• 23/07/1840 – com quase 15 anos – D. Pedro entra
no poder.
• Liberais voltam ao governo – por pouco tempo.
• 1841 – cai o ministério composto pelos Liberais e
forma-se outro Conservador.
• Inconformados os Liberais pegam em armas –
Movimentos Liberais de 1842 – (SP e MG).
─ Acabaram derrotados pelo Duque de Caxias.
27. História Das Regências a Proclamação da República
• Período de grande centralização política (Poder
Moderador) e administrativa.
─ Justiça centralizada (Ministro da Justiça).
Nomeava e demitia, direta ou indiretamente, desde
o Ministro do Supremo Tribunal de Justiça até um
simples guarda de prisão.
Responsável pela nomeação de todos os
comandantes e oficiais da Guarda Nacional, dos
bispos, párocos e delegados de polícia.
28. História Das Regências a Proclamação da República
• Essa centralização passou a ser duramente
criticada – atribuía-se a Monarquia a culpa de todos
os problemas do país.
• Governo Parlamentar falseado pelo Poder
Moderador (parlamentarismo às avessas).
Na ING – as eleições precediam a escolha do
Ministério.
No BRA Imperial – as eleições serviam para
garantir a maioria do Legislativo do partido do
Primeiro Ministro – indicado pelo Imperador.
30. História Das Regências a Proclamação da República
• Revolta Praieira (Pernambuco 1848).
─ Decadência econômica + queda na produção de
açúcar e cultivo do algodão = tensões sociais.
─ Monopólio da terra, do comércio e da política.
─ Influência das ideias liberais e socialistas vindas da
Europa.
Jornal de oposição: O Diário Novo (Praieiros).
Reivindicação de mudanças políticas e sociais.
31. História Das Regências a Proclamação da República
• No seu “manifesto ao mundo” – os praieiros
defendiam.
─ Voto livre e universal.
─ Liberdade de imprensa.
─ Garantia de trabalho.
─ Controle do comércio por brasileiros.
─ A independência dos poderes.
─ A extinção do Poder Moderador.
• Os revoltosos foram derrotados pelas tropas
imperiais – condenados a prisão perpétua –
sentença cumprida em Fernando de Noronha – até
a anistia em 1852.
32. História Das Regências a Proclamação da República
5.1. Guerra do Paraguai
• Revisionismo histórico sobre as causas da guerra.
─ Conflitos regionais, hegemonia na América do Sul.
• Formação da Tríplice Aliança (BRA + ARG + URU).
• Consequências do conflito:
─ Vitória da Tríplice Aliança.
─ Destruição do PAR e de sua economia.
─ Endividamento do BRA em relação a ING.
─ Republicanismo e abolicionismo.
33. História Das Regências a Proclamação da República
5.2. A crise da Monarquia
• 1870 – críticas à monarquia – Manifesto
Republicano.
• Enfrentamentos com a igreja, com os militares e a
abolição da escravidão.
• Unitarismo.
• Guerra do Paraguai – perdas humanas e materiais.
─ Agravamento da dívida externa.
─ Cisão do Partido Liberal.
1868 – criação da Ala Liberal Radical = oposição a
monarquia – defesa da República.
34. História Das Regências a Proclamação da República
5.2.2. A questão Religiosa
• Conflitos ligados ao regime do padroado.
─ Imperador podia vetar as bulas papais no BRA.
• Bula Syllabus (1864 – papa Pio IX) – proibia os
padres de ligarem as lojas maçônicas – D. Pedro II
resolveu não acatar.
─ Os bispos de Olinda e Belém mandaram fechar as
irmandades que tinham ligação com a Maçonaria.
─ Foram condenados a quatro anos de trabalho
forçados.
─ A imprensa republicana acusou o Império de ser
intransigente e conservador.
36. História Das Regências a Proclamação da República
5.2.1. A questão militar
• 1870 – Ideal Positivista – Ordem e Progresso –
autoritarismo e o ideal militar de salvação nacional.
• O descontentamento militar foi explorado pelos
republicanos = militares abraçaram a causa
republicana
37. História Das Regências a Proclamação da República
5.2.3. A questão abolicionista
• Assinatura da Lei Áurea (1888): perda da última e
mais poderosa base de sustentação do Império –
os proprietários de escravos.
38. História Das Regências a Proclamação da República
6. A proclamação da República
• Tarefa dos republicanos = substituir um governo e
construir uma nação.
• Posições diferentes:
─ Proprietários rurais - modelo americano.
Evitava a participação popular.
Federalismo.
Sistema Bicameral.
39. História Das Regências a Proclamação da República
─ Jacobinos (pequenos proprietários, profissionais
liberais, jornalistas, professores e estudantes).
liberdade, a igualdade e a participação popular.
Não tinham um projeto definido.
─ Positivistas – os vencedores.
Condenavam a Monarquia em nome do progresso.
Defendiam um executivo forte e intervencionista.
Exerciam forte atração sobre os militares e
republicanos do Rio Grande do Sul.
41. História Das Regências a Proclamação da República
─ O povo assistiu "bestializado” à proclamação da
República, em 15/11/1889, acreditando estar vendo uma
parada militar (Aristides Lobo).
A República surgiu de cima para baixo.
─ Instalação de um Governo Provisório (Deodoro da
Fonseca).
Dissolução das Assembleias Provinciais, das Câmaras
Municipais e da Câmara dos Deputados.
Fim da vitaliciedade do Senado e do Conselho de
Estado.
Extinção do padroado e adoção da liberdade de culto.
Interventores de Estado foram nomeados.