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“Não basta sofrer, é preciso saber
sofrer”
Capítulo 5 – Evangelho segundo o Espiritismo
Justiça das Aflições
Eduardo Ottonelli Pithan
Grupo Vagalumes – Novo Hamburgo
51.82042277
EVANGELHO SEGUNDO ESPIRITISMO, Allan Kardec,
Cap. V.
“CÓPIA DA PALESTRA” no SLIDESHARE ou solicitar por email
eduardopithan64@gmail.com
Referências Bibliográficas
Nos capítulos anteriores...
Capítulo 1 – Não vim destruir a lei
Capítulo 2 – Meu Reino não é deste mundo
Capítulo 3 – Há muitas moradas na casa de meu Pai
Capítulo 4 – É preciso nascer e nascer de novo –
reencarnação
Justiça Das Aflições, Causas e motivos de resignação
Evangelho Segundo o Espiritismo
Evangelho segundo o Espiritismo
Justiça das aflições
Causas atuais das aflições
Causas anteriores das aflições • Esquecimento do passado
Motivos de resignação • O suicídio e a loucura
Instruções dos Espíritos: Bem e mal sofrer • O mal e o remédio
A felicidade não é deste mundo • Perda das pessoas amadas
Mortes prematuras • Se fosse um homem de bem, teria morrido
Os tormentos voluntários • A verdadeira infelicidade • A melancolia
Provas voluntárias. O verdadeiro cilício
Deve-se pôr um fim às provas do próximo?
É permitido abreviar a vida de um doente
que sofre sem esperança de cura?
Sacrifício da própria vida
Proveito do sofrimento em função dos outros
1. Bem-aventurados OS QUE CHORAM, pois serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão
saciados. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor
à justiça, porque é deles o reino dos Céus. (Mateus, 5:5 e 6, 10)
2. Bem-aventurados, vós que sois pobres, pois o reino dos Céus
é para vós. Bem-aventurados, vós que agora tendes fome, pois
sereis saciados. Sois felizes, vós que chorais agora, pois rireis.
(Lucas, 6:20 e 21)
Mas, ai de vós, RICOS! Que tendes vossa consolação no mundo. Ai
de VÓS QUE ESTAIS SACIADOS, pois tereis fome. AI DE VÓS QUE RIDES
agora, porque gemereis e chorareis. (Lucas, 6:24 e 25)
ESE – Capítulo V
AFLIÇÕES - CAUSAS
AFLIÇÕES
Desnecessárias
Vida presente
Más escolhas
Necessárias
Vidas passadas
Provas Expiações
CAUSAS DAS AFLIÇÕES
Causas
AFLIÇÕES
Vidas
PASSADAS
Vida
PRESENTE
Vida PRESENTE = desnecessárias = más escolhas
 Resultado da imprevidência, orgulho e de sua ambição!
 Quantos se arruinam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau
proceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos!
 Quantas uniões apenas por interesse ou de vaidade e nas quais o
coração não tomou parte alguma!
 Quantas reações sem reflexão frente a emoções.
 Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos
excessos de todo gênero! (alimentação, álcool, drogas, etc)
 Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes
combateram desde o princípio as más tendências! Por fraqueza, ou
indiferença, deixaram que neles se desenvolvessem os germens do
orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que produzem a secura do
coração;
Vida PRESENTE - Esclarecendo
Remontem passo a passo à origem dos males que os torturam e
verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer:
“Se eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não
estaria em semelhante condição.”
Ou Seja, nós mesmos damos causa a muitas das nossas aflições
apenas com escolhas equivocadas.
Vidas PASSADAS
= Necessárias = frutos más escolhas noutras existências
 Outras Aflições há também aos quais, pelo menos na aparência, ele é
completamente estranho e que parecem atingi-lo como por fatalidade.
Tal, por exemplo, a perda de entes queridos e a dos que são o amparo da
família. Tais, ainda, os acidentes que nenhuma previsão poderia impedir;
os reveses da fortuna, que frustram todas as precauções aconselhadas pela
prudência; os flagelos naturais, as enfermidades de nascença, sobretudo
as que tiram a tantos infelizes os meios de ganhar a vida pelo trabalho: as
deformidades, a idiotia, o cretinismo, etc.
 Que dizer, enfim, dessas crianças que morrem em tenra idade e da vida só
conheceram sofrimentos? Os que nascem nessas condições, certamente
nada hão feito na existência atual para merecer.
 Todavia, por virtude do axioma segundo o qual todo efeito tem uma causa,
tais misérias são efeitos que hão de ter uma causa e, desde que se admita
um Deus justo, essa causa também há de ser justa. Ora se esta não se
encontra na vida atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar
numa existência precedente.
Vidas PASSADAS – Desta Forma
“...o homem sofre aquilo que fez os outros sofrerem.
Se foi duro e desumano, poderá ser tratado com dureza
e desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer numa
condição humilhante; se foi avarento, egoísta, ou
empregou mal sua fortuna, poderá ser privado do
necessário. Se foi um mau filho, poderá sofrer com os
próprios filhos, e assim por diante.”
(Evangelho Segundo o Espiritismo, cap V, 4)
AFLIÇÃO
OPORTUNIDADERESGATAR
PASSADO
REPENSAR
FUTURO
“...Uma nova encarnação é sempre oportunidade única para a conquistas
de novos aprendizados e para o resgate de nossos débitos.”
(Lucius, Mentor Tiago, Livro Corações em Busca de Paz.)
 Esquecimento é uma necessidade. De fato, essa lembrança provocaria
inconvenientes muito graves; poderia, em alguns casos, nos humilhar muito, ou
ainda excitar nosso orgulho e, por isso mesmo, dificultar nosso livre-arbítrio.
 Em outros casos ocasionaria inevitável perturbação às relações sociais. Muitas
vezes, o Espírito renasce no mesmo meio em que já viveu e se encontra
relacionado com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes tenha
feito. Se reconhecesse nelas as que odiou, talvez seu ódio se revelasse outra vez,
e sempre se sentiria humilhado diante daqueles que tivesse ofendido.
 Além disso, esse esquecimento acontece apenas durante a vida corpórea. Ao
voltar à vida espiritual, o Espírito readquire a lembrança do passado...
 (...) durante o sono do corpo, ele goza de uma certa liberdade e tem
consciência de seus atos anteriores. Ele sabe por que sofre, e da justiça desse
sofrimento. Assim, ele pode adquirir novas forças nestes instantes do sono do
corpo
Esquecimento do Passado
 Por estas palavras: “Bem-aventurados os aflitos, pois serão consolados”, Jesus
refere-se à recompensa que terão aqueles que sofrem de maneira resignada,
pois compreendem que o sofrimento atual esta ligado a erros que cometeram
em outras vidas. Sendo assim, sofrer de maneira resignada é sempre o início
da cura.
 As dores suportadas pacientemente na terra nos pouparão séculos de
sofrimento na vida futura.
 Quando não aceita as aflições com resignação, como algo que de fato merece,
e ainda acusa o Criador de injusto, está contraindo novas dívidas, perdendo
assim os benefícios que a lição do sofrimento poderia lhe trazer.
 Quando retorna ao Mundo Espiritual, o homem se assemelha a um operário no
dia do pagamento. Para uns o senhor dirá: “Aqui esta a recompensa pela sua
jornada de trabalho”. Para aquele que viveu na terra de maneira ociosa, cuja
felicidade estava nos gozos terrenos e na satisfação do seu amor-próprio, o
Senhor dirá: “A você nada cabe, pois já recebeu na terra seu salário. Vá e
recomece sua tarefa.”
Motivos de Resignação
 (...) Postos de lado os que se dão em estado de embriaguez e de loucura, aos quais se
pode chamar de inconscientes, é incontestável que tem ele sempre por causa um
descontentamento, quaisquer que sejam os motivos particulares que se lhe apontem.
 Os principais incentivadores do suicídio e que levam o homem à fraqueza moral são: A
descrença em alguma religião, a dúvida de que a vida continua após a morte, as ideias
materialistas e a revolta contra os infortúnios da vida.
 A propagação das doutrinas materialistas é, pois, o veneno que inocula a ideia do
suicídio na maioria dos que se suicidam, e os que se constituem apóstolos de
semelhantes doutrinas assumem tremenda responsabilidade.
 (...) O suicida precisará de várias encarnações para reparar o dano que causará ao seu
perispírito.
 O espírita tem vários motivos para se opor a ideia do suicídio:
O suicídio e a Loucura
A certeza de que a vida continua
A certeza de que se encurtar sua vida alcançará resultado oposto ao que esperava
Se engana aquele que pensa que chegará mais cedo ao céu, ou irá rever os entes
queridos
Lhe trará somente decepções
 Mas, ah! poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas
bem suportadas podem conduzi-los ao Reino de Deus. O desânimo é uma falta.
Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem.
 Ele (JESUS) já muitas vezes vos disse que não coloca fardos pesados em ombros
fracos. O fardo é proporcional às forças, como a recompensa o será à
resignação e à coragem. Mais opulenta será a recompensa, do que penosa a
aflição. Cumpre, porém, merecê-la, e é para isso que a vida se apresenta cheia
de tribulações.
 Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados os
que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua
submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes
falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso. – Lacordaire. (Havre,
1863.)
O Bem e o Mal Sofrer
 No plano espiritual, antes de reencarnar, escolheram as provas, pois se
achavam suficientemente fortes para suportá-las. Por que reclamar agora?
Aquele que pediu antes de reencarnar, a riqueza e o poder, foi para enfrentar a
luta contra a tentação e vencê-la. Aquele que pediu para lutar de corpo e alma
contra o mal moral e físico sabia que, quanto mais difícil fosse a prova, mais a
vitória seria gloriosa.
 Que remédio, então, prescrever aos atacados de obsessões cruéis e de
cruciantes males? Só um é infalível: a fé, o apelo ao Céu. (...)
 A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os horizontes do
infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente.
O Mal e o Remédio
FÉ – Remédio nas
aflições
Sem FÉ– Angustia nas
aflições
 Se o homem ajuizado é uma raridade neste mundo, o homem absolutamente
feliz jamais foi encontrado.
 O em que consiste a felicidade na Terra é coisa tão efêmera para aquele que
não tem a guiá-lo a PONDERAÇÃO, que, por um ano, um mês, uma semana de
satisfação completa, todo o resto da existência é uma série de amarguras e
decepções.
 Assim sendo, meus queridos filhos, que um santo estimulo os anime, para que
possam se libertar, o quanto antes, do homem velho (erros velhos).
A felicidade não é deste mundo
Perversidade
dos Homens
Rigores
da
Natureza
NÓS
 Quando a morte ceifa nas vossas famílias, arrebatando, sem restrições, os mais moços
antes dos velhos, costumais dizer: Deus não é justo, pois sacrifica um que está forte e
tem grande futuro e conserva os que já viveram longos anos, cheios de decepções; pois
leva os que são úteis e deixa os que para nada mais servem; pois despedaça o coração
de uma mãe, privando-a da inocente criatura que era toda a sua alegria.
 (...)Por que haveis de avaliar a Justiça divina pela vossa? (...) Nada se faz sem um fim
inteligente e, seja o que for que aconteça, tudo tem a sua razão de ser.
 Frequentemente, a morte prematura é um grande benefício que Deus concede àquele
que se vai e que assim se preserva das misérias da vida, ou das seduções que talvez lhe
acarretassem a perda. Não é vítima da fatalidade aquele que morre na flor dos anos; é
que Deus julga não convir que ele permaneça por mais tempo na Terra.
 Em vez de vos queixardes, regozijai-vos quando praz a Deus retirar deste vale de
misérias um de seus filhos. Não será egoístico desejardes que ele aí continuasse para
sofrer convosco? ...
146 – É fatal o instante da morte? -Com exceção do suicídio, todos os casos de
desencarnação são determinados previamente pelas forças espirituais que orientam a
atividade do homem sobre a Terra. (O Consolador)
Perda de pessoas amadas – Mortes prematuras
FIM DA VIDA FIM DA MISSÃO
 Pois bem, assim falando, com efeito, muito amiúde sucede dar Deus a um
Espírito de progresso ainda incipiente prova mais longa, do que a um bom que,
por prêmio do seu mérito, receberá a graça de ter tão curta quanto possível a
sua provação.
 Acontece que estão julgando de forma errada, porquanto aquele que partiu
acabou sua tarefa e aquele que ficou nem a tenha começado.
 Porque deveria permanecer o homem bom na terra, ficando o homem mau com
sua tarefa abreviada? O que diriam de um prisioneiro que, tendo cumprido
sua pena, ainda permanecesse na prisão?
 Habituem-se a não julgar aquilo que ainda não podem compreender, pois a
grande virtude está no equilíbrio, e acreditem que Deus é sempre justo em
todas as coisas que faz.
 Muitas vezes o que parece ser um mal é um bem.
Se fosse um homem de bem, teria
morrido
 (...) EM VEZ DE PROCURAR A PAZ DO CORAÇÃO, única felicidade real aqui na
terra, o homem procura tudo aquilo que pode agitá-lo e perturbá-lo.
Curiosamente, parece criar de propósito tormentos voluntários que só a ele
caberia evitar!
 Haverá tormentos maiores do que aqueles causados pela inveja e pelo ciúme?
Para o invejoso e para o ciumento não há repouso; estão sempre excitados pelo
desejo, e o que eles não tem e os outros possuem lhes causa insônia. O sucesso
de seus rivais os perturbam, seus únicos interesses são os de menosprezar os
outros.
 POBRES CRIATURAS! Nem sonham que talvez amanhã tenham que deixar
todas essas futilidades, cuja ambição, envenenam suas vidas! As palavras
“bem-aventurados os aflitos, pois serão consolados” não podem ser aplicados a
eles, pois suas preocupações não terão recompensa no Céu.
Os tormentos voluntários
 (...) Eu venho dizer que a verdadeira infelicidade não é aquilo que os homens imaginam.
Eles veem a infelicidade na miséria, na lareira sem fogo, no credor exigente, no berço vazio
da criança que sorria, nas lágrimas, no caixão que se acompanha com o coração partido,
na angustia da traição, e em várias outras coisas. (...) na linguagem humana, todas essas
coisas e muitas outras chamamos de infelicidade. (...) Mas a verdadeira infelicidade está
mais nas consequências de um fato do que no próprio fato em si.
 Um acontecimento feliz, que depois trará consequências desastrosas, é pior do que um
acontecimento infeliz que inicialmente causa um grande desgosto, mas que depois acaba
produzindo um bem. PARA JULGAR É PRECISO VER AS CONSEQUÊNCIAS.
 Vou revelar a verdadeira infelicidade sob um novo aspecto, sob a forma bela e florida que
desejam, com todas as forças de suas almas iludidas. A infelicidade é essa alegria falsa,
esse prazer egoísta, a fama enganadora, a agitação fútil, a louca satisfação da vaidade
que faz calar a consciência. Ela perturba a ação do pensamento e confunde o homem em
relação ao futuro. A infelicidade se manifesta quando esquecemos nossa missão na terra e
a substituímos pelos prazeres passageiros.
 Tenham esperanças aqueles que choram! Acautelem-se aqueles que riem, pois seus
corpos estão satisfeitos! Ninguém transgride impunemente as leis de Deus, ninguém
foge às responsabilidades dos seus atos.
A verdadeira infelicidade
 Algumas vezes certa tristeza se apodera dos corações humanos, fazendo com
que eles sintam a vida tão amarga. (...) isso ocorre porque o espirito, desejando
a felicidade e a liberdade, esgota-se em esforços inúteis para sair do corpo que
lhe serve de prisão, e ao ver que não consegue sair, cai em desânimo.
 Lembrem-se que TODOS tem uma missão para cumprir durante sua passagem
pela terra, seja na dedicação a família, seja no cumprimento de diversos
deveres que Deus lhe confiou. Se no decorrer da prova, quando estiverem
desempenhando suas tarefas, sentirem os efeitos das preocupações, dos
deveres e dos aborrecimentos pesando sobre seus ombros, sejam FORTES e
CORAJOSOS para poder suportá-los. Enfrentem as dificuldades com coragem,
pois elas serão de curta duração e irão conduzi-los para perto dos amigos que já
desencarnaram e que se alegrarão em recebê-los. Eles estenderão seus braços
para levá-los a um lugar onde as aflições da terra já não mais existem.
A Melancolia
 Perguntais se é licito ao homem abrandar suas próprias provas. Essa questão equivale a
esta outra: É lícito, àquele que se afoga, cuidar de salvar-se? Aquele em quem um
espinho entrou, retirá-lo? Ao que está doente, chamar o médico? As provas têm por fim
exercitar a INTELIGÊNCIA, tanto quanto a PACIÊNCIA e a RESIGNAÇÃO. Pode dar-se que
um homem nasça em posição penosa e difícil, precisamente para se ver obrigado a
procurar meios de vencer as dificuldades. O mérito consiste em suportar sem
lamentações, as consequências dos males que não podemos evitar. Consiste também em
continuar na luta, em não agir com desespero se for malsucedido e nem com
discplicência, porque isso seria mais PREGUIÇA do que VIRTUDE.
 há grande mérito (em colocar-se em provas) quando os sofrimentos e as privações
objetivam o bem do próximo, porquanto é a caridade pelo sacrifício; não, quando os
sofrimentos e as privações somente objetivam o bem daquele que a si mesmo as inflige,
porque aí só há egoísmo por fanatismo;
 Se suportardes o frio e a fome para aquecer e alimentar alguém que precise ser
aquecido e alimentado e se o vosso corpo disso se ressente, fazeis um sacrifício que
Deus abençoa.
 Não enfraqueçais o vosso corpo com privações inúteis e macerações sem objetivo, pois
que necessitais de todas as vossas forças para cumprirdes a vossa missão de trabalhar na
Terra. Torturar e martirizar voluntariamente o vosso corpo é contrariar a lei de Deus,
que vos dá meios de o sustentar e fortalecer. Enfraquece-lo sem necessidade é um
verdadeiro suicídio.
Provas voluntárias – O verdadeiro sacrifício
 Quando estiverem na presença de um irmão que sofre, não devem dizer: “É a
justiça de Deus, é preciso que ela siga seu curso”. Digam, ao contrário:
“Vejamos que meios o Pai misericordioso colocou a minha disposição para
suavizar o sofrimento desse irmão.” Vejamos se as minhas consolações
MORAIS, o meu APOIO MATERIAL, os MEUS CONSELHOS, não podem ajudá-lo
a transpor essa dificuldade com mais ânimo. “Será que Deus não colocou em
minhas mãos os meios para que eu consiga fazer cessar o sofrimento desse
irmão?” “Será que não me foi dado também como prova, ou como meio de
resgatar meus erros, deter o mal e substituindo pela paz?”
 Ajudem-se uns aos outros e nuca se tornem instrumentos de tortura para
ninguém.
 (...) Considerem-se sempre como um instrumento para fazer cessar o
sofrimento de seus irmãos.
 Podemos resumir assim: TODOS estão na terra para corrigir erros cometidos
no passado, mas todos, sem exceção, devem empregar seus esforços para
auxiliar o próximo, e assim suavizar o sofrimento de seus irmãos, segundo a Lei
do Amor e da Caridade!
Deve-se colocar um fim as provas do próximo?
É permitido abreviar a vida de um doente
que sofre sem esperança de cura?
• Quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode Ele
conduzir o homem até a borda do fosso, para daí o retirar, a fim de fazê-lo
voltar a si e alimentar ideias diversas das que tinha? Ainda que haja chegado
ao último extremo um moribundo, ninguém pode afirmar com segurança que
lhe haja soado a hora derradeira. A Ciência não se terá enganado nunca em
suas previsões?
• Pois bem! Este momento de Graça que é concedido ao espírito, poderá lhe
ser muito importante. Ele pode ter muitos pensamentos no momento final
da sua agonia e um só instante de arrependimento poderá lhe poupar
muitos sofrimentos.
 Que o homem se mate ele próprio, ou faça que outrem o mate, seu propósito
é sempre cortar o fio da existência: há, por conseguinte, suicídio intencional, se
não de fato. (...) Se ele desejasse seriamente servir ao seu país, cuidaria de viver
para defendê-lo; não procuraria morrer, pois que, morto, de nada mais lhe
serviria. O verdadeiro devotamento consiste em não temer a morte, quando se
trate de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer, de antemão e sem pesar, o
sacrifício da vida, se for necessário; mas buscar a morte com premeditada
intenção, expondo-se a um perigo, ainda que para prestar serviço, anula o
mérito da ação. – São Luís. (Paris, 1860.)
 Se um homem se expõe a um perigo iminente para salvar a vida a um de seus
semelhantes, sabendo de antemão que sucumbirá, pode o seu ato ser
considerado suicídio? Desde que não exista a intenção de procurar a morte,
não há suicídio, e sim devotamento e abnegação, embora haja a certeza da
morte.
Sacrifício da própria vida
 Os que aceitam resignados os sofrimentos, por submissão à vontade de Deus e
tendo em vista a felicidade futura, não trabalham somente em seu próprio
benefício? Poderão tornar seus sofrimentos proveitosos a outrem?
 Esses sofrimentos podem ser proveitosos aos outros, material e moralmente.
MATERIALMENTE, se pelo trabalho, pelas privações e pelos sacrifícios a que tais
criaturas se impõem elas contribuem para o bem-estar material do seu
próximo. MORALMENTE, pelo exemplo que fornecem com sua submissão à
vontade de Deus. Esse exemplo caridoso, que é dado pela fé espirita, pode
levar muitos infelizes a também aceitarem seus sofrimentos sem reclamar,
salvando-os do desespero que lhes traria consequências desastrosas para o
futuro.
Proveito dos sofrimentos em
benefício dos outros
Resumo Ensino
 Não basta sofrer é preciso saber sofrer (RESIGNAÇÃO);
 Não devemos nos acomodar no sofrimento, é preciso lutar
sempre com CORAGEM , INTELIGÊNCIA, PACIÊNCIA e FÉ.
 Saber que a Felicidade não é deste mundo;
 Mas que a infelicidade pode ser suportada com a Caridade,
compreensão, amor e esforço pessoal;
 Que devemos sempre amparar aqueles que estiverem em nosso
caminho (material, moral, psicológica e espiritualmente);
 Nossos exemplos podem ser inspiradores e positivos ou
desestimulantes e negativos;
 Aceitar as aflições como necessidades para nosso crescimento
espiritual.
Obrigado pela atenção!

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Cap 5 do Evangelho Segundo o Espiritismo, bem aventurados os aflitos aflitos

  • 1. “Não basta sofrer, é preciso saber sofrer” Capítulo 5 – Evangelho segundo o Espiritismo Justiça das Aflições Eduardo Ottonelli Pithan Grupo Vagalumes – Novo Hamburgo 51.82042277
  • 2. EVANGELHO SEGUNDO ESPIRITISMO, Allan Kardec, Cap. V. “CÓPIA DA PALESTRA” no SLIDESHARE ou solicitar por email eduardopithan64@gmail.com Referências Bibliográficas
  • 3. Nos capítulos anteriores... Capítulo 1 – Não vim destruir a lei Capítulo 2 – Meu Reino não é deste mundo Capítulo 3 – Há muitas moradas na casa de meu Pai Capítulo 4 – É preciso nascer e nascer de novo – reencarnação Justiça Das Aflições, Causas e motivos de resignação
  • 4. Evangelho Segundo o Espiritismo
  • 5. Evangelho segundo o Espiritismo Justiça das aflições Causas atuais das aflições Causas anteriores das aflições • Esquecimento do passado Motivos de resignação • O suicídio e a loucura Instruções dos Espíritos: Bem e mal sofrer • O mal e o remédio A felicidade não é deste mundo • Perda das pessoas amadas Mortes prematuras • Se fosse um homem de bem, teria morrido Os tormentos voluntários • A verdadeira infelicidade • A melancolia Provas voluntárias. O verdadeiro cilício Deve-se pôr um fim às provas do próximo? É permitido abreviar a vida de um doente que sofre sem esperança de cura? Sacrifício da própria vida Proveito do sofrimento em função dos outros
  • 6. 1. Bem-aventurados OS QUE CHORAM, pois serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão saciados. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor à justiça, porque é deles o reino dos Céus. (Mateus, 5:5 e 6, 10) 2. Bem-aventurados, vós que sois pobres, pois o reino dos Céus é para vós. Bem-aventurados, vós que agora tendes fome, pois sereis saciados. Sois felizes, vós que chorais agora, pois rireis. (Lucas, 6:20 e 21) Mas, ai de vós, RICOS! Que tendes vossa consolação no mundo. Ai de VÓS QUE ESTAIS SACIADOS, pois tereis fome. AI DE VÓS QUE RIDES agora, porque gemereis e chorareis. (Lucas, 6:24 e 25) ESE – Capítulo V
  • 7. AFLIÇÕES - CAUSAS AFLIÇÕES Desnecessárias Vida presente Más escolhas Necessárias Vidas passadas Provas Expiações
  • 9. Vida PRESENTE = desnecessárias = más escolhas  Resultado da imprevidência, orgulho e de sua ambição!  Quantos se arruinam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos!  Quantas uniões apenas por interesse ou de vaidade e nas quais o coração não tomou parte alguma!  Quantas reações sem reflexão frente a emoções.  Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero! (alimentação, álcool, drogas, etc)  Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram desde o princípio as más tendências! Por fraqueza, ou indiferença, deixaram que neles se desenvolvessem os germens do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que produzem a secura do coração;
  • 10. Vida PRESENTE - Esclarecendo Remontem passo a passo à origem dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer: “Se eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante condição.” Ou Seja, nós mesmos damos causa a muitas das nossas aflições apenas com escolhas equivocadas.
  • 11.
  • 12. Vidas PASSADAS = Necessárias = frutos más escolhas noutras existências  Outras Aflições há também aos quais, pelo menos na aparência, ele é completamente estranho e que parecem atingi-lo como por fatalidade. Tal, por exemplo, a perda de entes queridos e a dos que são o amparo da família. Tais, ainda, os acidentes que nenhuma previsão poderia impedir; os reveses da fortuna, que frustram todas as precauções aconselhadas pela prudência; os flagelos naturais, as enfermidades de nascença, sobretudo as que tiram a tantos infelizes os meios de ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a idiotia, o cretinismo, etc.  Que dizer, enfim, dessas crianças que morrem em tenra idade e da vida só conheceram sofrimentos? Os que nascem nessas condições, certamente nada hão feito na existência atual para merecer.  Todavia, por virtude do axioma segundo o qual todo efeito tem uma causa, tais misérias são efeitos que hão de ter uma causa e, desde que se admita um Deus justo, essa causa também há de ser justa. Ora se esta não se encontra na vida atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa existência precedente.
  • 13. Vidas PASSADAS – Desta Forma “...o homem sofre aquilo que fez os outros sofrerem. Se foi duro e desumano, poderá ser tratado com dureza e desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer numa condição humilhante; se foi avarento, egoísta, ou empregou mal sua fortuna, poderá ser privado do necessário. Se foi um mau filho, poderá sofrer com os próprios filhos, e assim por diante.” (Evangelho Segundo o Espiritismo, cap V, 4)
  • 14. AFLIÇÃO OPORTUNIDADERESGATAR PASSADO REPENSAR FUTURO “...Uma nova encarnação é sempre oportunidade única para a conquistas de novos aprendizados e para o resgate de nossos débitos.” (Lucius, Mentor Tiago, Livro Corações em Busca de Paz.)
  • 15.  Esquecimento é uma necessidade. De fato, essa lembrança provocaria inconvenientes muito graves; poderia, em alguns casos, nos humilhar muito, ou ainda excitar nosso orgulho e, por isso mesmo, dificultar nosso livre-arbítrio.  Em outros casos ocasionaria inevitável perturbação às relações sociais. Muitas vezes, o Espírito renasce no mesmo meio em que já viveu e se encontra relacionado com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes tenha feito. Se reconhecesse nelas as que odiou, talvez seu ódio se revelasse outra vez, e sempre se sentiria humilhado diante daqueles que tivesse ofendido.  Além disso, esse esquecimento acontece apenas durante a vida corpórea. Ao voltar à vida espiritual, o Espírito readquire a lembrança do passado...  (...) durante o sono do corpo, ele goza de uma certa liberdade e tem consciência de seus atos anteriores. Ele sabe por que sofre, e da justiça desse sofrimento. Assim, ele pode adquirir novas forças nestes instantes do sono do corpo Esquecimento do Passado
  • 16.  Por estas palavras: “Bem-aventurados os aflitos, pois serão consolados”, Jesus refere-se à recompensa que terão aqueles que sofrem de maneira resignada, pois compreendem que o sofrimento atual esta ligado a erros que cometeram em outras vidas. Sendo assim, sofrer de maneira resignada é sempre o início da cura.  As dores suportadas pacientemente na terra nos pouparão séculos de sofrimento na vida futura.  Quando não aceita as aflições com resignação, como algo que de fato merece, e ainda acusa o Criador de injusto, está contraindo novas dívidas, perdendo assim os benefícios que a lição do sofrimento poderia lhe trazer.  Quando retorna ao Mundo Espiritual, o homem se assemelha a um operário no dia do pagamento. Para uns o senhor dirá: “Aqui esta a recompensa pela sua jornada de trabalho”. Para aquele que viveu na terra de maneira ociosa, cuja felicidade estava nos gozos terrenos e na satisfação do seu amor-próprio, o Senhor dirá: “A você nada cabe, pois já recebeu na terra seu salário. Vá e recomece sua tarefa.” Motivos de Resignação
  • 17.  (...) Postos de lado os que se dão em estado de embriaguez e de loucura, aos quais se pode chamar de inconscientes, é incontestável que tem ele sempre por causa um descontentamento, quaisquer que sejam os motivos particulares que se lhe apontem.  Os principais incentivadores do suicídio e que levam o homem à fraqueza moral são: A descrença em alguma religião, a dúvida de que a vida continua após a morte, as ideias materialistas e a revolta contra os infortúnios da vida.  A propagação das doutrinas materialistas é, pois, o veneno que inocula a ideia do suicídio na maioria dos que se suicidam, e os que se constituem apóstolos de semelhantes doutrinas assumem tremenda responsabilidade.  (...) O suicida precisará de várias encarnações para reparar o dano que causará ao seu perispírito.  O espírita tem vários motivos para se opor a ideia do suicídio: O suicídio e a Loucura A certeza de que a vida continua A certeza de que se encurtar sua vida alcançará resultado oposto ao que esperava Se engana aquele que pensa que chegará mais cedo ao céu, ou irá rever os entes queridos Lhe trará somente decepções
  • 18.  Mas, ah! poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao Reino de Deus. O desânimo é uma falta. Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem.  Ele (JESUS) já muitas vezes vos disse que não coloca fardos pesados em ombros fracos. O fardo é proporcional às forças, como a recompensa o será à resignação e à coragem. Mais opulenta será a recompensa, do que penosa a aflição. Cumpre, porém, merecê-la, e é para isso que a vida se apresenta cheia de tribulações.  Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso. – Lacordaire. (Havre, 1863.) O Bem e o Mal Sofrer
  • 19.  No plano espiritual, antes de reencarnar, escolheram as provas, pois se achavam suficientemente fortes para suportá-las. Por que reclamar agora? Aquele que pediu antes de reencarnar, a riqueza e o poder, foi para enfrentar a luta contra a tentação e vencê-la. Aquele que pediu para lutar de corpo e alma contra o mal moral e físico sabia que, quanto mais difícil fosse a prova, mais a vitória seria gloriosa.  Que remédio, então, prescrever aos atacados de obsessões cruéis e de cruciantes males? Só um é infalível: a fé, o apelo ao Céu. (...)  A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os horizontes do infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente. O Mal e o Remédio FÉ – Remédio nas aflições Sem FÉ– Angustia nas aflições
  • 20.  Se o homem ajuizado é uma raridade neste mundo, o homem absolutamente feliz jamais foi encontrado.  O em que consiste a felicidade na Terra é coisa tão efêmera para aquele que não tem a guiá-lo a PONDERAÇÃO, que, por um ano, um mês, uma semana de satisfação completa, todo o resto da existência é uma série de amarguras e decepções.  Assim sendo, meus queridos filhos, que um santo estimulo os anime, para que possam se libertar, o quanto antes, do homem velho (erros velhos). A felicidade não é deste mundo Perversidade dos Homens Rigores da Natureza NÓS
  • 21.  Quando a morte ceifa nas vossas famílias, arrebatando, sem restrições, os mais moços antes dos velhos, costumais dizer: Deus não é justo, pois sacrifica um que está forte e tem grande futuro e conserva os que já viveram longos anos, cheios de decepções; pois leva os que são úteis e deixa os que para nada mais servem; pois despedaça o coração de uma mãe, privando-a da inocente criatura que era toda a sua alegria.  (...)Por que haveis de avaliar a Justiça divina pela vossa? (...) Nada se faz sem um fim inteligente e, seja o que for que aconteça, tudo tem a sua razão de ser.  Frequentemente, a morte prematura é um grande benefício que Deus concede àquele que se vai e que assim se preserva das misérias da vida, ou das seduções que talvez lhe acarretassem a perda. Não é vítima da fatalidade aquele que morre na flor dos anos; é que Deus julga não convir que ele permaneça por mais tempo na Terra.  Em vez de vos queixardes, regozijai-vos quando praz a Deus retirar deste vale de misérias um de seus filhos. Não será egoístico desejardes que ele aí continuasse para sofrer convosco? ... 146 – É fatal o instante da morte? -Com exceção do suicídio, todos os casos de desencarnação são determinados previamente pelas forças espirituais que orientam a atividade do homem sobre a Terra. (O Consolador) Perda de pessoas amadas – Mortes prematuras FIM DA VIDA FIM DA MISSÃO
  • 22.  Pois bem, assim falando, com efeito, muito amiúde sucede dar Deus a um Espírito de progresso ainda incipiente prova mais longa, do que a um bom que, por prêmio do seu mérito, receberá a graça de ter tão curta quanto possível a sua provação.  Acontece que estão julgando de forma errada, porquanto aquele que partiu acabou sua tarefa e aquele que ficou nem a tenha começado.  Porque deveria permanecer o homem bom na terra, ficando o homem mau com sua tarefa abreviada? O que diriam de um prisioneiro que, tendo cumprido sua pena, ainda permanecesse na prisão?  Habituem-se a não julgar aquilo que ainda não podem compreender, pois a grande virtude está no equilíbrio, e acreditem que Deus é sempre justo em todas as coisas que faz.  Muitas vezes o que parece ser um mal é um bem. Se fosse um homem de bem, teria morrido
  • 23.  (...) EM VEZ DE PROCURAR A PAZ DO CORAÇÃO, única felicidade real aqui na terra, o homem procura tudo aquilo que pode agitá-lo e perturbá-lo. Curiosamente, parece criar de propósito tormentos voluntários que só a ele caberia evitar!  Haverá tormentos maiores do que aqueles causados pela inveja e pelo ciúme? Para o invejoso e para o ciumento não há repouso; estão sempre excitados pelo desejo, e o que eles não tem e os outros possuem lhes causa insônia. O sucesso de seus rivais os perturbam, seus únicos interesses são os de menosprezar os outros.  POBRES CRIATURAS! Nem sonham que talvez amanhã tenham que deixar todas essas futilidades, cuja ambição, envenenam suas vidas! As palavras “bem-aventurados os aflitos, pois serão consolados” não podem ser aplicados a eles, pois suas preocupações não terão recompensa no Céu. Os tormentos voluntários
  • 24.  (...) Eu venho dizer que a verdadeira infelicidade não é aquilo que os homens imaginam. Eles veem a infelicidade na miséria, na lareira sem fogo, no credor exigente, no berço vazio da criança que sorria, nas lágrimas, no caixão que se acompanha com o coração partido, na angustia da traição, e em várias outras coisas. (...) na linguagem humana, todas essas coisas e muitas outras chamamos de infelicidade. (...) Mas a verdadeira infelicidade está mais nas consequências de um fato do que no próprio fato em si.  Um acontecimento feliz, que depois trará consequências desastrosas, é pior do que um acontecimento infeliz que inicialmente causa um grande desgosto, mas que depois acaba produzindo um bem. PARA JULGAR É PRECISO VER AS CONSEQUÊNCIAS.  Vou revelar a verdadeira infelicidade sob um novo aspecto, sob a forma bela e florida que desejam, com todas as forças de suas almas iludidas. A infelicidade é essa alegria falsa, esse prazer egoísta, a fama enganadora, a agitação fútil, a louca satisfação da vaidade que faz calar a consciência. Ela perturba a ação do pensamento e confunde o homem em relação ao futuro. A infelicidade se manifesta quando esquecemos nossa missão na terra e a substituímos pelos prazeres passageiros.  Tenham esperanças aqueles que choram! Acautelem-se aqueles que riem, pois seus corpos estão satisfeitos! Ninguém transgride impunemente as leis de Deus, ninguém foge às responsabilidades dos seus atos. A verdadeira infelicidade
  • 25.  Algumas vezes certa tristeza se apodera dos corações humanos, fazendo com que eles sintam a vida tão amarga. (...) isso ocorre porque o espirito, desejando a felicidade e a liberdade, esgota-se em esforços inúteis para sair do corpo que lhe serve de prisão, e ao ver que não consegue sair, cai em desânimo.  Lembrem-se que TODOS tem uma missão para cumprir durante sua passagem pela terra, seja na dedicação a família, seja no cumprimento de diversos deveres que Deus lhe confiou. Se no decorrer da prova, quando estiverem desempenhando suas tarefas, sentirem os efeitos das preocupações, dos deveres e dos aborrecimentos pesando sobre seus ombros, sejam FORTES e CORAJOSOS para poder suportá-los. Enfrentem as dificuldades com coragem, pois elas serão de curta duração e irão conduzi-los para perto dos amigos que já desencarnaram e que se alegrarão em recebê-los. Eles estenderão seus braços para levá-los a um lugar onde as aflições da terra já não mais existem. A Melancolia
  • 26.  Perguntais se é licito ao homem abrandar suas próprias provas. Essa questão equivale a esta outra: É lícito, àquele que se afoga, cuidar de salvar-se? Aquele em quem um espinho entrou, retirá-lo? Ao que está doente, chamar o médico? As provas têm por fim exercitar a INTELIGÊNCIA, tanto quanto a PACIÊNCIA e a RESIGNAÇÃO. Pode dar-se que um homem nasça em posição penosa e difícil, precisamente para se ver obrigado a procurar meios de vencer as dificuldades. O mérito consiste em suportar sem lamentações, as consequências dos males que não podemos evitar. Consiste também em continuar na luta, em não agir com desespero se for malsucedido e nem com discplicência, porque isso seria mais PREGUIÇA do que VIRTUDE.  há grande mérito (em colocar-se em provas) quando os sofrimentos e as privações objetivam o bem do próximo, porquanto é a caridade pelo sacrifício; não, quando os sofrimentos e as privações somente objetivam o bem daquele que a si mesmo as inflige, porque aí só há egoísmo por fanatismo;  Se suportardes o frio e a fome para aquecer e alimentar alguém que precise ser aquecido e alimentado e se o vosso corpo disso se ressente, fazeis um sacrifício que Deus abençoa.  Não enfraqueçais o vosso corpo com privações inúteis e macerações sem objetivo, pois que necessitais de todas as vossas forças para cumprirdes a vossa missão de trabalhar na Terra. Torturar e martirizar voluntariamente o vosso corpo é contrariar a lei de Deus, que vos dá meios de o sustentar e fortalecer. Enfraquece-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio. Provas voluntárias – O verdadeiro sacrifício
  • 27.  Quando estiverem na presença de um irmão que sofre, não devem dizer: “É a justiça de Deus, é preciso que ela siga seu curso”. Digam, ao contrário: “Vejamos que meios o Pai misericordioso colocou a minha disposição para suavizar o sofrimento desse irmão.” Vejamos se as minhas consolações MORAIS, o meu APOIO MATERIAL, os MEUS CONSELHOS, não podem ajudá-lo a transpor essa dificuldade com mais ânimo. “Será que Deus não colocou em minhas mãos os meios para que eu consiga fazer cessar o sofrimento desse irmão?” “Será que não me foi dado também como prova, ou como meio de resgatar meus erros, deter o mal e substituindo pela paz?”  Ajudem-se uns aos outros e nuca se tornem instrumentos de tortura para ninguém.  (...) Considerem-se sempre como um instrumento para fazer cessar o sofrimento de seus irmãos.  Podemos resumir assim: TODOS estão na terra para corrigir erros cometidos no passado, mas todos, sem exceção, devem empregar seus esforços para auxiliar o próximo, e assim suavizar o sofrimento de seus irmãos, segundo a Lei do Amor e da Caridade! Deve-se colocar um fim as provas do próximo?
  • 28. É permitido abreviar a vida de um doente que sofre sem esperança de cura? • Quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode Ele conduzir o homem até a borda do fosso, para daí o retirar, a fim de fazê-lo voltar a si e alimentar ideias diversas das que tinha? Ainda que haja chegado ao último extremo um moribundo, ninguém pode afirmar com segurança que lhe haja soado a hora derradeira. A Ciência não se terá enganado nunca em suas previsões? • Pois bem! Este momento de Graça que é concedido ao espírito, poderá lhe ser muito importante. Ele pode ter muitos pensamentos no momento final da sua agonia e um só instante de arrependimento poderá lhe poupar muitos sofrimentos.
  • 29.  Que o homem se mate ele próprio, ou faça que outrem o mate, seu propósito é sempre cortar o fio da existência: há, por conseguinte, suicídio intencional, se não de fato. (...) Se ele desejasse seriamente servir ao seu país, cuidaria de viver para defendê-lo; não procuraria morrer, pois que, morto, de nada mais lhe serviria. O verdadeiro devotamento consiste em não temer a morte, quando se trate de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer, de antemão e sem pesar, o sacrifício da vida, se for necessário; mas buscar a morte com premeditada intenção, expondo-se a um perigo, ainda que para prestar serviço, anula o mérito da ação. – São Luís. (Paris, 1860.)  Se um homem se expõe a um perigo iminente para salvar a vida a um de seus semelhantes, sabendo de antemão que sucumbirá, pode o seu ato ser considerado suicídio? Desde que não exista a intenção de procurar a morte, não há suicídio, e sim devotamento e abnegação, embora haja a certeza da morte. Sacrifício da própria vida
  • 30.  Os que aceitam resignados os sofrimentos, por submissão à vontade de Deus e tendo em vista a felicidade futura, não trabalham somente em seu próprio benefício? Poderão tornar seus sofrimentos proveitosos a outrem?  Esses sofrimentos podem ser proveitosos aos outros, material e moralmente. MATERIALMENTE, se pelo trabalho, pelas privações e pelos sacrifícios a que tais criaturas se impõem elas contribuem para o bem-estar material do seu próximo. MORALMENTE, pelo exemplo que fornecem com sua submissão à vontade de Deus. Esse exemplo caridoso, que é dado pela fé espirita, pode levar muitos infelizes a também aceitarem seus sofrimentos sem reclamar, salvando-os do desespero que lhes traria consequências desastrosas para o futuro. Proveito dos sofrimentos em benefício dos outros
  • 31. Resumo Ensino  Não basta sofrer é preciso saber sofrer (RESIGNAÇÃO);  Não devemos nos acomodar no sofrimento, é preciso lutar sempre com CORAGEM , INTELIGÊNCIA, PACIÊNCIA e FÉ.  Saber que a Felicidade não é deste mundo;  Mas que a infelicidade pode ser suportada com a Caridade, compreensão, amor e esforço pessoal;  Que devemos sempre amparar aqueles que estiverem em nosso caminho (material, moral, psicológica e espiritualmente);  Nossos exemplos podem ser inspiradores e positivos ou desestimulantes e negativos;  Aceitar as aflições como necessidades para nosso crescimento espiritual.