EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
Oração na ótica espírita - Baseada nos obras básicas do espiritismo
1. Oração na Ótica Espírita
Eduardo Ottonelli Pithan
Grupo Vagalumes – Novo Hamburgo
E-mail: epithan@bm.rs.gov.br
Facebook: facebook.com/Eduardoo.pithan
82042277
2. Oração – Referências Bibliográficas
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRTISMO, Allan kardec –
Cap XXV 5, Cap XXVII todo e Cap XXVIII 4 e 5;
LIVRO DOS ESPIRITOS, Allan Kardec – Perguntas 658 a 666,
523, 531, 479 e 210;
O CONSOLADOR, Emmanuel por Chico Xavier – Pergunta
246
CONDUTA ESPIRITA, André Luiz por Waldo Vieira –
Mensagem 26
MISSIONÁRIOS DA LUZ, André Luiz por Chico Xavier;
ENTRE O CÉU E A TERRA, André Luiz por Chico Xavier;
EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS, André Luiz por Chico
Xavier;
MECANISMOS DA MEDIUNIDADE, André Luiz por Chico
Xavier;
CONTOS E APÓLOGOS, Irmão X, por Chico Xavier.
3. Nosso Lar - ORAÇÃO
E, quando as energias me faltaram de todo, quando me senti
absolutamente colado ao lodo da terra, sem forças para
reerguer-me, pedi ao Supremo Autor da Natureza me
estendesse mãos paternais, em tão amargurosa emergência.
Quanto tempo durou a rogativa? Quantas horas consagrei a
súplica, de mãos postas, imitando a criança aflita? Apenas sei
que a chuva das lágrimas me lavou o rosto; que todos meus
sentimentos se concentraram na prece dolorosa.
(...) é necessário haver conhecido o remorso, a humilhação,
a extrema desventura, para tomar com eficácia o sublime elixir
de esperança. Foi nesse instante que as neblinas espessas se
dissiparam e alguém surgiu, emissários dos céus. Um velhinho
simpático me sorriu paternalmente. Inclinou-se fixou nos meus
os grandes olhos lúcidos e falou:
- Coragem meu filho! O Senhor não te desempara.
(Livro Nosso Lar, de André Luiz por Chico Xavier, Capítulo 2)
4. Oração - Conceito
Oração é um estado de atenção interna, uma
invocação, onde o espirito, encarnado ou
desencarnado, se coloca de forma consciente e
intencional, buscando a conexão com a
espiritualidade superior, através de sua mente e seu
coração, seja para louvar, pedir e agradecer. Na
mente esta nossa vontade e em nosso coração as
razões.
5. Se descêsseis ao fundo da vossa consciência, quase
sempre depararíeis, em vós mesmos, com o ponto de
partida dos males de que vos queixais. Pedi, pois,
antes de tudo, que vos possais melhorar e vereis que
torrente de graças e de consolações se derramará
sobre vós.
(Evangelho, segundo o Espiritismo. Cap. V, nº 4.)
6.
7. "A oração dentro da alma comprometida
em lutas na sombra, assemelha-se à
lâmpada que se acende numa casa
desarranjada; a presença da luz não altera
a situação do ambiente desajustado e nem
remove os detritos acumulados no recinto
doméstico, entretanto, mostra sem alarde,
o serviço que se deve fazer.“
Emmanuel, por Chico Xavier no Livro ESPERANÇA
9. Oração – Jesus orienta
1. Quando fizerem sua oração, não façam como os hipócritas que
fingem orar, ficando em pé nas sinagogas para serem vistos pelos
homens. Em verdade Eu digo a vocês que eles já receberam sua
recompensa. Quando quiserem orar, entrem para seu quarto, e com a
porta fechada façam em segredo sua oração ao Pai, e Ele, vendo o
que se passa em segredo, dará a vocês a recompensa. Procurem não
falar muito em suas preces como fazem os pagãos, que pensam que
é pela quantidade de palavras que serão atendidos. Não sejam
semelhantes a eles, pois o Pai sabe da necessidade de Seus filhos,
mesmo antes de fazerem o pedido. (S. MATEUS, cap. VI, vv., 5 a 8.);
2. Antes de iniciarem suas orações, se tiverem alguma coisa contra
seu irmão, perdoem-no, para que o Pai que esta nos céus também
possa perdoar os pecados que vocês cometem. Pois aqueles que não
perdoam também não serão perdoados. (S. MARCOS, cap. XI, vv. 25
e 26.)
10. Oração – Jesus orienta
3. Jesus também contou esta parábola para alguns que , tendo
confiança em si, se consideravam justos e desprezavam os outros.
Dois homens subiram ao templo para rezar, um deles era fariseu e
o outro publicano. O fariseu, de pé, rezava assim: “Meu Deus, eu
Lhe agradeço por não ser como o resto dos homens, que são
ladrões, injustos e adúlteros, como também é este publicano.
Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo que possuo.”
O publicano, ao contrário, ficou distante, e não ousava nem: “Meu
Deus, tenha piedade de mim, pois sou um pecador.”
Eu declaro a vocês que o publicano retornou para sua casa
perdoado, e o fariseu não, pois aquele que se eleva será
rebaixado, e todo aquele que se humilha será elevado. (Lucas,
18:9 a 14)
11. Resumo da Lei de Deus
O homem sofre sempre a consequência das suas faltas, e não
existe uma só infração à lei de Deus que não fique sem a
correspondente punição. LEI DE JUSTIÇA.
A severidade do castigo é proporcional a gravidade da falta. LEI
DA AÇÃO E REAÇÃO ou LEI DE CAUSA E EFEITO.
A duração do castigo para qualquer falta é indeterminada e fica
subordinada ao arrependimento do culpado e o seu consequente
retorno ao bem. “desde que o culpado clame por misericórdia, Deus
o ouve e lhe concede a esperança. Mas o simples arrependimento
não basta; é preciso a reparação da falta. Por essa razão o
culpado é submetido a novas provas, onde poderá, pelo uso do seu
livre-arbítrio, fazer o bem reparando o mal que praticou”
Assim, o homem é constantemente o juiz da sua própria sorte.
Pode abreviar o seu suplício ou prolongá-lo indefinidamente. Sua
felicidade ou desgraça depende de sua vontade em fazer o
bem.
Na maioria das vezes, o que lhe falta e a vontade, a força
e a coragem. Com nossas preces podemos lhe inspirar essa
vontade, dando-lhe apoio e entusiasmo. Com nossos conselhos
podemos transmitir a ele o conhecimento que lhe falta, com isso,
estamos sendo instrumentos de outra lei: LEI DO AMOR E DA
CARIDADE.
12. Oração – Qualidades da prece
Discrição – Não se ponhais em evidência
Sinceridade – Não são as palavras que tornam a oração
especial, mas a sinceridade que elas carregam, são preferíveis
as orações espontâneas.
Perdão aos outros antes da oração – Perdoai para
que vossa oração seja agradável a Deus. Como pedir perdão se
não perdoamos (PAI NOSSO)
Humildade – Esqueça o orgulho e a vaidade
Examinar apenas os nossos defeitos – Esqueça
vossas qualidades
Compara-te apenas contigo mesmo – Procura
comparar apenas contigo mesmo, esquece os demais
13. Ação da Prece – O que ela
propicia
Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons
Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas
resoluções e a inspirar-lhe ideias sãs. Ele adquire,
desse modo, a força moral necessária a vencer as
dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste
se afastou.
14. Atenção
Ao atender um pedido que lhe é dirigido, Deus procura
recompensar a intenção, o devotamento e a fé daquele que
pede. É por isso que a prece do homem de bem tem
mais valor aos olhos de Deus e também maior
eficiência.
MERECIMENTO # MISERICÓRDIA
15. Poder da prece
O poder da prece esta no pensamento. Assim, ela não
depende de palavras, nem do lugar, nem do momento e
muito menos da forma como é feita. Portanto, pode-se orar
em qualquer lugar e a qualquer hora, sozinho ou em
conjunto.
A prece em conjunto tem uma ação mais poderosa
quando todos aqueles que oram se associam de coração a
um mesmo pensamento e possuem o mesmo objetivo. Ex.
“Evangelho no lar”, Preces e irradiações nas casas espiritas,
etc.
16. Prece pelos mortos
Os espíritos sofredores pedem preces, pois elas lhes são
proveitosas.
Quando percebem que são lembrados, sentem-se menos
abandonados e menos infelizes. Além disso, a prece tem
sobre eles uma ação direta:
Reanima-lhes a coragem;
Estimula neles o desejo de se elevarem pelo
arrependimento, pela reparação dos erros que
cometeram; e,
Pode ajudar a desviar o pensamento do mal;
18. “Nenhuma súplica aos céus se demora sem a
competente resposta. Certamente, nem sempre a
que se deseja receber, porém, a que traz melhores
resultados e benefícios ao suplicante”
( livro “Do abismo as estrelas” de Divaldo Franco, pelo espirito Victor Hugo)
20. Livro dos Espíritos
658. Agrada a Deus a prece?
“A prece é sempre agradável a Deus, quando ditada pelo
coração, pois, para Ele, a intenção é tudo. Assim,
preferível Lhe é a prece do íntimo à prece lida, por muito
bela que seja, se for lida mais com os lábios do que com o
coração. Agrada-Lhe a prece, quando dita com fé, com
fervor e sinceridade. Mas, não creias que O toque a do
homem fútil, orgulhoso e egoísta, a menos que signifique,
de sua parte, um ato de sincero arrependimento e de
verdadeira humildade.”
659. Qual o caráter geral da prece?
“A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar Nele;
é aproximar-se Dele; é pôr-se em comunicação com Ele. A
três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar,
pedir, agradecer.”
21. Livro dos Espíritos
660. A prece torna melhor o homem?
“Sim, porquanto aquele que ora com fervor e confiança se
faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia
bons Espíritos para assisti-lo. É este um socorro que
jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.”
661. Poderemos utilmente pedir a Deus que perdoe as
nossas faltas?
“Deus sabe discernir o bem do mal; a prece não esconde as
faltas. Aquele que a Deus pede perdão de suas faltas só o
obtém mudando de proceder. As boas ações são a
melhor prece, por isso que os atos valem mais que as
palavras.”
22. Livro dos Espíritos
662. Pode-se, com utilidade, orar por outrem?
“O Espírito de quem ora atua pela sua vontade de praticar o
bem. Atrai a si, mediante a prece, os bons Espíritos e estes
se associam ao bem que deseje fazer.”
O pensamento e a vontade representam em nós um
poder de ação que alcança muito além dos limites da
nossa esfera corporal. A prece que façamos por outrem é
um ato dessa vontade. Se for ardente e sincera, pode
chamar, em auxílio daquele por quem oramos, os bons
Espíritos, que lhe virão sugerir bons pensamentos e dar a
força de que necessitem seu corpo e sua alma. Mas, ainda
aqui, a prece do coração é tudo, a dos lábios nada vale.
23. Livro dos Espíritos
663. Podem as preces, que por nós mesmos fizermos,
mudar a natureza das nossas provas e desviar-lhes o
curso?
“As vossas provas estão nas mãos de Deus e algumas há que
têm de ser suportadas até ao fim; mas, Deus sempre leva em
conta a resignação. A prece traz para junto de vós os bons
Espíritos e, dando-vos estes a força de suportá-las
corajosamente, menos rudes elas vos parecem. (...)
Ajuda-te a ti mesmo e o céu te ajudará, bem o sabes. (...)
Além disso, de quantos males não se constitui o homem o
próprio autor, pela sua imprevidência ou pelas suas faltas? Ele é
punido naquilo em que pecou. Todavia, as súplicas justas
são atendidas mais vezes do que supondes. Julgais, de
ordinário, que Deus não vos ouviu, porque não fez a vosso
favor um milagre, enquanto que vos assiste por meios tão
naturais que vos parecem obra do acaso ou da força das coisas.
Muitas vezes também, as mais das vezes mesmo, ele vos
sugere a ideia que vos fará sair da dificuldade pelo vosso
próprio esforço.”
24. Livro dos Espíritos
523. Acontecendo que os pressentimentos e a voz do
instinto são sempre algum tanto vagos, que devemos fazer,
na incerteza em que ficamos?
“Quando te achares na incerteza, invoca o teu bom Espírito, ou ora a
Deus, soberano senhor de todos, e Ele te enviará um de seus
mensageiros, um de nós.”
531. Extingue-se lhes com a vida corpórea a malevolência
dos seres que nos fizeram mal na Terra?
“Muitas vezes reconhecem a injustiça com que procederam e o mal que
causaram. Mas, também, não é raro que continuem a perseguir-vos,
cheios de animosidade, se Deus o permitir, por ainda vos
experimentar.”
a) - Pode-se pôr termo a isso? Por que meio?
“Podeis. Orando por eles e lhes retribuindo o mal com o bem,
acabarão compreendendo a injustiça do proceder deles. Demais, se
souberdes colocar-vos acima de suas maquinações, deixar-vos-ão, por
verificarem que nada lucram.”
25. Missionários da Luz
(André Luiz por Chico Xavier)
“A oração é o mais eficiente antídoto do vampirismo. A prece não é
movimento mecânico de lábios, nem disco de fácil repetição no
aparelho da mente. É vibração, energia, poder. A criatura que
ora, mobilizando as próprias forças, realiza trabalhos de inexprimível
significação. Semelhante estado psíquico descortina forças
ignoradas, revela a nossa origem divina e coloca-nos em contato
com as fontes superiores. Dentro dessa realização, o Espírito, em
qualquer forma, pode emitir raios de espantoso poder. Os raios
divinos, expedidos pela oração santificadora, convertem-se em
fatores adiantados de cooperação eficiente e definitiva na
cura do corpo, na renovação da alma e iluminação da
consciência. Toda prece elevada é manancial de magnetismo
criador e vivificante e toda criatura que cultiva a oração, com o
devido equilíbrio do sentimento, transforma-se gradativamente, em
foco radiante de energias da Divindade”.
26. Entre o Céu e a Terra
(André Luiz por Chico Xavier)
“A prece, qualquer que ela seja, é ação provocando a
reação que lhe corresponde. Conforme a sua natureza,
paira na região em que foi emitida ou eleva-se mais, ou
menos, recebendo a resposta imediata ou remota, segundo
as finalidades a que se destina. Cada prece, tanto quanto
cada emissão de força, se caracteriza por determinado
potencial de frequência e todos estamos cercados por
Inteligências capazes de sintonizar com o nosso apelo,
à maneira de estações receptoras”.
27. Evolução em dois mundos
(André Luiz por Chico Xavier)
“Assim é que orar em nosso favor é atrair a Força Divina para a
restauração de nossas forças humanas, e orar a benefício
dos outros ou ajudá-los, através da energia magnética, à
disposição de todos os espíritos que desejem realmente servir,
será sempre assegurar-lhes as melhores possibilidades de auto-
reajustamento, compreendendo-se, porém, que o amor
consola, instrui, ameniza, levanta, recupera e redime, todos
estamos condicionados à justiça a que voluntariamente nos
rendemos, perante a Vida Eterna, justiça que preceitua,
conforme os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus-Cristo, seja
dado isso ou aquilo a cada um segundo as suas próprias
obras, cabendo-nos recordar que as obras felizes ou
menos felizes podem ser fruto de nossa orientação todos
os dias e, por isso mesmo, todos os dias será possível
alterar o rumo de nosso próprio roteiro”.
28. Mecanismos da mediunidade
(André Luiz por Chico Xavier)
“Daí resulta o impositivo da vigilância sobre a nossa
própria orientação, de vez que somente a conduta reta
sustenta o reto pensamento e, de posse do reto
pensamento, a oração, qualquer que seja o nosso grau
de cultura intelectual, é o mais elevado toque de
indução para que nos coloquemos, para logo, em regime
de comunhão com as Esferas Superiores. A mente
centralizada na oração pode ser comparada a uma
flor estelar, aberta ante o Infinito, absorvendo-lhe
o orvalho nutriente de vida e luz”.
29.
30. Oração – Eficiência da prece
Infelizmente a maioria prefere ser socorrido por um
milagre ao ter que fazer algum esforço.
Do ponto de vista moral, o que devemos pedir na prece:
Pedi a luz que vos clareie o caminho e ela vos será dada;
Pedi forças para resistirdes ao mal e as tereis;
Pedi a assistência dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-
vos e vos guiarão;
Pedi bons conselhos e eles não vos serão jamais recusados;
mas, é preciso:
Pedir sinceramente, com fé, confiança e fervor; apresentai-vos
com humildade e não com arrogância, sem o que sereis
abandonados às vossas próprias forças e as quedas que
tiverdes serão o castigo do vosso orgulho.
Tal o sentido das palavras: buscai e achareis; batei e abrir-se-
vos-á.
31. Oração – Eficiência da prece
É injusto acusar a Providência de não atender a todo
pedido que Lhe é feito, porque Ela sabe, melhor do que
nós, aquilo que é para nosso bem.
Deus sempre concederá a coragem, a paciência e a
resignação para aqueles que Lhe pedirem com
confiança. Também concederá os meios para que se
livrem, por si mesmos, das dificuldades, através das
ideias que os bons espíritos irão sugerir, deixando-
lhe assim o mérito da ação.
“Ajudem-se que o céu os ajudará”.
32. Maneira de Orar
O dever primordial de toda criatura humana, o primeiro ato
que deve assinalar a sua volta à vida ativa de cada dia, é a
prece.
Quase todos vós orais, mas quão poucos são os que sabem
orar!
Deve ela subir humilde aos pés do Senhor, para lhe
recomendar a vossa fraqueza, para lhe suplicar amparo,
indulgência e misericórdia. Deve ser profunda, A vossa prece
deve conter o pedido das graças de que necessitais, mas
de que necessitais em realidade. Inútil, portanto,
pedir ao Senhor que vos abrevie as provas, que vos dê
alegrias e riquezas. Rogai-lhe que vos conceda os bens
mais preciosos da paciência, da resignação e da fé.
Não digais, como o fazem muitos: "Não vale a pena orar,
porquanto Deus não me atende." Que é o que, na maioria
dos casos, pedis a Deus? Já vos tendes lembrado de pedir-
lhe a vossa melhoria moral?
33. Ação da Prece
A prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra,
pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se
dirige. Pode ter por objeto um pedido, um agradecimento,
ou uma glorificação. Podemos orar por nós mesmos ou por
outrem, pelos vivos ou pelos mortos. As preces feitas a
Deus escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução de
suas vontades; as que se dirigem aos bons Espíritos são
reportadas a Deus. Quando alguém ora a outros seres que
não a Deus, fá-lo recorrendo a intermediários, a
intercessores, porquanto nada sucede sem a vontade de
Deus.
Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos
que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a
inspirar-lhe ideias sãs. Ele adquire, desse modo, a força
moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao
caminho reto, se deste se afastou.
34. Atenção
Ao atender um pedido que lhe é dirigido, Deus procura
recompensar a intenção, o devotamento e a fé daquele que
pede. É por isso que a prece do homem de bem tem
mais valor aos olhos de Deus e também maior
eficiência. O homem vicioso e mau não consegue orar com
fervor e confiança, pois ele não possui o sentimento da
verdadeira piedade.
Os espíritos, pela ação fluídica que exercem sobre os
homens, suprem, quando necessário, a insuficiência
daquele que ora, seja através de uma ação direta em seu
nome, seja dando-lhe no momento da oração uma força
extra, desde que o julguem merecedor desse auxílio.
MERECIMENTO # MISERICÓRDIA
35. Poder da prece
O poder da prece esta no pensamento. Assim, ela não
depende de palavras, nem do lugar, nem do momento e
muito menos da forma como é feita. Portanto, pode-se orar
em qualquer lugar e a qualquer hora, sozinho ou em
conjunto.
O lugar e o tempo de duração da prece são importantes
apenas quando a pessoa encontra-se em um estado de
recolhimento.
A prece em conjunto tem uma ação mais poderosa
quando todos aqueles que oram se associam de coração a
um mesmo pensamento e possuem o mesmo objetivo. Ex.
“Evangelho no lar”, Preces e irradiações nas casas espiritas,
etc.
36. Livro dos Espíritos
664. Será útil que oremos pelos mortos e pelos Espíritos
sofredores? E, neste caso, como lhes podem as nossas preces
proporcionar alívio e abreviar os sofrimentos? Têm elas o poder
de abrandar a justiça de Deus?
“A prece não pode ter por efeito mudar os desígnios de Deus, mas a
alma por quem se ora experimenta alívio, porque recebe assim um
testemunho do interesse que inspira àquele que por ela pede e
também porque o desgraçado sente sempre um refrigério, quando
encontra almas caridosas que se compadecem de suas dores. Por outro
lado, mediante a prece, aquele que ora concita o desgraçado ao
arrependimento e ao desejo de fazer o que é necessário para ser
feliz. Neste sentido é que se lhe pode abreviar a pena, se, por sua
parte, ele secunda a prece com a boa-vontade. O desejo de
melhorar-se, despertado pela prece, atrai para junto do Espírito
sofredor Espíritos melhores, que o vão esclarecer, consolar e
dar-lhe esperanças. Jesus orava pelas ovelhas desgarradas,
mostrando-vos, desse modo, que culpados vos tornaríeis, se não
fizésseis o mesmo pelos que mais necessitam das vossas preces.”