1. CURSO DE MEDICINA
DISCIPLINA DE ANATOMIA DESCRITIVA E TOPOGRÁFICA
ANATOMIA DESCRITIVA I
ROTEIRO PRÁTICO DE ANATOMIA
Professor Dr. Marco Antonio de Angelis
2015
2. ANATOMIA HUMANA
A anatomia é a ciência que estuda a estrutura de nosso corpo. É dividida em Anatomia Sistêmica (estuda
o corpo em uma série de sistemas de órgãos, tais como, ósseo, articular, circulatório, etc.); Anatomia Regional
(estuda as regiões do corpo como tórax, abdome, coxa, braço) e Anatomia Clínica (que enfatiza aspectos da
estrutura e da função do corpo que são importantes no exercício das áreas relacionadas à saúde).
POSIÇÃO ANATÔMICA
As descrições anatômicas tendem a relacionar a estrutura com a posição anatômica,
padronizando e facilitando o seu entendimento.
O indivíduo em posição anatômica:
Está em pé (posição ereta ou ortostática);
Com a cabeça voltada anteriormente e o olhar na linha do horizonte;
Tem os membros superiores pendentes ao longo do tronco, com as palmas das mãos voltadas
anteriormente;
Tem os membros inferiores justapostos, com os dedos dos pés direcionados anteriormente.
TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO
Descrevem as relações das partes do nosso corpo em posição anatômica.
Anterior ou ventral: voltado ou mais próximo da fronte;
Posterior ou dorsal: voltado ou mais próximo do dorso;
Superior ou cranial: voltado ou mais próximo da cabeça;
Inferior ou podálico: voltado ou mais próximo do pé;
Medial: mais próximo do plano mediano;
Lateral: mais próximo do plano mediano;
Intermédio: entre uma estrutura lateral e outra medial;
Proximal: mais próximo do tronco ou do ponto de origem do membro;
Distal: mais distante do tronco ou do ponto de origem do membro;
Médio: entre uma estrutura proximal e outra distal;
Superficial: mais próximo da superfície;
Profundo: mais distante da superfície;
Interno: no interior de um órgão ou de uma cavidade;
Externo: externamente a um órgão ou a uma cavidade;
Ipsilateral: do mesmo lado;
Contralateral: do lado oposto.
3. TERMINOLOGIA USADA NA OSTEOLOGIA
Linha – margem óssea suave;
Crista – margem óssea proeminente;
Tubérculo – pequena saliência arredondada;
Tuberosidade – média saliência arredondada;
Trocanter – grande saliência arredondada;
Maléolo – saliência óssea semelhante à cabeça de um martelo;
Espinha – projeção óssea afilada;
Processo – projeção óssea;
Ramo – processo alongado;
Faceta – superfície articular lisa e tendendo a plana;
Fissura – abertura óssea em forma de fenda;
Forame – abertura óssea arredondada;
Fossa – pequena depressão óssea;
Cavidade – grande depressão óssea;
Sulco – depressão óssea estreita e alongada;
Meato – canal ósseo;
Côndilo – proeminência elíptica que se articula com outro osso;
Epicôndilo – pequena proeminência óssea situada acima do côndilo;
Cabeça – extremidade arredondada de um osso longo, geralmente separada do corpo do osso através de
uma região estreitada denominada colo.
4. OSSOS DA CABEÇA, PESCOÇO E TRONCO
CRÂNIO
NEUROCRÂNIO
Calvária
Lâmina externa
Díploe
Lâmina interna
Sulcos arteriais (ramos das artérias meníngeas médias)
Sulco do seio sagital superior
Cavidade do crânio
OSSOS
Frontal (1)
Occipital (1)
Esfenoide (1)
Etmoide (1)
Parietal (2)
Temporal (2)
Fossa temporal
SEIOS PARANASAIS
Seio frontal
Seio maxilar
Seio esfenoidal
Células etmoidais
BASE INTERNA DO CRÂNIO
FOSSA ANTERIOR DO CRÂNIO
Crista etmoidal
Lâmina cribriforme do etmoide
Parte orbital do frontal
FOSSA MÉDIA DO CRÂNIO
Osso esfenoide
Canal óptico
Fissura orbital superior
Processo clinoide anterior
Sela turca
Fossa hipofisial
Forame redondo
Forame oval
Forame espinhoso
Osso temporal
Abertura interna do canal carótico
FOSSA POSTERIOR DO CRÂNIO
Osso temporal
Meato acústico interno
Forame jugular
Osso occipital
Parte basilar
5. Forame magno
Canal do nervo hipoglosso
Protuberância occipital interna
Fossa cerebelar
BASE EXTERNA DO CRÂNIO
Palato ósseo (processo palatino da maxila + lâmina horizontal do osso palatino)
Lâmina perpendicular do osso palatino
Fossa incisiva
Forame palatino maior
Espinha nasal posterior
Osso esfenoide
Asa maior
Processo pterigoide
Lâmina lateral
Fossa pterigóidea
Lâmina medial
Forame oval
Forame espinhoso
Osso temporal
Parte petrosa
Processo mastoide
Processo estiloide
Forame estilomastóideo
Abertura externa do canal carótico
Fossa jugular
Parte timpânica
Meato acústico externo
Parte escamosa
Processo zigomático
Fossa mandibular
Forame jugular
Osso occipital
Forame magno
Parte basilar
Côndilo occipital
Canal do nervo hipoglosso
Protuberância occipital externa
VISCEROCRÂNIO
OSSOS
Nasal (2)
Lacrimal (2)
Zigomático (2)
Maxila (2)
Concha nasal inferior (2)
Palatino (2)
Vômer (1)
Mandíbula (1)
Zigomático
Processo frontal
Processo temporal
Maxila
6. Forame infraorbital
Processo alveolar
Alvéolos dentais
Espinha nasal anterior
Processo zigomático
Processo palatino
Mandíbula
Corpo da mandíbula
Protuberância mentual
Forame mentual
Parte alveolar
Alvéolos dentais
Ramo da mandíbula
Ângulo da mandíbula
Forame da mandíbula
Processo coronoide
Incisura da mandíbula
Processo condilar
REGIÕES COMUNS AO NEUROCRÂNIO E VISCEROCRÂNIO
Órbita
Margem supraorbital
Margem infraorbital
Canal lacrimonasal
Cavidade nasal óssea
Septo nasal ósseo (lâmina perpendicular do etmoide + vômer)
Abertura piriforme
Conchas nasais superiores e médias do etmoide
Conchas nasais inferiores
Arco zigomático = processo zigomático do temporal + processo temporal do zigomático
OSSÍCULOS DA AUDIÇÃO
Martelo, Bigorna e Estribo.
COLUNA VERTEBRAL
Canal vertebral
Forames intervertebrais
CARACTERÍSTICAS DE UMA VÉRTEBRA TÍPICA
Corpo vertebral
Forame vertebral
Arco vertebral
Pedículo do arco vertebral
Lâmina do arco vertebral
Processo espinhoso
Processo transverso (processo costiforme nas vértebras lombares)
Processo articular superior
Processo articular inferior
VÉRTEBRAS CERVICAIS (C I – C VII)
7. Forame transversário
ATLAS (C I)
Face articular superior
Face articular inferior
Arco anterior do atlas
Fóvea do dente
Tubérculo anterior
Arco posterior do atlas
Tubérculo posterior
ÁXIS (C II)
Dente do áxis
VÉRTEBRA PROEMINENTE (C VII)
VÉRTEBRAS TORÁCICAS (T I – T XII)
Fóvea costal superior
Fóvea costal inferior
Fóvea costal do processo transverso
VÉRTEBRAS LOMBARES (L I – L V)
SACRO (S I – S V)
Base do sacro
Promontório
Asa do sacro
Processo articular superior
Parte lateral
Face auricular
Tuberosidade sacral
Face pélvica
Forames sacrais anteriores
Face dorsal
Crista sacral mediana
Forames sacrais posteriores
Canal sacral
Hiato sacral
CÓCCIX (CO I – CO IV)
ESQUELETO DO TÓRAX (EXCETO VÉRTEBRAS E SUAS ARTICULAÇÕES)
COSTELAS (I-XII)
Costelas verdadeiras (I-VII)
Costelas falsas (VIII-X)
Costelas flutuantes (XI-XII)
Cartilagem costal
Cabeça da costela
Colo da costela
Corpo da costela
Tubérculo da costela
Ângulo da costela
Sulco da costela
ESTERNO
8. Manúbrio do esterno
Incisura clavicular
Incisura jugular
Ângulo do esterno
Corpo do esterno
Processo xifoide
CAIXA TORÁCICA
Cavidade torácica
Abertura superior do tórax
Abertura inferior do tórax
Arco costal
Espaço intercostal
Ângulo infraesternal
OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR
OSSOS DO CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR E DO BRAÇO
ESCÁPULA
Margens medial, lateral e superior
Ângulos inferior e superior
Fossa subescapular
Espinha da escápula
Fossa supraespinal
Fossa infraespinal
Acrômio
Cavidade glenoidal
Processo coracoide
CLAVÍCULA
Extremidade esternal
Corpo da clavícula
Extremidade acromial
Tubérculo conoide
ÚMERO
Cabeça do úmero
Colo anatômico
Colo cirúrgico
Tubérculo maior
Tubérculo menor
Sulco intertubercular
Corpo do úmero
Tuberosidade para o músculo deltoide
Côndilo do úmero
Tróclea do úmero
Capítulo do úmero
Fossa do olécrano
Fossa coronóidea
Epicôndilo medial
Sulco do nervo ulnar
Epicôndilo lateral
OSSOS DO ANTEBRAÇO
9. RÁDIO
Cabeça do rádio
Circunferência articular
Colo do rádio
Corpo do rádio
Tuberosidade do rádio
Processo estiloide do rádio
Tubérculo dorsal
Incisura ulnar
Face articular carpal
ULNA
Olécrano
Incisura troclear
Processo coronoide
Tuberosidade da ulna
Incisura radial
Corpo da ulna
Cabeça da ulna
Processo estiloide da ulna
OSSOS DA MÃO
OSSOS CARPAIS
Fileira proximal: escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme
Fileira distal: trapézio, trapezoide, capitato e hamato (hâmulo do hamato)
OSSOS METACARPAIS (I-V)
Base
Corpo
Cabeça
FALANGES
Falanges proximal, média e distal
OSSOS DO MEMBRO INFERIOR
OSSOS DO CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR E DA COXA
OSSO DO QUADRIL
Acetábulo
Fossa do acetábulo
Incisura do acetábulo
Face semilunar
Forame obturado
Ramo isquiopúbico
Incisura isquiática maior
Ílio
Asa do ílio
Linha arqueada
Crista ilíaca
Tubérculo ilíaco
Espinha ilíaca anterossuperior
Espinha ilíaca anteroinferior
10. Espinha ilíaca posterossuperior
Espinha ilíaca posteroinferior
Fossa ilíaca
Face glútea
Face auricular
Tuberosidade ilíaca
Ísquio
Corpo do ísquio
Ramo do ísquio
Túber isquiático
Espinha isquiática
Incisura isquiática menor
Púbis
Corpo do púbis
Tubérculo púbico
Face sinfisial
Ramo superior do púbis
Eminência iliopúbica
Linha pectínea do púbis
Ramo inferior do púbis
PELVE ÓSSEA (OSSOS DO QUADRIL + SACRO + CÓCCIX)
Abertura superior da pelve
Abertura inferior da pelve
Ângulo subpúbico
Cavidade pélvica
FÊMUR
Cabeça do Fêmur
Fóvea da cabeça do fêmur
Colo do fêmur
Trocanter maior
Trocanter menor
Crista intertrocantérica
Corpo do Fêmur
Tuberosidade glútea
Linha áspera
Face poplítea
Côndilo medial
Epicôndilo medial
Côndilo lateral
Epicôndilo lateral
Face patelar
Fossa intercondilar
OSSOS DO JOELHO E DA PERNA
PATELA
Base da patela
Ápice da patela
Face articular
TÍBIA
11. Face articular superior
Côndilo medial
Côndilo lateral
Eminência intercondilar
Tubérculos intercondilares lateral e medial
Corpo da tíbia
Tuberosidade da tíbia
Margem anterior
Maléolo medial
Incisura fibular
FÍBULA
Cabeça da fíbula
Ápice da cabeça da fíbula
Colo da fíbula
Corpo da fíbula
Maléolo lateral
Face articular do maléolo lateral
OSSOS DO PÉ
OSSOS TARSAIS
Tálus
Cabeça do tálus
Colo do tálus
Corpo do tálus
Tróclea do tálus
Calcâneo
Tuberosidade do calcâneo
Processos medial e lateral
Sustentáculo do tálus
Navicular
Cuneiformes medial, intermédio e lateral
Cuboide
OSSOS METATARSAIS (I-V)
Base
Corpo
Cabeça
FALANGES
Falanges proximal, média e distal.
Cabeça, corpo e base
12. ARTICULAÇÕES (=JUNTURAS)
Prof. Amâncio Ramalho Júnior
Articulação, s.f. - denominação que se dá aos modos de união dos ossos entre si; união entre
peças de um aparelho ou máquina.
Juntura, s.f. - O mesmo que junção; junta; articulação; união.
O sentido da palavra articulação sugere movimento entre duas peças, porém, isso nem sempre
é verdade. Assim, devemos ressaltar o significado correto da palavra, que é "união", sem pressupor que
possam ocorrer deslocamentos entre os elementos relacionados.
Em anatomia, articulações ou junturas são as uniões funcionais entre os diferentes ossos do
esqueleto. Vários são os tipos existentes e diferenciam-se pelo tipo de movimento que ocorre, ou não, entre os
ossos unidos.
O desenvolvimento das articulações dá-se ainda no período embrionário, quando o mesoderma
organiza-se em núcleos contínuos em forma de eixos ou colunas. A partir desse momento surgem os primeiros
indícios dos ossos e articulações pela condensação do mesoderma em determinados locais e formas. Esse
mesoderma condrificará e posteriormente se ossificará, dando origem aos ossos. As porções não condensadas
de mesoderma indiferenciado ali interpostas podem se desenvolver em três direções dando origem a: tecidos
fibrosos que não permitem movimentos, como no caso dos ossos do crânio; tecidos cartilagíneos como por
exemplo na união entre os ossos púbicos, que permitem movimentos parciais e finalmente, pode também
ocorrer a diferenciação em tecido frouxo com a formação de uma cavidade entre as partes, o que resultará em
uma articulação com movimentos amplos.
Os tecidos circunjacentes aos núcleos mesodérmicos darão origem ao periósteo e pericôndrio e
a extensão destes por sobre as extremidades desses núcleos irá formar as cápsulas articulares. A espessura
dessas cápsulas não é uniforme, e os espessamentos que nela ocorrem são os elementos de reforço
denominadas ligamentos.
CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES
As articulações ou junturas são classificadas de acordo com sua estrutura, amplitude de
movimento e também segundo os eixos em torno dos quais esses ocorrem.
Assim, as articulações imóveis ou sinartroses, denominadas junturas fibrosas são aquelas
onde o contato entre os ossos é quase direto, com interposição de fina camada de tecido conjuntivo e onde o
movimento é quase inexistente. As junturas fibrosas podem ser de três tipos: sindesmose, sutura e gonfose.
Sindesmose é a articulação na qual dois ossos são unidos por fortes ligamentos interósseos e
não há superfície cartilaginosa na área de união. Exemplo: articulação tíbio-fibular distal.
Sutura é a articulação onde as margens ósseas são contíguas e separadas por uma delgada
camada de tecido fibroso. Esse tipo de articulação só é encontrado no crânio e pode ser de três tipos: Sutura
serrátil, quando as margens dos ossos são encaixadas e unidas por uma série de saliências e reentrâncias em
forma de serra,como observado entre os ossos parietais; sutura escamosa, formada pela sobreposição de dois
ossos contíguos, como entre o temporal e o parietal e sutura plana onde duas superfícies ósseas contiguas se
apõem como entre as partes horizontais dos ossos palatinos ou entre os maxilares.
13. Gonfose é a articulação de um processo cônico em uma cavidade e só é observada nas
articulações entre as raízes dos dentes e os alvéolos da mandíbula e da maxila.
As articulações com pequeno ou limitado grau de movimento, denominadas anfiartroses são
as junturas cartilagíneas, onde as uniões entre as superfícies ósseas contíguas são feitas por cartilagem. Os
tipos existentes são a sínfise e a sincondrose.
Sínfise é a união por discos fibrocartilaginosos achatados cuja estrutura pode ser complexa.
São observadas entre cada dois corpos vertebrais e entre os dois ossos púbicos.
Sincondroses são formas temporárias de articulação, uma vez que na idade adulta a
cartilagem é convertida em osso. São encontradas nas extremidades dos ossos longos entre as epífises e
metáfises e também entre os ossos esfenóide e occipital, na base do crânio.
O tipo de articulação mais frequente no corpo humano são as diartroses ou junturas
sinoviais, que possuem movimentos amplos. Nesse tipo de articulação as extremidades ósseas são revestidas
por cartilagem hialina e a união é feita por uma cápsula fibrosa revestida internamente pela membrana sinovial
que produz o líquido de mesmo nome que nutre e lubrifica a articulação. Espessamentos dessa cápsula, que a
reforçam, são os ligamentos extra-articulares. Em algumas articulações, além dos ligamentos extra-
articulares, existem também ligamentos intra-articulares, elementos diferenciados, que são revestidas por
membrana sinovial e participam dos mecanismos de limitação e orientação dos movimentos, como exemplo
podemos citar os ligamentos cruzados do joelho. Nesse tipo de articulação também podem estar presentes
discos ou meniscos articulares, estruturas fibrocartilaginosas unidas em sua periferia com a cápsula articular
cujas superfícies livres não são revestidas por membrana sinovial; um exemplo desse tipo de articulação é a
que existe entre o fêmur e a tíbia no joelho.
O tipo de movimento permitido nesse tipo de articulação é o que as classifica, considerando-se
principalmente o eixo em torno do qual esse ocorre.
Das uniaxiais, onde o movimento se faz em torno de um único eixo temos o tipo gínglimo ou
dobradiça onde esse eixo geralmente é transverso e o deslocamento se dá em um único plano. Nessas
articulações é frequente a presença de fortes ligamentos colaterais. Exemplo: Interfalângicas e Úmero-ulnar.
A Femoro-tibial do joelho é citada por alguns autores como gínglimo, no entanto isso é discutível, uma vez que
durante o seu movimento, além da flexão e extensão, também ocorrem movimentos de rotação ou lateralização.
Também uniaxiais são as articulações tipo pivô ou trocóide onde o movimento é
exclusivamente de rotação e ocorre em torno do eixo longitudinal. Nessas articulações existe um anel formado
em parte por ligamento e parte pela superfície óssea contígua; o pivô é o processo ou extremidade óssea que
roda dentro do anel. Como exemplo temos a articulação rádio-ulnar proximal e entre o dente do axis com o
atlas.
As articulações biaxiais, (movimentos em torno de dois eixos), podem ser dos tipos elipsóides,
condilares e selares. Nas elipsóides uma superfície articular ovóide é recebida em uma cavidade elíptica,
permitindo os movimentos de flexo-extensão e abdução-adução sem rotação axial, cujo movimento combinado
é denominado circundução. Como exemplo temos as articulações rádio cárpica e metacarpo-falangeanas. As
articulações condilares são aquelas nas quais duas superfícies convexas ou semi-esféricas deslizam sobre
outra superfície. Como exemplo temos o joelho e a temporo-mandibular São consideradas selares as
articulações em que as extremidades ósseas apostas são reciprocamente concavo-convexas, também com
14. movimentos de flexo-extensão e adução-abdução sem rotação axial. O exemplo típico é a articulação entre o
trapézio e o I metacarpo.
Quando os movimentos ocorrem em torno de três eixos permitindo a flexão-extensão, adução-
abdução e rotações axiais temos as articulações triaxiais ou esferóides, também denominadas enartroses. É
formada por uma cabeça esférica com uma cavidade em taça. Os melhores exemplos são as articulações do
quadril e do ombro.
Articulações planas são junturas sinoviais, também denominadas artródias ou deslizantes,
que só permitem o deslizamento entre as superfícies envolvidas. Essas são planas ou ligeiramente convexas e
a amplitude do movimento é controlada pelos ligamentos ou processos ósseos dispostos ao seu redor. Estão
presentes entre os processos articulares das vértebras, no carpo e no tarso.
TERMOS DE MOVIMENTO
Flexão: realizado no plano sagital e ao redor do eixo transversal, reduz o ângulo entre duas partes do
corpo;
Extensão: realizado no plano sagital e ao redor do eixo transversal, retorno da flexão ou aumenta o ângulo
entre duas partes do corpo;
Abdução: realizado no plano coronal e ao redor do eixo sagital, afasta parte do corpo do plano mediano ou
aumenta o ângulo entre duas partes do corpo.
Adução: realizado no plano coronal e ao redor do eixo sagital, aproxima parte do corpo do plano mediano
ou diminui o ângulo entre duas partes do corpo.
Rotação: girar em torno do próprio eixo, ou seja, realizado ao redor do eixo longitudinal, podendo ser,
lateral ou medial;
Supinação: movimento de rotação do antebraço com o rádio girando lateralmente ao redor de seu próprio
eixo; o dorso da mão fica voltado posteriormente e a palma anteriormente (posição anatômica);
Pronação: movimento de rotação do antebraço com o rádio girando medialmente ao redor de seu próprio
eixo; o dorso da mão fica voltado anteriormente e a palma posteriormente;
Eversão: movimento realizado na articulação talocalcânea, afastando a planta do pé do plano mediano;
Inversão: movimento realizado na articulação talocalcânea, aproximando a planta do pé do plano
mediano;
Oposição ou oponência: dirigir a polpa do polegar (primeiro dedo) em direção à polpa do dedo mínimo
(quinto dedo);
Reposição: é o retorno do polegar à posição anatômica;.
Elevação: levantar uma parte do corpo;
Depressão (abaixamento): abaixar uma parte do corpo;
Protrusão: movimento realizado para frente;
Retrusão: movimento realizado para trás;
Circundução: movimento circular combinado (flexão-abdução-extensão-adução) que descreve um cone
cujo ápice é o centro da articulação.
15. ARTICULAÇÕES DO CRÂNIO
ARTICULAÇÕES FIBROSAS
Sutura coronal (tipo serrátil)
Sutura sagital (tipo serrátil)
Sutura lambdóidea (tipo serrátil)
Sutura escamosa (tipo escamosa)
Sutura frontonasal (tipo plana)
Sutura internasal (tipo plana)
Sutura intermaxilar (tipo plana)
Sutura palatina mediana (tipo plana)
ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL
ARTICULAÇÕES FIBROSAS – TIPO SINDESMOSE
Ligamento longitudinal anterior
Ligamento longitudinal posterior
Ligamentos interespinais
Ligamento supraespinal
Ligamentos intertransversários
Ligamentos amarelos (entre as lâminas dos arcos vertebrais)
ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS
Sínfise intervertebral
Disco intervertebral
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
Articulação atlantoaxial (mediana e lateral)
Articulações dos processos articulares (tipo plana)
Articulação lombossacral (tipo plana)
ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS
Sincondrose esfenoccipital
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
Articulação temporomandibular (= ATM)
ARTICULAÇÕES DO TÓRAX
Articulações costovertebrais: (entre cabeça da costela e corpo vertebral)
Articulação costotransversária (entre tubérculo da costela e processo transverso)
Articulações esternocostais (entre esterno e cartilagens costais)
Articulações costocondrais (entre costelas e cartilagens costais)
Sincondrose manubrioesternal
Sínfise xifosternal
ARTICULAÇÕES DO CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR E DO OMBRO
Ligamento coracoacromial (fibrosa – sindesmose)
Articulação acromioclavicular (sinovial plana)
Ligamento acromioclavicular
Ligamento coracoclavicular
Articulação esternoclavicular (sinovial selar)
Articulação do ombro (sinovial esferóidea)
Cápsula articular
Ligamentos glenoumerais
Lábio glenoidal
16. ARTICULAÇÕES DO COTOVELO E DO ANTEBRAÇO
Articulação umeroulnar (sinovial gínglimo)
Articulação umerorradial (sinovial esferóidea)
Articulação radiulnar proximal (sinovial trocóidea)
Cápsula articular
Ligamento colateral ulnar
Ligamento colateral radial
Ligamento anular do rádio
Membrana interóssea do antebraço (fibrosa – sindesmose)
Articulação radiulnar distal (sinovial trocóidea)
ARTICULAÇÕES DA MÃO
Articulação radiocarpal (sinovial elipsóidea)
Articulação carpometacarpal do polegar (sinovial selar)
Articulações metacarpofalângicas (sinoviais elipsóideas)
Articulações interfalângicas da mão (sinoviais gínglimo)
ARTICULAÇÕES DO CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR E DO QUADRIL
Sínfise púbica (cartilagínea – sínfise)
Articulação sacroilíaca (sinovial plana e fibrosa sindesmose)
Ligamento sacrotuberal
Ligamento sacroespinal
Forame isquiático maior
Forame isquiático menor
Articulação do quadril (sinovial esferóidea)
Cápsula articular
Ligamento iliofemoral
Ligamento isquiofemoral
Ligamento pubofemoral
Ligamento da cabeça do fêmur
Lábio do acetábulo
ARTICULAÇÕES DO JOELHO E DA PERNA
Articulação do joelho (sinovial bicondilar)
Menisco lateral
Menisco medial
Ligamento menisco femural posterior
Ligamento cruzado anterior
Ligamento cruzado posterior
Ligamento colateral fibular
Ligamento colateral tibial
Ligamento da patela
17. Articulação tibiofibular (sinovial plana)
Sindesmose tibiofibular (fibrosa - sindesmose)
Membrana interóssea da perna
Ligamento tibiofibular anterior
Ligamento tibiofibular posterior
ARTICULAÇÕES DO PÉ
Articulação talocrural (“articulação do tornozelo”) (sinovial gínglimo)
Ligamento colateral medial ou deltóideo
Ligamento colateral lateral
Articulação talocalcânea (sinovial plana)
Articulações interfalângicas do pé (sinoviais gínglimo)
18. MÚSCULOS DA CABEÇA
MÚSCULOS DA FACE (MÚSCULOS DA MÍMICA OU DA EXPRESSÃO FACIAL)
M. occipitofrontal
Ventre frontal
Ventre occipital
M. prócero
M. orbicular do olho
M. orbicular da boca
M. abaixador do ângulo da boca
M. abaixador do lábio inferior
M. zigomático maior
M. zigomático menor
M. levantador do ângulo da boca
M. levantador do lábio superior
M. levantador do lábio superior e da asa do nariz
M. bucinador
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO
M. masseter
M. temporal
M. pterigóideo lateral
M. pterigóideo medial
MÚSCULOS DO PESCOÇO
M. platisma
M. esternocleidomastóideo
M. escaleno anterior
M. escaleno médio
M. escaleno posterior
Mm. suboccipitais
M. reto posterior maior da cabeça
M. reto posterior menor da cabeça
M. oblíquo superior da cabeça
M. oblíquo inferior da cabeça
Mm. supra-hióideos
M. digástrico
ventre anterior
ventre posterior
M. estilo-hióideo
M. milo-hióideo
M. gênio-hióideo
Mm. infra-hióideos
M. esterno-hióideo
M. omo-hióideo
M. esternotireóideo
M. tíreo-hióideo
MÚSCULOS DO TÓRAX
M. peitoral maior
M. peitoral menor
M. serrátil anterior
Mm. intercostais externos
Mm. intercostais internos
M. diafragma
Parte lombar do diafragma
19. Parte costal do diafragma
Parte esternal do diafragma (hiato aórtico, hiato esofágico, centro tendíneo, forame da
veia cava)
MÚSCULOS DO ABDOME
M. reto do abdome
Intersecções tendíneas
Bainha do músculo reto do abdome (lâmina anterior e lâmina posterior)
M. oblíquo externo do abdome
M. oblíquo interno do abdome
M. transverso do abdome
Linha alba
Canal inguinal e ligamento inguinal
M. quadrado do lombo
MÚSCULOS DO DORSO
M. trapézio
M. latíssimo do dorso
M. romboide maior
M. romboide menor
M. levantador da escápula
M. serrátil posterior inferior
M. eretor da espinha
M. iliocostal
M. longuíssimo
M. espinal
Aponeurose toracolombar
M. esplênio da cabeça
M. esplênio do pescoço
MÚSCULOS DO OMBRO
M. deltoide (partes clavicular, acromial e espinal)
M. supraespinal*
M. infraespinal*
M. redondo maior
M. redondo menor*
M. subescapular*
* Estes músculos são considerados componentes do “manguito rotador”.
MÚSCULOS DO BRAÇO
Compartimento Anterior do Braço
M. bíceps braquial
Cabeça longa
Cabeça curta
M. braquial
M. coracobraquial
Compartimento Posterior do Braço
M. tríceps braquial
Cabeça longa
Cabeça curta (lateral)
Cabeça medial
20. MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO
Compartimento Anterior do Antebraço
Músculos Superficiais
M. pronador redondo
M. flexor radial do carpo
M. palmar longo
M. flexor ulnar do carpo
M. flexor superficial dos dedos
Músculos Profundos
M. flexor profundo dos dedos
M. flexor longo do polegar
M. pronador quadrado
Compartimento Posterior do Antebraço
Músculos Superficiais
M. ancôneo
M. braquiorradial
M. extensor radial longo do carpo
M. extensor radial curto do carpo
M. extensor dos dedos
M. extensor do dedo mínimo
M. extensor ulnar do carpo
Músculos Profundos
M. supinador
M. abdutor longo do polegar
M. extensor curto do polegar
M. extensor longo do polegar
M. extensor do indicador
MÚSCULOS DA MÃO
M. palmar curto**
Mm. interósseos palmares
Mm. interósseos dorsais
Mm. lumbricais
M. adutor do polegar
** Músculo superficial, situado na tela subcutânea da região hipotenar.
Região tenar
M. abdutor curto do polegar
M. flexor curto do polegar
M. oponente do polegar
Região hipotenar
M. abdutor do dedo míimo
M. flexor curto do dedo mínimo
M. oponente do dedo mínimo
Retináculo dos músculos flexores
Retináculo dos músculos extensores
Aponeurose palmar
Túnel do carpo
21. MÚSCULOS DA COXA
Compartimento Anterior
M. sartório*
M. iliopsoas
M. psoas maior
M. ilíaco
M. quadríceps femoral
M. reto femoral
M. vasto medial
M. vasto lateral
M. vasto intermédio
Compartimento Medial
M. pectíneo**
M. grácil*
M. adutor longo
M. adutor curto
M. adutor magno
Compartimento Posterior
M. bíceps femoral
Cabeça longa
Cabeça curta
M. semitendíneo*
M. semimembranáceo
MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA
M. glúteo máximo
M. glúteo médio
M. glúteo mínimo
M. tensor da fáscia lata -Fáscia lata - Trato iliotibial
M. piriforme
M. gêmeo superior
M. gêmeo inferior
M. obturador interno
M. quadrado femoral
M. obturador externo***
* Os tendões dos músculos sartório, grácil e semitendíneo inserem-se em conjunto, constituindo o chamado
“pes anserinus” ou pata de ganso.
** Alguns autores incluem este músculo no compartimento anterior da coxa.
*** Alguns autores consideram este músculo no compartimento medial da coxa.
22. MÚSCULOS DA PERNA
Compartimento Anterior
M. tibial anterior
M. extensor longo dos dedos
M. extensor longo do hálux
M. fibular terceiro
Compartimento Posterior
Músculos Superficiais
M. tríceps sural
M. gastrocnêmio
Cabeça medial
Cabeça lateral
M. sóleo
Tendão do calcâneo
M. plantar
Músculos Profundos
M. poplíteo
M. tibial posterior
M. flexor longo dos dedos
M. flexor longo do hálux
Compartimento Lateral
M. fibular longo
M. fibular curto
MÚSCULOS DO PÉ
Compartimento dorsal do pé
M. extensor curto dos dedos
M. extensor curto do hálux
Compartimento medial da planta
M. abdutor do hálux
M. flexor curto do hálux
Compartimento lateral da planta
M. abdutor do dedo mínimo
M. flexor curto do dedo mínimo
Compartimento intermédio da planta
Aponeurose plantar
M. adutor do hálux
M. flexor curto dos dedos
M. quadrado plantar
Mm. lumbricais
Compartimento interósseo do pé
Mm. interósseos plantares
Mm. interósseos dorsais
23. AÇÃO MUSCULAR – MEMBRO SUPERIOR
01. ARTICULAÇÃO DO OMBRO
Classificação: sinovial esferóidea – triaxial
FLEXORES
Parte clavicular (ant.) do músculo deltoide
M. coracobraquial
M. peitoral maior
EXTENSORES
Parte espinal (post.) do músculo deltoide
M. latíssimo do dorso
ABDUTORES
M. deltoide
M. supraespinal
ADUTORES
M. peitoral maior
M. latíssimo do dorso
M. redondo maior
ROTADORES MEDIAIS
M. subescapular
M. latíssimo do dorso
M. redondo maior
M. peitoral maior
Parte clavicular (ant.) do músculo deltoide
ROTADORES LATERAIS
M. infraespinal
M. redondo menor
Parte espinal (post.) do músculo deltoide
02. ARTICULAÇÃO UMEROULNAR
Classificação: sinovial gínglimo – uniaxial
FLEXORES
M. braquial
M. bíceps braquial
M. braquiorradial
M. pronador redondo
EXTENSORES
M. tríceps braquial
03. ARTICULAÇÃO RADIULNAR PROXIMAL
Classificação: sinovial trocóidea – uniaxial
PRONADORES
M. pronador quadrado
M. pronador redondo
24. SUPINADORES
M. supinador
M. bíceps braquial
04. ARTICULAÇÃO RADIOCARPAL (“ARTICULAÇÃO DO PUNHO”)
Classificação: sinovial elipsóidea – biaxial
FLEXORES
M. flexor ulnar do carpo
M. flexor radial do carpo
M. flexor superficial dos dedos
M. flexor profundo dos dedos
EXTENSORES
M. extensor radial longo do carpo
M. extensor radial curto do carpo
M. extensor ulnar do carpo
M. extensor dos dedos
ABDUTORES
M. flexor radial do carpo
M. extensor radial longo do carpo
ADUTORES
M. flexor ulnar do carpo
M. extensor ulnar do carpo
25. AÇÃO MUSCULAR – MEMBRO INFERIOR
01. ARTICULAÇÃO DO QUADRIL
Classificação: sinovial esferóidea – triaxial
FLEXORES
M. iliopsoas
M. reto femoral
M. sartório
M. pectíneo
EXTENSORES
M. glúteo máximo
M. bíceps femoral – cabeça longa
M. semitendíneo
M. semimembranáceo
M. adutor magno
ABDUTORES
M. glúteo médio
M. glúteo mínimo
M. tensor da fáscia lata
ADUTORES
M. pectíneo
M. grácil
Mm. adutores longo, curto e magno
ROTADORES MEDIAIS
Mm. glúteos médio e mínimo
M. tensor da fáscia lata
ROTADORES LATERAIS
M. piriforme
Mm. gêmeos superior e inferior
Mm. obturadores interno e externo
M. quadrado femoral
M. glúteo máximo
M. iliopsoas
02. ARTICULAÇÃO DO JOELHO
Classificação: sinovial bicondilar – biaxial
FLEXORES
Mm. do jarrete (bíceps femoral, semitendíneo, semimembranáceo)
M. gastrocnêmio
M. sartório
M. grácil
EXTENSORES
M. quadríceps femoral
03. ARTICULAÇÃO TALOCRURAL
Classificação: sinovial gínglimo – uniaxial
26. FLEXORES PLANTARES
M. tríceps sural
M. plantar
M. tibial posterior
Mm. fibulares
DORSIFLEXORES
M. tibial anterior
M. extensor longo do hálux
M. extensor longo dos dedos
M. fibular terceiro
04. ARTICULAÇÃO TALOCALCÂNEA
Classificação: sinovial plana – uniaxial
EVERSORES
M. fibular longo
M. fibular curto
INVERSORES
M. tibial anterior
M. tibial posterior
28. CEREBELO
HEMISFÉRIOS DO CEREBELO
VERME DO CEREBELO
MORFOLOGIA EXTERNA
LOBO ANTERIOR DO CEREBELO
LÍNGULA DO CEREBELO
LÓBULO CENTRAL
CÚLMEN
FISSURA PRIMÁRIA
LOBO POSTERIOR DO CEREBELO
PIRÂMIDE
ÚVULA
TONSILA DO CEREBELO
FISSURA PÓSTERO-LATERAL
LOBO FLOCULONODULAR
FLÓCULO
NÓDULO
MORFOLOGIA INTERNA
CORPO MEDULAR DO CEREBELO (SUBSTÂNCIA BRANCA)
NÚCLEOS DO CEREBELO
NÚCLEO DENTEADO
DIENCÉFALO
EPITÁLAMO
GLÂNDULA PINEAL
TRÍGONO HABENULAR
TÁLAMO
TUBÉRCULO ANTERIOR DO TÁLAMO
PULVINAR DO TÁLAMO
METATÁLAMO
CORPO GENICULADO MEDIAL
CORPO GENICULADO LATERAL
HIPOTÁLAMO
CORPO MAMILAR
QUIASMA ÓPTICO
TRATO ÓPTICO
NERVO ÓPTICO
NEURO-HIPÓFISE
TÚBER CINÉREO
TERCEIRO VENTRÍCULO
SULCO HIPOTALÂMICO
FORAME INTERVENTRICULAR
PLEXO CORIÓIDEO
29. TELENCÉFALO
FACE SÚPERO-LATERAL DO HEMISFÉRIO CEREBRAL
SULCO CENTRAL
SULCO LATERAL
LOBO FRONTAL
SULCO PRÉ-CENTRAL
GIRO PRÉ-CENTRAL
GIRO FRONTAL SUPERIOR
SULCO FRONTAL SUPERIOR
GIRO FRONTAL MÉDIO
SULCO FRONTAL INFERIOR
GIRO FRONTAL INFERIOR
Parte orbital
Parte triangular
Parte opercular
LOBO PARIETAL
SULCO PÓS-CENTRAL
GIRO PÓS-CENTRAL
LÓBULO PARIETAL SUPERIOR
LÓBULO PARIETAL INFERIOR:
GIRO SUPRAMARGINAL
GIRO ANGULAR
LOBO OCCIPITAL
GIROS OCCIPITAIS
LOBO TEMPORAL
GIRO TEMPORAL SUPERIOR
SULCO TEMPORAL SUPERIOR
GIRO TEMPORAL MÉDIO
SULCO TEMPORAL INFERIOR
GIRO TEMPORAL INFERIOR
GIRO TEMPORAL TRANSVERSO ANTERIOR
LOBO INSULAR
GIROS CURTOS E LONGOS
FACES MEDIAL E INFERIOR DO HEMISFÉRIO CEREBRAL
GIRO DO CÍNGULO
PRÉ-CÚNEO
SULCO PARIETOCCIPITAL
CÚNEO
SULCO CALCARINO
GIRO OCCIPITOTEMPORAL MEDIAL
GIRO PARA-HIPOCAMPAL
UNCO
SULCO COLATERAL
GIRO OCCIPITOTEMPORAL LATERAL
SULCO OCCIPITOTEMPORAL
SULCO OLFATÓRIO
TRATO OLFATÓRIO E BULBO OLFATÓRIO
CORPO CALOSO
Rostro
Joelho
30. Tronco do corpo
esplenio
COMISSURA ANTERIOR
LÂMINA TERMINAL
ÁREA SEPTAL
FÓRNICE
SEPTO PELÚCIDO
VENTRÍCULO LATERAL
FORAME INTERVENTRICULAR
CORNO FRONTAL (ANTERIOR)
CORNO OCCIPITAL (POSTERIOR)
CORNO TEMPORAL (INFERIOR)
PLEXO CORIÓIDEO
HIPOCAMPO
NÚCLEOS DA BASE
NÚCLEO CAUDADO
NÚCLEO LENTIFORME:
PUTAME
GLOBO PÁLIDO
CLAUSTRO
CORPO AMIGDALOIDE
CÁPSULA INTERNA
MENINGES
DURA-MÁTER
PARTE ENCEFÁLICA DA DURA-MÁTER
FOICE DO CÉREBRO
FOICE DO CEREBELO
TENTÓRIO (TENDA) DO CEREBELO
DIAFRAGMA DA SELA
ESPAÇO SUBDURAL
ESPAÇO EXTRADURAL (EPIDURAL)
PARTE ESPINAL DA DURA-MÁTER
ESPAÇO EXTRADURAL (PERIDURAL)
SEIOS DA DURA-MÁTER
SEIO SAGITAL SUPERIOR
SEIO SAGITAL INFERIOR
SEIO RETO
SEIO OCCIPITAL
CONFLUÊNCIA DOS SEIOS
SEIO TRANSVERSO
SEIO SIGMÓIDEO
ARACNOIDE-MÁTER
31. ESPAÇO SUBARACNÓIDEO
PARTE ENCEFÁLICA DA ARACNOIDE-MÁTER
GRANULAÇÕES ARACNÓIDEAS
PARTE ESPINAL DA ARACNOIDE-MÁTER
PIA-MÁTER
PARTE ENCEFÁLICA DA PIA-MÁTER
PARTE ESPINAL DA PIA-MÁTER
LIG. DENTICULADO
FILAMENTO TERMINAL
VASCULARIZAÇÃO DO S.N.C.
ARTÉRIAS DO ENCÉFALO
A. CARÓTIDA INTERNA
A. CEREBRAL ANTERIOR
A. COMUNICANTE ANTERIOR
A. CEREBRAL MÉDIA
A. COMUNICANTE POSTERIOR
A. CEREBRAL POSTERIOR
A. BASILAR
AA. CEREBELARES
A. VERTEBRAL
32. PLEXOS NERVOSOS E NERVOS INTERCOSTAIS
1-PLEXO CERVICAL (Ramos ventrais de C1, C2, C3 e C4)
Ramos musculares (motores)
2-Nervo frênico
PLEXO BRAQUIAL (Ramos ventrais de C5, C6, C7, C8 e T1;
3-Tronco superior (ramos ventrais de C5 e C6 e por fibras de C4)
4-Tronco médio (ramo ventral de C7)
5-Tronco inferior (ramos ventrais de C8 e T1 e por fibras de T2)
Cada tronco dá origem a duas divisões: Divisão anterior e Divisão posterior
6-Fascículo lateral (divisões anteriores dos troncos superior e médio)
7-Fascículo medial (divisão anterior do tronco inferior)
8-Fascículo posterior (divisões posteriores dos troncos superior, médio e inferior)
Principais nervos do plexo braquial:
9- Nervo musculocutâneo
10- Nervo mediano
11- Nervo ulnar
12- Nervo radial
13- Nervo axilar
14-NERVO INTERCOSTAIS (ramos ventrais de T1 – T12)
15- Nervo subcostal
16- PLEXO LOMBOSSACRAL (Ramos ventrais de L1, L2, L3, L4, L5, S1, S2 , S3 e S4)
Plexo lombar (Ramos ventrais de L1, L2, L3 e L4 e fibras de T12)
17- Nervo obturatório
18- Nervo femoral
Plexo sacral (Ramos ventrais de L4, L5, S1, S2 e S3 e fibras de S4)
19- Nervo glúteo superior
20- Nervo glúteo inferior
21- Nervo pudendo
22- Nervo isquiático
23- Nervo tibial
24-Nervo fibular comum
33. ROTEIRO DE NEUROANATOMIA: SISTEMA VISUAL
MÚSCULOS EXTRÍNSECOS
Músculo Oblíquo Superior
Músculo Oblíquo Inferior
Músculo Reto Superior
Músculo Reto Medial
Músculo Reto Inferior
Músculo Reto Lateral
ESTRUTURAS ANEXAS AO BULBO OCULAR
Músculo Levantador da Pálpebra Superior
Glândula Lacrimal
Corpo Adiposo da Órbita
Conjuntivas bulbar
Conjuntivas palpebral
Nervo óptico
TÚNICA EXTERNA
Córnea
Limbo esclero-corneal
Esclera
TÚNICA MÉDIA OU ÚVEA
Coróide
Íris
Corpo ciliar
Seio venoso da esclera (Canal de Schlemm)
TÚNICA INTERNA
Retina
MEIOS DIOPTRICOS DO BULBO OCULAR
Córnea
Humor aquoso
35. Dissecação da órbita: roteiro prático.
Prof. Dr. Ricardo Luis Smith
A - Abertura: retire a asa menor do esfenóide pela fissura orbital superior ou realize um orifício na lâmina orbital.
Remova o teto com pinça, expondo a periórbita íntegra. Retire parte da parede medial expondo as células
etmoidais mantendo os vasos etmoidais anteriores e posteriores. Retire parte da parede lateral.
B - Faça a seção da periórbita com três cortes do centro para os ângulos (ápice, fronto-medial e fronto-lateral),
cuidado no corte em direção ao ápice pois o nervo troclear se dispõe abaixo da periórbita. Disseque-o antes de
secioná-la. Rebata a periórbita.
C - O nervo frontal ficou exposto, disseque-o juntamente com seus ramos supra-orbital e supra-troclear até o limite
da órbita. Disseque o nervo lacrimal lateralmente até a glândula lacrimal. Localize o nervo nasociliar, disseque o
músculo oblíquo superior até a tróclea.
D - Localize os elementos da fáscia orbital (bainha dos músculos e ligamentos). Secione o músculo levantador da
pálpebra superior e o músculo reto superior no 1/3 proximal (ao ápice). Identifique a divisão superior do nervo
oculomotor e os vasos musculares. Identifique a fáscia bulbar (Tenon) e os ligamentos intermusculares e o
transverso (superior). Localize a veia oftálmica superior.
E - Retire a gordura retrobulbar isolando os elementos contidos no espaço do cone muscular. disseque o nervo
nasociliar, ciliares longos e infratroclear. Antes de dissecar o nervo óptico, localize o gânglio ciliar e os nervos
ciliares curtos lateralmente e no 1/3 distal (ao olho) do nervo óptico. Disseque a artéria oftálmica desde a sua
origem na artéria carótida interna. Identifique todos os seus ramos.
F - Disseque o músculo reto lateral e exponha o nervo abducente na sua face interna. Disseque os músculos retos
medial e inferior. Identifique a divisão inferior do nervo oculomotor- e sua penetração no músculo oblíquo inferior.
Disseque o tendão do músculo oblíquo superior até sua inserção na esclera e note as duas bainhas que o
envolvem.
G.- Disseque o seio cavernoso, identificado o gânglio trigeminal e os nervos oftálmico maxilar e mandibular.
Localize a artéria carótida interna que realiza o sifão neste seio. Localize aí os três nervos motores do olho.
H - Pela face: identifique os elementos da anatomia de superfície: pontos lacrimais: Tente dissecar os canalículos
lacrimais. Rebata a cútis da região orbitaria. Disseque o músculo orbicular do olho (partes orbital, pré-septal e pré-
tarsal). Disseque as pálpebras em planos. Cútis (margem da pálpebra e cílios ).músculo orbicular do olho, tarso (no
superior continuar até o tendão, do músculo levantador em forma de leque), conjuntiva e septo orbital. Localize a
porção palpebral da glândula lacrimal. Disseque os ligamentos palpebrais medial e lateral. Localize a origem do
músculo obliquo inferior e a emergência dos ramos do nervo infra-orbital. No canto medial, os vasos angulares.
Atrás do ligamento palpebral medial, localize o saco lacrimal.
I.- Secione a conjuntiva na margem do limbo e abaixo dela a fáscia bulbar. Siga o espaço epiescleral até os
tendões dos músculos e exponha-os. Corte a túnica externa do olho no limbo, levante a córnea. Identifique as
estruturas oculares, comparando com o olho bovino anteriormente dissecado.
36. ROTEIRO DE NEUROANATOMIA: SISTEMA VESTIBULOCOCLEAR
ORELHA EXTERNA
Orelha
Hélice
Antélice
Escafa
Fossa tringular
Concha
Cimba da concha
Cavidade da concha
Antitrago
Trago
Lóbulo da orelha
Meato Acústico Externo
parte cartilaginosa
parte óssea
ORELHA MÉDIA
Ossículos da audição:
Estribo
Bigorna
Martelo
Membrana do tímpano
Janela do vestíbulo (oval)
Promontório
Janela da cóclea (redonda)
Nervo vestibulococlear
Antro mastóideo
Tuba auditiva
ORELHA INTERNA
Vestíbulo
Canal semicircular anterior
Canal semicircular posterior
Canal semicircular lateral
Cóclea
Nervo vestíbulococlear
Nervo facial
37. SISTEMA DIGESTÓRIO
BOCA
Lábios e bochechas (com corpo adiposo da bochecha)
Rima da boca
Ângulo da boca
Cavidade oral
Vestíbulo da boca
Cavidade própria da boca
Palato duro (com pregas palatinas transversas e rafe do palato)
Palato ósseo
Processo palatino da maxila
Lâmina horizontal do palatino
Palato mole (= véu palatino)
Músculos do palato mole e fauces
M. levantador do véu palatino
M. tensor do véu palatino
M. da úvula
M. palatofaríngeo
M. palatoglosso
Dentes
Arco dental maxilar (=superior)
Arco dental mandibular (=inferior)
Tipos de dentes: incisivos, caninos, pré-molares e molares
Língua
Raiz da língua
Corpo da língua
Ápice, dorso e margens
Frênulo da língua
Papilas linguais: filiformes, fungiformes, folhadas e circunvaladas
Tonsilas linguais
Músculos extrínsecos da língua
M. genioglosso
M. estiloglosso
M. palatoglosso
M. hioglosso
Camada de músculos intrínsecos
Fauces
Istmo das fauces
Úvula palatina
Arco palatoglosso
Glândulas salivares maiores
Glândula parótida e ducto parotídeo
Glândula submandibular e ducto submandibular
Glândula sublingual
Músculos da mastigação
M. temporal
M. masseter
M. pterigóideos lateral e medial
Músculos supra-hióideos
M. digástrico
M. gênio-hióideo
M. milo-hióideo (este constitui o “diafragma oral”)
M. estilo-hióideo
38. FARINGE
(Estabelecer os limites entre as partes da faringe)
Parte nasal da faringe
Parte oral da faringe
Pregas glossoepiglóticas mediana e laterais
Valécula epiglótica
Fauces
Arco palatofaríngeo
Fossa tonsilar
Tonsila palatina
Parte laríngea da faringe
Recesso piriforme
Músculos da faringe
M. constritor superior da faringe
M. constritor médio da faringe CONSTRITORES DA FARINGE
M. constritor inferior da faringe
M. estilofaríngeo
M. palatofaríngeo LEVANTADORES DA FARINGE
M. salpingofaríngeo
ESÔFAGO
Partes cervical, torácica e abdominal (estabelecer os limites).
ESTÔMAGO
Paredes anterior e posterior
Cárdia, fundo gástrico, corpo gástrico e parte pilórica
Curvaturas maior e menor
Piloro (na transição entre estômago e duodeno)
Omentos maior e menor (projeção de peritônio)
INTESTINO DELGADO
Duodeno
Parte superior
Parte descendente
Papila maior do duodeno
Parte horizontal
Parte ascendente
Flexura duodenojejunal
Jejuno e íleo (constituem as alças intestinais, que se fixam na parede
posterior do abdome pelo mesentério).
Mesentério
Parte terminal do íleo
39. INTESTINO GROSSO
Ceco
Apêndice vermiforme
Papila ileal
Colo ascendente
Flexura direita do colo
Colo transverso
Mesocolo transverso
Flexura esquerda do colo
Colo descendente
Colo sigmoide
Mesocolo sigmoide
Saculações do colo
Apêndices omentais do colo
Tênias do colo (fitas musculares características do ceco e colos)
Reto
Pregas transversais do reto
Ampola do reto
Flexura sacral
Canal anal
Flexura anorretal
Colunas anais
Mm. esfíncteres externo e interno do ânus
Ânus (abertura do canal anal para o meio exterior)
FÍGADO
Faces diafragmática e visceral
Lobos hepático direito, hepático esquerdo, quadrado e caudado
Porta do fígado (=hilo, por onde passam estruturas do pedículo do fígado).
Pedículo do fígado: v. porta, a. hepática própria e ducto hepático comum
Ligamentos falciforme, redondo do fígado e coronário.
Vesícula biliar
Ducto hepático comum, ducto cístico e ducto colédoco (ampola hepatopancreática)
Sulco da veia cava e fossa da vesícula biliar
PÂNCREAS
Cabeça, colo, corpo e cauda do pâncreas
Ducto pancreático
PERITÔNIO
Peritônio parietal e peritônio visceral
40. SISTEMA CIRCULATÓRIO
Prof. Dr. José Carlos Prates
CORAÇÃO
A - Conceito: é um músculo ôco com função de bomba aspirante e impulsora do sangue.
B - Situação: na cavidade torácica, entre as duas regiões pleuropulmonares, na região denominada de
mediastino médio.
C - Forma: no vivo, cone com a base para cima. No cadáver, pirâmide triangular com a base para cima.
D - Configuração externa: três faces, uma base, um ápice, uma margem, 4 sulcos e paredes.
Faces: podemos distinguir as faces do coração a partir destas comparações:
Face: Esternocostal Esquerda ou Pulmonar Diafragmática
Superfície: pouco abaulada bem abaulada plana
Gordura: acentuada discreta praticamente ausente
Base: aurículas, aorta e aurícula esquerda e vv. átrios e vv. cavas e
tronco pulmonar. pulmonares esquerdas. pulmonares direitas.
Sulcos: oblíquo ausente vertical
CONSTITUIÇÃO:
Na face esternocostal ou anterior, identificamos as paredes do ventrículo direito
(predominante), ventrículo esquerdo e sulco interventricular anterior (ponto de referência para a identificação
das paredes).
Na face esquerda ou pulmonar, identificamos a parede do ventrículo esquerdo.
Na face diafragmática ou inferior, identificamos as paredes dos ventrículos direito e
esquerdo e o sulco interventricular posterior (ponto de referência para a identificação das paredes). Não há
predomínio evidente entre as paredes ventriculares.
Base (acima do sulco atrioventricular ou coronário)
Veia cava superior: lateral e posterior à artéria aorta. Desemboca no átrio direito e drena
o sangue proveniente da cabeça, pescoço, membros superiores e tórax (região supradiafragmática).
Veia cava inferior: logo acima do sulco atrioventricular. Geralmente só é possível
visualizar o óstio de sua desembocadura no átrio direito. Drena o sangue proveniente dos membros inferiores,
cavidades e órgãos pélvicos e abdominais (região infradiafragmática).
Veias pulmonares: em número de 4 (quatro), desembocam no átrio esquerdo, duas à
direita e duas à esquerda. Dependendo do nível de secção realizado para retirar o coração da cavidade
torácica, podemos ter 4 óstios ou, 1 óstio comum de um lado e 2 óstios separados do outro ou, 1 óstio comum
de cada lado. As veias pulmonares direitas estão muito próximas do sulco interatrial.
Artéria aorta: originando-se no ventrículo esquerdo, apresenta trajeto ascendente,
cruzando posteriormente o tronco pulmonar e reaparecendo à direita deste (aorta ascendente), para em
seguida, descreve um arco para trás e para a esquerda (arco da aorta).
Tronco pulmonar: originando-se no ventrículo direito, apresenta trajeto ascendente e
para a esquerda, cruzando anteriormente a artéria aorta; inferiormente ao arco da aorta, bifurca-se nas artérias
pulmonares direita e esquerda.
Átrios: são as cavidades receptoras de sangue e, as aurículas são os seus
prolongamentos.
Áurículas: são expansões anteriores dos átrios direito e esquerdo, apresentam forma de
orelhas que se prolongam lateralmente à aorta (aurícula direita) e ao tronco pulmonar (aurícula esquerda).
41. Margem direita: é o encontro das faces esternocostal e diafragmática. Constituída
unicamente por parede do ventrículo direito que, por não se hipertrofiar, como as paredes do ventrículo
esquerdo, não chegou a constituir uma face como no lado esquerdo.
Sulcos: a separação interna entre átrios direito e esquerdo, entre os ventrículos direito e
esquerdo e entre os átrios e ventrículos, se evidencia externamente através de depressões denominadas de
sulcos.
Sulcos interventriculares: o sulco interventricular anterior situa-se na face esternocostal
e é preenchido por gordura e vasos (a. e v. interventriculares anteriores). O sulco interventricular anterior
apresenta trajeto oblíquo da esquerda para a direita, originando-se lateralmente ao tronco pulmonar e
prolongando-se até o ápice do coração.
O sulco interventricular posterior situa-se na face diafragmática, e é preenchido por vasos
(a. e v. interventriculares posteriores), este sulco apresenta trajeto praticamente perpendicular ao ápice do
coração, no qual se prolonga.
Incisura do ápice: é uma reentrância situada no ápice do coração, resultado da
continuidade dos sulcos interventriculares anterior e posterior. A parte mais saliente do ápice do coração é
constituída unicamente pela parede do ventrículo esquerdo.
Sulco interatrial: situado na base do coração, estende-se entre as veias pulmonares
direitas e o seio venoso (entre as desembocaduras das vv. cavas superior e inferior). Internamente corresponde
ao septo interatrial.
Sulco atrioventricular ou coronário: situado entre a base e as faces cardíacas,
contorna o coração, sendo interrompido na frente, onde é cruzado pela raiz do tronco pulmonar. Este sulco é
preenchido posteriormente pelo seio coronário, anteriormente, pelo tronco da a. coronária direita e lateralmente
à esquerda, pelo tronco da a. coronária esquerda e a. circunflexa.
E - Orientação do coração: ápice para baixo, para a esquerda e para frente, isto é, o eixo maior do coração
está disposto de cima para baixo, da direita para a esquerda e de trás para
frente.
F - Fixação do coração: o coração é mantido em sua posição pela sua continuidade com os vasos da base,
como as artérias pulmonares direita e esquerda e principalmente a cruz venosa, que
é constituída da seguinte forma: braço vertical - vv. cavas inferior e superior; braço
horizontal - vv. pulmonares direitas e esquerdas.
G – Suspensão do coração: o coração mantém-se suspenso na cavidade torácica pela continuidade
com a artéria aorta.
H - CONFIGURAÇÃO INTERNA DO CORAÇÃO
Septo interatrial: é uma parede que separa os átrios direito e esquerdo, em ambos os
lados, o septo apresenta vestígios fetais da primitiva comunicação interatrial na vida intra-uterina.
Septo atrioventricular: é a porção do septo que separa o átrio direito do ventrículo
esquerdo, isto ocorre porque o átrio direito é mais alongado que o átrio esquerdo, devido a tração exercida
pelas vv. cavas superior e inferior (braço vertical da cruz venosa) em comparação a tração horizontal exercida
pelas vv. pulmonares direitas e esquerdas sobre o átrio esquerdo.
Septo interventricular: é uma parede que separa os ventrículos direito e esquerdo. Este
septo apresenta duas porções: Membranácea, que é superior e fina, e Muscular, que é inferior e volumosa.
Óstios atrioventriculares: são as passagens existentes entre os átrios e ventrículos
correspondentes. Os óstios atrioventriculares direito e esquerdo podem estar ocluídos pelas valvas
atrioventriculares direita (valva tricúspide) e esquerda (valva bicúspide ou mitral), ou permeável quando estas
valvas estão abertas.
42. ÁTRIO DIREITO
Apresenta duas porções: a posterior, na qual se abrem as grandes veias; é derivada
embriologicamente do corno direito do seio venoso absorvido, tem paredes lisas, sendo denominada seio das
veias. A anterior, com paredes rugosas (músculos pectíneos) é derivada embriologicamente do próprio átrio
primitivo e está em continuidade com a aurícula direita, anteriormente. O átrio direito comunica-se com o
ventrículo direito através do óstio atrioventricular direito.
O seio das veias inclui a porção posterior e a parede lateral até a crista terminal. Nesta
região do átrio direito desembocam os seguintes vasos:
Veia cava superior: desemboca superiormente na porção posterior do átrio. Seu óstio
está dirigido para baixo e para frente, não possuindo válvulas.
Veia cava inferior: desemboca na parte mais baixa da porção posterior do átrio, próximo
ao septo interatrial. Seu óstio encontra-se guarnecido por uma válvula semilunar rudimentar, a válvula da veia
cava inferior. Esta válvula durante a vida intra-uterina é bem desenvolvida, servindo para dirigir o sangue da
veia cava inferior para o átrio esquerdo através do forame oval, localizado no septo interatrial.
Seio coronário: transporta a maior parte do sangue venoso do próprio coração. A sua
desembocadura localiza-se entre o óstio da veia cava inferior e o óstio atrioventricular direito, sendo protegida
por uma delgada válvula semilunar, denominada válvula do seio coronário, que impede refluxo do sangue para
dentro do seio coronário durante a contração atrial.
Os forames das veias cardíacas mínimas são os óstios das diminutas veias (vv.
cardíacas mínimas), que transportam uma pequena quantidade de sangue diretamente da parede cardíaca.
Outros óstios de desembocadura (também pequenos) na parede anterior do átrio direito pertencem às vv.
cardíacas anteriores, que drenam a parede anterior do ventrículo direito.
Crista terminal: uma crista muscular, situada principalmente na parede lateral do átrio
direito. Ocupa o lugar da válvula venosa do embrião, correspondendo pela posição, ao sulco terminal da
superfície externa do átrio. A crista terminal indica a junção entre a parte do átrio direito originada da absorção
do corno direito do seio venoso (porção posterior) e a parte derivada do átrio primitivo (porção anterior).
Músculos pectíneos: são cristas musculares com disposição paralela, que a partir da
crista terminal correm para frente, inclinando-se em direção do óstio atrioventricular direito. Na aurícula direita ,
os músculos pectíneos unem-se entre si, de modo a formar uma rede muscular. Os músculos pectíneos já
revestiam a parede do átrio primitivo do coração fetal.
Fossa oval: é uma depressão oval na parte inferior do septo interatrial, acima e à
esquerda do óstio da veia cava inferior. É vestígio do forame oval, uma comunicação interatrial existente no
coração fetal. A membrana que forma o assoalho da fossa oval, corresponde ao septo primeiro (septum
primum) do coração fetal.
Limbo da fossa oval: é a margem saliente da fossa oval e representa o vestígio da
separação medial (válvula), que existia entre o seio venoso e o átrio primitivo durante a fase fetal do
desenvolvimento cardíaco.
ÁTRIO ESQUERDO
É menor do que o direito, porém suas paredes são mais espessas. A aurícula esquerda,
projeta-se para frente saindo de seu ângulo superior esquerdo. A cavidade do átrio esquerdo é formada, em
grande parte, pela veia pulmonar primitiva e as porções proximais das vv. pulmonares direitas e esquerdas, que
foram incorporadas à cavidade atrial durante o desenvolvimento cardíaco.
No interior do átrio esquerdo verificamos as seguintes estruturas: os óstios das veias
pulmonares, em número de 4 (quatro), abrem-se na parte superior da superfície posterior do átrio.
O óstio atrioventricular esquerdo, que comunica o átrio com o ventrículo
correspondente.
43. Os forames das vv. cardíacas mínimas, são os óstios de diminutas veias que trazem o
sangue da musculatura cardíaca.
Os músculos pectíneos, menos numerosos e menores do que aqueles do átrio direito,
estão confinados à superfície interna da aurícula esquerda.
No septo interatrial, pode ser vista uma impressão em forma de semilua, limitada
embaixo por uma crista em crescente, cuja concavidade está dirigida para cima (Válvula do forame oval); esta
válvula é o vestígio da margem superior do septo primeiro que delimita o forame oval do lado esquerdo, durante
a circulação fetal.
ELEMENTOS COMUNS AOS VENTRÍCULOS DIREITO E ESQUERDO
Trabéculas cárneas: são colunas musculares arredondadas ou irregulares que se
projetam de toda a superfície interna dos ventrículos, com exceção do infundíbulo, no ventrículo direito, cuja
parede é lisa. Funções: a) orientar a corrente sanguínea; b) nutrição do miocárdio através do endocárdio, e c)
auxiliar na contração dos ventrículos.
As trabéculas cárneas podem ser de três tipos: 1º) crista: trabécula cárnea presa à
parede ventricular em toda sua extensão; 2º) ponte: trabécula cárnea presa à parede ventricular apenas pelas
extremidades e livre na parte média, e 3º) músculos papilares ou pilares: trabécula cárnea que se continua
pela sua base com a parede ventricular, e seu ápice projeta-se na cavidade ventricular e se continua com as
cordas tendíneas, que se inserem nas válvulas das valvas atrioventriculares direita e esquerda.
Aparelho valvar: é o conjunto de estruturas que fecham ou abrem o óstio atrioventricular
de acordo com a fase do ciclo cardíaco (sístole ou diástole).
Anéis fibrosos direito e esquerdo: são contornos dos óstios atrioventriculares, no qual
estão inseridas as válvulas.
Válvula ou cúspide: é uma membrana com uma margem aderente, presa ao anel
fibroso, e uma margem livre, que se aproxima das outras margens livres, das demais válvulas, ocluindo o óstio
atrioventricular.
Para a oclusão do óstio atrioventricular, são necessárias mais de uma válvula; e ao
conjunto de válvulas, denominamos valva. A valva quando fechada impede a passagem de sangue do átrio
para o ventrículo e vice-versa.
Cordas tendíneas: são estruturas delgadas, semelhantes a fios que prendem as
válvulas ao músculos papilares e impedem a eversão das válvulas.
Músculos papilares ou pilares: trabécula cárnea que se continua pela sua base com a
parede ventricular, e seu ápice projeta-se na cavidade ventricular e se continua com as cordas tendíneas, que
se inserem nas válvulas das valvas atrioventriculares direita e esquerda.
VENTRÍCULO DIREITO
Estende-se do átrio direito até próximo ao ápice do coração. A parede do ventrículo
direito é mais delgada (3-4mm) do que àquela do ventrículo esquerdo, estando na proporção de 1:3.
O interior do ventrículo direito é parcialmente dividido em duas partes, de entrada e de
saída, por uma crista muscular, denominada crista supraventricular , situada entre os óstios atrioventricular
direito e pulmonar; esta trabécula cárnea do tipo crista orienta a corrente sanguínea da via de entrada para a
via de saída do ventrículo direito.
A via de entrada tem paredes rugosas, devido a presença de trabéculas cárneas. Ela
recebe o sangue do átrio direito através do óstio atrioventricular direito.
A via de saída ou infundíbulo tem paredes lisas e se dirige para cima, em direção ao
óstio pulmonar. O infundíbulo representa uma parte persistente do bulbo do coração que foi incorporada ao
ventrículo direito, e esta persistência como via de saída deste ventrículo é atribuída ao suporte que ela fornece
44. à valva pulmonar durante a diástole ventricular, desta forma, dizemos que o infundíbulo é uma região cônica,
situada por dentro do cone arterial e que antecede a origem do tronco pulmonar.
Valva atrioventricular direita (valva tricúspide): é o conjunto constituído geralmente
por 3 válvulas, situadas entre o átrio e o ventrículo direitos. De acordo com suas localizações, as válvulas são
denominadas de: anterior, posterior e septal.
Trabécula septomarginal: é uma trabécula cárnea, tipo ponte, situada próxima ao ápice
do ventrículo direito, ligando o septo interventricular ao músculo papilar anterior e parede anterior do ventrículo
direito.
A trabécula septomarginal tem valor histórico por ter sido esquematizada por Leonardo
Da Vinci em seus desenhos. Esta trabécula delimita inferiormente o Ostium bulbi, que se localiza entre as vias
de entrada e de saída, para orientar a corrente sanguínea em direção ao tronco pulmonar. No interior desta
trabécula encontramos o ramo direito do feixe atrioventricular (feixe de His) do complexo estimulante do
coração.
Músculo papilar anterior ou pilar anterior: O maior de todos, prende-se à parede
anterior do ventrículo direito, é freqüentemente único.
Músculo papilar posterior ou pilar posterior: preso à parede posterior do ventrículo
direito, é pequeno e de número variável.
Músculo papilar septal ou pilar septal: pequeno, de número variável, situa-se no septo
interventricular (porção muscular), próximo a crista supraventricular e tronco pulmonar.
Valva pulmonar: é o conjunto de 3 válvulas semilunares (1 posterior e 2 anteriores,
direita e esquerda), situadas entre o infundíbulo e a origem do tronco pulmonar.
A lúnula é a margem espessada da válvula semilunar; e o nódulo, é uma formação
endurecida no centro da lúnula, que completa a oclusão da valva, impedindo o refluxo sanguíneo.
VENTRÍCULO ESQUERDO
É mais longo e mais cônico do que o ventrículo direito, forma o ápice do coração. A
parede ventricular esquerda é cerca de 3 vezes mais espessa (9-12mm) do àquela do ventrículo direito.
Valva atrioventricular esquerda (valva mitral ou bicúspide): é o conjunto,
freqüentemente, constituído por 2 válvulas (anterior e posterior), situando-se entre o átrio e ventrículo
esquerdos. Quando fechada, oclui o óstio atrioventricular esquerdo, e quando aberta permite a passagem de
sangue do átrio para o ventrículo esquerdo.
Músculo papilar anterior ou pilar anterior: afastado do septo interventricular, preso à
parede ânterolateral do ventrículo esquerdo.
Músculo papilar posterior ou pilar posterior: próximo ao septo interventricular, preso à
parede posterior do ventrículo esquerdo (face diafragmática).
A valva aórtica consiste de 3 válvulas semilunares (1 anterior e 2 posteriores, direita
e esquerda), que se encontram inseridas no anel fibroso aórtico que circunda o óstio aórtico. A valva aórtica é
semelhante à valva pulmonar, mas suas válvulas são maiores, mais espessas e mais resistentes; as lúnulas
são mais evidentes e os nódulos mais espessos e salientes. Logo depois das bases das válvulas, a aorta
apresenta três dilatações acentuadas, denominadas seios aórticos, que são maiores do que aqueles na
origem do tronco pulmonar.
ESQUELETO FIBROSO DO CORAÇÃO
O esqueleto fibroso do coração está relacionado com os óstios arteriais e
atrioventriculares. Esse esqueleto apresenta estruturas interligadas, os trígonos fibrosos direito e esquerdo, os
ânulos fibrosos dos óstios arteriais e atrioventriculares, o tendão do infundíbulo e a porção membranácea do
septo interventricular.
45. Este esqueleto é formado pelos anéis fibrosos que circundam os óstios
atrioventriculares direito e esquerdo e arteriais e, refletindo a grande pressão a que estão submetidos, são mais
fortes do lado esquerdo do que do lado direito do coração. As fibras musculares dos átrios e dos ventrículos
prendem-se aos anéis atrioventriculares, os quais servem também para a inserção das valvas atrioventriculares
direita e esquerda.
O intervalo entre o anel fibroso aórtico, na frente, e os anéis fibrosos direito e
esquerdo, atrás, é ocupado por uma massa resistente de tecido fibroso, sendo denominado, trígono fibroso
direito. Uma massa semelhante, porém menor, de tecido fibroso, denominado trígono fibroso esquerdo,
situa-se entre o lado esquerdo do anel fibroso aórtico e a frente do anel fibroso esquerdo. O tendão do
infundíbulo é parte deste mesmo sistema fibroso, é uma faixa tendinosa que liga a face posterior do
infundíbulo à aorta. Circundando o óstio do tronco pulmonar temos o anel fibroso pulmonar.
COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO
Prof. Dr. José Carlos Prates
CONCEITO: É o conjunto de estruturas responsáveis pela origem e pela condução do estímulo necessário para
o desempenho da função cardíaca.
HISTÓRICO:
1ª Fase – Teorias do calor como origem
Hipócrates (460-376 a.C.) – Fogo Vestal.
Aristóteles (384-322 a.C.) – Calor Natural.
Galeno (130-200) – Força Vital.
Silvius (1614-1672) – Reação Iatroquímica.
2ª Fase – Teorias neurogênica e miogênica (controvérsias)
Willis (1644) – Neurogênica (semelhança com outros órgãos).
Lower (1631-91) – Ação do nervo vago.
Von Haller (1754) – Miogênica (distensão da fibra pelo sangue). Purkinje (1839) –
Descobre células que relaciona com contração.
Paladino (1876) – Identifica fibras musculares atrioventriculares.
Gaskell (1884) – Inervação do coração e fibras atrioventriculares.
His Jr. (1890) – Precedência embriológica da contração cardíaca.
Kent e His Jr. (1893) – Descoberta do feixe atrioventricular.
3ª Fase – Descobertas que confirmaram a teoria miogênica
Tawara (1906) – Nó atrioventricular.
Keith e Flack (1907) – Nó sinoatrial.
Wenckebach (1907) – Condução atrial (seio entrecavas).
Thorel (1909) – Condução atrial (crista terminal).
Lewis (1910) – Condução atrial (propagação radial).
Kent (1913) – Fascículo acessório atrioventricular.
Bachmann (1916) – Condução interatrial.
Manhain (1932) – Estimulação do septo interventricular.
James (1963) – Condução atrioventricular – feixes internodais.
NÓ SINOATRIAL
Terminologia: sinusal, sinuatrial, marcapasso, pacemaker, Keith e Flack, sinu-auricular e
ultimus moriens.
Descobrimento: Keith e Flack (1907).
Localização: na junção anterolateral da veia cava superior com o átrio direito, no ponto
de encontro de três (3) linhas que passam pela: margem superior da aurícula direita, margem lateral da veia
cava superior e sulco terminal (corresponde internamente à crista terminal).
Formato: variável - fusiforme, oval e ferradura. (Bruni, 1924).
Número: um (1). (duplo (2) – Pace, 1911).
Dimensão: comprimento (10 - 30mm); largura (1,8 - 5mm) e espessura (1 - 1,5mm).
Cor: branco amarelado.
Irrigação: artéria do nó sinoatrial (ramo da artéria coronária direita em 58% ou ramo da
artéria circunflexa que é ramo da artéria coronária esquerda em 42%).
46. CONDUÇÃO INTERATRIAL E INTERNODAL
A condução do impulso através da parede atrial é ainda controversa, apresentamos as
hipóteses que procuram explicar esta condução:
a) através de feixes especiais contínuos e descontínuos;
b) propagação radial através da musculatura atrial;
c) propagação preferencial por caminhos específicos.
Feixes Internodais
Terminologia: feixes internodais anterior, médio e posterior.
Descobrimento: respectivamente por Wenckebach (1907), Thorel (1909) e Bachmann
(1916). A confirmação destas descobertas foram feitas por James (1963) e Holsinger (1968).
Formato, Dimensão e Cor: Não são visíveis a olho nu.
Número: são três (3) os feixes internodais.
Localização:
Feixe Internodal Anterior: Origina-se no nó sinoatrial, passa por diante da
desembocadura da veia cava superior, continua pela parede superior do átrio direito até atingir o septo
interatrial, onde divide-se em dois (2) ramos. Um ramo dirige-se à parede do átrio esquerdo e, o outro ramo
apresenta um trajeto descendente através da porção mais anterior do septo interatrial, terminando no nó
atrioventricular.
Feixe Internodal Médio: Origina-se no nó sinoatrial, passa posteriormente à
desembocadura da veia cava superior, cruza obliquamente a parede atrial entre as veias cavas superior e
inferior em direção ao septo interatrial. No septo, apresenta um trajeto descendente e anterior à fossa oval,
terminando no nó atrioventricular.
Feixe Internodal Posterior: Origina-se no nó sinoatrial, penetra na espessura
da crista terminal, a qual percorre toda extensão, passando depois, entre os óstios de desembocadura do seio
coronário e da veia cava inferior, terminando no nó atrioventricular.
NÓ ATRIOVENTRICULAR
Terminologia: nó de Aschoff e Tawara, nó de Tawara e nó AV.
Descobrimento: Tawara (1906).
Localização: na porção inferior do septo interatrial, em sua face direita, ou seja, voltada
para o átrio direito; no trígono delimitado pelo óstio de desembocadura do seio coronário, óstio de
desembocadura da veia cava inferior e pela inserção da cúspide septal da valva atrioventricular direita
(=tricúspide) no anel fibroso direito.
Formato: ovóide.
Número: um (1).
Dimensão: comprimento (5mm); largura (3mm) e espessura (1mm).
Irrigação: artéria coronária direita em 90% ou artéria interventricular anterior ramo da
artéria coronária esquerda em 10%.
FEIXE ATRIOVENTRICULAR
Terminologia: fascículo atrioventricular, feixe de His e feixe de Kent.
Descobrimento: Kent e His Jr. (1893).
Localização: porção inferior e anterior da face direita do septo interatrial, atravessa o
trígono fibroso direito para em seguida, ocupar a parte direita da porção membranácea do septo
interventricular.
Formato: cordão.
Número: um (1).
Dimensão: comprimento (5-20mm); largura (2,5mm) e espessura (1,5mm).
Cor: amarelo escuro.
Divisões: ramos direito e esquerdo
CONDUÇÃO VENTRICULAR
Ramo Direito do Feixe Atrioventricular
Descobrimento: Tawara (1906).
47. Localização: parte direita da porção muscular do septo interventricular. Na porção alta
do septo é intramuscular, tornando-se subendocárdico a partir do terço médio, sendo às vezes visível,
acompanhando a trabécula septomarginal.
Formato: cordão cilíndrico.
Número: um (1).
Dimensão: comprimento (10 - 20mm) e largura (1 - 3mm).
Cor: amarelo.
Divisões: ramos anterior e posterior (septais possíveis).
Ramo Esquerdo do Feixe Atrioventricular
Descobrimento: Tawara (1906).
Localização: perfura a porção membranácea do septo interventricular, ocupando a parte
esquerda da porção muscular deste septo, onde é subendocárdico em toda sua extensão, fato que o torna
visível na maioria das vezes.
Formato: fita achatada.
Número: um (1).
Dimensão: comprimento (10 - 20mm) e largura (3 - 12mm).
Divisões: ramos anterior e posterior (septais e aórtico possíveis).
Ramos Subendocárdicos
Terminologia: rede subendocárdica e rede de Purkinje.
Descobrimento: Purkinje (1839).
Localização: os ramos subendocárdicos estão incluídos nas trabéculas cárneas de
ambos os ventrículos, é possível encontrá-los também isolados.
Vias Acessórias
Constituem as bases morfológicas da pré excitação.
a) conexões atrioventriculares acessórias:
feixes atriovalvares e ventriculovalvares (Paladino)
feixe atrioventricular lateral direito (Kent)
feixe acessório posterior (Kent; Rosembaum)
b) Conexões nó atrioventricular e feixe atrioventricular (Manhain)
c) Bypass feixe internodal posterior e feixe atrioventricular.
PRINCIPAIS ARTÉRIAS
Prof. Dr. José Carlos Prates
Aorta é a maior e principal artéria do corpo humano, já que direta e indiretamente
(através de ramos de seus ramos diretos) é responsável pela irrigação (nutrição) dos nossos tecidos.
A aorta origina-se no ventrículo esquerdo, assume de início, direção ascendente e para
a direita (aorta ascendente), volta-se a seguir para a esquerda e para trás, traçando uma curva (arco da
aorta). Coloca-se então, por diante da coluna vertebral a qual acompanha até ao nível de L4 (aorta
descendente), quando emite seus ramos terminais: aa. ilíacas comuns direita e esquerda.
PARTE ASCENDENTE DA AORTA
Ramos: Aa. coronárias direita e esquerda
1. A. coronária direita
Ramos: Aa. do cone, do nó sinuatrial, atriais, ventriculares, marginal direita e interventricular posterior
(ramos interventriculares septais).
T. I. - maior parte das paredes do AD e VD, nó sinuatrial (58%), parte da parede posterior do VE
e parte posterior e menor do septo interventricular.
2. A. coronária esquerda
Ramos: Aa. interventricular anterior (ramos interventriculares septais e diagonais), circunflexa
(ramos atriais, do nó sinoatrial (48%), marginal esquerda e posterior do ventrículo esquerdo).
T. I. - maior parte das paredes do AE e VE, parte da parede anterior do VD e parte anterior e maior
do septo interventricular.
48. ARCO DA AORTA
Ramos: tronco braquiocefálico, aa. carótida comum E e subclávia E.
1. Tronco braquiocefálico
Ramos: Aa. carótida comum direita e subclávia direita.
2. Aa. carótidas comuns direita e esquerda
Ramos: Aa. carótidas interna e externa.
3. A. carótida interna
Ramos: Aa. oftálmica e cerebrais anterior e média.
T. I. - encéfalo e bulbo ocular.
4. A. carótida externa
Ramos: Aa. tireóidea superior, lingual, facial, auricular posterior, occipital, maxilar
e temporal superficial.
T. I. - pescoço, face, couro cabeludo, crânio e dura-máter.
tireóidea superior (ramo laríngeo superior) - pescoço (músculos, glândula
tireóide, laringe);
A. lingual - língua e assoalho da cavidade da boca;
A. facial (ramos: Aa. labiais inferior e superior, lateral do nariz e angular) - porção
externa da face;
Aa. auricular posterior, occipital e temporal superficial (ramos: A. transversa da
face e ramos frontal e parietal) - porção externa da face, couro cabeludo e
crânio;
A. maxilar (ramos: Aa. alveolares inferior e posterior, meníngea média) - porção
interna da face, crânio e dura-máter.
5. Aa. subclávias direita e esquerda
Ramos: Aa. vertebral, torácica interna, dorsal da escápula e troncos tireocervical e
costocervical.
T. I. - encéfalo, medula espinhal, pescoço, membro superior e paredes torácica e
anterolateral do abdome.
A. vertebral - (ramos radiculares, Aa. espinhal anterior, inferiores posterioes do
cerebelo); a. basilar (ramos: Aa. inferiores anteriores do cerebelo, espinhais
posteriores, do labirinto, pontinas, superiores do cerebelo e cerebrais posteriores).
medula espinhal (porção cervical) e encéfalo.
A. torácica interna {ramos: Aa. pericárdico-frênica, esternais, intercostais
anteriores, epigástrica superior e músculo-frênica (ramos intercostais anteriores)} - parede torácica,
mama, pericárdio, pleura, m. diafragma e parede anterolateral do abdome.
Tronco tireocervical (ramos: Aa. tireóidea inferior, cervical ascendente, transversa
do pescoço e supra-escapular) - pescoço, ombro e região escapular.
Tronco costocervical (ramos: A. intercostal suprema com a primeira e segunda
Intercostais posteriores) - ombro, pescoço e os dois primeiros espaços intercostais.
6. A. axilar (continuação da a. subclávia a partir da margem externa da primeira costela).
Ramos: Aa. toracoacromial, torácica lateral, subescapular (ramos: Aa. circunflexa
da escápula e toracodorsal) e circunflexas anterior e posterior do úmero.
T. I. - ombro, região escapular, m. grande dorsal, parede torácica, mama e parte
livre do membro superior.
A. toracoacromial - ombro e parede torácica;
A. torácica lateral - parede torácica e mama;
A. subescapular - região escapular (a. circunflexa da escápula) e m. latíssimo do
dorso e parede torácica (a. toracodorsal).
Aa. circunflexas anterior e posterior do úmero - art. do ombro.
7. A. braquial (continuação da a. axilar a partir da margem inferior do m. redondo maio ou
m. peitoral maior)
49. Ramos: Aa. profunda do braço (ramos: Aa. nutrícias do úmero, colateral média e colateral radial),
colateral ulnar superior, radial (ramos: aa. recorrente radial,
principal do polegar e radial do indicador e ramos palmar superficial e carpal
dorsal) e ulnar (ramos: aa. recorrente ulnar, interóssea comum e ramos palmar
profundo e carpal dorsal).
T. I. - membro superior.
Aa. profunda do braço e colateral ulnar superior - braço e cotovelo.
Aa. radial e ulnar - cotovelo, antebraço, art. radiocárpica e mão.
8. Arcos palmares superficial e profundo e arco dorsal
Arco palmar superficial (formação) - a. ulnar e ramo palmar superficial da artéria
radial.
Ramos: Aa. digitais palmares comuns (ramos: aa. digitais palmares
próprias).
Arco palmar profundo (formação) - a. radial e ramo palmar profundo da a. ulnar.
Ramos: Aa. metacarpais palmares.
Arco dorsal (formação) - ramos carpais dorsais das aa. radial e ulnar.
Ramos: Aa. metacarpais dorsais (ramos: aa. digitais dorsais)
PARTE DESCENDENTE DA AORTA
AORTA TORÁCICA
Ramos:
1. Aa. bronquicas - brônquios e pulmões.
2. Aa. esofágicas - esôfago.
3. Aa. mediastinais - órgãos do mediastino.
4. Aa. intercostais posteriores e subcostal - partes posterior e lateral da parede torácica.
AORTA ABDOMINAL
Ramos:
1. A. frênica inferior
T. I. - m. diafragma e glândula supra-renal.
2. Tronco celíaco
Ramos: Aa. gástrica esquerda, esplênica ou lienal e hepática comum.
T. I. - esôfago abdominal, estômago, baço, pâncreas, duodeno, fígado
e vesícula biliar.
A. gástrica esquerda - esôfago abdominal e estômago.
A. esplênica
Ramos: A. gastro-omental esquerda, Aa. gástricas curtas.
T. I. - estômago, baço e pâncreas.
A. hepática comum
Ramos: Aa. hepática própria e gastroduodenal.
T. I. - fígado, estômago, pâncreas, vesícula biliar e duodeno.
A. hepática própria
Ramos: A. gástrica direita, ramo hepático esquerdo e ramo hepático direito
(com seu ramo a. cística).
T. I. - fígado, estômago, vesícula biliar e duodeno.
A. gástrica direita - estômago e duodeno.
A. cística - vesícula biliar.
50. A. gastroduodenal
Ramos: Aa. pancreaticoduodenal superior e gastro-omental direita.
T. I. - pâncreas, estômago e duodeno.
3. A. supra-renal média - glândula supra-renal.
4. A. mesentérica superior
Ramos: A. pancreaticoduodenal inferior, jejuno-ileais, ileocólica, cólica direita e cólica média.
T. I. - pâncreas, duodeno, jejuno-íleo e metade direita do intestino grosso.
5. A. gonadal - gônada e ureter.
6. A. renal - rim, glândula supra-renal e ureter.
7. Aa. lombares - parede lombar, medula espinhal e raízes nervosas.
8. A. mesentérica inferior
Ramos: Aa. cólica esquerda, sigmoídeas e retal superior.
T. I. - metade esquerda do intestino grosso.
9. Aa. ilíaca comum
Ramos: Aa. ilíacas interna e externa.
10. A. ilíaca interna
Ramos parietais: Aa. glútea superior, obturatória, umbilical, glútea inferior e
pudenda interna.
Ramos viscerais: Aa. retais, vesicais e uterina.
T. I. - paredes, órgãos pélvicos, períneo e raiz da coxa.
Aa. obturatória e glúteas superior e inferior - parede pélvica.
A. pudenda interna - períneo e reto.
11. A. ilíaca externa
Ramos: Aa. epigástrica inferior e circunflexa profunda do ílio.
T. I. - membro inferior e parede anterolateral do abdome.
12. A. femoral (continuação da a. ilíaca externa a partir do ligamento inguinal)
Ramos: A. femoral profunda.
T. I. - membro inferior.
13. A. femoral profunda
Ramos: Aa. circunflexa lateral da coxa, circunflexa medial da coxa e 1ª, 2ª e 3ª
perfurantes.
T. I. - coxa.
14. A. poplítea (continuação da a. femoral a partir da emergência no canal dos adutores)
Ramos: Aa. geniculares, tibial anterior e tronco tibiofibular.
T. I. - joelho, perna e pé.
A. tibial anterior - região anterior da perna e dorso do pé.
A. dorsal do pé (continuação da a. tibial anterior a partir de uma linha
intermaleolar).
T. I. - dorso do pé.
Tronco tibiofibular - regiões posterior da perna e planta do pé.
Ramos: A. fibular - região posterior da perna e articulação do tornozelo.
A. tibial posterior - regiões posterior da perna e planta do pé.
Ramos: Aa. plantares lateral e medial.
T. I. - planta do pé.
51. ARTÉRIAS DO CORAÇÃO
Prof. Dr. José Carlos Prates
As artérias do coração procedem das artérias coronárias que freqüentemente são duas:
artérias coronárias direita e esquerda. Há relatos excepcionais na literatura, de uma e até quatro artérias
coronárias; segundo alguns autores, uma terceira artéria coronária pode ser encontrada entre 30 e 54% dos
casos, a maioria delas refere-se à artéria do cone emergindo diretamente da aorta.
As artérias coronárias originam-se no início da parte ascendente da aorta, em regiões
denominadas seios da aorta, situados entre a parede da artéria e as partes livres das válvulas semilunares.
ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA
A artéria coronária esquerda, única, origina-se no seio da aorta esquerdo,
excepcionalmente seus ramos terminais podem se originar separadamente no mesmo seio. Segundo FORTE
1972, a origem da artéria coronária esquerda situa-se no terço médio do seio (95%), está incluso no seio (88%)
e acima da margem livre da válvula semilunar (12%). Seu comprimento varia de 2 a 40mm e seu diâmetro está
em torno de 5 a 10mm. Segundo BAPTISTA et al. 1991, a artéria coronária esquerda, de início coloca-se
superficialmente no sulco coronário para terminar, após curto trajeto, dividindo-se em dois ramos (54%), três
ramos (38%) ou quatro ramos (7%). Seus ramos terminais são: interventricular anterior (descendente anterior) e
circunflexa; nos demais casos com 3 ou 4 ramos terminais, temos os ramos diagonais.
Artéria Interventricular Anterior
É um dos ramos terminais da artéria coronária esquerda, contorna lateralmente o tronco
pulmonar para se colocar no sulco interventricular anterior, que percorrerá até o ápice; segundo JAMES 1961, a
artéria pode terminar em sua parte anterior (17%), em sua parte posterior (23%) ou no terço distal do sulco
interventricular posterior (60%). Para BAPTISTA e DIDIO 1990, seus ramos laterais distribuem-se pela parede
do ventrículo direito (1 a 4), na seguinte seqüência: região do cone (71%), terço superior (21%) e terço médio
(28%); pela parede do ventrículo esquerdo (4 a 6), na seguinte seqüência: terço superior (58%); terço médio
(58%) e terço inferior (50%) e pela porção anterior do septo interventricular, os ramos septais (4 a 10). Em cerca
de 12% dos casos observados, a artéria interventricular anterior supre o nó atrioventricular.
As anastomoses entre seus ramos com àqueles originados da artéria coronária direita
ocorrem na região do cone arterioso, do ápice, do septo interventricular e em alguns outros pontos da parede
anterior do ventrículo direito.
Artéria Circunflexa
É o outro ramo terminal e constante da artéria coronária esquerda (99%) que, após sua
origem, segue pelo sulco coronário posteriormente à aurícula esquerda, e dentro deste sulco, contorna a base
do coração posicionando-se posteriormente, entre átrio e ventrículo esquerdos. Segundo JAMES 1961 sua
terminação é variável: é considerada uma artéria curta quando termina na face esquerda (20%) ou no sulco
coronário antes da cruz do coração (=cruzamento dos sulcos interatrial, coronário e interventricular posterior)
(69%); uma artéria longa quando ultrapassa a cruz do coração (10%).
Seus ramos são atriais, entre os quais segundo DIDIO 1995, encontramos a artéria do
nó sinoatrial (30%) e ventriculares, que podem ser anteriores, posteriores e artéria marginal esquerda. Para
JAMES 1961, em 10% dos casos observados o ramo terminal da artéria circunflexa foi a artéria interventricular
posterior, originariamente ramo da artéria coronária direita.
As anastomoses entre a artéria circunflexa e ramos da artéria coronária direita ocorrem
ao nível do ápice e parede posterior do ventrículo esquerdo.
ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA
A artéria coronária direita origina-se no seio da aorta direito, é única mas pode ser dupla
em 23% dos casos estudados (FORTE 1972). Segundo FORTE a artéria situa-se no terço médio do seio (74%),
estando inclusa no seio (97%) e em 3% acima da margem livre da válvula semilunar. Logo após sua origem
ocupa o lado direito do sulco coronário, contorna a margem direita e continua na parte posterior do sulco
coronário, podendo terminar de várias maneiras: no sulco coronário antes da cruz do coração, continuar pelo
sulco coronário atingindo a cruz do coração ou ultrapassar este limite, avançando portanto, no sulco entre átrio
e ventrículo esquerdos ou até mesmo descer pelo sulco interventricular posterior. Desta forma, JAMES 1961
descreve que a artéria coronária direita termina na margem direita (2%), entre a margem direita e a cruz do
coração (7%), ao nível da cruz do coração (9%), entre a cruz do coração e a face esquerda (64%) ou em plena
face esquerda (18%).
52. Artéria Interventricular Posterior
É ramo terminal da artéria coronária direita em 90% dos casos (JAMES 1961), emite 2 a
3 ramos ventriculares posteriores e ramos septais; pode terminar na metade superior do sulco interventricular
posterior (27%), na metade inferior desse sulco (37%) ou no ápice (26%). As anastomoses com a artéria
interventricular anterior ocorre no ápice ou entre seus ramos septais e com as artérias marginais somente no
ápice.
DRENAGEM VENOSA
Prof. Dr. José Carlos Prates
DRENAGEM CARDÍACA
A drenagem venosa do coração é efetuada de três formas:
1. Seio coronário:
Localização: parte posterior e esquerda do sulco coronário ou atrioventricular (entre átrio e ventrículo
esquerdos).
Formação: É formado pela união das veias interventricular anterior (=cardíaca
magna) e marginal esquerda.
Tributárias: Vv. posterior do ventrículo esquerdo, interventricular posterior (=cardíaca média), oblíqua
do átrio esquerdo e cardíaca parva (=marginal direita).
Desembocadura: no átrio direito, próximo à desembocadura da veia cava inferior.
2. Veias cardíacas anteriores:
Localização: na face esternocostal, à direita do sulco interventricular anterior.
Formação: na parede anterior do ventrículo direito.
Número e desembocadura: de 3 a 4 veias que desembocam diretamente no átrio direito. A veia
marginal direita é uma destas, porém, pode desembocar no seio coronário, neste caso, percorre posteriormente
o sulco atrioventricular ou coronário entre átrio e ventrículo direitos, sendo denominada nesta localidade de
veia cardíaca parva.
3. Veias cardíacas mínimas:
Localização: nas paredes das 4 câmaras cardíacas.
Formação: na espessura das paredes das câmaras cardíacas.
Desembocadura: na própria câmara em que se localizam.
DRENAGEM CAVA SUPERIOR
O território de drenagem da veia cava superior inclui: cabeça, pescoço, membro superior, paredes
torácica e abdominal.
1. Cabeça: crânio
Seios da abóbada craniana: seio sagital superior, seio sagital inferior, seio reto, confluência dos seios, seio
occipital, seios transversos e seios sigmóideos.
Seios da base do crânio: seios cavernosos, seios esfenoparietais, seios intercavernosos, seios petrosos
maiores, seios petrosos menores e plexo basilar.
Localização: entre as lâminas externa e interna da dura-máter craniana.
Drenagem: encéfalo, crânio, meninges e couro cabeludo.
Terminação: os seios sigmóideos continuam-se com as veias jugulares internas a partir dos forames jugulares.
V. temporal superficial
Localização: parte lateral do crânio, anteriormente ao pavilhão auricular.
Drenagem: crânio e couro cabeludo.
Desembocadura: une-se à veia maxilar para formar a veia retromandibular.
V. auricular posterior
Localização: posterior ao pavilhão auricular.
Drenagem: crânio, couro cabeludo e orelha externa.
Desembocadura: une-se à uma divisão da veia retromandibular formando a veia jugular externa.
53. 2. Cabeça: face
V. facial
Localização: sulco nasogeniano.
Drenagem: estruturas superficiais da face.
Desembocadura: variável. Desemboca freqüentemente na veia jugular interna juntamente com uma divisão da
veia retromandibular.
V. maxilar
Localização: profundamente ao ramo da mandíbula.
Drenagem: estruturas profundas da face.
Desembocadura: une-se à veia temporal superficial formando a veia retromandibular.
V. retromandibular
Localização: posteriormente ao ramo da mandíbula e no interior da parótida.
Drenagem: conjunto dos territórios das veias temporal superficial e maxilar.
Desembocadura: esta veia possui uma divisão anterior que freqüentemente une-se à veia facial que
desemboca na veia jugular interna e, outra posterior que une-se à veia auricular posterior formando a veia
jugular externa.
3. Pescoço
V. jugular externa
Localização: cruza superficialmente o músculo esternocleidomastóideo.
Drenagem: além dos territórios de suas veias formadoras (auricular posterior e retromandibular), pescoço e
ombro.
Tributárias: v. jugular anterior, (arco jugular), v. transversa do pescoço.
Desembocadura: v. subclávia, v. jugular interna ou ângulo jugulo-subclávio.
V. jugular interna
Localização: lateralmente à artéria carótida comum.
Drenagem: crânio, face e pescoço.
Tributárias: vv. Facial, lingual, faríngeas, tireóideas superior e média.
Desembocadura: une-se à veia subclávia para formar a veia braquiocefálica.
V. vertebral
Localização: passa pelos forames transversos da região cervical da coluna vertebral.
Drenagem: pescoço.
Desembocadura: v. braquiocefálica.
V. tireóidea inferior
Localização: diante da traquéia.
Drenagem: glândula tireóide e estruturas inferiores do pescoço.
Desembocadura: v. braquiocefálica.
4. Membro superior
Veias superficiais
Rede venosa dorsal da mão
Localização: dorso da mão.
Formação: veias digitais dorsais e metacárpicas dorsais.
Drenagem: mão.
Desembocadura: as extremidades lateral e medial da rede venosa dorsal da mão formam.,
respectivamente, as veias cefálica e basílica.
V. cefálica
Localização: margem lateral do antebraço, anterior à fossa cubital, lateralmente ao
músculo bíceps braquial e sulco deltopeitoral.
Drenagem: mão, antebraço, braço e ombro.
Desembocadura: aprofunda-se na fáscia sobre o sulco deltopeitoral e desemboca na veia axilar.
54. V. basílica
Localização: trajeto póstero-medial no antebraço, anteriormente à fossa cubital e
medialmente ao músculo bíceps braquial.
Drenagem: mão, antebraço e braço.
Desembocadura: perfura a fáscia braquial e aprofunda-se no terço inferior do
braço e continua seu trajeto ascendente, medialmente aos vasos braquiais.
No limite entre braço e axila continua-se como veia axilar. (alguns autores
descrevem que a veia basílica une-se às veias braquiais para formar a veia axilar).
V. intermédia do antebraço
Localização: posição mediana na região anterior do antebraço.
Drenagem: face palmar e região anterior do antebraço.
Desembocadura: variável, desemboca na veia basílica ou com maior freqüência,
na veia intermédia do cotovelo.
V. intermédia do cotovelo
Localização: é uma anastomose entre as veias cefálica e basílica na região anterior
do cotovelo.
Forma: bastante variável, pode ser uma anastomose oblíqua, transversa ou em “V”.
Veias profundas
Denominadas de veias satélites ou comitantes por acompanharem as artérias correspondentes, são
geralmente aos pares e recebem a mesma denominação das artérias.
Vv. digitais palmares próprias Vv. metacárpicas palmares Vv. metacárpicas dorsais
Vv. digitais palmares comuns
Arco venoso palmar superficial Arco venoso palmar profundo
Vv. ulnares Vv. radiais
Vv. braquiais
V. axilar
Formação: é continuação da veia basílica a partir da margem inferior do músculo redondo maior. (alguns
autores consideram veia axilar a partir da junção das veias braquiais com a veia basílica).
Localização: na axila, entre as margens inferior do músculo redondo maior e lateral da primeira costela.
Drenagem: membro superior e parede torácica.
Desembocadura: continua-se como veia subclávia a partir da margem lateral da primeira costela.
Tributárias: veias cefálica, subescapular, torácica lateral (=toracoepigástrica), etc...
V. Subclávia
Formação: é continuação da veia axilar a partir da margem lateral da primeira costela.
Drenagem: membro superior, parede torácica e pescoço.
Desembocadura: junta-se à veia jugular interna para formar a veia braquiocefálica.
Tributárias: veia jugular externa, arco jugular, etc...
5. Tórax
Vv. braquiocefálicas direita e esquerda
Formação: respectivamente, pela junção das veias subclávias e jugulares internas direitas e esquerdas.
Drenagem: cabeça, pescoço, membros superiores e parede torácica.
Desembocadura: as veias braquiocefálicas unem-se para formar a veia cava superior.
Tributárias: veias tireóidea inferior e torácicas internas.
Vv. torácicas internas
Formação: pela junção das veias epigástrica superior e musculofrênica.
Drenagem: paredes torácica e ântero-lateral do abdome
Desembocadura: nas veias braquiocefálicas.
Tributárias: veias intercostais anteriores dos 6 espaços intercostais superiroes.
Vv. intercostais posteriores
Anastomosam-se com as veias intercostais anteriores ao longo dos espaços intercostais.
55. Drenagem: parede torácica.
Desembocadura: lado direito – v. ázigo.
lado esquerdo – vv. hemiázigo e hemiázigo acessória.
V. intercostal suprema
Corresponde aos 2 ou 3 primeiros espaços intercostais.
Desembocadura: lado direito – v. ázigo.
lado esquerdo – v. braquiocefãlica (variação anatômica).
Vv. subcostais
Desembocadura: lado direito – une-se à veia lombar ascendente para formar a v. ázigo.
lado esquerdo – une-se à veia lombar ascendente para formar a
v. braquiocefãlica.
Vv. esofágicas
Vv. brônquicas
Número: 2 pares.
Drenagem: brônquios e pulmões.
Desembocadura: lado direito – v. ázigo.
lado esquerdo – v. hemiázigo acessória.
V. hemiázigo
Formação: junção das vv. subcostal e lombar ascendente esquerdas.
Localização: na porção inferior e à esquerda da parte torácica da coluna vertebral.
Drenagem: paredes torácica e posterior do abdome e esôfago.
Desembocadura: na veia ázigo. Cruza anteriormente a parte torácica da coluna vertebral ao nível de T8.
V. hemiázigo acessória
Formação: continuação da quarta veia intercostal esquerda; podendo ser a união das quatro primeiras veias
intercostais esquerdas.
Localização: na porção superior e à esquerda da parte torácica da coluna vertebral.
Drenagem: parede torácica, esôfago, brônquios e pulmões.
Desembocadura: na veia ázigo. Cruza anteriormente a parte torácica da coluna vertebral ao nível de T7. Em
alguns casos une-se à veia hemiázigo e formam uma veia que desemboca na v. ázigo.
V. ázigo
Formação: é formada pela união das veias subcostal e lombar ascendente direitas.
Localização: à direita da parte torácica da coluna vertebral, póstero-lateralmente ao esôfago. Passa
posteriormente e curva-se sobre o brônquio principal direito (arco da v. ázigo).
Drenagem: paredes torácica e posterior do abdome, esôfago, brônquios, pulmões, etc...
Desembocadura: veia cava superior.
V. cava superior
Formação: pela união das veias braquiocefálicas direita e esquerda.
Drenagem: cabeça, pescoço, membros superiores e tórax.
Desembocadura: átrio direito.
DRENAGEM VEIA CAVA INFERIOR
1. Membro inferior
Veias superficiais
Vv. digitais dorsais
Vv. intercapitulares
Vv. digitais comuns
Arco venoso dorsal
Vv. marginais lateral e medial
Rede venosa dorsal do pé
56. V. safena parva
Formação: pela veia marginal lateral da rede venosa dorsal do pé.
Localização: passa posteriormente ao maléolo lateral, sobe posteriormente pela perna, perfura a fáscia e corre
em seu desdobramento, aprofunda-se no terço superior da perna, entre as cabeças lateral e medial do músculo
gastrocnêmio para desembocar na veia poplítea.
Drenagem: pé e perna.
Desembocadura: veia poplítea. (alguns casos na veia safena magna).
V. safena magna
Formação: pela veia marginal medial da rede venosa dorsal do pé.
Localização: passa anteriormente ao maléolo medial, sobe medialmente pela perna, passa póstero-
medialmente ao joelho, sobe medialmente pela coxa; abaixo do ligamento inguinal aprofunda-se, atravessa o
hiato safeno na fáscia para desembocar na veia femoral.
Drenagem: pé, perna, parede abdominal e genitália externa.
Tributárias: veias safena acessória (medial e/ou lateral), pudenda externa superficial, epigástrica superficial e
circunflexa superficial do ílio.
Desembocadura: veia femoral.
Veias profundas
Denominadas de veias satélites ou comitantes por acompanharem as artérias correspondentes, são
geralmente aos pares e recebem a mesma denominação das artérias.
Vv. digitais plantares Vv. digitais dorsais
Vv. metatársicas plantares Vv. metatársicas dorsais
Arco venoso plantar profundo Vv. arqueadas
Vv. plantares medial e lateral Vv. társicas medial e lateral
Vv. tibiais posteriores Vv. dorsais do pé
Vv. tibiais anteriores
Vv. fibulares
Vv. tibiofibulares
V. poplítea
V. poplítea
Formação: pela união das veias tibiofibulares (junção de veias tibiais posteriores e fibular e tibiais anteriores e
fibular). Os autores descrevem que a veia poplítea é formada pela junção das veias tibiais posteriores, tibiais
anteriores e fibulares.
Localização: fossa poplítea.
Drenagem: pé, perna e joelho.
Tributárias: veias safena parva e geniculares.
Desembocadura: continua-se como veia femoral ao penetrar no canal dos adutores (=canal de Hunter) através
do hiato adutor.
V. femoral
Formação: é continuação da veia poplítea.
Localização: coxa (canal dos adutores e trígono femoral).
Drenagem: membro inferior, parede ântero-lateral do abdome e genitália externa.
Tributárias: veias safena magna, femoral profunda e circunflexas lateral e medial.
Desembocadura: continua-se como veia ilíaca externa ao cruzar profundamente o ligamento inguinal.
V. ilíaca externa
Formação: é continuação da veia femoral.
Drenagem: membro inferior, parede ântero-lateral do abdome e genitália externa.
Tributárias: veias epigástrica inferior e circunflexa profunda do ílio.
Desembocadura: une-se à veia ilíaca interna para formar a veia ilíaca comum.
V. ilíaca interna
Formação: é variável, pela reunião de suas tributárias.
Drenagem: região glútea, estruturas pélvicas, órgãos genitais externos e internos.
Tributárias: veias glútea inferior, pudenda interna, retal média, vesical, obturatória, glútea superior e veias de
órgãos genitais.
Desembocadura: une-se à veia ilíaca externa para formar a veia ilíaca comum.