Trabalho apresentado por Afonso Arribança e Emanuel António na Unidade Curricular de Etica e deontologia, no Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa, Lisboa
3. Deontologia
Constitui o Código de Ética Profissional, onde estão
expressos os direitos, deveres e responsabilidades
dos membros de uma determinada categoria
profissional.
4. O que é ética? O que é
ser ético?
• “[...] filosofia moral, isto é, uma reflexão que
discuta, problematize e interprete o significado
dos valores morais” (CHAUÍ, 1995, p. 339).
• “[...] a moral consiste nos valores concernentes
ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, e
à conduta correta, válida para todos” (CHAUÍ,
1995, p. 339).
5. Ética?
• Reflexão crítica sobre a moral;
• Pensar naquilo que se faz;
• Repensar os costumes,
normas e regras vigentes na
sociedade.
6. Ética Profissional
• do latim – professione – Profissão significa acto
ou efeito de professar e quem professa
explicita o que acredita: uma crença, valores,
compromissos, etc;
• É por meio do exercício profissional que as
pessoas realizam os seus objectivos, colocam
em prática as suas habilidades, tornando-se
úteis à sociedade.
7. Ética Profissional
“A ética profissional é a aplicação da ética no
campo das atividades profissionais; a pessoa tem
que estar imbuída de certos princípios ou valores
próprios do ser humano para vivê-los nas suas
atividades de trabalho.”
(Camargo, 1999, p. 31-32; Passos, 2007, p. 79).
8. Importância Da Ética
Profissional
• Compromisso com os interesses e as
necessidades sociais, por que o trabalho é um
fazer social, [...] no sentido ético de promoção da
harmonia, respeito à diferença, tolerância,
altruísmo, solidariedade, etc;
• O profissional não deve acomodar-se diante da
formação básica recebida, a sua formação deve
ser encarada como um processo contínuo.
9. Princípios gerais do
código deontológico
• Aspiracionais;
• Orientações - guiar e inspirar para uma actuação
centrada nos ideais da intervenção psicológica.
“Mesmo quando não decisivos, os princípios devem
ser tomados em consideração, uma vez que
providenciam uma coerência intelectual que torna
as normas morais mais flexíveis.”
11. Princípios gerais do
código deontológico
Princípio A. Respeito pela dignidade e direitos da pessoa
Princípio B. Competência
Princípio C. Responsabilidade
Princípio D. Integridade
Princípio E. Beneficência e Não-maleficência
12. Problemas Éticos Que
Envolvem A Psicologia
O psicólogo ao lidar com o ser humano irá enfrentar
dilemas éticos que perpassarão a sua prática, tais como:
• o sigilo;
• atendimento de pessoas portadoras de doenças
contagiosas;
• o valor a ser cobrado pelo serviço prestado;
• prática anti-ética de um colega de profissão.
13. Dilemas éticos na relação do psicólogo com a
pessoa atendida e/ou familiares desta, ou na
relação com a equipa de trabalho
• Até onde manter o sigilo profissional?
• É possível quebrar o sigilo? Em quais situações?
• Como agir frente a atitudes anti-éticas de colegas de
trabalho?
• Quais as informações sobre o paciente que devem constar
na ficha clínica?
• Deve-se quebrar o sigilo em casos de violência física, abuso
sexual ou negligência contra menores?
• Qual a atitude do psicólogo frente a um paciente portador
do HIV positivo que está a contaminar deliberadamente os
seus parceiros?
14. A Neuropsicologia tem um papel fundamental na
compreensão do funcionamento cerebral e das suas
respectivas alterações. Estuda a relação entre a
actividade nervosa superior e o comportamento, a
cognição, as emoções, a motivação e a vida em
relação (Silva, 2010).
A intervenção Neuropsicológica caracteriza-se por ser
um processo activo que visa capacitar as pessoas com
défices cognitivos causados por lesões ou ainda
doenças; para que possam adquirir um bom nível de
funcionamento social, físico e psíquico (Ávila e
Miotto, 2002).
Neuropsicologia: teoria e pratica
15. A intervenção Neuropsicológica permite também
programar e executar um plano de
reabilitação/estimulação cognitiva adequado ao
indivíduo e às suas necessidades específicas.
Perspectivando a recuperação dos défices ou a
estabilização de um processo de deterioração,
pretendendo tornar os pacientes mais autónomos.
16. Consiste num conjunto de procedimentos e
técnicas de fácil aprendizagem e utilização, em
suporte informático, técnicas de lápis e papel ou
mediação lúdica, que têm como objectivo
promover o desempenho cognitivo e a adaptação
familiar e social dos pacientes, através de uma
abordagem integrativa com o doente e a sua
família.
17. Esta intervenção é especificamente direccionada para
as dificuldades de cada indivíduo, adequando-se a
todos os tipos de população.
Maia, Correia e Leite (2009) enfatizam que o processo
de reabilitação é um tratamento biopsicossocial que
envolve o paciente e os seus familiares, tendo em
consideração as alterações físicas e cognitivas dos
pacientes, o ambiente em que vive, os factores
subjectivos etc.
18. Haase e Lacerda (2003), enunciaram três
princípios válidos para reabilitação
Neuropsicológica: Restituição, substituição e
compensação.
19. A substituição funcional esta relacionada com o
principio de Kennard que sugere que, quanto mais
precoce a lesão, maior probabilidade de
recuperação funcional.
O princípio de substituição comportamental ou
funcional consiste em realizar o mesmo
comportamento recorrendo a outros meios.
A restituição funcional baseia-se na prescrição de
treinos funcionais específicos com vários graus de
complexidade.
22. Bibliografia
Ávila, R. e Miotto, E. (2002). Reabilitação
Neuropsicológica de deficits de memória em
pacientes com demência de alzheimer. Revista
de psiquiatria clinica, 29 (4), 190-196.
• Ávila, R. (2003). Resultados da reabilitação
Neuropsicologica em pacientes com doenças
de alzheimer leve. Revista de psiquiatria
clinica, 30 (4), 139-149.
23. • Haase, V.G. e Lacerda, S. (2003).
Neuroplasticidade, variação interindividual e
recuperação funcional em neuropsicologia: temas
em psicologia da SBP,11 (1): 28-42.
• Maia, Correia e Leite (2009). Avaliação e
intervenção Neuropsicológica: Estudos de Casos e
Instrumentos. Ed, Lidel - edições técnicas, Lda.
• Silva, A. (2010). Avaliação Neuropsicologica,
disponível em:
http://www.hslouis.pt/especialidades/indice-
deespecialidades/neuropsicologia/. Acessado aos
26/11/2013.