1) O documento discute noções básicas sobre o cultivo de orquídeas, incluindo onde elas são cultivadas, partes das plantas, tipos de crescimento, e fatores importantes como luz, temperatura, umidade, substrato e irrigação.
2) Também aborda o uso de madeira e defensivos químicos em orquidários, além de técnicas de irrigação e adubação orgânica e inorgânica para as orquídeas.
3) Por fim, explica o que é b
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NOÇÕES BÁSICAS PARA O CULTIVO DE ORQUÍDEAS
As orquídeas apresentam variações quanto ao local onde se desenvolvem na natureza. Podem ser:
Epífitas - quando a orquídea se desenvolve em troncos e galhos de árvores. Apesar disso, ela NÃO é uma
parasita, pois não danifica nem retira nutrientes das árvores. O seu sustento vem do oxigênio que
absorve através das folhas, da umidade do ar, do sol, da água da chuva e dos nutrientes que derivam
das folhas e insetos mortos e decompostos que ficam depositados sobre os galhos e troncos.
Terrestres - são aquelas que vivem no solo. Geralmente são plantas de climas temperados, mais amenos;
têm o sistema de raízes próprias para se desenvolverem na terra. Gostam de local menos ensolarado.
Rupícolas ou litofíticas - se desenvolvem em solo rochoso, em locais geralmente muito ensolarados. As
raízes ficam protegidas nas fendas das rochas ou sob o mato. Essas orquídeas enfrentam condições
adversas de temperatura: calor forte durante o dia e noites frias
Saprófitas - espécie subterrânea que cresce e floresce no subsolo, a Rhizanthella garneri, coletada pela
primeira vez em 1928 na Austrália. Não tem clorofila e se desenvolve com a ajuda de um fungo.
A vontade de se ter a beleza das orquídeas em casa levou à busca de cultivos alternativos. Para o
desenvolvimento adequado da orquídea fora de seu habitat natural, precisamos estar atentos aos seguintes
fatores: luz, temperatura, umidade e água, adubação, substrato e vasos.
PARTES DAS PLANTAS E MODO DE CRESCIMENTO
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Quanto ao crescimento, as orquídeas podem ser classificadas em:
1) Simpodiais - plantas que crescem na horizontal, ou seja, o novo broto se desenvolve na frente do bulbo
adulto formando o rizoma e um novo pseudobulbo, num crescimento contínuo.
2) Monopodiais - planta com crescimento vertical. Suas folhas são lineares, rígidas e carnosas, muitas vezes
sulcadas ou semi-cilíndricas, dispostas simetricamente no caule da planta. Ex. Vandas, Ascocendas.
Crescimentos novos, chamados de “frente”, começam na base do pseudobulbo guia, a partir das gemas.
Muitas dessas orquídeas formam na base das folhas do pseudobulbo guia (de onde sairá a aste floral) uma
estrutura especializada, tipo folha, chamada bainha. A função principal da bainha é proteger as gemas e as
partes novas da planta. Uma característica das Cattleyas é a formação de uma estrutura chamada espata que
serve para proteger o botão floral. Embora seja comum seu aparecimento, as vezes acontece de os botões
nascerem sem espata.
1 – Onde as orquídeas são cultivadas :
Nos orquidários particulares e de fundo de quintal, as orquídeas geralmente são
penduradas em arvores , em estruturas de madeira , ripas , telas de arame (presas em
paredes) , muros , locais sombreado , e viveiros com tela para sombreamento .
Um erro comum é o cultivo com plantas super-postas (uma sobre as outras) , as
maiores vitimas desse cultivo são as microrquideas.
O problema esta no fato de que fungos e bactérias são transmitidos por esporos,
partículas microscópicas que, ao receber irrigação com mangueiras passam nas plantas de
cima para baixo.
Isso também ocorre com larvas ou ovos de insetos e, mesmo que sejam utilizados
defensivos químicos ou naturais às plantas perdem a vitalidade e acabam morrendo.
O que é certo é que uma planta pode morrer mais facilmente pelo excesso do que pela
falta de água ,regras assim exageradas dificultam a aeração das raízes , que são mais
facilmente atacadas por fungos e podem apodrecer.
O substrato deve ser bem poroso para uma perfeita drenagem , substrato duros
provocam o apodrecimento das raízes , pois tem maior capacidade de retenção . O
amarelecimento das folhas das orquídeas é o resultado da morte das raízes : sintoma mais
característico das regras em excesso.
A luz é a fonte de vida. Sua presença ajuda a nutrir as plantas pela fotossíntese. Em
princípio , o crescimento das plantas está subordinado á presença da luz. Cada espécie ,
durante suas fases vegetativas, requer maior ou menor luminosidade. Quando há muita
luminosidade, o pigmento verde é utilizado mais rapidamente do que pode ser recomposto, e
a planta torna-se amarelada. Com essa coloração, pela ausência ideal de quantidade de
clorofila, há uma diminuição da capacidade de fabricação dos alimentos, o vegetal
enfraquece e pode até morrer.
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2 – Uso de madeiras nos orquidários:
O ambiente adequado para o cultivo da orquídea deve ter uma taxa de umidade entre
60% e 80%. E sob estas condições, quando a estrutura do orquidário é feita de madeira (o
que , ecologicamente já esta errado ), pode ocorrer maior proliferação de fungos,bactérias,
insetos ,caramujos e lesmas , alem de ser facilitada a germinação de matos no piso.
Produtores profissionais, que utilizam tecnologia de ultima geração, utilizam a madeira
apenas em mesas e carros para movimentar as plantas no interior da estufa. Na estrutura da
estufa é utilizado aço galvanizado ou alumínio, alem de plástico especiais (100 a 150 micras)
e telas de náilon ou aluminizadas para cobertura e cortinas .Já o piso deve ser coberto com
ráfia de solo na cor preta , o que impede a germinação de matos e permite uma perfeita
passagem de água para irrigação com essas medidas o solo é mantido sempre úmido , e o
ambiente de cultivo é favorecido .
Outro cuidado necessário é com os corredores entre as mesas de apoio dos vasos,
que devem ser nivelados e revestidos com tijolos e cimento.Com todos esses cuidados a
prevenção de pragas e doenças é facilitada e exige menos aplicações de defensivos
químicos .
Toda essa tecnologia pode e deve serve ser aplicada em pequenos orquidários na
construção da casa de vegetação.
A casca de pinus é um meio de cultivo bastante propicio ao desenvolvimento da
phalaenopsis. A maioria dos produtores , porem utiliza turfa ,perlita, vermiculita e materiais
vulcânicos. Em relação a estes materiais recomenda se a mistura de casca de pinus com
turfa , o que aumenta consideravelmente a retenção da umidade e dos nutrientes
( elementos que devem ser atentamente verificados ).
Outro meio de cultivo que tem se mostrado eficaz é a fibra de coco . nesse caso ,
deve se estar atento à quantidade de sal , o que pode ser evitado com regras freqüentes.
3- Uso de defensivos químicos e naturais:
Uma duvida bastante comum entre os leitores de revistas especializadas é sobre o melhor
tratamento para as pintas pretas que aparecem nas folhas. Geralmente, eles desconhecem o
que é fungicida, inseticida ou bactericida e acabam intoxicando suas plantas com a aplicação
alternada de um outro, por indicação de cultivadores.
Pragas e doenças devem ser diagnosticadas em laboratório de fitopatologia, para que poça
ser feito em um tratamento especifico contra o mal que esta atacando a orquídea. E o uso de
defensivos químicos ou alternativos depende da escolha do próprio cultivador. Geralmente,
quem defende o uso de defensivos químicos não utiliza os alternativos, por exemplo. Portanto,
a escolha depende do conhecimento de cada cultivador.
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4- Irrigação correta
A água, para as orquídeas, deve ser de excelente qualidade – nem muito acida, nem muito
alcalina-, já que a absorção de nutrientes depende desde o índice de Ph. E, ao contrario do
que muitos acreditam, a água da chuva não é a melhor, pois ela é acida em conseqüência da
poluição do ar, podendo prejudicas as plantas.
A irrigação das orquídeas deveria ser feita sempre com a tecnologia de gotejamento, que é
fácil de ser instalada em pequenos orquidários. Por este método, a água é distribuída no
substrato, e não nas folhas. Já com a nebulização (de baixo para cima), é atingida a parte
traseira das folhas - região mais flexível e que possui mais estômatos.
O uso de mangueira com água sob pressão não é recomendado, pois, desta maneira, os
esporos de fungos e bactérias espalham-se entre as folhas das orquídeas. O uso correto
ocorreria com a instalação de pontas apropriadas com chuveiros finíssimos, que diminuem o
impacto da água sobre as folhas.
5- Uso de adubos químicos e orgânicos.
Quando se opta pelo cultivo orgânico, em que os nutrientes são fornecidos as orquídeas por
fungos (decompositores dos componentes de adubos orgânicos), não devem ser misturados
adubos químicos, pois estes são incompatíveis com os microorganismos necessários a
transformação dos componentes de adubos em nutrientes absorvíveis pelas orquídeas.
Um biofertilizante usado é o bokashi é um biofertelizante natural e a formação de bolor é
natural.
Fertilização :Uma das característica mais importantes para acelerar o crescimento e o
desenvolvimento vegetativo, alem de incrementar a qualidade comercial, é o tipo de
fertilização. Se for realizada adequadamente , as orquídeas poderão fazer uma eficiente
associação simbiòtica com os fungos endomicorrizicos e as raízes .
Adubação inorgânica: A adubação propicia não somente uma melhor cultura das plantas ,
como uma boa floração. Sabemos que a luz é indispensável para a absorção foliar , e a
umidade do substrato também é importante porque mantém as células das folhas dilatadas o
que favorece a penetração dos nutrientes. Os nossos “seedlings “ (plantas que ainda não
floresceram ) , devem ser adubados com produtos da formula 30.10.10 ou 10.05.05 , que por
serem ricos em nitrogênio , proporcionam um crescimento mais saudável e vigoroso as
plantas. Essas adubação devem ser feitas a cada 15 dias usando-se 1/2 grama por litro de
água. Após as plantas crescerem e ficarem semi adultas , com possível espata no próximo
pseudobulbo , elas devem ser adubadas com produto da formula 10.30.20 nas mesma
proporções e espaço de tempo já citados. Sabemos que o nitrogênio , o fósforo e o potássio
são os principais alimentos (macroelementos ) de nossas plantas , acompanhados
naturalmente de outros microelementos , que geralmente constam na formulação dos
adubos fabricados.
Nitrogênio : É o elemento essencial que regula o crescimento vegetal, tomando parte na
síntese de proteínas e formação da clorofila. Sua carência determina o retardamento geral
do desenvolvimento da planta. Os pseudobulbos se tornam fracos e a brotação fica
escassa. O excesso de nitrogênio provoca um superdesenvolvimento da planta em
detrimento da floração, que fica retardada.
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Fósforo : Na ordem de importância , o fósforo é considerado como terceiro elemento para
formação das proteínas. É uma espécie de catalisador que rege a atividade vital das
plantas. Quando há carência de fósforo, as plantas sofrem por produzirem poucas raízes.
O sistema radicular se desenvolve melhor com a aplicação correta de fósforo , propiciando
um crescimento rápido e forte das plantas ( a adubação correta também favorece o
desenvolvimento das sementes com melhor poder de germinação). Sua falta produz
sintomas de carência como: folhas verdes escuras , com pigmentos púrpura , brotos novos
fracos , com pouco desenvolvimentos que não produzem flores.
Potássio : Trata-se de um elemento catalisador que regula diversas atividades do vegetal.
Os compostos de potássio são necessário à formação do amido, dos açucares , da
celulose e outros hidrato de carbono. Na sua carência , os pseudobulbos e folhas tornam
se fracos e quebradiço. O excesso de potássio também faz que haja superdesenvolvimento
das partes vegetais prejudicando a floração. A adubação equilibrada com composto de
potássio tornam as plantas mais resistentes contra o ataque de fungos.
Adubação orgânica : Não utilize estrume de gado ou galinha , porque eles propiciam
incontrolável ataque de fungos às plantas. Um adubo orgânico ideal é composto por:
70% de torta de mamona.
20% de farinha de osso
10% de cinza de lenha vegetal
Aplique uma colher de chá desse material em cima do substrato e na parte traseira da
planta a cada três meses ou o bokashi a cada dois meses.
Bokashi
Fungos do bem
Disseminado entre produtores e colecionadores de plantas como um produto milagroso, o
bokashi vem conquistando cada vez mais adeptos no Brasil. "0 nome em japonês significa
farelos fermentados, indicando a composição do famoso adubo", explica o engenheiro
agrônomo Roberto jun Takane, professor de floricultura da Faculdade Cantareira, de São
Paulo, SP.
Trata-se de um composto orgânico feito com diversos tipos de farelos de cereais como arroz,
trigo e soja, fermentados por microorganismos benéficos que fornecem diversos tipos de
micro e macronutrientes à planta. A partir dessa composição básica, cada produtor pode
acrescentar diversos ingredientes, a fim de encontrar o produto ideal para cada tipo de
cultura. Isso mesmo: há bokashi para orquídea, bonsai, bromélia, hortaliças e plantas
ornamentais, sendo que cada composição procura fornecer à planta o que ela mais precisa.
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Fontes Bibliográficas
Orquideas da serra da canteira The Field Museum Chicago
Orquideas de Ibitipoca The Field Museum Chicago
Curso de Orquídeas Prefeitura de São Paulo 1ª edição 2012
Apostila sobre Orquídeas 2009