ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
Efeitos da quitosana no controle de doenças pós colheita
1. EFEITOS DE QUITOSANA NO CONTROLE DE
DOENÇAS PÓS COLHEITA E
RESPOSTAS FISIOLÓGICAS EM FRUTOS DE
TOMATE
Ernane Nogueira Nunes
Mestrando em Agronomia – CCA-UFPB
Areia – PB
2012
2. EFFECTS OF CHITOSAN ON CONTROL OF
POSTHARVEST DISEASES AND
PHYSIOLOGICAL RESPONSES OF TOMATO FRUIT
AUTORES: Jia Liu, Shiping Tian, Xianghong Meng, Yong Xu;
PERIÓDICO: Postharvest Biology and Technology 44 (2007)
300–306
Laboratory of Photosynthesis and Environmental Molecular
Physiology, Institute of Botany, Chinese Academy of
Sciences, Nanxingcun 20, Xiangshan, Haidian, Beijing
100093, China.
Areia – PB
2012
3. INTRODUÇÃO
• Pós colheita: responsável por grandes perdas de frutas
e hortaliças (chegando até 40%);
• Fungicidas sintéticos:
▫ Ainda são as melhores alternativas;
▫ Preocupação internacional;
▫ Patógenos resistentes;
▫ Novas alternativas.
4. INTRODUÇÃO
• QUITOSANA (N-acetil-d-glucosamina):
Polissacarídeo derivado da carapaça (quitina) de
crustáceos;
• É natural, possui efeitos antifúngicos e estimulante de
respostas de defesa nos vegetais (Terry e Joyce, 2004);
• Puccinia arachidis Speg. (Sathiyabama e
Balasubramanian, 1998), Alternaria alternata (Fr.)
Keissler (Reddy et al., 1998) e Aspergillus niger V.
Tiegh. (Plascencia-Jatomea et al., 2003).
5. INTRODUÇÃO
• Através de pesquisas anteriores sabe-se que a quitosana
aumentou a atividade da fenilalanina amônia liase (PAL) em
bagas de uva (Romanazzi et al, 2002); (BIOSSÍNTESE DE
FLAVONOIDES E LIGNINA)
• Quitinase e 1,3-glucanase em laranjas, morangos e
framboesas (Fajardo et al, 1998;. Zhang e Quantick, 1998);
(ESTÍMULOS A DEFESA VEGETAL)
• Quitosana apresentou efeitos em B. cinerea e P. expansum
em frutos de cereja doce e morango (Romanazzi et al., 2003)
em cítros (Reddy et al., 2000);
• Estudos recentes indicam resistência dos fungos.
6. OBJETIVO
Investigar os efeitos da quitosana no controle do mofo
cinzento e mofo azul, causada por B. cinerea e P.
expansum, em frutos de tomate armazenados a
diferentes temperaturas e o desencadeamento de
marcadores de defesa, incluindo polifenoloxidase
(PPO), peroxidase (POD) e compostos fenólicos.
B. cinerea P. expansum
7. MATERIAL E MÉTODOS
• Os frutos de tomate (Lycopersicon esculentum Mill)
foram colhidas no estádio vermelho maduro;
• Classificados com base no tamanho e na ausência de
lesões físicas ou doença de infecção;
• Antes dos tratamentos, os frutos foram desinfetados
com hipoclorito de sódio a 2% durante 3min, e em
seguida enxaguados com água corrente e secos ao
ambiente.
8. MATERIAL E MÉTODOS
• B. cinerea e P. expansum foram isolados a partir de
frutos infectados de tomate e cultivados em BDA a
25◦C;
• Os esporos de ambos os agentes patogênicos foram
removidos a partir de 2 semanas de idade e suspensas
em 5ml de água destilada estéril contendo 0,05%(v/v)
de Tween 80, como solubilizante;
• As suspensões foram filtradas através de quatro
camadas de gaze estéril, de modo a aderir os micélios.
9. MATERIAL E MÉTODOS
• Quitosana com desacetilação de 90% e uma
viscosidade de 15cP foi obtido a partir do Ocean
University of China;
• Dissolvido em 2%(w/v) em HCl a 1% sob constante
agitação;
• Depois diluiu-se a: 0,01%; 0,05%; 0,1%; 0,5% e
1%, com o valor do pH de cada solução ajustado para
5,4 com NaOH.
10. MATERIAL E MÉTODOS
• Foram preparadas 50 placas de Petri para cada fungo (60
mm de diâmetro) com 10ml BDA e com os conídios a
1×106spores/mL-1, que continham diferentes
concentrações (0%, 0,01%, 0,05%, 0,1%, 0,5% e 1%) de
quitosana, com posterior incubação a 25◦C por 12h;
• Discos de micélio (5mm de diâmetro) a partir de 2
semanas de idade, foram colocados no centro de placas de
Petri (90 mm de diâmetro) com 20mL de BDA, contendo
diferentes concentrações de quitosana em
seguida, incubadas a 25 ◦C.
• O crescimento micelial foi determinado medindo o
diâmetro das colónias 3 dias após a inoculação.
• Cada tratamento foi repetido três vezes e a experiência foi
repetida duas vezes.
11. MATERIAL E MÉTODOS: Ensaio de
integridade da membrana plasmática dos
esporos
▫ As amostras foram inoculadas em meio de cultura PDA
diluídas a 5×105spores/mL-1 e depois centrifugadas a
200rpm durante 10 min a 25◦C e lavadas duas vezes com
tampão 5omM de fosfato de sódio (pH 7,0) para remover
meio residual.
▫ As suspensões de conídios foram coradas com 10 µgml-1
de iodeto de propídio(PI), durante 5 min a 30 ◦ C.
12. MATERIAL E MÉTODOS: Efeitos da quitosana
nos frutos
• De acordo com dados não mostrados foram escolhidas as concentrações de
0,5% e 1%;
• Os frutos foram feridos com o auxílio de um prego estéril (3mm de
profundidade e 3mm de largura);
• TRATAMENTOS: 0,5% de quitosana (15µL), 1% de quitosana (15µL) e água
destilalada (15µL) nos ferimentos;
• Depois 4 horas, 5µL de uma suspensão de esporos de B. cinerea e P.
expansum a 5×103 spores/mL-1 foram adicionados a cada ferida;
• Os frutos tratados foram colocados em caixas estéreis para manter uma
umidade relativa (cerca de 95%) e armazenados a 25◦C e 2◦C;
• Verificação da incidência de podridões: 3 e 21 dias após a inoculação;
• Tratamento: 3 repetições e o Experimento: 2 vezes.
13. MATERIAL E MÉTODOS: Determinações do
PPO, POD e compostos fenólicos
• Frutos de tomate foram feridos e 15µL de 1% de quitosana
foram adicionados a cada ferida, com agua destilada
adicionada servindo como controle;
• Após o tratamento, os frutos foram divididos
aleatoriamente em dois lotes: 25◦C e 2◦C;
• Foram retiradas amostras de polpa em torno das feridas de
10 frutos a 0, 1, 2 e 3 dias a 25◦C e aos 0, 7, 14 e 21 a 2◦ C;
• Cada tratamento continha três repetições e a experiência
foi repetida duas vezes.
14. MATERIAL E MÉTODOS: Determinações do
PPO, POD e compostos fenólicos
• As amostras de tecido (2g) de cada tratamento foram
homogeneizados com 10ml de 100 mM de solução tampão
de fosfato de sódio (pH 6,4) contendo 0,2g de polivinil
polipirrolidona (PVPP) e terra a 4◦C;
• O homogeneizado foi centrifugado a 15000 × g durante 30
min a 4◦C e o sobrenadante foi utilizado para o ensaio;
• Atividade PPO foi determinada através da adição de 0,1ml
de enzima preparada em 3,0mL de substrato catecol
(500mM, 100mM em tampão fosfato de sódio, (pH6.4) e o
aumento da absorvância em 398nm foi verificada.
15. MATERIAL E MÉTODOS: Determinações do
PPO, POD e compostos fenólicos
• A atividade de POD foi determinada utilizando
guaiacol como substrato (Ippolito et al., 2000);
• A mistura de reação consistiu em 0,1ml de extrato
bruto, 2mL de guaiacol (8mM, de sódio 100mM
tampão de fosfato, pH 6,4), incubou-se durante 30
min a 30◦C;
• O aumento da absorvância a 460nm foi medida após a
adição de 1mL H2O2 (24mM).
16. MATERIAL E MÉTODOS: Determinações do
PPO, POD e compostos fenólicos
• 1g de polpa de cada 10 frutos foram homogeneizadas
com 20mL de gelo á 1% de HCl metanol-solução e em
seguida centrifugou-se a 15000 × g durante 15 min a
4ºC.
• O sobrenadante foi recolhido e a absorbância foi
medida a 280nm.
17. MATERIAL E MÉTODOS: Análises estatísticas
• Todas as análises estatísticas foram realizadas com o SPSS
11.5 (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA).
• Os dados do ensaio de membrana de plasma integridade
foram comparados independente-amostras teste t.
• Demais análises foram analisadas através da ANOVA.
• Teste de médias realizadas através do teste de Duncan (P
<0,05).
25. CONCLUSÕES
• Os resultados evidenciaram que quitosana foi eficaz no
controle do mofo cinzento (B. cinerea) e mofo azul (P.
expansum) em frutos de tomate armazenados a 25◦C e
2◦C, indicando que a temperatura de armazenamento teve
pouca influência sobre os efeitos de controle de quitosana
em doenças pós-colheita de frutos de tomate.
• Sendo o efeito da quitosana sobre mofo cinzento melhor
do que no azul.
• Verificou-se que as atividades de PPO, POD e nível de
compostos fenólicos em frutos tratados com quitosana
aumentaram significativamente a 25◦C e 2◦C, o que
confere propriedades de defesa.
• Quitosana tem potencial para substituir os fungicidas
sintéticos, mas muitos estudos ainda são necessários.
27. EFEITOS DE QUITOSANA NO CONTROLE DE
DOENÇAS PÓS COLHEITA E
RESPOSTAS FISIOLÓGICAS EM FRUTOS DE
TOMATE
Ernane Nogueira Nunes
Mestrando em Agronomia – CCA-UFPB
Areia – PB
2012