O documento descreve um sistema de monitoramento biológico para a Sigatoka Amarela em bananeiras que envolve avaliações semanais de dez plantas, anotando a intensidade e estágio da lesão em folhas específicas e a taxa de emissão foliar. Os dados coletados geram valores que indicam a severidade da doença e guiam a tomada de decisão sobre o controle químico.
Efeitos da quitosana no controle de doenças pós colheita
Monitoramento Sigatoka 40
1. MONITORAMENTO BIOCLIMÁTICO
PARA SIGATOKA AMARELA
Ernane Nogueira Nunes
Tecnólogo em Alimentos
Especialista em Fruticultura Irrigada
2. INTRODUÇÃO
O sistema consiste na
avaliação semanal de dez plantas, em
quantos pontos forem necessários FOLHA VELA
para a cobertura da área.
Anotando-se a intensidade e o FOLHA 2
estádio mais avançado da lesão nas
folhas 2, 3 e 4 da planta, como
também o estádio da folha
vela, jogando em gráficos e
comparando com dados de umidade FOLHA 3 FOLHA 4
relativa, temperatura e pluviosidade.
A anotação do
desenvolvimento da Sigatoka-amarela
é feita com base na identificação do
estádio mais evoluído da lesão e na
sua intensidade sobre a
folha, tomando-se como referência o
número de 50 lesões no estádio
identificado. Quando a folha
avaliada apresentar mais de cinqüenta
lesões no estádio mais
evoluído, assinala-se com (+) e
quando for menos de
cinqüenta, assinala-se com (-).
3.
4. Para estabelecer a taxa de emissão foliar anota-se o estádio de desenvolvimento da
vela, de acordo com uma escala de notas que varia de 0 a 8. É importante conhecer a taxa
de emissão foliar, para monitorar os aspectos ligados ao crescimento da planta além do
que o item permite trabalhar com a correção do crescimento do hospedeiro na obtenção do
dado de estado de evolução.
Os dados coletados conforme descrito poderão ser repassados para uma planilha
eletrônica, para geração dos valores de soma bruta e estádio de evolução. Em caso de
utilizar se apenas o valor de soma bruta, os cálculos são facilmente realizados utilizando-se
as informações de pesos estabelecidos para cada nota atribuída.
5. De posse de um desses dados, constrói-se a curva de progresso da doença. A soma bruta
e/ou estado de evolução obtido e a análise da curva de progresso da Sigatoka são as ferramentas
para a tomada de decisão em relação ao momento de se fazer o controle químico.
6. NÚMERO DE MÓDULOS
O número de módulos de observação a serem
implantados para o sistema de monitoramento será
definido em função da variação ambiental observada na
propriedade.
Assim, em ambientes climaticamente
homogêneos, pode-se trabalhar com a relação de um
módulo para cada 100 ha.
Em condições de topografia variável, onde
claramente se observam variações climáticas
significativas, esta relação deve reduzir de modo a
atender, da melhor forma possível, a realidade local.
7. TOMADA DE DECISÃO
A recomendação do controle químico é feita com
base nos valores de soma bruta e/ou no estádio de
evolução, mas é importante que o técnico responsável
pela tomada de decisão não fique preso unicamente ao
número que for definido para disparar o alarme de
controle.
É importante estar atento ao progresso da
doença, que será medido semanalmente. Os números
que são gerados a partir das leituras são indicadores de
severidade, portanto, quanto maior o valor, maior a
severidade.
Dessa forma, é preciso estar atento aos acréscimos
semanais que, a depender da seqüência de saltos
observados, pode não ser recomendável aguardar a
aproximação do número utilizado.