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O CONHECIMENTO DO
   CONHECIMENTO
     CIENTÍFICO

     Disciplina: Metodologia da Pesquisa
            Profª.: Lúcia Sampaio Pessoa
             Mestrandos: Francione Brito
                               Elvis Alves
                          Josefa Henrique
                             Marília Costa
                     Sebastião Mesquista
Para começar:
Nesta exposição, partindo dos problemas do
conhecimento cientifico dantes destacados
por Edgar Morin, ele toma como ponto de
partida as discussões propostas pelos
positivistas do Circulo de Viena. Seus
cientistas, lógicos e matemáticos viam a
ciência como modelo e levantaram o seguinte
problema:
O que é a ciência?”
Eles acreditaram ter encontrado um
fundamento e este fracassou.

Segundo      Whitehead nenhum sábio
poderia endossar sem reservas as
crenças de Galileu, ou as de Newton e
nem mesmo todas as suas próprias
crenças científicas de dez anos atrás.
(MORIN,      1998,   p.   38)    Pois,   a
cientificidade não se define pela certeza,
mas sim pela dúvida.
   Tomando o principio dos positivista do
    Circulo de Viena, mas diferenciando-
    se deles Karl Popper apresenta
    significativas contribuições no campo
    científico ao afirmar que “O que prova
    que uma teoria é científica é o fato de
    ela ser falível e aceitar ser refutada.”
    Ele disse: “Não basta que uma teoria
    seja verificável, é preciso que ela
    possa ser falsificada.” (p. 38)
Não  é suficiente que uma
tese seja verificada para
ser provada como lei
universal; (...) é preciso que
possamos testá-las e que,
efetivamente,       possamos
refutá-la. (p. 39)

Nenhuma teoria cientifica
pode ser provada para
sempre ou resistir para
sempre à falseabilidade.
(p. 39)
Depois de Popper, surgiram todos
     os problemas que o positivismo
      lógico pensava ter resolvido
 O que entra em cena agora é a questão da
objetividade, que se apresenta nas teorias
cientificas como absolutamente incontestável.
Uma teoria se fundamenta em dados
objetivos, mas não é objetiva em si mesma.
 A objetividade é o resultado de um processo
crítico       desenvolvido       por     uma
comunidade/sociedade científica num jogo em
que ela assume plenamente as regras.
Para Popper a objetividade
dos enunciados científicos
reside no fato de eles
poderem                ser
intersubjetivamente
submetidos a testes.

Popper acrescenta que “a
ciência é a aceitação pelos
cientistas de uma regra do
jogo          absolutamente
imperativa.” (p. 40)
O trabalho do cientista é uma
    atividade seletiva a classificatória.
A teoria científica é uma atividade organizadora da mente, que
implanta as observações e que implanta, também o diálogo com o
mundo dos fenômenos. (p. 43)

A atividade científica mobiliza muito a imaginação do cientista, e
por isso há crenças e experimentos não testáveis ao lado das
teorias.

Neste sentido, Holton fez alguns estudos sobre o tema da
imaginação científica e propôs a noção de themata, que é uma
preconcepção fundamental, estável, largamente difundida e que
não se pode reduzir diretamente a observação e ao cálculo
analítico. Os themata têm a característica de estimular a
curiosidade e a investigação do pesquisador.
Os cientistas que são impulsionados por themata
sentem um tipo de gozo quando acham que o universo
responde à intenção que os incita.

Com base nisto, Thomas Kuhn trouxe a noção de
paradigma, que é aquilo que está no princípio da
construção das teorias, é o núcleo obscuro que
orienta os discursos neste ou naquele sentido.

As grandes mudanças de uma revolução científica
acontecem quando um paradigma cede seu lugar a
um novo paradigma, há uma ruptura de uma teoria
para outra.
Mudamos de universo quando passamos do universo
newtoniano para o universo einsteiniano, quando
passamos do einsteiniano para o universo da física
quântica.

Então percebemos que a história das ciências, assim
como a história das sociedades, conhece e passa por
evoluções.

Neste contexto Lakatos traz a ideia do conceito de
programas de pesquisa. Na concepção de Lakatos
existem grupos de teorias ligadas, umas às outras,
por princípios e postulados comuns.
Então,   teoria, themata, programa de
pesquisa, paradigma etc. são noções que
introduzem na cientificidade os elementos
aparentemente      impuros   mas,  repito,
necessário ao seu funcionamento.

Desde    o século XIX, o desenvolvimento da
ciência está ligado ao desenvolvimento de
uma nova camada social, a intelligentsia
científica dos sábios e pesquisadores. (p. 41)
Diferentes tipos de conhecimento
                            científico
 Existem tipos diferentes de conhecimento científico;
diferentes porque são impulsionados por interesses
diferentes. Há o interesse técnico (domínio da
natureza),   o    interesse   prático   (o    controle,
especialmente da sociedade) e o interesse reflexivo
(quem somos, o que fazemos?).
 O interesse reflexivo motiva a emancipação dos
homens, enquanto os outros interesses conduzem à
dominação e a sujeição.
 Hanson, diz que “qualquer ato específico de
descoberta traz consigo a capacidade de considerar o
mundo da realidade sob uma nova luz (...)”. (p. 48)
Peirce e a invenção das hipóteses
                explicativas
   Indução e dedução como insuficientes. Para
    compreender     o   desenvolvimento       do
    pensamento a noção de abdução era
    indispensável.
   Problemas de estratégia na pesquisa: o
    inventor é imprevisível e relativamente
    autônomo com o próprio meio científico.
    Sempre foi assim. De maneira que, se a
    invenção fosse programada, não existiria.
   Ex.: Newton descobriu a gravidade pelas circunstâncias da
    Universidade fechar as portas e ele ter de ficar vagando, olhando as
    macieiras.
   “Quando pensamos na pesquisa com suas
    atividades da mente, com o papel da
    imaginação e o papel da invenção, nos
    damos conta de que as noções de arte e de
    ciência, que se opõem na ideologia
    dominante, têm algo em comum. Chegamos
    a essa ideia por um meio inesperado, o da
    inteligência artificial, na qual de alguma
    forma,    graças     aos    atuais  sistemas
    especializados, centralizou-se a ideia de
    G.P.S.    (General      Problem    Solver   -
    Solucionador de Problemas em geral)”.
                                          p.50-51
Evolução científica
   Popper fez uma teoria “darwiniana” da
    evolução teórica; Kuhn fez uma oposição a
    esse      evolucionismo      com       um
    revolucionismo, operado pelas mudanças
    de paradigmas, onde o “dominante” tem
    cada vem mais dificuldade em dar conta dos
    fenômenos observáveis.
   A evolução é mais complexa.
A ciência
   “... está sempre em movimento, em ebulição
    e, talvez, o próprio fundamento de sua
    atividade [...] é ser impulsionada por um
    poder de transformação. É preciso
    abandonar a ideia [...] do progresso linear
    das      teorias   que    se    aperfeiçoam
    mutuamente.” (p. 52)
   É o conflito entre pontos de vista (teorias)
    que fundamenta e expressa a vitalidade e o
    desenrolar da ciência, seja de maneira
    evolutiva, evolucionista, revolucionante ou
    revolucionária.
A ciência
   “... A ciência é um lugar onde se desfraldam
    os antagonismos de ideias, as competições
    pessoais e, até mesmo, os conflitos e as
    invejas mais mesquinhas.” (p.52)
   “O conflito é fecundo e podemos dizer que a
    ciencia está fundamentada na complexidade
    do conflito: ela tem quatro pernas,
    independentes entre si: empirismo e
    racionalismo, imaginação e verificação”.
    (p.53)
   Assim: motor da ciência é feito de oposições.
A ciência
   Simultaneamente:           unitária        e
    diversificante, estabelece fronteiras e
    barreiras, funda-se em compartimentos e
    separações entre disciplinas.
   A respeito dessa dialética e/ou dialógica de
    uma atividade científica: “As grandes
    teorias são teorias que fazem a unidade
    onde só se vê heterogeneidade. De um
    lado,               a                ciência
    divide, compartimenta, separa e, do
    outro, ela sintetiza novamente, ela faz a
    unidade”. (p. 53)
Ciência como
      comunidade/sociedade
   Fenômeno normal a todas as sociedades
    organizadas;
   Trata-se      de      uma       comunidade
    epistemólogica    unida    por     princípios
    fundamentais      comuns       (objetividade,
    verificação e falsificação) que aceita as
    regras do jogo e está inscrita numa mesma
    tradição histórica com o mesmo ideal de
    conhecimento.
Ciência e democracia
   A natureza da democracia consiste na aceitação das
    regras de um jogo onde os conflitos de ideias são
    produtivos e a ciência se pauta numa verdade não-
    absoluta, mas sim provisória e sucessiva.
   Na democracia, propriamente científica, a regra é a
    investigação, onde o “papel positivo” do negativo
    eclode via refutação de erros. Assim, o falibilismo
    torna-se a marca da ciência.
   A regra do jogo científico é institucional e
    mental, simultaneamente. Ela é garantida pelas
    instituições -     beneficiadas com as grandes
    descobertas igualmente a sociedade moderna – mas
    antes o próprio sistema detestava a democracia e a
    ciência por constituir-se meio de debate em sua
    pluralidade.
Algumas ideias conclusivas

   1ª: Devemos continuar a considerar a
    ciência como uma atividade de investigação
    e de pesquisa.
     “A ciência não é só isso e, constantemente, ela é
      submergida, inibida, embebida, bloqueada e
      abafada por efeito de manipulações, de
      prática, de poder, por interesses sociais etc. Ela
      continua sendo uma atividade cognitiva.” (p.58)
Algumas ideias conclusivas
   2ª: A ciência não é uma operação de
    verificação das realidades triviais, ela é a
    descoberta de um real escondido.
    A  ideia de certeza teórica enquanto verdade
      absoluta deve ser abandonada.
     Para que haja uma aproximação e um diálogo
      entre a inteligência do homem e a realidade ou a
      natureza do mundo, são precisos sacrifícios
      enormes [...] a objetividade científica não exclui a
      mente humana, o sujeito individual, a cultura, a
      sociedade: ela os mobiliza [...] se fundamenta
      nos poderes construtivos de fermentos
      socioculturais e históricos. (p. 58)
Algumas ideias conclusivas
   3ª: A ciência como impura.
     “A  ciência não só contém postulados e themata
      não-científicos, mas que estes são necessários
      para     a constituição do      próprio saber
      científico, isto é, que é preciso a não-
      cientificidade para produzir a cientificidade, do
      mesmo modo que, sem cessar, produzimos vida
      com a não-vida.”
     “É preciso desinsularizar o conceito de ciência.
      Ele só precisa ser peninsularizado, isto
      é, efetivamente, a ciência é uma península no
      continente cultural e no continente social.” (p.
      59)
Por fim...
   Morin considera a ciência como um processo
    recursivo auto-ecoprodutor. Por meio de um
    movimento      ininterrupto  da   objetividade,
    consenso, comunidade/sociedade e tradição
    crítica, a ciência se autoproduz, mas também
    se autoecoproduz, com base no contexto
    histórico/social.
   A cientificidade se constrói, se desconstrói, e
    se reconstrói sem cessar, já que existe um
    movimento ininterrupto.
   “A ciência é um fenômeno relativamente
    autônomo na sociedade, e não é uma pura
    ideologia social.” (p. 61)
Referência
   MORIN, Edgar. O conhecimento do
    conhecimento científico. In: MORIN,
    Edgar, Ciência com consciência,
    Tradução de Maria de Alexandre e Maria
    Alice Sampaio Dória – Ed. Revista e
    modificada pelo autor 4ª ed. – Rio de
    Janeiro: Bertrand Brasil, 2000, p. 37 a
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O Conhecimento Científico e seus Desafios

  • 1. O CONHECIMENTO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO Disciplina: Metodologia da Pesquisa Profª.: Lúcia Sampaio Pessoa Mestrandos: Francione Brito Elvis Alves Josefa Henrique Marília Costa Sebastião Mesquista
  • 2. Para começar: Nesta exposição, partindo dos problemas do conhecimento cientifico dantes destacados por Edgar Morin, ele toma como ponto de partida as discussões propostas pelos positivistas do Circulo de Viena. Seus cientistas, lógicos e matemáticos viam a ciência como modelo e levantaram o seguinte problema: O que é a ciência?”
  • 3. Eles acreditaram ter encontrado um fundamento e este fracassou. Segundo Whitehead nenhum sábio poderia endossar sem reservas as crenças de Galileu, ou as de Newton e nem mesmo todas as suas próprias crenças científicas de dez anos atrás. (MORIN, 1998, p. 38) Pois, a cientificidade não se define pela certeza, mas sim pela dúvida.
  • 4. Tomando o principio dos positivista do Circulo de Viena, mas diferenciando- se deles Karl Popper apresenta significativas contribuições no campo científico ao afirmar que “O que prova que uma teoria é científica é o fato de ela ser falível e aceitar ser refutada.” Ele disse: “Não basta que uma teoria seja verificável, é preciso que ela possa ser falsificada.” (p. 38)
  • 5. Não é suficiente que uma tese seja verificada para ser provada como lei universal; (...) é preciso que possamos testá-las e que, efetivamente, possamos refutá-la. (p. 39) Nenhuma teoria cientifica pode ser provada para sempre ou resistir para sempre à falseabilidade. (p. 39)
  • 6. Depois de Popper, surgiram todos os problemas que o positivismo lógico pensava ter resolvido  O que entra em cena agora é a questão da objetividade, que se apresenta nas teorias cientificas como absolutamente incontestável. Uma teoria se fundamenta em dados objetivos, mas não é objetiva em si mesma.  A objetividade é o resultado de um processo crítico desenvolvido por uma comunidade/sociedade científica num jogo em que ela assume plenamente as regras.
  • 7. Para Popper a objetividade dos enunciados científicos reside no fato de eles poderem ser intersubjetivamente submetidos a testes. Popper acrescenta que “a ciência é a aceitação pelos cientistas de uma regra do jogo absolutamente imperativa.” (p. 40)
  • 8. O trabalho do cientista é uma atividade seletiva a classificatória. A teoria científica é uma atividade organizadora da mente, que implanta as observações e que implanta, também o diálogo com o mundo dos fenômenos. (p. 43) A atividade científica mobiliza muito a imaginação do cientista, e por isso há crenças e experimentos não testáveis ao lado das teorias. Neste sentido, Holton fez alguns estudos sobre o tema da imaginação científica e propôs a noção de themata, que é uma preconcepção fundamental, estável, largamente difundida e que não se pode reduzir diretamente a observação e ao cálculo analítico. Os themata têm a característica de estimular a curiosidade e a investigação do pesquisador.
  • 9. Os cientistas que são impulsionados por themata sentem um tipo de gozo quando acham que o universo responde à intenção que os incita. Com base nisto, Thomas Kuhn trouxe a noção de paradigma, que é aquilo que está no princípio da construção das teorias, é o núcleo obscuro que orienta os discursos neste ou naquele sentido. As grandes mudanças de uma revolução científica acontecem quando um paradigma cede seu lugar a um novo paradigma, há uma ruptura de uma teoria para outra.
  • 10. Mudamos de universo quando passamos do universo newtoniano para o universo einsteiniano, quando passamos do einsteiniano para o universo da física quântica. Então percebemos que a história das ciências, assim como a história das sociedades, conhece e passa por evoluções. Neste contexto Lakatos traz a ideia do conceito de programas de pesquisa. Na concepção de Lakatos existem grupos de teorias ligadas, umas às outras, por princípios e postulados comuns.
  • 11. Então, teoria, themata, programa de pesquisa, paradigma etc. são noções que introduzem na cientificidade os elementos aparentemente impuros mas, repito, necessário ao seu funcionamento. Desde o século XIX, o desenvolvimento da ciência está ligado ao desenvolvimento de uma nova camada social, a intelligentsia científica dos sábios e pesquisadores. (p. 41)
  • 12. Diferentes tipos de conhecimento científico  Existem tipos diferentes de conhecimento científico; diferentes porque são impulsionados por interesses diferentes. Há o interesse técnico (domínio da natureza), o interesse prático (o controle, especialmente da sociedade) e o interesse reflexivo (quem somos, o que fazemos?).  O interesse reflexivo motiva a emancipação dos homens, enquanto os outros interesses conduzem à dominação e a sujeição.  Hanson, diz que “qualquer ato específico de descoberta traz consigo a capacidade de considerar o mundo da realidade sob uma nova luz (...)”. (p. 48)
  • 13. Peirce e a invenção das hipóteses explicativas  Indução e dedução como insuficientes. Para compreender o desenvolvimento do pensamento a noção de abdução era indispensável.  Problemas de estratégia na pesquisa: o inventor é imprevisível e relativamente autônomo com o próprio meio científico. Sempre foi assim. De maneira que, se a invenção fosse programada, não existiria.  Ex.: Newton descobriu a gravidade pelas circunstâncias da Universidade fechar as portas e ele ter de ficar vagando, olhando as macieiras.
  • 14. “Quando pensamos na pesquisa com suas atividades da mente, com o papel da imaginação e o papel da invenção, nos damos conta de que as noções de arte e de ciência, que se opõem na ideologia dominante, têm algo em comum. Chegamos a essa ideia por um meio inesperado, o da inteligência artificial, na qual de alguma forma, graças aos atuais sistemas especializados, centralizou-se a ideia de G.P.S. (General Problem Solver - Solucionador de Problemas em geral)”. p.50-51
  • 15. Evolução científica  Popper fez uma teoria “darwiniana” da evolução teórica; Kuhn fez uma oposição a esse evolucionismo com um revolucionismo, operado pelas mudanças de paradigmas, onde o “dominante” tem cada vem mais dificuldade em dar conta dos fenômenos observáveis.  A evolução é mais complexa.
  • 16. A ciência  “... está sempre em movimento, em ebulição e, talvez, o próprio fundamento de sua atividade [...] é ser impulsionada por um poder de transformação. É preciso abandonar a ideia [...] do progresso linear das teorias que se aperfeiçoam mutuamente.” (p. 52)  É o conflito entre pontos de vista (teorias) que fundamenta e expressa a vitalidade e o desenrolar da ciência, seja de maneira evolutiva, evolucionista, revolucionante ou revolucionária.
  • 17. A ciência  “... A ciência é um lugar onde se desfraldam os antagonismos de ideias, as competições pessoais e, até mesmo, os conflitos e as invejas mais mesquinhas.” (p.52)  “O conflito é fecundo e podemos dizer que a ciencia está fundamentada na complexidade do conflito: ela tem quatro pernas, independentes entre si: empirismo e racionalismo, imaginação e verificação”. (p.53)  Assim: motor da ciência é feito de oposições.
  • 18. A ciência  Simultaneamente: unitária e diversificante, estabelece fronteiras e barreiras, funda-se em compartimentos e separações entre disciplinas.  A respeito dessa dialética e/ou dialógica de uma atividade científica: “As grandes teorias são teorias que fazem a unidade onde só se vê heterogeneidade. De um lado, a ciência divide, compartimenta, separa e, do outro, ela sintetiza novamente, ela faz a unidade”. (p. 53)
  • 19. Ciência como comunidade/sociedade  Fenômeno normal a todas as sociedades organizadas;  Trata-se de uma comunidade epistemólogica unida por princípios fundamentais comuns (objetividade, verificação e falsificação) que aceita as regras do jogo e está inscrita numa mesma tradição histórica com o mesmo ideal de conhecimento.
  • 20. Ciência e democracia  A natureza da democracia consiste na aceitação das regras de um jogo onde os conflitos de ideias são produtivos e a ciência se pauta numa verdade não- absoluta, mas sim provisória e sucessiva.  Na democracia, propriamente científica, a regra é a investigação, onde o “papel positivo” do negativo eclode via refutação de erros. Assim, o falibilismo torna-se a marca da ciência.  A regra do jogo científico é institucional e mental, simultaneamente. Ela é garantida pelas instituições - beneficiadas com as grandes descobertas igualmente a sociedade moderna – mas antes o próprio sistema detestava a democracia e a ciência por constituir-se meio de debate em sua pluralidade.
  • 21. Algumas ideias conclusivas  1ª: Devemos continuar a considerar a ciência como uma atividade de investigação e de pesquisa.  “A ciência não é só isso e, constantemente, ela é submergida, inibida, embebida, bloqueada e abafada por efeito de manipulações, de prática, de poder, por interesses sociais etc. Ela continua sendo uma atividade cognitiva.” (p.58)
  • 22. Algumas ideias conclusivas  2ª: A ciência não é uma operação de verificação das realidades triviais, ela é a descoberta de um real escondido. A ideia de certeza teórica enquanto verdade absoluta deve ser abandonada.  Para que haja uma aproximação e um diálogo entre a inteligência do homem e a realidade ou a natureza do mundo, são precisos sacrifícios enormes [...] a objetividade científica não exclui a mente humana, o sujeito individual, a cultura, a sociedade: ela os mobiliza [...] se fundamenta nos poderes construtivos de fermentos socioculturais e históricos. (p. 58)
  • 23. Algumas ideias conclusivas  3ª: A ciência como impura.  “A ciência não só contém postulados e themata não-científicos, mas que estes são necessários para a constituição do próprio saber científico, isto é, que é preciso a não- cientificidade para produzir a cientificidade, do mesmo modo que, sem cessar, produzimos vida com a não-vida.”  “É preciso desinsularizar o conceito de ciência. Ele só precisa ser peninsularizado, isto é, efetivamente, a ciência é uma península no continente cultural e no continente social.” (p. 59)
  • 24. Por fim...  Morin considera a ciência como um processo recursivo auto-ecoprodutor. Por meio de um movimento ininterrupto da objetividade, consenso, comunidade/sociedade e tradição crítica, a ciência se autoproduz, mas também se autoecoproduz, com base no contexto histórico/social.  A cientificidade se constrói, se desconstrói, e se reconstrói sem cessar, já que existe um movimento ininterrupto.  “A ciência é um fenômeno relativamente autônomo na sociedade, e não é uma pura ideologia social.” (p. 61)
  • 25. Referência  MORIN, Edgar. O conhecimento do conhecimento científico. In: MORIN, Edgar, Ciência com consciência, Tradução de Maria de Alexandre e Maria Alice Sampaio Dória – Ed. Revista e modificada pelo autor 4ª ed. – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000, p. 37 a 93.