1. V ENCONTRO BRASILEIRO E
I ENCONTRO LATINO
AMERICANO DE NOZES E
CASTANHAS
Painel P&D- Embrapa
Ladislau Martin Neto
Diretor Executivo de P&D
São Paulo – 29/08/2016
2. Conteúdo
•Inovação e Rede de Pesquisa Agropecuária no
Brasil
•Visão de futuro e estratégia gestão P&D Embrapa
•Resultados P&D:
•Castanha do Brasil
•Castanha de Caju
•Noz Macadamia
•Considerações Finais
3. Características das Pesquisas
- Básica, tecnológica, adaptativa e radical (estratégica)
- Básica e radical- médio e longo termo- principalmente instituições públicas
- Tecnológica e adaptativa- principalmente empresas privadas
Brasil- indo na mesma direção 20 anos
mais tarde
70%
30%
INVESTIMENTO EMPRESAS PRIVADAS
INVESTIMENTO EMPRESAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS
EUA - 1990 - 2000
Inovação no Brasil- Tendência
5. Rede Embrapa- Centros de Pesquisa em todo País
- Estabelecida em 1973
- Vinculada ao MAPA
- Empregados (total): 9.695
- Cientistas (total): 2460 (PhDs 2030)
- Analistas- 2542 (nível superior)
- Orçamento 2015- R$ 2,8 bi
Aquicultura e Pesca -2015
Cocais -2015
Agrossilvipastoril-2012
Agroenergia- 2010
Gestão Territorial Estratégica-2012
Estação Quarentenária e Intercâmbio de
Germoplasma Vegetal- 2015
46 Centros de Pesquisa e Serviços
• Nacionais Temáticos-10
• Nacionais de Produtos-14
• Ecorregionais/Agroflorestais-17
• Serviços-5
• 14 Escritórios Negócios
• Sede- 16 Unidades Centrais
6. Missão Visão
DESAFIOS
DE PD&I:
MACROTEMAS
E TEMAS
TRANSVERSAIS
GESTÃO DE
PD&I
EIXOS DE
IMPACTO
Avanços na Busca da
Sustentabilidade
Inserção Estratégica
e Competitiva na
Bioeconomia
Contribuições a
Políticas
Públicas
Inserção
Produtiva e
Redução da
Pobreza
Posicionamento
na Fronteira do
Conhecimento
GESTÃO
INSTITUCIONAL
BASES
PARA AÇÃO
PROCESSODEPRODUÇÃODAEMBRAPA
Eficiência na Gestão de PD&I
Sistemas
de Produção
Novas Ciências:
Biotecnologia,
Nanotecnologia
e Geotecnologia
Recursos
Naturais e
Mudanças
Climáticas
Automação,
Agricultura de
Precisão e TICs
Segurança
Zoofitossanitária e
Defesa
Agropecuária
Tecnologia
Agroindustrial,
da Biomassa
e Química Verde
Segurança dos
Alimentos,
Nutrição e Saúde
Mercados,
Políticas e
Desenv.Rural
Gestão
Organizacional
Adm.
Finanças e
Infraestrutura
Redes e
Parcerias
Presença
Internacional
Desenv.
e Gestão
de Pessoas
Comunicação
TIC
Agr. Familiar,
Prod.Orgânica e Agroecológica
Inovações Gerenciais
nas Cadeias Produtivas
Comunicação
Rural-Urbana
Informações Estratégicas e Políticas Públicas
7. Gestão e Acompanhamento da Programação de P&D
Arranjos
Estratégia Bottom Up
Conjunto de projetos convergentes,
complementares e sinérgicos
Visão temática
Percepção conjunta de mais de uma
Unidade
Pode ser constituído de projetos
existentes e novos ou somente projetos
novos
Projetos
Projetos
Macro
programas
Arranjos
Portfólios
Instrumento de apoio gerencial
Estratégia Top Down
Visão temática
Organização de projetos afins
(P&D, TT, Comunicação e Desenv. Instit.)
Direcionamento, promoção e
acompanhamento de resultados que serão
alcançados no tema
Redução de redundâncias
Incremento da complementariedade
Projetos
Macro
programas
Por ólios
Gestão e Acompanhamento da Carteira
Projetos de P&D de forma agregada e
temática-
Atualmente 1.153 projetos na carteira
Emprego de duas estratégias
Top – down (Portfólios de Projetos- 25)
Bottom – up (Arranjos Projetos- 80)
8. Portfólios aprovados pela DE- total 25
Agricultura Irrigada
Alimentos, Nutrição e Saúde
Alimentos Seguros
Automação Agríc., Pec. e Flor.
Geotecnologias
Mudanças climáticas
Palma de Óleo
Setor Sucroalcooleiro Energético
Pastagens
Convivência com a Seca
Gestão Estratégica de Rec.
Genéticos para Alim. e Agric.
Inovação social na agricultura
Sanidade Animal
Aquicultura
Controle Biológico
Fixação Biológica de Nitrogênio
ILPF
Sist. Produção de Base Ecológica
Química e Tec. Biomassa
Recursos Florestais Nativos
Supr. Nutrientes para a Agricultura
Eng. Genética para o Agronegócio
Manejo Racional de Agrotóxicos
Sanidade Vegetal
Tecnologias agroindustriais para
agregação de valor a produtos
9. Gestão e Acompanhamento da Programação - Ferramentas de TI
Ideare: submissão e avaliação
SISGP: acompanhamento
Quaesta - Ferramenta de busca SEG
Quaesta - Pesquisa de Projetos da Embrapa
12. Década de 70
à 80
Estudos sobre cultivo e clonagem (enxertia)
2000 à 2003 Acre e Amapá (diagnóstico e mapeamento de
castanhais nativos; melhoria de produtos)
2002 à 2005 Acre (manejo e pós-colheita visando qualidade do
produto)
2005 a 2012 Rede Kamukaia: AC, RO, RR, PA e AM (estudos
ecológicos para recomendação de manejo)
2006 à 2008 SAFENUT: AC e PA (validar as boas práticas de
produção com vistas à segurança alimentar)
2009 à 2013 MICOCAT: AC, AM, RR, PA e AP (controle da
contaminação por aflatoxinas)
2013 à 2015 Pré-melhoramento e técnicas de cultivo: RR, AC e AP
2014 à 2022 Arranjo TechCast
Histórico dos projetos da Embrapa com castanha-do-brasil
na Amazônia
13. Portfólio Recursos Florestais Nativos
68projetos são liderados pelas Unidades da Embrapa
presentes na Amazônia, o que corresponde a 49,6% da
carteira de projetos.
• Entre os temas que se destacam estão a
• Recomposição de Áreas de Proteção Permanentes
(APPs) e Reserva Legal,
• Sistemas de Produção,
• Melhoramento Genético,
• Manejo Madeireiro,
• Manejo de Produtos não Madeireiros e
• Conservação da Biodiversidade.
14. Arranjo de projetos:
Tecnologias para o fortalecimento da cadeia de valor da
castanha-do-brasil
Vigência: 2014 a 2022
Projetos participantes: 11
Projetos prometidos: 10
Principais projetos do arranjo
MapCast: geoprocessamento, geoestatística e
diagnóstico dos principais sistemas de produção
EcogenCast: ecologia e genética das populações
naturais
Melhoramento genético para cultivo da castanheira
Coeficientes técnicos de produção: projeto para avaliar
custos de produção.
Arranjo TechCast “Tecnologias para o fortalecimento da cadeia de
valor da castanha-do-brasil
15. • Os resultados dos projetos já executados apoiaram o governo brasileiro no
estabelecimento de uma base normativa para regulação e certificação da
produção de castanha-do-brasil (BRASIL, 2004; BRASIL, 2010).
Impacto dos projetos já executados
• CODEX ALIMENTARIUS, a alteração das
recomendações para a produção de
amêndoas de árvores, de forma a
contemplar o processo produtivo da
castanha-do-brasil (CODEX..., 2008),
resultando no reconhecimento das
especificidades dessa cadeia produtiva,
com inclusão no Code of Practice for the
Prevention and Reduction of Aflatoxin
Contamination in Tree Nuts (CODEX...,
2010), de um apêndice específico para a
castanheira.
16. A oferta extrativa já chegou ao seu limite de oferta e está
sendo decrescente ao longo do tempo.
Novo Código Florestal (Lei nº 12.651, 25/05/2012)
permite a incorporação da castanheira para promover a reconversão
de ecossistemas destruídos, aproveitando uma área passiva,
redundando no longo prazo em um extrativismo domesticado.
Viabilidade
Econômica?????????
A grande questão refere-se à economicidade do plantio de castanheiras
pé franco ou enxertadas em monocultivos ou em Sistemas Agroflorestais
(SAFs).
www.embrapa.br/codigo-florestal
18. BENEFICIAMENTO DE CASTANHA
Abrange tanto etapas de processos
mais simples até os mais complexos,
visando agregar valor ao produto
final.
Principais produtos
• castanha-do-brasil com casca
seca (tipo dry);
• castanha-do-brasil sem casca
(amêndoa);
• amêndoa sem pele;
• farinha desengordurada; e
• óleo de castanha.
19. Os resultados de pesquisa com a castanha- do-brasil
permitiram a domesticação deste importante recurso
extrativo na região amazônica. Nas fotos, castanheira nativa
(a) e castanheiras enxertadas (b) O problema do porte muito
elevado e da longa fase juvenil foi resolvido através do
método Forkert de enxertia.
b)a)
Vitória contra o extrativismo???
AMAZÔNIA: meio ambiente e tecnologia agrícola. Cristo
Nascimento, Alfredo Homma Embrapa - 1984
20. • O problema da baixa relação entre frutos e flores foi eliminado
pelo uso de material nativo de excepcional relação,
selecionado de castanhais nativos,
• O problema de dificuldade de germinação foi solucionado pela
retirada da casca das sementes e tratamento das amêndoas
com fungicidas antes da semeadura.
• O porte da árvore foi reduzido de até 60 metros para uma média de apenas 12 metros.
• A idade à primeira frutificação foi diminuída de 14 anos para uma média de somente 6
anos, com uma planta chegando a frutificar com a tenra idade de 2 ½ anos
• A baixa relação entre frutos e flores foi aumentada para uma relação adequada.
• A baixa germinação de apenas 25% após um ano e meio da semeação foi elevada para
78% aos cinco meses depois da semeadura de amêndoa (semente sem casca)
Vitória contra o extrativismo
22. Vista aérea do “mar de copas” de árvores de castanheira-do-brasil na Fazenda Aruanã, Itacoatiara (AM).
Foto: Marcelo Cavalcante.
23. Produz uma castanha
pura livre de
contaminações e com o
teor de selênio ideal
para a nutrição humana
pois a quantidade de
selênio depende do solo
Floresta ambiental com
Castanha-do-brasil
Castanha-do-Brasil(Castanha-do-Pará) cultivada pela Agropecuária Aruanã S.A.
25. o cajueiro anão-precoce
representa atualmente 18% da
área plantada no Ceará, mas
sua produtividade já ultrapassa
a do cajueiro comum. No ano
passado, a espécie foi
responsável por um
rendimento médio de 271
quilos de castanha por hectare,
contra 104 quilos oriundos do
cajueiro comum.
Cajueiro anão-precoce
26. Vale do Rio Canindé-PI
Sistema de produção da cultura do cajueiro
anão-precoce sob regime de sequeiro, em
consorciação com as culturas de gergelim,
girassol, feijão-caupi, milho e pastagem,
visando melhoria da qualidade de vida dos
agricultores familiares das comunidades locais,
durante a estação seca Sistema silvipastoril: ovinos, capim-massai e
cajueiro
Integração de atividades e viabilidade da pequena e média
exploração do cajueiro no Nordeste do Brasil
Sistema agrossilvipastoril com cajueiro para o semiárido
27. A fibra do caju é geralmente
descartada nas fábricas de suco.
A Embrapa desenvolveu uma
maneira de reutilizá-las: criando
duas formulações de hambúrguer
cujo principal ingrediente é
exatamente essa fibra.
Produção industrial: misturada com proteína de soja, além de outros
ingredientes, e requer equipamentos industriais.
Produção doméstica: tem como base proteica o feijão-caupi
alternativa de renda a agricultores familiares.
Hamburguer de Caju
28. Os métodos a serem estudados:
• prensagem em batelada,
• extração utilizando etanol como solvente,
• extração aquosa e
• extração aquosa enzimática.
Avaliação de:
• condições para extração do óleo,
• rendimento dos processos e
• impacto na qualidade do óleo extraído.
Processo de extração de
óleo de ACC
Ao final do projeto, espera-se ter
recomendações para obtenção de produto
que possa agregar valor à cadeia produtiva
do caju
29. Valorização da casca da castanha de caju por meio do
aproveitamento do LCC e do resíduo sólido
• Obtenção de ácidos anacárdicos e resíduo da
casca de castanha de caju
• Isolamento de ácidos anacárdicos a partir do
LCC obtido por prensagem hidráulica a frio.
• Aplicação dos ácidos anacárdicos no controle
de fitonematoide M. incógnita
• Aplicação dos ácidos anacárdicos no controle
de helmintos
Estrutura química geral dos
ácidos anacárdicos, um dos
principais componentes
encontrados no líquido da
casca da castanha de caju.
Nematóide das galhas
Meloidogyne incognita
30. Além de deliciosas, são ricas em ácidos
graxos e substâncias antioxidantes
Como o cultivo de macadâmia prospera no interior paulista
31. Número Deslocamento
químico (ppm)
Atribuição
1 0,90-0,80 -CH3 grupos acil
2 1,40-1,15 -(CH2)n- grupos acil
3 1,70-1,50 -OCO-CH2-CH2- grupos acil
4 2,10-1,90 -CH2-CH=CH- metilenos alila
5 2,35-2,20 -OCO-CH2- metilenos a carboxílicos
6 2,80-2,70 =HC-CH2-CH= metilenos dialílicos
7 4,32-4,10 -CH2OCOR- glicerol
8 5,26-5,20 > CHOCOR
9 5,40-5,26 -CH=CH- hidrogênios vinílicos (olefínicos)
Após sua decorticação
as nozes tomam-se
susceptíveis à rancidez
com o resultado da
oxidação natural de
seus óleos, levando a
uma crescente perda
de sabor.
Identificação de produtos da
oxidação de óleos
comestíveis através da
espectroscopia de RMN de 1H
Macadâmia
32. Com e sem
zeínas - 19 dias
Zeínas e noz macadâmia Quitosana em morangos e alho
Filmes comestíveis
33. Considerações Finais
• Cooperação pública-privada – imperativo!
• Estabelecimento de consórcio de empresas – desafios comuns
• Cooperação multiinstitucional – nenhuma instituição detem
todas as competências!
• Novo marco legal C&T- 2016, NIT-EmbrapaTec
• Oportunidades do código florestal para ampliar áreas de plantio
• Sistemas integrados de produção- SAF, ILPF,…- desafios gestão
• Agregação de valor e qualidade dos produtos (aflatoxinas,…)
• Alimento-Nutrição-Saúde – paradigma da cura para paradigma
da prevenção
34. • Muito obrigado pela atenção!
• Muito obrigado pelo convite - José Eduardo Camargo.
• Parabéns pela organização do evento!
• ladislau.martin@embrapa.br
• de.pd@embrapa.br
• www.embrapa.br