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ADLER, Mortimer J.; DOREN, Charles Van
“[...] À medida que lê, ou você entende perfeitamente tudo o que o autor tem a dizer, ou não. Se
entender, talvez você tenha absorvido apenas informações, mas não necessariamente tenha progredido
em entendimento. Se o livro lhe é perfeitamente inteligível – do começo ao fim -, então o autor e você
são como mentes fabricadas a partir do mesmo molde. Os símbolos impressos nas páginas seriam
meras expressões do entendimento que já lhes era comum antes mesmo de vocês se conhecerem.
Contemplemos a segunda alternativa. Você não entendeu o livro perfeitamente. Consideremos ainda
que você entendeu o suficiente para saber que não entendeu tudo – o que, infelizmente, não é sempre o
caso. Você sabe que o livro tem mais a dizer e, por conseguinte, que o livro contém algo que pode
aumentar seu entendimento.
O que fazer? Você pode entregar o livro a outra pessoa, na esperança de que ela possa ler melhor
que você, mostrando a ela os trechos que incomodam . (“Ela” pode ser uma pessoa viva ou outro livro.)
Ou ainda você pode decidir que os trechos que estão além da sua capacidade de compreensão não são
realmente importantes. Nos dois casos, você não está lendo da maneira exigida pelo livro.
A solução é uma só. Sem nenhuma ajuda externa, você tem de se dedicar melhor ao livro. Contando
somente com o poder da sua mente, você tem de operar os símbolos que estão diante de você a fim de
elevar-se do estado de entendimento inferior ao estado de entendimento superior. Essa elevação
consiste em uma leitura criteriosa – o tipo de leitura que todo livro desafiador merece.
Assim sendo, chegamos ao ponto em que somos capazes de definir, em linha gerais, o que é a leitura
ativa – é o processo por meio do qual a mente se eleva por conta própria, isto é, sem mais nada com o
que operar a não ser os símbolos contidos no livro. A mente deixa de entender menos e passa a
entender mais. As operações técnicas que tornam possível tal elevação são os diversos atos que
compõem a arte de ler.” (ADLER; DOREN, 2010, p. 29, grifos dos autores)
 O primeiro sentido – ler para se informar – é o mais comum. É o que ocorre quando
lemos jornais, revistas, ou qualquer coisa que nos seja imediatamente inteligível – de
acordo com nossa capacidade e talento. Essas leituras aumentam nosso estoque de
informações, mas são incapazes de aumentar nosso entendimento, já que este
permanece inalterado. Caso contrário, teríamos então certa inquietação, certa
perplexidade, pelo contato com algo que está acima de nossa capacidade de
compreensão – contanto que tenhamos sido honestos e atentos.
 O segundo sentido – ler para entender – é aquele em que a pessoa tenta ler algo que
em princípio não entende completamente. Nesse momento, a coisa ser lida é melhor
ou maior que o leitor. O autor está comunicando algo que poderá aumentar o
entendimento do leitor. Tal comunicação entre desiguais tem de ser algo possível, sob
pena de ninguém nunca aprender nada com ninguém, seja oralmente, seja por escrito.
Quando dizemos “aprender”, referimo-nos a processos de entender mais – e não ao
processo de lembrar mais informações do mesmo grau de inteligibilidade das demais
informações que você já possui.
1. O livro fala sobre o quê?
2. O que exatamente está sendo dito, e como?
3. O livro é verdadeiro, em tudo ou em parte?
4. E daí?
1. O livro fala sobre o quê?
 Você deve tentar descobrir o tema central do livro,
bem como a maneira pela qual o autor desenvolve
esse tema, por meio da organização e da subdivisão
dos temas e tópicos essenciais.
2. O que exatamente está sendo dito, e como?
 Você deve tentar descobrir as ideias, afirmações e
argumentos que constituem a mensagem particular
do autor.
3. O livro é verdadeiro, em todo ou em parte?
 Você só conseguirá responder a essa pergunta se
já tiver respondido às duas anteriores. Você precisa
saber o que está sendo dito antes de decidir se é
verdadeiro ou falso. Quando você entende um livro,
fica obrigado, caso esteja lendo com seriedade, a
formar um juízo sobre ele. Conhecer a mente do
autor não é o suficiente.
4. É daí?
 Se o livro lhe forneceu informações novas, você
deve pesar a importância delas. Por que o autor
acha que sua mensagem é importante? Ela é
importante para você? No entanto, se o livro não
apenas lhe forneceu informações, mas o esclareceu
em determinados quesitos, então é necessário
investigar e buscar mais, isto é, buscar quais
implicações forçosamente se seguem.
A) Técnicas de anotação inteligentes e proveitosas:
 Sublinhar os trechos principais
 Traçar linhas verticais nas margens
 Fazer asteriscos ou outras marcas nas margens
 Inserir números nas margens
 Inserir números de outras páginas nas margens
 Circular palavras-chave ou frases
 Escrever nas margens das páginas
B) Os três tipos de anotação:
 Que tipo de livro é este?
 O que ele diz, de modo geral?
 Qual a ordem estrutural pela qual o autor desenvolve seus conceitos
e entendimentos do assunto?
1) Leitura elementar
2) Leitura inspecional
3) Leitura analítica
4) Leitura sintópica
 Também chamada de leitura rudimentar, leitura básica
ou leitura inicial.
 O que importa aqui é o fato de que esse nível sugere que a
pessoa deixou o analfabetismo e tornou-se alfabetizada.
 Quando a pessoa aprende os rudimentos da arte de ler e
recebe o treinamento básico na leitura, dizemos que ela
domina o nível da Leitura Elementar.
 Esse termo – Leitura Elementar – é apropriado, em nossa
opinião, porque esse nível de leitura normalmente é
aprendido no período da educação infantil.
 Os estágios de alfabetização:
1.º estágio: prontidão para leitura
2.º estágio: aprendizado da leitura de materiais simples
3.º estágio: progressão na construção do vocabulário e
sentido das palavras
4.º estágio: desenvolvimento das habilidades anteriormente
aprendidas
 O segundo nível de leitura é chamado de Leitura Inspecional. Sua característica
principal é o fator tempo. A leitura desse nível pressupõe certo período no qual
temos de ler determinados trechos – que pode ser de quinze minutos, por exemplo,
ou até menos.
 Esse nível também poderia ser chamado de pré-leitura. Porém, não se trata de
folhear livros aleatoriamente. A leitura inspecional é a arte de folhear o livro
sistematicamente.
 Enquanto a pergunta de nível elementar é “O que diz a frase?”, a pergunta do
nível inspecional é “O livro é sobre o quê?”. Há outras perguntas similares, como
“Qual a estrutura do livro?” ou “Em quais partes o livro é dividido?”.
 Ao completar a leitura inspecional – a despeito do tempo disponível para tal -, o
leitor deve ser capaz de responder à pergunta “Que tipo de livro é este – romance,
história ou ciência?”.
A) Leitura inspecional I: Pré-leitura ou sondagem sistemática
1. examine a folha de rosto
2. examine o sumário
3. Consulte o índice remissivo
4. leia a contracapa e a sobrecapa
5. Examine os capítulos que lhe pareçam centrais ao argumento do autor
6. Folheie o livro
B) Leitura inspecional II: Leitura superficial
Ao encarar um livro difícil pela primeira vez, (se o tempo o permitir) leia-o sem parar,
isto é, leia-o sem se deter nos trechos mais espinhosos e sem refletir nos pontos que
ainda permanecem incompreensíveis para você.
1. Saiba ler a velocidades diferentes – quando é apropriado usar uma velocidade ou
outra. Nenhum livro deve ser lido mais lentamente do que merece, e nenhum livro
deve ser lido mais rapidamente do que seu aproveitamento e compreensão o
exigirem.
2. Fixações e retrocessos: Junte dois dedos e faça uma varredura com esse ponteiro ao
longo de uma linha, um pouco mais rapidamente do que os seus olhos estão
acostumados a ler. Force-a a acompanhar a sua mão. Continue praticando à medida
que aumenta a velocidade e, antes que perceba, você terá duplicado ou triplicado
sua velocidade de leitura.
 A leitura analítica é a leitura propriamente dita, isto é, a
leitura completa, plena – a melhor leitura possível.
 Se a leitura inspecional pode ser considerada a melhor e
mais completa leitura possível em um período limitado de
tempo, a leitura analítica é a melhor e mais completa
leitura possível em um período ilimitado de tempo.
 A leitura analítica formula, de modo organizado, muitas
perguntas, de acordo com o livro que está sendo lido.
 A leitura analítica é sempre intensamente ativa.
A) O primeiro estágio da leitura analítica:
1. Classifique o livro de acordo com o título e assunto
2. Expresse a unidade do livro de maneira mais breve possível
3. Enumere suas partes principais em ordem e relação, e esboce essas
partes assim como esboçou a unidade
4. Defina o problema ou os problemas que o autor busca resolver
B) Segundo estágio de leitura analítica:
5. Encontre as palavras importantes e, por meio delas, entre em acordo com o autor
(chegue em acordo com o autor interpretando suas palavras-chave)
6. Marque as frases mais importantes do livro e descubra as proposições que elas contêm
(capte as proposições principais, encontrando as frases mais importantes)
7. Encontre, se puder, os parágrafos que expressam os argumentos importantes do livro;
mas se os argumentos não puderem ser encontrados dessa maneira, você terá de
construí-los, juntando frases de diversos parágrafos, até que consiga compor uma
sequência de frases que enunciem as proposições que compõem o argumento (Entenda os
argumentos do autor, encontrando-os ou compondo-os com base em conjuntos de frases)
8. Descubra quais são as soluções do autor (determine quais os problemas o autor
conseguiu resolver e quais ele não conseguiu resolver; nesse segundo caso, decida se o
autor sabe que fracassou ao não os resolver)
C) Terceiro estágio de leitura analítica: as regras para criticar o
conteúdo
A. Preceitos de etiqueta intelectual
9. Não critique até que tenha completado o delineamento e a
interpretação do livro (não diga que concorda, discorda ou
suspende o julgamento até que tenha dito “entendi”)
10. Não discorde de maneira competitiva
11. Demonstre que reconhece a diferença entre conhecimento e
opinião pessoal apresentando boas razões para qualquer
julgamento crítico que venha a fazer
B. Critérios especiais para o exercício da crítica
12. Mostre onde o autor está desinformado
13. Mostre onde o autor está mal informado
14. Mostre onde o autor foi ilógico
15. Mostre onde a análise ou a explicação do autor está incompleta
(Nota: dos quatro últimos critérios, os três primeiros servem para os
casos em que há discórdia. Se não servirem, então você tem de
concordar com o livro, ao menos em parte, embora possa suspender o
julgamento do todo com base no último critério)
 Esse último nível de leitura também poderia ser chamado de leitura comparativa.
 A leitura sintópica implica a leitura de muitos livros, ordenando-os mutuamente
em relação a um assunto sobre o qual todos versem. Mas comparar não é o
bastante.
 A leitura sintópica é mais sofisticada do que a mera comparação. Com os livros em
mãos, o leitor sintópico estará apto a desenvolver uma análise que talvez não
esteja em nenhum dos livros. Está claro, portanto, que a leitura sintópica é a mais
ativa e trabalhosa de todas.
 Apesar disso, a leitura sintópica é, provavelmente, o nível de leitura mais
compensador que existe. Os benefícios são tão grandes que vale a pena aprender
suas técnicas.
 Supondo que, graças à inspeção de diversos livros, você tenha ideia bastante clara
do assunto tratado por ao menos alguns deles e, mais ainda, já saiba que esse é o
assunto que quer investiga. O que fazer, então? Siga estes cinco passos:
1. Encontrar as passagens relevantes
2. Fazer os autores chegarem a um acordo com você
3. Esclarecer as questões
4. Definir as divergências
5. Analisar a discussão
1. Encontrar as passagens relevantes
 Você e suas preocupações serão atendidos em primeiro
lugar, não os livros que você lê.
Seu objetivo é encontrar, nos livros, as passagens que
sejam mais relevantes para você (isso pode significar ler o
livro rapidamente).
2. Fazer os autores chegarem a um acordo
 Cabe a você estabelecer os termos e fazer os autores
concordarem com eles, e não o contrário.
 Isso significa que temos de começar a criar um grupo de
termos que, em primeiro lugar, ajude-nos a entender todos
os nossos autores, e não só alguns deles; e, em segundo
lugar, ajude-nos a resolver o nosso problema. Essa intuição
leva ao terceiro passo.
3. Esclarecer as questões
 Devemos encontrar as sentenças-chave do autor e, a partir
delas, desenvolver o entendimento de suas proposições.
 Também devemos estabelecer um conjunto de proposições
neutras, preparando uma série de perguntas que podem
esclarecer o problema, às quais cada um dos autores deve
responder. Caso um ou mais de um autor não dê resposta a
uma das questões elaboradas, nesse caso registamos que ele se
calou ou que foi vago em sua resposta. Como os autores hão de
divergir, somos obrigados a dar o passo seguinte da leitura
sintópica.
4. Definir as divergências
 Cabe ao leitor sintópico a tarefa de definir as divergências de tal modo que
possa participar delas com o máximo de clareza.
 Uma divergência surge quando dois autores que entendem uma questão do
mesmo modo respondem-na de maneiras contrárias ou contraditórias. Mas
isso não acontece com a frequência que seria desejável. Normalmente, as
diferenças nas respostas podem ser atribuídas com igual frequência a
diferentes concepções da questão e a diferentes visões do assunto. Se tivermos
muitas divergências em torno de uma série de questões intimamente
relacionadas, então podemos dizer que há uma controvérsia sobre aquele
aspecto do assunto. Cabe ao leitor sintópico discriminar as divergências e
organizá-las de modo claro. A discriminação e a organização das divergências e
das controvérsias nos levam ao último passo da leitura sintópica.
5. Analisar a discussão
 À medida que encontramos (se encontramos) respostas, ainda
que em conflito, sobre um problema simples ou perene, então
devemos ordenar essa discussão.
 Fazemos isso ao demonstrar como as questões são respondidas
de modos diferentes e explicar por que; e temos de apontar os
textos examinados que apoiam nossa classificação das respostas.
Ao fazer isso, você não somente analisou a discussão. Pode, na
verdade, ter feito mais do que isso: fornecer arcabouço para novos
trabalhos produtivos sobre o problema por outras pessoas.
 Para compreender o significado de uma palavra ou frase em seu contexto, da
maneira como foi utilizada pelo(a) autor(a), leve em consideração as palavras
vizinhas e as frases vizinhas para interpretá-la; em outras palavras: você parte
daquilo que entende – de forma gradual – àquilo que não entende.
 Frases que exigem o esforço interpretativo requerem modelar a velocidade de
leitura (devagar/rápido).
 Frases complicadas expressam mais de uma proposição! – separe as proposições,
mesmo que estejam intercaladas.
 Se você realmente entendeu a frase:
 Expresse com suas palavras o que o autor quis dizer (vale inclusive para frases em
outros idiomas) e não repetir pari passu o autor.
 Indicar uma experiência pessoal ou imaginária para exemplificar, ilustrar
determinada proposição – caso real ou imaginário.
ADLER, Mortimer J.; DOREN, Charles Van. Como ler livros: o guia clássico para a
leitura inteligente. São Paulo: É Realizações, 2010 (Coleção educação clássica).

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Como ler livros

  • 1. ADLER, Mortimer J.; DOREN, Charles Van
  • 2. “[...] À medida que lê, ou você entende perfeitamente tudo o que o autor tem a dizer, ou não. Se entender, talvez você tenha absorvido apenas informações, mas não necessariamente tenha progredido em entendimento. Se o livro lhe é perfeitamente inteligível – do começo ao fim -, então o autor e você são como mentes fabricadas a partir do mesmo molde. Os símbolos impressos nas páginas seriam meras expressões do entendimento que já lhes era comum antes mesmo de vocês se conhecerem. Contemplemos a segunda alternativa. Você não entendeu o livro perfeitamente. Consideremos ainda que você entendeu o suficiente para saber que não entendeu tudo – o que, infelizmente, não é sempre o caso. Você sabe que o livro tem mais a dizer e, por conseguinte, que o livro contém algo que pode aumentar seu entendimento. O que fazer? Você pode entregar o livro a outra pessoa, na esperança de que ela possa ler melhor que você, mostrando a ela os trechos que incomodam . (“Ela” pode ser uma pessoa viva ou outro livro.) Ou ainda você pode decidir que os trechos que estão além da sua capacidade de compreensão não são realmente importantes. Nos dois casos, você não está lendo da maneira exigida pelo livro. A solução é uma só. Sem nenhuma ajuda externa, você tem de se dedicar melhor ao livro. Contando somente com o poder da sua mente, você tem de operar os símbolos que estão diante de você a fim de elevar-se do estado de entendimento inferior ao estado de entendimento superior. Essa elevação consiste em uma leitura criteriosa – o tipo de leitura que todo livro desafiador merece. Assim sendo, chegamos ao ponto em que somos capazes de definir, em linha gerais, o que é a leitura ativa – é o processo por meio do qual a mente se eleva por conta própria, isto é, sem mais nada com o que operar a não ser os símbolos contidos no livro. A mente deixa de entender menos e passa a entender mais. As operações técnicas que tornam possível tal elevação são os diversos atos que compõem a arte de ler.” (ADLER; DOREN, 2010, p. 29, grifos dos autores)
  • 3.  O primeiro sentido – ler para se informar – é o mais comum. É o que ocorre quando lemos jornais, revistas, ou qualquer coisa que nos seja imediatamente inteligível – de acordo com nossa capacidade e talento. Essas leituras aumentam nosso estoque de informações, mas são incapazes de aumentar nosso entendimento, já que este permanece inalterado. Caso contrário, teríamos então certa inquietação, certa perplexidade, pelo contato com algo que está acima de nossa capacidade de compreensão – contanto que tenhamos sido honestos e atentos.  O segundo sentido – ler para entender – é aquele em que a pessoa tenta ler algo que em princípio não entende completamente. Nesse momento, a coisa ser lida é melhor ou maior que o leitor. O autor está comunicando algo que poderá aumentar o entendimento do leitor. Tal comunicação entre desiguais tem de ser algo possível, sob pena de ninguém nunca aprender nada com ninguém, seja oralmente, seja por escrito. Quando dizemos “aprender”, referimo-nos a processos de entender mais – e não ao processo de lembrar mais informações do mesmo grau de inteligibilidade das demais informações que você já possui.
  • 4. 1. O livro fala sobre o quê? 2. O que exatamente está sendo dito, e como? 3. O livro é verdadeiro, em tudo ou em parte? 4. E daí?
  • 5. 1. O livro fala sobre o quê?  Você deve tentar descobrir o tema central do livro, bem como a maneira pela qual o autor desenvolve esse tema, por meio da organização e da subdivisão dos temas e tópicos essenciais.
  • 6. 2. O que exatamente está sendo dito, e como?  Você deve tentar descobrir as ideias, afirmações e argumentos que constituem a mensagem particular do autor.
  • 7. 3. O livro é verdadeiro, em todo ou em parte?  Você só conseguirá responder a essa pergunta se já tiver respondido às duas anteriores. Você precisa saber o que está sendo dito antes de decidir se é verdadeiro ou falso. Quando você entende um livro, fica obrigado, caso esteja lendo com seriedade, a formar um juízo sobre ele. Conhecer a mente do autor não é o suficiente.
  • 8. 4. É daí?  Se o livro lhe forneceu informações novas, você deve pesar a importância delas. Por que o autor acha que sua mensagem é importante? Ela é importante para você? No entanto, se o livro não apenas lhe forneceu informações, mas o esclareceu em determinados quesitos, então é necessário investigar e buscar mais, isto é, buscar quais implicações forçosamente se seguem.
  • 9. A) Técnicas de anotação inteligentes e proveitosas:  Sublinhar os trechos principais  Traçar linhas verticais nas margens  Fazer asteriscos ou outras marcas nas margens  Inserir números nas margens  Inserir números de outras páginas nas margens  Circular palavras-chave ou frases  Escrever nas margens das páginas
  • 10. B) Os três tipos de anotação:  Que tipo de livro é este?  O que ele diz, de modo geral?  Qual a ordem estrutural pela qual o autor desenvolve seus conceitos e entendimentos do assunto?
  • 11. 1) Leitura elementar 2) Leitura inspecional 3) Leitura analítica 4) Leitura sintópica
  • 12.  Também chamada de leitura rudimentar, leitura básica ou leitura inicial.  O que importa aqui é o fato de que esse nível sugere que a pessoa deixou o analfabetismo e tornou-se alfabetizada.  Quando a pessoa aprende os rudimentos da arte de ler e recebe o treinamento básico na leitura, dizemos que ela domina o nível da Leitura Elementar.  Esse termo – Leitura Elementar – é apropriado, em nossa opinião, porque esse nível de leitura normalmente é aprendido no período da educação infantil.
  • 13.  Os estágios de alfabetização: 1.º estágio: prontidão para leitura 2.º estágio: aprendizado da leitura de materiais simples 3.º estágio: progressão na construção do vocabulário e sentido das palavras 4.º estágio: desenvolvimento das habilidades anteriormente aprendidas
  • 14.  O segundo nível de leitura é chamado de Leitura Inspecional. Sua característica principal é o fator tempo. A leitura desse nível pressupõe certo período no qual temos de ler determinados trechos – que pode ser de quinze minutos, por exemplo, ou até menos.  Esse nível também poderia ser chamado de pré-leitura. Porém, não se trata de folhear livros aleatoriamente. A leitura inspecional é a arte de folhear o livro sistematicamente.  Enquanto a pergunta de nível elementar é “O que diz a frase?”, a pergunta do nível inspecional é “O livro é sobre o quê?”. Há outras perguntas similares, como “Qual a estrutura do livro?” ou “Em quais partes o livro é dividido?”.  Ao completar a leitura inspecional – a despeito do tempo disponível para tal -, o leitor deve ser capaz de responder à pergunta “Que tipo de livro é este – romance, história ou ciência?”.
  • 15. A) Leitura inspecional I: Pré-leitura ou sondagem sistemática 1. examine a folha de rosto 2. examine o sumário 3. Consulte o índice remissivo 4. leia a contracapa e a sobrecapa 5. Examine os capítulos que lhe pareçam centrais ao argumento do autor 6. Folheie o livro
  • 16. B) Leitura inspecional II: Leitura superficial Ao encarar um livro difícil pela primeira vez, (se o tempo o permitir) leia-o sem parar, isto é, leia-o sem se deter nos trechos mais espinhosos e sem refletir nos pontos que ainda permanecem incompreensíveis para você. 1. Saiba ler a velocidades diferentes – quando é apropriado usar uma velocidade ou outra. Nenhum livro deve ser lido mais lentamente do que merece, e nenhum livro deve ser lido mais rapidamente do que seu aproveitamento e compreensão o exigirem. 2. Fixações e retrocessos: Junte dois dedos e faça uma varredura com esse ponteiro ao longo de uma linha, um pouco mais rapidamente do que os seus olhos estão acostumados a ler. Force-a a acompanhar a sua mão. Continue praticando à medida que aumenta a velocidade e, antes que perceba, você terá duplicado ou triplicado sua velocidade de leitura.
  • 17.  A leitura analítica é a leitura propriamente dita, isto é, a leitura completa, plena – a melhor leitura possível.  Se a leitura inspecional pode ser considerada a melhor e mais completa leitura possível em um período limitado de tempo, a leitura analítica é a melhor e mais completa leitura possível em um período ilimitado de tempo.  A leitura analítica formula, de modo organizado, muitas perguntas, de acordo com o livro que está sendo lido.  A leitura analítica é sempre intensamente ativa.
  • 18. A) O primeiro estágio da leitura analítica: 1. Classifique o livro de acordo com o título e assunto 2. Expresse a unidade do livro de maneira mais breve possível 3. Enumere suas partes principais em ordem e relação, e esboce essas partes assim como esboçou a unidade 4. Defina o problema ou os problemas que o autor busca resolver
  • 19. B) Segundo estágio de leitura analítica: 5. Encontre as palavras importantes e, por meio delas, entre em acordo com o autor (chegue em acordo com o autor interpretando suas palavras-chave) 6. Marque as frases mais importantes do livro e descubra as proposições que elas contêm (capte as proposições principais, encontrando as frases mais importantes) 7. Encontre, se puder, os parágrafos que expressam os argumentos importantes do livro; mas se os argumentos não puderem ser encontrados dessa maneira, você terá de construí-los, juntando frases de diversos parágrafos, até que consiga compor uma sequência de frases que enunciem as proposições que compõem o argumento (Entenda os argumentos do autor, encontrando-os ou compondo-os com base em conjuntos de frases) 8. Descubra quais são as soluções do autor (determine quais os problemas o autor conseguiu resolver e quais ele não conseguiu resolver; nesse segundo caso, decida se o autor sabe que fracassou ao não os resolver)
  • 20. C) Terceiro estágio de leitura analítica: as regras para criticar o conteúdo A. Preceitos de etiqueta intelectual 9. Não critique até que tenha completado o delineamento e a interpretação do livro (não diga que concorda, discorda ou suspende o julgamento até que tenha dito “entendi”) 10. Não discorde de maneira competitiva 11. Demonstre que reconhece a diferença entre conhecimento e opinião pessoal apresentando boas razões para qualquer julgamento crítico que venha a fazer
  • 21. B. Critérios especiais para o exercício da crítica 12. Mostre onde o autor está desinformado 13. Mostre onde o autor está mal informado 14. Mostre onde o autor foi ilógico 15. Mostre onde a análise ou a explicação do autor está incompleta (Nota: dos quatro últimos critérios, os três primeiros servem para os casos em que há discórdia. Se não servirem, então você tem de concordar com o livro, ao menos em parte, embora possa suspender o julgamento do todo com base no último critério)
  • 22.  Esse último nível de leitura também poderia ser chamado de leitura comparativa.  A leitura sintópica implica a leitura de muitos livros, ordenando-os mutuamente em relação a um assunto sobre o qual todos versem. Mas comparar não é o bastante.  A leitura sintópica é mais sofisticada do que a mera comparação. Com os livros em mãos, o leitor sintópico estará apto a desenvolver uma análise que talvez não esteja em nenhum dos livros. Está claro, portanto, que a leitura sintópica é a mais ativa e trabalhosa de todas.  Apesar disso, a leitura sintópica é, provavelmente, o nível de leitura mais compensador que existe. Os benefícios são tão grandes que vale a pena aprender suas técnicas.
  • 23.  Supondo que, graças à inspeção de diversos livros, você tenha ideia bastante clara do assunto tratado por ao menos alguns deles e, mais ainda, já saiba que esse é o assunto que quer investiga. O que fazer, então? Siga estes cinco passos: 1. Encontrar as passagens relevantes 2. Fazer os autores chegarem a um acordo com você 3. Esclarecer as questões 4. Definir as divergências 5. Analisar a discussão
  • 24. 1. Encontrar as passagens relevantes  Você e suas preocupações serão atendidos em primeiro lugar, não os livros que você lê. Seu objetivo é encontrar, nos livros, as passagens que sejam mais relevantes para você (isso pode significar ler o livro rapidamente).
  • 25. 2. Fazer os autores chegarem a um acordo  Cabe a você estabelecer os termos e fazer os autores concordarem com eles, e não o contrário.  Isso significa que temos de começar a criar um grupo de termos que, em primeiro lugar, ajude-nos a entender todos os nossos autores, e não só alguns deles; e, em segundo lugar, ajude-nos a resolver o nosso problema. Essa intuição leva ao terceiro passo.
  • 26. 3. Esclarecer as questões  Devemos encontrar as sentenças-chave do autor e, a partir delas, desenvolver o entendimento de suas proposições.  Também devemos estabelecer um conjunto de proposições neutras, preparando uma série de perguntas que podem esclarecer o problema, às quais cada um dos autores deve responder. Caso um ou mais de um autor não dê resposta a uma das questões elaboradas, nesse caso registamos que ele se calou ou que foi vago em sua resposta. Como os autores hão de divergir, somos obrigados a dar o passo seguinte da leitura sintópica.
  • 27. 4. Definir as divergências  Cabe ao leitor sintópico a tarefa de definir as divergências de tal modo que possa participar delas com o máximo de clareza.  Uma divergência surge quando dois autores que entendem uma questão do mesmo modo respondem-na de maneiras contrárias ou contraditórias. Mas isso não acontece com a frequência que seria desejável. Normalmente, as diferenças nas respostas podem ser atribuídas com igual frequência a diferentes concepções da questão e a diferentes visões do assunto. Se tivermos muitas divergências em torno de uma série de questões intimamente relacionadas, então podemos dizer que há uma controvérsia sobre aquele aspecto do assunto. Cabe ao leitor sintópico discriminar as divergências e organizá-las de modo claro. A discriminação e a organização das divergências e das controvérsias nos levam ao último passo da leitura sintópica.
  • 28. 5. Analisar a discussão  À medida que encontramos (se encontramos) respostas, ainda que em conflito, sobre um problema simples ou perene, então devemos ordenar essa discussão.  Fazemos isso ao demonstrar como as questões são respondidas de modos diferentes e explicar por que; e temos de apontar os textos examinados que apoiam nossa classificação das respostas. Ao fazer isso, você não somente analisou a discussão. Pode, na verdade, ter feito mais do que isso: fornecer arcabouço para novos trabalhos produtivos sobre o problema por outras pessoas.
  • 29.  Para compreender o significado de uma palavra ou frase em seu contexto, da maneira como foi utilizada pelo(a) autor(a), leve em consideração as palavras vizinhas e as frases vizinhas para interpretá-la; em outras palavras: você parte daquilo que entende – de forma gradual – àquilo que não entende.  Frases que exigem o esforço interpretativo requerem modelar a velocidade de leitura (devagar/rápido).  Frases complicadas expressam mais de uma proposição! – separe as proposições, mesmo que estejam intercaladas.  Se você realmente entendeu a frase:  Expresse com suas palavras o que o autor quis dizer (vale inclusive para frases em outros idiomas) e não repetir pari passu o autor.  Indicar uma experiência pessoal ou imaginária para exemplificar, ilustrar determinada proposição – caso real ou imaginário.
  • 30. ADLER, Mortimer J.; DOREN, Charles Van. Como ler livros: o guia clássico para a leitura inteligente. São Paulo: É Realizações, 2010 (Coleção educação clássica).