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AUTORES 
GUILHERME ALVES DE SOUSA 
MARINALDO FELIPE DA SILVA 
COORDENADOR ADJUNTO MATEMÁTICA/PNAIC/UNIR
Em nossa sociedade, é fácil reconhecer a 
presença e o valor da matemática e o seu ensino 
que, além de obrigatório, é universal. A 
matemática faz parte dos currículos escolares em 
todos os países, não importando sua cultura ou 
nível de desenvolvimentos social e econômico.
Nos cadernos anteriores, foram discutidos 
objetivos dos Eixos que estruturam o currículo de 
matemática para crianças de seis a oito anos, bem 
como uma variedade de recursos metodológicos. 
Neste caderno, retoma-se parte do que já foi 
apresentado, agora encaminhando modos de 
aproveitar contextos e situações-problema.
O professor Ubiratan D´Ambrosio, listou 
alguns motivos que justificam porquê se ensina 
Matemática nas escolas com tanta 
universalidade: 
por ser útil como instrumentador para a vida; 
por ser útil como instrumentador para o 
trabalho; 
por ser parte de nossas raízes culturais; 
por ajudar a pensar com clareza e a raciocinar 
melhor; 
por sua beleza intrínseca como construção 
lógica e formal (D’AMBROSIO, 1990).
Para envolver a criança nas situações de 
práticas matemáticas, optamos por partir daquilo 
que é imediatamente sensível, próximo, familiar e 
significativo: ela própria, suas experiências 
pessoais, seu meio social, seu entorno. Em síntese: 
sua realidade.
Freudenthal1, ao formular os princípios da 
Educação Matemática Realista, assumiu os 
pressupostos de que a Matemática, além de ser 
uma ciência rica de relações, é, antes de tudo, 
uma atividade humana. Nessa perspectiva, defende 
que o seu ensino deve enfatizar as relações com a 
realidade já vivida pela criança mais do que com 
uma realidade artificial, inventada com o único 
propósito de servir como exemplo de aplicação de 
um conteúdo formal.
Para este pensador, as tarefas matemáticas a 
serem propostas às crianças não deveriam ser um 
mero jogo de símbolos, como ocorre quando as 
crianças têm que resolver uma conta armada, 
mecanicamente, sem pensar na natureza do que 
está sendo calculado e sem uma significação para 
os números envolvidos.
Este é um exemplo de um 
mero jogo de símbolos, a 
conta pela conta: Neste caso 
os alunos somam os números 
como entidades isoladas sem 
observar seu valor relativo “5 
+ 7 = 12”, “2 + 3 = 5”, “25 + 
37 = 512”. Em uma situação 
contextualizada, dificilmente 
os alunos deixariam de pensar 
sobre a ordem de grandeza do 
resultado.
Nos anos iniciais, a Alfabetização Matemática 
não deve se resumir a procedimentos mecânicos 
com o uso de símbolos. Vários são os estudos que 
mostram como isso pode levar as crianças a 
desenvolver concepções errôneas e a cometer erros 
em procedimentos algorítmicos. Entendemos que a 
Matemática surge como problematização e 
organização da realidade.
Os contextos na Educação Matemática realista 
são pontos de partida da atividade matemática. 
Contextos realistas estão relacionados ao que é 
familiar e experienciado pelo aluno, àquilo que não 
lhe é estranho, ao concreto no sentido das 
operações mentais, ao imaginável. Mais do que o 
utilitário ou manipulável, estamos falando do que 
pode se tornar real na mente, o que contribui para 
que situações, problemas e atividades tenham 
significado para as crianças.
Estudos baseados 
nesses princípios 
didáticos mostram que 
os alunos podem 
desenvolver 
compreensão 
matemática 
gradualmente a partir 
de contextos realistas e 
problemas práticos 
bem escolhidos da vida 
diária, da exploração e 
da resolução de 
problemas
Quando estão envolvidas e se sentem otivadas, 
as crianças podem perceber regularidades, fazer 
relações, formular questões e raciocinar sobre a 
situação. 
É o que se pode observar nesta situação em 
que os alunos foram colocados frente ao seguinte 
problema: 
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PNAIC 2014 - MATEMÁTICA - Caderno 8 Parte 1 - iniciando a conversa

  • 1. AUTORES GUILHERME ALVES DE SOUSA MARINALDO FELIPE DA SILVA COORDENADOR ADJUNTO MATEMÁTICA/PNAIC/UNIR
  • 2. Em nossa sociedade, é fácil reconhecer a presença e o valor da matemática e o seu ensino que, além de obrigatório, é universal. A matemática faz parte dos currículos escolares em todos os países, não importando sua cultura ou nível de desenvolvimentos social e econômico.
  • 3. Nos cadernos anteriores, foram discutidos objetivos dos Eixos que estruturam o currículo de matemática para crianças de seis a oito anos, bem como uma variedade de recursos metodológicos. Neste caderno, retoma-se parte do que já foi apresentado, agora encaminhando modos de aproveitar contextos e situações-problema.
  • 4. O professor Ubiratan D´Ambrosio, listou alguns motivos que justificam porquê se ensina Matemática nas escolas com tanta universalidade: por ser útil como instrumentador para a vida; por ser útil como instrumentador para o trabalho; por ser parte de nossas raízes culturais; por ajudar a pensar com clareza e a raciocinar melhor; por sua beleza intrínseca como construção lógica e formal (D’AMBROSIO, 1990).
  • 5. Para envolver a criança nas situações de práticas matemáticas, optamos por partir daquilo que é imediatamente sensível, próximo, familiar e significativo: ela própria, suas experiências pessoais, seu meio social, seu entorno. Em síntese: sua realidade.
  • 6. Freudenthal1, ao formular os princípios da Educação Matemática Realista, assumiu os pressupostos de que a Matemática, além de ser uma ciência rica de relações, é, antes de tudo, uma atividade humana. Nessa perspectiva, defende que o seu ensino deve enfatizar as relações com a realidade já vivida pela criança mais do que com uma realidade artificial, inventada com o único propósito de servir como exemplo de aplicação de um conteúdo formal.
  • 7. Para este pensador, as tarefas matemáticas a serem propostas às crianças não deveriam ser um mero jogo de símbolos, como ocorre quando as crianças têm que resolver uma conta armada, mecanicamente, sem pensar na natureza do que está sendo calculado e sem uma significação para os números envolvidos.
  • 8. Este é um exemplo de um mero jogo de símbolos, a conta pela conta: Neste caso os alunos somam os números como entidades isoladas sem observar seu valor relativo “5 + 7 = 12”, “2 + 3 = 5”, “25 + 37 = 512”. Em uma situação contextualizada, dificilmente os alunos deixariam de pensar sobre a ordem de grandeza do resultado.
  • 9. Nos anos iniciais, a Alfabetização Matemática não deve se resumir a procedimentos mecânicos com o uso de símbolos. Vários são os estudos que mostram como isso pode levar as crianças a desenvolver concepções errôneas e a cometer erros em procedimentos algorítmicos. Entendemos que a Matemática surge como problematização e organização da realidade.
  • 10. Os contextos na Educação Matemática realista são pontos de partida da atividade matemática. Contextos realistas estão relacionados ao que é familiar e experienciado pelo aluno, àquilo que não lhe é estranho, ao concreto no sentido das operações mentais, ao imaginável. Mais do que o utilitário ou manipulável, estamos falando do que pode se tornar real na mente, o que contribui para que situações, problemas e atividades tenham significado para as crianças.
  • 11. Estudos baseados nesses princípios didáticos mostram que os alunos podem desenvolver compreensão matemática gradualmente a partir de contextos realistas e problemas práticos bem escolhidos da vida diária, da exploração e da resolução de problemas
  • 12. Quando estão envolvidas e se sentem otivadas, as crianças podem perceber regularidades, fazer relações, formular questões e raciocinar sobre a situação. É o que se pode observar nesta situação em que os alunos foram colocados frente ao seguinte problema: Quantas crianças podem estar atrás da cerca?