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dossiê

Gestão do risco:
Segurança do doente em ambiente hospitalar
Susana Ramos| Lurdes Trindade

“ A postura tradicional é de alguma fatalidade, ‘…são coisas que
acontecem…’, ou da procura do culpado e do tratamento judicial
da situação”

1. A SEGURANÇA DO DOENTE: QUE DESAFIOS?
A nível internacional, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou nove soluções para a “Segurança do Doente” (Quadro 1)
e lançou vários desafios a nível mundial, destacando-se a prevenção das Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde, as Cirurgias Seguras, a criação de Sistemas de Relatos de Incidentes para
partilhar e aprender com os erros, o Envolvimento do Doente na
sua Segurança entre outros. Portugal aderiu a alguns destes desafios, com a implementação da Campanha Nacional da Higiene
das mãos “Medidas Simples Salvam Vidas” em 2008 e com a introdução do Projecto Nacional “Cirurgias Seguras Salvam Vidas”
em 2009.
Para o Reino Unido, a segurança do doente é uma prioridade
desde há muitos anos e foram desenvolvidos vários projectos nacionais que incluíram a criação de uma Agência Nacional para a
Segurança do Doente (National Patient Safety Agency – NPSA).

16

tecno hospital 48 NOV /DEZ 2011

Um dos projectos lançados foi um guia orientador para os profissionais de saúde com o titulo de “Seven Steps to Patient Safety”,
sendo o primeiro passo “Construir uma Cultura de Segurança”
(Quadro 2). Este primeiro passo é vital para o sucesso e adesão
dos profissionais sendo essencial que as Unidades de Saúde
procedam à avaliação da cultura de segurança dos profissionais,
celebrem os sucessos na melhoria da segurança do doente e promovam uma postura de abertura e honestidade quando algo não
corre bem. Outra das prioridades no Reino Unido foi a criação de
um sistema nacional on-line para registo de incidentes associados aos cuidados de saúde que está em vigor desde 2003. Este
sistema é voluntário e anónimo. Entre Abril de 2009 a Março de
2010 foram reportados neste sistema 111 “Never Events”, em que
57 foram devido a cirurgia realizada no local errado e 41 devido ao
erro do trajecto de sonda naso/orogástrica não detectado antes
da sua utilização. Os “Never Events” (Quadro 2) são incidentes
graves e evitáveis, porque existem normas de orientação clínica e
directrizes para os prevenir.
gestão do risco

Quadro 1 – Soluções para a Segurança do Doente

Solução

Quadro 2 – “Never events” segundo o NHS /National Patient Safety Agency

Título

Lista dos “Never Events” no Reino Unido

1

Medicamentos com nome e som do nome semelhantes

Cirurgia do lado errado

2

Identificação do doente

Retenção de instrumentos pós-cirurgia

3

Comunicação durante a passagem de turno e a transferência
do doente.

Administração de quimioterapia pela via errada

4

Realização de procedimentos correctos nos locais correctos

Erro de trajecto de sonda naso/orogástrica não detectado antes da sua

5

Controlo de soluções concentradas de electrólitos

6

Segurança na medicação nas transições de cuidados

7

Conexões correctas entre cateteres e sondas

mental

8

Uso único de dispositivos injectáveis

Morte materna por hemorragia pós-parto após cesariana electiva

9

Higiene das mãos para prevenir a infecção associada aos
cuidados de saúde

Erro de administração de Cloreto de Potássio concentrado intravenoso

utilização
Suicídio no internamento
Fuga de doentes (presidiários) de áreas restritas de serviços de saúde

Fonte: Patient Safety Solutions in http://www.who.int/patientsafety/en/

Fonte: Never Events – Annual Report 2009/10 in www.nrls.npsa.nhs.uk

A OMS em Janeiro de 2009 publicou um documento com a
Classificação Internacional para a Segurança do Doente (CISD)
de forma a criar uma linguagem universal nesta matéria e possibilitar a comparação de dados de segurança do doente entre
organizações a nível nacional e internacional. Dos 48 conceitos
definidos na CISD, destacam-se os seguintes:

As diferentes estruturas da Unidade de Saúde (US) devem manter
uma estreita articulação neste processo. A Equipa de Gestão do
Risco deve articular com todos os Serviços e diversas entidades
da US, designadamente Comissão da Qualidade, Controlo da Infecção Hospitalar, Saúde Ocupacional, Gabinete do Utente, Gabinete Contencioso, Instalações e Equipamentos, Hoteleiros entre
outros.

¬ Incidente de segurança do doente: é um evento ou circunstância que poderia resultar, ou resultou, em dano desnecessário para o doente.
¬ Erro: falha na execução de uma acção planeada de acordo com
o desejado ou o desenvolvimento incorrecto de um plano.
¬ Risco: é a probabilidade de ocorrência de um incidente.
Importa referir que a CISD não é ainda uma classificação completa, no entanto é reconhecido o exaustivo trabalho desenvolvido sendo definidas 13 categorias principais para classificar
os incidentes de segurança do doente. Em Portugal foi adoptada esta classificação, sendo traduzida e publicada pelo Departamento da Qualidade na Saúde/Direcção Geral de Saúde.

2. GESTÃO DO RISCO NA ÁREA DA SAÚDE
A Gestão do Risco nos hospitais portugueses, começou a dar os
primeiros passos no final da década de 90, a partir dos projectos voluntários de melhoria da qualidade em saúde, conduzidos
pelo Caspe Healthcare Knowledge Systems (ex-King’s Fund) e
Joint Commission International (JCI). Da experiência partilhada
e aprendida podemos afirmar que a Gestão do Risco na Saúde
é uma metodologia de excelência que contribui para aumentar a
segurança de todos.

No que diz respeito às responsabilidades na gestão do risco, esta
é de todos, pois todos os profissionais têm responsabilidades na
prevenção de incidentes e na promoção da segurança. Cabe ao
órgão de gestão da US a criação das estruturas de gestão de risco
delegando competências ao nível da gestão intermédia. É essencial a nomeação de um núcleo executivo para liderar a Gestão do
Risco que terá a responsabilidade da operacionalização da política da gestão do risco em colaboração com todos os responsáveis
dos serviços e profissionais em geral. Para que a gestão do risco
seja dinâmica e abrangente, e faça parte da prática diária de todos os profissionais é indispensável a criação de uma Equipa de
Interlocutores para a gerir o risco localmente, sendo os actores
principais neste processo de envolvimento total.
A Gestão do Risco assenta em quatro pilares essenciais que devem ser suportados por um programa de formação estruturado
para todos os profissionais da US. Da nossa experiência, estes
pilares são a base para a operacionalização de um Programa de
Gestão de Risco, sendo eles:
¬
¬
¬
¬

Sistema de Relato de Incidentes (SRI)
Identificação e Avaliação do Risco
Monitorização de Indicadores de Segurança do Doente
Auditoria como Instrumento de Melhoria Continuia
NOV /DEZ 2011

tecno hospital 48

17
dossiê

Neste artigo, iremos apenas aprofundar os dois primeiros pilares, baseando-nos na literatura internacional e na nossa experi-

identificação desses factores, devendo ser envolvidos os profissionais implicados. Os factores mais identificados como causa

ência como enfermeiras no Centro Hospital de Lisboa Central.

do incidente estão relacionados com a comunicação, a gestão
e organização, o ambiente de trabalho, a tarefa o profissional e

3. SISTEMA DE RELATO DE INCIDENTES

o próprio doente. Uma das metodologias que se pode utilizar é
a “Root Cause Analisys” que deve seguir seis etapas, conforme
ilustrado na Fig. 1.

Um sistema de relato de incidentes tem como principais objectivos promover a comunicação sistemática de incidentes e analisar os factores contributivos, com vista à definição de um plano
de melhoria de forma a prevenir a sua recorrência. Para o sucesso da implementação de um sistema de relato de incidentes, é
vital que as US definam uma Política de Gestão dos Incidentes
que assente numa visão sistémica onde o profissional faz parte
do todo e o erro é encarado como uma oportunidade de aprendizagem e de revisão dos processos.
No entanto, vários obstáculos contribuem para a não utilização
destes sistemas, nomeadamente a dificuldade dos profissionais
em aceitarem o erro, a escassa ou inexistência de formação prégraduada e continua neste âmbito, o receio de repercussões
dentro da instituição e o medo da punição e respectivas consequências legais.

Nem todos os incidentes serão submetidos a esta análise; esta
decisão dependerá da gravidade do incidente, da sua frequência e dos factores contribuintes. A gravidade da lesão resultante
classifica-se em cinco níveis: Nenhum; Ligeiro; Moderado; Grave; Morte. Deve também ser feita uma análise no que diz respeito à probabilidade de voltar a acontecer o incidente e potenciais
consequências.

6. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DO RISCO
A metodologia de identificação e avaliação do risco é uma metodologia pró-activa em que se pretende perceber o que na
nossa actividade potencia acontecimentos indesejáveis e não
esperados, para que se criem os mecanismos preventivos e impedir que estes acontecimentos indesejáveis se concretizem.

Os responsáveis pela implementação do SRI devem definir:
1.
2.
3.
4.
5.

Quem pode relatar incidentes no SRI?
Quais os incidentes que devem ser relatados?
Onde devem os profissionais registar os incidentes?
Qual o circuito do relato de incidente?
Como deve ser gerido o SRI?

Geralmente um incidente resulta de uma cadeia de acontecimentos subjacentes a vários factores que contribuíram para a
sua ocorrência, pelo que a sua análise deve ter como base a

A postura tradicional é de alguma fatalidade, “…são coisas que
acontecem…”, ou da procura do culpado e do tratamento judicial da situação; no entanto esta solução não é satisfatória nem
para o doente nem para os profissionais e instituições de saúde,
uma vez que não favorece a mudança.
A metodologia recomendada pela NPSA assenta em cinco passos:
a identificação do factor de risco/risco, dos indivíduos expostos, a
avaliação do risco e a determinação das prioridades de intervenção, a definição das medidas a implementar e a reavaliação.

Identificação do risco/factor de risco
O que pode correr mal…?
Esta é a fase mais difícil do processo, implica que o profissional
se distancie e olhe para as suas rotinas com um olhar novo, o que
constitui um esforço para todos. Podemos começar por avaliar
áreas ou procedimentos que já deram origem a incidentes ou
avaliar áreas de maior fragilidade, comuns a todas as instituições
de saúde mundiais e identificadas nas metas de segurança do
doente publicadas pela JCI e NPSA.

Figura 1 – Etapas da “Root Cause Analisys”.

18

tecno hospital 48 NOV /DEZ 2011

Destas metas/recomendações fazem parte a identificação correcta do doente, a melhoria da comunicação, o uso seguro dos
medicamentos, a prevenção da infecção, a diminuição dos erros
gestão do risco

de transfusão relacionados com a identificação do doente, a redução dos incidentes relacionados com a terapêutica anticoagulante, entre outras.

nação da consequência (dano que julgamos poder resultar da
concretização de um incidente) e da probabilidade (as hipóteses de que isso aconteça) utilizando uma metodologia que
pode ser qualitativa, quantitativa ou semi-quantitativa.

Se sabemos que ocorreram mortes relacionadas com a administração do medicamento errado causadas por confusão entre

Com os métodos qualitativos faz-se uma avaliação subjectiva

ampolas de aspecto muito semelhante, podemos começar por
olhar para a nossa realidade e verificar se estes factores de riscos estão presentes no nosso local de trabalho.

das actividades/processos; não se pretende quantificar a con-

Usaremos como exemplo a troca de Cloreto de Potássio por
Cloreto de Sódio para diluição de medicamentos: o risco para o
doente é a morte por administração do medicamento errado (e
será sempre este o risco em qualquer local em que ocorra a troca)
no entanto, o factor de risco pode variar de unidade para unidade. Assim devemos verificar as condições de armazenamento do
fármaco no nosso ambiente de trabalho: o Cloreto de Potássio
está armazenado exclusivamente numa gaveta ou encontra-se
armazenado com outros medicamentos na mesma gaveta? Esta
gaveta está arrumada com que critério; segue a ordem alfabética
ou tem uma arrumação que permite distinguir este medicamento dos outros de aspecto semelhante? A identificação da própria
gaveta é clara e ajuda a distingui-lo dos outros?

O método de avaliação do risco semi-quantitativo associa um
valor numérico à probabilidade e consequência identificadas.
No método de avaliação quantitativo, são utilizadas técnicas
sofisticadas e modelos matemáticos que têm em conta os padrões de regularidade e frequência do acontecimento, para o
cálculo dos valores da probabilidade; a consequência é calculada através de modelos matemáticos de consequências. Pela
sua complexidade esta metodologia é utilizada em áreas de
risco muito elevado como as indústrias químicas ou nuclear.

Recomenda-se que a identificação destes factores de risco seja
feita por uma equipa multidisciplinar, sendo o brainstorming
uma das técnicas mais apropriadas.

sequência e a probabilidade, estas assumem uma dimensão
puramente qualitativa.

A metodologia qualitativa tem inerente uma grande subjectividade e depende muito da experiência da equipa, mas tem
a vantagem de ser simples, não requerendo conhecimentos
matemáticos avançados. A matriz na tabela 1, apresenta uma
classificação de níveis de risco resultantes da avaliação qualitativa da consequência e da probabilidade do risco detectado.

Definição das medidas a implementar
Identificação dos indivíduos expostos
É necessário avaliar quem está exposto aos factores de risco ou
seja, quem poderá ser lesado se o factor de risco que se teme
desencadear um incidente. Podem estar em causa todas as pessoas, ou só um grupo restrito de doentes ou de profissionais.

Avaliação do risco e determinação das prioridades
de intervenção
Depois de identificarmos os factores de risco e quem consideramos estar exposto, passa-se à avaliação do risco. Este processo, independentemente da metodologia utilizada, vai permitir
distinguir, entre os riscos identificados, os de maior gravidade e
que por isso necessitarão uma intervenção prioritária.
A análise dos processos de trabalho com técnicas como a Failure Mode and Effects Analysis (FMEA), a Preliminary Hazards
Analysis (PHA), ou a Hazard and Operability Study (HazOP) permitem um escrutínio rigoroso dos processos mas necessitam de
maior disponibilidade e formação da equipa.
A avaliação do risco, é utilizada há muito tempo noutras actividades, incluindo a saúde ocupacional, e baseia-se na determi-

A resposta ao risco detectado, passa pela definição e implementação de um plano de melhoria com o objectivo de reduzir o
risco até a um nível considerado aceitável. O ideal, seria a eliminação do risco, mas é raramente conseguido: no exemplo
que referimos da troca dos medicamentos de aspecto semelhante (Cloreto de Potássio por Cloreto de Sódio) anular o risco passaria por deixar de administrar um dos medicamentos
o que é impossível; ambos são vitais e não os utilizar também
põe em causa a vida do doente.
Na maior parte das situações teremos que identificar formas
de redução do risco, mudar as práticas, rotinas, equipamentos ou instalações para diminuir a probabilidade e/ou reduzir
as consequências se o risco se concretizar, deixando-nos um
risco residual que podemos ou não aceitar.
Continuando com o exemplo da troca do Cloreto de Potássio por Cloreto de Sódio, se as ampolas forem fabricadas de
uma forma que enfatize as diferenças e se o primeiro deixar
de estar disponível no local habitual de armazenamento de
medicamentos, diminuímos a probabilidade de ser preparado
por engano.
NOV /DEZ 2011

tecno hospital 48

19
dossiê

Tabela 1 – Matriz de risco recomendada pela National Patient Safety Agency (NHS)

Moderado

Elevado

Muito Elevado

Muito Elevado

Muito Elevado

Major

Moderado

Elevado

Elevado

Muito Elevado

Muito Elevado

Moderada

Baixo Risco

Moderado

Elevado

Elevado

Muito Elevado

Minor

Baixo Risco

Moderado

Moderado

Elevado

Elevado

Neglicenciavel

Baixo Risco

Baixo Risco

Baixo Risco

Moderado

Moderado

---

Consequência

Catastrófica

Raro

Improvável

Possível

Provável

Quase Certo

Probabilidade
Fonte: Risk assessment made easy. Disponível em www.nrls.npsa.nhs.uk

Reavaliação da implementação das medidas
e da sua eficácia
Depois da avaliação do risco e determinação das medidas preventivas/de melhoria será necessário reavaliar a situação; foram
implementadas todas as intervenções que tinham sido consideradas necessárias? Se foram, estão a resultar ou detectamos que
é necessário acrescentar novas medidas?
Esta revisão deve ser feita com uma periodicidade anual e sempre que surjam alterações importantes, como mudanças nas
instalações, introdução de novos equipamentos, fármacos ou
procedimentos.

A avaliação de risco e a gestão de incidentes na área dos cuidados de saúde são dois instrumentos da Gestão do Risco que
permitem a obtenção de informação vital e a implementação
de mecanismos de prevenção que aumentem a segurança do
doente e dos próprios profissionais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
¬ Direcção Geral de Saúde. Estrutura Conceptual da Classificação Internacional sobre Segurança
do Doente. 2011 www.dgs.pt/
¬ Kohn, L.T., Corrigan, J.C., Molla, S. M. To Err Is Human. Building a Safer Health System. Washington, D.C.: National Academy Press. 1999
¬ Lage, Maria João - Segurança do doente: da teoria à prática clínica. Revista Portuguesa de Saúde
Pública 2010:11-16
¬ National Patient Safety Goals Effective. 2011 http://www.jointcommission.org/
¬ National Patient Safety Agency. Healthcare risk assessment made easy. 2007
¬ http://www.nrls.npsa.nhs.uk/resources/
¬ Organização Mundial de Saúde. Patient Safety Solutions. 2007
¬ www.who.int/patientsafety/solutions/
¬ Vincent, C. Patient Safety. 2ª edição. BMJ Publishing Group. 2010. ISBN: 978-1-4051-9221-7

7. REFLEXÕES FINAIS
Nos últimos anos verificou-se uma crescente preocupação ao
nível das unidades de saúde, no que se refere à melhoria contínua da qualidade dos cuidados. Neste âmbito, vários hospitais desenvolveram Projectos de Melhoria da Qualidade, tendo
como principal objectivo melhorar a segurança dos doentes
e dos profissionais. Por outro lado a evolução tecnológica na
saúde contribuiu para um aumento da segurança dos cuidados e simultaneamente observamos uma população cada vez
consciente dos seus direitos, exigindo serviços de saúde de
qualidade.

Susana Ramos
Enfermeira Chefe do Centro Hospitalar de
Lisboa Central. Integra a coordenação do Gabinete de Gestão do Risco. Especialidade em
Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica.
Pós-graduação em Gestão dos Serviços e Áreas Clínicas. Mestranda no Curso de Mestrado
em Infecção em Cuidados de Saúde da Universidade Católica Portuguesa.

Lurdes Trindade

As Unidades de Saúde que implementaram projectos de gestão na área da qualidade, foram impulsionadas a desenvolver
a metodologia da Gestão do Risco, cuja abordagem deve ser
estruturada, garantindo sistemas e práticas de trabalho mais
seguros, onde a consciencialização dos riscos e a responsabilidade de todos seja uma constante.

20

tecno hospital 48 NOV /DEZ 2011

Enfermeira Centro Hospitalar de Lisboa Central. Integra o Gabinete de Gestão do Risco do
Hospital de Santa Marta. Pós-graduação em
Gestão da Qualidade na Saúde. Mestranda no
Curso de Mestrado em Segurança do Doente
da Escola Nacional de Saude Pública.

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  • 1. dossiê Gestão do risco: Segurança do doente em ambiente hospitalar Susana Ramos| Lurdes Trindade “ A postura tradicional é de alguma fatalidade, ‘…são coisas que acontecem…’, ou da procura do culpado e do tratamento judicial da situação” 1. A SEGURANÇA DO DOENTE: QUE DESAFIOS? A nível internacional, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou nove soluções para a “Segurança do Doente” (Quadro 1) e lançou vários desafios a nível mundial, destacando-se a prevenção das Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde, as Cirurgias Seguras, a criação de Sistemas de Relatos de Incidentes para partilhar e aprender com os erros, o Envolvimento do Doente na sua Segurança entre outros. Portugal aderiu a alguns destes desafios, com a implementação da Campanha Nacional da Higiene das mãos “Medidas Simples Salvam Vidas” em 2008 e com a introdução do Projecto Nacional “Cirurgias Seguras Salvam Vidas” em 2009. Para o Reino Unido, a segurança do doente é uma prioridade desde há muitos anos e foram desenvolvidos vários projectos nacionais que incluíram a criação de uma Agência Nacional para a Segurança do Doente (National Patient Safety Agency – NPSA). 16 tecno hospital 48 NOV /DEZ 2011 Um dos projectos lançados foi um guia orientador para os profissionais de saúde com o titulo de “Seven Steps to Patient Safety”, sendo o primeiro passo “Construir uma Cultura de Segurança” (Quadro 2). Este primeiro passo é vital para o sucesso e adesão dos profissionais sendo essencial que as Unidades de Saúde procedam à avaliação da cultura de segurança dos profissionais, celebrem os sucessos na melhoria da segurança do doente e promovam uma postura de abertura e honestidade quando algo não corre bem. Outra das prioridades no Reino Unido foi a criação de um sistema nacional on-line para registo de incidentes associados aos cuidados de saúde que está em vigor desde 2003. Este sistema é voluntário e anónimo. Entre Abril de 2009 a Março de 2010 foram reportados neste sistema 111 “Never Events”, em que 57 foram devido a cirurgia realizada no local errado e 41 devido ao erro do trajecto de sonda naso/orogástrica não detectado antes da sua utilização. Os “Never Events” (Quadro 2) são incidentes graves e evitáveis, porque existem normas de orientação clínica e directrizes para os prevenir.
  • 2. gestão do risco Quadro 1 – Soluções para a Segurança do Doente Solução Quadro 2 – “Never events” segundo o NHS /National Patient Safety Agency Título Lista dos “Never Events” no Reino Unido 1 Medicamentos com nome e som do nome semelhantes Cirurgia do lado errado 2 Identificação do doente Retenção de instrumentos pós-cirurgia 3 Comunicação durante a passagem de turno e a transferência do doente. Administração de quimioterapia pela via errada 4 Realização de procedimentos correctos nos locais correctos Erro de trajecto de sonda naso/orogástrica não detectado antes da sua 5 Controlo de soluções concentradas de electrólitos 6 Segurança na medicação nas transições de cuidados 7 Conexões correctas entre cateteres e sondas mental 8 Uso único de dispositivos injectáveis Morte materna por hemorragia pós-parto após cesariana electiva 9 Higiene das mãos para prevenir a infecção associada aos cuidados de saúde Erro de administração de Cloreto de Potássio concentrado intravenoso utilização Suicídio no internamento Fuga de doentes (presidiários) de áreas restritas de serviços de saúde Fonte: Patient Safety Solutions in http://www.who.int/patientsafety/en/ Fonte: Never Events – Annual Report 2009/10 in www.nrls.npsa.nhs.uk A OMS em Janeiro de 2009 publicou um documento com a Classificação Internacional para a Segurança do Doente (CISD) de forma a criar uma linguagem universal nesta matéria e possibilitar a comparação de dados de segurança do doente entre organizações a nível nacional e internacional. Dos 48 conceitos definidos na CISD, destacam-se os seguintes: As diferentes estruturas da Unidade de Saúde (US) devem manter uma estreita articulação neste processo. A Equipa de Gestão do Risco deve articular com todos os Serviços e diversas entidades da US, designadamente Comissão da Qualidade, Controlo da Infecção Hospitalar, Saúde Ocupacional, Gabinete do Utente, Gabinete Contencioso, Instalações e Equipamentos, Hoteleiros entre outros. ¬ Incidente de segurança do doente: é um evento ou circunstância que poderia resultar, ou resultou, em dano desnecessário para o doente. ¬ Erro: falha na execução de uma acção planeada de acordo com o desejado ou o desenvolvimento incorrecto de um plano. ¬ Risco: é a probabilidade de ocorrência de um incidente. Importa referir que a CISD não é ainda uma classificação completa, no entanto é reconhecido o exaustivo trabalho desenvolvido sendo definidas 13 categorias principais para classificar os incidentes de segurança do doente. Em Portugal foi adoptada esta classificação, sendo traduzida e publicada pelo Departamento da Qualidade na Saúde/Direcção Geral de Saúde. 2. GESTÃO DO RISCO NA ÁREA DA SAÚDE A Gestão do Risco nos hospitais portugueses, começou a dar os primeiros passos no final da década de 90, a partir dos projectos voluntários de melhoria da qualidade em saúde, conduzidos pelo Caspe Healthcare Knowledge Systems (ex-King’s Fund) e Joint Commission International (JCI). Da experiência partilhada e aprendida podemos afirmar que a Gestão do Risco na Saúde é uma metodologia de excelência que contribui para aumentar a segurança de todos. No que diz respeito às responsabilidades na gestão do risco, esta é de todos, pois todos os profissionais têm responsabilidades na prevenção de incidentes e na promoção da segurança. Cabe ao órgão de gestão da US a criação das estruturas de gestão de risco delegando competências ao nível da gestão intermédia. É essencial a nomeação de um núcleo executivo para liderar a Gestão do Risco que terá a responsabilidade da operacionalização da política da gestão do risco em colaboração com todos os responsáveis dos serviços e profissionais em geral. Para que a gestão do risco seja dinâmica e abrangente, e faça parte da prática diária de todos os profissionais é indispensável a criação de uma Equipa de Interlocutores para a gerir o risco localmente, sendo os actores principais neste processo de envolvimento total. A Gestão do Risco assenta em quatro pilares essenciais que devem ser suportados por um programa de formação estruturado para todos os profissionais da US. Da nossa experiência, estes pilares são a base para a operacionalização de um Programa de Gestão de Risco, sendo eles: ¬ ¬ ¬ ¬ Sistema de Relato de Incidentes (SRI) Identificação e Avaliação do Risco Monitorização de Indicadores de Segurança do Doente Auditoria como Instrumento de Melhoria Continuia NOV /DEZ 2011 tecno hospital 48 17
  • 3. dossiê Neste artigo, iremos apenas aprofundar os dois primeiros pilares, baseando-nos na literatura internacional e na nossa experi- identificação desses factores, devendo ser envolvidos os profissionais implicados. Os factores mais identificados como causa ência como enfermeiras no Centro Hospital de Lisboa Central. do incidente estão relacionados com a comunicação, a gestão e organização, o ambiente de trabalho, a tarefa o profissional e 3. SISTEMA DE RELATO DE INCIDENTES o próprio doente. Uma das metodologias que se pode utilizar é a “Root Cause Analisys” que deve seguir seis etapas, conforme ilustrado na Fig. 1. Um sistema de relato de incidentes tem como principais objectivos promover a comunicação sistemática de incidentes e analisar os factores contributivos, com vista à definição de um plano de melhoria de forma a prevenir a sua recorrência. Para o sucesso da implementação de um sistema de relato de incidentes, é vital que as US definam uma Política de Gestão dos Incidentes que assente numa visão sistémica onde o profissional faz parte do todo e o erro é encarado como uma oportunidade de aprendizagem e de revisão dos processos. No entanto, vários obstáculos contribuem para a não utilização destes sistemas, nomeadamente a dificuldade dos profissionais em aceitarem o erro, a escassa ou inexistência de formação prégraduada e continua neste âmbito, o receio de repercussões dentro da instituição e o medo da punição e respectivas consequências legais. Nem todos os incidentes serão submetidos a esta análise; esta decisão dependerá da gravidade do incidente, da sua frequência e dos factores contribuintes. A gravidade da lesão resultante classifica-se em cinco níveis: Nenhum; Ligeiro; Moderado; Grave; Morte. Deve também ser feita uma análise no que diz respeito à probabilidade de voltar a acontecer o incidente e potenciais consequências. 6. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DO RISCO A metodologia de identificação e avaliação do risco é uma metodologia pró-activa em que se pretende perceber o que na nossa actividade potencia acontecimentos indesejáveis e não esperados, para que se criem os mecanismos preventivos e impedir que estes acontecimentos indesejáveis se concretizem. Os responsáveis pela implementação do SRI devem definir: 1. 2. 3. 4. 5. Quem pode relatar incidentes no SRI? Quais os incidentes que devem ser relatados? Onde devem os profissionais registar os incidentes? Qual o circuito do relato de incidente? Como deve ser gerido o SRI? Geralmente um incidente resulta de uma cadeia de acontecimentos subjacentes a vários factores que contribuíram para a sua ocorrência, pelo que a sua análise deve ter como base a A postura tradicional é de alguma fatalidade, “…são coisas que acontecem…”, ou da procura do culpado e do tratamento judicial da situação; no entanto esta solução não é satisfatória nem para o doente nem para os profissionais e instituições de saúde, uma vez que não favorece a mudança. A metodologia recomendada pela NPSA assenta em cinco passos: a identificação do factor de risco/risco, dos indivíduos expostos, a avaliação do risco e a determinação das prioridades de intervenção, a definição das medidas a implementar e a reavaliação. Identificação do risco/factor de risco O que pode correr mal…? Esta é a fase mais difícil do processo, implica que o profissional se distancie e olhe para as suas rotinas com um olhar novo, o que constitui um esforço para todos. Podemos começar por avaliar áreas ou procedimentos que já deram origem a incidentes ou avaliar áreas de maior fragilidade, comuns a todas as instituições de saúde mundiais e identificadas nas metas de segurança do doente publicadas pela JCI e NPSA. Figura 1 – Etapas da “Root Cause Analisys”. 18 tecno hospital 48 NOV /DEZ 2011 Destas metas/recomendações fazem parte a identificação correcta do doente, a melhoria da comunicação, o uso seguro dos medicamentos, a prevenção da infecção, a diminuição dos erros
  • 4. gestão do risco de transfusão relacionados com a identificação do doente, a redução dos incidentes relacionados com a terapêutica anticoagulante, entre outras. nação da consequência (dano que julgamos poder resultar da concretização de um incidente) e da probabilidade (as hipóteses de que isso aconteça) utilizando uma metodologia que pode ser qualitativa, quantitativa ou semi-quantitativa. Se sabemos que ocorreram mortes relacionadas com a administração do medicamento errado causadas por confusão entre Com os métodos qualitativos faz-se uma avaliação subjectiva ampolas de aspecto muito semelhante, podemos começar por olhar para a nossa realidade e verificar se estes factores de riscos estão presentes no nosso local de trabalho. das actividades/processos; não se pretende quantificar a con- Usaremos como exemplo a troca de Cloreto de Potássio por Cloreto de Sódio para diluição de medicamentos: o risco para o doente é a morte por administração do medicamento errado (e será sempre este o risco em qualquer local em que ocorra a troca) no entanto, o factor de risco pode variar de unidade para unidade. Assim devemos verificar as condições de armazenamento do fármaco no nosso ambiente de trabalho: o Cloreto de Potássio está armazenado exclusivamente numa gaveta ou encontra-se armazenado com outros medicamentos na mesma gaveta? Esta gaveta está arrumada com que critério; segue a ordem alfabética ou tem uma arrumação que permite distinguir este medicamento dos outros de aspecto semelhante? A identificação da própria gaveta é clara e ajuda a distingui-lo dos outros? O método de avaliação do risco semi-quantitativo associa um valor numérico à probabilidade e consequência identificadas. No método de avaliação quantitativo, são utilizadas técnicas sofisticadas e modelos matemáticos que têm em conta os padrões de regularidade e frequência do acontecimento, para o cálculo dos valores da probabilidade; a consequência é calculada através de modelos matemáticos de consequências. Pela sua complexidade esta metodologia é utilizada em áreas de risco muito elevado como as indústrias químicas ou nuclear. Recomenda-se que a identificação destes factores de risco seja feita por uma equipa multidisciplinar, sendo o brainstorming uma das técnicas mais apropriadas. sequência e a probabilidade, estas assumem uma dimensão puramente qualitativa. A metodologia qualitativa tem inerente uma grande subjectividade e depende muito da experiência da equipa, mas tem a vantagem de ser simples, não requerendo conhecimentos matemáticos avançados. A matriz na tabela 1, apresenta uma classificação de níveis de risco resultantes da avaliação qualitativa da consequência e da probabilidade do risco detectado. Definição das medidas a implementar Identificação dos indivíduos expostos É necessário avaliar quem está exposto aos factores de risco ou seja, quem poderá ser lesado se o factor de risco que se teme desencadear um incidente. Podem estar em causa todas as pessoas, ou só um grupo restrito de doentes ou de profissionais. Avaliação do risco e determinação das prioridades de intervenção Depois de identificarmos os factores de risco e quem consideramos estar exposto, passa-se à avaliação do risco. Este processo, independentemente da metodologia utilizada, vai permitir distinguir, entre os riscos identificados, os de maior gravidade e que por isso necessitarão uma intervenção prioritária. A análise dos processos de trabalho com técnicas como a Failure Mode and Effects Analysis (FMEA), a Preliminary Hazards Analysis (PHA), ou a Hazard and Operability Study (HazOP) permitem um escrutínio rigoroso dos processos mas necessitam de maior disponibilidade e formação da equipa. A avaliação do risco, é utilizada há muito tempo noutras actividades, incluindo a saúde ocupacional, e baseia-se na determi- A resposta ao risco detectado, passa pela definição e implementação de um plano de melhoria com o objectivo de reduzir o risco até a um nível considerado aceitável. O ideal, seria a eliminação do risco, mas é raramente conseguido: no exemplo que referimos da troca dos medicamentos de aspecto semelhante (Cloreto de Potássio por Cloreto de Sódio) anular o risco passaria por deixar de administrar um dos medicamentos o que é impossível; ambos são vitais e não os utilizar também põe em causa a vida do doente. Na maior parte das situações teremos que identificar formas de redução do risco, mudar as práticas, rotinas, equipamentos ou instalações para diminuir a probabilidade e/ou reduzir as consequências se o risco se concretizar, deixando-nos um risco residual que podemos ou não aceitar. Continuando com o exemplo da troca do Cloreto de Potássio por Cloreto de Sódio, se as ampolas forem fabricadas de uma forma que enfatize as diferenças e se o primeiro deixar de estar disponível no local habitual de armazenamento de medicamentos, diminuímos a probabilidade de ser preparado por engano. NOV /DEZ 2011 tecno hospital 48 19
  • 5. dossiê Tabela 1 – Matriz de risco recomendada pela National Patient Safety Agency (NHS) Moderado Elevado Muito Elevado Muito Elevado Muito Elevado Major Moderado Elevado Elevado Muito Elevado Muito Elevado Moderada Baixo Risco Moderado Elevado Elevado Muito Elevado Minor Baixo Risco Moderado Moderado Elevado Elevado Neglicenciavel Baixo Risco Baixo Risco Baixo Risco Moderado Moderado --- Consequência Catastrófica Raro Improvável Possível Provável Quase Certo Probabilidade Fonte: Risk assessment made easy. Disponível em www.nrls.npsa.nhs.uk Reavaliação da implementação das medidas e da sua eficácia Depois da avaliação do risco e determinação das medidas preventivas/de melhoria será necessário reavaliar a situação; foram implementadas todas as intervenções que tinham sido consideradas necessárias? Se foram, estão a resultar ou detectamos que é necessário acrescentar novas medidas? Esta revisão deve ser feita com uma periodicidade anual e sempre que surjam alterações importantes, como mudanças nas instalações, introdução de novos equipamentos, fármacos ou procedimentos. A avaliação de risco e a gestão de incidentes na área dos cuidados de saúde são dois instrumentos da Gestão do Risco que permitem a obtenção de informação vital e a implementação de mecanismos de prevenção que aumentem a segurança do doente e dos próprios profissionais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ¬ Direcção Geral de Saúde. Estrutura Conceptual da Classificação Internacional sobre Segurança do Doente. 2011 www.dgs.pt/ ¬ Kohn, L.T., Corrigan, J.C., Molla, S. M. To Err Is Human. Building a Safer Health System. Washington, D.C.: National Academy Press. 1999 ¬ Lage, Maria João - Segurança do doente: da teoria à prática clínica. Revista Portuguesa de Saúde Pública 2010:11-16 ¬ National Patient Safety Goals Effective. 2011 http://www.jointcommission.org/ ¬ National Patient Safety Agency. Healthcare risk assessment made easy. 2007 ¬ http://www.nrls.npsa.nhs.uk/resources/ ¬ Organização Mundial de Saúde. Patient Safety Solutions. 2007 ¬ www.who.int/patientsafety/solutions/ ¬ Vincent, C. Patient Safety. 2ª edição. BMJ Publishing Group. 2010. ISBN: 978-1-4051-9221-7 7. REFLEXÕES FINAIS Nos últimos anos verificou-se uma crescente preocupação ao nível das unidades de saúde, no que se refere à melhoria contínua da qualidade dos cuidados. Neste âmbito, vários hospitais desenvolveram Projectos de Melhoria da Qualidade, tendo como principal objectivo melhorar a segurança dos doentes e dos profissionais. Por outro lado a evolução tecnológica na saúde contribuiu para um aumento da segurança dos cuidados e simultaneamente observamos uma população cada vez consciente dos seus direitos, exigindo serviços de saúde de qualidade. Susana Ramos Enfermeira Chefe do Centro Hospitalar de Lisboa Central. Integra a coordenação do Gabinete de Gestão do Risco. Especialidade em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica. Pós-graduação em Gestão dos Serviços e Áreas Clínicas. Mestranda no Curso de Mestrado em Infecção em Cuidados de Saúde da Universidade Católica Portuguesa. Lurdes Trindade As Unidades de Saúde que implementaram projectos de gestão na área da qualidade, foram impulsionadas a desenvolver a metodologia da Gestão do Risco, cuja abordagem deve ser estruturada, garantindo sistemas e práticas de trabalho mais seguros, onde a consciencialização dos riscos e a responsabilidade de todos seja uma constante. 20 tecno hospital 48 NOV /DEZ 2011 Enfermeira Centro Hospitalar de Lisboa Central. Integra o Gabinete de Gestão do Risco do Hospital de Santa Marta. Pós-graduação em Gestão da Qualidade na Saúde. Mestranda no Curso de Mestrado em Segurança do Doente da Escola Nacional de Saude Pública.