1) O documento descreve os diferentes tipos de meteoritos, suas composições minerais e classificações.
2) Os principais tipos são condritos, acondritos e sideritos. Condritos são o grupo mais comum e contêm minúsculos agregados esféricos chamados condritos.
3) A classificação dos meteoritos é baseada em sua composição química e mineralógica. Condritos são divididos em ordinários, carbonáceos e com enstatite. Sua composição global é semelhante.
1. 1
MeteoritoMeteorito – fragmento de um meteoróide que cai na superfície
terrestre.
MeteoróideMeteoróide - fragmento de matéria do espaço, maior do que uma
molécula e menor do que um asteróide que, ao penetrar na
atmosfera terrestre se aquece, produzindo o fenómeno luminoso
chamado meteoro - palavra proveniente do grego “meteoron” que
significa fenómeno no céu.
MeteoroMeteoro (ou “estrela cadenteestrela cadente”) - todo o fenómeno óptico e
acústico que ocorre na atmosfera a quando da queda de material
extraterrestre, ocorre tipicamente a alturas de 80 a 110
quilómetros acima da superfície da Terra.
Conceitos base
2. 2
Composição dos Meteoritos
MMMiiinnneeerrraaaiiisss CCCooommmpppooosssiiiçççãããooo
KKKaaammmaaaccciiittteee LLLiiigggaaa dddeee FFFeee,,, NNNiii (((444 aaa 777%%% NNNiii)))
TTTaaaeeennniiittteee LLLiiigggaaa dddeee FFFeee,,, NNNiii (((333000 aaa 666000%%% NNNiii)))
TTTrrroooiiillliiittteee FFFeeeSSS
OOOllliiivvviiinnnaaa (((MMMggg,,,FFFeee)))222SSSiiiOOO444
OOOrrrtttooopppiiirrroooxxxeeennnaaasss (((MMMggg,,,FFFeee)))SSSiiiOOO333
PPPiiigggeeeooonnniiittteee*** (((CCCaaa,,,MMMggg,,,FFFeee)))SSSiiiOOO333
DDDiiióóópppsssiiidddooo*** (((CCCaaa,,,MMMggg,,,FFFeee)))SSSiiiOOO333
PPPlllaaagggiiioooccclllaaassseee (((NNNaaa,,,CCCaaa))) (((AAAlll,,,SSSiii)))444OOO888
SSSeeerrrpppeeennntttiiinnnaaa (((MMMggg,,,FFFeee)))666SSSiii444OOO111000(((OOOHHH)))888
EEEnnnxxxooofffrrreee SSS
* Clinopiroxenas
Fe – Ferro
Ni – Níquel
S – Enxofre
Si – Silício
Mg – Magnésio
O – Oxigénio
Ca – Cálcio
Na – Sódio
Al – Alumínio
P – Fósforo
H – Hidrogénio
3. 3
Composição dos Meteoritos
MMMiiinnneeerrraaaiiisss CCCooommmpppooosssiiiçççãããooo
CCCooobbbrrreee CCCuuu
OOOuuurrrooo AAAuuu
DDDiiiaaammmaaannnttteee CCC
GGGrrraaafffiiittteee CCC
SSSccchhhrrreeeiiibbbeeerrrsssiiittteee*** (((FFFeee,,,NNNiii)))333PPP
MMMoooiiissssssaaannniiittteee SSSiiiCCC
CCCooohhheeennniiittteee FFFeee333CCC
OOOsssbbbooorrrnnniiittteee* TTTiiiNNN
OOOllldddhhhaaammmiiittteee CCCaaaSSS
AAAlllaaabbbaaannndddiiittteee MMMnnnSSS
* Minerais só existentes em meteoritos
Fe – Ferro
Ni – Níquel
P – Fósforo
Cu – Cobre
Au – Ouro
C – Carbono
Si – Silício
Ti – Titânio
N – Azoto
Ca – Cálcio
S – Enxofre
Mn – Manganés
4. 4
Composição dos Meteoritos
MMMiiinnneeerrraaaiiisss CCCooommmpppooosssiiiçççãããooo
PPPeeennntttlllaaannndddiiittteee (((FFFeee,,,NNNiii)))999SSS888
DDDaaauuubbbrrreeeeeellliiittteee* FFFeeeCCCrrr222SSS444
CCCaaalllcccooopppiiirrrrrroootttiiittteee (((CCCuuu,,,FFFeee)))SSS
VVVaaallleeerrriiiiiittteee CCCuuuFFFeee444SSS777 (((???)))
CCCaaalllcccooopppiiirrriiittteee CCCuuuFFFeeeSSS222
PPPiiirrriiittteee FFFeeeSSS222
EEEsssfffaaarrreeellliiittteee ZZZnnnSSS
LLLaaauuurrreeennnccciiittteee* FFFeeeCCClll222
MMMaaagggnnneeesssiiittteee MMMgggCCCOOO333
CCCaaalllccciiittteee CCCaaaCCCOOO333
Fe – Ferro
Ni – Níquel
S – Enxofre
Cr – Crómio
Cu – Cobre
Zn – Zinco
Cl – Cloro
Mg – Magnésio
C – Carbono
O – Oxigénio
Ca – Cálcio* Minerais só existentes em meteoritos
5. 5
Composição dos Meteoritos
MMMiiinnneeerrraaaiiisss CCCooommmpppooosssiiiçççãããooo
DDDooolllooommmiiittteee CCCaaa,,,MMMggg(((CCCOOO333)))222
IIIlllmmmeeennniiittteee FFFeeeTTTiiiOOO333
MMMaaagggnnneeetttiiittteee FFFeee333OOO444
CCCrrrooommmiiittteee FFFeeeCCCrrr222OOO444
EEEssspppiiinnneeelllaaa MMMgggAAAlll222OOO444
QQQuuuaaarrrtttzzzooo SSSiiiOOO222
TTTrrriiidddiiimmmiiittteee SSSiiiOOO222
CCCrrriiissstttooobbbaaallliiittteee SSSiiiOOO222
AAApppaaatttiiittteee CCCaaa555(((PPPOOO444)))333CCClll
MMMeeerrrrrriiillliiittteee*** NNNaaa222CCCaaa333(((PPPOOO444)))222OOO (((???)))
Ca – Cálcio
Mg – Magnésio
C – Carbono
O – Oxigénio
Fe – Ferro
Ti – Titânio
Cr – Crómio
Mg – Magnésio
Si – Silício
Ca – Cálcio
P – Fósforo
Cl – Cloro
Na – Sódio* Mineral só existente em meteoritos
6. 6
Composição dos Meteoritos
MMMiiinnneeerrraaaiiisss CCCooommmpppooosssiiiçççãããooo
FFFaaarrrrrriiinnngggtttooonnniiittteee*** MMMggg333(((PPPOOO444)))222
GGGeeessssssooo CCCaaaSSSOOO444...222HHH222OOO
EEEpppsssooommmiiittteee MMMgggSSSOOO444...777HHH222OOO
BBBllloooeeedddiiittteee NNNaaa222MMMggg(((SSSOOO444)))222...444HHH222OOO
Mg – Magnésio
P – Fósforo
O – Oxigénio
Ca – Cálcio
S – Enxofre
H – Hidrogénio
Na – Sódio* Mineral só existente em meteoritos
7. 7
Materiais Rochas da crusta terrestre Meteoritos
Ligas de Ni-Fe Praticamente inexistente Existente em todos os meteoritos
Minerais mais
comuns
Quartzo (SiO2) e
aluminossilicatos
Silicatos ferromagnesianos
Minerais vulgares Hidratados (com água) Anidros (sem água)
Ambiente de
formação
Oxidante (com oxigénio,
que enferruja os minerais e
metais)
Redutor (permite que os metais
permaneçam no estado metálico)
Comparação
Meteoritos/Rochas Terrestres
8. 8
Tal como as rochas terrestres, também os meteoritos
são classificados com base na sua composição química
e mineralógica e no seu aspecto macroscópico (a olho
nu - aquilo a que os geólogos apelidam de textura).
Uma simples observação do tipo maioritário de
minerais (silicatos* vs. ligas metálicas) fornece de
antemão um critério imediato para agrupamento dos
meteoritos.
* Substâncias formadas por Silício (Si), Oxigénio (O) e
eventualmente outras substâncias como Alumínio, Ferro,
Magnésio e/ou outras que se encontram nos minerais.
Classificação dos Meteoritos
9. 9
A mais antiga classificação ainda em uso, na sua forma
final, foi feita em 1904 e é conhecida pelo nome de
Classificação de Rose-Tschermak-Brezina e
enunciava 76 tipos de meteoritos em 8 grupos.
Actualmente aceita-se uma classificação (que é a
anteriormente referida revista por Prior) feita em 1920,
que é quase igual a que refiro a seguir.
É de salientar que hoje se sabe a ligação genética entre
Meteoritos e os diversos tipos de Asteróides, havendo
ainda a possibilidade de haver meteoritos provenientes
de Cometas e de Planetas (como Marte e Lua).
Classificação dos Meteoritos
10. 10
AerólitosAerólitos, PétreosPétreos ou LíticosLíticos: composição
predominantemente silicatada e com dois subgrupos:
AcondritosAcondritos,
CondritosCondritos;
SideritosSideritos, FérricosFérricos ou FérreosFérreos: composição
predominantemente metálica;
SiderólitosSiderólitos, Petro-férreosPetro-férreos ou LitoférricosLitoférricos:
coexistência de uma fase silicatada e uma fase
metálica em proporções sensivelmente idênticas.
Classificação dos Meteoritos
11. 11
Classificação dos Meteoritos
e sua percentagem relativa
Meteoritos
Aerólitos - 93% Sideritos - 6% Siderólitos - 1%
Condritos - 94% Acondritos - 6%
Ordinários
95%
Carbonáceos
5%
14. 14
CondritosCondritos
Este tipo constitui o grupo mais abundante de
meteoritos, representando mais de 80% do total de
quedas. Do ponto de vista do composição trata-se de um
grupo bastante homogéneo.
15. 15
Mais de 95% dos condritos possuem côndrulos (ou
côndrilos), pequenos agregados minerais esféricos, de
textura fibro-radiada, essencialmente constituídos por
uma parte amorfa, vítrea, e por uma parte cristalina de
olivina e piroxenas. Designamo-los por condritos
ordinários.
Aceita-se que os côndrulos tenham sido formados pela
cristalização a baixa temperatura, no vácuo do espaço,
do material da nébula primitiva parcialmente fundido
durante a acreção.
16. 16
Paradoxalmente, nem todos os meteoritos incluídos
neste grupo possuem côndrulos; admite-se que
alguns tenham perdido os côndrulos após a sua
formação, por terem sido fortemente aquecidos
durante a acreção e os seus minerais terem
recristalizado; outros, julga-se mesmo que nunca
tenham tido côndrulos e a sua classificação como
condritos justifica-se pela analogia da composição
global, mais afim deste grupo do que dos
acondritos.
17. 17
Nestas circunstâncias - sem côndrulos - estão os
condritos carbonáceos, assim chamados por
conterem quantidades significativas de substâncias
orgânicas de origem extraterrestre e, segundo se
acredita, não biogénica. Acrescente-se que a origem
compostos, entre os quais se reconheceram ácidos
gordos, hidrocarbonetos, aminóacidos, etc., tem sido
motivo de grande polémica entre a comunidade
científica internacional e é assunto que está longe de
ser encerrado.
18. 18
Outras particularidades da composição dos condritos
carbonáceos são a presença de serpentina, um mineral
hidratado, e o facto dos metais - Fe e Ni - ocorrem
predominantemente sob a forma de silicatos e sulfuretos
e não sob a forma livre (liga metálica) como nos
restantes agrupamentos de meteoritos.
Embora os condritos carbonáceos constituam menos de
5% do total de condritos, o seu interesse geológico é, no
entanto, muito grande, pois são os mais antigos
materiais até hoje conhecidos, com cerca de 4600
milhões de anos, por isso representam provavelmente a
matéria original não volátil do Sistema Solar.
19. 19
Actualmente os Condritos são classificados nas
seguintes Classes e Grupos, respectivamente:
Condritos com Enstatite (E)Condritos com Enstatite (E)
E
Condritos OrdináriosCondritos Ordinários
H
L
LL
Condritos Carbonáceos (C)Condritos Carbonáceos (C)
I - Ivuna
M - Mighei
O - Ornans
V - Vigarano
20. 20
Acondritos e SiderólitosAcondritos e Siderólitos
Entre os acondritos (que representam cerca de 6 a 8% do
total de meteoritos) merecem destaque os de natureza
basáltica, que é hoje corrente admitir possam ser o
resultado de uma diferenciação relativamente acentuada,
ocorrida durante o crescimento por acreção dos primeiros
corpos de dimensões apreciáveis no sistema solar - os
planetesimais - cujo crescimento terá provavelmente
culminado nos grandes corpos planetários que hoje
conhecemos.
21. 21
A composição mineralógica dos restantes mostra as
suas afinidades com os peridotitos terrestres, rochas
que se pensa serem os mais importantes componentes
do manto.
É provavelmente a continuação e desenvolvimento do
processo de diferenciação referido que vai levar à
segregação intensa do ferro e do níquel, que terão
tendência a acumular-se no interior dos planetesimais,
originando não só os siderólitos, como também os
próprios sideritos, por destruição casual daqueles
corpos.
22. 22
Até agora não foram assinalados, nos meteoritos,
minerais cuja génese tenha ocorrido a pressão
elevada, o que pode indicar que os meteoritos não são
restos de grandes corpos planetários como durante
muitos anos se chegou a admitir.
24. 24
GGrruuppooCCllaassssee
Mineral Nome
Enstatite Aubritos
Hiperstena Diogenitos
Olivina Chassignitos
Pobres em Ca
Olivina-Pigeonite Ureilitos
Augite Angritos
Diópsido-Olivina Nakhlitos
Eucritos
Howarditos
Ricos em Ca
Piroxena-Plagioclase
(Basálticos)
Shergotitos
AcondritosAcondritos
25. 25
CCllaassssee GGrruuppoo
Mineral Nome
Olivina Pallasitos
Bronzite-Tridimite Siderófiros
Bronzite-Olivina Lodranitos
Siderólitos
Piroxena-Plagioclase Mesossideritos
SiderólitosSiderólitos
26. 26
Constituem cerca de 5% do total de meteoritos caídos. O
teor em níquel nas ligas presentes é variável e ocorrem
com frequência quantidades significativas de cobalto,
irídio e platina, além doutros minerais acessórios (isto é,
mais raros e em pequenas quantidades) como a troilite, a
grafite e fosfatos, que ocorrem dispersos pela fase
metálica sob a forma de pequenos grãos.
SideritosSideritos
27. 27
A observação da estrutura das ligas
permite concluir que os sideritos
evoluíram por um lento processo de
arrefecimento, que se seguiu a
temperaturas muito elevadas, as quais
poderiam ter sido atingidas durante o
processo de acreção e colisões
sucessivas. A existência de uma
textura característica (as chamadas
figuras de Widmannstätten – ver
figura) permite um fácil diagnóstico
de amostras de sideritos.
A observação da estrutura das ligas
permite concluir que os sideritos
evoluíram por um lento processo de
arrefecimento, que se seguiu a
temperaturas muito elevadas, as quais
poderiam ter sido atingidas durante o
processo de acreção e colisões
sucessivas. A existência de uma
textura característica (as chamadas
figuras de Widmannstätten – ver
figura) permite um fácil diagnóstico
de amostras de sideritos.
A observação da estrutura das ligas
permite concluir que os sideritos
evoluíram por um lento processo de
arrefecimento, que se seguiu a
temperaturas muito elevadas, as quais
poderiam ter sido atingidas durante o
processo de acreção e colisões
sucessivas. A existência de uma
textura característica (as chamadas
figuras de Widmannstätten – ver
figura) permite um fácil diagnóstico
de amostras de sideritos.
29. 29
A - Siderito deA - Siderito de ImilacImilac (Chile);(Chile);
B - Aerólito deB - Aerólito de FarmvilleFarmville (USA);(USA);
C - Siderito deC - Siderito de Alvord (Iowa,Alvord (Iowa, USA);USA);
D - Condrito Carbonáceo deD - Condrito Carbonáceo de AllendeAllende (México);(México);
E - Siderito deE - Siderito de Derrick PeakDerrick Peak (Antárctica);(Antárctica);
F - Condrito deF - Condrito de BarwellBarwell (Reino Unido).(Reino Unido).
30. 30
Como se formaram osComo se formaram os
Meteoritos?Meteoritos?
A figura que se segue
tenta explicar as
possíveis etapas da
formação dos
meteoritos e alguns
aspectos da sua
relação com os
Asteróides.
31. 31
Nos últimos anos, o aumento dos conhecimentos
relativos aos corpos de menores dimensões do
sistema solar, os asteróides, permitiu constatar a
existência de grandes semelhanças entre estes
corpos e os que habitualmente designamos por
meteoritos. Assim, aceita-se que estes não são mais
do que asteróides, ou seus fragmentos, que, atraídos
pelo campo gravitacional da Terra, se despenham
sobre ela.
32. 32
Embora a observação da queda de meteoritos seja rara,
dada a imprevisibilidade do fenómeno, acasos permitiram
verificar que alguns destes corpos são provenientes da
cintura de asteróides situada entre Marte e Júpiter,
descoberta pelo abade Piazzi do observatório de Palermo,
em 1801, quando ao perscrutar os céus na tentativa de
encontrar o planeta que, segundo a regra (lei) de Titius-
Bode, se deveria situar à distância de 2,8 UA (entre as
órbitas de Marte e Júpiter), descobriu um corpo de
pequenas dimensões, que veio a ser designado por Ceres.
Desde então, muitos outros asteróides foram descobertos
nesta zona do espaço, formando no seu conjunto uma larga
estrutura em anel.
33. 33
A maior parte dos corpos que constituem a cintura de
asteróides são muito pequenos; os maiores são Ceres,
com cerca de 1000 km de diâmetro, e Pallas, com
500 km, e apenas escassas dezenas apresentam
dimensão superior a 100 km. Estima-se actualmente
que existam naquela zona do espaço entre 50.000 e
um milhão desses tais corpos, dos quais mais de
quinze mil já estão catalogados. Mesmo assim, a
órbita de muitos deles não é bem conhecida.
34. 34
A polémica levantada quanto à origem do anel de
asteróides manteve-se durante muitos anos,
dividindo opiniões entre a ideia de que esses corpos
fragmentários eram restos de um planeta
desagregado ou, pelo contrário, encarando-os como
materiais que nunca tinham chegado a aglutinar-se.
35. 35
A descoberta de que a maior parte dos materiais da
cintura são condritos carbonáceos - os mais antigos
materiais até agora conhecidos - veio mostrar que
os materiais da cintura e asteróides são,
provavelmente, "relíquias" da matéria primitiva do
Sistema Solar, aprisionadas por um efeito de forças
gravíticas – talvez de modo semelhante às que
actuam nos anéis de alguns dos planetas gigantes –
que os impediu de acrecionar para formar um
planeta.
36. 36
Existem outros grupos de asteróides em órbitas
que não do Cinturão entre Marte e Júpiter - os
Troianos, que estão praticamente na órbita de
Júpiter, vários outros "desgarrados", e ainda um
segundo cinturão de asteróides além da órbita de
Neptuno, chamado Cinturão de Kuiper, com os
Objectos Trans-Neptunianos (OTN) .
37. 37
De entre os "desgarrados", alguns têm órbitas que se
aproximam da Terra; esses são os chamados
"NEO's”*. Há um programa de observações chamado
SpaceWatch para catalogar esses objectos e mantê-los
sob vigilância, especialmente para tentar saber com
antecedência se algum poderá colidir com a Terra.
*Near-Earth [Orbiting] Objects, ou “Objectos [que orbitam] próximos da Terra”.
40. 40
Um asteróide de alguns quilómetros de diâmetro
causaria uma catástrofe gigantesca se embatesse
com o nosso planeta; os filmes "Deep Impact"
(Impacto Profundo) ou “Armageddon” versam
sobre essa possibilidade, com razoável realismo.
51. 51
MeteoritosMeteoritos
em Portugalem Portugal
Apesar da pequenez do nosso
território e do pouco investimento
científico feito nesta área, em
poucas ocasiões ocorreram
quedas confirmadas (como em 29
de Dezembro de 1998 em
Ourique, já indicada neste mapa).
Estão ainda referenciados (a
tracejado) alguns dos trajectos de
bólides sem queda confirmada,
ainda sem o(s) bólide(s) de 4 de
Janeiro de 2004.
Ourique
1998
52. 52
Deve-se ainda salientar que no nosso país poderá existir
uma Cratera de Impacte na zona de Figueira de Castelo
Rodrigo (perto de Vila Nova de Foz-Coa) e ainda que
ao largo de Peniche, na zona da Montanha Submarina
de Tore, existe uma estrutura que poderá ser uma
Cratera de 80 km de diâmetro, 5 km de profundidade e
de idade inferior a 110 Ma. Estudos recentes indicam
também a presença de uma cratera um pouco a Sul de S.
Pedro de Moel, dentro do mar.